O documento descreve a consolidação do Reino de Portugal durante a Idade Média, com Afonso Henriques declarando independência de Leão e Castela e conquistando territórios aos muçulmanos, estabelecendo as fronteiras de Portugal até o fim da Reconquista. Também discute a estrutura feudal de Portugal, com diferentes tipos de senhorios pertencendo à nobreza e clero e os poderes e privilégios exercidos pelos senhores sobre suas populações.
Descrição original:
Título original
Resumo 4 - consolidação de um reino cristão ibérico
O documento descreve a consolidação do Reino de Portugal durante a Idade Média, com Afonso Henriques declarando independência de Leão e Castela e conquistando territórios aos muçulmanos, estabelecendo as fronteiras de Portugal até o fim da Reconquista. Também discute a estrutura feudal de Portugal, com diferentes tipos de senhorios pertencendo à nobreza e clero e os poderes e privilégios exercidos pelos senhores sobre suas populações.
O documento descreve a consolidação do Reino de Portugal durante a Idade Média, com Afonso Henriques declarando independência de Leão e Castela e conquistando territórios aos muçulmanos, estabelecendo as fronteiras de Portugal até o fim da Reconquista. Também discute a estrutura feudal de Portugal, com diferentes tipos de senhorios pertencendo à nobreza e clero e os poderes e privilégios exercidos pelos senhores sobre suas populações.
O espaço português – a consolidação de um reino cristão ibérico
2.1. A fixação do território
2.1.1. A reconquista Coube a Afonso Henriques transformar o pequeno condado portucalense no reino autónomo de Portugal. Rebelou-se contra o seu primo Afonso VII, rei de Leão e Castela e imperador das Espanhas, aquém devia obediência e lealdade na qualidade de vassalo. Em 1143, na Conferência de Zamora, Afonso VII reconheceu Afonso Henriques como rei, mas este só ficou completamente desvinculado de Leão e Castela em 1179 através da Bula Manifestis Probatum, onde o Papa Alexandre III dignou-se a acolher Portugal sob a proteção da Santa Fé. Afonso Henriques foi conquistando territórios aos muçulmanos. Em 1147, consolidou o domínio da linha do Tejo, com as conquistas de Lisboa e Santarém. Em 1162 e 1165, Beja e Évora foram conquistadas. Em 1185 morre Afonso Henriques, com o titulo, o Conquistador. A conquista continuou com D. Sancho I, com D. Afonso II e com D. Afonso III, este último conquistou todo o sul islâmico dando fim à Reconquista.
2.1.2. Do termo da Reconquista ao estabelecimento e fortalecimento das
fronteiras 1253 – tratado de paz 1267 – Tratado de Badajoz, decisão sobre a soberania do Algarve a favor de Portugal e de D. Dinis. 1297 – Tratado de Alcanises entre D. Dinis e D. Fernando de Castela para pôr fim à guerra civil e impor a paz.
2.2. O país rural e senhorial
2.2.1. Os senhorios – sua origem, detentores e localização O senhorio é uma área territorial, mais ou menos extensa, que pertence a um senhor, o qual detém variados poderes sobre a terra e os homens que nela habitam. Em Portugal, os senhorios pertenceram ao rei – os reguengos, à nobreza – as honras, e ao clero – os coutos. Estruturou-se a vassalidade na Europa senhorial da Idade Média. Os senhorios da nobreza, situavam-se, predominantemente, na região Norte atlântico, onde tiveram lugar as mais antigas conquistas e doações territoriais. Tinham a presença de um castelo, de uma torre ou de um solar, que atestavam o poder do respetivo senhor. Os senhorios do clero também pontuavam o Norte atlântico, embora os de maior dimensão se situassem no Centro e no Sul do país. Tinham a presença de um mosteiro, de uma Sé Catedral e até de um castelo.
2.2.2. O exercício do poder senhorial: privilégios e imunidades
O exercício do poder senhorial, implicava não apenas poderes económicos ou dominiais, mas como poderes políticos ou públicos, de comando militar, de punição judicial e de coação fiscal sobre os habitantes do senhorio. O poder banal traduziu-se nos seguintes privilégios: no que diz respeito ao comando militar, o senhor detinha o poder de recrutar homens para a guerra, de controlar castelos e outras fortificações e de organizar expedições ofensivas. no que diz respeito à punição judicial, o senhor exercia a justiça sobre os homens do seu território, determinava as penas (exceto as de morte e de corte de membros, que eram exclusivas dos reis) e cobrava as multas. no que respeita à coação fiscal, o senhor podia exigir uma variedade de pagamentos obrigatórios, similares a impostos, às populações. Entre eles, as banalidades pelo uso do forno, moinho e lagar, e pela entrada, na área do senhorio, de mercadorias e pessoas. Os senhores e os seus privilégios levaram a uma considerável perda de poderes por parte da realeza através da sua imunidade.