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Resumos Intervenção Psicológica - 2 Parte
Resumos Intervenção Psicológica - 2 Parte
1º SEMESTRE
AULA 5
TERAPIA CONGITIVO-COMPORTAMENTAL
Pressupostos básicos:
MODELO COGNITIVO
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
o Habitualmente temos maior consciência das emoções e comportamentos
subsequentes, do que dos pensamentos automáticos.
o São pensamentos aceites sem crítica e que são tidos como verdadeiros.
Atitudes, regras e assunções
o As crenças centrais influenciam o desenvolvimento de uma classe intermédia de
crenças, as atitudes, regras e assunções.
o Estas surgem porque as pessoas fazem sentido do ambiente que as rodeia desde
cedo, organizando a sua experiência de forma coerente para responderem
adaptativamente. As suas interações com o mundo e com os outros, influenciadas
pela predisposição genética, conduzem ao desenvolvimento de determinadas
crenças, que podem variar em termos de precisão e funcionalidade. Estas crenças
podem ser “desaprendidas”, desenvolvendo novas crenças baseadas na realidade e
mais funcionais.
o O terapeuta promove a identificação das crenças que estão mais perto do nível
consciente, e o distanciamento:
Só porque acredita em algo não significa que é verdade.
A mudança de pensamento no sentido de maior realismo e funcionalidade
ajuda-o a sentir-se melhor e a atingir os seus objetivos.
Crenças centrais
o Desde a infância que as pessoas desenvolvem ideias acerca de si porpiás, dos
outros e do mundo.
o As crenças básicas são entendimentos profundos e basilares que não são
articulados pois são tidas como verdades absolutas (“é a minha maneira de ser”).
o As crenças centrais são globalizantes, rígidas e sobregeneralizadas.
Baseado nas crenças e nos pensamentos automáticos surge a ideia de que ao temos uma
crença central e esta estiver associada a crenças intermédias, perante uma situação
iremos ter pensamentos automáticos e estes irão desencadear uma reação (emocional,
comportamental, fisiológica).
EFEITOS DA VIOLÊNCIA
Psicológicos:
Auto-estima
Vergonha, culpa, embaraço
Depressão, ansiedade
Tentativas de suicídio
Físicos:
Insónia
Cansaço
Distúrbios psicossomáticos
Hiperatividade
Dependência química
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
Sociais:
Isolamento
Estigmatização
Desconfiança
Dificuldades de resolução de problemas
RACIONAL DA INTERVENÇÃO
Não são as situações que nos fazem sofrer, mas a interpretação que nós fazemos delas.
Responsabilização é diferente de culpabilização.
O objetivo é ajudar as clientes a tornarem-se mais autónomas.
Baseado em aprendizagem de novas formas de lidar com os problemas associados à
violência sofrida.
o Acabar com a violência também é uma aprendizagem.
Intervenções comportamentais: os comportamentos aprendidos noutros contextos podem
não ser úteis no presente.
o Mudar alguns comportamentos trará mudanças no contexto em que a violência
ocorre.
Intervenções cognitivas: os pensamentos automáticos, crenças e atitudes mantêm os
comportamentos, que por sua vez mantêm o contexto de violência.
o Ex. ideias sobrevalorizadas de responsabilidade (culpa) interferem na assertividade
e na defesa dos próprios direitos, o que deixa a mulher mais vulnerável na relação.
PROTOCOLO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
Terapia individual para mulheres vítimas de situações de violência física e/ou psicológica
manifestadas no âmbito de uma relação íntima heterossexual (ex. namoro, união de facto,
casamento).
Objetivos centrais:
o Ajudar a mulher a desenvolver formas de pensar, de sentir e de se comportar mais
eficazes para controlar a sua vida e lidar com a situação abusiva.
o Compreender de que modo as experiências anteriores (que podem ter carácter
traumático), as normas sociais acerca de papéis de género e o impacto da violência
se repercutem nas perceções, sentimentos e comportamentos da vítima.
o Desenvolvimento de competências das mulheres no sentido de lidar com a situação
abusiva e de controlar as suas vidas de forma efetiva.
Estrutura:
o Módulos:
Avaliação; promoção do controlo da ansiedade e reações à vitimação;
identificação, análise e alteração de crenças disfuncionais; promoção do
empoderamento; avaliação final.
Módulo opcional: redução da sintomatologia de stress pós-traumático.
o A ordenação dos módulos de intervenção pode e dever ser reestruturada de acordo
com as necessidades da mulher e da formulação clínica do caso.
o O número de sessões também pode ser flexibilizado de acordo com o progresso,
prevendo um número médio de 12 a 16 sessões.
Objetivos específicos:
o avaliar o risco, estabelecer a segurança pessoal da mulher e promover a sua
capacidade de avaliar o risco;
o diminuir os sentimentos de incapacidade e desvalorização pessoal, pela
identificação e modificação das cognições disfuncionais sobre si e os outros;
o aprender a identificar estados emocionais, relacionando-os com os pensamentos e
respostas comportamentais respetivas, de forma a identificar e analisar padrões de
funcionamento disfuncionais;
o promover a aquisição de competências de confronto e de resolução de problemas
para lidar com situações geradoras de ansiedade;
o aprender a percecionar de forma mais efetiva os eventos de vida e a desenvolver
respostas comportamentais adequadas;
o perceber quais as crenças que mantêm o ciclo de violência e como o perpetuam, e
considerar as suas implicações, inclusive no que se refere à tomada de decisões,
como sair da relação abusiva;
o reconstruir a forma de a mulher se perceber, promovendo o seu autoconceito;
o fomentar atitudes que promovam e mantenham o suporte social;
MÓDULO I: AVALIAÇÃO
Questionários:
o Inventário de Violência Conjugal;
o Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal;
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
o Inventário de Sintomas Psicopatológicos;
o Inventário da Depressão de Beck;
o Escala de Avaliação da Resposta ao Acontecimento Traumático- Adultos;
Entrevista semiestruturada proposta por Matos:
o avaliação do funcionamento global da vítima (a nível individual e conjugal) e da
vitimação (a nível do risco de revitimação e da sintomatologia e impacto
provocados).
Elaboração do plano de segurança e avaliação e gestão do risco.
Normalizar a experiência de vitimação.
o Informar a mulher sobre o crime de maus tratos conjugais (ex. causas, dinâmicas,
consequências, enquadramento legal, prevalência)
o Informar sobre a natureza e características da sintomatologia
Definir os objetivos terapêuticos (acordados em função das necessidades da mulher).
Explicar o racional da intervenção (ex. confidencialidade, fases e procedimentos,
importância dos trabalhos de casa, papel do terapeuta e da vítima).
Objetivos:
o compreender a natureza da ansiedade;
o diminuir a ativação gerada pela vitimação;
o promover o autocontrolo;
o facilitar o retomar de atividades quotidianas comprometidas (ex. emprego, contactos
sociais);
o ajudar a lidar com as novas exigências, por exemplo, face à saída de casa e a
procedimentos judiciais (ex. queixa, deslocação a tribunal);
Processo de treino de inoculação do stress:
o Fase educacional
Informar a mulher acerca da natureza da ansiedade e dos medos, e seus
efeitos, inclusive explicando a forma como estes estão relacionados com a
vitimação e como se costumam expressar em termos fisiológicos, cognitivos
e comportamentais.
Em que situações sentiu ansiedade? O que pensou? O que fez?
O terapeuta deve questionar sobre estímulos que passaram a suscitar medo
(ex. certas expressões do marido) e os medos identificados são propostos
como alvo de intervenção.
As técnicas de confronto ajudam, portanto, a ultrapassar estes medos e a
funcionar adequadamente em situações geradoras de ansiedade.
Adverte-se que a ansiedade não será eliminada (pois exerce determinadas
funções em situações adaptativas) e que se pode esperar que aumente em
certas situações (ex. relativas ao sistema judicial) mas que diminua
naturalmente.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
Necessidade de lidar com a situação para que a ansiedade diminua e para
obter controlo sobre o estímulo temido, obviamente quando este não envolve
risco para a segurança pessoal.
o Aquisição e aplicação de competências de confronto
Identificação das estratégias de confronto e os mecanismos pelos quais
funcionam; demonstração da competência e a sua aplicação na sessão, para
ser transferida para as situações específicas através da tarefa de casa.
Respiração e relaxamento muscular
Treino de autoinstrução
A mulher é treinada a focar-se no seu diálogo interno e a identificar
autoafirmações irracionais, e aconselhada a substituí-las por auto-
verbalizações mais adequadas, seguindo as fases propostas por
Gonçalves: identificar auto-verbalizações de confronto para situações
específicas; instrução externa aberta; e autoinstrução aberta, esbatida
e coberta.
Paragem de pensamento
interromper pensamentos ruminativos (ex. “não presto como mulher”,
“tenho culpa do que está a acontecer”) e dar controlo à vítima sobre os
mesmos.
Objetivos:
o identificar, debater e desafiar crenças disfuncionais sobre si, os outros e o mundo;
o validar os seus direitos, compreender a dinâmica da vitimação e o seu papel de
vítima (passo inicial para a responsabilização do agressor);
o diminuir a tolerância para com o uso de qualquer tipo de violência;
o perceber o conceito e os significados associados aos desempenhos tradicionais de
género e as crenças associadas à legitimação da violência.
Reestruturação cognitiva
o Significado da vitimação
Para a próxima sessão, escreva pelo menos uma página sobre o que
significa para si a experiência de violência conjugal. Considere os efeitos que
esta teve sobre as ideias acerca de si, dos outros e do mundo. Considere
também os tópicos: segurança, confiança, poder, autoestima e intimidade.
o Auto-monitorização
apoiar a vítima na identificação dos pensamentos automáticos negativos,
caracterizando-os como sendo espontâneos e que tendem a parecer
verosímeis, de maneira que não são frequentemente questionados acerca da
sua plausibilidade.
registo diário das situações geradoras de mal-estar, no qual se identificam os
pensamentos automáticos.
o Debate cognitivo
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
Os pensamentos automáticos negativos são, então, desafiados e
transformados em pensamentos alternativos, recorrendo à análise de
evidências:
listar evidências a favor e contra este pensamento; identificar
consequências positivas e negativas de manter este pensamento;
listar consequências positivas e negativas de modificar este
pensamento por outro menos absoluto, mais adaptativo e realista;
identificar pensamentos alternativos; e classificar as evidências a favor
dos pensamentos alternativos.
o A técnica da seta descendente é muito útil para questionar
sobre os pensamentos negativos até às crenças centrais (ex. e
se a separação acontecer? E se ficar sozinha com os filhos a
seu cargo? E se o seu companheiro se envolver numa outra
relação?).
o A descatastrofização pode apoiar na procura de soluções face
ao cenário pior possível imaginado (ex. O que se pode fazer a
partir daí? Como gerir a situação dos filhos? A quem recorrer
para apoio?).
É importante enfatizar a imperativa necessidade de desenvolver respostas
racionais mais realistas e adaptativos após o debate cognitivo.
À medida que o debate acerca dos pensamentos automáticos negativos se
desenvolve, o terapeuta vai progressivamente ter acesso às crenças centrais
que guiam a interpretação das experiências das mulheres.
“eu não posso falhar”, “tenho que ser boa esposa”, “se não for perfeita,
não mereço ser amada”.
Este “livro de regras” de processamento originam os erros cognitivos,
que se revelam nos pensamentos automáticos negativos, e têm a sua
origem nos esquemas desadaptativos.
Estes esquemas são formados ao longo da socialização e das
relações precoces, tendendo a ser reforçados ao longo do tempo, pois
restringem a interpretação das experiências de vida.
o A última fase da reestruturação cognitiva deve desejavelmente
obedecer à identificação e desafio das crenças centrais.
Objetivos:
o identificar e valorizar as capacidades da mulher;
o promover a autovalorização e o relacionamento social;
o potenciar um funcionamento normal, estruturar as atividades diárias e os contactos
sociais.
Processo de empoderamento
o Valorização das capacidades pessoais
Fornecer à mulher um documento em branco, em que apenas se instrui para
que sejam listadas algumas capacidades que identifica nas mulheres que
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
lidaram com situações semelhantes à sua, e que depois se apresente um
outro no qual se solicita que de entre as capacidades listadas identifique as
que estão presentes no seu caso.
O terapeuta deve, de seguida, colocar várias questões com o intuito de:
identificar e caracterizar capacidades (ex. Quais as suas capacidades
mais fortes agora? Porquê? Quando é mais provável usá-las?)
concretizar a sua utilização (ex. Como é que estas capacidades a
podem ajudar a enfrentar os obstáculos? Que pessoas ou situações a
podem ajudar a revitalizar essas capacidades?)
comparar as capacidades atuais com as anteriores (ex. Como se
encontram hoje as capacidades de outrora? Entorpecidas, em
revitalização ou a ser usadas de modo diferente?);
promover a sua generalização para outros momentos do tempo ou
contextos de vida (ex. Como pode redescobrir ou reativar capacidades
passadas?)
o Mobilização da rede de suporte social
debater a relevância desta estratégia;
discutir hipóteses sobre as reações dos outros e as consequências das
experiências interpessoais;
identificar possíveis fontes de suporte;
apoiar na (re)ativação desses contactos;
o Treino de resolução de problemas
orientação geral face ao problema;
definição e identificação do mesmo;
criação de alternativas de resposta ao problema, custos e benefícios
associados, e eventuais obstáculos;
tomada de decisão;
implementação e verificação da eficácia;
manutenção e generalização;
Objetivos:
o compreender a natureza da sintomatologia de PPST, as suas origens e dinâmicas
associadas;
o partilhar e explorara as experiências traumáticas num contexto seguro;
o reduzir a sintomatologia associada às experiências traumáticas;
o incrementar o funcionamento global;
Técnicas e procedimentos apresentados noutros módulos, destacando-se: a
psicoeducação, o treino de inoculação do stress, a aquisição e treino de competências de
confronto (ex. respiração e relaxamento muscular), a reestruturação cognitiva, a
valorização de capacidades, a mobilização da rede de apoio social e o treino de resolução
de problemas.
Acrescenta-se, também, uma nova dimensão relativa à exploração do trauma, cujo objetivo
central é proporcionar um momento exclusivo, num ambiente de receptividade e
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
segurança, em que a mulher possa identificar as situações eventualmente traumáticas e
explorar as vivências que mais a inquietam. O terapeuta deve, portanto, fazer uso das suas
competências de escuta ativa e de estabelecimento de uma relação empática e de suporte.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
QUADRO-RESUMO
AULA 6
INTERVENÇÃO EM GRUPO- PORQUÊ?
Quebrar o isolamento.
Validar a experiência, receber informação, dar e receber suporte (ex. emocional).
Perceber que o seu problema não é único.
Perceber formas alternativas de lidar com a situação.
Fornecer suporte social.
Apoiar a tomada de decisões.
OBJETIVOS GENÉRICOS
A intervenção em grupo visa, genericamente, promover:
A redução do isolamento.
O aumento da auto-estima e do auto-conceito.
A planificação da segurança pessoal.
A educação acerca do ciclo da violência.
A promoção da tomada de decisão.
A resolução de problemas.
A consciencialização acerca do papel feminino e masculino na sociedade.
O treino da assertividade.
O empoderamento.
Definir o objetivo
Decidir sobre as participantes
Proceder ao recrutamento
Delinear a logística
Estabelecer os/as facilitadores/as
Definir racional, formato e guidelines
Avaliação das mudanças (processo e eficácia)
8-12 participantes
Critérios de inclusão:
o Tipo de relação
Estar atualmente na relação violenta
Ter saído de uma relação violenta nos últimos 6 meses
o Idade (18-65 anos)
o Estado civil (indiferenciado)
o Estatuto socioeconómico (indiferenciado)
Critérios de exclusão
o Evidência de problemas psiquiátricos (ex: perturbações de personalidade,
depressão grave)
o Indícios de ideação e comportamento suicida
o Problemas associados ao abuso de substâncias
Triagem
o Entrevista individual semi-estruturada
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
o Início do processo de desenvolvimento de confiança entre o/a facilitador/a e as
potenciais participantes.
Avaliação do risco individual.
Analisar as condições de intensificação ou perpetuação do problema (ex: o que faz manter-
se ou agravar-se).
Identificar os recursos pessoais para lidar com o problema (capacidade para gerar
mudança, rede primária e secundária, grau de isolamento social e familiar).
Procurar definir o tipo de impacto presente na situação (psicológico, legal, social,
económico ou outros).
Verificar se existe história prévia de agressões frequentes e com consequências graves
que conduziram a vítima a procurar ajuda médica.
Desenvolver um plano de segurança para o grupo.
IMPLEMENTAÇÃO DO GRUPO
OBJETIVOS
DIFICULDADES PREVISTAS
Vitimação institucional.
Dificuldades externas (ex: ausência de apoio formal, problemas ou atrasos nas medidas
judiciais).
Adesão, assiduidade e participação ativa das participantes.
Filhos das vítimas (ex: garantir apoio durante as sessões).
Potencial conflito entre as obrigações legais e o processo de ajuda por parte do técnico.
Burnout dos/as facilitadores/as.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
NOTA IMPORTANTE
MÓDULO III
ABUSO SEXUAL: DEFINIÇÃO
PREVALÊNCIA
Estudos portugueses
o Entre 2.6% e 9.8% para os rapazes e entre 2.7% e os 17.4% para as Raparigas.
o O abuso sexual de criança representa 51.7% dos crimes sexuais praticados em
Portugal.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
IMPACTO E CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL NAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Sexualização traumática
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
o Comportamento sexual problemático; comportamentos de evitamento; utilização do
sexo para obter ganhos emocionais ou materiais.
Traição
o Sentimentos de desconfiança; incapacidade de estabelecer vínculos; hostilidade e
comportamento auto-destrutivo.
Estigmatização
o Padrões relacionais abusivos; comportamentos auto-destrutivos; sintomas
depressivos, abuso de substâncias, isolamento social.
Impotência
o Depressão, ansiedade, problemas de sono, dificuldades de aprendizagem,
desânimo aprendido, comportamento agressivo e desviante.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
SISTEMA FORMAL E INFORMAL DE INTERVENÇÃO
AVALIAÇÃO
Entrevista clínica
o História desenvolvimental e estado atual.
o Ajustamento psicológico.
o Apoio e ajustamento familiar.
o Fatores de risco e de proteção associados à criança/adolescente, à família e redes
de suporte informal e formal.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
Encorajar a identificação de objetivos individuais colaborativamente.
Devido às características do abuso, pode ser necessário despender tempo na construção
da relação.
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Intervenção Psicológica em Vítimas e Ofensores I
o Explicação do racional e construção de uma hierarquia de situações (desde as
menos ansiógenas até às mais ansiógenas.
o Exposição gradual e dessensibilização.
Exploração de sentimentos, sensações corporais e pensamentos.
Foco nas dimensões afetadas:
o Segredos
o Pesadelos e memórias intrusivas
o Culpa e vergonha
o Processamento emocional do dano
o Expressão de sentimentos bloqueados
Identificação e disputa das crenças irracionais (utilização das competências
de coping).
Competências de segurança:
o Discriminação de segredos apropriados/inapropriados.
o Discriminação de toques OK e não OK.
o Identificação do espaço pessoal.
o Direito a dizer não.
o Estratégias para lidar com os toques inapropriados.
o Identificação de figuras de recurso e locais de segurança.
o Identificar sinais de alerta.
Preparação para o eventual contacto com o ofensor.
Educação sexual.
Plano de segurança.
Finalização.
PARTILHA DE INFORMAÇÃO
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