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Tema: A arte românica <<

Capítulo 5 >>

A arte românica
Depois das primeiras décadas do século III, os imperadores romanos
começaram a enfrentar lutas internas pelo poder. Havia, ainda, a ameaça às
fronteiras do império por parte de povos invasores, a quem os romanos
chamavam "bárbaros". Começava a decadência do Império Romano e o
desaparecimento quase completo, na Europa ocidental, da cultura greco-
romana, ou clássica. As tradições greco-romanas só viriam a ser retomadas no
século IX, com Carlos Magno, coroado imperador do Ocidente.

O império Romano é dividido


Em 395, o Imperador Teodósio dividiu o imenso território ameaçado em duas
partes: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. O Império
Romano do Ocidente, com capital em Roma, sofreu sucessivas ondas de
invasões até cair em poder dos bárbaros no ano de 476. Já o Império Romano
do Oriente, apesar das contínuas crises políticas, conseguiu manter sua
unidade até 1453, quando os turcos tomaram sua capital, Constantinopla. O
ano de 476, com a tomada de Roma, marca o fim do período histórico
conhecido como Idade Antiga e o início de outro período histórico, conhecido
como Idade Média.

A arquitetura
Com as oficinas de arte da corte de Carlos Magno, a cultura greco-romana foi
redescoberta. Na arquitetura isso levou à criação, mais tarde, de um novo
estilo para a construção principalmente das igrejas: o estilo românico. Esse
nome, portanto, designa as obras arquitetônicas do fim dos séculos XI e XII, na
Europa, cuja estrutura era semelhante à das construções dos antigos romanos.

As características mais significativas da arquitetura românica são a utilização


da abóbada, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas
Com aberturas estreitas usadas como janelas. Dessas características, resulta
um conjunto que chama a atenção do observador: as igrejas românicas são
grandes e sólidas. Daí serem chamadas "fortalezas de Deus".

Na rota dos peregrinos, as igrejas românicas


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Na Idade Média, assim como hoje, faziam-se longas peregrinações a lugares


considerados sagrados. Muitas aldeias localizadas na rota desses lugares
construíram igrejas para acolher os peregrinos. Entre os lugares mais
procurados estavam Jerusalém, onde Jesus morreu Roma, onde fica a sede da
Igreja Católica, e Santiago de Compostela, Espanha, onde se crê estar
enterrado o apóstolo Tiago. No trecho francês do caminho de Santiago
construíram-se várias igrejas românicas, como a abadia de Saint-Pierre, em
Moissac.

A arquitetura românica na Itália


Na Itália, a arte românica se desenvolveu com características diferentes das do
resto da Europa. Mais próximos do exemplo greco-romano, os italianos
procuraram usar frontões e colunas. Uma das mais conhecidas edificações da
arte românica italiana é o conjunto da catedral de Pisa.

A pintura
A arquitetura românica, com suas grandes abóbadas e espessas paredes
laterais de poucas aberturas, criou amplas superfícies que favoreceram a
pintura mural. Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobre tudo nas
grandes decorações murais, por meio da técnica do afresco.

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