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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS

DISCENTE: Davi Araujo Fraga


DISCIPLINA: Sociolinguística
ATIVIDADE: Dissertação Argumentativa

Trabalho realizado sob orientação da profª


Raquel Freitag

SÃO CRISTÓVÃO/SE
2021.2
Estrangeirismo

Vivemos em um mundo globalizado e capitalista, os EUA é considerado a grande potência


capitalista mundial, isso explica um pouco a influência do inglês sobre alguns falantes do portugês,
porque o Brasil também é um país adepto desse sistema de produção. Debates acerca do
estrangeirismo vêm sendo constantes principalmente entre linguistas e jornalistas, mas afinal, adotar
palavras estrangeiras é bom ou ruim?
Pode ser bom desde que não exceda, pois exageros não são positivos. Além de excluir pessoas que
não tenham conhecimento para entender certos verbetes internacionais. Se partirmos da ideia de que o
capitalismo causa exclusões, talvez o estrangeirismo seja usado intencionalmente para tal finalidade
também.
Pasquale Cipro Neto, professor de português e criador do programa “Nossa língua portuguesa'',
critica fortemente o estrangeirismo, cita portugal como um exemplo de resistência ao uso de termos
estrangeiros, “ os portugueses dizem habitáculo para o cockpit… o grid de largada é grelha, o mouse
do computador é rato…” e diz mais, “ seria desejável que a ABL se pronunciasse, como ocorre na
Espanha como a respeitável Real Academia”.
Realmente, a nossa ABL aceita e oficializa novas palavras como fez recentemente, lançando o novo
Vocabulário Ortográfico da língua portuguesa (Volp). Adicionando mais de mil vocábulos, alguns
necessários como os ligados a pandêmia: covid19, infodemia e etc, outros nem tanto como os
estrangeirismos, tipo home office e lockdown, embora também influenciados pelo novo contexto
pandêmico.
O setor corporativo, sem dúvidas é um âmbito muito importante no uso do estrangeirismo, se torna
até obrigatório , principalmente nas multinacionais, saber falar certos termos já é usado como critério
de desempate em uma seleção. Para a linguista Carolina Coelho Aragon, uma língua se apropriar de
termos estrangeiros é algo totalmente normal, inclusive isso ocorre também com outros idiomas, por
conta de uma necessidade linguística, e que é algo favorecedor para a construção da língua.
Evidentemente ela está correta e como dito no início do texto, o ruim é o excesso. De acordo com o
pensamento do cientista político Christian Lynch a sociedade é pautada pela cultura, “ Essa cultura
varia ao longo do tempo, mudam os juízos de valor, surgem modificações tecnológicas e mudanças
morais. A língua faz parte dessa cultura e tende a acompanhar essas variações.
Uma coisa inaceitável é a valorização do Inglês em detrimento, especialmente do espanhol, como por
exemplo, tirar a obrigatoriedade do ensino do Espanhol e Francês no ensino médio, Isso não faz
sentido, tendo em vista que nos situamos em um continente onde majoritariamente a língua mais
falada é o Espanhol.

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