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MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
CONTEXTO NACIONAL
Período de ditadura militar – “autocracia burguesa” (NETTO, 2005)
REVOLUÇÃO CUBANA
Características
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SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social
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MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
Cenário nacional
A questão social (problema social) passa a ser enfrentada pelo Estado militar e pelo
empresariado de forma repressiva e assistencial.
Continuidade na expansão dos serviços assistenciais refletindo na expansão do mercado
de trabalho para assistentes sociais.
Cenário político de repressão a questionamentos contrários às pretensões políticas, mar-
cando um período de forte aprofundamento das bases teórico-metodológicas da profissão
buscando a eficiência.
Realização de seminários, encontros, estudos, congressos para o Serviço Social nacio-
nal [1964 – 1985]. Vale lembrar que em 1986 ocorre a edição de um novo Código de Ética
para o Serviço Social, que rompe com o conservadorismo da profissão que é percebido nos
códigos anteriores. Além disso, a partir de 1985, com a fragilização da perspectiva da dita-
dura, tem-se o início de um regime mais democrático.
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É nesse período que se dá o próprio Movimento de Reconceituação.
Deste modo, compreende-se que foi “a partir dos anos 1960 iniciou-se o questionamento
à matriz positivista no Serviço Social, num contexto de mudanças econômicas, políticas,
sociais e culturais do capitalismo mundial, que impuseram à América Latina um estilo de
desenvolvimento excludente e subordinado” (YAZBEK, 2009, pág. 06).
A profissão assumiu as inquietações e insatisfações questionando o Serviço Social tra-
dicional a qual ocorreu através de um processo de revisão global em níveis: teórico, meto-
dológico, operativo e político.
Assim, podemos entender o movimento de reconceituação destacando alguns pontos
elementares:
1. Nota-se como uma resposta à uma crise internacional do Serviço Social engendrada
a partir das mudanças sociopolíticas da realidade de cada país;
2. Esse movimento é “[...] parte integrante do processo internacional de erosão do Ser-
viço Social tradicional [...]” (NETTO, 2006, pág. 146). Nesse sentido, percebe-se que o movi-
mento de reconceituação é um movimento tipicamente latino-americano;
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Obs.: o ponto acima destaca a problemática bastante conservadora sobre a profissão liga-
da ao serviço social no sentido de que teoria e prática são diferentes. Isso era posto
quando os profissionais eram vistos como pessoas de intervenção, mas sem pensar
na intervenção. Ou seja, esses profissionais apenas executavam os projetos trazidos
pela autocracia burguesa e não pensavam sobre isso. Todavia, isso foi um incômodo
que aconteceu no movimento de reconceituação, pois, antes, os cientistas sociais
traziam a teoria e os profissionais do serviço social apenas aplicavam. Hoje em dia,
o pluralismo teórico se mostra bastante importante, pois são criadas diversas teorias,
sendo que as mais importantes são trazidas para a prática profissional.
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Atuação da igreja
Em 1968, a partir das ideias propostas pela Teologia da Libertação, a Igreja Católica
latino-americana – Medellín [Colômbia] – estabelece novas bases para o compromisso e a
ação dos católicos em relação à classe trabalhadora (CORREA NETTO, 2010, pag. 63) com-
prometendo-se a causa da população pobre.
No Brasil, isso se manifesta na organização de várias pastorais comprometidas com o
povo e dos movimentos eclesiais de base que a partir da discussão de textos evangélicos
com a população empobrecida, nascem vários movimentos reivindicatórios que denuncia-
vam as calamidades, principalmente em São Paulo (Ibidem).
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Fonte: https://multidatas.wordpress.com/2014/05/22/22-de-maio-dia-das-comunidades-
-eclesiais-de-base/.
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“Em 1968 a II Conferência dos Bispos da América Latina, reunida em Medellín Colôm-
bia, propôs a Comunidade Eclesial de Base (CEB) como seu principal instrumento pastoral,
ligando a forma comunitária à opção preferencial pelos pobres. Formulou-se então a Teologia
da Libertação que, retomando experiências ensaiadas desde os anos 1950-1960 na Ação
Católica, no Movimento de Educação de Base e em outros setores renovadores da Igreja,
inclusive em denominações protestantes, fundamentava uma ação pastoral comprometida
com as causas populares”.
“[...] As CEBs nasceram numa conjuntura sociopolítica marcada pelo regime militar auto-
ritário e pelo consequente fechamento dos canais de participação política. Reagindo contra
ele em nome dos direitos humanos, a Conferência Nacional do Bispos do Brasil deu cober-
tura institucional às CEBs e às pastorais (Indigenista, da Terra, Operária, da Juventude), mais
sujeitas à repressão policial militar. Assim, nos anos 1970 e no início da década seguinte
muitos setores sociais encontraram nas CEBs seu espaço de atuação política, embora elas
não deixassem de ser espaços propriamente religiosos” contando com a participação dos
leigos/as para esses serviços religiosos.”
Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/comunida-
des-eclesiais-de-base-cebs.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Douglas Aparecido da Silva Gomes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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