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ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA


GESTÃO DE POLÍTICA SOCIAL

CURSO: CST GESTÃO PÚBLICA


REFERÊNCIA: KAUCHAKJE, Samira. Gestão Pública de Serviços
Sociais. 3ª. Edição - Curitiba-IBPEX, 2013

MÓDULO A 2015 – FASE II

Nesta Rota de Aprendizagem destacamos a importância para seus estudos de


alguns temas diretamente relacionados ao contexto estudado nesta disciplina.
Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta
fase, e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente,
melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. É
importante ressaltar que os conteúdos abaixo apresentados foram abordados
pelos professores em suas aulas, por isso a dica é: veja e reveja as aulas
quantas vezes forem necessárias. Esse é apenas um material complementar!
Além do livro, os vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que
irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível.

Bons estudos!

Capítulo 1

De acordo com Kauchakje, a gestão de serviços sociais faz parte de uma


área mais abrangente – a gestão social. Esta, por sua vez, é responsável por
gerir ações sociais públicas para o atendimento de necessidades e demandas
dos cidadãos, no sentido de garantir seus direitos por meio de políticas,
programas, projetos e serviços sociais.

Assim, a gestão social trata da gestão de ações sociais públicas, que


podem ser realizadas tanto por órgãos do governo dos municípios, dos estados
ou da União quanto por organizações da sociedade civil. Portanto, a execução
dessas ações não é uma exclusividade do Estado.

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Sabe-se que a gestão social visa atender a necessidades e demandas


sociais advindas do crescimento populacional, da crescente urbanização das
cidades, da interação sócio-cultural entre os povos e outros fatores. Porém, há
uma diferença conceitual entre NECESSIDADES E DEMANDAS:

Necessidades: são próprias da condição humana, ou seja, os seres humanos


necessitam de alimento, abrigo, reprodução e saúde, além de liberdade e
autonomia.

Demandas: são formas de manifestações de necessidades e carências que são


produtos das relações sociais.

A gestão de ações públicas, segundo Kauchakje (2013), tem o sentido de


contribuir para consolidar direitos. A obra “Cidadania, classe social e status”
(Marshall, 1967) situa as dimensões dos direitos ao longo da história das
sociedades, que consolidaram o capitalismo e a estruturação do Estado de
Direito. Os direitos políticos são aqueles que se referem à liberdade de
associação a partidos e aos direitos eleitorais que foram consagrados no século
XIX.

Já os Direitos Sociais são, em sua grande parte, um legado da primeira metade


do século XX e caracterizam-se naqueles que estão voltados à coletividade
como a educação, a saúde, a habitação, o trabalho e alimentação.

Os Direitos são divididos em dimensões distintas, dentre eles podemos


citar os Direitos Civis, os Direitos políticos, os Direitos Sociais e os Novos
Direitos.

Podemos destacar ainda, os direitos contemporâneos ou de terceira e


quarta gerações que desde meados do século XX, fazem parte das demandas
dos denominados novos movimentos sociais. Definem-se como aqueles que
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fazem parte das demandas dos denominados novos movimentos sociais, que
lutam por questões referentes ao gênero, à faixa etária, às etnias, ao meio
ambiente, à diversidade e às diferenças culturais e identitárias, bem como à
participação e ao usufruto por parte de todos os estratos sociais do
desenvolvimento socioeconômico, entre outras.

A história da sociedade nos mostra que, ao longo do tempo, novos direitos


são conquistados e a sociedade adquire mais garantias, assim como, novas
padrões e valores. No entanto, esses direitos também podem sofrer
contestações e violações, caracterizando um processo dinâmico de conquistas
e transformações. Os principais atores na busca e formulação desses direitos
são os movimentos sociais, organizados em grupos ativistas, organizações não
governamentais (ONGs), redes sociais e etc.

Essa constante transformação e busca por melhoria das condições da


sociedade se reflete em ações sociais públicas que se traduzem em políticas
públicas, programas, projetos e serviços sociais.

Assim, de acordo com os estudos realizados, as leituras complementares


e as aulas disponibilizadas no roteiro de estudos, como podemos definir
“políticas públicas”? São os instrumentos de ação do governo, que são
desenvolvidos em programas, projetos e serviços nas áreas social, econômica,
tecnológica, ambiental, entre outras de interesse social ou público, ou seja,
qualificados pela supremacia do interesse público sobre o particular.

De toda forma, na área social, as políticas públicas são um desenho, uma


planificação de decisões que dizem respeito aos direitos garantidos em lei.

Capítulo 2

Os serviços sociais, assim como as políticas públicas às quais eles se


articulam, têm o objetivo de atender às demandas da população, e se
constituem, portanto, em serviços sociais que se caracterizam a tipos diferentes
de atendimento, conforme a quem se destinam, ou seja, existem serviços sociais
caracterizados pela UNIVERSALIDADE, porque são destinados a toda a
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população. Porém, há também aqueles caracterizados pela PRIORIZAÇÃO


SOCIAL, ou seja, que dão primazia ao atendimento a grupos sociais específicos.

Os grupos sociais, segundo Kauchakje (2013), podem ser definidos pelas


condições socioeconômicas (pobreza, por exemplo), pelo CICLO DA VIDA,
(idosos, crianças e adolescentes) ou por RECORTES CULTURAIS, podendo
ainda ser definidos por necessidades específicas, sexo e gênero (por exemplo:
negros, populações indígenas, pessoas com deficiência, mulher, etc.).

As demandas e carências quando estão atreladas às condições sociais,


representam situações de injustiça social geradas pela desigualdade. A
priorização dos programas e serviços voltados para esses casos tem a finalidade
de minimizar essas injustiças sociais e restabelecer algum tipo de equidade.

A questão social é o fator primordial gerador da vulnerabilidade e risco


social aos quais as populações, principalmente de baixa renda, são submetidas,
já que estes grupos sociais não têm satisfeitas suas necessidades básicas de
moradia, alimentação, saúde e educação.

As causas estruturais dessa injustiça social estão na contradição entre a


produção abundante de riquezas materiais e culturais e a sua acumulação em
territórios e classes sociais específicos.

O processo de urbanização brasileira, com altos índices de exclusão e


segregação urbanas, segundo Kauchakje (2013), é a causa mais comum das
situações de vulnerabilidade e risco à população. Até a década de 1970, a
exclusão e a segregação nas cidades tinham como fator multiplicador
aumentava esses problemas o fluxo migratório, que era direcionado às cidades
atrativas.

As cidades consideradas atrativas ou municípios polos são aquelas que


se tornam alvo de indivíduos e famílias, que vão em busca de trabalho e acesso
aos serviços e aos equipamentos sociais, como os de saúde e educação.

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Capítulo 3

A realização efetiva do conjunto de ações sociais públicas está


diretamente relacionada à consideração dos indicadores sociais pertencentes
aos temas mais importantes para a gestão pública, tais como: saúde, habitação,
educação e etc. Esses indicadores permitem aos gestores monitorar se os
programas, os projetos e os serviços estão, realmente, alcançando os objetivos
propostos.

Indicadores e informações sociais, segundo Kauchakje (2013), são


importantes no processo de gestão de serviços sociais destinados a atender
demandas e necessidades. Citamos, abaixo, as principais demandas e quais são
as informações mais importantes em cada uma delas a definição das prioridades
e dos serviços sociais mais adequados:

Para demandas relativas à deficiência, o mais adequado é buscar informações


sobre mulheres chefes de família, meninas de até 10 anos responsáveis por
atividades domésticas, violência contra mulheres sem cônjuge.

Para demandas relativas ao gênero e à pobreza, o mais adequado é buscar


informações sobre mulheres chefes de família, meninas de até 12 anos
responsáveis por atividades domésticas, violência contra mulheres sem cônjuge.

Para demandas relativas à pobreza, à etnia e/ou ao gênero são úteis


informações sobre características étnicas de mulheres chefes de família,
características étnicas de meninas de até 12 anos responsáveis por atividades
domésticas, características étnicas de mulheres vítimas de violência mulheres
sem cônjuges.

Para demandas relativas à pobreza são úteis informações sobre: pessoas com
renda abaixo da linha da pobreza; pessoas com 50% ou mais de renda composta
por programas de transferência monetária; oferta e acesso aos serviços sociais
públicos.

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Para demandas relativas à saúde são úteis informações sobre esperança de vida
ao nascer; segurança pública, alimentação e nutrição, oferta de serviços de
saúde, assistência social e saneamento.

Capítulo 4

A maioria dos agrupamentos sociais protege seus membros fragilizados


por condições sociais ou pessoais, embora seja recorrente no estudo das
sociedades, casos de abandono e assassinato daquelas pessoas com
deficiência por não se adequarem aos “padrões” de sobrevivência e às crenças
de determinadas instituições. Nestes casos, nas sociedades ocidentais da Idade
Média, além da família e da vizinhança, as pessoas podiam contar com as ações
da Igreja e com o contrato com o seu senhor feudal que, em troca de fidelidade
e servidão, deveria exercer algum tipo de proteção aos servos.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo


e produzia o que consumia. “Com a Revolução Industrial, ocorreu o aumento e
a concentração do Pauperismo nas cidades devido à expulsão dos trabalhadores
do campo e à substituição do trabalho artesanal pelo uso das máquinas e pelas
manufaturas.” (KAUCHAKJE, 2013, p. 65)

A concentração da população das cidades trouxe consequências


imediatas, entre as quais, podemos citar a perda dos laços de pertencimento e
de proteção (familiares, vizinhança) e a subtração das condições de
sobrevivência de um grande contingente de pessoas que, até então, tinham
somente a sua força de trabalho para vender.

É preciso salientar que outra consequência grave foi o aparecimento da


mendicância, única alternativa daqueles indivíduos que não se submeteram às
condições e ao árduo ambiente das fábricas.

A gestão social deve ser entendida como gestão de ações sociais públicas
e não como uma ação de caridade ou de ajuda humanitária, mas sim como uma
forma de assegurar aos cidadãos o acesso aos seus direitos fundamentais.
Nesse sentido, as ações de política social têm o caráter de pacto político,
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portanto, a gestão pública de serviços sociais está vinculada à solidariedade


política.

Capítulo 5

As políticas públicas fazem parte de um conjunto de ações governamentais


que afetam toda a sociedade na medida em que estabelecem diretrizes e
decisões para as áreas social, de infraestrutura, ambiental e econômica, entre
outras. Desta forma, as políticas públicas são instrumentos de ação do governo
que devem ter como características:

 a fixação de metas, diretrizes ou planos governamentais;


 a distribuição dos bens públicos;
 a transferência dos bens desmercadorizados;
 a busca do interesse público
 o embasamento para a legitimação do Estado.

Os objetivos de uma política pública são estabelecidos pela lei que


também normatiza os instrumentos institucionais que serão usados na
realização dessa política pública, assim como, estabelece as condições de
implementação, direcionando quais serão os programas, projetos e serviços
sociais utilizados.

Assim, uma política pública pode ser financiada por recursos federais,
estaduais e/ou municipais. Os programas e serviços previstos nessa política e
que são desenvolvidos pelos órgãos de Estado ou pelas entidades sociais
privadas com fins públicos podem ter recursos acrescidos, provenientes de
doações de pessoas físicas, jurídicas nacionais ou estrangeiras e de
organizações sociais nacionais ou internacionais.

As políticas públicas são competência do Estado, no entanto, recebem


influência da sociedade civil que conquistou o seu direito de participar da
formulação, do acompanhamento e da fiscalização dessas políticas. Para o
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estabelecimento de uma política pública, geralmente, segue-se um ciclo que, por


sua vez, se divide em etapas que vão desde a inclusão da demanda na arena
pública, passando pelo planejamento e pela execução, até o processo de
avaliação e reformulação diante de novas demandas identificadas.

Capítulo 6

A participação social está relacionada à sociedade civil organizada da


qual podemos citar como exemplo os movimentos sociais, os fóruns e as ONGs.
São várias as inovações democráticas introduzidas pela Constituição Federal
brasileira de 1988 que traduzem em mecanismos de espaço de participação
social. Podemos destacar alguns desses mecanismos de participação social
existentes no Brasil tais como: Conselho, inciativa popular, audiência pública,
plebiscito, referendo, orçamento participativo, conferência de políticas,
organização não governamental (ONG), fórum, movimento social.

Os CONSELHOS de políticas públicas são espaços de participação social


na formulação e implementação das políticas públicas municipais, estaduais e
nacionais, por meio de representantes da sociedade civil e do governo.

Em uma democracia, um dos instrumentos mais importantes de


participação dos cidadãos na vida política é, com certeza, o Projeto de Lei de
Iniciativa Popular, através do qual eles podem atuar publicamente na criação das
normas que os regem. É um mecanismo simples, que permite a qualquer um
propor mudanças no funcionamento da estrutura sócio-política do país.

Foi assim que nasceu, por exemplo, o famoso projeto da Ficha Limpa,
uma iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral cuja ideia
principal é a de impedir que políticos envolvidos com a Justiça pudessem
alimentar futuras candidaturas. Seus membros percorreram o caminho que todos
os interessados em fomentar uma transformação nas engrenagens normativas
devem caminhar.

Portanto, a INICIATIVA POPULAR é um dispositivo que permite à


população propor leis a serem apresentadas ao Legislativo para que este possa
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aprová-las, modificá-las ou rejeitá-las. Já a AUDIÊNCIA PÚBLICA é um


mecanismo de publicizacão e transparência dos atos do Estado, assim como,
um meio da sociedade civil exercer o controle social.

O PLEBISCITO, por sua vez, é um instrumento de deliberação popular


(por aprovação ou rejeição – sim/não) antes que um ato governamental, lei ou
alteração nesta, sejam efetuados. Enquanto que o REFERENDO, embora
também seja uma prática que permite a manifestação e a deliberação popular,
por ratificação ou rejeição, sobre um tema de interesse público, é implementado
após a instituição ou alteração de uma lei ou de um ato governamental de outra
ordem.

O Orçamento Participativo é, como o próprio nome já diz, a forma de


participação em que a população discute com representantes do governo os
investimentos em obras e serviços públicos.

As conferências públicas, outro instrumento importante dentro da


democracia representativa, acontecem em âmbito municipal, estadual e federal
e se constituem em espaços participativos que reúnem governo e sociedade civil
organizada tendo como objetivos principais: avaliar os encaminhamentos
anteriores da política específica e traçar diretrizes e metas que subsidiem o
planejamento da política para o próximo período da gestão de políticas públicas.

Capítulo 7

Os modelos de gestão, de acordo Kauchakje (2013), perpassam a política


brasileira como tendências que se entrecruzam e predominam em momentos
históricos diferentes. Nos órgãos governamentais e não governamentais, é
possível identificar uma mistura de elementos de alguns tipos de gestão social,
tais como: Gestão particularista - patrimonial, gestão tecnoburocrática, gestão
gerencial, gestão participativa-societal e gestão em rede.

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Dentre essas modalidades de gestão pública de serviços sociais, há


algumas que podem contribuir para a igualdade e a democratização na vida
social e política, são elas a Gestão democrático-participativa, a gestão em rede
e a gestão gerencial.

O processo de gestão participativa-societal reforça a relação entre os


direitos e o sentido público de decisões e de utilização dos recursos, sendo
assim, as prioridades de uma GESTÃO DEMOCRÁTICO-PARTICIPATIVA são
as demandas das classes populares, fortalecimento das ações públicas estatais
e, também, da participação social.

Para a superação do trabalho setorizado e paralelo, a gestão em rede


aborda as políticas – econômica, habitacional, de saúde, cultural, assistencial,
etc. – de forma articulada. Além disso, organiza parcerias entre órgãos e atores
sociais do Estado, ONGs, igrejas, empresas e outras organizações da sociedade
civil local e internacional.

A articulação de vários atores sociais envolvidos no processo de gestão,


segundo Kauchakje (2013), pode formar redes sociais. Para identificar os tipos
de redes, a autora sugere a classificação idealizada por ela e por Delazari e
Penna Netto em 2005, a saber: Rede de pertencimento, rede de equipamento e
serviços coletivos, rede movimentalista e rede de políticas públicas.

Capítulo 8

O projeto social é uma tecnologia social e um processo de ação coletiva,


de iniciativa estatal ou da sociedade civil, que tem como objetivo modificar uma
realidade social instituída, por meio de intervenções e do provimento de serviços
sociais. O desenvolvimento de um projeto social passa por três grandes etapas:
PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.
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Com base na consideração da necessidade social em relação ao tempo


de prestação ou à oferta de atendimento, os programas, os projetos e os serviços
sociais são agrupados e classificados como de prevenção, de proteção e de
promoção social.

Os projetos de prevenção têm o objetivo de evitar situações de risco e


vulnerabilidade, a fim de minimizar a necessidade de ações corretivas e, muitas
vezes, paliativas em relação à segurança pública, moradia, saúde e etc. Sendo
assim, esses projetos sociais e/ou programas monitoram as situações geradoras
de vulnerabilidade e risco social, educacional, de saúde e outras.

Os programas, os projetos e os serviços sociais são agrupados de acordo


com seus objetivos gerais. Responda, de acordo com a classificação de
Poschmann essas classificações são nomeadas de: emergenciais,
redistributivas, de construção de autonomia e de desenvolvimento social.

Os projetos sociais emergenciais, de acordo com a classificação acima


citada, têm por objetivo atender prontamente a indivíduos ou grupos que passam
por situações de risco pessoal e social ocasionadas pela violação de direitos
(vinculada à negligência, ao abandono e à violência), ou ainda, por fatores
naturais.

Já os programas redistributivos são aqueles que objetivam a distribuição


indireta de bens e recursos socioeconômicos pela mediação das políticas
sociais, entre eles incluem-se formas de transferência de renda (como
transferência monetária direta ou de bens e serviços); benefícios diversos e
ações públicas como caráter de priorização social.

As ações de responsabilidade social realizadas pelas ONGs


(organizações não governamentais) em um quadro de políticas públicas que não
consegue suprir todas os direitos dos cidadãos minimiza as disparidades sociais.
Desta forma, a importância das ONGs reside tanto em sua contribuição para
minimizar, amenizar expressões da questão social, como, e sobretudo, na sua

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participação para fortalecer e legitimar as ações sociais públicas do Estado


voltado para as seguranças sociais e a garantia dos direitos.

Entre as principais organizações que operam em atividades sociais de


interesse público estão o Estado, as empresas com responsabilidade social e as
ONGs. As empresas com responsabilidade social e as ONGs são classificadas
em MOVIMENTALISTAS, FILANTRÓPICAS E EMPRESARIAIS.

Porém, nem todas as organizações sem fins lucrativos são reconhecidas


como ONGs. Clubes esportivos, igrejas e sindicados estão entre elas. Porém,
todas elas, inclusive as ONGs são uma associação ou uma fundação. As ONGs
propriamente ditas são definidas como instituições de direito privado, sem fins
lucrativos, autônomas em relação ao Estado, mas cujas atividades são de
interesse público.

As ONGs empresariais se diferenciam juridicamente das empresas que


as fundaram e as sustentam, pois estas geralmente possuem fins lucrativos e,
mesmo quando isso não ocorre, seu foco são as atividades de interesse privado.
Há que se destacar que algumas empresas realizam ações de responsabilidade
social, desenvolvendo ações sociais – não públicas.

De acordo com Kauchakje (2013), o conjunto das organizações que


desenvolvem atividades sociais de interesse público ou de responsabilidade
social está dividido em 03 tipos: as organizações do Primeiro Setor (o Estado),
do Segundo Setor (as empresas), e do Terceiro Setor (as ONGs e Oscips).

É sabido que as organizações do Terceiro Setor- ONGs e Oscips –


recebem recursos públicos e têm suas atividades regulamentadas e
reconhecidas como de interesse público pelo Estado. Existem dois tipos de
recursos captados por estas organizações: os recursos indiretos e diretos do
Poder Público.

Os RECURSOS DIRETOS advêm de convênios, termo de parceria e


contratos e os RECURSOS INDIRETOS são captados mediante isenções e
incentivos tributários.

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Para rever os conteúdos ministrados na disciplina e melhor se preparar para as


avaliações, acesse as vídeoaulas, assim como, o material de apoio, ambos
disponíveis na rota de aprendizagem.

Profa. Tânia Agostinho

Maio/2015

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