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FACULDADE DO SERIDÓ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL


DOCENTE: MONA LISA DANTAS
DISCENTE: RAFAEL DE MEDEIROS BATISTA

Para resolver as situações que seguem, relembrem os pressupostos da Neurolinguista e todo o


conhecimento visto em sala.

1. Você é professor de matemática do 7º ano e o seu aluno chega em sala totalmente apático. Você
começa o dia com uma atividade muito dinâmica, mas Artur se recusa a fazer. Ele diz que não vai
fazer essa “porcaria” de atividade chata, coloca o fone de ouvido e fica apenas batendo com o lápis
na mesa.

Dê dois exemplos de coisas que esse aluno ouviria convencionalmente? Qual a crença que se instala
com tal linguagem?

Essa atitude é bastante comum, afinal nem todos os professores têm domínio dos conteúdos
estudados na psicopedagogia. Mas, creio que Artur ouviria coisas como:

– Deixe de teimosia, menino. Você tem que fazer a tarefa, senão mando chamar seus pais.

– Você não tem querer, se eu mandar fazer algo, tem que fazer!

São apenas alguns exemplos de como um professor se portaria diante da situação, embora a
frase mais utilizada fosse:

– Porcaria? Se é mesmo porcaria por que você não consegue fazer?

Todas as falas citadas apontariam a instalação da crença que a criança, no caso, Artur, não tem
vontade própria nem precisa ser ouvido para saber se gostaria ou não de fazer a atividade. A crença de
que a criança não conseguiria sequer fazer uma atividade simples de matemática, menosprezando o
intelecto e os sentimentos dele.

Qual a atitude e o que ele deveria ouvir de forma a se tornar mais cooperativo?

A atitude correta seria deixar todos os demais alunos envolvidos na atividade, aproximar-se de
Artur e iniciar um diálogo procurando entender as razões que o levaram a estar apático. Um bom jeito
de iniciar o diálogo seria:

– Você não gosta de matemática ou não está gostando dessa atividade?

– Que outra atividade você acha que os alunos e você poderiam se interessar mais?

Ou até algo mais invasivo, buscando descobrir se a apatia é resultado de problemas externos,
ou de problemas de ordem escolar, como:

– O que você preferiria estar fazendo agora, se estivesse em casa?

Iniciar um diálogo com perguntas, ou fazê-las ao decorrer da conversa é sempre um bom


instrumento de diálogo, faz o aluno refletir e busca respostas elucidativas.

Talvez Artur não estivesse instigado a participar da atividade porque tal prática não estaria de
acordo com o seu ritmo e nível escolar. O papel do professor é fazer com que Artur olhe para si e
enxergue que toda atividade possui sua importância e que ele poderia gostar se desse uma chance à
dinâmica.
2. Seu aluno do 3º ano, não consegue parar quieto na sala por um só minuto. Ele levanta, pega
objetos dos colegas, bate, chama atenção tempo todo. Miguel pede para beber água o tempo todo
simplesmente como desculpa para ficar fora da sala.

Dê dois exemplos de coisas que esse aluno ouviria convencionalmente? Qual a crença que se instala
com tal atitude?

O que ele deveria ouvir de forma a se tornar mais cooperativo?

O professor poderia intervir procurando uma maneira de chamar a atenção do aluno inquieto,
talvez sua inquietude possa estar em Miguel não conseguir ou não gostar do ambiente da sala de aula.
Uma aula dinâmica fora de sala poderia ser o chamariz que Miguel gostaria.

Mas em uma situação como essa, o comum seria ele ouvir:

– Fica quieto, menino. Parece que tem um “catoco”.

– Se não parar, vou ligar para os seus pais te buscarem na diretoria.

Acredito que a crença instalada através dessas falas seria a de que Miguel só teria a atenção
que deseja se fizer algo para chamar as atenções para si. Que ele não pode ser notado de outra forma.

Porém, um profissional preparado, poderia iniciar uma atividade lúdica onde o movimento
fosse o centro da dinâmica, e aos poucos, convidar Miguel para participar junto dos outros. Abordá-lo
dizendo:

– Miguel, o que você acha de ser o líder desse grupo?

– Você está inquieto com alguma coisa, posso ajudá-lo de que forma?

– Você gostaria de fazer algo especial?

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