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– (Mario Quintana)

Aqui vão todas as letras, Com J se escreve JULIETA, É o T das TRANÇAS compridas,
Desde o A até o Z, Com J se escreve JOSÉ: Boas da gente puxar;
Pra você fazer com elas Um joga na borboleta, Jeito bom de namorar
O que esperam de você… O outro no jacaré. As menininhas queridas…

Aí vem o Batalhão das Letras O K parece uma letra O U é a letra do luto!


E, na frente, a comandá-lo, Que sozinha vai andando, O U do URUBU pousado
O A, de pernas abertas, Lembra estradas, andarilhos Nas negras noites sem lua
Montado no seu cavalo. E passarinhos em bando… Num palanque do banhado…

Com um B se escreve BALÃO, O L lembra o doce LAR, Este V é o V de VIAGEM


Com um B se escreve BEBÊ, Lembra um casal à LAREIRA! E do VENTO vagabundo
Com um B os menininhos O L lembra LAZER Que sem pagar a passagem
Jogam BOLA e BILBOQUÊ. Da doce vida solteira… Corre todo o vasto mundo.

Com C se escreve CACHORRO, Com M se escreve MÃO. Era uma vez um M poeta
Confidente das CRIANÇAS E agora vê que engraçado: Que um dia, em busca de uma rima,
E que sabe seus amores, Na palma da tua mão Caiu de pernas pra cima
E virou um belo dábliu!
Suas queixas e esperanças… Tens um M desenhado!
Coisa assim nunca se viu,
Mas é a história verdadeira
Com um D se escreve DEDO, N é a letra dos teimosos,
De como o dábliu surgiu…
Que poderá ser mau ou sábio, Da gente sem coração:
Desde o dedo acusador Com N se escreve – NUNCA! Com um X se escreve XÍCARA,
Ao D do dedo no lábio… Com N se escreve – NÃO! Com X se escreve XIXI.
Não faças xixi na xícara…
O E da nossa ESPERANÇA Outras letras dizem tudo. O que irão dizer de ti?!
Que é também o nosso ESCUDO Mas o O nos desconcerta.
É o mesmo E das ESCOLAS Parece meio abobalhado: Ypsilon – letra dos diabos,
Onde se aprende de tudo. Sempre está de boca aberta… Que engasga o mais sabichão!
Por isso o povo e as crianças
Com F se escreve FUGA, Quem diz que ama a POESIA A chamam de “pissilão”…
FRADES, FLORES e E não a sabe fazer
FORMIGAS É apenas um POETA inédito O Z é a letra de ZEBRA,
E as crianças malcriadas Que se esqueceu de escrever… E letras das mais infames.
Com F é que fazem FIGAS. Com um Z os menininhos
Esse Q das QUEIJADINHAS, Levam ZERO nos exames.
O G é letra importante, Dos bons QUITUTES de
Como assim logo se vê: QUIABO E todas as vinte e seis letras
Com um G se escreve GLOBO Era um O tão mentiroso Que aprendeste num segundo
E o globo GIRA com G. Que um dia criou rabo! São vinte e seis estrelinhas
Brilhando no céu do mundo!
Com H se escreve HOJE Os RATOS morrem de RISO
Mas “ontem” não tem H… Ao roer o queijo prato.
Pois o que importa na vida Mas para que tanto riso?
É o dia que virá! Quem ri por último é o gato.

O I é a letra do ÍNDIO, Acheguem-se com cuidado,


Que alguns julgam ILETRADO… De olho aceso, minha gente:
Mas o índio é mais sabido O S tem forma de cobra,
Que muito doutor formado! Com ele se escreve SERPENTE.

ATENÇÃO: Leia atentamente cada uma das estrofes do poema para posterior declamação coletiva junto aos
colegas de classe; lembre-se de observar a entonação, dicção e ritmo durante tua leitura! Boa Vialeituragem!
Professor Rhonascy Odlinor – Wilcam – Língua Portuguesa/Redação/Literatura (wilcam6017@gmail.com)

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