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FICHA DE AVALIAÇÃO SUMATIVA DE PORTUGUÊS – 4º ANO – 1º SEMESTRE

EB Data / /

Aluno(a) ‐

Informação do(a) Professor(a): Tomei Conhecimento.


______________________________ Enc. Educação ‐
______________________________ (Assinatura do Encarregado de Educação)

Lê o texto com atenção e depois responde ao que te é pedido.

__________________________________________

Era uma vez um boneco de neve chamado Adolfo. Tinha sido montado e
moldado pelas mãos gentis1 de um menino que vivia numa casa de pedra e telhado
de colmo2, numa serra muito alta e gelada onde o branco da neve dominava sempre
a paisagem.
Para que o frio não fosse tão sentido pelo Adolfo, o menino que o montara e
5 moldara colocou-lhe um cachecol, um gorro e umas luvas bem quentinhas. Não
eram um cachecol, um gorro ou umas luvas quaisquer, mas sim as suas melhores
peças de inverno. Tanto é que a mãe do menino não ficara lá muito satisfeita com a
sua dádiva3 ao boneco de neve, pois isso deixava o menino com um outro cachecol,
um outro gorro e umas outras luvas muito gastas pelo tempo e com muitos mais
10 buracos do que lã para o proteger do frio e das geadas de inverno lá da serra.
O Adolfo tinha sido montado e moldado debaixo da janela do quarto do
menino para que o menino pudesse espreitá-lo lá do alto do seu quarto sempre que
quisesse vê-lo. E era assim todos os dias: antes de dormir e logo pelo amanhecer, o
menino dava sempre uma espreitadela por entre as cortinas do seu quarto bem
15 quentinho para mandar um sorriso ao seu amiguinho de neve.
Sempre que podia e sem desperdiçar um minuto do dia, brincava com o seu
amigo de neve, que alinhava em qualquer brincadeira. O jogo da bola era, de longe,
o preferido dos dois. Uma bola de trapo4 bem enrolado fazia toda a brincadeira.
Jogavam sem descanso o dia todo e sem qualquer noção do tempo, que passava
20 num lapso5 desde o nascer do sol até ao cair da noite. Naquele entusiástico jogo, o
Adolfo defendia a bola como ninguém. As brincadeiras dos dois duravam sempre até
ser noite escura e até os pais do menino se cansarem de o chamar para recolher.

Conceição de Sousa Gomes, Um amigo de gelo, Edições Nova Gaia, 2008 (Texto com supressões)

VOCABULÁRIO
1
gentis – delicadas.
2
colmo – caule de nós salientes.
3
dádiva – presente.
4
trapo – tecido.
5
lapso – instante.

1
Ano letivo 2021- 2022
1. Indica a autora do texto e a obra do qual foi retirado.

______________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Completa a afirmação.

O texto está escrito em __________________ e é constituído por


_______________ parágrafos.

3. Como se chama o boneco de neve de que fala o texto?

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4. Assinala com X a estação do ano em que se passa esta história.

primavera verão outono inverno

4.1. Justifica a tua escolha.

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_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

5. Ordena as afirmações, numerando-as de 1 a 5, de acordo com a sequência do

texto. A primeira afirmação já está numerada.

1 Era uma vez um boneco de neve chamado Adolfo.

Eles jogavam à bola até tarde.

Do seu quarto, o menino sorria para o boneco de neve.

O menino agasalhou o seu amigo.

O Adolfo foi montado e moldado por um menino.

2
Ano letivo 2021- 2022
6. Assinala com X a opção correta.

6.1. O menino vivia…


…numa casa de pedra e telhado de xisto, numa serra muito alta.

…numa casa de pedra e telhado de colmo, numa pequena montanha.

…numa casa de tijolo e telhado de colmo, numa serra muito alta.

…numa casa de pedra e telhado de colmo, numa serra muito alta.

6.2. O menino colocou no Adolfo…

…um cachecol, um gorro e umas luvas muito gastas.

…um cachecol, um gorro e umas luvas bem quentinhas.

…um cachecol, um casaco e umas luvas muito gastas.

…um cachecol, um gorro e umas luvas coloridas.

7. Qual era a brincadeira preferida do menino e do seu amigo?

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______________________________________________________________
______________________________________________________________

8. A expressão «não ficara lá muito satisfeita», mostra que a mãe:

achou boa ideia ele ter dado os seus agasalhos ao Adolfo.

não achou boa ideia ele ter dado os seus agasalhos ao Adolfo.

estava contente por ele ter dado os seus agasalhos ao Adolfo.

estava assustada por ele ter dado os seus agasalhos ao Adolfo.

8.1. Explica a razão.

3
Ano letivo 2021- 2022
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

9. O que quer dizer a expressão:

«…o Adolfo defendia a bola como ninguém»

______________________________________________________________
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10. Na expressão «o seu amigo de neve, que alinhava em qualquer brincadeira», a


palavra sublinhada significa:

adormecia

recusava

desistia

participava

11. Rodeia o título que consideras mais adequado a este texto e escreve-o no local
adequado.
 Uma amizade especial
 A casa na serra
 Um menino brincalhão

Responde agora ao que te é pedido sobre Gramática.


12. Apresenta uma hipótese de fazeres a translineação das seguintes palavras do
texto.

cachecol pudesse espreitadela sorriso paisagem

13. Completa a grelha com o plural das palavras:

4
Ano letivo 2021- 2022
Singular Plural
mão
mãe
difícil
cachecol
paisagem
bom
feliz

14. Completa a tabela colocando os nomes no grau correspondente:

Grau normal Grau diminutivo Grau aumentativo


amiguinho
mãe
camisolão
homem
gatinho
nariz
rapaz

15. Rodeia o quantificador numeral da frase:

O jogo da bola era, de longe, o preferido dos dois.

16. Junta os sufixos às palavras simples e forma novas palavras.


eza ado ada ido eiro edo

jardim boneco árvore flor gelo triste

17. Rodeia o conjunto onde todas as palavras são da família de casa.

5
Ano letivo 2021- 2022
casinha casaco caseiro

casarão casinha casarão

apartamento caseiro casinha

18. Relaciona corretamente:

Que frio que estava o dia! Tipo declarativo

Já montaste um boneco de neve? Tipo exclamativo

O menino era amigo do Adolfo. Tipo interrogativo

19. Preenche os espaços com os sinais de pontuação adequados.

A mãe curiosa perguntou

Onde estão as tuas luvas quentinhas

Dei-as ao Adolfo mãe Lá fora estava tanto frio

20. Considera a frase:


“As luvas do menino eram mais esburacadas do que as luvas do Adolfo.”

20.1- Reescreve a frase colocando o adjetivo no grau comparativo de inferioridade.


______________________________________________________________
20.2 Reescreve a frase colocando o adjetivo no grau comparativo de igualdade.
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Cotações
4. 6. 6. 8. 20. 20. Text O O O O O Tota
1 2 3 4 1 5 1 2 7 8 1 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 1 2 o 1 2 3 4 5 l

2, 3,
1 2 2 1 4 4 2 2 4 2 4 5 2 2 5 5 7 2 3 2 3 4 3 3 20 2 2 2 2 2 100

Escrita

6
Ano letivo 2021- 2022
«Quando começou a chegar a primavera, com o seu Sol radioso, o Adolfo
começou a largar pequenas gotas de água…».
Imagina a continuação da história. O que terá feito o menino? O que terá
acontecido ao boneco de neve?
Não te esqueças de atribuir um título ao teu texto.

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Depois de ouvires ler o texto, em cada uma das questões seguintes assinala com um X a
opção correta.

7
Ano letivo 2021- 2022
1. O texto que acabaste de ouvir é:

um conto.

uma notícia.

um poema.

uma fábula.

2. A Cegonha e a tartaruga estavam a conversar sobre:


as suas aventuras e viagens.

o que cada uma sabe sobre o mundo.

os vizinhos da cegonha.

as viagens da tartaruga.

3. A cegonha começou a falar das suas viagens com o objetivo de:


partilhar com a tartaruga os seus conhecimentos.

divertir a tartaruga.

provocar inveja na tartaruga.

aborrecer a tartaruga.

4. A expressão “(…) a cegonha largou a falar como uma matraca.”. significa que…
a cegonha falava muito.

a cegonha falava muito alto.

a cegonha falava muito depressa.

a cegonha falava muito baixinho.

5. Após a conversa com a tartaruga, consideras que a cegonha ficou …


irritada.

envergonhada.

admirada.

engasgada.
A CEGONHA E A TARTARUGA

8
Ano letivo 2021- 2022
– Vou partir para as terras quentes do Sul – declarou a cegonha com visível orgulho.
– Desde que anunciaram tempos difíceis, não penso noutra coisa.
– Quem é que anunciou tempos difíceis? – perguntou a tartaruga com um bocejo.
– O boletim meteorológico. Falaram de vento, chuva, frio, enfim, só de coisas
desagradáveis. E eu, sempre que posso, fujo do que me aborrece.
– Foges?
– Bom, é uma força de expressão. Sabes que aproveito todos os pretextos para uma
viagenzinha. Certa de que despertaria inveja, a cegonha pôs-se a descrever as delícias de
que desfrutava nas suas deslocações:
– Oh! Levantar voo, bater as asas, lançar-me à aventura! Hoje uma terra, amanhã
outra... Tu sabes lá o que se encontra por esse mundo fora. Há cada animal!
– Imagino – respondeu a tartaruga.
– Não imaginas, não. Ora diz-me, consegues fazer passar pela tua cabeça uma
manada de bichos que parecem pacíficos e de trato fácil, mas que afinal são indomáveis e
nunca nada, nem ninguém, conseguiu domesticar?
– Nada mais simples, são zebras.
Um pouco desconsolada, a cegonha insistiu:
– E um mastronço de pele dura como sola, míope, neurótico e com um corno só?
– Nada mais fácil. É o rinoceronte.
A cegonha já estava a ficar irritadíssima [...].
Cheia de más intenções, perguntou de novo:
– Já viste uns pássaros coloridos que falam, falam, mas não dizem nada, porque se
limitam a repetir o que outros já disseram?
Pachorrenta como é de seu natural, a tartaruga abanou a cabeça, encolheu-
-se na casca, voltou a esticar-se. Parecia ter pouca vontade de responder.
– Então? Perdeste a língua? Se calhar nunca encontraste nenhum destes pássaros.
– Ó filha, o que mais há por aí são papagaios.
Quase enraivecida, a cegonha largou a falar como uma matraca.
– E os bichos que carregam os filhotes numa bolsa até eles serem bem grandes? E
as aves que põem os ovos nos ninhos alheios, porque não estão para se maçar a tratarem
das crias? E os grupos que guincham com voz esganiçada, pouco se importando se
incomodam ou não as pessoas? Conheces?
– Cangurus, cucos e macacos – foi a resposta seca.
A cegonha calou-se, descorçoada. E mais descorçoada ficou quando a tartaruga
resolveu por sua vez fazer perguntas.
– Então agora diz-me cá tu que viajas tanto. Qual é a ave mais rápida do mundo?
A cegonha engoliu em seco, porque já se cruzara com todas as espécies, mas nunca
lhe ocorrera averiguar a que velocidades se deslocavam.
– Tolices – resmungou. – Querias que andasse a cronometrar os voos de cada um?
Tenho mais que fazer!
– Bom, então diz-me onde é que os caracóis têm os olhos.
– Os caracóis? Sei lá! São tão pequenos que nunca me despertaram qualquer
interesse. Gosto de animais grandes, porque só os grandes têm importância neste mundo.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Três Fábulas,
Lisboa, Caminho, 2007

9
Ano letivo 2021- 2022

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