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considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de
produção.

Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no


exercício de sua actividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de trabalho.
Por exemplo, se operador de um banho de decapagem se queima com ácido ao encher a tina
do banho ácido isso é um acidente do trabalho (AEP, 2007).

2.3. Métodos de avaliação quantitativa


São métodos que visam obter uma resposta numérica da magnitude do risco, pelo que, o
cálculo da probabilidade faz recurso a técnicas sofisticadas de cálculo que integram dados
sobre o comportamento das variáveis em análise.
A quantificação da gravidade recorre a modelos matemáticos de consequências, de forma a
simular o campo de um dado agente agressivo e o cálculo da capacidade agressiva em cada
um dos pontos desse campo, estimando então os dados esperados (Roxo, 2006).

Ainda segundo este autor, a avaliação quantitativa de riscos pode apresentar-se bastante
onerosa e implicar a necessidade de dispor de bases de dados experimentais ou históricos
com adequada fiabilidade e representatividade.

Na avaliação quantitativa, verifica-se através de um processo de cálculo matemático a


atribuição de valores quantificados às probabilidades de ocorrência dos eventos. Estes
métodos variam de acordo com as suas áreas de actividade.

2.3.1. Objectivos de métodos quantitativos


O objectivo das avaliações de risco quantitativas é tentar calcular valores numéricos
objectivos para cada um dos componentes colectados durante as fases de análise de
custo/benefício e de avaliação de risco.
Por exemplo, a quantificação da gravidade usa modelos matemáticos de consequências.
Contudo, estas técnicas podem ser complexas, trabalhosas e dispendiosas (além de exigirem
dados prévios fiáveis e representativos).
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Elas quantificam o risco através da probabilidade de ocorrência e respectiva valoração, por


vezes também estimando os danos esperados. Neste caso podem ser citados as “árvores
lógicas”, método de Gretener e método simplificado de avaliação de Risco de Incêndio.

2.3.2. Características dos métodos quantitativos


 Colecta de dados confiáveis e precisos: Como os dados são colectados, analisados e
apresentados em números, os resultados obtidos serão extremamente confiáveis, a
realidade é que os números não mentem.

 Os números sempre apresentam uma imagem honesta de uma investigação realizada


sem discrepâncias. Também vale a pena mencionar que são extremamente precisos.
Em situações em que um pesquisador prevê um conflito, é muito comum realizar
pesquisas quantitativas.

 Colecta de dados rápida: A velocidade é outra característica da pesquisa quantitativa


que geralmente é realizada com um grupo que representa uma população, chamada
amostra representativa.
2.4. Modalidade de serviços
De acordo com a Lei nº 102/2009 Serviços da segurança e da saúde no trabalho diz respeito
há :
Secção I - Organização dos serviços da segurança e da saúde no trabalho, Artigo 74.º -
Modalidades dos serviços
1 - Na organização do serviço de segurança e saúde no trabalho, o empregador pode
adoptar, sem prejuízo do disposto no número seguinte, uma das seguintes modalidades:
a) Serviço interno;
b) Serviço comum;
c) Serviço externo.
2 - Se na empresa ou no estabelecimento não houver meios suficientes para desenvolver
as actividades integradas no funcionamento do serviço de segurança e de saúde no trabalho
por parte do serviço interno ou estando em causa o regime definido no artigo 81.º, deve o
empregador utilizar serviço comum ou externo ou, ainda, técnicos qualificados em número
suficiente para assegurar no todo ou em parte o desenvolvimento daquelas actividades.
3 - O empregador pode adoptar diferentes modalidades de organização em cada
estabelecimento.
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4 - As actividades de segurança podem ser organizadas separadamente das da saúde,


observando-se, relativamente a cada uma delas, o disposto no número anterior.
2.4.1. Modalidades e formas de prestação do serviço público
Centralização: é a prestação de serviços directamente pela pessoa política prevista
constitucionalmente, sem delegação a outras pessoas. Diz-se que a actividade do Estado é
centralizada quando ele atua directamente, por meio de seus órgãos.

Obs.: Órgãos são simples repartições interiores da pessoa do Estado, e, por isso, dele não se
distinguem. São meros feixes de atribuições - não têm responsabilidade jurídica própria –
toda a sua actuação é imputada às pessoas a que pertencem. São divisões da Pessoa Jurídica.

Se os serviços estão sendo prestados pelas Pessoas Políticas constitucionalmente


competentes, estará havendo centralização.

Descentralização: é a transferência de execução do serviço ou da titularidade do serviço para


outra pessoa, quer seja de direito público ou de direito privado.

São entidades descentralizadas de direito público: Autarquias e Fundações Públicas Empresas


Públicas, Sociedades de Economia Mista. Pode, inclusive, a execução do serviço ser
transferida para entidades que não estejam integradas à Administração Pública, como:
Concessionárias de Serviços Públicos e Permissionárias.

A descentralização, mesmo que seja para entidades particulares, não retira o carácter público
do serviço, apenas transfere a execução.

2.5. Medidas de Controlo e Prevenção de Riscos


Relativamente à determinação de medidas de redução e controlo dos riscos, deverá, por regra,
atender-se aos princípios gerais de prevenção e, em particular, ter em consideração as
seguintes medidas (Barata, 2013):
1. Eliminar o risco: Esta é a medida mais eficaz e poderá envolver:
 Selecionar um processo distinto;
 Modificar um processo existente;

Substituição de substâncias perigosas por substâncias menos perigosas;


Modificar ou substituir equipamentos ou ferramentas de trabalho.
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2. Controlar o risco: Se o risco não pode ser eliminado, pode ser controlado, utilizando
sistemas de confinamento, resguardos, barreiras ou outros dispositivos semelhantes ou
implementando ventilação.

3. Rever procedimentos de trabalho: Pode considerar-se a modificação de determinadas


etapas do processo que comportem um grau de risco superior, retirando ou adicionando
passos e levando-os a cabo de forma distinta.

4. Reduzir a exposição: Estas medidas são as menos efetivas e devem apenas ser utilizadas
quando outras soluções não sejam possíveis de se implementar. Estas medidas incluem a
utilização de EPI. Há ainda que referir que uma vez concluída a avaliação de riscos, os
resultados da mesma devem ser comunicados aos trabalhadores que, por norma, executam a
tarefa analisada (ou que possam vir a executar).

2.5.1. Medidas de prevenção de riscos laborais


Entende-se por Medidas de Prevenção os Procedimentos de Prevenção e o Plano de
Prevenção, sendo o que os primeiros são exigíveis em edifícios de menor categoria de risco
de incêndio e o Plano de prevenção é obrigatório para edifícios com categoria de risco mais
agravada. (OLIVEIRA, 2008)

Medidas de prevenção contra os riscos laborais inerente a segurança no trabalho:

 Auditoria de posto de trabalho e Avaliação de posto de trabalho;


 Identificação de perigo e avaliação de riscos;
 Avaliações instrumentais e Medidas de auto proteção;
 Plano de sinalização, Formação e Simulacros;
 Manuais de boas práticas e Manuais de procedimento.

2.5.2. Ações preventivas de riscos laborais


Ações preventivas são medidas tomadas para eliminar a(s) causa(s)-raiz de não
conformidades, acidentes ou incidentes identificados, a fim de prevenir sua repetição.
Exemplos de elementos a serem considerados ao se estabelecer e manter procedimentos para
acção preventiva incluem: (OLIVEIRA, 2008)

2.5.2.1. Ações de Manutenção Preventiva


Para Barata (2013), as ações de manutenção preventiva devem ser:
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1. Inspeção – é uma forma simples de aplicação da manutenção preventiva, pode ser


realizada pelo pessoal envolvido na manutenção ou até mesmo pelo próprio operador da
máquina. É uma parte importante, que utiliza os sentidos humanos – visão, tato, olfato e
audição, dando resultados rápidos e eficazes.

2. Baseada no tempo – tem como objectivo substituir, ou restaurar, em intervalos


determinados, peças e componentes que têm tendência a falhar à medida que envelhecem.
Uma vez que seu limite de tempo foi atingido, essas ações são executadas independentes do
estado que a peça se encontre no dia da troca. Lembrando que as ações baseadas no tempo só
serão eficazes quando existir uma relação entre a idade do componente ou peça e sua
probabilidade de falha.

3. Baseada na condição – estas ações preventivas são tomadas com base nos resultados de
inspeções periódicas, e delas é feito um acompanhamento e tiradas conclusões que iram
detetar sinais de falhas e anomalias em peças e componentes de todas as máquinas e
equipamentos do local. Assim, as falhas podem ser monitoradas, permitindo agir antes que
elas aconteçam.

2.6. Mapa de risco


Para Bitencourt, Quelhas e Lima (1999), o mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos
de acidentes nos locais de trabalho, mesmo que, neste local, não haja processo produtivo.
Essa representação tem como propósito ser sempre afixada em locais de fácil visualização,
alertando tanto os trabalhadores da empresa como as pessoas que não pertençam ao quadro da
mesma, que ali transitam, sobre os riscos inerentes a este local.
2.6.1. Elaboração de um mapa de risco
Para Bitencourt, Quelhas e Lima (1999), após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir o
órgão em setores ou pavimentos; geralmente isso corresponde às diferentes seções do órgão.
Essa divisão facilitará a identificação dos riscos de acidentes de trabalho. Em seguida o grupo
deverá percorrer as áreas a serem mapeadas com lápis e papel na mão, ouvindo as pessoas
acerca de situações de riscos de acidentes de trabalho.

 Cada empresa precisa de um Mapa de Risco adequado para seu segmento, mas alguns
itens são comuns a todas, como esses: Reunir informações suficientes para o
estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do
estabelecimento;
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 Possibilitar a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores e estimular sua


participação nas atividades de prevenção;
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;
 Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e
saúde, jornada de trabalho, os instrumentos e materiais de trabalho, as atividades
exercidas e o ambiente;
 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia, entre elas: medidas de
proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e
conforto;

2.7. Estrutura Organizacional


Uma organização é um conjunto de recursos (humanos, financeiros e materiais), que busca
realizar um mesmo objectivo (Maximiano, 2006). Galbraith (1977) define organização como
composição de pessoas com a finalidade de alcançar algum propósito compartilhado através
da divisão do trabalho.

Para organizar o trabalho é necessário estabelecer uma rede de relações entre indivíduos ou
grupos de indivíduos, de forma que seus trabalhos sejam coordenados e coerentes com a
tarefa final, num mecanismo de coordenação identificada como estrutura organizacional.
A estrutura organizacional é o conjunto de responsabilidades, autoridades, comunicações e
decisões de uma empresa. É a forma como as actividades estão divididas e organizadas. A
estrutura está directamente ligada a estratégia.

Inclui aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e económicos. A


estrutura organizacional pode ser definida também pela soma total das formas em que ela
divide o trabalho em tarefas distintas e alcança a coordenação entre elas.

Para Mintzberg (1979), à medida que o trabalho organizacional fica mais complicado, a
forma de coordenação favorecida parece mudar do ajustamento mútuo para supervisão
directa, e desta para a padronização, preferencialmente do processo de trabalho, outras vezes
de saídas ou habilidades, finalmente retornando ao ajustamento mútuo.
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2.7.1. Factores Condicionantes da Estrutura


As estruturas organizacionais, assim como a divisão do trabalho, as formas de coordenação,
formalização e descentralização, variam de acordo com o que Mintzberg (1995) denomina
factores situacionais: ambiente, tamanho da organização, tecnologia ou processos produtivos
utilizados. Vasconcellos (1972) propõe um modelo no qual o conjunto de variáveis
condicionantes da estrutura organizacional é composto por cinco factores: humano,
tecnológico, ecológico, estrutura e objectivos organizacionais.
O grau de diversificação de produtos e clientes, ênfase nos planos e objectivos e alocação de
recursos, são os factores que influenciam a estrutura (Maximiano, 1986); os factores:
humano, ambiente externo, sistema de objectivos e estratégias e tecnologia são, para Oliveira
(2000), os que condicionam o estabelecimento da estrutura organizacional.

Em estudo clássico, Robbins (2002) afirma que a estrutura organizacional define como as
tarefas são formalmente distribuídas, agrupadas e coordenadas e que as organizações
possuem
estruturas diferentes, e estas têm impacto sobre as atitudes e comportamentos de seus
funcionários. Em sua opinião, as principais causas determinantes da estrutura organizacional
são a estratégia, o tamanho da organização, a tecnologia e o ambiente.

2.7.2. Tipos de Estruturas Organizacionais


A forma como os indivíduos estão ligados, individualmente ou em grupos, seja formal ou
informalmente, determina o que se chama de arranjo ou estrutura organizacional. As
Estruturas organizacionais influenciam na divisão do trabalho, especialização, hierarquia,
comunicação e tomada de decisões (Child,1977). A estrutura adoptada tem forte influência
sobre o comportamento dos funcionários. Há cerca de sete (7) arranjos de estrutura
organizacional: Estrutura em linha (linear), Estrutura funcional, Estrutura Linha-staff,
Estrutura por projecto, Estrutura matricial, Estrutura divisional e Estrutura em rede.

2.8. Sucessos
Nas aulas de prática técnico profissional tive uma boa síntese no contexto da criança das
empresas como também elaborar as supostas missão, visão como também o objectivo de
existência de uma empresa.
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A socialização do docente foi umas das estratégicas de fazer com que as matérias fossem bem
recebidas apesar que foi virtualmente.
O método escolhido pelo docente no que diz respeito a compartilhamentos dos trabalhos
dados pelo docente ajudaram bastante para ter noção do objetivo desta disciplina que também
foi de imensa apreciação.

2.9. Constrangimentos
De antemão salientar que com essa malacia que se faz sentir em todo mundo nas unidades
sanitárias ou seja a pandemia de corana vírus foi um dos maiores obstáculos que tivemos para
podermos aprender e trocar de experiencia entre o docente para o estudante e vice-versa.
A respetiva disciplina só foi possível compartilhar-se informações didáticos no modo virtual
que foi muito difícil pois a falta de pratica no uso das tecnologias de informação influenciou
na retardação das actividades nessa disciplina de pratica técnico profissional III.

3. Conclusão: Elementos pós textuais


Neste presente relatório costatei que relatório é um conjunto de informações utilizado para
reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto,
ação, pesquisa, ou outro evento que esteja acabado ou em andamento.

Pode ser oral ou por escrito. e a partir dos tópicos destacado no relatório constatei que As
fichas diárias são onde são elaboradas em todas as aulas em que devia-se escrever o que fiz
hoje; o que aprendi hoje e as observações.

A pesquisa é a atividade nuclear da Ciência. Ela possibilita uma aproximação e um


entendimento da realidade a investigar. A pesquisa é um processo permanentemente
inacabado; e que existe uma variedade quando se trata acerca dos tipos de pesquisa, a saber:
Quanto a abordagem; Quanto à natureza; Quanto aos objectivos; Quanto aos procedimentos.

Técnicas de recolha de dados é o conjunto de processos e instrumentos elaborados para


garantir os registos das informações, o controlo e analise de dados salientados, desta forma a
ambiguidade e a inconsistência na distinção entre as técnicas e instrumentos
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3.1. Bibliografias

1. LAKARTOS, E. Maria e MARCONI M. De Andrade. Metodologia do trabalho


científico. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1992;
2. OLIVEIRA, Leonardo, introdução a metodologia de investigação científica, 4ª
edição, atlas. São Paulo 1997;
3. Duguid, Paul; Brown, J. S. (2001). Estrutura e espontaneidade: conhecimento e
4. organização. In: FLEURY, Maria Tereza Leme, OLIVEIRA Jr.; Moacir de Miranda
(Org.). Gestão estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento
e competências. São Paulo: Atlas.
5. Lei nº 102/2009 de 10-09-2009, CAPÍTULO VI - Serviços da segurança e da saúde
no trabalho.
6. FREITAS, L.C. Manual de Segurança e Saúde do Trabalho. Edições Sílabo. Lisboa,
1. 2009;

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