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UNIVERSIDADE TIRADENTES

SERVIÇO SOCIAL

JERCINETE DE SOUZA LIMA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: AÇÕES SOCIO EDUCATIVAS


COMO PRÁTICA PARA PREVENÇÃO

PETROLINA-PE
2020.1
JERCINETE DE SOUZA LIMA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: AÇÕES SOCIO EDUCATIVAS


COMO PRÁTICA PARA PREVENÇÃO

Projeto apresentado ao Curso de Serviço


Social da Universidade Tiradentes como
um dos pré-requisitos da Disciplina de
Gestão Social, 7º Período, sob orientação
da Tutora Lidione Brito.

PETROLINA-PE
2020.1
SUMÁRIO

1. 04

APRESENTAÇÃO...................................................................................................

2. OBJETIVOS................................................................................................. 07

2.1. OBJETIVOS 07

ESPECÍFICOS.................................................................

2.2. OBJETIVOS 07

ESPECÍFICOS.................................................................

3. PÚBLICO 08

ALVO...........................................................................................

4. 09

META............................................................................................................

5. 10

METODOLOGIA...........................................................................................

6. REFERÊNCIAS............................................................................................ 11
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1. APRESENTAÇÃO
A Gravidez na adolescência é um problema de saúde pública importante, uma
vez que vêm aumentando sua incidência e está diretamente associada a sequelas
negativas para as adolescentes. É um dos desfechos das práticas sexuais que pode
ser influenciada por fatores internos e externos, como o desejo consciente ou
inconsciente de engravidar e como consequência, pode levar a desorganização
familiar, abandono escolar, afastamento social e do mercado de trabalho, além do
abalo emocional gerado no contexto individual e familiar (SILVA & TONETE, 2006).
De acordo com Senna (2002) é um problema que precisa ser discutido pelos
profissionais de saúde pública, e pela sociedade, com vista a compreensão da
vivência da adolescente e dos cuidados humanizados que lhe deverão ser
prestados.
O presente projeto de intervenção retrata sobre gravidez na adolescência com
tema, voltado para ações socioeducativas como prática para prevenção.
Sabe-se que a gravidez na adolescência, figura como grave problema que
atinge parcelas crescentes das alunas em diversas escolas no município de
Petrolina. Essa é uma temática que merece ter uma importância em virtude da
gravidade com que esse fenômeno vem causar na vida de muitas famílias.
A adolescência, idade compreendida, segundo a Organização Mundial da
Saúde, entre 10 e 19 anos, é uma época de várias descobertas. Segundo os dados
do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas
aumentou 15%. A nível de ideia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas
se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em
garotas de 10 a 14 anos. Entende-se que a adolescência é um período de vida que
merece atenção, pois essa transição entre infância e a idade adulta pode resultar ou
não em problemas futuros.

Segundo o conceito de Brandão & Heilborn (2006):


A gravidez precoce pode estar relacionada com diferentes
fatores, desde estrutura familiar, formação psicológica e baixa
autoestima. Por isso, o apoio da família é tão importante, pois a
família é a base que poderá proporcionar compreensão,
diálogo, segurança, afeto e auxílio para que tanto os
adolescentes envolvidos quanto a criança que foi gerada se
desenvolvam saudavelmente. Com o apoio da família, aborto e
dificuldades de amamentação têm seus riscos diminuídos.
Alterações na gestação envolvem diferentes alterações no
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organismo da jovem grávida e sintomas como depressão e


humor podem piorar ou melhorar.
De acordo com Freitas (1990), a sociedade tem passado por profundas
mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando melhor a sexualidade na
adolescência, sexo antes do casamento e também a gravidez na adolescência.
Portanto tabus, inibições e estigmas estão diminuindo e a atividade sexual e a
gravidez aumentando.
Sabe-se também que todos os envolvidos necessitam de educação
continuada e tem direito aos conhecimentos relacionados às consequências
apresentadas em suas vidas. A complicação desses fatos vem afastando muitos
adolescentes da escola, e corroborando para o aumento de analfabetismo na região,
além de desenvolver grande número de óbito materno e infantil. Pois devido a
pobreza extrema e o número de baixa renda ser extenso, é uma situação de
problema financeiro, que interliga de forma direta os governantes.
É grande a parcela da população jovem que ignora a existência de métodos
contraceptivos ou, simplesmente, conhece-os, mas não os adota. Com isso,
observa-se o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, além da gravidez
indesejada nessa faixa etária.
Muitas mulheres afirmam não utilizar a camisinha por objeção do parceiro ou,
ainda, por terem um relacionamento estável com um único homem e, por isso, não
veem a necessidade do uso de métodos contraceptivos. Além disso, entre os
adolescentes, é comum o pensamento imaturo de que uma gestação nunca
aconteceria com eles que contribui para a não adesão de métodos contraceptivos.
Festas como carnaval e o São João do Vale que acontecem em Petrolina e em
Juazeiro da Bahia, mostram-se como cenário oportuno para que os adolescentes
consumam drogas e bebidas alcoólicas, e sob o efeito dessas drogas perdem
totalmente o senso de responsabilidade, fazendo sexo sem o uso de preservativos o
que reflete no aumento considerável de jovens grávidas e com riscos de contração
da IST’s (Infecções Sexualmente Transmissível).
Com essa realidade, uma série de conflitos são enfrentados pela adolescente,
por não existir preparação psicológica, emocional e fisiológica para assumir a
responsabilidade futura da maternidade.

Segundo o conceito de Belo & Silva (2004):


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Para o Ministério da Saúde, o fenômeno da maternidade na


adolescência é considerado de alto risco devido às
complicações biológicas e sociais para o binômio mãe e filho
(a). As adolescentes com menos de 14 anos de idade têm uma
probabilidade de cinco a sete vezes maior de morrer durante a
gravidez do que mulheres que são mães com mais idade, e
seus filhos, com frequência, nascem com peso inferior a 2.500
g e prematuros4. É também entre as jovens que ocorre o maior
número de abortos em condições de risco, pois muitas vezes
carregadas de medo, culpa, censura, vergonha, encontram no
aborto a única saída para a solução dos seus problemas. Essa
decisão muitas vezes é vivida de forma solitária e clandestina
ou sob pressão dos parceiros ou familiares, e ao decidirem
interromper a gravidez, utilizam quaisquer recursos que tiverem
à mão.

Uma das ações é a distribuição das cadernetas de Saúde de Adolescentes


(CSA), com as versões masculina e feminina. A carteira contém os subsídios que
orientam o atendimento integral, com linguagem acessível, possibilitando aos
mesmos ser o protagonista do seu desenvolvimento. Outras adotadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), incluem a distribuição de vários métodos contraceptivos nos
diversos serviços de atendimento à população, inclusive aos adolescentes.
Portanto o Projeto vem com a perspectiva de contribuir na resolução das
expressões da questão social, objeto da intervenção do Serviço Social, que
juntamente com a equipe multiprofissional pode proporcionar um esclarecimento
sobre o tema. Com a finalidade de que os adolescentes possam adquirir consciência
da problemática e trazer com isso uma reflexão da importância da legitimação dos
direitos sociais e da efetivação das Políticas Públicas na prevenção da gravidez da
adolescência.
Além da prevenção é importantíssimo o cuidado com a saúde dos jovens.
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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVOS GERAL


Sensibilizar a comunidade escolar sobre a gravidez na adolescência,
prevenção e consequências, bem como a prevenção de IST (Infecção sexualmente
transmissível) minimizando o preconceito do envolvimento da escola na educação
sexual como incentivo da sexualidade precoce.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Sensibilizar os adolescentes da Escola Moysés Barbosa quanto a importância da
realização da prevenção da gravidez, apresentando espaço que permita a
discussão do problema;
 Capacitar os funcionários da escola para instruí-los como lidar com os
adolescentes sob a ótica da prevenção na gravidez;
 Promover nos adolescentes um comportamento responsável no que se refere ao
sexo seguro, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST)
consumo de drogas.
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3. PÚBLICO ALVO

Adolescentes de 14 a 17 anos que estudam na Escola Estadual Moysés


Barbosa, no Bairro Areia Branca na cidade de Petrolina-PE.
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4. META

A proposta deste projeto busca atingir aproximadamente 80% (oitenta por


cento) do púbico alvo atendido na escola Moysés Barbosa, o que seria em torno de
480 dos adolescentes de um grupo de 600 alunos. Com isso, reforçar a importância
de se prevenir durante o ato sexual, e avigorar o uso correto dos métodos
contraceptivos.
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5. METODOLOGIA

Com base neste projeto de intervenção será elencada para aplicação da


pesquisa in loco a Escola Moyses Barbosa, situada na Avenida São Francisco, SN -
Areia Branca, Petrolina – PE.
Inicialmente serão realizadas, palestras informativas sobre a sexualidade na
adolescência com ênfase na gravidez precoce e infecções sexualmente
transmissíveis, para turmas de alunos entre 14 a 17 anos, que estão compreendidas
no ensino fundamental II e ensino médio.
Após o contato inicial serão realizadas entrevistas direcionadas aos grupos
de meninas e meninos de cada turma. As perguntas terão possibilidade de
respostas objetivas, com possibilidade da opção de: não tenho interesse em
responder.
As perguntas terão por finalidade compreender o conhecimento da
sexualidade, medidas preventivas, como ocorre o direcionamento familiar e escolar
com o tema em questão, se existe casos na família de gravidez na adolescência,
como a gravidez não planejada pode interferir em seu futuro, entre outros.
Após a realização das entrevistas, serão divididos em dois grupos de
entendimento: grupo 1 (14 e 15 anos) e grupo 2 (16 e 17 anos) para a tabulação dos
dados e comparações quantitativas em relação ao entendimento temático no início e
final do período da adolescência, a fim de perceber se há uma evolução no
entendimento da responsabilidade sexual.
Os dados serão tabulados e quantificados em planilhas de excel para
elaborações de gráficos a fim de melhorar as observações dos resultados obtidos.
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6. REFERÊNCIAS

BELO, M.A.V; SILVA, J.L.P. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos


anticoncepcionais entre adolescentes gestantes. Rev. Saúde Pública, 2004; 38(4):
479-487. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
89102004000400001&script=sci_arttext>

BRANDÃO, E. R.; HEILBORN, M. L. Sexualidade e gravidez na adolescência entre


jovens de camadas médias do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 22(7):1421-1430, jul, 2006. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n7/07.pdf>

FREITAS, E. Gravidez na adolescência. Campinas: Atual. 1990.

SENNA, M.C.M. Eqüidade e política de saúde: algumas reflexões sobre o Programa


Saúde da Família. Cad Saúde Pública. 2002; 18(Supl.):203-211. Disponível em: <
https://www.scielosp.org/article/csp/2002.v18suppl0/S203-S211/es/>

SILVA, L.; TONETE, V. L. P. A gravidez na adolescência sob a perspectiva dos


familiares: compartilhando projetos de vida e cuidado. Rev. Latino-Am.
Enfermagem vol.14 no.2 Ribeirão Preto Mar./Apr. 2006. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692006000200008&script=sci_arttext>

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