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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Quando definimos o ato sexual não vamos falar só de coito, mas de tudo
que vai além do sexo praticado, envolve sentimentos, emoções, desejos,
fantasias, medos, receios,... o sexo permeia o campo da subjetividade, envolve
também fatores sociais, culturais, psicológicos que são os critérios do sexo,
alguns fatos como concepções equivocadas sobre desempenho sexual,
imagem distorcida que o indivíduo tem dele mesmo, do outro, crenças
equivocadas que são formadas ao longo da vida, preconceitos,
incompreensões culturais, mitos, tabus religiosos, problemas éticos, ansiedade,
fatores fisiológicos, enfim, são fatores que são geradores de disfunções
sexuais porque afetam diretamente o comportamento humano.
Terapia sexual
Lucena e Abdo (2016, p. 186) afirmam sobre a terapia sexual atual: diz
respeito ao conjunto de intervenções embasadas em diferentes
perspectivas teóricas, voltadas ao tratamento das dificuldades sexuais.
Geralmente segue os princípios das psicoterapias breves, com terapeuta
e paciente focados em questões específicas relativas ao desempenho
sexual podendo ocorrer em atendimentos individuais, de casal ou de
grupo, ainda que não haja teoria única subjacente à terapia sexual e que
profissionais das mais diversas escolas psicoterápicas possam ser
terapeutas sexuais.
Então, a terapia sexual atual é o resultado de um conjunto de técnicas de
várias teorias, de várias abordagens, mas, dentre as contribuições que a
terapia sexual vem recebendo ao longo de vários anos a TCC se apresenta
como uma das maiores aliadas no tratamento das disfunções sexuais.
A terapia cognitiva foi desenvolvida por Aaron Temkin Beck nos Estados
Unidos na década de 1960.
Então, diante do que tem sido falado, a TCC apresenta uma abordagem
muito indicada para o tratamento das disfunções sexuais, ele é bem coerente
mesmo em causas orgânicas.
Crenças/Pensamentos Automáticos
As TCCs são psicoterapias breves, diretas que vão incorporando prática
clínica, técnicas comportamentais que modificam diretamente as condutas
inadequadas e as técnicas cognitivas que alteram as emoções disfuncionais
modificando a forma como as pessoas avaliam, interpretam aquilo que
acontece em suas vidas são normalmente padrões equivocados, errôneos,
irracionais de pensamento e indiretamente as condutas inadequadas também
vão ser afetadas por esses padrões inadequados.
Se o indivíduo avalia o fato como sendo bom gera uma emoção positiva
boa, por exemplo, alegria, amor, prazer e isso vai levar a um comportamento x,
mas se a pessoa avalia o fato como sendo mal, negativo aí vão aparecer
emoções negativas como dor, tristeza, desconforto, então, o indivíduo vai
reagindo, emitindo um comportamento muitas vezes de fuga, de evitação,
congelamento.
Por exemplo, um casal que vivencia uma situação, algo que acontece, os dois
podem ter interpretações completamente diferentes de um mesmo fato, a
variedade das emoções, das condutas que diferentes pessoas podem ter
diante de um mesmo evento ativada vai depender basicamente do modo com
que cada um avalia esse acontecimento, cada pessoa tem uma maneira
própria de avaliar e isso é uma das características fundamentais da nossa
individualidade, vamos avaliar o que nos acontece de acordo com as nossas
crenças dependem de várias questões, como, aquilo que é herdado, vivências
principalmente no sistema familiar, vem da aprendizagem de cada um e vai se
mantendo por diferentes esquemas de reforçamento, vai sendo reforçado e
futuramente aquilo que eu acredito, interpreto, que eu avalio as questões da
vida podem estar muito mais fortes, enraizadas.
Num nível mais profundo essas crenças nucleares como são chamadas
ou de crenças bases, esquemas cognitivos que são regras, são filosofias de
vida e aí Ellis privilegia o termo mais genérico de crenças, enquanto Beck
prefere a expressão pensamentos automáticos.
Por exemplo, uma mulher que sai de casa e abandona o seu marido, se esse
homem amasse essa mulher a consequência emocional adequada, fruto de
uma crença racional seria frustração, tristeza, dor, mas, algumas pessoas
reagem de modo muito destrutivo e aí elas avaliam esse fato como algo
terrível, como algo insuportável, como se fosse impossível continuar vivendo
depois desse fato, então, é importante lembrar que a perda faz parte da vida,
desse jogo da vida, que o luto é parte da vida, a morte faz parte da vida, o luto
normal é uma reação saudável, adequada e à medida que vamos equilibrando
isso, vamos percebendo que a vida não é vencer sempre, nem sempre vamos
viver o que queremos, nem sempre vamos ser amados por quem amamos,
nem sempre vamos ser desejados, às vezes vamos ser abandonados, traídos.
Distorções Cognitivas
Consequências (C)
Evento (A) Crenças (B) Emocionais Comportamentais
A mulher abandonou o marido A sociedade está Revolta contra a Apoio às associações
corrompida. Veja como TV (contra as que defendem a censura
as novelas induzem à novelas). na TV.
separação.
Aqui temos uma pessoa sendo representada por pessoas que tem
padrões cognitivos diferentes, então, cada pessoa tem uma reação, uma
interpretação do mesmo fato, um ponto de vista, ou seja, uma vista de um
ponto muito individual, particular, baseado nas suas crenças e de cada um
reage baseado naquilo que sentiu, que veio de emoção, então, temos crenças,
emoções e comportamentos ou pensamentos automáticos que geram
emoções, que vão me fazer agir de determinado modo.
1. Ter que ser aceito ou amado por todas as pessoas que são importantes
para ele.
2. Ter de ser perfeito em tudo que faz, ter êxito e conseguir seus objetivos
ou pelo menos, ter talento e competência em alguma área importante
para ser considerado necessário pelos outros.
3. As pessoas devem sempre fazer a coisa certa. Quando se comportam
de modo injusto ou egoístico devem ser responsabilizadas e punidas.
4. É “terrível, tremendo e catastrófico” quando as coisas não acontecem
como desejaria.
5. A infelicidade emocional tem causas externas e a pessoa tem pouca ou
nenhuma capacidade para controlar e mudar seus sentimentos.
6. Se algo parece perigoso deve-se ficar muito preocupado com ele e
sentir-se ansioso, pela possibilidade que ele ocorra.
7. É mais fácil evitar do que enfrentar certas dificuldades e
responsabilidades.
8. Cada um de nós depende dos outros. Precisamos sempre de alguém
mais forte em quem possamos confiar.
9. A história passada é fator determinante do comportamento presente, se
algum fato afetou muito a vida de alguém, terá sempre o mesmo efeito.
10. Cada um deve estar sempre preocupado com os problemas dos outros.
11. Existe sempre uma solução certa e perfeita para os problemas
humanos. É catastrófico não encontrar esta solução.
Necessidades perturbadoras
• Necessidade de sobrevivência;
• Necessidade de segurança e proteção;
• Necessidade de integração social e afeto;
• Necessidade de estima; e
• Necessidade de atuo realização.
1 - Apoio
3 - Biblioterapia
Leitura por meio de literatura, artigos, revistas que você saiba que são
de fonte segura, tudo que possa ajudar os nossos pacientes a expandir a
consciência, a ter mais informações adequadas sobre algum tema, por
exemplo, indicar leitura individual, para o casal, leituras científicas para
pessoas que são mais racionais.
4 – Dessensibilização imaginária
6 – Distração condicionada
7 – Entrevista
8 – Esclarecimento
É uma técnica muito poderosa embora seja muito simples, muito óbvia,
mas, ela é óbvia para nós que estudamos na área da sexualidade, que
sabemos, conhecemos o órgão genital feminino, masculino, sabemos o que é o
clitóris, por onde sai o xixi, mas as pessoas não.
9 – Técnica da extinção
10 – Modelação
11 – Parada do pensamento
12 – Técnica da permissão
Nunca vamos conseguir usar todos os recursos com uma única pessoa
e só precisamos acrescentar técnicas se aquilo que estamos fazendo não está
resolvendo, aquilo que o esclarecimento, que alguns processos simples de
psicoeducação ou das próprias técnicas corporais já está ajudando porque
tenho que ficar colocando outras técnicas corporais, então, precisamos focar
muito no objetivo do cliente porque a terapia sexual é focada e breve.
15 – Técnica do relaxamento
16 – Técnica da sensibilização
Essa técnica quase nunca é usada, porque é uma técnica que pode em
alguns momentos trazer prejuízos, quando lidamos com alguma situação de
pensamentos, comportamentos que são indesejáveis para a pessoa, que traz
sofrimento e você introduzir uma imagem aversiva junto com um estímulo que
a pessoa deseja extinguir, por exemplo, a pessoa durante a relação sexual tem
muitos pensamentos pedofílicos, pensamentos indesejados, então, essa
sensibilização pode ser feita com a pessoa numa situação sexual que seja de
masturbação, de fantasias daquilo que traz o estímulo e quando ela está
prestes a ter o orgasmo ela introduz imagens, uma foto mesmo daquele
conteúdo aversivo para que quando ela estiver ali prestes a ter o orgasmo, ela
visualize e imagine aquela situação aversiva para que ela vá sensibilizando e
fazendo perder força ou substituindo aquele estímulo indesejável por outro que
seja desejado, então, dentro da terapia sexual há de se questionar a
aplicabilidade dessa técnica.
20 – Técnica de respiração
21 – Técnica do espelho
O que você pode mudar? O que você pode fazer para mudar? Pode
fazer uma reeducação alimentar, procedimentos estéticos, talvez uma
intervenção cirúrgica, vai avaliando cada caso.
Mas e o que não pode mudar? Porque o que não pode mudar precisa aceitar e
dar um novo significado.
27 – Treinamento assertivo
1 – Técnica da autofocagem
Vai focar, sobretudo na percepção tátil, pode ser feita no corpo todo,
pode ser feito a autofocagem como também com a parceria focando no toque,
com a ponta dos dedos, modificando toque, intensidade, movimentos, pode
unir as percepções sensoriais de quente, frio, vai adaptando para o casal mais
nesse caso especificamente é a autofocagem, pode ser feito no banho,
massageando, percebendo cada parte do corpo, tocando, num movimento de
autocuidado, autocarinho, focando realmente nas percepções sensoriais, ela
pode ser no corpo todo ou em partes.
2 – Autofocagem corporal
É a percepção tátil do corpo todo, massagear do couro cabeludo até a
pontinha do dedinho mínimo, pode usar texturas diferentes tecidos, penas,
quente, frio, usar a imaginação mais ter foco na percepção.
3 – Autofocagem genital
4 – Técnica do cadeado
6 – Compressão perineal
Caso seja uma fantasia que não seja com a parceria, com alguém que
existe ou com alguém imaginário, lembrando das limitações de cada um, uma
das opões quando a pessoa já estiver próxima ao orgasmo pode ser uma foto
da parceria porque nem todo mundo tem facilidade de fantasiar, principalmente
pessoas que já tenham uma dificuldade cognitiva de concentração, então, a
foto vai ajudar porque o nosso cérebro já vai fazendo essa conexão e o
orgasmo focado naquela pessoa, naquela figura específica já vai fazendo esse
desbloqueio.
8 – Desbloqueio ejaculatório
11 – Exercícios de Kegel
O casal nesse momento vai ter uma cumplicidade muito grande, porque
se a mulher começar a fazer movimentos o homem começa a sinalizar para ela
calma, para, relaxa, então, tem que ser feito de forma gradual até a
movimentação da penetração vir a ser mais livre e eles conseguirem mudar de
posição, esse homem vai conseguindo mais liberdade, mais autocontrole até
conseguirem realizar o que é desejo de ambos.
14 – Manobra da ponte
Nesse caso não precisa ser fantasias reais, tem que ir com muito
cuidado porque de repente o homem vai falar eu fantasio fazendo sexo com
fulana (o) de tal, isso é delicado, então, pode ser uma partilha que eles podem
criar, vai sentindo cada caso, mas, normalmente a pessoa já passou pelo
desbloqueio/treino das fantasias, talvez já fizeram um treino assertivo, já estão
conseguindo comunicar mais e conseguindo dialogar mais, aí já pode entra
para a partilha das fantasias, podem escrever um começa uma história o outro
continua, pode ser verbalmente, fantasiando, falando um para o outro, isso
pode ser uma preliminar para o início da relação sexual, pode ser feito sem
nenhuma conotação sexual só para irem praticando mesmo e depois trazer
para o terapeuta como que foi, o que sentiu e assim por diante.
18 – Autoterapia
São técnicas que vão ser praticadas pelo próprio paciente par que ele
tenha uma transformação psicológica, comportamental, social, com
características muito específicas, com comodidade, no conforto da sua casa,
privacidade, conveniência, tudo que ele vai fazer em casa sozinho ou o casal
chamamos de autoterapia, a própria biblioterapia, leitura, autoconhecimento,
tudo isso passa por essa questão.
19 – Provocação sem coito
É o casal iniciar alguma atividade sexual num momento, num lugar que é
impossível concretizar a penetração, por exemplo, na subida de um elevador,
em lugares públicos, mas, explicar para não entrarem no atentado violento ao
pudor é algo que vai excitar, estimular o casal, mas , que eles não podem
concluir o coito, quando não tem tempo suficiente, isso serve muito para
pessoas que estão com baixo desejo sexual, baixa excitação, porque se a
relação sexual vai acontecer à noite, por exemplo, isso pode ir acontecendo ao
longo do dia para apimentar a relação, sair um pouco da rotina.
20 – Simulação do orgasmo
21 – Técnica do squeeze
A mulher vai fazer a masturbação, ela que vai estimular o pênis até o
momento pré-orgástico, aí o homem sinaliza que está quase e nesse momento
a mulher vai fazer a compressão da glande, mas, não em cima da glande e sim
abaixo, naquela fenda chamada de sulco balanoprepucial, junto com a parceria
vão achar qual a pressão ideal, aí faz o stop e depois vai para o start, reinicia,
pode ser na penetração também ou só na estimulação e vai fazendo, baixou
tensão sexual reinicia, até que o homem consiga controlar ou que seja
suficiente para ambos.
22 – Treino da fantasia
❖ Disfunção do desejo/inapetência
1. Apoio
2. Autofocagem corporal
3. Biblioterapia
5. Condicionamento orgásmico
6. Distração cognitiva
7. Entrevista terapêutica
8. Esclarecimento
9. Exercício de Kegel
16. Relaxamento
1. Apoio
2. Autofocagem genital
3. Biblioterapia
5. Dessensibilização sistemática
6. Entrevista terapêutica
7. Esclarecimento
8. Estimulação repetida
9. Exercícios de Kegel
11. Masturbação
14. Permissibilidade
15. Pornografia
➢ Individual
1. Apoio
2. Cadeado
3. Distração da distração
4. Entrevista terapêutica
5. Esclarecimento
6. Exercícios de Kegel
7. Reestruturação cognitiva
8. Relaxamento
12. Autofocagem
➢ Com o par
3. Dessensibilização masturbatória
5. Modelagem masturbatória
6. Partilha de fantasias
7. Recondicionamento masturbatório
8. Squeeze
9. Stop-start
❖ Ejaculação bloqueada
1. Apoio
4. Dessensibilização masturbatória
5. Distração condicionada
6. Entrevista terapêutica
7. Esclarecimento
8. Exercícios de Kegel
11. Relaxamento
❖ Anorgasmia
1. Apoio
2. Autofocagem corporal
3. Autofocagem genital
4. Autoterapia
5. Biblioterapia
6. Condicionamento orgástico
8. Dessensibilização imaginária
9. Dessensibilização masturbatória
12. Esclarecimento
19. Permissão
20. Pornografia
23. Relaxamento
❖ Vaginismo
1. Apoio
2. Dessensibilização imaginária
3. Dessensibilização masturbatória
4. Dessensibilização sistemática
6. Entrevista terapêutica
7. Esclarecimento
8. Exercícios de Kegel
11. Relaxamento
❖ Dispareunia
2. Parada do pensamento
3. Permissão
A TCC tem uma abordagem breve e focada, ela é breve porque ela tem
começo, meio e fim e é focal porque tem o foco no problema do paciente,
porém, é preciso ressaltar que não vemos esse paciente como o problema, a
demanda, a queixa que ele nos traz, essa pessoa tem um todo, um histórico e
todas as questões que o envolve e não simplesmente aquele problema que ele
está trazendo específico ou às vezes não, mas, diante da dinâmica da TCC,
essa psicoterapia é onde vamos trabalhar os nossos pensamentos.
Por exemplo, quando você vai atravessar a rua é algo tão automático
que você não para pra pensar o que eu pensei, o que eu senti para ter esse
comportamento mais é um comportamento atravessar a rua, portanto, mesmo
que você não tenha feito essa observação você teve um pensamento que
gerou uma emoção para produzir esse comportamento, atravessar a rua,
então, o que é comum é que por ser tão automático você não parou para
pensar eu vou atravessar na faixa, vou olhar se o sinal está aberto pra mim ou
não, se vem carro, você não observou talvez por estar pensando em algo que
tinha que fazer ou porque estava no celular, por ter alguém do seu lado, às
vezes aí a pessoa vai parar , se ver nesse momento do dia a dia para perceber
então, talvez vai dizer eu estava no celular, nem vi que eu fiz, fiz automático e
segui minha vida, provavelmente eu tive um comportamento funcional, mas não
vi o que passou na minha cabeça.
Como foi dito as crenças também podem ser sobre os outros e sobre o
futuro, percebemos isso em falas como: todos os homens são safados, o
mundo será sempre um caos, todas as mulheres são ruins, falas que tem
palavras fortes como sempre, tudo, nada, na maioria das vezes são compostas
por crenças disfuncionais enraizadas, que foram construídas ao longo do
tempo.
Por exemplo, se eu falar o nome de uma comida, pastel, maçã, água, você tem
uma imagem ou uma voz no seu pensamento para saber que de repende
quando você escuta algo te ativa um pensamento. Algumas pessoas podem
falar, a pastel eu vou lembrar de alguém me chamando para ir comer um pastel
na feira, pode ativar um pensamento de voz, para outras pessoas podem falar,
a visualizo eu indo comer o pastel, eu vejo um pastel na minha frente, ou seja,
vai da individualidade de cada um.
Ele tinha três pensamentos automáticos que ele só conseguiu ter acesso
à medida que foi anotando. O que te faz ter essa dificuldade? O que te impede
de ter o encontro? Três pensamentos diferentes podem gerar para ele uma
mesma emoção, ansiedade, o fato de pensar que ela poderia humilhá-lo
também, ignorar da mesma forma, então, ele ficava ansioso diante da situação
de conhecer essa moça. Na mesma situação eu posso ter outros pensamentos
e que vão gerar emoções.
- é injusto que os outros consigam conversar sem ter problemas para fazer isso
e eu não consigo;
Exercício
Um exemplo trazendo primeiro o pensamento.
2º - Que falta de consideração, ele sempre faz isso comigo é muita falta de
respeito.
3º - Que bom, agora eu posso chamar meu outro amigo ele também queria
ir nessa festa.
4º - Ele está cancelando porque ele não quer sair comigo, faz tempo ele
não gosta mais de mim, tá sempre assim, toda vez ele cancela.
Tarefas da TCC
• Psicoeducação
Depois que já tiver contado a história dele, você vai explicando para esse
paciente, trazendo essa educação para ele tanto de como vai ser esse
momento de vocês dois, vai clareando esse caminhar de vocês, esses passos,
vai trilhando um caminho que vão caminhar juntos, como que é esse processo
terapêutico de vocês, vai falando sobre o que é a demanda que ele trouxe,
porque é comum do paciente nos falar, doutora você nunca viu um caso como
o meu né? Porque falam um pouco das crenças deles, às vezes falam você vai
conseguir mesmo? Você já ouviu uma situação essa? Alguns não mais é
comum eles se verem perdidos dentro daquilo que eles estão trazendo, se
verem confusos, se você conseguir trazer um direcionamento, essa
psicoeducação diante daquilo, olha a sua situação é tão comum, tem tantos
casos disso, tem tantos casos de melhora, temos situações de pacientes que
tem um avanço, o seu tratamento não demanda muito tempo, você acende
uma luz para esse paciente, isso é muito importante, atrai, fideliza esse
atendimento.
Às vezes o paciente tem uma queixa, às vezes tem uma principal mais tem
outras, alguns não deixam muito definido uma queixa, que ficam alguns pontos
soltos, tem mais de uma coisa ser trabalhada, então, vai clareando para ele,
fala nós temos objetivos a serem alcançados, temos aonde nós queremos
chegar e isso traz segurança para ele, vê que ele tem um caminho a ser
trilhado e é um processo que também depende dele, não precisa esperar só de
você, você vai junto com ele, mas, vão trilhar um caminho juntos.
Fazer com o paciente num primeiro momento juntos, fazer de forma que
essa técnica se ajuste à realidade dele, alguns pacientes tem aversão à tarefa,
outros gostam.
Por exemplo, o paciente que tem aversão a tarefa explicar com um outro
linguajar, pode falar que no decorrer da semana se vivenciar alguma situação
que não foi tão agradável, que se sentiu incomodado o que você acha de me
mandar pelo whatsapp o que você pensou sobre isso, como que foi para você
ter sentido isso, você se sentiria à vontade, não precisamos falar no whatsapp
no momento, mas, podemos conversar quando nos encontrarmos de
novamente.
Então, tem que adaptar essa tarefa ao seu paciente, o fato do paciente
anotar traz para ele mais consciência daquilo que ele está escrevendo, todas
as vezes que você anota algo, seja escrevendo ou nas notas no celular,
aumenta o seu nível de consciência, às vezes quando leem juntos com a gente
lembram-se de mais coisas. Escrever também auxilia nesse processo de
identificação, de separar o funcional do disfuncional e à medida que vai
fazendo essa identificação já consegue criar de repente a terceira técnica que é
o cartão de enfrentamento.
• Cartão de enfrentamento
Ele pode ser feito em um papel, pode ser colocado no quarto, na geladeira,
no carro, no celular, na carteira, no bolso, onde a pessoa tiver acesso,
liberdade, onde ela for ver e for funcional para ela. Ele pode ser um parágrafo
com respostas que a gente conseguiu criar, questionando os nossos
pensamentos ou pode ser algo mais prático, como se fosse uma frase de efeito
que pode funcionar também. Por exemplo:
Você pode ajudar o paciente a criar mais o instigue a criar porque se vier
dele tem muito mais efeito.
• Questionamento Socrático
Esse nome é usado porque o Sócrates era aquele que questionava, de fato
o nome é muito propício, o que o terapeuta vai fazer? Vai fazer uma série de
perguntas com o objetivo de ajudar o paciente a aprofundar a compreensão
dele com os próprios pensamentos no processo terapêutico porque as pessoas
estão funcionando no automático e às vezes os próprios pensamentos
automáticos estão saindo na fala desse paciente.
A pessoa não está percebendo, então, é nesse momento com você fazendo
o questionamento é que ele vai se perceber é que ele vai conseguir... opa peraí
então, se eu estou pensando assim e isso pode não ser uma verdade absoluta
eu posso tomar uma outra decisão, ou seja, essa é uma técnica que coloca em
cheque, questiona aquilo “a verdade absoluta” que o paciente acredita, muitas
vezes vamos até o limite daquele paciente... a mais e se isso for uma verdade
absoluta como vai ser pra você? Mais e se chegar nesse ponto? E aí vai
aprofundando, questionando com esse objetivo que esse paciente se perceba
que ele veja o que ele falou, muitas vezes você pode usar a própria fala dele,
você está me dizendo que a sua esposa não gosta de você? Aí a pessoa vai
falar não ela gosta porque ela está casada comigo, mais você acabou de falar
que ela não gosta. Ah eu falei? Falou que ela não gosta. Não, mais não é bem
que ela não gosta e aí você vai trazendo o que o seu paciente falou e trazendo
para ele, é o questionamento socrático, vai fazendo com ele em consultório.
• Técnica de exposição
Muitas vezes elas são ditas úteis para lidar com problemas específicos,
quando tem fobia, pânico,... que trazem as pessoas a situações às vezes de
muito desconforto, ansiedade, nós ensinamos essas pessoas a lidar com essas
emoções e a enfrentarem aquela situação que antes era quase que impossível
de ser enfrentada, como por exemplo, uma pessoa que não andava, não
atravessava a rua, uma técnica de exposição seria colocar essa pessoa
novamente para ir atravessar essa rua que era difícil atravessar quando
começaram a se falar, porém, a técnica de exposição para nós é muito rica,
pode usar com casais onde um deles tem dificuldade de se expor, de falar o
que pensa, o que gosta é uma técnica de exposição que precisamos
desenvolver com eles, fazemos primeiro no consultório, coloca ele se vendo
diante dessa situação, vamos combinar, leva de tarefa pra casa, às vezes ele
consegue, às vezes não, não conseguiu o que aconteceu? A na hora eu tive
vergonha, tive medo, achei que ia acontecer tal coisa... vai trabalhando até que
ele consiga se expor e ter um comportamento diferente.