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(ano), Luiz Felipe de Alencastro (ano) e Robson Roberto Silva (ano), vamos fazer
uma contextualização sobre o lugar dos escravos e a importância das mulheres
amas de leite na sociedade brasileira do séc. XIX. Segundo os autores
mencionados as amas de leite representam uma figura capaz de criar ou moldar
parte do que hoje conhecemos como cultura brasileira ou do Brasil. Segundo a
obra de Gilberto Freyre (ano) em Casa Grande E Senzala, os negros sobretudo
as mulheres amas de leite tiveram uma influência positiva no relacionamento
com os bebês brancos que eram amamentados por elas em um princípio;
porquanto depois do período de lactância podiam chegar a cuidar deles. Como
podemos ler em duas citas o autor menciona um impacto que tiveram sobre a
linguagem: o autor (ano: 414) assinala que a linguagem infantil se amoleceu com
o contato entre a mãe-preta e o menino; já que no português há palavras duras
ou acres. Mas não só pela boca do africano se amoleceu a linguagem, o clima
da região também afetou nisso, dado que o clima era em américa tropical e
subtropical. Na segunda cita (ano: 415) onde a união ou aliança entre estas
mulheres (Amas de leite /mucamas/ etc.) com as crianças da casa grande criou
um português diverso; não só na fala se não também da gramática. Cosa que os
jesuítas não conseguiram fazer com os meninos índios.
Assim, o português mudou pela influência dos africanos, mas os senhores
ou capelães do engenho com os padres-mestres se opuseram querendo que se
utilizasse ou fala-se um português quase de estufa; pero era em vão.
Para fechar esta pequena contextualização da linguagem influenciada
pelo africano, Freyre (ano: 416) na qual descreve a união ou convivência pacífica
de todos os moradores da casa grande, todo isto ocorreu pela unificação da
linguajem em um só?
Mesmo a língua falada conservou-se
por algum tempo dividida em duas: uma, das
casas-grandes; outra, das senzalas. Mas a
aliança da ama negra com o menino branco,
da mucama com a sinhá-moça, do
sinhozinho com o moleque acabou com essa
dualidade. Não foi possível separar a cacos
de vidro de preconceitos puristas forças que
tão frequente e intimamente
confraternizavam.
Nos parágrafos apresentados com anterioridade, podemos ver uma das
influências ou contato entre a cultura africana das amas de leite com a família da
casa grande; porquanto não e tudo o que fizeram até o momento. Apresento esta
ideia porque as amas de leite ou mucamas não só formavam um laço afetivo
com as crianças, mas também com suas famílias; pois Freyre no capítulo 4
apresenta principalmente a todos os escravos como pertencentes a uma raça
inferior à branca e às mulheres como feiticeiras leva maridos.
Mas com o tempo a relação entre ambas mudou, e a preta por distintas
questões expostas no texto começou a amamentar o filho da dona; dando a ele
o amor que muitas vezes não conseguiu dar a seu próprio filho. Quando a negra
ou ama de leite passou o período de amamentado da criança e por outras
questões mais salientadas no texto se formou uma relação afetiva com a família
senhorial o que lhe permitiu sua liberdade à mulher negra; e passou a considerar-
se parte da família na qual trabalhava sendo escrava.