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Antecedentes
Alemanha ascendendo como país - 1871 Unificação
↪ 1870 - Guerra Franco-Prussiana
↪ Vitória por parte da Prússia que anexa a Alsácia-Lorena em seu território. A Alemanha se
unifica, Guilherme I é declarado Imperador da Alemanha e Otto Von Bismarck como
Chanceler - Inicia-se o Segundo Reich.
↪ A partir disso o plano diplomático de Bismarck consistia em alianças flexíveis que
tinham como objetivo isolar a França, como medida de evitar o revanchismo pelo
território perdido.
↪ Queria mais territórios e usava a premissa de crescimento do povo alemão.
Segundo Clarck:
“Personificar Estados como indivíduos era parte da comunicação
telegráfica da caricatura política europeia, mas também refletia
um hábito de pensamento arraigado: a tendência a conceituar
Estados como indivíduos compostos, governados por uma força
executiva compacta e animados por uma vontade invisível.”
permitiu a futura formação da Entente.”A visita organizada pelo próprio Eduardo foi um
triunfo de relações públicas e contribuiu imensamente para desanuviar o clima”.
(CLARK).
↪ Após isso, empenhou-se em um acordo com a Rússia.
Guilherme II - 1888-1918
↪ Assumiu o trono pretendendo ser o autor da política externa alemã.
↪ “O ministro das relações exteriores? Ora eu sou o ministro das relações exteriores, eu
sou o único senhor da política alemã. Meu país tem que me seguir aonde quer que eu vá”.
(Carta Enviada a Eduardo VII)
↪ Interessava-se pela nomeação dos embaixadores e apoiava seus preferidos.
↪ Decisões contrárias
↪ Os ministros tentavam deixá-lo longe dos processos de tomada de decisão
História das Relações Internacionais II - Professora Anna Carletti - Elisa, Joiciely e Maria Fernanda
↪ Na França a dinâmica era diferente, mas análoga em linhas gerais. Em um grau muito
maior do que na Rússia, o Ministério das Relações Exteriores, ou Quai d’Orsay, como era
conhecido em virtude de sua localização, tinha poder e autonomia formidáveis. Era uma
organização socialmente coesa e relativamente estável, com um elevado sentimento de
dedicação à sua missão.
↪ Em janeiro de 1895, o presidente Casimir Périer renunciou depois de apenas seis meses
no cargo, protestando que o Ministério das Relações Exteriores não o mantinha informado
nem mesmo dos acontecimentos mais importantes.
↪ Os ministros franceses das Relações Exteriores tendiam a ser fracos, até mais fracos do
que seu próprio grupo de assessores ministeriais. Uma razão disso era sua rotatividade
relativamente alta, decorrente dos níveis sempre elevados de turbulência política na
França pré-guerra.
↪ No início de 1913 e a eclosão da guerra, por exemplo, o país teve nada menos que seis
ministros das Relações Exteriores. A chefia desse Ministério era uma etapa mais transitória
e menos importante no ciclo de vida dos políticos franceses do que na Grã-Bretanha, na
Alemanha e na Áustria-Hungria.
↪ Paul Cambon 1843-1924: Paul Cambon é um bom exemplo, ele comentou em uma
carta de 1901 que toda a história diplomática da França era pouco mais do que uma
longa lista de tentativas de agentes no exterior para obter alguma coisa em face da
resistência de Paris. Cambon não se considerava um funcionário subalterno do governo,
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mas um servidor da França, cujas habilidades davam-lhe o direito. Foi Cambon, mais do
que ninguém, o responsável por assentar os alicerces da entente, trabalhando duro a
partir de 1901 para persuadir seus interlocutores britânicos a consentir na questão do
Marrocos e ao mesmo tempo exortando Delcassé a desistir dos supostos direitos da
França ao Egito.
A política francesa
↪ Depois do confronto franco-alemão pelo Marrocos em 1905 e da derrocada alemã em
Algeciras no ano seguinte, Paris e Berlim se esforçaram arduamente para chegar a um
acordo que lhes permitisse deixar o conflito do Marrocos para trás. Do lado francês, as
opiniões dividiam-se a respeito de como lidar com as pretensões alemãs sobre aquela
região. Paris devia atender os interesses alemães no Marrocos ou agir como se esses
direitos simplesmente não existissem? O mais direto expoente da primeira dessas visões
era Jules Cambon, irmão de Paul e embaixador francês em Berlim.
↪ Por ora, o mais importante é que não foi o governo francês propriamente dito quem
gerou a política agressiva no Marrocos, mas os falcões do Quai d’Orsay, cuja influência
sobre as políticas não teve rivais na primavera e no começo do verão de 1911. Aqui, como
na Rússia, o fluxo do poder de uma parte a outra do Executivo produziu mudanças rápidas
no tom e na direção da política.
↪ Esse foi o sistema que permitiu a Otto von Bismarck administrar sozinho os assuntos
externos e dominar a singular estrutura constitucional que ele ajudara a criar em seguida
às Guerras de Unificação da Alemanha. A saída de Bismarck no começo da primavera de
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↪ Assim como na França, a fraqueza do ministro das Relações Exteriores (ou, neste caso,
do chanceler) permitiu que a iniciativa ficasse nas mãos dos funcionários permanentes
da Wilhelmstrasse, os equivalentes berlinenses do pessoal da Centrale. Essa situação
continuou sob o sucessor de Caprivi, o príncipe Chlodwig Von Hohenlohe Schillingsfürst ,
que assumiu a Chancelaria entre 1894 e 1899. Foi Holstein, e não o chanceler ou o
secretário das Relações Exteriores do Império, quem determinou os contornos da política
externa alemã no começo e em meados dos anos 1890.
↪ Foi um secretário das Relações Exteriores que sabia pouco sobre o mundo fora da
Grã-Bretanha, nunca demonstrou muito interesse em viajar, não falava outras línguas e
não se sentia à vontade na companhia de estrangeiros. Grey foi um político liberal cuja
visão da política era combatida pela maioria dos liberais e apoiada pela maioria dos
conservadores. Ele se tornou o membro mais poderoso da facção conhecida como “os
imperialistas liberais”, e no entanto parece não ter se preocupado muito como o Império
Britânico, suas ideias sobre política externa e segurança nacional estavam rigorosamente
centradas no continente europeu
↪ O acordo franco-alemão sobre o Marrocos de 1909 foi desfeito, após uma série de
medidas tomadas pelo Quai d’Orsay, culminando no envio de uma grande força francesa
para o sultanato em abril de 1911. Em 5 de junho de 1911, alarmado com a perspectiva de
uma tomada unilateral do poder no Marrocos pelos franceses, o governo espanhol
mobilizou tropas para ocupar Larache e Ksar el-Kebir, no norte e noroeste do país.
↪ Na primeira semana de agosto de 1911, uma breve interrupção nas comunicações levou
a uma escalada totalmente desnecessária que inclui ameaças de enviar navios de
guerra franceses e britânicos a Agadir, muito embora àquela altura Caillaux e o
chanceler alemão estivessem ambos dispostos a entrar em acordo. Caillaux culpou seu
mediador, Fondère, pelo mal entendido, mas não teria havido a necessidade de um
intermediário como Fondère, nem de conversas de bastidores por parte de Caillaux, se os
altos funcionários do Ministério não estivessem conspirando para tirá-lo do cargo e
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Referências
Os sonâmbulos - Como eclodiu a primeira guerra. Cap. 4 - Christopher Clark