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PSICOTERAPIA DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS

Camila Bassani da Silva - cbassanidasilva@gmail.com

RESUMO

Palavras-chave: Disfunções Sexuais, Psicoterapia, Sexualidade

https://www.scielo.br/j/physis/a/qyfrvWs5d3V8w3XrSwSsYNt/?lang=p.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Linha do Tempo: Disfunção Sexual............................................XX
INTRODUÇÃO
A disfunção erétil (também chamada de impotência sexual) é caracterizada pela
falta de ereção permanente, ou seja, apenas uma falha ocasional não configura a
doença. Uma das possíveis causas é de origem emocional, onde o homem fica tão
nervoso e ansioso.
A ansiedade é a causa emocional que mais bloqueia o mecanismo da ereção. O
homem pode ter medo de falhar mais de uma vez ou se sentir inibido quando se
relaciona com alguém que desperte atenção especial. A falta de controle ejaculatório
também pode ser responsável pelo problema. O medo de ejacular muito rápido, de não
dar prazer à parceira e de não conseguir a penetração que considera ideal cria uma
ansiedade tão grande que faz ele não conseguir atingir a ereção durante o ato sexual.
Quando nos referimos à prática psicanalítica, as coisas parecem enuviar-se
ainda mais. Questiona-se a possibilidade de uma clínica institucional analítica em que
estariam em jogo todas as premissas e modalidades de um consultório privado. Para
Ana Cristina Figueiredo (1997), apesar das críticas feitas freqüentemente ao
ambulatório, ele é, "sem dúvida, o local privilegiado para a prática da psicanálise
porque faculta o ir-e-vir, mantém uma certa regularidade no atendimento pela
marcação das consultas, preserva um certo sigilo e propicia uma certa autonomia de
trabalho para o profissional" (FIGUEIREDO,1997).
Para a psicanálise, o sintoma aparece como secundário e, portanto, a própria
noção de "cura" é relativizada, isto é, reconhecer, assumir e conviver com os sintomas
longo trajeto terapêutico pode ser a "cura" de muitos pacientes.
"O conflito surge pela frustração, em conseqüência da qual a libido, impedida de
encontrar satisfação, é forçada a procurar outros objetos e outros caminhos. A
precondição necessária do conflito é que esses outros caminhos e objetos suscitem
desaprovação em uma parte da personalidade, de forma que se impõe um veto que
impossibilita o novo método de satisfação tal como se apresenta." (FREUD, 1917[1916-
7]c, p. 353)

No século XX até a década de 1960, as disfunções sexuais eram tema exclusivo


da psicanálise, com tratamento de longo prazo e sem enfoque direto nos sintomas. O
termo terapia sexual foi introduzido por Masters e Johnson na década de 1970, a qual
possuía uma perspectiva comportamental. Distintamente da psicanálise, onde os
comportamentos e reações estavam enraizados na infância, agora eles passam a ser
aprendidos. Esta nova concepção, tornava possível ajudar os pacientes através da
reflexão e mudanças de seus comportamentos (CORDIOLI; GREVET, 2019).
Ainda em 1970, Helen Kaplan também apresentou a sua versão para a terapia
sexual, mesclando a psicanálise com o modelo comportamental. Já no final do século
XX, Barlow sugeriu que pensamentos interagem com emoções negativas para a
progressão da disfunção sexual, ampliando a compreensão dos terapeutas
comportamentais sobre a importância e papel da cognição consciente e não apenas do
comportamento. A ebulição do estudo destas disciplinas resultou na terapia cognitiva-
comportamental (TCC) que instiga o desafio quanto a crenças irrealistas da
sexualidade, bem como mudança comportamental para que seja possível a satisfação
sexual (RAMOS; SANTOS, 2021).

OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo compreender a evolução no enfrentamento e
tratamento da disfunção sexual, compreendendo a aplicação da psicoterapia, desde as
suas origens na psicanálise até os dias atuais com o enfoque biopsicossocial.

METODOLOGIA
Levantamento de dados através de pesquisas bibliográficas em artigos
indexados nas principais bases de dados eletrônicos: Google acadêmico, pepsic,
artigos, teses de mestrado, livros, revistas científicas e etc.
A pesquisa realizada teve como método o estudo, interpretação e análise dos
artigos relacionados a disfunção sexual, terapia cognitivo comportamental, tratamento e
qualidade de vida. As palavras chaves usadas na pesquisa foram: Disfunções Sexuais,
Psicoterapia, Biopsicossocial.
As informações selecionadas dos artigos para caracterização foram: autor, ano e
publicação, objetivos do estudo, método, resultados e conclusões. Os artigos científicos
identificados foram remetidos ao processo de triagem , por meio da leitura dos títulos e
resumo e aos que não se relacionam ao tema definido.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Uma vertente mais contemporânea, provinda de 1980 defende que o foco não
pode ser exclusivo a um único indivíduo, mas ao seu relacionamento, em conjunto com
seu parceiro. Posteriormente, com o avanço da medicina, o uso de fármacos
(principalmente no enfrentamento da disfunção erétil) passou a complementar os
tratamentos. Tal heterogeneidade representa o cotidiano da atualidade, onde a terapia
sexual é especificamente uma psicoterapia que associa as abordagens mencionadas
anteriormente objetivando a recuperação através de um enfoque biopsicossocial
(PARANHOS, 2007).

Figura 01 – Linha do Tempo: Disfunção Sexual

Fonte: (CORDIOLO, GREVET, 2019).


CONCLUSÕES

Avaliando as intervenções da terapia cognitiva comportamental, é possível


considerar as técnicas provenientes da mesma, como promotoras de saúde tanto
física, quanto mental. Desta forma, a psicoeducação associada a evolução
farmacológica tornam-se agentes facilitadores da qualidade de vida em pacientes com
disfunção sexual.
REFERÊNCIAS
https://www.scielo.br/j/agora/a/6f7P3fF8HHvv746vwJZbVSN/?lang=pt

CORDIOLI, Aristides Volpato; GREVET, Eugenio Horacio. Psicoterapias: abordagens


atuais. – 4.ed. - [recurso eletrônico]. Porto Alegre RS: Artmed, 2019.

PARANHOS, Mário L. S. Disfunção Sexual. Barueri SP: Manole, 2007. Disponível em:
<https://www.google.com.br/books/edition/Disfun%C3%A7%C3%A3o_sexual/
MKXWc_HtAjwC?hl=pt-BR&gbpv=1>
Acesso em 21/06/2022.

RAMOS, Mozer de Miranda; SANTOS, Elder Cerqueira. Psicologia e Sexualidade:


diversidade sexual. Belo Horizonte MG: Editora Dialética, 2021.

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