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TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE/ TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES

INTERPESSOAIS

A DINÂMICA DOS GRUPOS DENTRO DAS


DIFERENTES ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
UFCD: TRABALHO EM EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES NA
SAÚDE (6561)

DOCENTE: ANA RAQUEL PEREIRA


DISCENTES:
BIANCA ANTÓNIO Nº3
MARIA MENDES Nº18
JOÃO LUCAS Nº20
FRANCISCO GOUVEIA Nº21

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TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE/ TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES
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ÍNDICE:
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2. CONCEITO DE GRUPO ............................................................................................ 4
3. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS)...................................................................... 6
3.1. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE ................................................................... 6
3.2. ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE (ERS) ...................................................... 6
3.3. ADMINISTRAÇÃO DIRETA ............................................................................... 7
3.4. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ............................................................................ 8
3.5. SETOR PÚBLICO EMPRESARIAL ....................................................................... 9
4. SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE ....................................................................... 10
4.1. HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA (HNM) ..................................................... 11
5. SERVIÇO DE MEDICINA INTENSIVA (SMI/UCIP/UCI) .............................................. 11
5.1. MEDICINA INTENSIVA NA RAM ..................................................................... 12
6. PAPEL DO TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE NA MEDICINA INTENSIVA ...................... 15
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 16
8. Referências .......................................................................................................... 17

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1. INTRODUÇÃO
No âmbito da disciplina Técnicas de Comunicações e Relações Interpessoais, UFCD:
Trabalho em equipas multidisciplinares na saúde (6561), foi-nos proposto, pela formadora Ana
Raquel Pereira, um trabalho acerca da Dinâmica dos grupos dentro das estruturas
organizacionais.
A comunicação em saúde é um fator determinante no sucesso dos cuidados prestados,
daí a importância desta disciplina no curso Técnico Auxiliar de Saúde, pois é esta é focada em
destacar o valor do trabalho harmonioso em equipa, que só é alcançado se e só se houver
relações saudáveis no ambiente laboral e uma boa comunicação entre todos os elementos do
grupo em questão.
Trabalhar em equipa, principalmente no início, tende a ser custoso, porém depois de
alcançado o equilíbrio, os resultados finais mostram-se sempre mais promissores, do que um
trabalho realizado de forma individual.
Para exemplificar a organização e dinâmica de um trabalho realizado por equipas
multidisciplinares nós escolhemos a Medicina Intensiva, que se destina ao cuidado a
determinados pacientes em situações consideradas críticas.
Em saúde não existem trabalhos individuais, todo e qualquer procedimento em
ambiente hospitalar é realizado em grupo. O utente procura cuidados de saúde para encontrar
uma cura para a sua doença/condição, para a maior satisfação dos mesmos e até mesmo dos
próprios profissionais, deve-se promover a colaboração saudável, pois nenhum profissional é
capaz de fornecer uma cura sozinho ao doente. Então, através da realização deste trabalho
temos como objetivo primeiramente de definir o conceito de grupo destacando a importância
do trabalho em equipa, depois passar para a especificação da organização e dinâmica dos
cuidados de saúde a nível nacional e regional, para só após passar para a abordagem da
Medicina intensiva, começando pela sua história e posteriormente o seu funcionamento e a
formação da equipa de cuidados intensivos na Região Autónoma da Madeira (RAM).

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2. CONCEITO DE GRUPO
Quando analisamos o conceito da palavra “grupo” algumas das caracterizações que lhe
é atribuído consoante o dicionário porto editora são: “conjunto de pessoas ou objetivos,
tomados como constituindo um todo ou uma unidade”; tal como:” certo número de pessoas
reunidas”, ou seja, um grupo consiste na formação de uma organização por pessoas, com
capacidades técnicas, aptidões e motivações que facilitará alcançar um objetivo que não é
alcançado com empenhamento individual (Porto Editora, s.d.)
Perante uma definição fisiológica temos que: “Um grupo é uma coleção de indivíduos
que têm relações uns com os outros que os tornam interdependentes em algum grau
significativo “de acordo com Cartwright e Zander, 1968.
Algumas pesquisas criadas pelo filósofo Lewin, complementam que um grupo é mais
complexo do que um agrupamento de pessoas, pois não é apenas a proximidade de certos
membros, mas uma coleção de indivíduos interdependentes. Tal como Lewin, outros génios do
mundo da filosofia, artes e matemática, (Arrow, McGrath e Berdahl), acreditam que o conceito
de grupo é algo profundo, onde abordam a importância das relações entre as pessoas,
instrumentos até às tarefas, todos com objetivos quer sejam individuais ou coletivos, estes
podendo alterar à medida que o grupo compartilha estas semelhanças (Rodrigues, 2004).
Ainda é de salientar as conclusões do sociólogo, Alexandre Hare, que aborda as quatro
características fundamentais em qualquer grupo para implementar a sua eficácia, em primeiro
lugar todos os elementos no grupo têm que partilhar um conjunto de valores que facilitará o
alcance do objetivo desejado, de seguida entender a relevância de acumular recursos e
capacidades que serão utilizados para facilitar a atividade que será produzida, logo após terá
que haver uma aceitação por partes de todos os elementos perante às suas obrigações, esta
pode ser através da departamentalização, em que são distribuídos operações semelhantes ou
relacionadas, através da diferenciação, em que se criam hierárquicos adicionais isto perante
uma diferenciação vertical, ou no caso da diferenciação horizontal há formação de novos
departamentos no mesmo nível hierárquico quando há um crescimento no volume de
atividades ou aumento da complexidade do trabalho, por fim na fase final temos um objetivo,
ou um conjunto destes que são alcançados com a ajuda da coordenação de um líder que
controla este processo (Rodrigues, 2004).
Uma maneira mais clara e objetiva de analisar a construção de um grupo para melhor
perceber o seu conceito é através dos seus princípios. Em primeiro lugar temos a formação do
grupo, onde há o agrupamento de indivíduos com incertezas de onde é que se encaixam no
ajuntamento tal como à liderança do grupo, o que poderá levar à fase tempestuosa onde não
existe coesão mas há uma persistência de conflitos e existência de emoções e tensões no
grupo, que termina com uma hierarquia bem definida até aceitarem uma liderança, o que leva
a uma normalização com a presença de relações fortes e um grupo coeso com os mesmos
objetivos o que evolui para a ação funcional com uma ajuda mútua. Se esta fase for a última
estamos perante um grupo permanente, senão, um grupo temporário com a fase de
suspensão, em que há a separação do grupo após alcançar a tarefa desejada.
É de extrema importância adquirir competências para promover um grupo eficaz, para
haver um grupo funcional têm que haver uma partilha de objetivos, planeamento e
organização; uma liderança eficaz; integração e envolvimento de todos os membros para
evitar a fase tempestuosa; tem que haver interdependência entre os membros, pois se um
falhar o grupo em si falha; é necessário haver comunicação aberta e assertiva entre o grupo;
confiança não só em si como nos restantes elementos (Garcia, s/d).

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Algumas causas que favorecem a disfuncionalidade de um grupo podem ser: o


individualismo; tradicionalismo; autoritarismo; a falta de reconhecimento; desconfiança;
competição; excesso de confiança; ausência de solidariedade e falta de motivação que poderá
prejudicar o decorrer da atividade (Garcia, s/d).
O trabalho em grupo demonstra tanto vantagens como desvantagens, no que diz
respeito às vantagens estas podem ser: maior probabilidade de inovação, pelo maior número
de elementos o que também beneficiará a atividade tornando-a mais rápida e produtiva, ou
seja, com um conjunto de capacidades; aproveitamento dos pontos fortes e troca de
experiências como conhecimentos de cada elemento. Ao trabalhar em conjunto há uma
implementação na aprendizagem ao lidar com as críticas e uma integral de um espírito de
interajuda e confiança como mais soluções para diferentes problemas. Na outra mão, as
desvantagens podem ser: maior probabilidade de disfunção; conflitos; dificuldade em todos
concordarem com uma ideia; no caso da ausência de uma liderança poderá causar
desmotivação e um mal entendimento relativamente às funções atribuídas a cada elemento; e
a falta de produtividade que em consequência causa desequilíbrio produtivo na equipa
(Garcia, s/d).

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3. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS)


A saúde em Portugal é um direito do cidadão, sendo esta gratuita para qualquer
indivíduo da união europeia. A Saúde nacionalmente é liderada pelo Serviço Nacional de Saúde
(SNS) que foi fundado pela lei nº 56/79 publicada a 15 de setembro de 1979, com o objetivo do
direito à proteção de saúde, a prestação de cuidados globais de saúde e o acesso a todos os
cidadãos, independentemente da sua condição económica e social (Governo da Républica
Portuguesa, s.d.).
Ao longo destes 40 anos, o SNS gerou ganhos em saúde que colocaram Portugal num
lugar da mais alta importância, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde conseguiu melhorar a
qualidade de vida dos cidadãos e ainda diminuiu muitas das desigualdades existentes na
sociedade portuguesa. Portugal, é um dos países com menores taxas de internamento por
problemas de saúde sensíveis de saúde primários e à diminuição da incapacidade permanente.
Nas últimas quatro décadas, houve um aumento da esperança média de vida saudável, à
diminuição da percentagem de pessoas que não consideram que têm uma má saúde e ao
aumento da percentagem das pessoas que classificam a sua saúde como muito boa (Governo
da Républica Portuguesa, s.d.).
Atualmente, a Ministra de Saúde é Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida
Simões. Esta é “cabeça suprema” de todo o mecanismo de saúde portuguesa que trabalha em
conjunto com o Secretário de Estado e da Saúde, Diogo Serras Lopes, o Secretário de Estado
Adjunto da Saúde, António Sales, o Conselho Nacional de Saúde (composto por 30 membros,
dirigido pelo Presidente José Henrique Dias Pinto Barros e pela Vice-Presidente Maria Isabel
Guedes Loureiro) e com a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), dirigida pela Presidente Sofia
Nogueira da Silva. Estes em conjunto têm como função fazer a administração direta e indireta
e gerir o Setor Público Empresarial (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).

3.1. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE


O Conselho Nacional de Saúde foi criado a 7 de abril de 2016, data em que se
comemora o Dia Mundial da Saúde. Trata-se de um órgão consultivo do Governo, composto
por 30 membros no total que garantem a participação das forças científicas, sociais, culturais e
económicas, no âmbito de chegar a consensos alargados relativamente às políticas de saúde
(Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
Este tem presente as melhores práticas internacionais, com objetivo de garantir a
participação dos utilizadores do SNS na definição das políticas, como forma de promover uma
cultura de transparência e prestação de contas perante a sociedade (Governo da Républica
Portuguesa, s.d.).

3.2. ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE (ERS)


A ERS é uma entidade pública independente que pretende regular a atividade dos
estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, a regulação desta inclui todos os serviços
desde o setor público ao privado, excetuando as farmácias (Governo da Républica Portuguesa,
s.d.).

Esta desenvolve diversas atividades, nomeadamente:

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 tratamento de reclamações dos utentes, prestadores e instituições;


 realização de inspeções e auditorias às instalações dos prestadores de
cuidados de saúde;
 investigação das situações que possam pôr em causa os direitos dos utentes;
 condução de processos de contraordenação e aplicação de sanções;
 emissão de instruções, recomendações e pareceres;
 realização de estudos sobre a organização do sistema de saúde.

3.3. ADMINISTRAÇÃO DIRETA


A Administração direta conta com a ajuda de quatro elos: Secretaria-Geral; Inspeção-
Geral das Atividades em Saúde; Direção-Geral de Saúde; e Serviço de Intervenção nos
Comportamentos Aditivos e nas Dependências.
Nesse sentido, a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde (SGMS), gerenciado pela
Secretária-Geral Ana Pedroso, é um serviço da administração direta do Estado, esta assume-se
como entidade prestadora de serviços aos gabinetes dos membros do Governo no Ministério
da Saúde (MS) e à generalidade dos serviços e organismos do Ministério no domínio de
algumas áreas de suporte e continuará a aposta na promoção e otimização dos recursos e na
prestação de serviços de excelência (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) é dirigida por António Carlos Caeiro
Carapeto (Inspetor-Geral), Rute Alexandra de Carvalho Frazão Serra (Subinspetora-Geral) e
Sérgio Miguel Farinha Gomes de Abreu (Subinspetor-Geral). Esta estrutura é a instância de
controlo em todos os domínios da prestação dos cuidados de saúde, com ou sem fins
lucrativos, tendo competências de fiscalização e inspeção, de carácter regular e presta serviços
regulares de auditoria interna a todas as instituições, serviços, estabelecimentos e organismos
do Ministério ou por este tutelados (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
A IGAS visa ser uma organização flexível capaz de antecipar desafios do futuro, com
impacto na melhoria da gestão do sistema de saúde e no cumprimento do direito dos cidadãos
à proteção da saúde, sendo os principais serviços prestados:
 Inspeções e fiscalizações;
 Auditorias;
 Instauração, instrução e decisão de processos de natureza disciplinar;
 Instauração, instrução e decisão de processos de contraordenação;
 Ações de sensibilização, informação e formação;
 Pareceres e recomendações não vinculativos.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) é um serviço central do Ministério da Saúde, esta intervém
principalmente na coordenação e desenvolvimento dos Planos e Programas de Saúde, na
coordenação e garantia da vigilância epidemiológica, na análise e divulgação de informação
em saúde, na regulação e asseguração da qualidade dos serviços, na gerência das emergências
em Saúde Pública, no apoio ao exercício das competências da Autoridade de Saúde Nacional,
na coordenação da atividade do Ministério da Saúde no domínio das relações europeias e
internacionais, no acompanhamento do Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde
e do Subsistema de Avaliação de Desempenho dos Serviços da Administração Pública do
Ministério da Saúde. Esta exerce a sua atividade centrada nos interesses dos cidadãos em
articulação e cooperação com outros serviços e organismos, tendo como missão a
regulamentação, orientação e coordenação das atividades de promoção da saúde e prevenção

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da doença, através da definição de condições técnicas adequadas para a prestação de


cuidados (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
E por fim, mas não menos importante, João Goulão é o Diretor-Geral do Serviço de
Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) que se assume como
um serviço de referência na área dos comportamentos aditivos e dependências. Este serviço
promove a redução do consumo de substâncias psicoativas, a prevenção de comportamentos
aditivos e diminuição das dependências (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).

3.4. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA


Quanto à Administração Indireta, desta já fazem parte mais elementos, contando
atualmente com 7, mais concretamente:
 Administração Central do Sistema de Saúde, IP
 INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP
 Instituto Nacional de Emergência Médica, IP
 Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP
 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP
 Estabelecimentos Públicos do SNS (Hospitais do Setor Público Administrativo)
 Organismos periféricos
A Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS) é um Instituto Público, criado
em 2007, integrado na administração indireta do Estado, que tem jurisdição sobre todo o
território continental. É chefiado por Victor Emanuel Marnoto Herdeiro (Presidente do
Conselho Diretivo) e Joana Cristina Veiga Carvalho Barbosa (Vice-Presidente), juntos dirigem a
ACSS com a missão de assegurar a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da
Saúde (MS) e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como das instalações e equipamentos
do SNS, proceder à definição e implementação de políticas, normalização, regulamentação e
planeamento em saúde, nas áreas da sua intervenção, em articulação com as Administrações
Regionais de Saúde, no domínio da contratação da prestação de cuidados (Governo da
Républica Portuguesa, s.d.).
O INFARMED, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. é uma
pessoa coletiva de direito público, presidenciada por Rui Santos Ivo e António Manuel Faria
Vaz. Este serviço presta e recebe colaboração dos serviços e organismos da administração
direta e indireta ou autónoma do Estado, no âmbito das suas atribuições, e pode, nos termos
previstos na lei, estabelecer parcerias ou associar-se com outras entidades do setor público ou
privado, com ou sem fins lucrativos, designadamente associações empresariais, universidades
ou instituições e serviços integrados no Serviço Nacional de Saúde, tendo por missão a
regulação e supervisionamento dos setores medicamentosos, dispositivos médicos e produtos
cosméticos e de higiene corporal, segundo os mais elevados padrões de proteção da saúde
pública, e garantir o acesso dos profissionais da saúde e dos cidadãos a medicamentos,
dispositivos médicos, produtos cosméticos e de higiene corporal, de qualidade, eficazes e
seguros (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
O Instituto Nacional de Emergência Médica (chefiado por Luís Meira), mais conhecido
como INEM, é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o
funcionamento, no território de Portugal Continental, do Sistema Integrado de Emergência
Médica (SIEM), de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a correta
prestação de cuidados de saúde. Os de emergência no local da ocorrência, o transporte
assistido das vítimas para o hospital adequado e a articulação entre os vários intervenientes no

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SIEM – (hospitais, corpos de bombeiros, polícia de segurança pública, cruz vermelha


portuguesa), é a missão do INEM. Este, através do Número Europeu de Emergência 112,
coordena vários serviços e meios para responder com eficácia, a qualquer situação de
emergência médica (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
Maria Antónia Escoval, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do
Sangue e da Transplantação IP, trabalha em conjunto com a sua equipa para garantir e regular
atividade da medicina transfusional e da transplantação, a nível nacional. Este instituto visa
promover a dádiva da vida enquanto gesto transversal a toda a atividade do IPST, IP com o
objetivo de contribuir para a vida humana em tempo e qualidade garantindo o suporte da vida
humana através das áreas do sangue e dos transplantes (Governo da Républica Portuguesa,
s.d.).
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), foi nomeado em
homenagem ao seu fundador Ricardo Jorge, em 1858, atualmente dirigido por Fernando
Almeida. Este é um organismo público integrado na administração indireta do Estado, sob a
tutela do Ministério da Saúde, dotado de autonomia científica, técnica, administrativa,
financeira e património próprio. Funciona como “braço laboratorial” do sistema de saúde
português, desenvolvendo uma tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde,
laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde, tendo como objetivo
contribuir para ganhos em saúde pública através de atividades de investigação e
desenvolvimento tecnológico, atividade laboratorial de referência, observação da saúde e
vigilância epidemiológica, bem como coordenar a avaliação externa da qualidade laboratorial,
difundir a cultura científica, fomentar a capacitação e formação e ainda assegurar a prestação
de serviços diferenciados, nos referidos domínios (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
Estabelecimentos Públicos do SNS (Hospitais do Setor Público Administrativo) e os
Organismos periféricos dizem respeito à Administração Regional de Saúde do Norte, I.P;
Administração Regional de Saúde do Centro, I.P; Administração Regional de Saúde de Lisboa e
Vale do Tejo, I.P; Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P e Administração Regional
de Saúde do Algarve, I.P (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).

3.5. SETOR PÚBLICO EMPRESARIAL


Por fim, o Setor Público Empresarial, é constituído por quatro componentes: Serviços
Partilhados do Ministério da Saúde, EPE; Unidades Locais de Saúde EPE; Centros Hospitalares
EPE e Hospitais EPE.
A SPMS– Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, delegada por Luís Felipe
Loureiro Goes Pinheiro, está sujeita à tutela dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das finanças e da saúde, tendo por missão a prestação de serviços partilhados nas áreas
de compras e logística, serviços financeiros, recursos humanos e sistemas e tecnologias de
informação e comunicação, às entidades com atividade específica na área da saúde, de forma
a “centralizar, otimizar e racionalizar” a aquisição de bens e serviços no Serviço Nacional de
Saúde (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
Relativamente às Unidades Locais de Saúde, Portugal continental conta com 8
estruturas, localizadas em Castelo Branco, Matosinhos, Alto Minho, Guarda, Baixo Alentejo,
Litoral Alentejano, Norte Alentejano e Nordeste (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).
Já os Centros Hospitalares, contam-se 21 de norte a sul continental, no Setor Público
Empresarial e 1 centro hospitalar no Setor Público Administrativo. Por fim, os Hospitais a nível
continental são no total 10 (Governo da Républica Portuguesa, s.d.).

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4. SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE


A Secretaria Regional da Saúde (SRS) trata-se de uma das Secretarias Regionais do
Governo regional da Madeira, ambiciona a gestão dos serviços de saúde na Região autónoma
da Madeira. Criada em 2015, esta secretaria é chefiada pelo médico, Pedro Ramos, e inclui três
organismos: Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC, IP-RAM); Instituto de Administração da
Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM (AISAUDE, IP-RAM); e Serviço de Saúde da Região Autónoma
da Madeira, E.P.E. (SESARAM, E.P.E.) (Direção Regional de Informática, s.d.).
Como referido, o Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil é Pedro Ramos, que é
diretamente assistido pelo Chefe de Gabinete, Miguel Pestana, e a Adjunta de Gabinete, Maria
do Carmo Silva, porém a equipa não se resume apenas a estes, contando com mais duas
técnicas Especialistas para os cuidados de saúde primários (Maria do Carmo Nunes Ferreira
Soares -médica; e Maria Lígia Vieira Fernandes Carreira – enfermeira); três técnicos
Especialistas para os cuidados de saúde hospitalares (Mário Rodrigues – médico; Regina
Rodrigues – médica; e Carlos Freitas - enfermeiro); e com o Secretariado constituído por Lina
Jardim, Ana Paula Gouveia e Maria José Sousa (Direção Regional de Informática, s.d.).
Resumidamente, relativamente os três organismos constituintes do SRS:
 O SRPC, IP -RAM tem por missão prevenir os riscos inerentes a situações de
acidente grave ou catástrofe, bem como resolver os efeitos decorrentes de tais
situações, socorrendo pessoas e protegendo bens (são ainda atribuições
genéricas como orientar, coordenar e fiscalizar as atividades exercidas pelos
corpos de bombeiros, bem como todas as atividades de proteção civil e
socorro)
 O IASAUDE, IP-RAM, com jurisdição em todo o território da região e sede
localizada no Funchal, projeta gerir os recursos financeiros, humanos, de
formação profissional, das instalações e equipamentos, dos sistemas e
tecnologias de informação do SRS e dos serviços de gerência direta no seu
domínio.
 O SESARAM, IP-RAM é uma estrutura agregada de prestação de cuidados de
saúde, funciona como instrumento favorecedor na base de interdependência
dos centros de saúde e hospitais e como planejador de recursos, concernindo-
lhe o fornecimento de cuidados aos cidadãos da região. Esta unidade visa o
alcance de uma elevada promoção e proteção da saúde pública, por meio de:
prestação de cuidados de saúde, cuidados e tratamentos continuados,
cuidados paliativos aos benificiários do SRS e dos subsistemas de saúde ou
entidades externas, através de uma rede de serviços desobstruídos, com
eficácia técnica e social de alto nível, permitindo ganhos em saúde;
desenvolvimento de atividades investigação e elaboração dos seus serviços e
unidades específicas, e garantia do apoio técnico e logístico ao
desenvolvimento de programas de saúde regionais promovidos pelo IASAUDE,
IP-RAM. Atualmente, o SESARAM conta com 3 hospitais (brevemente serão 4),
47 centros de saúde e 2 unidades de apoio.

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4.1. HOSPITAL DR. NÉLIO MENDONÇA (HNM)


A 9 de setembro de 1973 foi inaugurado o Hospital Distrital do Funchal, pelo Almirante
Américo de Deus Rodrigues Thomaz (Presidente da República contemporâneo), que desde
muito cedo ficou a ser mais vulgarmente conhecido por Hospital da Cruz de Carvalho. A partir
daquela data o distrito do Funchal passa a dispor «de um dos melhores e mais bem equipados
hospitais portugueses, e também dos melhores ao nível estrangeiro». Entretanto é criado o
Centro Hospitalar do Funchal, no qual se integram: o Hospital Distrital do Funchal, o Hospital
Distrital dos Marmeleiros, o Hospital Distrital Dr. João de Almada e o Preventório Santa Isabel.
Com o passar do tempo passa a designar-se Hospital Dr. Nélio Ferraz Mendonça, em
homenagem ao fundador do Serviço Regional de Saúde e presidente da Assembleia Legislativa
da RAM. Hoje em dia, tal como sucede com o Hospital dos Marmeleiros, o Hospital Dr. João de
Almada, o Centro Dr. Agostinho Cardoso e os Centros de Saúde integrados no Agrupamento de
Centros de Saúde da RAM, o Hospital Dr. Nélio Mendonça faz parte do SESARAM, EPERAM
(Serviço de Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).

5. SERVIÇO DE MEDICINA INTENSIVA (SMI/UCIP/UCI)


A epidemia de poliomielite em Copenhaga em 1952 constituiu um desafio que levou
ao desenvolvimento das primeiras unidades de cuidados intensivos (UCI), nomeadamente com
a utilização de suporte respiratório em doentes com insuficiência respiratória por poliomielite
bulbar. Simultaneamente, os ferimentos graves de guerra, nomeadamente da II Grande
Guerra, da Guerra do Camboja e da Guerra do Vietname colocaram também a necessidade de
resposta na área da lesão traumática e da infeção grave. Finalmente, o aparecimento dos
primeiros sistemas de emergência de resposta rápida pré-hospitalar, nomeadamente para o
enfarte agudo do miocárdio, há quase 60 anos, no Reino Unido, foi um terceiro vetor de
desenvolvimento das UCI. Em Portugal, as primeiras unidades de cuidados intensivos surgiram
no final da década de 50 do século vinte (José Artur Paiva, 2017).
Entretanto, múltiplas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), de vários hospitais,
evoluíram para Serviços de Medicina Intensiva (SMI), fortemente radicados no organigrama
hospitalar, tendo como missão a gestão do doente crítico à escala hospitalar, isto é muitas
vezes fora das unidades de cuidados intensivos, nomeadamente nas salas de emergência dos
serviços de urgência e em equipas de emergência intra-hospitalar e sendo constituídos por
equipas de trabalho (médicos e enfermeiros) (José Artur Paiva, 2017).
Pode-se concluir que há uma crescente procura de Medicina Intensiva em Portugal,
dado que os SMI são responsáveis por cerca de 13.4% do total de custos hospitalares, cerca de
4.1% dos gastos nacionais em saúde e cerca de 0.56% do produto nacional bruto, nos países
mais avançados. Atualmente, na Europa, são ventilados em SMI, por doença crítica, cerca de
990.000 a 1.500.000 doentes/ano, são internados com lesão pulmonar aguda entre 85.000 e
410.000 doentes/ano e admitidos com sépsis 1.100.000 a 1.400.000 doentes/ano. O
envelhecimento da população e a expansão das chamadas doenças da civilização, como a
hipertensão arterial e a diabetes mellitus, levam a um aumento das necessidades de Medicina
Intensiva, que algumas estimativas colocam nos 160% nos próximos 10 anos (José Artur Paiva,
2017). (ESTATÍSTICAS ANTES DO CONTEXTO PANDÉMICO ATUAL)
Desde 2012, houve algum progresso na capacidade instalada de camas de medicina
intensiva, cifrando-se o rácio atualmente em 6,4 camas por 100 000 habitantes, porém ainda
marcadamente abaixo da média europeia (11,5 por 100 000 habitantes) e insuficiente para as

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necessidades de cobertura da rede de cuidados críticos (José Artur Paiva, 2017). (ESTATÍSTICAS
ANTES DO CONTEXTO PANDÉMICO ATUAL)
Tínhamos, até recentemente em Portugal, um sistema de formação de intensivistas,
caracterizado pela necessidade de cumprimento de um programa de formação complementar
de 2 a 5 anos em SMI avaliados pela Ordem dos Médicos e devidamente acreditados para o
efeito, após a obtenção de titulação numa especialidade base. Este sistema era lento e
ineficiente na produção de intensivistas, seja em número seja em ritmo de qualificação,
conducente à reposição das necessidades básicas do sistema de saúde em profissionais nesta
área da prática e saber médicos, então agora a Medicina Intensiva é especialidade, tendo um
internato de formação específico regulado e faz parte do mapa nacional de vagas, podem ser
garantidas a formação de quadros, a sua creditação e a sua justa colocação e distribuição a
nível nacional, permitindo, finalmente, igual acesso do cidadão à Medicina Intensiva em todo o
território nacional (José Artur Paiva, 2017).
Quanto aos recursos humanos dos cuidados intensivas integra uma equipa
multidisciplinar, tendo especialistas quase todas as áreas. Porém, mais concretamente : os
médicos dos SMI devem ter um diretor com especialidade de Medicina Intensiva e corpo
clínico próprio constituído por especialistas de Medicina Intensiva que dedicam a totalidade do
seu horário às atividades do SMI, devendo ter, pelo menos, um médico em presença física
permanentemente; os enfermeiros que devem ser dotados de enfermeiro-chefe com o perfil e
competências adequadas de acordo com a missão do serviço e da instituição, terão ainda um
rácio enfermeiro / doente flexível de acordo com os níveis de cuidados necessários a prestar
aos doentes; os assistentes operacionais, os quais se recomenda um rácio não inferior a 1
assistente operacional para cada 8 doentes, idealmente 1 para 6 doentes; os assistentes
administrativos, pois todos os SMI devem ter secretariado clínico, sendo recomendável um
rácio não inferior a 1 assistente administrativo por 16 camas; e outros profissionais de saúde,
como referido, dado que os utentes podem incluir quadros clínicos necessidades especiais,
logo recursos humanos adicionais qualificados em diversas áreas do saber podem vir a ser
úteis, de acordo com os objetivos e missão do serviço, nomeadamente técnicos de diagnóstico
e terapêutica, gestores, fisioterapeutas, nutricionistas, coordenadores de estudo de
investigação, psicólogos e psiquiatras (José Artur Paiva, 2017).

5.1. MEDICINA INTENSIVA NA RAM


O único serviço público de Medicina Intensiva na Madeira fica no Hospital Dr. Nélio
Mendonça, este é destinado à prestação de cuidados aos doentes críticos, de forma a prevenir,
suportar e reverter falências com implicações vitais, e para além disso ainda dá assistência à
família/pessoa de referência do paciente.
O SMI recebe pacientes em diversas condições nomeadamente:
 Sepsis e choque séptico
 Choque circulatório de diferentes etiologias
 Paragem cardiorrespiratória
 Insuficiência respiratória aguda e crónica agudizada
 Politraumatismo
 Grandes queimados
 Traumatismo craneoencefálico e vertebro medular
 Doença cérebro vascular hemorrágico e isquémica
 Estados pós-operatórios
 Insuficiência renal aguda e crónica agudizada

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 Insuficiência hepática aguda e crónica agudizada


 Disfunção metabólica e neuro-endócrina
 Intoxicações
 Manutenção e referenciação de doadores multiorgânicos
 Cuidados de fim de vida
Estes pacientes têm direito a visitas, mesmo em contexto pandémico, podendo apenas ser
familiares que apresentem teste negativo ou a terceira da dose da vacina contra o COVID-19.
No caso das UCI pediátricas, como os utentes são menores de idade, estes têm direito a um
acompanhante 24 horas, sendo-lhes fornecido também uma cama e as refeições diárias.
Existem duas formas de monitorizar estes utentes: a Monitorização Não Invasiva, que
utiliza a monitorização contínua de ECG, por VIGILEO do débito cardíaco e eletroencefalografia
contínua (EEG), medição de tensão arterial não invasiva, de CO2 expirado, da frequência
respiratória, da temperatura corporal e oximetria; e a Monitorização Invasiva através da
medição de pressão arterial invasiva (PAI), da pressão venosa central (PVC) e da pressão intra-
abdominal, monitorização hemodinâmica minimamente invasiva (PICCO), hemodinâmica por
cateter da artéria pulmonar (Swan Ganz) e neurológica complexa (PIC/PPC/BIS) (Serviço de
Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).
Quanto ao suporte de funções pode-se recorrer a ressuscitação cardiovascular e
cerebral (suporte básico e avançado de vida) incluindo gestão controlada da temperatura;
Oxigenioterapia; Oxigenioterapia de alto fluxo; Ventilação Mecânica Não Invasiva; Ventilação
Mecânica Invasiva; Suporte cardiovascular farmacológico; Trombólise; Suporte de função de
ventrículo esquerdo com Balão Intra-aórtico; Terapia por ECMO; Técnicas de substituição da
função renal contínuas e intermitentes: Hemodiálise, SLED, Hemodiafiltração e Plasmaferese;
Cell Saver; Terapêutica transfusional e Diagnóstico de morte cerebral (Serviço de Saúde da
RAM, EPERAM , s.d.).
As técnicas de diagnóstico ou terapêutica neste serviço podem ser muitas, porém
destaca-se a Cateterização venosa central, Cateterização arterial, Colocação de Pacemaker
endocavitário transitório, Drenagem Pericárdica, Entubação traqueal, traqueostomia
percutânea e cirúrgica emergente e eletiva, Pleurocentese, drenagem pleural, técnicas de
recrutamento alveolar, paracentese, cateterismo vesical, colocação de drenagem vesical
supra-púbica, punção lombar, ecografia FAST e eFAST, ecografia para acessos vascular e outros
procedimentos ecoguiados, ecografia torácica, ecocardiografia, sedação, analgesia e
paralisação, enfermagem de reabilitação e pensos simples e complexos (Serviço de Saúde da
RAM, EPERAM , s.d.).
A Medicina Intensiva assegura 24 horas por dia, todos os dias, assistência a todos os
doentes admitidos na sala zero e quando solicitado aos doentes internados na sala de
cuidados especiais do SO do serviço de urgência do HNM e cuidados urgentes e emergentes, a
todos os adultos internados no HNM, bem como os que circulam no perímetro hospitalar.
Através da triagem de situações urgentes/emergentes consegue dar uma resposta integrada
aos doentes urgentes/emergentes, revertendo ou estabilizando funções vitais e
encaminhando-o para as unidades de tratamento adequadas. Além disso, o SMI ainda
assegura a assistência de Follow-up e de qualidade de vida pós internamento no SMI através
de atividades assistenciais multiprofissionais e multidisciplinares de outreach prospetivo e
reativo e consultas de Follow-up (Serviço de Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).
Relativamente à quantidade de camas disponíveis neste serviço, atualmente existem
26, das quais 15 são novas, apenas dedicadas ao contexto pandémico atual, ou seja, aos
cuidados a pacientes portadores do vírus SARS-COV-2. O SMI está localizado no Andar Técnico
(UCIP 1) e no 1º Andar Poente (Sala 10 - UCIP 2), onde ficam as restantes 11 camas. A área no

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andar técnico é composta por três setores distintos: Setor de Apoio (onde ficam os gabinetes,
copa, arrecadação de materiais, vestiário e sala de pausa); Setor de Internamento (constituído
por uma sala aberta com sete camas e outra de isolamento comportando uma cama); e Setor
de Sujos. A área no 1º andar poente é constituída por uma sala aberta com três camas.
A equipa médica da Medicina Intensiva no HNM, chefiada por Carlos Alberto Pereira, é
composta 10 médicos, dos quais 6 possuem a especialidade em Medicina Intensiva, enquanto
os outros dois médicos em especialização e outros 2 são permanentes em regime de presença
física. (Serviço de Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).
A enfermagem do SMI é formada por 16 enfermeiros especialistas em enfermagem
médico-cirúrgica, 8 enfermeiros em especialização na mesma área, 5 especialistas em
enfermagem de reabilitação, 1 especialista em enfermagem de saúde mental e 1 especialista
em enfermagem de saúde comunitária. Em conjunto com estes, existem ainda cerca de 30
enfermeiros que completam a equipa de enfermagem deste serviço (José Artur Paiva, 2017).
A equipa de assistentes operacionais é constituída por 11 elementos e existe ainda
uma assistente administrativa que auxilia na triagem dos pacientes e no atendimento dos
mesmos, entre outras funções (Serviço de Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).
O diretor clínico é Dr. José Júlio Nóbrega que tem como principais funções a
coordenação da assistência prestada aos doentes, bem como a correção, qualidade e
prontidão dos cuidados de saúde prestados, este necessita de ter conhecimento dos planos de
tratamento, garantir a qualificação técnico profissional adequada para o desempenho das
funções técnicas e necessárias, elaborar relatórios sobre o rendimento e eficiência dos serviços
aplicáveis, manter atualizado o ficheiro confidencial de todo o pessoal que exerce atividade no
serviço e fomentar a cooperação e boa relação entre todos os profissionais e o Enfermeiro
Chefe é Abel Mendonça Viveiros, competindo-lhe assim as funções de coordenar tecnicamente
a atividade de enfermagem no seu serviço, zelando pela qualidade do serviço, principalmente
colaborando na preparação de planos de ação e respetivos relatórios do serviço, de forma a
promover a utilização otimizada dos recursos; incrementar métodos de trabalho que
favoreçam um melhor nível de desempenho dos enfermeiros e promover a divulgação da
informação com interesse para os profissionais (Serviço de Saúde da RAM, EPERAM , s.d.).
Fazem ainda parte, uma assistente administrativa, Rubina Vieira, e também atuam
diversos profissionais de quase todas as outras especialidades.

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6. PAPEL DO TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE NA MEDICINA


INTENSIVA
O técnico auxiliar de saúde é um profissional que colabora em todas as áreas
hospitalares, na Medicina Intensiva, este exerce basicamente a mesma função de qualquer
outra área, porém como os doentes em UCI são extremamente suscetíveis a infeções e têm
sistemas imunodeprimidos, o papel deste torna-se mais fundamental ainda, sendo necessária
uma mais cuidada e frequente desinfeção dos espaços e materiais.
Alistadas abaixo estarão as tarefas de um TAS:
 “Auxiliar o enfermeiro na prestação de cuidados de eliminação, nos cuidados
de higiene e conforto ao utente e na realização de tratamentos a feridas e
úlceras;
 Auxiliar nas tarefas de alimentação e hidratação do utente, nomeadamente na
preparação de refeições ligeiras ou suplementos alimentares e no
acompanhamento durante as refeições;
 Auxiliar na transferência, posicionamento e transporte do utente, que
necessita de ajuda total ou parcial, de acordo com orientações do profissional
de saúde;
 Auxiliar nos cuidados post-mortem, de acordo com orientações do profissional
de saúde.
 Assegurar a recolha, transporte, triagem e acondicionamento de roupa da
unidade do utente, de acordo com normas e ou procedimentos definidos;
 Efectuar a limpeza e higienização das instalações/superfícies da unidade do
utente, e de outros espaços específicos, de acordo com normas e ou
procedimentos definidos;
 Efectuar a lavagem e desinfecção de material hoteleiro, material clínico e
material de apoio clínico em local próprio, de acordo com normas e ou
procedimentos definidos;
 Assegurar o armazenamento e conservação adequada de material hoteleiro,
material de apoio clínico e clínico de acordo com normas e ou procedimentos
definidos;
 Efectuar a lavagem (manual e mecânica) e desinfecção química, em local
apropriado, de equipamentos do serviço, de acordo com normas e ou
procedimentos definidos;
 Recolher, lavar e acondicionar os materiais e equipamentos utilizados na
lavagem e desinfecção, de acordo com normas e ou procedimentos definidos,
para posterior recolha de serviço interna ou externa;
 Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos
hospitalares, garantindo o manuseamento e transporte adequado dos mesmos
de acordo com procedimentos definidos.
 Efectuar a manutenção preventiva e reposição de material e equipamentos;
 Efectuar o transporte de informação entre as diferentes unidades e serviços de
prestação de cuidados de saúde;
 Encaminhar os contactos telefónicos de acordo com normas e ou
procedimentos definidos;
 Encaminhar o utente, familiar e ou cuidador, de acordo com normas e ou
procedimentos definidos.” (Gonçalves, 2021)

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7. CONCLUSÃO
Através da realização deste trabalho foi-nos possível reter conhecimentos acerca das
dinâmicas de grupo dentro de uma estrutura organizacional, mais concretamente sobre a
Medicina Intensiva, ficando a saber que em saúde, todos os procedimentos em ambiente
hospitalar são realizados em grupo, sendo assim de grande importância adquirir competências
para promover um grupo eficaz, de forma que os resultados finais se mostrem mais
promissores, principalmente para os utentes. O trabalho em grupo torna as atividades mais
rápidas e produtivas, aproveitando os pontos fortes de cada elemento para alcançar o
objetivo.
De seguida vimos que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é responsável por liderar toda
a saúde em Portugal, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e diminuir
as desigualdades existentes na sociedade. Este Serviço divide-se em Conselho Nacional de
Saúde; Entidade Reguladora da Saúde (ERS); Administração Direta e Indireta e Setor Publico
Empresarial.
A Secretaria Regional da Saúde (SRS) tem como função gerir os serviços de saúde na
Região, e inclui três organismos: Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC, IP-RAM); Instituto de
Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM (AISAUDE, IP-RAM); e Serviço de Saúde da
Região Autónoma da Madeira, E.P.E. (SESARAM, E.P.E.). Nos dias de hoje, o Hospital Dr. Nélio
Mendonça faz parte do SESARAM, EPERAM juntando-se assim ao Hospital dos <marmeleiros, o
Hospital Dr. João de Almada, o Centro Dr. Agostinho Cardoso e os Centros de Saúde integrados
no Agrupamento de Centros de Saúde da RAM.
As primeiras unidades de cuidados intensivos (UCI) foram desenvolvidas face a uma
epidemia, tendo mais tarde evoluído para Serviço de Medicina Intensiva (SMI) que tem como
função a gestão do doente crítico à escala hospitalar, ou seja, fora das unidades de cuidados
intensivos. O único serviço público de Medicina Intensiva na Madeira situa-se no Hospital Dr.
Nélio Mendonça, integrando uma equipa multidisciplinar, com especialistas de quase todas as
áreas, de forma a prevenir, suportar e reverter falências com implicações vitais. Este serviço
assegura 24 horas por dia, todos os dias, assistência a todos os doentes admitidos na sala zero
e que circulam no perímetro hospitalar. Atualmente, existem 26 camas disponíveis neste
serviço, das quais 15 são novas face ao contexto pandémico atual. Verificámos ainda, que o
diretor clínico é o Dr. José Júlio Nóbrega que tem como função coordenar uma equipa
multidisciplinar, constituída por médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistente
administrativa, que trabalham em conjunto para prestar cuidados de qualidade aos doentes.
Para finalizar ressaltámos a importância de um técnico auxiliar de saúde nas UCI, dado
que os quadros clínicos dos utentes destas áreas são muito sensíveis a infeções por
microrganismos, logo para minimizar o máximo as IACS, torna-se claro que o TAS é um elo
fundamental da equipa multidisciplinar que integra a Medicina Intensiva.
Ao longo da execução deste trabalho fomos encontrando alguns impasses, mais
concretamente na organização do mesmo e a sua dimensão, visto que, este foi um trabalho
bastante extenso que exigiu imensa pesquisa, mas com uma boa dinâmica de grupo
conseguimos terminar o trabalho de forma tangível aos nossos objetivos.

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8. REFERÊNCIAS

Direção Regional de Informática. (s.d.). Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil. Obtido
de
https://www.madeira.gov.pt/srs/GovernoRegional/OGoverno/Secretarias/Structure/E
quipa

Garcia, C. P. (s.d.). Trabalho em equipa. Obtido de https://www.utad.pt/tutoria/wp-


content/uploads/sites/40/2017/docs/trabalho-em-equipa.pdf

Gonçalves, B. F. (19 de 06 de 2021). EPTPP . Obtido de Técnico Auxiliar de Saúde:


https://www.eptpporto.com/tecnico-auxiliar-de-saude/

Governo da Républica Portuguesa. (s.d.). Serviço Nacional de Saúde. Obtido de


https://www.sns.gov.pt/sns/servico-nacional-de-saude/

José Artur Paiva, A. F. (02 de 2017). Medicina Intensiva. Obtido de Rede Nacional de
Especialidade Hospitalar e de Referenciação: https://www.sns.gov.pt/wp-
content/uploads/2017/08/RNEHR-Medicina-Intensiva-Aprovada-10-agosto-2017.pdf
Porto Editora. (s.d.). Dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Obtido de grupo:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/grupo

Rodrigues, A. S. (2004). "A definição do conceito de grupo e suas implicações no funcionamento


do sistema. O caso das Equipas Cirúrgicas”. Obtido de https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/22788/2/29879.pdf

Serviço de Saúde da RAM, EPERAM . (s.d.). SESARAM EPERAM. Obtido de Serviço de Saúde da
Ram EPERAM: https://www.sesaram.pt/portal/

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