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NATAL - PAGANISMO E MENTIRA

O clima é de festa, de alegria, de união, de aconchego familiar. Presentes, doces, vinhos, resépios,
árvores... e muitas luzes na cidade. As pessoas - pelo menos exteriormente - mostram-se mais alegres,
mais sociáveis, mais acessíveis, mais caridosas.

Festeja-se o nascimento do Rei dos reis, mas nem sempre Ele é o alvo das atenções. Nem sempre,
durante os festejos familiares, Jesus é lembrado, glorificado e exaltado. A festa é em homenagem a
Jesus, de Nazaré, o Cristo que dos céus desceu, fez-se carne, habitou entre nós, pregou as Boas Novas;
foi perseguido, torturado e crucificado; ressuscitou ao terceiro dia como previsto nas Santas Escrituras.
Ele é o nosso Advogado, Mediador e Intercessor, o único Caminho, o nosso Senhor e Salvador.

Muitos iluminam suas casas e suas árvores, bebem e comem fartamente, mas seus corações estão
longe de Jesus. Conhecem-NO de ouvir falar. Para esses, Jesus é uma figura distante, presente
somente num quadro, numa árvore, num papel. Trocam a verdade do Senhor Jesus pela mentira dos
símbolos natalinos: árvores, presentes, velas, sinos, presépios, coroas e um boneco - um velhinho de
barbas brancas, conhecido por Papai Noel.

A mentira do Papai-Noel

As crianças desde a mais tenra idade são acalentadas com as cantigas e as mentiras em torno de Papai
Noel. Há uma cumplicidade entre os adultos para que a mentira prevaleça. A partir de certa idade a
garotada descobre que seus pais mentiram descaradamente.

Muitas crianças são ensinadas a conversarem com Papai-Noel. Desde cedo aprendem a crer naquilo
que vêem. Aprendem a acreditar nas mentiras palpáveis. O Papai Noel do Shopping center do bairro
fala, abraça, balança a cabeça e dança. Adultas, essas crianças não terão nenhuma dificuldade em
reverenciar imagens de homem ou de mulher, e nelas depositarem suas esperanças. E assim Deus
estará cada vez mais longe, e mais longe essas almas estarão da salvação.

A mentira do Papai Noel tem sido transmitida de pai para filho, sem a menor cerimônia, no seio de
famílias que se dizem cristãs. As crianças são ensinadas a venerar um pai chamado Noel que vem do
céu com muitos presentes. Jesus condenou os que mentem, quando disse que o dia "é mentiroso e pai
da mentira" (João 8.44). A adoração a Noel insere-se, também, na proibição do Segundo Mandamento:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êxodo 20.4-
5). Os países pobres e subdesenvolvidos do Ocidente assimilaram rapidamente o Papai Noel que os
norte-americanos difundiram para ganhar dinheiro com o aumento das vendas: venda do boneco
propriamente dito e de uma infinidade de quinquilharias inúteis e supérfluas (coroas, velas, bolas
coloridas, árvores, sinos, luzes, musiquetas, etc.).

Origem pagã

No Novo Testamento, em nenhuma parte, há registro de qualquer evento para comemorar ou relembrar
o nascimento de Jesus. Por outro lado, nada existe de verossímil quanto à data do seu nascimento.
Pode ter sido no mês de outubro ou no mês de abril. Os estudos mais sérios rejeitam a hipótese do 25
de dezembro. Ademais, o importante não é o festejo da data natalícia, mas a aceitação do senhorio de
Cristo em nossas vidas. A Encyclopédia Britânnica assim diz referindo-se ao dia 25:

"A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a
festa mitraica (religião que rivalizava como Cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o natalis
invict Solis ("Nascimento do Vitorioso Sol") e várias outras festividades decorrentes do solstício do
inverno, como a Saturnalia em Roma e os cultos solares entre os celtas e germânicos".

O mandamento de Jesus foi no sentido de participarmos da Ceia do Senhor, em memória dEle, para
relembrarmos o significado redentor de Sua morte; para reafirmarmos o nosso compromisso e comunhão
com Ele; para nos encher de esperança quanto a Sua volta (Mateus 26.26-29; 2 Coríntios 11.23-26).
Nenhum mandamento para festejarmos seu nascimento, com árvores, bonecos, bolas coloridas, uísque
e pagode.

A árvore

A árvore do Natal é de origem germânica "e foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado
de Odin". Odin, na mitologia escandinava, era rei dos deuses, deus da guerra, deus da sabedoria, da
poesia e da magia. Ora, a árvore de Natal é colocada em lugar de destaque, toda iluminada e enfeitada
com capricho, e aos seus pés são depositados os presentes da família. Reverencia-se a árvore. Em
muitas cidades, árvores enormes e bem
iluminadas são construídas, principalmente nas áreas comerciais, num desperdício de energia e dinheiro.
A árvore de Natal passou a ser algo sagrado, indispensável nos lares "cristãos".

No Natal, as casas são ornamentadas com muitos enfeites, mas os corações dos homens estão
endurecidos: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o
seu coração está longe de mim". Poucos se lembram do homenageado na hora de partir o pão ou o
peru, ou na hora do estouro do champanha. Tudo semelhante a uma festa pagã. O Senhor Jesus fica do
lado de fora:

"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei
com ele, e ele comigo" (Apocalipse 3.20).

Primeiro, precisamos ouvir a voz de Jesus. Segundo, precisamos abrir a porta. E a Sua voz é esta:
"Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei". Aquele que disse
"Eu sou a ressurreição e a vida" está pronto para ressuscitar a vida de quantos estejam espiritualmente
mortos. Ele afirmou: "Aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá". Alguns dirão: "Eu não estou
cansado nem oprimido. Por isso não preciso de Jesus". É verdade. Muitos estão com o carro novo na
garagem; a despensa cheia, a conta bancária com suprimentos; possuem bons amigos, e toda a família
está coberta por um bom plano de saúde! Julgam-se revestidos de total segurança. Enganam-se. O
corpo pode ir muito bem obrigado, mas a alma está morta, podre, e muitos não se dão conta dessa
situação.

Poderíamos admitir a idolatria do Natal e todo esse mundanismo em nome da tradição? Deveríamos
continuar a tradição de nossos antepassados? Valeria a pena continuarmos mentindo para nossos filhos
a respeito do boneco de barbas brancas e botas pretas? Ouçamos: "Tende cuidado para que ninguém
vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo e não segundo Cristo" (Colossenses 2.8). E mais: "Os lábios mentirosos são
abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o seu deleite" (Provérbios 12.22).

Assuma o compromisso de consagrar sua vida ao Senhor dos senhores, o único caminho que pode levar
você à vida eterna. Não se deixe enlaçar pelos búzios, tarôs, baralhos, cristais, pirâmides, adivinhos,
fitinhas, rosários, figas, bonecos, pois tudo isso são armadilhas que desviam os homens do verdadeiro
Deus.

Abra seus olhos espirituais e contemple não apenas o pisca-pisca das lâmpadas, a iluminação das
avenidas, o colorido natalino. Deixe Jesus nascer no seu coração e receba as bênçãos que Ele tem pra
lhe dar. As árvores passam; os carnavais passam; passa a mentira do boneco Noel; passa a alegria
efêmera de uma noitada bem iluminada, regada a uísque importado. Mas Jesus, que não passa, promete
aos que O buscam uma alegria que dura para sempre.

Para sempre. Eternamente.

(Pastor Airton Evangelista da Costa - dezembro/1999).

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