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0s fjlnres contarn histórias por meio de imagens, sons, Para interpretar uma imagent - obras de arte, fotos e
diálogos e efeitos espectais que conduzem 0 especta- itustraçÕes -, esteja atento a atguns procedjnrentos.
rlor alravcs de uma narrativa recheada de mensagens
e infoi'maçÕes. De oLho em sua nrarcante presenÇa na
sor:iedade tm que vivemos, ao fjnaLde cada capítulo
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há a subseção Em Cartaz, para que vocô possa explo- *xa :,(í
raT cis conteúrlos a partir dessa linguagem.
Mas, para qLte isso sela possíve[, antes de anatisar Enterro do Conde de Orgaz, EI Greco.
qualquer Íilrne, é irnportante [evar em consideraçào: Óteo sobre teta, 1586-1588.
10
Guerra e revolução
1.9L3, o russo Vassily l(andisnky Óteo sobre teta, 2OO x 3OO cm, 1913.
=
va expÍessar essências impossíveis "s
de explicar por meio da objetivida-
de ou da centralidade do olhar ou
da luz. De certo modo, como outros
artistas do período, indicava que os
tempos eram mais instáveis e difí
ceis do que pareciam.
As luzes da razão que anima-
vam tantos europeus não impe-
historiador britânico Eric Hobsbawm resumiu da seguinte maneira
o signifÍcado da Primeira Guerra Mundial:
H 0 BS B AW M''
?:,';:,"f i"J ffi :,ií,'.[ iÍixf !{: iíi{ í?',t:
0 sonho europeu de hegemonia planetária, porém, já era ameaçado pelo
crescimento dos Estados Unidos que, desde a unidade proporcionada pela
Guerra de Secessão, haviam ampliado muito sua capacidade industrial e
ganhavam espaÇo no mercado, principalmente, de produtos quÍmicos, side-
rúrgicos e de automóveis. A indústria e as atividades comerciais do Japão
também avanÇavam, conquistando compradores naÁsia. As relações entre os
próprios países europeus tampouco
e
autorjzavam a crenÇa numa paz dura-
e doura. 0s nacionalistas ganhavam
ã
força e defendiam saídas armadas.
No Leste do continente, as divergên-
cias quanto a fronteiras, a desagre-
gação do Império Turco-Otomano e o
expansionismo russo colocavam em
xeque as iniciativas diplomáticas. No
ocidente, a França ainda lastimava a
derrota para a Alemanha, que sofre-
ra ao final da Guerra Franco-Prussia-
na. A Alemanha crescia industrial-
mente, incrementava sua capacidade
bélica e buscava ampliar sua presen-
ça nas áreas coloniais, ameaçando a
hegemonia mercantil britânica e seu
imenso império coloniai. Viüa-se, sob
o otimismo eo orgulho europeus e em
meio a tantas tensões, uma paz arma-
Fonte: Elaborado com base em PARI(ER, G. AtlosVerbo de históría universol. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1996. da, que a guerra acabaria por romper.
armamentos. Grandes investimentos em pesquisa cien- da Alemanha pretendia abrir uma estrada de ferro que
e
tífica e tecnologia auxiliaram o avanÇo rápido' A adoção Iigasse Berlim à Bagdá, facilitando seu acesso à produ-
a presenÇa
de medidas protecionistas contribuiu para a conquis- ção petrolífera do Golfo Pérsico e limitando
ta de mercados consumidores' A Alemanha, que entra- britânica na região. AustrÍacos e húngaros, no entanto,
ra tardiamente na corrida colonial, buscava, no final do enfientavam resistências nacionalistas dentro de seu
século XIX, ampliai seus domÍnios na África e na Ásia' império e dividiam as atenções de sua limitada capaci-
Estabeleceu, ainda na dêcada de 1BB0 e sob a lideran- dade militar entre a repressão aos movimentos internos
alianças com e a luta expansionista no estrangeiro.
ça de Otto von Bismarck, um sistema de
o Império Austro-húngaro e a ltá1ia (TrÍplice Aliança), Em meio às disputas e tensões no Leste europeu,
para defender-se de eventuais investidas britânicas e do também a Sérvia visava ampliar seus domínios terri-
revanchismo da França, que reagia à perda da Alsácia toriais e políticos. Seu governo era apoiado pela Rús-
e da Lorena na Guerra Franco-prussiana. Após a queda sia em seu sonho de edificar.a Grande Sérvla, que con-
de Bismarck em 1890, o dÍscurso nacionalista avanÇou trolaria quase toda a região dos Bá1cãs. Dentro do país
dentro do país, identificando a Alemanha como herdei- proliferavam sociedades secretas que defendiam a ini-
ra de uma dupla tradição: a clássica, oriunda da Gré- ciativa governamental por meio de atos violentos' Uma
cia antiga, e a germânica, associada ao Sacro império delas intitulava-se Mão Negra. Em 1914, face à ameaça
Romano Germânico. Surgiram diversos centros de estu- sérvia de atacar a BÓsnla-Herzegovina, então controlada
dos e clubes patrióticos, que insistiam na superiorida- pelo Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco
de da cultura germânica e na necessidade de lutar para Ferdinando, herdeiro do trono austrÍaco, viajou a Sara-
ampliar o poderio nacional. jevo, capital bósnia. Seu propósito era atenuar o nacio-
No início do sécu1o XX, franceses e britânicos tam- nalismo local, por meio da elevação da Bósnia-Herzego-
bém formalizaram uma aliança estratégica ante o avan- vina à mesma condição de Áustria e Hungrla, formando
ço alemão e em favor de uma convivência
harmoniosa um reino triplo. Um jovem membro da Mão Negra atirou
dos dois países dentro do territÓrio europeu e nas áreas contra o arquiduque e o matou.
de dominação colonial. 0 governo da França, interessa- O episódio serviu como pretexto para que o Império
do na aproximação com a Rússia, estimulava emprésti- Austro-Húngaro, apoiado pela Alemanha, pressionas-
mos e investimentos de instituições fiancesas no paÍs se a Sérvia, enviando um ultimato que exigia a inves-
dos czares. A relação entre os três paÍses acabou por tigação do assassinato em 48 horas, e, diante da recu-
gerar a chamada TríPlice Entente. sa dos sérvios, declarasse guerra. A Rússia, temelosa
TrÍplice Aliança e Tríplice Entente definiam espaÇos de que o conflito facilitasse o avanÇo austríaco sobre os
de articulação polÍtica e diplomática, acirravam a corri- Bálcãs, declarou apoio à Sérvia. 0s sistemas de alianças
da tecnológica e armamentista e dividiam a Europa' entravam em ação: a França aderiu à iniciativa russa,
a Grã-Bretanha defendeu o apoio fiancês e a Alemanha
endossou a posição austro-húngara. Começava a Suerra'
i'r .,i l:l:-i.Ü-Üà,W ffi,q'f; iâffi RRA
O Império Turco-Otomano desintegrara-se parcialmente
üsoperâriüseêguerra
desde o século XIX. Entre 1830 e 191-0, BÓsnia-Herzego- Os partidos socialistas, organizados na II.a Internacio-
vina, Bulgária, Grécia, Montenegro, Romênia e Sérvia - nal - associação proletária mundial criada em 1889 -,
antes partes do Império - obtiveram suas independên- dividiram-se diante da guerra. A maioria dos partidos
cias ou passaram para o domÍnio de outras potências' de esquerda aderiu à iniciativa bélica, demonstran-
Na primeira década do século XX, uma rebelião mili- do a força do nacionalismo dentro da Europa' 0 russo
tar nacionalista agravou a tensão interna, que também Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lênin (1870
-1924), foi um dos poucos lÍderes socialistas que se
rncluÍa a luta dos armênios para escapar do controle
turco. A Rússia e as potências do ocidente europeu esti- opuseram à adesão do proletariado à guerra entre as
forças francesas a pouco mais de cinquenta quilômetros nos territórios controlados pelo Império. intelectuais e
de Paris e iniciou-se uma ionga e dura guerra de trin_ lÍderes políticos partidários da independência armênia
cheÍras, que se arrastou por quase quatro anos. foram executados, as casas dos armênios foram quei-
As condições que os soldados enfrentavam eram madas. 0s homens eram eliminados, as mulheres eram
brutais. Entre 1914 e 1918, eles conviveram, nas trin- violentadas e deportadas, os idosos e as crianças foram
cheiras, com ratos e insetos, contraÍram doenças e mor- enviados a áreas desérticas ou confinados em prisões,
reram em combate. Enfrentavam bombardeios aéreos e sem acesso a água ou alimentos.
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Capítulo 1 Guerra e revotução
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vel tanto a vitória do militarismo alemão quanto o suces- operários paralisaram as atividades de duas fábricas de
so do despotismo russo. Apesar disso, no inÍcio de 1917, armamentos, em Berlim e Dusseldorf. No inÍcio do ano
a ajuda financeira estadunidense aos paÍses da Enten- seguinte, mais de 400 mil trabalhadores cruzaram os bra-
ços, exigindo, entre outros pontos,
paz imediata e restabe-
te aumentou bastante e, em abrii daquele ano, o país
declarou guerra à Aliança. Oficiaimente, a decisão fol lecimento de liberdades democráticas, com o fim do esta-
uma resposta ao ataque de submarinos alemães a navios do de sítio e a libertação dos presos políticos. Apesar da
estadunidenses que transportavam mercadorias para violenta repressão, os trabalhadores sustentaram a mobi-
a Grã-Bretanha. A entrada dos Estados Unldos na guer- lização. 0s soldados e marinheiros que atuavam na linha
ra, no entanto, tinha motivos mais profundos: o temor de fiente também reieitavam a continuidade do conflito
de que a supremacia alemã preiudicasse suas relações e, em mais de um caso, organizaram grandes deserções.
comerciais com os países do Leste europeu. Em B de agosto de 1918, um Srupo de soldados ale-
Outros países da América seguiram a decisão estadu- mães rendeu-se, sem lutar, às forças da Entente, que con-
nidense e aderiram à Entente. Brasil e Argentina ingressa- seguiram, assim, ultrapassar a linha de defesa alemã e
ram na guerra em1917 e assumiram a responsabilidade avançar em direção à Berlim. Fragilizada pela iminente
de controlar a circulação naval no Atlântico Sul, além de derrota e pela reação interna, a monarquia alemã foi der-
contribuir para o abastecimento das forças que lutavam rubada. Em novembro daquele ano, o novo Soverno repu-
na EuJopa. A guerra assumia definitivamente um cará- biicano assinou um armistício com as potências inimigas.
ter mundial, seia pelos efeltos que provocava em territó- i i'l=,I
rios bastante distantes da Europa, seia pela participação
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de países de diversas partes do planeta.
A nova coniunção de forças da Entente contribuiu A Primeira Guerra fot o primeiro conflito a empregar
para o avanÇo das tropas fiancesas e inglesas. Ao mesmo ampiamente os avanÇos tecnológicos dos séculos XVIII
tempo, o esforço dos anos de guerra afetava a popula- e XIX: da produção fabril acelerada ao desenvolvimento
política, a fome, as cientÍfico de armas químicas, de novos meios de comu-
ção alemã, que sofria com a repressão
epidemias e as longas iornadas de trabaiho. Desde 1915 nicação e transporte a novos instrumentos de guerra,
ocorriam greves contra a guerra, e, em ianeiro de 1-917, os como o submarino, o tanque e o avião'
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Aliados da Entente
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N fonie: Flaborado cor
Jz ' - base em PARKER, G. Állas
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0 avião prestava-se a bombardeios ocasionais e, Após o armistÍcio de novembro de 1918, inicia-
sobretudo, ao reconhecimento do terreno em que se ram-se os entendimentos para a elaboração de acordos
desenvolveriam as lutas por terra. 0s veícuios blindados de paz. 0 principal deles foi o Tratado de Versalhes,
permitiam ultrapassar áreas que estivessem sob coman- imposto à Alemanha e assinado em junho de 1919. EIe
do inimigo e romper trincheiras e barreiras militares. determinava que os alemães devolvessem a Alsácia e a
0s submarinos alemães conseguiam disparar torpedos Lorena à França (esses territórios haviam passado para
a quase cinco quilômetros do aivo e, assim, destruir as o domínio alemão no final da Guerra Franco-prussia-
embarcações militares e civis britânicas, enfraquecendo na) e entregassem uma faixa de terra à polônÍa, permi-
o comércio da potência riva1. tindo seu acesso ao porto alemão de Dantzig. O Tratado
0 fascínio que a tecnoiogia assumira no decorrer ainda abolia o recrutamento militar obrigatório e limi-
dos séculos anteriores ganhou nova feição. As máqui- tava as tropas alemãs, eliminando a artilharia privada e
nas agora não se prestavam apenas ao conforto e à pro- os veÍculos biindados e aviões; exigia a desmiiitarização
dução: serviam também para matar. O poeta italiano da Renânla, principal região industrial alemã; retirava
Filippo Tommaso Marinetti QetO O++),que, em 19O9, as colônias e possessões alemãs na Africa e na Oceania;
lançara o Manifesto futurista, admirava os novos inven- impunha uma grande indenização a ser paga aos paÍses
tos e escrevia poemas de exaltação às metralhadoras e à cujos territórios havÍam sido invadidos pelas forças ale-
incrível velocidade da guerra. mãs durante a guerra.
Nem todos, porém, viam com bons olhos os rumos Era a paz dos vencedores, que atribuía à Aiema-
que o desenvolvÍmento técnico assumia. O cineasta nha toda a culpa pelo conflito. Os alemães indignaram-
estadunidense D. W. Griffith (1875-1948)viajou até o -se diante dos termos do acordo, mas o governo republi-
/ronÍ francês para filmar a guerra e decepcionou-se ao cano não podia recusar assiná-1o: a desmobilização de
perceber que a rigidez das trincheiras e a letalidade dos
suas tropas e a profunda crise social e econômica impe-
armamentos impedram o deslocamento das cavalarias diam qualquer ação armada. O acordo de paz gerou,
e as ações heroicas que haviam marcado as guerras do
dessa forma, uma profunda insatisfação popular num
século XIX. Muitos que antes enxergavam na tecnologia país arrasado, que comeÇava a se democratizar após o
a libertação dos homens agora percebiam sua capacida- fim do longo período monárquico. poucos anos depois,
de destrutiva. 0 século XX mal comeÇava e iá corroÍa os alguns grupos políticos aproveitaram-se da sensação de
sonhos do século XIX. humilhação que o povo alemão sentira diante do Trata-
do de Versalhes para defender a ideÍa de que a Alema-
nha deverÍa se reestruturar militarmente e vingar-se -
A PAZ
um desses grupos foi o Partido Nazista.
No inÍcio de 1918, quando o fim da guerra ainda pare-
cia distante, o presidente estadunidense Woodrow Wil- 0 fim dos innpérios
son apresentou, num discurso, os quatorze pontos que 0 encerramento da guerra provocou uma ampla reor-
ele lulgava necessários para a obtenção de uma paz ,,sem ganrzação territorial e política no centro e no Leste da
vencidos, nem vencedores". Entre outros fatores, Wilson Europa. Essas regiões reuniam populações de origem,
defendia o direito de autodeterminação dos povos, a ine- língua, cuitura e religião diversas, com distintos pro-
xistência de qualquer tipo de dominação estrangeira, a jetos nacionais. 0 Império Áustro-Húngaro foi des-
Iiberdade de navegação, a redução drástica dos arsenais membrado e Áustria e Hungria surgiram como paÍses
militares ao mínimo necessário para a autodefesa e a for- independentes. Tchecos e eslovacos, antes submeti-
mação de uma associação de nações, para assegurar a dos ao Império Austríaco, uniram-se sob a bandeira
proteção recíproca e evitar novos conflitos armados. da Tchecoslováquia, que também incorporou a região
Embora a proposta tenha sido bem acolhida pelos da Boêmia (antes pertencente à Alemanha).
iÍderes políticos da Entente, poucos deles acreditavam 0 Império Turco-Otomano foi dividido. Grande
que fosse viável. 0 último ano da guerra e a derrota número de turcos que habitavam a Macedônia foram
cabai da Alemanha fragilizaram a posição mediadora de transferidos para a Turquia. Os armênios que viviam
Wilson e facilitaram a construção de uma paz em que a na Turquia não alcançaram sua desejada autonomia e
vitória da Entente fosse celebrada e a Aliança - especial- continuaram sujeitos a condições precárias, persegui-
mente a Alemanha - fosse duramente punida. ções e ataques.
(Fuvest-SP) 0s Tratados de Paz assinados ao fim da dicionamentos aos novos Estados do Leste europeu
Primeira Guerra Mundia[ "oglutínarom vdrios povos através dos Tratados das Minorias, o que criou con-
num só Estodo, outorgarom o alguns o status de'povos diçÕes de conftitos entre diferentes povos reunidos
e
0 proieto da Grande Sérvia, estopim da
Primeira Guerra, não se cumpriu, mas Sér- I
ã
via, Croácia e Eslovênia associaram-se num só ffi Novos países
@ Ren ània desmilitarizada
de Leitores, 1990.
q.
A Primeira Guerra Mundial E
t
Para Freud, a civilização requereria o domínio dos ins- lideranças políticas agressivas e defensoras de mais Iuta e
tintos agressivos dos seres humanos. por meio da fami mais sangue - Adolf Hitler, que havia nascido na Áustria
lia, do sacerdote, do professor e da polÍcia as regras e res- e servido nas tropas alemãs durante a primeira Guerra, é
trições à nossa natureza animal seriam impostas. No o melhor exemplo.
entanto, todos os esforços no sentido de dominar esses 0 médico Sigmund Freud (1856-1939), também aus-
instintos agressivos não haviam tido muito êxito. trÍaco, assistiu à desilusão e ao crescimento do ódio no
Também ruíra a crenÇa nas maravilhas da tecnolo- pós-guerra e, em 1930, diagnosticou o principai proble-
gia e em seu caráter redentor e libertador. Não se conhe- ma enfrentado pelo Ocidente: um " mal-estar na civiliza-
ciam ainda as grandes armas de destruição de massa -
çâo". Para ele, havia uma inevitável tensão entre as pul-
como as bombas atômicas, utilizadas apenas na década de sões humanas e as restrições impostas pela civilização.
1940, durante a Segunda Guerra Mundial -, mas a amos- A cultura (termo que Freud identificava ao de "civiiiza-
tra da Primeira Guerra iá havia extirpado o sonho de que
ção'') exigia o respeito cada vez mais estrito às regras
as invenções tecnológicas implicassem melhoria da con- sociais, reprimindo os instintos irracionais e agressi-
dição humana. vos, e transformando-os parcialmente em sentimen-
Outra ilusão do século XIX - a de que a Europa repre- to de culpa. Em muitos casos - a primeira Guerra havia
sentava a luz da civilização e a garantia do futuro promis- mostrado bem - a agressividade natural não era contida
sor, contra as trevas da barbárie -
mostrara-se igualmen_ pelas convenções culturais e se expressava intensamen-
te falsa. Nenhum grupo do passado ou de outra parte do te, provocando destruição. Passada a guerra, era neces-
mundo havia agido de maneira tão selvagem quanto as tro- sário reafirmar os valores da civilização para impedir
pas que cortaram o continente europeu entre 1914 e 191g. que a irracionalidade prevalecesse.
0s tempos do pós-guerra tampouco pareciam promis- Mesmo que o diagnóstico de Freud fosse correto,
sores ou permitiam quaiquer visão otimista do futuro: a seu alerta não foi ouvido. A Europa de 1930 já convivia
crise financeira afetava boa parte do Ocidente e a ira dos com um Partido Nazista cada vez mais forte, com os fas-
que se lulgavam humilhados fermentava na Alemanha e
cistas italianos no poder e estava a menos de dez anos
em outros países derrotados, insuflando o nascimento de de uma nova guerra total, e ainda mais violenta.
Símbolos da modernidade
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â conforme tabelas das páginas 8. r
qry,t
/.,;J:+,Nl
Identifique os principais focos de tensão e conflito Íos sociors internos por que o Alemanho passlva,'.
que contribuíram para o inÍcio da primeira Guerra o DL/CF/5picAi H6/H H8/H10/H13/H1s
M undia [. o DL/cF/sp/cA I H7 IHBI Hs lHt5
Compare a visão da tecnologia hegemônica antes da
Caracterize as dificuldades da guerra de trincheiras Primeira Guerra com a visão predominante depoís
a partir dos relatos de pessoas que dela participa- deta. o DL I cF I sp I Ht6I HtT I Hls
ra m. â DL/cF/SpicA/H1 I H2l Hlll H14
Explique a noção freudiana de "mat-estar na cjviti-
Justiíique a afirmação: "O fim do primeiro
Guerro zaçã0". â DL/cFlsp/H1iH23
ocorreu devido às dificuldodes militores e aos confLi-
Reteia os fragmentos de cartas e diários de partici- Explique a afirmação: "A experiência do guerra, too dis
pantes da Primeira Guerra, citados no capítuto, e os tante, persiste nele como um sonho sonhodo na noite
retacione ao texto acima. onterior. Igualmente cont'uso, iguolmente sem sentído, ele
§ DL/CF/sP/CA I HI I H2l H4 I Hll I H14 tenta, de olguma forma, construír umo versão coerente."
Por que o narrador acredita que o avô sô"teve cons- â D L/cF/s P/CA I H7l Hz I H3
ciêncio do que ocontecio" quando passou a atuar no Como o avô do narrador analisa a re[ação dos sotda-
escritório dos correios? dos com as armas que etes maneiavam?
§ DL/cF/SP/H1lH2lH21 § DL/CF/sP/cA I H16 lH17 I H28
A REVOLUçÃo DE 190s
episódios
Desde meados do século xIX, a Rússia assistiu a diversos
monárquico dos czares'
de rebelião e a ações armadas contra o regime
Diversos grupos atuaram nos campos do país' Um deles'
chamado "Terra
A maioria dos participantes do evento o apoiou e consultivo e submetido ao czar, os sovietes foram supri-
seus partidários receberam, desde então, o nome de midos e a censura foi instaurada.
bolcheviques ("maioria", em russo). 0s demais mem- Mesmo sob repressã0, as mobilizações populares
bros do partido (chamados de mencheviques - "mino- persistiram até o início da Primeira Guerra Mundial, em
ria", em russo) acreditavam que era inviável realizar a 1914. A maior parte da população apoiou a iniciativa béli-
revolução proletária sem antes aprofundar o desenvol- ca, mas o arcaísmo das forças armadas russas, que já fica-
vimento capitalista no país, daÍ defenderem a necessida- ra demonstrado durante a Suelra contra o Japão, impediu
de de uma revolução democrático-burguesa como está- que o país conseguisse vitórias slgnificativas nas bata-
gio intermediário antes da implantação do socialismo. lhas contra as bem equipadas e modernas tropas alemãs.
Esses debates teóricos ocorriam em meio a uma Até o início de 1917, mais de um milhão e meio de solda-
crise po1ítica e econômica profunda, agravada pela guer- dos russos haviam morrido na guerra, outro tanto deserta-
ra russa com o Japão, entre 1904 e 1905, pelo controle ra e muitos batalhões sofriam com a escassez de alimen-
da Coreia e da Manchúria. 0 conflito externo exauria as tos. 0 país enfrentava uma situação interna caótica, com
finanças, dificultava o acesso a produtos básicos e colo- crise de desabastecimento, colapso nos transportes e nas
cava soldados e marinheiros em condição deo extremo comunicações e reduzida capacidade industrial, sobretu-
risco, dada a patente superioridade militar iaponesa. do no setor siderúrgico, base da produção de armamentos.
Dentro da Rússia, explodiram revoltas que contes- Cada vez mais clamava-se pelo fim do conflito.
tavam a guerra e a liderança do monarca. No início de
1905, uma marcha pacifista foi atacada pelas forças do
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czar, que dispararam tiros contra a multidão, matando As revoltas voltaram a se intensificar e o czarismo, mais
centenas de pessoas. 0 massacre provocou nova onda uma vez, surgia como o grande responsável pela penú-
de greves e a criação, em São Petersburgo, do primeiro ria enfientada pela maior parte da população. No dia 23
soviete - associação de operários, com a finalidade de de fevereiro de 1917 (pelo calendário juliano, utilizado
promover auxíiio mútuo aos membros durante o perío- na Rússia da época), estourou a chamada Revolução de
do de paralisação. Fevereiro: um coniunto de protestos, Sreves e subleva-
Militares de baixa patente aderiram aos protes- ções, que acabou por derrubar o czar. A Duma assumiu
tos e, na metade do ano, os marinheiros do encouraça- o comando do paÍs, encerrando o regime monárquico
do Potemkin se sublevaram contra as condições de vida e o poder da família Romanov, que Sovernava a Rússia
e trabalho nas embarcações: alimentação estragada e desde o início do século XVII. Instalou-se um Soverno
insuficiente, jornadas extenuantes de trabalho, castigos provisório, liderado, nos primeiros três meses, pelo prín-
físicos, autoritarismo dos comandantes. 0s marinheiros cipe Lvov lrAOl rOzS) e, depois, pelo menchevique Ale-
foram reprimidos com violência. xandre l(erenski (1881-i970).
cionar um ctescimento econômico mais rápido. não sabem nada davida real e que cometem os maiores
Proposta: Pode ser interessante discutir com os estudantes o con- erros, que depois sao pagos com milhares de vidas e a
ceito de vanguarda, iermo de origem mititar que migrou para o cam-
destruição de dístritos inteíros. [...]
O partido como vanguarda
[...] sem uma organizaçao a partir de baixo dos
0 Partido Bolchevique desempenhou o pape[ de van- camponeses e operórios, por si mesmos, é impossível
guarda revolucionária, que, segundo Lênin deveria co nstruir uma nov a v íd a. "
guiar a sociedade até o socialismo. Depois da conquis-
Piotr Kropotkin. In: TRAGTENBERG, Maurício. (0rg.). Iextos
ta do Estado, o partido passou a ser controlado por um escolhidos. Porto Ategre: L&PM, 1987. p.177-t81.
grupo restrito de po[íticos. 0s que não se adequavam
às diretrizes desse grupo ou não respeitavam a estrei- Algumas críticas chegavam também do exterior.
ta disciplina e hierarquia interna eram expurgados. 0s Rosa Luxemburgo, que lutava peia revolução socialista
expurgos comeÇaram logo depois da revotução e, em na Alemanha e participara ativamente das mobilizações
muitos casos, representaram prisã0, exítio, internação de 1918 pelo fim da guerra, reclamou da falta de apoio
em campos de trabathos forçados ou a morte.
bolchevique à revolução em outras partes da Europa:
o
"Desde 1905, a Polônia e os países baltícos eram
os focos mais poderosos e seguros da revolução, e o
proletaríado socialista teve nela um papel exemplar.
o Por que é que, em todos estes países, a contrar'
revolução triunfou repentinamente? Desligado da
= -Rússia, o proletaríado foi paralísado pelo movimen-
to nacionalista e entregue à burguesia nacional dos
países limítrofes. Contrariamente ao espírito de uma
autêntica política internacional de classe, que aliás
eles defendiam, os bolcheviques não se esforçaram por
unir forças revolucionárias em todo o terrítório do
as
Terceiro Congresso dos Sovietes. Palácio Tauride, império numbloco compacto [...]"
Petrogrado, ianeiro de 1918.
LUXEN4BURG0, Rosa. A revolução russo. Lisboa; Utmeiro, 1975. p. 5-6.
po cla poiítica e, depois, para o terreno da cuttura.0(A) professor(a) de Artes pode participar
do debate, indicando alguns movimentos artísticos que se apresentaram como vanguardistas. *-
atuais. '
Ãr
Pode, arnda, propor uma reftexão sobre a pertinência ou não do uso do termo nos dias
A revoIucão
-'--- r-- socia[ista
-- na Rússia
I
§
§
A morte de LênÍn, em1924, abriu uma disputa pelo
poder político na União Soviética e acentuou o isolamento A propaganda stalinista
soviético. De um iado, Josef Stálin (1878-1953), que cons-
O stalinismo recorreu regularmente à propaganda para
truiu sua liderança e força basicamente dentro da máquÍ- cetebrar o trabatho e o valor do socialismo. Ela também
na partidária; de outro, León Trótski (1878 1953), líder era empregada na glorificação do líder, apresentando-
-o como homem de grandes qualidades, pai e guia dos
do Exército Vermelho e principal comandante militar da
soviétícos na busca de um futuro promissor. Ele gosta-
revolução. Eles divergiam, sobretudo, quanto ao caráter
va de ser tomado como exemplo de pessoa ativa, enér-
que a revolução socialista deveria assumir. Stálin defen- gica, rigorosa, discreta na vestimenta e atheio a luxos.
dia o "socialismo num só país e que a União Soviética As imagens divutgadas sempre o mostravam com sem-
se fechasse para se fortaiecer, investindo prioritariamen- blante sereno, vigi[ante, olhando para a frente. O artis-
ta Gustav Klutsis desenvolveu a técnica da fotomonta-
te na industrialização constituição de um forte apara-
e na
gem e o regime a adotou rapidamente. por meio do pro-
to militar. Trótski afirmava que a meihor forma de defen- cedimento de "cortar e colar", a figura do líder aparecia
der a revolução era expandi-la para outros povos e paÍses: associada ao avanÇo industria[, às conquistas esporti-
a "revolução permanente". 0 grupo de Stálin prevaleceu vas e bélicas, a [emas, cores e símbolos oficiais. A foto-
e Tróstski, perseguido pelo opositor, foi forçado a se exilar. montagem ajudou, ainda, a atterar imagens históricas.
Em foios da época da revo[uçã0, por exemplo, as figuras
de antigos líderes expurgados eram apagadas ou troca-
üs planms qxnínquenaís
das por imagens de outras pessoas.
A partir de 1928, Stálin eliminou a NEP e implantou o pri-
meiro de uma série de planos quinquenais - planificação Sfá/ln, Gustav Ktutsis. Cartaz/fotomontagem, 1932.
que estabeiecia metas e prioridades da produção agrícola
eindustrial para um período de cinco anos, com o objetivo
=
de potencializar o crescimento econômico.
0 primeiro período, atê 1932, pretendia criar os fun-
E
damentos da economia socialista, com a coletivização
da agricultura e o estímulo à indústria pesada, à produ- i
Como Lênin concebia a revoIução proletária na Revolução Russa é o acontecimento mais importante
Rússia? § DL/cF/sp/H9/H1o/H11/H13 do Guerro Mundiol" . & DL/sp/cA/H7lH9llts
. Levantes camponeses.
A pintura muralista e a ã
Revolução :
David Alfaros Siqueiros (1896-1974)
representou, criticamente, o México de
-
J
Do porfirismo à Revolução:
Porfírio Díqz, ministros e cortesõs,
David Atfaro 5iqueiros. Pintura
acrílica em madeira, 1957-1965.
A Revolução Mexicana
A HORA DA REVOLUÇAO A Constituição de tgLT
Em 1917, uma Assembleia Constituinte aprovou a nova
Em 1910, Madero candidatou-se à presidência do Méxi-
Constituição mexicana. A Carta reduzia a interferência
co, com uma plataforma baseada na crítica ao autorita-
da Igrela, tornando o ensino laico e atribuindo ao Esta-
rÍsmo e à reeleição. Recebeu ampio apoio das classes
do a responsabilidade pela educação escolar. Confirma-
médias, de pequenos industriais e comerciantes e per-
va o prevalecimento das propostas liberais, ao reafirmar
correu o país, falando em comÍcios que reuniam grande
quantidade de pessoas. o direito à propriedade privada e estimular as ativida-
des produtivas voltadas ao mercado. Mas a Constitui-
0 governo mexicano prendeu-o acusado de inci-
tação à rebelião. Mesmo afastado da campanha, con- ção também acolhia parcialmente as reivindicações dos
setores populares. EIa estabeleceu um conjunto de leis
tinuou candidato e foi derrotado por PorfÍrio Díaz nas
que limitavam as jornadas de trabalho e regulavam o
fraudulentas eleições de junho. Quatro meses depois,
trabalho infantil e feminino, além de estabelecer direi-
Madero divulgou o Plano de San LuÍs de PotosÍ, um
tos, como o descanso semanal remunerado e a partici-
manifesto em que declarava não reconhecer os resulta-
pação dos trabalhadores nos lucros das empresas.
dos eleitorais e conclamava à revolução:
A principal novidade da Constituição vinha no arti-
"[..] no dia 20 de novembro, a partir das seís da go 27, que tratava do setor rural. Embora não determi-
tarde, todos os cidadãos da Repúblíca pegarão em nasse a eliminação total da grande propriedade, a Carta
armas para arrancar do poder as autoridades que definia casos em que os latifúndios seriam expropria-
hoje governam." dos e divididos (terras improdutivas ou da Igreja), res-
"Plan de 5an LuÍs de Potosí" (5/10/1910). Apud CÓRDOVA, tabeiecendo o regime de pequenas propriedades. Criava,
Arnatdo. La ideologío de Lo Revolución Mexicano.
ainda, uma nova forma de uso comunal da terra, em que
Cidade do México: Era, 1985. p. 432.
famílias de camponeses receberiam terrenos, podendo
Na véspera do dia marcado para o início da Revolu- usufiuir deles em caráter vitalÍcio e hereditário.
ção, o anarquista Ricardo Flores Magón anunciava, nas 0 efeito da implementação do arÍígo 27 foi imenso.
páginas do jornal Regeneração, a iminência da luta: Até os anos 1960 quando cessaram as distribuições de
terras, quase 50 milhões de hectares haviam sido entre-
"Quem teme a Revolução? Os mesmos que a pro-
gues a camponeses -
milhões apenas no governo Láza-
18
vocoram; os que, com sua opressao ou sua exploração
ro Cárdenas, entre 1934 e 1940. Muitas das famÍlias e
sobre as massas populares fizeram com que o deses-
comunidades que receberam essas terras, no entanto, não
pero se apoderasse dasvítimas de suas ínfâmias; os
conseguiram mantê-ias, pois em raros períodos contaram
que com a injustiça e o roubo sublevoram as conscíên-
com apoio governamental para o desenvolvimento da
cias e fizeram empalidecer de indiqnação os homens
produção. Legalmente, essas terras não podiam ser vendi
honrados da Terra."
das, mas em inúmeros casos foram realizadas transferên-
fLOnfS "La revolución" (19ltrlLgto).
l,,JRCÓt't, Ricardo.
La Revolución Mexicano. Cidade do México: Griialbo,lg7o. p. 46. cias informais para grandes proprietários, que depois con-
seguiram, na Justiça, formalizar a propriedade.
As tropas camponesas de Pascual 0rozco (1882-
-1915) e Francisco "Pancho" Villa (1BZB-1923), no
z
d
Norte, e os indÍgenas de Morelos, liderados por Emilia-
E
no Zapaia (1,879-1,919), aderiram à ação, assim como
mineiros e operários. 0 México se rebelava.
ú
Porfírio tentou conter os rebeldes, mas rapidamen-
I
te percebeu a dificuldade de sufocar um movimento
que contava com represeniantes de distintas regiões e
ü
classes sociais. Em maio de 1911, renunciou à presidên-
cia e fugiu para a França. z
Um governo provisório tomou posse e convocou
novas eleições presidenciais. Em outubro daquele
ano, Madero, candÍdato único, foi eleito presidente do
Feudolismo porfirista, Juan 0'Gorman. Pintura mural, 1973.
México. (detalhe)
A Revolução Mexicana 4
0 artista José Guadalupe Posada (r85z t9r3) acom- 0 material fotográfico relativo à luta é bastante exten-
panhou os primeiros anos da Revolução e expressou a
so e o principal responsáveI por isso foi Agustín Casa-
tensão e os contrastes das lutas em gravuras que sola (1874-1928). mistu-
ravam marcas contemporâneas com elementos míticos
do México pré-colombiano. A pintura muralista, desen-
volvrda, entre as décadas de 1920 e 1940, por artistas
como Iosé Clemente Orozco (1883-1949), David Alfaro I fOfOfeCn NACIONAL DO
Siqueiros (18961924) e Diego Rivera (rsa0-tosz), pri i uÉxco
vilegiou a temátÍca social- e- --r--"- '--* o- -*Õ*^
representou "
lugar da Revo-
]I Dígite
luqào na história do México. por meio de um estilo -,-"que ' '- doo, endereço
,barra - abaixo na
:__^r-_í- :,,r,- . , , surrealismo e do realismo socia- i navegador de internet:
incluía influências do
: //g oo. g l/tV U e 5e. Você pode
h ttp
iista. A pintora Frida I(ahlo (1907-1954) relembrou, em
também tirar uma foto com um
diversas relas, a açào feminina naRevolução. ,oi,r",r. o. àãr.
são |I *ri, sobre o assunto. o.ã
,r0.,.
Na música, a Revolução divulgou canções que
Acesso em:
lembradas até hoje, como "la cucaracha" . A fotografia
| :o uor. 2016. Em espanho[.
talvez seja uma das artes mais associadas à Revolução. \ '
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Êf*feSS.tlitli,: rri,::e jilr len,i.ti;ttc.i05 eti.udetiÊ:: -.!r .. ,ir . it:raaaiar j,iii:.,]] :, ta
Caracterize a polítÍca agrána durante o porfirismo. "Quem teme o Revoluçõo? 0s mesmos que 0 provocl-
§ DL/sP/H7lH11 ro m" . At DL/sp/HUH8/H10/H13
Identifique algumas diferenças entre as propostas ê Por que o Exército Zapatista de Libertação NacionaI
revotucionárias de Francisco Madero e Emitiano se considera herdeiro das Iutas de Vitta e Zapata?
za p ata. § D L/c F/s p/cA I H8 I Hs I Hlo I Ht3I HlsI H22 § DL/CF/sp/cA/HB/H9/H10/H13/H15
Exp[ique a afirmação de Ricardo Flores Magón:
POLITICAS COLONIAIS
As políticas coloniais na Africa podem ser definidas,
grosso modo, como de assimilação (impérios portu-
guês, francês e belga) ou indiretas (como o britâni-
co e o alemão).
A polÍtica colonial de assimilação evocava a iden-
tidade entre a Colônia ea Metrópole, que tinha a "mis-
são" de "civiiizar" os povos submetidos. 0 obletivo era
converter gradualmente o africano em europeu, o que
significava que a organização política e as culturas
locais deveriam ser transformadas. Utilizavam para
isso o ensino da língua da Metrópole, da religião cris-
tã, dos costumes, das tradições e dos modos de vida
ligados à pátria europeia, e não ao passado africano.
Por fim, estabeleciam a divisão da sociedade em civi-
lizados, assimilados e indÍgenas.
0s civilizados gozavam de direitos políticos ple-
O 1025 2050 km
nos. Em geral, eram os conquistadores europeus
Fonte: Elaborado com base em SELLIER, J. ,4ías dos povos de Áfrico. Lisboa: Campo da e seus descendentes. 0 sÍaÍus de assimilado era
Comunicação,2004.
dicional centralizado implementou-se uma "dominação ca cotoniaIque acirrou o ódic e permitiu a entrada de
44 , ., G uerra e revotução
hutu pela ideia de diferenciação e superioridade étni-
ca dos tutsi. Na verdade, tutsi e hutu, do ponto de vista P ANÁLIsE DE IMAGEM
CARTAZ DE PROPAGANDA
etnocultural, pertencem ao mesmo grupo banto.
A Grande Franço
A§ HXPO§IÇCIES CCILONIÂI§: Materiat: Litografia cotorida
ZOCILÜGICO§ HI,IMANOS Datação:1931
Em geral, nas maiores cidades do mundo, há um zoo-
1ógico. Tornou-se "normal" observar aniamsis silves- Encontra-se conservado na Biblioteca Histórica
tres (leões, girafas, elefantes, rinocerontes e gorilas) da Cidade de Paris (França).
em pequenos espaÇos que procuram reconstituir seu
ambiente original. Primeiro olhar: Do finaldo sécuto XIX até a primei-
ra metade do sécuio XX, desenvoiveu-se o concei-
A ideia de promover exposiçÕes e feiras com elemen-
to de Furáfrica. Tratava-se de uma maneira de jus-
tos "exóticos" surgiu na Europa a partir do íinal do sécu- tificar o expansionismo dos Estados europeus, que
1o XIX. Tinha o objetivo de mostrar o estranho, o curio- passaram a considerar as sociedades como sua
so, o diferente, por oposição a uma construção racional extensão e os territórios coloniais sob seu domínio.
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"i Quais eram os sentidos econômicos do cotonia[is- Por que o genocÍdío de Ruanda, ocorrido em 1994,
mo praticado na África? vincuta-se às potíticas cotoniais na África?
* DL/SP/H9 S DL/sP/H7lH11
':r Aponte quais eram os dois grandes tipos de potíti- Por que os zoológicos, as feíras e as exposiçÕes
cas coloniais adotadas petas potências europeias? representaram mecanismos eficazes na constru-
â DL/SP ção de preconceitos contra as poputações co[oni-
zadas? § DL/cFlsp/H2lH7
46 Guerra e revolução
Proposta: Pode-se criar um pequeno proieto interdisci-
plinar, envolvendo Língua Portuguesa, sobre o empre-
go da imprensa e do controle de informações como aÍ-
mas políticas. Para tanto, vate a pena abordar as críticas
e usos da mídia que serão discutidos em capítulos poste-
riores neste volume, como nos itens Os muros dão os or-
dens (capítuto 2, p. 67), Mocorthismo (capítulo 5, p. 128),
Maio de 1968 no França (capítuto 7, p.187), O controle e o
propogondo (capítuto 9,p.255).0(a) professor(a) de Lín-
gua Portuguesa pode discutir pecutiaridades do texto jor-
natÍstico e as sugestões políticas que ete contém e muitas
K§StrSTAt}T E A TTJ!PRHH§A vezes passam despercebidas dos leitores.
"Pequenos cartazes coIados nos muros das ruas ainda 0s boatos, em todo esse drama, desempenharam um
desertas anunciavam que, por comp[ô e traiçã0, o gene- papel funesto. Com a imprensa oficiaI ocultando tudo o que
raI contrarrevolucioná rio Kozlovski ti n ha-se a poderado de não fosse sucesso e [ouvor ao regime e a Tchel<a Ipotícia
l(ronstadt e convocava o proletariado às armas. Mas, antes secreta soviética] agindo nas trevas absotutas, nasciam a
mesmo de chegar ao Comitê de Seção, encontrei camara- cada instante rumores catastróficos. [...]
das, que acorriam como suas mausers [pistotas], e me dis- 0 Burô Político decidiu negociar com Kronstadt, depois
seram que era uma mentira abomináve[, que os marinhei- de Ihe dirigir um ultimato, e, como úttimo recurso, atacar a
ros tinham se amotinado, que era uma revolta da armada fortaleza e os couraçados da armada imobi[jzada no gelo.
e dirigida pelo Soviete. Não era menos grave, talvez; pelo Na verdade, não houve negociações. Foi afixado um ultima-
contrário. 0 pior era que a mentira oficiaI nos paralisava. to assinado por Lênin e Trótski, concebido em termos revo[-
Jamais tinha acontecido antes que nosso partido nos men- tantes: 'Rendam-se ou serão metrathados como coethos'. [...]
tisse dessa forma. [...]
0 assalto fina[, desencadeado [...] a 17 de março, termi-
Panftetos distribuídos nos subúrbios deram a conhe- nou com uma audaciosa vitória sobre o gelo. Não dispondo
cer as reivindicações do Soviete de l(ronstadt. Era o pro- de bons oficiais, os marinheiros do Kronstadt não souberam
grama de uma renovação da revolução. Eu resumo: reelei- utilizar sua artilharja [...]. Uma parte dos rebeldes alcançou
ção dos Sovietes por voto secreto; [iberdade de expressão a Fin[ândja. 0utros se defenderam encarniçadamente, de
e imprensa para todos os partidos revolucionários; [jber- forte em forte e de rua em rua. Caíam fuzilados aos gritos de
dade sindica[; [ibertação dos prisioneiros po[íticos revolu- 'Viva a revolução mundíat!', 'Viva a InternacjonaI comunis-
cionários; abo[ição da propaganda oficiat; supressão ime- ta!'. Centenas de prisioneiros foram levados a Petrogrado e
diata dos destacamentos de portagem que impediam que entregues à Tcheka, que, meses mais tarde, ainda os fuzilava
a popu[ação se abastecesse à vontade. 0 Soviete, a guar- em pequenos grupos, estupidamente, criminosamente. Esses
nição de Kronstadt e as triputações da 1.a e 2.a esquadras vencidos pertenciam de corpo e alma à revotuçã0, tinham
se [evantavam para fazer triunfar esse programa. exprimido o sofrimento e a vontade do povo russo [...]."
A verdade se infiltrava aos poucos, de hora em hora, SERGE, Victor. Memórias de um revolucionário: 1901-1941.
através da cortina de fumaça da imprensa [...]. E era a São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 150-155.
nossa imprensa, a imprensa da nossa revo[ução, a primei-
Victor Serge 089A-1947) foi jornatista e escritor, lutou contra
ra imprensa socialista, isto é, incorruptíveI e desinteressa-
o czarísmo e participou da revotução de outubro. Crítico do
da, do mundo! [...] autoritarismo de Státin, foi preso, mas conseguiu fugir da
União Soviética, vivendo no exítio até a morte.
#effieelho # ÂÍtê 41
,,:....-l<
*#
(U FRJ) "A mesma velha trincheir0, a mesmo paisogem, s
ln,:-!l
um dos principais dirigentes da Revolução Russa. (Unicamp-SP) Atguns comunistas franceses encontra-
0bserve atentamente as imagens e anatise separada- vam conforto na ideia de que as atitudes de Státin em
mente cada uma delas. retação aos opositores do regime potítico vigente na
Em 1934, o governo português organizou sua Primeira Exposição ColoniaI na cidade do Porto. 0bserve atentamente
o mapa abaixo, apresentado durante essa exposiçã0, e responda:
{
I
I
c
a) Quat é a mensagem principa[ desse mapa? A partir dos dados do trecho anterior:
b) Por quais artifícios tenta-se justificar taI mensa- a) indique o país onde se desencadeou importante
gem? O DLI cF I sp I Hs I Hr3I H24 revolução sociaI ao finaI da primeira década do
c) Do ponto de vista ideológico, há seme[han-
século XX. â DL/sp/H1o
ças entre as exposições francesa e portugue- b) enumere os propósitos moderados e legalistas
sa cetebradas respectivamente em t93L e 1934? de Francisco Madero, que acabou sendo preso e
ustifiq ue su a res posta. â DL/cr/sp/H9 I Ht3 I H24
.l
assassinado. o DL/sp
c) faça considerações objetivas sobre o legado da
0bservação: para comparar as exposiçÕes, retome
os conteúdos da página 45 e 46.
Revolução. â DL/cFlsp/H9 lHLolHTt
6 Exp[ique a frase do cientista político Mauricio 9 (Fuvest-SP) 'Somos produto de 5OO anos de luta: pri-
Tragtenberg: "É impossível entendermos o Revolução meiro, contro o escrovidão, na Guerra de Independência
de 1"9L7 sem passarmos em revisto o que foi chomado contra o Esponha, encobeçodo pelos insurgentes;
seu ensoio geral: a Revolução de 1"905 e a formação dos depois, para evitar sermos obsorvidos pelo expansionis-
mo norte-omericono; em seguida, pora promulgor nossl
n ov os po rti d os po líti cos." o DL/sp/cA/H1/H8/H10/H13
Constituição e expulsor o Império Francês de nosso solo;
Identifique as diversas manifestações artísticas retacio- depois, a ditodura porfiristo nos negou o oplicoçõo
nadas à Revolução Mexicana. â DL/cF/sp/cA/Htl+llltl justa dos leis de Reformo e o povo se rebelou criondo
8 (Unesp) "0 levonte urbono venceu ropidamente o resis- seus próprios líderes; ossim surgirom Villo e Zopata,
tência das tropos do generol Porfírio Díoz, subindo ao homens pobres como nós, a quem se negou 0 preporo-
poder Froncisco Madero... Simultaneamente, porém, çoo mois elementar, poro ossim utilizor-nos como bucho
alostroram-se as insurreições componesos cujos líderes de conhão e soqueor as riquezos de nosso pátrio, sem
não se contentorom com os propósitos de Modero, exigi- importor que estejamos morrendo de fome e enfermi-
rom o reformo agrório. Era o começo da Revoluçao...". dodes curóveis, sem importar que nõo tenhomos nado,
EngenhoeArte -,
I
obsolutamente nodo, nem um teto digno, nem terra, nem gena e fundou a primeira repúb[ica na América.
trobolho, nem soúde, nem olimentoçã0, nem educoção, b) colonização francesa do território mexicano, entre
sem ter direito o eleger livre e democrotícomente nossos os séculos XVI e XIX, que implantou o trabalho
outoridades, sem independêncio dos estrongeiros, sem escravo indígena na mineração.
poz nem justiça poro nós e nossos filhos.".
c) reforma [ibera[, na metade do sécu[o XX, quando
"Primeira declaração da Selva Lacandona" (ianeiro de 1994). In: a Igreja Catóhca passou a controlar quase todo o
FELICE, Massimo di; N4UNOZ, Cristova[ (Org.). A revoluçõo invencível.
território mexicano.
Subcomandante Marcos e Exército Zapatista de Libertação Nacionat.
Cortos e comunicodos. São Paulo: Boitempo, 1998. (adaptado) d) guerra entre Estados Unidos e México, em mea-
dos do século XIX, em que o México perdeu quase
0 documento, divulgado no início de 1994 pe[o metade de seu território.
Exército Zapatista de Libertação Naciona[, refere-se,
e) ditadura militar, no finaldo século XIX, que devo[-
entre outros processos histórjcos, à
veu às comunidades indígenas do México as teÍ-
a) luta de independêncja contra a Espanha, no inÍcjo ras expropriadas e rompeu com o capitatismo
do sécuto XIX, que erradicou o trabalho livre indÊ i nte rn a ci o n a [. â DL/cF/Sp/H t I Hs I HttI Ht3I HLs
Contexto: 0 diretor Stantey Ku brick propõe questões que não se resumem à Primeira Guer-
ra Mundiat. A presença do militarismo, o autoritaÍismo dos líderes e o recurso constante
t: à iustiça para assegurar o respeito à hierarquia - mesmo quando isso imptique ordens e
atitudes irracionais - nos fazem pensar na Guerra Fria e no macarthismo, marcas impor-
tantes da década de 1950, quando o filme foi reatizado. Esses dois temas são estudados
no capÍtuto 5 des- do-os excessivamente, ora mantendo-os sob forte
te votume e pode sombra.
Ação
Um generaI francês ordena um ataque bastante arriscado
a posições atemãs. A ação fracassa e o genera[, para punir "Isto nõo é um otaque, é umo cornificina. Você jó sobe do nosso
seus subordinados, determina que a artilharia abra fogo frocasso. Noo pade pôr a culpa nos soldodos, eles fizerom tudo
contra suas próprias forças. 0 coroneI responsáveI pela arti- que estovo o seu olconce. Tampouco podemos culpor os oficioís
lharia recusa-se a cumprir a ordem e o genera[, entã0, sub- do front. A culpo todo é do quartel-generol. Poro dizer o verda-
mete-o, juntamente com alguns soldados, à corte marcia[, de, esse últímo otoque me fez perder o vontode de continuar
acusando-os de covardia diante do inimigo. lutsndo. ló vi gente pôr em risco milhores de vídos, apenos com
o intuito de gonhor o própria medolho. Na momento não há a
Luzes menor possibílidode de derrotormos os alemães."
Retome as instruções oferecidas para análise de fitmes Carta de um sotdado russo, em 1916. ExtraÍdo de: ENGLUND, Peter.
nos Procedimentos metodotógicos da págína 10. uno histório ínümo do Primeiro Guena Mundial.
A belezo e a dor:
São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 2O8-2O9.
Leia o item A Primeiro Guerrs Mundial (p.24).
. Caracterize o tipo de ação mititar que predominou na A partir da comparação do fragmento de carta com o
Primeira Guerra MundiaI e as dificuldades enfrenta- filme, elabore um texto com a seguinte proposta: "'G[ória
das pelas tropas. feita de sangue' e a responsabitidade diante da guerra".
. Identifique os blocos de atianças e as potências em Seu texto deverá abordar os seguintes aspectos:
disputa. . Como o filme apÍesenta a hierarquia militar;
. 0 respeito às ordens superiores, dentro de uma
Câmera guerra, deve ser irrestrito, mesmo quando a ordem
Durante a exibição do fitme, sugerimos que você faça anota- é absurda ou atenta contra si mesmo?
rnilrãlllw . REED, John. Dez dios que obolarom o mundo. São Pau[o: Companhia das Letras, 2010.
está comenda umo crosto de poo, e um homem FURET, F. Ensoíos sobre a Revoluçdo Fronceso.
é otingido e morto na trincheira perto de você. Lisboa: A Regra do jogo, 1978. p. 138.
'a ll'l'.
ouESTOEs Você olho colmamente para ele por um momento
Essa relação é possívet, entre outros fatores,
:tAE ENEM e contínua o comer o seu põ0. Por que noo? [...]
pois:
D§liê o endereço Aqui desopareceu p0ro sempre o covolheirismo. _
abaixo na barra a) a primeira delas foi inspiradora da segun-
Como tados os sentimentos nobres e pessoais, ele
do iiavegador de
teve de ceder o lugor oo novo ritmo da batalha
da, mas a Francesa teve efeitos apenas
\nternet: http:// nacionais e a Russa expandiu-se para além
goo.gl/xogoJb. e ao poder do móquino. Aqui o novo Europa se
.V.oa-ê,pode revelou pela primeiro vez no combote."
de suas fronteiras.
Radar
a) a manutenção da Rússia na Primeira Guerra incentivos anteriormente concedidos à produção
Mundiat, a conquista da Manchúria e a formação agrícola, foi a razão da ruína do campo.
dos sovietes.
â DL/SP/HB
b) a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundiat, a
(UFMG) No contexto da Revolução Mexicana, na segun-
instauração de uma monarquia parlamentar e a
da década do sécu[o passado, o Exército Libertador
formação da Guarda Vermelha.
do Sut, liderado por Emiliano Tapata, sublevou-se
c) a entrada da Rússia na Prímeira Guerra Mundia[,
no México. No finaI do mesmo sécuto, em 1994, no
a insta[ação da ditadura do proletariado e a ado-
estado sulista de Chiapas, a organização denominada
ção de uma nova política econômica (a NEP). Exército Zapatista de Libertação NacionaI inicjou um
d) a manutenção da Rússia na Primeira Guerra Mundia[, movimento rebelde.
o domínio dos estreitos de Bósforo e Dardanetos e a
0s dois movimentos referidos têm vários pontos em
formação de um parlamento (Duma).
comum, entre os quais, destaca-se a Iuta para:
e) a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundia[, a
a) tomar o poder e implantar governos inspirados nas
divjsão das grandes propriedades entre os campo-
ideias agraristas do [Íder chinês Mao Tsé-tung.
neses e a regutarização do abastecimento interno.
b) defender os interesses dos operários e traba-
â DL/SP/H9lH1o/H11 Ihadores fabris, constantemente violados peto
6 (UFR.f) Leia o texto a seguir. "Em 1"921, o problemo Governo mexicano.
nacionaL central era o da recuperoção econômica - o c) destituir as elites dirigentes e instaurar um Estado
índice de desespero do país é eloquente: naquele ono, sociahsta inspirado na tradição marxista [atino-
36 milhões de pessoas não tinham o que comer. Nos -america na.
novas e ruinosos condições da poz, o'comunismo de
d) resgatar as terras dos camponeses de origem indí-
guerra' revelovo-se insut'iciente: era preciso estimu- gena e conquistar me[hores condiçoes de vida
lar mais efetivomente os mecanismos econômicos da para eles.
sociedade. Assim, oindo em 192L, no X Congresso do
Partido, Lênin propoe um plano econômico de emer- à DL/SP/H9/H10/H11
gêncio: a Nava Polítíca Econômica." (UECE - adaptado) Em Chiapas, no México, em1994,
NETO, l. P. 0 que é stolinismo. São Pauto: Brasiliense, 1981. ocorre uma rebeUão conduzida pe[a Frente Zapatista
de Libertação NacionaI que reivindica mudanças na
Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto
distribuição da terra e benefícios sociais para as
afirmar que:
populaçÕes do campo e indígena. Quanto à utilização
-a) eta reintroduziu práticas de exp[oração econômi-
do termo "zapatistas", assina[e o correto.
ca anteriores à Revolução Russa de 1917 que se
traduziram num abandono temporário de todas as a) Uma aproximação à imagem de Emjtiano Zapata,
transformações socialjstas lá feitas e um retorno um [íder da Revolução Mexicana que, no inícjo do
ao capita[ismo. século XX, parecia ser a única esperanÇa para os
camponeses do suI do país.
r) eta consistiu na manutenção de etementos eco-
nômicos sociatistas, na organização da econo- b) tlma ctara homenagem ao ex-presidente espanhol
mia (como o p[anejamento) e na permissão para José Luiz Rodríguez Zapatero, que à época da rebe-
o estabetecimento de elementos capita[istas por [ião, era militante do Partido dos TrabaIhadores
meio da [ivre iniciativa em certos setores. Sociatistas Espanho[ (PS0E) e porta-voz jnterna-
cionaI das minorias mexicanas.
c) ela sígnificou fundamentalmente uma reforma
agrária radicaI que promoveu a coletivização for- c) Referência a Tapata, território [ocatizado no
pequeno estado mexicano de Morelos, cuja popu-
çada das propriedades agrárias e a construção de
fazendas cotetivas, os Kolkhozes. lação de índios e camponeses, há séculos, resiste
às violentas expropriaçÕes dos fazendeiros sobre
d.) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo
suas comunidades.
a volta controlada de retações capitalistas na eco-
nomia, já que ela ampliou ajnda maís o níve[ de i) Uma homenagem aos irmãos Emiliano e Eufêmio
desemprego e produziu fome em grande esca[a. Zapata, pequenos proprietários de terras, no esta-
do de Morelos, que injustamente tiveram suas ter-
e) ela significou, com a abertura para o capitalismo,
ras expropriadas por grandes fazendeiros e foram
um aumento substanciaI da produção industria[,
brutatmente assassinados.
mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os
â DL/SP/H3/H8/H11