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IEFP – Centro de Formação de Ranholas, SHST – Segurança Higiene e Saúde no Trabalho

Formação VA-SHST 19 – 150 horas


Início da formação em 26.6.2014 e termo a 4.9.2014

SHST
SAUDE, HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Coordenadora da Formação: Ana Cavaco


Telefone...............................: 21 910 86 10
Atendimento.......................: 3ª e 5ª feiras das 14 às 17 horas
Formadora: Eugénia Lucas
Mail......................................: eugeniamdlucas@gmail.com

Módulos do Programa

1º Módulo – Fundamentos de Segurança no Trabalho (25 horas)


2º Módulo – Fundamentos de Higiene no Trabalho (25 Horas)
3º Módulo – Segurança no Trabalho, Avaliação e Controlo de Riscos (50 Horas)
4º Módulo – Implementação de Projeto de Higiene (SHT) (50 Horas)

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INDÍCE

- Legislação...................................................................................................................... 4
- Porque é que acontecem acidentes?............................................................................ 5
- Prevenção................................................................................................................... 10
- Formação e informação............................................................................................... 11
- Sinalização de segurança............................................................................................. 16
- Sinais de perigo............................................................................................................ 19
- Sinais de proibição....................................................................................................... 23
- Sinais de obrigação...................................................................................................... 26
- Sinais de emergência e combate a incêndio............................................................... 30
- Sinais de emergência................................................................................................... 31
- Sinalização de combate a incêndio.............................................................................. 33
- Sinalização das vias de segurança............................................................................... 35
- Sinais acústicos............................................................................................................ 37
- Sinalização verbal........................................................................................................ 38
- EPC – Equipamento proteção coletivo........................................................................ 39
- EPI – Equipamento proteção individual....................................................................... 42
- Principais tipos de proteção individual........................................................................ 43
- Identificação de produtos químicos............................................................................ 48
- Fichas de segurança..................................................................................................... 53
- Classificação de filtros................................................................................................. 55
- Riscos ergonómicos..................................................................................................... 56
- Riscos psicossociais..................................................................................................... 60
- Riscos de incêndio....................................................................................................... 61
- Trabalhos especialmente perigosos (Queda em altura)............................................. 65
- Equipamentos de proteção coletiva........................................................................... 66
- Trabalhos de escavação.............................................................................................. 71
- Espaço confinado........................................................................................................ 73
- Princípios e domínios da higiene no trabalho............................................................. 75
- Concentração de um toxico........................................................................................ 78
- Efeitos fisiológicos de um toxico................................................................................. 83
- Principais riscos profissionais...................................................................................... 87
- Riscos físicos............................................................................................................... 90
- Ambiente térmico....................................................................................................... 91
- Iluminação.................................................................................................................. 94
- Radiação..................................................................................................................... 98
- Ruido.......................................................................................................................... 101
- Vibrações................................................................................................................... 110
- Químicos.................................................................................................................... 114
- Risco de incêndio ou explosão.................................................................................. 127
- Riscos elétricos.......................................................................................................... 128
- Riscos mecânicos....................................................................................................... 132
- Riscos ergonómicos.................................................................................................. 142
- Riscos psicossociais (interação)................................................................................ 148

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- Procedimentos de calibração dos instrumentos de medição.................................. 157


- Efeitos resultantes de exposições combinadas a vários fatores de risco................. 164
- MARAT – Método de avaliação de riscos de acidentes de trabalho........................ 165
- Avaliação de riscos profissionais.............................................................................. 170
- Carateristicas dos níveis........................................................................................... 177
- AVALIAÇÃO GERAL OU GLOBAL – Avaliação de riscos de acid. de trabalho............ 182
- WILLIAM FINE – Avaliação de riscos de acidentes de trabalho................................ 190
- SISTEMA SIMPLIFICADO – Avaliação de riscos de acidentes de trabalho................ 193
- S.S.E.R.A.................................................................................................................... 196
- Primeiros Socorros ................................................................................................... 199
- Generalidades........................................................................................................... 209

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Legislação
Lei n.º 102/2009. D.R. n.º 176, Série I de 2009-09-10
Assembleia da República
- Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho

Lei n.º 3/2014. D.R. n.º 19, Série I de 2014-01-28


Assembleia da República
- Procede à segunda alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que aprova o regime
jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e à segunda alteração ao Decreto-Lei
n.º 116/97, de 12 de maio, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva
n.º 93/103/CE, do Conselho, de 23 de novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança
e de saúde no trabalho a bordo dos navios de pesca

Lei n.º 98/2009. D.R. n.º 172, Série I de 2009-09-04


Assembleia da República
- Regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais,
incluindo a reabilitação e reintegração profissionais, nos termos do artigo 284.º do Código do
Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro

Decreto-Lei n.º 182/2006. D.R. n.º 172, Série I de 2006-09-06


Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
-Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2003/10/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 6 de Fevereiro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde em
matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (ruído)

Decreto-Lei n.º 46/2006. D.R. n.º 40, Série I-A de 2006-02-24


Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2002/44/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 25 de Junho, relativa às prescrições mínimas de protecção da saúde e
segurança dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos devidos a agentes físicos
(vibrações)

Decreto-Lei n.º 330/93. D.R. n.º 226, Série I-A de 1993-09-25


Ministério do Emprego e da Segurança Social
- Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 90/269/CEE, do Conselho, de 29 de
Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde na movimentação manual de
cargas

Decreto-Lei n.º 163/2006. D.R. n.º 152, Série I de 2006-08-08


Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via
pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio

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Porque é que acontecem acidentes?

Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS

- Máquinas e ferramentas inadequadas


- Condições de organização (Lay-Out mal feito, armazenamento perigoso, falta de
Equipamento de Proteção Individual - E.P.I.)
- Condições de ambiente físico (iluminação inadequada, calor, frio, poeiras...

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Acidentes devido a ACÇÕES PERIGOSAS

- Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)


- Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
- Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores
incorretamente, distrações, brincadeiras)

Acção ou condição perigosa

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ACIDENTE DE TRABALHO

João, ao sair do trabalho, de volta para casa, resolveu passar no supermercado para
comprar um refrigerante que estava em oferta.
Na saída do supermercado foi atropelado por um carro.
Considera o que aconteceu com o João um caso de acidente de trajeto, que pode ser
equiparado a um acidente do trabalho? Porquê?

“ Não é considerado acidente de trabalho, porque alterou o seu percurso normal de


casa/trabalho ou trabalho/caso.”

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Maria trabalhava numa oficina de costura, como cortadora de moldes.
Certo dia, muito preocupada com os problemas domésticos, distraiu-se e fez um corte
profundo no dedo com a tesoura.
Depois de medicada na enfermaria da empresa, Maria foi mandada para casa com um
atestado médico dispensando-a do trabalho naquele dia.

Indique o tipo de acidente que ocorreu com a Maria:

A. acidente sem afastamento;


B. acidente com afastamento e incapacidade temporária;
C. acidente com afastamento e incapacidade parcial e permanente;
D. acidente com afastamento e incapacidade total e permanente.

Causas Humanas
- Incumprimento das regras de segurança;
- Falta de atenção;
- Excesso de confiança;
- Consumo de álcool/drogas;
- Fadiga;
- Stress;
- Posições incorretas na execução das tarefas
- Falta de formação/informação …

Causas Técnicas
- Equipamentos/ferramentas em mau estado de conservação ou sem dispositivos de
segurança;
- Avaria;
- Armazenagem inadequada;
- Montagem deficiente dos Equipamentos de Proteção Coletiva;
- Más condições de trabalho.

António é técnico em manutenção de equipamentos eletrónicos numa empresa com


sede em Oeiras. O chefe do António passou-lhe uma ordem de serviço de manutenção,
a ser realizado na máquina de um cliente, na Bobadela.
Quando António se encontrava a executar o trabalho, houve um pequeno incêndio. Na
confusão que se seguiu, António foi ferido numa perna.
Levado ao hospital, foi dispensado com a recomendação médica de manter-se de baixa
por 15 dias.
A - O que ocorreu com o António encaixa-se na definição legal de acidente de
trabalho? Porquê?
B - António sofreu lesão corporal ou perturbação funcional em decorrência do
acidente? Porquê?

A - “ Sim, porque recebeu ordem direta do e superior hierárquico.”


B - “ Sim, porque ficou impossibilitado temporariamente de exercer a sua atividade
profissional.”

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ACIDENTE DE TRABALHO – DANOS

Vítimas Danos Humanos Danos Materiais

-Sofrimento Físico
Sinistrado -Sofrimento Psicológico -Diminuição de Salário
-Diminuição do Potencial -Baixa Potencial Profissional
humano

Família -Sofrimento Psicológico -Dificuldades Económicas


-Preocupações

Colegas -Mau ambiente de trabalho -Perdas de tempo


-Inquietação -Perdas de Prémio Produção
-Pânico coletivo -Acumulação de Tarefas
-Perdas de produção
-Não cumprimento de prazos
-Formação de substitutos

Empresa -Prestígio da Empresa -Aumento no preço de custo


-Consternação -Estruturas e materiais
danificados
-Seguradoras

País -Quebra de Potencial Humano -Diminuição da Produção


-Perda de Prestígio -Aumento dos encargos
Sociais
-Diminuição do poder de
Compra

ACIDENTE DE TRABALHO – CUSTOS

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A PREVENÇÃO, tanto no trabalho como na vida, é essencialmente:

Ter consciência
dos Riscos

Conhecer as
regras para evitar
os RISCOS

Cumprir as
regras de
SEGURANÇA

Princípios Gerais da Prevenção

1. Evitar os riscos.
2. Avaliar os riscos que não possam ser evitados.
3. Combater os riscos na origem.
4. Adaptar o trabalho ao homem.
5. Ter em conta o estado de evolução da técnica
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou, pelo menos, menos
perigoso.
7. Planificar a prevenção como sistema coerente – organizar o trabalho.
8. Dar prioridade às medidas de proteção coletiva.
9. Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

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Formação e informação:

- Os trabalhadores têm o direito de receber informação sobre:

- Os riscos para a saúde e a segurança,


- Medidas preventivas,
- Primeiros socorros
- Procedimentos de emergência.

- A formação deverá ser pertinente e compreensível, inclusivamente para os


trabalhadores que falam uma língua diferente.

- Deverá ser ministrada formação a:

- Novos trabalhadores;
- Trabalhadores antigos quando houver:
- Alterações nas práticas ou no equipamento de trabalho,
- Mudança de funções ou
- Introdução de novas tecnologias.

- Os trabalhadores têm o dever de cooperar ativamente com a entidade patronal na


aplicação das medidas de prevenção:

- Seguindo instruções de acordo com a formação recebida e zelando pela sua


segurança e saúde e pela dos seus colegas de trabalho.
É necessário que todos os trabalhadores saibam trabalhar de forma segura.

A formação deve concentrar-se:

- Nos princípios do sistema de gestão da segurança e nas responsabilidades dos


trabalhadores ;
- Nos perigos e riscos específicos do trabalho;
- Nas aptidões necessárias à realização das tarefas;
- Nos procedimentos a observar para evitar os riscos;
- Nas medidas de prevenção a tomar antes, durante e após a realização da tarefa;
- Nas instruções de saúde e segurança específicas para o trabalho com equipamento
técnico e produtos perigosos;
- Na informação sobre proteção coletiva e individual;
- Nas fontes de informação sobre saúde e segurança acessíveis aos trabalhadores;
- Nas pessoas a contactar sobre novos riscos ou em caso de emergência.

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Sinalização de Segurança

REQUISITOS MÍNIMOS:

- Local bem visível;


- Mensagem clara;
- Bom estado de conservação;
- Material fotoluminescente.

PLACAS DE SINALIZAÇÃO:

Sinais de Proibição:

- Proíbem um comportamento e dão-nos indicação de atitudes perigosas;


- Forma circular;
- Pictograma negro sobre fundo branco, margem e faixa vermelhas.

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Sinais de Perigo:

- Advertem para um perigo ou um risco;


- Forma triangular;
- Pictograma negro sobre fundo amarelo e margem negra.

Sinais de Obrigação:

- Impõe um determinado comportamento;


- Forma circular;
- Pictograma branco sobre fundo azul.

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Sinais Relativos a Combate a Incêndio:

- Indicações sobre a localização do Material de Combate a Incêndios;


- Forma rectangular ou quadrada;
- Pictograma branco sobre fundo vermelho.

Sinais de Salvamento ou Emergência:

-Indicações sobre saídas de emergência ou meios de socorro ou salvamento;


- Forma rectangular ou quadrada;
- Pictograma branco sobre fundo verde.

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SINAIS DE PERIGO:

Perigo - Substâncias Inflamáveis

Perigo – Substâncias Explosivas

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Perigo – Substâncias Tóxicas

Perigo – Substâncias Corrosivas

Perigo – Substâncias Radioativas

Perigo - Substâncias Nocivas ou Irritantes

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Perigo - Cargas Suspensas

Perigo - Veículos de Movimentação de Cargas

Perigo de Electrocussão

Perigos vários

Perigo – Tropeçamento

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Perigo - Queda com Desnível

Perigo - Baixas Temperaturas

Perigo - Risco Biológico

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SINAIS DE PROIBIÇÃO

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Proibição de fumar

Proibição de fazer lume (foguear) e fumar

Passagem proibida a peões

Proibição de apagar com água

Água não potável

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Proibida a passagem a estranhos

Passagem Proibida a veículos de Movimento de cargas

Não Tocar

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SINAIS DE OBRIGAÇÃO

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Protecção Obrigatória dos olhos

Protecção Obrigatória da cabeça

Protecção Obrigatória dos ouvidos

Protecção Obrigatória das vias respiratórias

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Protecção Obrigatória dos pés

Protecção Obrigatória das mãos

Protecção Obrigatória do corpo

Protecção Obrigatória do rosto

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Protecção Individual Obrigatória Contra Quedas

Passagem Obrigatória para Peões

Obrigações Várias

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SINAIS DE EMERGÊNCIA E COMBATE A INCÊNDIO

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SINAIS DE EMERGÊNCIA

Primeiros Socorros

Maca

Telefone para Salvamento

Duche de Emergência

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Lava-olhos

Indicação da direcção a seguir

Indicação da Direcção de uma saída de Emergência

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SINALIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO

Escada de incêndio

Telefone de emergência

Extintor

Carretel de incêndio

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Indicação da direcção a seguir

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SINALIZAÇÃO DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO


- Quando a protecção dos trabalhadores o exija, as vias de circulação de veículos
deverão ser identificadas:

- De forma clara;

- Com faixas contínuas, indissociáveis do pavimento que podem ser brancas ou


amarelas, tendo em conta a cor do pavimento.

SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS E LOCAIS PERIGOSOS

SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS E LOCAIS PERIGOSOS

- Riscos de choques contra obstáculos; de quedas de objetos e/ou pessoas (no interior
das zonas da empresa/estabelecimento a que o trabalhador tem acesso);
- Faixa de cores amarela e negra, ou cores vermelha e brancas (alternadas).

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- SINALIZAÇÃO DE TUBAGENS:

- As substâncias são quase sempre transportadas em tubagens, que devem exibir


sempre a rotulagem sob a forma de pictograma sobre fundo colorido. (ex. cor
vermelha para o incêndio).

- SINALIZAÇÃO LUMINOSA:

- Devem garantir um contraste não excessivo, mas suficiente;


- A superfície luminosa deverá ser de uma cor uniforme igual, às cores usadas nos
pictogramas;
- A alimentação elétrica deverá ser autónoma.

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SINAIS ACÚSTICOS

- Devem ter um nível sonoro nitidamente superior ao do ruído ambiente;


- Sem ser excessivo ou doloroso;
- Facilmente reconhecíveis, nomeadamente através da duração, da separação de
impulsos e grupos de impulsos e diferenciáveis de outros sinais acústicos e ruídos
ambientais.

- SINALIZAÇÃO GESTUAL:

- O movimento, ou uma posição dos braços ou de mãos, ou qualquer combinação


entre eles;

- Através de uma forma codificada;


- Orienta a realização de manobras que representem risco ou perigo para os
trabalhadores;

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SINALIZAÇÃO VERBAL

- Consistem em transmissão de textos curtos, grupos de palavras ou palavras isoladas,


e eventualmente codificadas:

«Iniciar» ou «Começar»
«Stop» «Fim»
«Subir» «Descer»
«Avançar» «Recuar»
«À esquerda» «À direita»
«Perigo» «Depressa»

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Equipamento de Proteção Coletiva


(EPC – Equipamento de Proteção Coletiva)

- São equipamentos utilizados para proteção, enquanto um grupo de pessoas realiza


determinada atividade, ou exercício.
- Devem ser construídos com materiais de qualidade e instalados nos locais
necessários logo que se detecte o risco.

- Guarda-corpos:

- Anteparos rígidos, com travessão superior, intermediário e rodapé, com tela ou


outro dispositivo que garanta o fecho seguro das aberturas.

- Fitas e Barreiras:

- Barreiras protetoras e fitas de sinalização.

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- Tapumes/Galerias:

- Evitam o acesso de pessoas alheias às atividades da obra e protegem os transeuntes


da projeção de materiais.

Proteção contra Incêndio

- Devem existir equipamentos de combate a incêndio e equipas especialmente


treinadas para o primeiro combate ao fogo.

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Sinalização de Segurança

- Visam identificar os locais relativamente aos riscos e às medidas preventivas.

Outros exemplos de aplicação de EPC’s:


(Equipamentos de Protecção colectivos)

- Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local


de trabalho;
- Enclausuramento, isto é, fecho de máquina barulhenta para livrar o ambiente do
ruído excessivo;
- Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante
o ciclo de uma máquina;
- Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso
venham a se desprender.

EPC x EPI
(Equipamentos de Protecção colectiva e Individual)

- Quando não for suficiente adotar medidas de segurança de ordem geral, para
garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se
utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.
- Os EPI’s não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteção
coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.

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Prioridade da proteção coletiva sobre a individual

- Proteção Coletiva

- Medidas de Carácter construtivo


– Eliminar o risco na origem, na fonte;
– Envolver o risco, isolamento do risco;

- Medidas de carácter organizativo


– Afastar o homem da exposição ao risco;

- Proteção individual
- Envolver o homem

EPI – Equipamento de Protecção Individual

- Esta última barreira contra a lesão é o Equipamento de Proteção Individual (EPI).

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Principais tipos de protecção individual

- Protecção da Cabeça

- A cabeça deve ser adequadamente protegida principalmente perante o risco de


queda de objectos pesados, pancadas violentas ou projecção de partículas.
- Esta proteção faz-se mediante uso de capacete de protecção, o qual deve apresentar
elevada resistência ao impacto e à penetração.

Protecção dos Olhos e do Rosto

- Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes
podem atingir a maior gravidade.
- As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a
diferentes causas:

- Acções mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas;


- Acções ópticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação
ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser;
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- Acções mecânicas

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- Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos


vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.

Protecção das Vias Respiratórias

- A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em


virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores,
neblinas, fibras, poeiras.
- A protecção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de
protecção respiratória – aparelhos filtrantes (máscaras) ou dos aparelhos isolantes
(usados quando a contaminação não é passível de ser filtrada).

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- Protecção dos Ouvidos

- Há fundamentalmente, dois tipos de protectores de ouvidos: os auriculares (ou


tampões ou rolhões) e os auscultadores (ou protectores de tipo abafador ou tapa-
orelhas).

- Protecção do Tronco

- O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado em diferentes


tecidos.
- O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos
órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco.

- Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

- A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir
de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos.
- Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas
revestidos interiormente com biqueiras/palmilhas de aço, eventualmente com reforço
no tornozelo e no peito do pé.

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Protecção das Mãos e dos Membros Superiores

- Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na
indústria. Daí a necessidade da sua protecção.
- O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo
contudo de subestimar a sua protecção.

- Luvas

- Algodão
- PVC
- Malha de aço
- Couro

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- Protecção contra Quedas

- Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o arnês
de segurança.
- Para trabalhos que impliquem deslocação na horizontal o arnês deve ser preso a uma
linha de vida.

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IDENTIFICAÇÃO PRODUTOS QUÍMICOS


- Ao lidar com produtos químicos, o primeiro passo a ter em conta é a
observação/leitura das instruções presentes no rótulo.

Frase R Frase S

Riscos para a Saúde Medidas de Segurança

Profission R 10 - Inflamável S 16 - Manter afastado de


qualquer chama ou fonte
de ignição

SÍMBOLOS DE RISCO

Facilmente
Inflamável

Ex.:Acetona…

- Substâncias que podem aquecer e facilmente inflamar-se em contacto com o ar a


uma temperatura normal sem fornecimento de energia.

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Comburente

Ex.:Oxigénio…

- Substâncias que mantém a combustão de uma substância inflamável.

Tóxico

- Substâncias e preparações que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea,


podem implicar riscos graves, agudos ou crónicos, e mesmo a morte.
PRECAUÇÕES: todo o contacto com o corpo humano deve ser evitado.
Ex.: Pesticidas

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Corrosivo

- Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes.
PRECAUÇÕES: Evitar o contacto com a pele, olhos e roupas.

Ex.: Ácido, soda, potassa


Riscos

Xn/Xi

Nocivo / Irritante

- Substâncias e preparações que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea,


podem implicar riscos com alguma gravidade/causam irritação na pele, olhos e vias
respiratórias.
PRECAUÇÕES: deve ser evitado o contacto com o corpo humano, assim como a
inalação dessa substância.

Ex.: Lixívia
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Perigo para o Ambiente

- A libertação dessa substância no meio ambiente pode provocar danos ao ecossistema


a curto ou longo prazo.
PRECAUÇÕES: devido ao seu risco em potencial, não deve ser libertado no solo ou no
Ambiente.
Ex.: produto de limpeza de tapetes a seco

Explosivos

Pode explodir em contacto com uma chama, faísca,


eletricidade estática, exposição ao calor ou ao ser sujeito a choque ou fricção.

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Explosivo
Embalagem sob pressão que pode explodir se for exposta ao
calor.

Cancerigeno

- Por ser tóxico, pode induzir malformações em fetos, alterar o funcionamento de


certos órgãos ou provocar insuficiência respiratória.

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FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA

- São constituídas por um conjunto de informações fundamentais dos vários produtos


químicos;
- Referem conselhos quanto ao risco, manuseamento e armazenagem dos mesmos.

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

- Sistemas de exaustão
- Sinalização
-Chuveiros
-Lava-olhos

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EPI – Equipamento de Proteção Individual

- Proteção de:

– Corpo;
– Rosto;
– Vias respiratórias;
– Membros superiores;
– Membros inferiores;

RISCOS QUÍMICOS – Contaminantes atmosféricos

- Associadas ao manuseamento de produtos químicos.


- As substâncias químicas podem existir em suspensão na atmosfera em diferentes
estados:

- SÓLIDO (poeiras, fibras e fumos)


- LÍQUIDO (aerossóis e neblinas)
- GASOSO (gases e vapores)

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Classificação de filtros Anti-Gás

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RISCOS ERGONÓMICOS

Associados à Movimentação Manual de Cargas

Movimentação Manual de Cargas

Legislação Aplicável

Decreto-Lei nº 330/93 de 25/09

Prescrições mínimas de Segurança e de Saúde na Movimentação Manual de Cargas.

- Operação de transporte e sustentação de uma carga;


- Por um ou mais trabalhadores;
- Implica: Levantar, colocar, empurrar, puxar, transportar, deslocar;
- Tem características ergonómicas desfavoráveis;
- Comporta riscos para os trabalhadores;
- Principalmente na região dorso-lombar.

PRINCIPAL RISCO DA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS

LESÕES - MÚSCULO-ESQUELÉTICAS (LME)

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Outros Riscos Associados à Movimentação Manual de Cargas

- Queda de objectos sobre os pés;


- Sobre esforço ou movimentos incorretos;
- Choque com objectos;
- Queda de objectos;
- Entalamentos/Esmagamentos.

Riscos: Consequências

Exemplos de LME

- Dores nas costas


- Lesões musculares
- Entorses
- Lesões na coluna

MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGA


Problemática das lesões músculo esqueléticas

Força

Postura

Frequência

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- Antes de se executar o levantamento e transporte da carga deve-se ter


em conta:

- Avaliar o peso, dimensão e forma da carga (solicitar ajuda quando necessário);


- Verificar se existem outros fatores de risco (pontas aguçadas).
- Verificar se há a necessidade de usar algum equipamento complementar (luvas,
avental);
- Estudar o caminho a percorrer eliminando possíveis obstáculos;
- Assegurar-se que a carga pode ser depositada em segurança.

Riscos
- Para levantar (e baixar) uma carga o operador deve:

- Posicionar-se o mais próximo possível da carga, colocando-a entre os seus pés,


afastando-os um do outro cerca de 50cm;
- Colocar uma perna ligeiramente à frente da outra;
- Dobrar os joelhos.
Profissionais

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Manter a carga imóvel, junto do seu corpo,


sustentando-a com os braços estendidos
Para rodar com uma carga o
operador deve

Rodar os pés e não o tronco

- Medidas Preventivas

- Usar pegas nas cargas, se forem difíceis de agarrar;


- Sempre que possível as cargas devem ser fraccionadas;
- Sempre que puder utilize ajudas mecânicas;
- Procure a ajuda dos seus colegas.

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Riscos Psicossociais

- Resultam da interação entre:

- O indivíduo
- As suas condições de vida
- As suas condições de trabalho
- Podem influenciar:
- O desempenho, a produtividade, a qualidade do trabalho
- A saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador
- A motivação e a satisfação profissional

- A OIT aponta para os seguintes riscos psicossociais:

- Sobrecarga Horária
- Sobrecarga de Trabalho Mental e Físico
-Monotonia
- Falta de Empowerment
- Burnout
- Assédio Moral e Violência
- Insegurança no emprego
- Stress (Individual e no Trabalho)

- Consequências dos Riscos Psicossociais no Trabalho:

- Acidentes de trabalho
- Absentismo
- Doenças (esgotamento, ansiedade, depressão, stress, doenças fisiológicas…)
- Diminuição da produtividade e qualidade do trabalho
- Degradação do Ambiente de Trabalho

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- Algumas das medidas que se deviam implementar:

- Desenhar trabalhos que proporcionem aos trabalhadores, estimulação, significado e


oportunidades para usarem e melhorarem as suas competências.
- Proporcionar um meio ambiente fisicamente seguro, melhorando a qualidade do ar,
reduzindo os riscos físicos e químicos, melhorando a iluminação e eliminando posturas
de trabalho incómodas.
- Assegurar que a quantidade de trabalho está adequada às capacidades e limitações
dos trabalhadores.
- Estabelecer horários de trabalho compatíveis com as responsabilidades externas dos
trabalhadores.
- Definir claramente as responsabilidades e funções dos trabalhadores e proporcionar-
lhes oportunidades para participar nas decisões do seu departamento.
- Comunicar claramente mudanças tecnológicas e operacionais e executar a sua
implementação de uma maneira gradual.
- Desenvolver sistemas de recompensas e reconhecimento justos.
- Reduzir a incerteza relacionada ao desenvolvimento de carreiras e futuras
possibilidades de emprego.
- Exercício 21

Risco de incêndio

- FOGO:

- É uma reacção química denominada combustão que produz calor e/ou luz.
- Para evitar que um incêndio se produza e para o extinguir é necessário conhecer
alguns fundamentos do fogo.

Pode ser representado por um triângulo

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- FOGO – DEFINIÇÕES

- Para que o fogo exista ao longo do tempo terá que existir uma reacção química entre
os diferentes elementos.

- CLASSES DE FOGO

Classe A

Sólidos: - Madeira
- Papel
- Tecido

Classe B

Líquidos: - Gasolina
- Vernizes
- Ceras
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- Álcool

Classe C

Gases: - Butano
- Propano
-Hidrogénio

Classe D

Metais: - Magnésio
- Alumínio
- Sódio

Classe E - Elétricos

- COMBATE AO FOGO
Agentes Extintores

- CO2
- ÁGUA
- Pó Químico
- Espuma

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Classes Água a Água Dióxido Pó Pó Pó Espuma


de jacto Vaporizada de Químico Químico Químico
fogos Carbono BC ABC Especial
D
A MB MB I I B I S
B I S S MB B I B
C I I S B B I I
D I I I I I S I

COMBATE AO FOGO

Como prevenir:

- Manter o local de trabalho limpo e arrumado;


- Manter vias e saídas de emergência desocupadas;
- Manter o acesso ao equipamento de combate a incêndios livre;
- Fumar apenas nos locais autorizados;
- Não colocar materiais inflamáveis junto de quaisquer fontes de calor ou instalações
elétricas.

INCÊNDIO

- Atuar em caso de incêndio

- Manter a calma;
- Avaliar a situação (qual a origem do fogo e como evolui);
- Atuar se tiver formação;

-Pedir ajuda:

- Indicar o nome;
- Indicar de onde telefona;
- Indicar o local exacto do incidente;
- Descrever a situação e a sua gravidade.

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Trabalhos especialmente perigosos


QUEDAS EM ALTURA

- CONSEQUÊNCIAS:

-Morte;
-Incapacidade.

- Considera-se trabalho em altura todo o trabalho executado a dois ou mais metros de


altura.

- QUEDAS EM ALTURA - Causas

E ainda o USO INDEVIDO.

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EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLETIVA

Protecção por guarda-corpos

Impedir queda de pessoas e materiais

- Devem conter três elementos horizontais (tubos, barras metálicas ou tábuas de


madeira):
- Guarda-cabeças - 0,15 m
- Guarda-corpos - 0,45 m
- Guarda-costas – 1 m
- Devem garantir estabilidade e resistência.

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- Boas práticas

- Todos os vãos e aberturas da fachada devem estar protegidos com guarda-corpos;


- As caixas de escadas devem dispor de guarda-corpos que impeçam a queda de
pessoas;
- Têm de dispor de guarda-corpos:
- As plataformas;
- Os andaimes;
- Os locais de recepção de materiais;
- As lajes;
- As coberturas.

Protecção por redes de segurança

Impedir queda de pessoas e materiais

- As redes de segurança têm de ser instaladas por equipas especializadas.

Andaimes fixos

Impedir queda de pessoas e materiais

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- Montados por trabalhadores especializados;


- Apresentar todas as garantias necessárias (impedir quedas de pessoas, materiais e
ferramentas);
- Sólidos e resistentes.

BOAS PRÁTICAS - ESCADAS DE MÃO

- Causa de acidentes devido ao mau estado e má utilização.

- Cuidados:

- Limpas, isentas de óleo ou lamas;


- Reparadas só por especialista.

Profissionais
- As escadas danificadas, deformadas/degraus rachados deverão ser colocadas fora de
serviço e substituídas;

Riscos
- Devem ser instaladas num pavimento estável;
- Apoiadas numa superfície sólida e fixa (não cair/ escorregar);

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- Devem ultrapassar pelo menos 1m a cota da superfície a que dão acesso;

- A base da escada deve permanecer suficientemente afastada da superfície de apoio


vertical;

- As escadas não devem ser utilizadas para fins diferentes a que se destinam (prumos
de andaimes/ pavimento/ passadeiras);

- Quedas ao mesmo nível -causas

- Fios/cabos elétricos espalhados pelo pavimento;


- Obstrução de caminhos e vias por elementos estranhos;
- Derrame de substâncias.

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- Prevenção de Quedas ao mesmo nível:

- Manter o local de trabalho limpo e arrumado;


- Manter os locais de passagem desimpedidos;
- O piso deve apresentar-se seco;
- Pavimentos lisos e anti-derrapantes;
- Sinalizar escadas ou desníveis;
- Iluminação adequada
- Calçado adequado.

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TRABALHOS DE ESCAVAÇÃO
Riscos
- CONSEQUÊNCIAS:a:is

Soterramento
Esmagamento MORTE
Asfixia

- As escavações devem ser entivadas evitando o desmoronamento das paredes


laterais;
- Nunca entrar numa vala sem protecção;
- Nunca descer a uma escavação não entivada;

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- As escavações devem ser contornadas por roda-pés (impedir quedas de materiais);


- Deverá usar-se capacete de protecção;

- Manter um espaço livre suficiente entre o bordo da escavação e os materiais;

- Não caminhar sobre as estroncas para trabalhar ou atravessar uma escavação;


- Para atravessamento das escavações devem ser instalados passadiços munidos de
guarda-corpos;
Profissionais

- Utilizar escadas para descer ao fundo ou sair das escavações.

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Espaço Confinado

- Local com aberturas limitadas, com ventilação natural desfavorável e níveis


deficientes de oxigénio, podendo conter ou produzir contaminantes químicos tóxicos
ou inflamáveis e que não está concebido para uma ocupação contínua de
trabalhadores.

MINAS CUBAS

POÇOS SILOS

- RISCOS:
- Materiais tóxicos e/ou inflamáveis;
- O trabalho pode gerar perigos: soldadura, corte, fumos, etc.;
- Falta de oxigénio;
- Riscos elétricos;
- Iluminação deficiente;
- Posturas inadequadas;
- Poeiras.

- Antes de entrar num espaço confinado deve ser verificado:


- O nível de oxigénio.
- Existência de gases tóxicos.
- Existência de poeiras e vapores.
- Perigo de incêndio e explosão.
- Temperatura.

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- Regras de trabalho em espaços confinados:

- Identificar e sinalizar os espaços confinados, para evitar o acesso de pessoas não


autorizadas;
- Implementar procedimentos de controlo de entrada nestes espaços;
- Definir um responsável com formação específica, para supervisionamento dos
trabalhos;
- Monitorizar a atmosfera dos espaços confinados, para verificar se as condições de
acesso e permanência são seguras;
- É proibida a realização de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada;
- Afixar uma informação à entrada, que alerte para os perigos existentes no local;
- Proibir a ventilação do local com oxigénio;
- Testar e calibrar os equipamentos, antes da sua entrada no local;
- As monitorizações devem ser efetuadas com equipamentos estanques (protegidos
contra radiações eletromagnéticas..);
- Todos os equipamentos luminosos utilizados nestes espaços devem ser estanques;
- Definir um plano de emergência e socorro, para um eventual resgate das vítimas;
-Utilização de uma máscara para respiração autónoma, com fornecimento de ar
sempre que os níveis de oxigénio ou de gases tóxicos ultrapassem os limites;
- Equipamentos filtrantes não podem ser utilizados em ambientes cujo teor de
oxigénio seja reduzido, ou então que contenha gases tóxicos ou nocivos.

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Princípios e domínios da higiene do trabalho

- O organismo humano representa um sistema aberto


- Troca matéria e energia com o meio ambiente através de numerosas reações, em
equilíbrio dinâmico

Toxicologia

- É a ciência que se ocupa dos tóxicos, das suas propriedades, do seu modo de ação, da
sua pesquisa e dos processos que permitem combater a sua ação nociva.

Tóxico

- Substância que quando, após penetração no organismo em dose relativamente


elevada, de uma só vez ou em várias vezes próximas umas das outras ou em pequenas
doses repetidas durante muito tempo, provoca de um modo passageiro ou durável,
perturbações de uma ou mais funções, que podem chegar à aniquilação completa e
mesmo conduzir à morte.

-A penetração dos tóxicos no organismo efetua-se, regra geral, por uma das seguintes
vias:

- Via respiratória
- Via percutânea
- Via digestiva

VIA RESPIRATÓRIA:

- É a via mais comum da penetração dos tóxicos presentes nos locais de trabalho.
- Os efeitos nocivos fazem-se, muitas vezes, sentir ao nível das vias respiratórias.
- De outras vezes, os tóxicos, ao penetrarem por esta via, fazem repercutir os seus
efeitos noutras regiões do organismo.
- O aparelho respiratório é uma porta de entrada no organismo para as partículas
sólidas ou líquidas, em suspensão no ar.
- O mesmo se passa com os gases e vapores existentes no ambiente de trabalho.
- Os perigos de inalação são tanto maiores quanto mais elevada for a temperatura.

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VIA PERCUTÂNEA (PELE E MUCOSAS):

Pele: papel de proteção contra os diferentes agentes agressivos (físicos, químicos e


biológicos).

- Mas:

- Poros, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas funcionam como portas de


entradas naturais.
- A sudação e as alterações da pele (descamações, ferimentos, etc.) também facilitam a
penetração dos tóxicos na pele.
- A afinidade de alguns destes agentes (lipossolúveis) para com os lípidos cutâneos
(dissolvendo-se na gordura que normalmente lubrifica a pele) permite-lhes ultrapassar
a barreira da pele e alcançar, ao nível da derme, a circulação geral.

- Exemplos:

- Nicotina,
- Derivados nitrados e aminados aromáticos,
- Solventes clorados,
- Tetraetilchumbo,
- Ou mesmo de derivados puramente minerais, como por exemplo, os sais de tálio.

- Contacto de tóxicos com as mucosas, em virtude da sua grande vascularização, é


ainda mais perigoso do que com a pele.
- As mucosas dos olhos reagem energicamente com certos tóxicos, assim como a
mucosa faríngea, sobretudo se está inflamada.

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VIA DIGESTIVA:

- Não é uma via habitual nas intoxicações relacionadas com o trabalho.

- Pode acontecer nas seguintes situações:


- Manipulação incorreta de produtos tóxicos (contaminação das mãos, boca
olhos);
- Ingestão de alimentos erradamente guardados em locais de trabalho
contaminados;
- Deficiente higiene corporal, nomeadamente das mãos, após trabalhos
relacionados com produtos tóxicos;
- Fumar ou guardar tabaco nos locais contaminados

- A ingestão de substâncias tóxicas permite a passagem das mesmas para a corrente


sanguínea (ao nível da boca, do estômago e do intestino);
- Por outro lado a absorção dessas substâncias, com a passagem para a circulação
sanguínea, pode provocar lesões graves em órgãos afastados (rins, fígado, etc.).

- O processo de absorção por via digestiva pode ser mais ou menos rápido;
- Diferentes ações podem intervir para diminuir a toxicidade duma substância:

- Exemplos:

- Absorção de certos tóxicos juntamente com os alimentos, com a formação de


compostos insolúveis, com o aparecimento de vómitos e/ou de diarreias ocasionados
por irritação da mucosa digestiva.
- Intervenção do fígado, transformando uma parte das substâncias antes da passagem
destas para a corrente sanguínea, pode fazer diminuir a toxicidade das mesmas

OUTRAS VIAS:

- As vias hipodérmicas e intravenosas são raras nas intoxicações laborais, não sendo
por isso consideradas.

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CONCENTRAÇÃO DE UM TÓXICO

- A toxicidade de uma substância ou produto no local de trabalho, depende de vários


fatores, nomeadamente:

- Caraterísticas da substância ou produto;


- Trabalho executado;
- Caraterísticas do trabalhador exposto.

- Relativamente à substância ou produto tóxico podem-se enunciar as seguintes


caraterísticas:
- Composição química;
- Concentração.

- Dos fatores atrás referidos, aquele que pode ser controlado. De forma segura e
objetiva, é a concentração do tóxico.

- Existem valores-limite de concentração para os tóxicos nos locais de trabalho:


- TLV's (Threshold Limit Value) – concentração média ponderada para um dia de
8 horas e para uma semana de 40 horas - aos quais a maioria dos trabalhadores
pode ser repetidamente exposta, dia após dia, sem ficar sujeita a efeitos
prejudiciais para a sua saúde.
- Autores portugueses denominam estes valores-limite de VLE-MP (valor-limite
de exposição média ponderada).

- Além dos TLV's existem, também, os STEL's (Short Term Exposure Limit):
- São limites de exposição para um curto intervalo de tempo, isto é, a
concentração máxima a que os trabalhadores podem estar sujeitos
Continuadamente por um período até 15 minutos, desde que:
- Não sejam permitidas mais de 4 exposições diárias,
- Haja pelo menos 60 minutos de intervalo entre os períodos de exposição,
- o TLV's respetivos não sejam excedidos.

- Algumas substâncias tóxicas têm uma ação de tal forma rápida sobre o organismo,
que os limites de concentração não deverão nunca ser excedidos, mesmo
instantaneamente.
- Nestes casos, esses limites denominam-se TLV's-Ceiling ou também designado VLE-
CM (valor-limite expresso para uma concentração máxima).
- São, também, adotados valores-limite de concentração, sendo a designação adotada
o NAC (Nível Admissível de Concentração).
- Quanto ao trabalho executado é importante salientar:
- Tipo de trabalho:
- Leve
- Moderado
- Pesado

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- Duração da exposição.

- Os trabalhos pesados provocam um aumento do ritmo respiratório:


- Consequentemente a quantidade de substância tóxica inalada aumenta, no
Mesmo período de tempo, podendo tornar-se perigosa, mesmo se a
concentração no ar estiver longe das concentrações limites.
- Normalmente, os trabalhos pesados provocam também um aumento de
sudação:
- O que, caso o tóxico tenha afinidade com a pele, pode aumentar
perigosamente a concentração dele no organismo, já que penetra por duas vias
(respiratória e cutânea).

- Nas listas de limites de exposição é considerado o facto de certas substâncias


poderem ser absorvidas por mais do que uma via de entrada no organismo.
- A duração (tempo) de exposição é um fator de grande importância para a
generalidade dos tóxicos industriais como se pode deduzir dos critérios TLV.
- Este fator pode ser controlado pela organização do trabalho, fazendo rodar pelo
mesmo posto de trabalho vários trabalhadores ao longo da jornada.

- Características do trabalhador exposto ao tóxico:


- Podem determinar, embora não de um modo absoluto, a toxicidade da
substância.

- Idade: à partida os indivíduos jovens, em virtude do seu peso ser menor e o seu
metabolismo mais ativo, tendem a ser menos sensíveis que os adultos.
- Sexo: influi muitas vezes sobre a recetividade dos tóxicos.
- Peso: a toxicidade de uma substância varia com o peso do indivíduo.
- Suscetibilidade individual: alguns organismos demonstram uma maior suscetibilidade
a certas substâncias, reagindo anormalmente a diversos produtos.

- Estado fisiológico:

- Digestão - o estado de digestão ou de jejum tem influência sobre a intensidade da


ação dum tóxico administrado numa dose determinada.
- Fadiga - faz aumentar, seguramente, a toxicidade de uma substância. Por ação do
trabalho, muscular ou intelectual, produzem-se alterações no metabolismo, no sistema
nervoso, na frequência cardíaca e no ritmo respiratório.
- Gravidez - a sensibilidade aos tóxicos aumenta, em geral, durante a gravidez. Por essa
razão, em Higiene do Trabalho, se aconselha evitar que as mulheres grávidas sejam
submetidas a exposições suscetíveis de exercer efeitos nocivos.

- Estado Patológico:

- As doenças podem provocar lesões nos órgãos principais do organismo e essas


alterações podem favorecer a ação de tóxicos, por estarem comprometidos os
processos normais de desintoxicação.
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DOSES LETAIS

- A determinação de uma dose letal de um tóxico, para o ser humano, não pode ser
objeto de experimentação.
- Os resultados obtidos na experimentação animal dificilmente podem ser
extrapolados para o Homem, já que a sensibilidade das diversas espécies aos tóxicos,
pode variar entre limites relativamente afastados.

- Na imensa maioria dos casos, os valores indicados para o homem como doses tóxicas
ou mortais não são mais do que números aproximados.
- Os valores existentes de doses mortais para Homem foram obtidos pela observação
das intoxicações humanas, mas só serão exatos se não tiver havido vómitos, o que
raramente acontece.
- Muito empiricamente, admite-se que o homem pode, em geral, suportar a mesma
quantidade de veneno que um cão de 20kg.
- Dá-se o nome de dose letal de um tóxico (ou dose seguramente mortal) à dose que
produz 100% de casos mortais nos indivíduos a ele expostos, representada por DL100.

- No caso de haver percentagens inferiores, nomeadamente 50% de casos mortais num


conjunto de indivíduos expostos a um mesmo tóxico, dá-se o nome de dose letal 50 e
representa-se por DL50.

TOXICIDADE AGUDA

- Para além das características intrínsecas do indivíduo, a toxicidade de uma substância


pode variar, dentro de amplos limites, consoante:

- Via de penetração
- Natureza do veículo (a associação dos tóxicos com excipientes que favoreçam,
nomeadamente, a absorção faz aumentar a toxicidade.)
- Concentração
-Velocidade de administração
- Condições exteriores (refira-se, como exemplo, o caso do aumento da
temperatura ambiente que desencadeia uma maior atividade de certos
tóxicos.)
- Substâncias associadas (sobre este tema falaremos à frente)
- Administração anterior (sobre este tema falaremos à frente)

- A exposição a agentes tóxicos no ambiente de trabalho pode ser pontual ou contínua.


- Normalmente, numa exposição pontual a baixas quantidades de um tóxico de fraca
toxicidade, não se verificarão efeitos prejudiciais no organismo do trabalhador. São,
portanto, negligenciáveis as suas consequências.
- No caso de a dose ser relativamente alta, os efeitos nocivos manifestar-se-ão
rapidamente. Entre esses efeitos, o mais grave é, naturalmente, a morte, e é

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por essa razão que se exprime, como vimos, a toxicidade de uma substância pela dose
suscetível de provocar a morte.

- Intoxicação aguda:

- Quando se verificam efeitos tóxicos no organismo resultantes da absorção de doses


relativamente grandes, em curto espaço de tempo.

TOXICIDADE CRÓNICA

- Se a exposição, ao mesmo agente tóxico, for contínua ao longo de dias de trabalho,


torna-se necessário o seu estudo para se evitarem efeitos nocivos na saúde dos
trabalhadores expostos.
- Os efeitos tóxicos provêm, muitas vezes, de doses bastante pequenas, demasiado
fracas para provocar efeitos de toxicidade aguda, mas cuja repetição pode
acabar por originar intoxicações muito mais insidiosas, pois aparecem, em geral, sem
dar qualquer sinal de alarme.

- Intoxicação crónica:

- É resultado de uma exposição repetida ao longo de bastante tempo, a baixos


níveis de tóxicos, e que embora sem sintomatologia clínica imediata, pode
conduzir a alterações irreversíveis do estado de saúde.

- Estes tóxicos têm o nome de tóxicos cumulativos:

- Por ficarem retidos no organismo em virtude de afinidades de natureza física


(solubilidade nos lípidos muito maior do que nos líquidos aquosos, adsorção,
etc.) ou química (fixação sobre um ou outro constituinte celular) ou, ainda, em
consequência da sua ação nociva sobre o filtro renal, o que dificulta a sua
eliminação (metais pesados).

A absorção destas pequenas doses que, a serem eliminadas normalmente, não teriam
consequências de maior, provoca, ao fim de algum tempo, perturbações de
sintomatologia muito variada sobre:

- Crescimento;
- Comportamento geral;
- Composição química dos líquidos orgânicos (sangue, linfa, etc);
- Estrutura das células e tecidos do organismo;
- Funções dos órgãos (rim, fígado, centros nervosos, medula óssea, glândulas
endócrinas, etc);
- Aptidão para a reprodução;
- A duração da vida.

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- Mais corretamente deveriam ser chamadas de intoxicações a longo prazo, já que


poderão existir intoxicações irreversíveis, e portanto, crónicas como consequência dos
efeitos de uma toxicidade aguda.
- Das substâncias de toxicidade a longo prazo (ou crónica), salientamos as cancerígenas
pois ocupam um lugar à parte entre os agentes deste tipo de toxicidade.
- No seu caso, não se podem fixar doses limites, dado que, pelo facto do efeito persistir
após a eliminação do produto, qualquer dose, mínima que seja, será perigosa se for
repetida.
- Devemos, ainda, ter em conta os tóxicos que provocam efeitos cumulativos através
de várias gerações.

EFEITO DOSE-RESPOSTA

- Para se atuar no campo da prevenção das intoxicações no ambiente de trabalho é


fundamental trabalhar as seguintes variáveis:

- Tempo de exposição
- Concentração do tóxico

- Há uma relação marcada entre o tempo de exposição e a concentração do tóxico.


- Ao resultado desta relação dá-se o nome de DOSE.
- A dose absorvida pelo organismo provoca da parte deste uma resposta biológica.

DOSE / RESPOSTA

- Para que se possa considerar admissível, no local de trabalho, uma determinada Dose
é necessário que ela provoque no organismo uma resposta nula, isto é, que a dose
de tóxico absorvida não tenha excedido a capacidade do organismo metabolizar e
eliminar o referido tóxico.

DOSE ADMISSÍVEL / RESPOSTA NULA

- Embora exista sempre uma reação biológica ou química do organismo quando em


contacto com substâncias estranhas, desde que estas reações sejam apenas desvios
ligeiros, sem prejuízos fisiológicos do estado normal do organismo, pode-se falar em
resposta nula.

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EFEITOS FISIOLÓGICOS DOS TÓXICOS

- Existem tóxicos que provocam em todos os seres humanos os mesmos efeitos, as


mesmas respostas.
- No entanto, existem outros que não desencadeiam uma sintomatologia
característica, sendo a sua ação mais complexa e aparentemente não específica.

- Convém sublinhar que, a partir da sua entrada no sangue, qualquer que seja a via por
onde tenha entrado, o tóxico é transportado em cerca de 23 segundos através de todo
o organismo.
- Em função da natureza físico-química do tóxico e dos órgãos, e das condições de
acessibilidade, o tóxico elegerá um ou mais órgãos e aí se fixará. A partir daí, estenderá
a sua ação sobre as células e tecidos, interferindo nocivamente no metabolismo dos
mesmos.

- EFEITOS SOBRE O SANGUE:

- O sangue é constituído por vários elementos, nomeadamente:


- Plasma
- Eritrócitos ou glóbulos vermelhos
- Leucócitos ou glóbulos brancos
- Trombócitos ou plaquetas

- Principais efeitos nocivos no sangue:

- Plasma:
- Alterações na coagulação, que tanto podem ser de retardamento ou inibição (caso do
benzeno, fluoretos, ácido oxálico, etc) como de aceleração;
- Eritrócitos ou glóbulos vermelhos:
- Aumento do seu número, por ação de gases agressivos (nomeadamente cloro,
fosgénio, cloropicrina, etc);
- Destruição dos eritrócitos que se observa no saturnismo, na doença dos Raios
X, no benzenismo, no fosforismo ou nas intoxicações pelos derivados aminados
aromáticos;
- Anomalias morfológicas, observadas no saturnismo, no arsenicismo e
intoxicação pelo quinino.

- Principais efeitos nocivos no sangue:

- Leucócitos ou glóbulos brancos:

- Diminuição do número de leucócitos no benzenismo, Raios X, sulfamidas, etc;


- Aumento de leucócitos, na primeira fase da intoxicação do benzeno.

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- Trombócitos ou plaquetas:

- Diminuição (na ordem das dezenas de milhar) do número de plaquetas, nos


casos de benzenismo.

- EFEITOS SOBRE A MEDULA ÓSSEA:

- As ações dos tóxicos na medula óssea provocam uma destruição do tecido medular.
- Como agentes principais dessas ações referimos os radioelementos, os Raios X e o
benzeno.

- EFEITOS SOBRE O APARELHO DIGESTIVO:

- Os vómitos e as diarreias que se observam em diversas intoxicações são, muitas


vezes, reações de defesa do organismo.
- Todavia, um tóxico pode atuar diretamente sobre a mucosa intestinal, provocando
uma irritação da mesma, com episódios de diarreia.
- Os tóxicos corrosivos, ácidos e bases produzem lesões do tubo digestivo, com
sintomatologia mais ou menos dramática, segundo a sua concentração.
- As intoxicações profissionais por ação do chumbo e pelo mercúrio provocam
alterações (dolorosas) na digestão dos alimentos e modificações da mucosa oral.

- EFEITOS SOBRE O FÍGADO:

- Existe um grande número de tóxicos hepáticos, o que não surpreende, já que o fígado
é uma massa visceral de 1,5 a 2 kg e se encontra na encruzilhada das vias digestivas
aferentes.
- Recebe as substâncias tóxicas que acompanham os produtos resultantes do
metabolismo alimentar. Recebe, ainda, o sangue da circulação geral, e, também, os
tóxicos que eventualmente nele circulem.
- Por isso, se pode dizer que não há intoxicação que não provoque lesão hepática,
nomeadamente:

- Intoxicação pelo fósforo;


- Anestésicos gasosos;
- Solventes clorados;
- Corantes, azoicos.

- EFEITOS SOBRE O CORAÇÃO:

- Os tóxicos cardíacos que provocam paragem cardíaca, de altíssima gravidade, não


aparecem com frequência no ambiente de trabalho;
- Os que constituem objeto de estudo da Higiene de Trabalho, pelo risco que
representam para o homem, atuam, essencialmente, sobre o ritmo cardíaco.
- Está neste caso o chumbo que, em doses de intoxicação crónica, provoca uma
diminuição prolongada do ritmo cardíaco.
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- EFEITOS SOBRE O RIM:

- O rim é o outro filtro do organismo humano, passando por ele a grande maioria de
tóxicos e estando, por isso, sujeito a vários tipos de lesões.

- As lesões renais provocadas por intoxicações profissionais têm como agentes


principais:

- Metais pesados (chumbo, urânio, cádmio, etc);


- Solventes clorados, nomeadamente o tetracloreto de carbono,
presente com tanta frequência nos locais de trabalho;
- Derivados nitratos e aminados aromáticos;
- Cloratos;
- Etc.

- EFEITOS SOBRE A PELE:

- A pele está muito exposta aos agentes tóxicos presentes nos locais de trabalho.
- Por essa razão é de toda a conveniência usar vestuário adequado, que proteja das
agressões esses agentes.

- Passamos a enumerar os principais agentes tóxicos:


- Ácidos e bases fortes: provocam queimaduras;
- Produtos da destilação da hulha: verificam-se alterações dos tegumentos;
- Óleos médios: manifestam-se toxidermias, acne, foliculite;
- Óleos pesados: têm uma ação mais lenta, traduzindo-se por proliferações
epiteliais benignas, podendo evoluir para malignas;
- solventes clorados e derivados aminados aromáticos: a sua ação irritante
pode transformar-se em dermatites;
- iodetos e brometos: aparecimento de dermatoses;
- vapores de chumbo: lesões das unhas.

- EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO:

- Muitas das substâncias tóxicas presentes nos locais de trabalho provocam


perturbações ou lesões, mais ou menos, importantes do sistema nervoso.
- Consoante os tóxicos em presença, as suas ações atingem diferentes funções do
sistema nervoso e, por tal razão, os seus efeitos manifestam-se diversamente.

- Apresentamos, como exemplo, os seguintes:

- Álcool: descoordenação dos movimentos e perturbação do equilíbrio;


- Dióxido de carbono: tetanização dos músculos respiratórios;
- Anestésicos: paragem respiratória.

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- EFEITOS SOBRE O APARELHO RESPIRATÓRIO:

É a principal via de acesso dos tóxicos gasosos ou voláteis.


Podem-se verificar lesões locais ou atuar ao nível do mecanismo da respiração.

- ACÇÃO LOCAL:

- Espirros, tosse, corrimento nasal, exagerada produção de saliva;


- Irritação do epitélio pulmonar:

- Edema;
- Queimaduras.

- ACÇÃO AO NÍVEL DO MECANISMO DA RESPIRAÇÃO:

- Mesmo que um tóxico esteja altamente diluído no ar inspirado penetrará nos


alvéolos pulmonares e poderá fixar-se ou ser absorvido pelo sangue.

- Os fenómenos verificados pela ação tóxica ao nível da respiração são:

- Sufocação,
- Asfixia.

- Sufocação:

– Devida a um processo irritativo atuando diferentemente sobre as vias aéreas


superficiais e profundas; sob a influência do tóxico, as primeiras sofrem uma ação
inibidora que se traduz por uma diminuição ou mesmo paragem da respiração.
– Em contrapartida, a irritação das vias profundas determina uma aceleração
considerável dos movimentos respiratórios.
– O organismo fica submetido a duas ações inversas: a necessidade de respirar e a de
não respirar. A reação torna-se desordenada e angustiante.

- Asfixia:

- É o resultado da privação do oxigénio, e conduz à morte em pouco tempo;


- 3 minutos são o limite máximo sem respirar, de forma a não se produzirem lesões
graves.

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PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

Riscos biológicos

- Riscos biológicos:
- Agentes biológicos
- Vias de entrada no organismo
- Medidas de prevenção e proteção

- Agentes biológicos:
- Os agentes biológicos são microrganismos capazes de originar qualquer tipo
de infeção, alergia ou toxicidade no corpo humano: parasitas, fungos, bactérias,
vírus...
- Da sua presença nos locais de trabalho podem advir situações de risco para os
trabalhadores.
- Os agentes biológicos são seres vivos de dimensões microscópicas, bem como
todas as substâncias derivadas dos mesmos, presentes no trabalho, que podem
provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores.

- Grande diferença entre os agentes biológicos e as demais substâncias perigosas

- Capacidade de reprodução

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- Vias de entrada no organismo:


- Via inalatória (aparelho respiratório);
- Via digestiva (aparelho digestivo: alimentos e hábito de fumar);
- Via cutânea (pele);
- Via percutânea (penetração no revestimento cutâneo, atingindo outros
tecidos);
- Contacto com as mucosas, nomeadamente oculares

- Agentes biológicos:

- Tradicionalmente, os maiores riscos encontram-se em:

- Explorações agrícolas,
- Matadouros,
- Hospitais,
- Laboratórios
- Determinados locais de trabalho relacionados com o tratamento de águas e
saneamento.

- Actividades Profissionais que apresentam risco biológico

- Actividades agrícolas e em unidades de produção alimentar:

- O leite não tratado, por exemplo, pode ser veículo de infeções bacterianas;
- A manipulação de azeites vegetais pode ocasionar doenças cutâneas.

- Actividades ligadas à pecuária:

- Contacto com animais ou produtos de origem animal.


- O sector profissional ligado à criação e abate de aves é agora um sector que
exige cuidados especiais!

-Actividades ligadas à saúde e a laboratórios:

- Os riscos biológicos a que os trabalhadores se expõem derivam do contacto


direto ou indireto com doentes ou cadáveres infetados.
- Nos laboratórios o risco será devido ao manuseamento de microrganismos,
patogénicos ou desconhecidos, ou do contacto com animais para
experimentação, por exemplo.

- Actividades em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos:

- Os detritos são um meio ideal para a proliferação de microrganismos.

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-Trabalho em instalações de tratamento de águas residuais:

- As águas residuais podem veicular diversas doenças.

- Medidas de prevenção e proteção:

- Por força da legislação comunitária e nacional as empresas devem avaliar os riscos


inerentes aos agentes biológicos e reduzir os mesmos através de medidas de:

- Eliminação ou substituição;
- Prevenção e controlo da exposição;
- Informação e formação dos trabalhadores;
- Controlo médico adequado.

- Medidas gerais:

- Evitar a formação de aerossóis e de poeiras, inclusive durante as actividades


de limpeza ou manutenção.

- Muitos agentes são transmitidos através do ar.

- Manter uma boa higiene doméstica, procedimentos de trabalho higiénicos e


utilização de sinais de aviso pertinentes são condições indispensáveis e seguras
de trabalho.

- Adoptar medidas de descontaminação de resíduos, equipamento e vestuário,


bem como medidas de higiene dirigidas aos trabalhadores.

- Muitos organismos desenvolvem mecanismos de sobrevivência ou


resistência ao calor, à desidratação ou à radiação através, por
exemplo, da produção de esporos.

- Dar instruções sobre a eliminação com segurança de resíduos, procedimentos


de emergência e primeiros socorros.

- Em alguns casos, entre as medidas de prevenção, pode incluir-se a vacinação


colocada à disposição dos trabalhadores.

- Nota: As medidas necessárias à eliminação ou redução dos riscos


para os trabalhadores dependem de cada risco biológico em concreto,
estas são apenas ações gerais.

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RISCOS FISICOS

- Riscos físicos:

- Conceito, efeitos sobre a saúde, medidas de prevenção e proteção


- Ambiente térmico
- Iluminação
- Radiações (ionizantes e não ionizantes)
- Ruído
- Vibrações

- Os riscos físicos apresentam uma troca brusca de energia entre o organismo e o


ambiente numa quantidade superior aquela que o organismo é capaz de suportar,
podendo acarretar problemas de saúde.

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AMBIENTE TÉRMICO

- Ambiente térmico:

- Define-se como um conjunto das variáveis térmicas ou meteorológicas do local, as


quais influenciam as trocas de calor entre o meio e o organismo humano.
- Intervém, de forma direta ou indireta na saúde e bem-estar dos indivíduos e na
realização das suas tarefas diárias, interferindo, por isso, no rendimento de trabalho.

- O Homem pertence ao grupo dos animais homeotérmicos.

- O seu organismo é mantido a uma temperatura interna aproximadamente


constante, da ordem de 37,0 ± 0,8 ºC.
- Em termos de sobrevivência, em estado de doença, 32 ºC é o limite inferior e
42 ºC o limite superior

- Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas


condições de temperatura e humidade de modo a proporcionar bem-estar e defender
a saúde dos trabalhadores.
- A temperatura deve oscilar entre os 18 ºC e 22 ºC e a humidade deve oscilar entre os
50% e 70%.
- Quando tal não se verifique devem-se adoptar sistemas artificiais de
ventilação e de aquecimento ou arrefecimento ou, caso não seja possível,
equipamentos de proteção adequados.

- Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas


condições de temperatura e humidade de modo a proporcionar bem-estar e defender
a saúde dos trabalhadores. A temperatura deve oscilar entre os 18 ºC e 22 ºC e a
humidade deve oscilar entre os 50% e 70%.
- Quando tal não se verifique devem-se adoptar sistemas artificiais de ventilação e de
aquecimento ou arrefecimento ou, caso não seja possível, equipamentos de proteção

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- Efeitos no organismo – Temperaturas baixas:

- Mal-estar geral;
- Diminuição da destreza manual;
- Redução da sensibilidade táctil;
- Anquilosamento das articulações;
- Comportamento extravagante (hipotermia do sangue que irriga o cérebro);
- Congelação dos membros (os mais afectados, as extremidades);
- Frieiras;
- Eritrocianose;
- Enregelamento (temperaturas inferiores a -20ºC);
- A morte produz-se quando a temperatura interior é inferior a 28º C por falha
cardíaca.

- Efeitos no organismo – Temperaturas altas:

- A subida de temperatura acima da zona de conforto, começa a provocar problemas


de natureza:
- Psicológicas: - incomodo, mal-estar;
- Psicofisiológicas: - aumento da sobrecarga do coração e aparelho circulatório;
- Patológicas: - agravamento de doenças.

- Mais especificamente:

- Transtornos psiconeuróticos
- fadiga térmica

- Transtornos sistemáticos:
- Síncope de calor, colapso de calor;
- Esgotamento por calor: Deficiência circulatória, Desidratação,
Dessalinização, Anidrosis;
- Golpe de calor.

- Transtornos na pele:
- Erupção (milaria rubra);
- Anidrose (deficiência de suor);
- Deficiência congénita das glândulas sudoríparas;
- Queimaduras solares (devido às radiações ultravioletas).

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- Medidas de proteção e prevenção Temperaturas baixas:

- Fornecimento de calor / climatização;


- A introdução de períodos de descanso e aclimatização;
- Seleção de trabalhadores mais adequados;
- Vestuário de protecção.

- Medidas de proteção e prevenção Temperaturas altas:

- Uso de ventilação geral e climatização;


- Uso de exaustores em postos de elevada libertação de calor, com renovação
de 30m3/hora por pessoa;
- A instalação de refrigeradores para o ar renovado;
- A utilização de ventoinhas (estas devem ser colocadas de forma a não
interferir com a eficiência de qualquer sistema de controlo de qualquer
contaminante existente);
- A utilização de écrans protectores contra energia radiante (Ex: diante dos
fornos);
- o isolamento, recolocação ou substituição de equipamento produtor de calor;
- a utilização de equipamento (tais como ferramentas) que permita reduzir a
carga de calor metabólico;
- uso de chaminés (hottes) aspiradoras, evacuando o ar quente por convecção
natural;
- protecção de paredes opacas (tectos em particular);
- protecção das superfícies envidraçadas;
- colocação de telas metálicas.
- a introdução de períodos de climatização;
- a introdução de períodos de descanso;
- a distribuição do trabalho ao longo do tempo;
- a realização do trabalho mais quente nos períodos mais frescos do dia;
- o fornecimento de água em quantidades apropriadas aos trabalhadores.
- vestuário de protecção;
- deve apresentar determinadas características, tais como: boa ventilação,
flexibilidade e elevada grau de reflexão;
- óculos e viseiras de protecção com vidro reflector.

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Iluminação

- Iluminação:

- Os olhos, órgãos que nos concedem o sentido da visão, desempenham um papel


fulcral no controlo das atividades e movimentos realizados pelo Homem.
- Assim, uma iluminação adequada é uma condição indispensável para a obtenção e
manutenção de um bom ambiente laboral.
- Desta forma, da não verificação das condições ideais de iluminação resultam
consequências, nomeadamente:

- Danos visuais;
- Dores de cabeça;
- Tensões psicológicas ou físicas;
- Mau relacionamento pessoal e hierárquico;
- Posturas incorretas;
- Menor motivação;
- Menor produtividade;
- Maior risco de acidentes de trabalho e da sua gravidade;

- Um estudo efetuado em cerca de 500 empresas, nas quais foi melhorado


o nível de iluminação, obteve os seguintes resultados:

- Aumento da produção entre 8 a 25%;


- Diminuição dos erros até 28%;
- Grande diminuição dos acidentes de trabalho até 50%.

- De um modo geral, uma deficiente iluminação eleva o risco de acidente de trabalho.

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- Iluminância:

- É uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada por unidade de


superfície.
- Representada em lux (lx)

- Exemplos de iluminâncias:
- Dia sol aberto _ 100 000 lx;
- Céu enevoado no verão _ 20 000 lx ;
- Boa iluminação de trabalho _ 1 000 lx;
- Boa iluminação rodoviária _ 20 lx;
- Noite de lua cheia _ 0.25 lx;

-A iluminância é medida por um aparelho chamado LUXÍMETRO.

- Alguns exemplos de iluminação adequada em postos de trabalho:

Categoria Definição Exemplos Iluminação


recomendada
Tarefas muito finas Observação constante Desenho 1.000 lux ou mais
e demorada de rigoroso, fabrico
detalhes no limite da de instrumentos
capacidade visual de precisão, etc...
Tarefas finas Locais ou trabalhos Leitura e escrita 500 – 1.000 lux
não incluídos nas normais, salas de
categorias I, III e IV aulas,
conferências,
escritórios, etc...
Tarefas normais A percepção de Estabelecimentos, 250 – 500 lux
pequenos detalhes forjas, oficinas de
não é habitualmente montagem, etc...
necessário
Tarefas grosseiras Locais de trabalho Garagens, 125 – 250 lux
utilizados de forma armazéns, etc...
descontínua

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- Manutenção da iluminação:

- O nível da iluminação diminui à medida que a idade do equipamento elétrico


aumenta. As razões são:

- Desgaste das lâmpadas;


- Sujidade no equipamento ou nas lâmpadas;
- Sujidade na superfície da sala;
- Sujidade nos refletores e nos protetores de encandeamento;

- As maiores perdas são causadas pela sujidade das lâmpadas que, ao fim de algum
tempo produzem só cerca de metade da luz original.
- As lâmpadas devem ser mudadas regularmente, todas ao mesmo tempo e não só as
fundidas.

- Condições para uma Iluminação Adequada:

- Deve sempre existir uma preferência pela iluminação natural.

- É a mais adequada sob o ponto de vista fisiológico e psicológico, facilitando a


variação da acomodação visual.
- A iluminação natural amplia o campo de visão, evita efeitos claustrofóbicos e
previne o Síndrome Depressivo.

- Nenhuma fonte luminosa deve aparecer no campo visual dos trabalhadores.


- É preferível a utilização de um maior número de lâmpadas de menor intensidade
que poucas muito potentes.
- Deve evitar-se a utilização de cores e de materiais reflectores para as máquinas,
tampos de mesas e painéis de controlo.

- Efeito Estroboscópico:

-Trata-se de um efeito com um grau de perigosidade elevado, uma vez que se


verifica em muitos processos fabris, cujas máquinas não possuem adequada
protecção mecânica.
Este efeito é aquele que vulgarmente

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- Encandeamento:

-O encandeamento instantâneo ou permanente aparece quando há uma distribuição


muito desigual da luminosidade no campo de visão.

- Nesta situação a vista é incapaz de se adaptar por causa desta ser demasiado
forte.

- Isso acontece, basicamente, quando:


- A fonte da luz está demasiado baixa;
- A fonte de luz está numa posição errada;
- A luz reflete numa superfície brilhante (encandeamento Indireto).

- Iluminação nos locais de trabalho:

- A iluminação nos locais de trabalho, deve ser adequada:


- Ao tipo de trabalho ou actividade;
- À idade dos trabalhadores;
- À duração do trabalho;
- Ao efeito psicológico a obter;
- Ao efeito estético pretendido.

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Exercício: A iluminação no meu local de trabalho (sala de formação) é


adequada?

- Lista de verificação:

1 - As claraboias, janelas e outras superfícies vidradas são mantidas limpas?


2 - Os tectos e as paredes estão pintados de cores claras e reflectoras e mantêm-se em
bom estado de limpeza?
3 - A iluminação artificial geral é adequada para o tipo de trabalho executado?
4 - Foram tomadas medidas para reduzir o efeito estroboscópico ou o brilho
provocado pela iluminação artificial?
5 - Existe iluminação local ou lâmpadas ajustáveis para o trabalho de precisão?
6 - Os dispositivos do sistema de iluminação eléctrica são mantidos limpos e
substituídos regularmente?

Radiação

- Radiação:

- A radiação é o processo de transmissão de energia através do espaço.


- Todos os dias estamos expostos a diversos tipos de radiação, dependendo da nossa
atividade.

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- As radiações podem ser:

- Ionizantes ou
- Não ionizantes

- Isto de acordo com a sua capacidade de ionização de átomos ou moléculas.


- As radiações mais nocivas ao ser humano são as radiações ionizantes sendo que os
efeitos adversos podem ser somáticos (verificar-se diretamente nas pessoas
irradiadas) ou genéticos (passar para as gerações seguintes).
- As doses de radiações são acumuláveis no organismo.

- Efeitos das radiações:

- Dependem de diversos fatores como:

- A natureza das radiações.


- A dose de radiação e a sua distribuição no tempo.

- As características do material biológico exposto.


- Um dos efeitos mais nocivos associados às radiações é o aumento de incidência de
tumores malignos, como cancro da pele, carcinoma do pulmão e leucemia.
- Os grupos de risco em relação a esta temática são aqueles que lidam com radiações
ionizantes no seu local de trabalho, nomeadamente trabalhadores do sector da saúde

- Prevenção:
- É fundamental e implica:

- A redução do tempo de exposição,


- Manter distâncias seguras entre o trabalhador e a fonte de emissão da
radiação,
- Isolamento da fonte através da utilização de barreiras físicas de chumbo,
- Utilização de aventais e outros equipamentos de proteção individual de
chumbo.

- Radiações ionizantes:
- Radiações ionizantes constituídas por radiações eletromagnéticas:
- Raios gama (_) – comprimentos de onda entre 0,05 e 5 nm;
- Raios X – comprimentos de onda entre 0,01 e 500 nm;

- Radiações ionizantes por radiações corpusculares:


- Partículas alfa (_) – núcleos de hélio (He);
- Partículas beta (_) – eletrões de alta energia.

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Dose
recebida (SV)
0,25 Nenhum efeito aparente (dose limiar)
0,50 Ligeiras alterações sanguíneas
1 Fadiga, náuseas e alterações sanguíneas (dose critica)
2 As mesmas alterações anteriores, mais acentuadas
3 Náuseas, vómitos com 20% de mortes durante o 1º mês, havendo
uma recuperação em 3 meses para os indivíduos sobreviventes
4 Cerca de 50% de mortes no 1º mês, com uma recuperação mais ao
menos longa, para os indivíduos sobreviventes, (Dose letal média)
6 Morte praticamente certa, (100%) (Dose mortal)

- Radiações não ionizantes:

-Existem vários tipos:


- Ultravioleta (UV);
- Visível (V);
- Infravermelha (IV);
- Laser;
- Microondas;
- Radiofrequências.

- São as radiações de frequência igual ou menor que a da luz (abaixo, portanto, de


~8x1014Hz (luz violeta)).
- Elas não alteram o átomo mas ainda assim, algumas, podem causar problemas de
saúde.
- Está demonstrado, por exemplo, que as microondas podem causar, além de
queimaduras, danos ao sistema reprodutor.
- Os laser podem provocar danos graves nos olhos e na pele.

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Ruído

- O que é o ruído?

- O som, de uma forma geral, resulta de um fenómeno físico que consiste na detecção
pelo ouvido, de qualquer variação de pressão no ar ambiente.

- Os sons podem ser perigosos e/ou desagradáveis, indesejáveis, sendo que


nestes casos chamamos-lhes ruído.

- Assim, podemos dizer que:

- Ruído é um som ou conjunto de sons desagradáveis e/ou perigosos, capazes de


alterar o bem-estar fisiológico ou psicológico das pessoas, de provocar lesões auditivas
que podem levar à surdez e de prejudicar a qualidade e quantidade do trabalho.

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- O nível de incomodidade causado pelo ruído depende:

Da frequência do som (baixa – sons graves, média,


alta – sons agudos),

Da sua amplitude (volume), medida em termos de nível de


pressão sonora,

Da atitude e comportamento perante cada situação concreta.

- Decibel:

- Os níveis sonoros, por norma, são apresentados numa unidade (logarítmica) chamada
decibel, cujo símbolo é dB.

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- Limites de Intensidade:

- Ruído com intensidade de até 55 dB não causa grandes problemas;


- Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar grandes malefícios à
saúde;
- Ruídos de 76 dB a 85 dB podem afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será
afetada, a depender do tempo da exposição.
- Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com ruídos de 85 dB terá,
fatalmente, após 2 anos problemas

- Estudos mais recentes da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que um


som deve ficar em até 50 dB para não causar prejuízos ao ser humano. A partir de 50
dB, os efeitos negativos começam. Alguns problemas podem ocorrer a curto prazo,
outros levam anos para serem notados.

- Exemplos de atividades mais ruidosas (devido ao elevado nível de mecanização):

- Indústria têxtil;
- Indústria da madeira;
- Metalomecânica;
- Indústria extrativa (minas).

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- Exemplos de máquinas e ferramentas mais ruidosas:

- Serras circulares;
- Rebarbadoras portáteis;
- Martelos pneumáticos;
- Motosserras.

- Medição do Ruído:

- Para uma exposição permanente a ruídos – 40 horas por semana - num posto de
trabalho, temos de ter em conta 3 valores:

- 80dB
- 85 dB
- 87 dB

- Portanto acima do nível limite começa a ser apreciável o risco de surdez profissional,
risco este tanto maior quanto mais elevado for o nível do ruído e /ou o tempo de
exposição ou anos de trabalho.

- O Ruído nos Locais de Trabalho:

- Quaisquer que seja a fonte, os ruídos podem classificar-se em três tipos:

- Ruído uniforme, quando o nível de pressão acústica e os espectros de frequência são


constantes durante um certo tempo relativamente longo, como por exemplo o ruído
numa fábrica de fiação;
- Ruído intermitente, quando o nível de pressão acústica e o espectro das frequências
variam constantemente, como por exemplo numa oficina de mecânica;
- Ruído impulsivo, quando o nível de pressão acústica é muito elevado mas dura pouco
tempo (menos de 1/5 do segundo), como por exemplo um tiro.

- Outro tipo de classificação dos tipos de ruído é feito de acordo com a sua
perigosidade:
- Ruídos perigosos:
- São aqueles que mantêm uma intensidade entre os 85 e 90 dB.
- Ao permanecermos mais de 5 horas num ambiente com este nível de ruído,
corre-se o risco de prejudicar a audição.
- Este tipo de ruído é causado, por exemplo, por ferramentas que trabalham a
ar comprimido, (ex: martelos pneumáticos) ou por aviões em aeroportos.

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- Ruídos «Abafados»
- São aqueles que mantêm uma intensidade entre os 60 e 70 dB.
- Têm como consequência o dificultarem uma conversação normal, ou
provocarem acidentes.
- Existem na maioria das indústrias e podem ser perigosos, como por exemplo
no caso em que o ruído das máquinas abafe o ruído de um empilhador.

- Ruídos Irritantes
- São subjetivos, pois aquilo que é ruído para uma pessoa pode ser música para
outra.
- Por exemplo, para os clientes de um restaurante a música de fundo pode ser
agradável enquanto para os empregados pode ser irritante pois ouvem-na
permanentemente.
-Outro exemplo: Uma música de heavy-metal em «altos berros» na
aparelhagem do vizinho pode ser formidável para ele e irritante para mim

- Medição do Ruído:

- A prevenção do ruído deve ser feita na fase de concepção de qualquer


empresa/organismo para ser o mais racional possível e a mais económica.
- É possível (e desejável) medir o nível de ruído.

- As razões que obrigam a que se proceda a medições de ruído frequentes são:

- A necessidade de verificar se os níveis são susceptíveis de provocar danos


auditivos ou deterioração do ambiente de trabalho;
- A comprovação de que o ruído emitido pelos equipamentos está conforme as
especificações;
- Obtenção de dados para eventuais intervenções ao nível do controlo do
mesmo ruído.

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- Consequências ou Efeitos do Ruído:

- Ruídos de componentes graves – menos perigosos;

- Para níveis superiores a 100 dB actuam sobre os músculos e estômago,


podendo provocar vómitos e até síncopes.

- Os ruídos de médias frequências provocam os mesmos danos mas em maior grau;

- Aos 80 dB já podem causar transtornos digestivos, aumentar a pressão


arterial e a pulsação.

- O sistema nervoso central do homem é muito sensível aos ruídos com frequências
altas, os agudos;

- Podem causar fadiga nervosa e cansaço mental.

- Acção sobre o aparelho auditivo:

- Perda de audição, Esta perda é função da frequência e da intensidade do ruído. É


mais evidente para os sons puros e para frequências elevadas.
- Fadiga auditiva, Trata-se de um abaixamento reversível da acuidade auditiva.
Quando a exposição a ruído excessivo se mantém durante muito tempo, há um perda
permanente da acuidade auditiva.
- Distorção dos sons, É um fenómeno que acompanha a perda das células ciliares,
responsável pela audição.
- Aparecimento de tonalidades metálicas nos sons ouvidos.

- Efeitos fisiológicos:

- Sem pretender ser exaustiva apresenta-se uma lista de efeitos potenciais do ruído:

- Lesão do sistema auditivo, como já vimos conduzindo a surdez;


- Distúrbios gastrointestinais;
- Distúrbios relacionados com o sistema nervoso central - dificuldade em falar,
problemas sensoriais, diminuição da memória;
- Aceleração do pulso;
- Contração dos vasos sanguíneos;
- Elevação da pressão arterial;
- Dilatação da pupila;
- Diminuição da resistência eléctrica da pele;
- Aumento da produção hormonal da tiróide;
- Fragilidade da barreira imunológica do organismo;
- Aumento da incidência de doenças - constipações, afecções ginecológicas,
etc;

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- Dificuldade em distinguir cores;
- Vertigens;
- Diminuição da velocidade da percepção visual;
- Cansaço geral;
- Dores de cabeça.

- Efeitos de natureza psicológica:

- Uma das consequências mais conhecidas do ruído é o transtorno do bem estar


psíquico, de que pode resultar:

- Irritabilidade
- Apatia
- Mau humor
- Medos
- Insónias

- Efeitos sociais e económicos:

- O ruído afecta de modo directo:

- a produtividade, baixando-a;
- a ocorrência de acidentes, aumentando-a;
- a gravidade dos acidentes, aumentando-a;
- os conflitos laborais, aumentando-os;
- as queixas individuais, aumentando-as;
- a inteligibilidade, diminuindo-a.

- Controlo do Ruído:

- EPC:
- Medidas organizacionais;
- Medidas construtivas ou de engenharia;

- EPI:
- Medidas de protecção individual.

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- Medidas organizacionais:

- As medidas organizacionais, também chamadas medidas administrativas, têm em


vista reduzir o tempo de exposição ao ruído e/ou o nível desse mesmo ruído.

- Como exemplos de medidas deste tipo podemos ter:

- Planificação da produção, com eliminação dos postos mais ruidosos;


- Rotação periódica do pessoal exposto;
- Aquisição de equipamentos menos ruidosos;
- Realização das tarefas mais ruidosas quando haja
menos trabalhadores;
- Separação das actividades ruidosas por diferentes espaços;

- Medidas construtivas:

- As medidas construtivas ou medidas de engenharia, têm como objectivo a redução


do ruído produzido e/ou o aumento da sua absorção e/ou a redução da sua
propagação.

- Medidas desta natureza serão, por exemplo:

- Substituição ou lubrificação das máquinas


- Diminuição da velocidade de rotação de ventiladores
- Utilização de materiais amortecedores
- Utilização de materiais mais absorsores de ruído nas paredes, tectos e
pavimentos
- Cobertura das fontes de ruído
- Uso de isolamentos antivibráteis
- Insonorização dos locais em relação ao exterior
- Todas as estas medidas referidas são de protecção colectiva.

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- Medidas de protecção individual:

- Os protectores auditivos individuais podem portanto ser de diversos tipos:

Tapa orelhas ou auscultador

Tampões ou auriculares Capacetes que tapam ouvidos e o


crânio

- Exames Médicos e Audiométricos:

- Estes exames servem para:

- Identificar os mais sensíveis ao ruído;


- Controlar possíveis perdas de audição;
- Avaliar a eficácia de medidas eventualmente tomadas;
- Avaliar a eficácia dos protectores auditivos individuais e, em última instância;
- Destinam-se a proteger a saúde dos trabalhadores.

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Vibrações

- As vibrações são agentes físicos nocivos que afectam os trabalhadores e que podem
ser provenientes das máquinas ou ferramentas portáteis a motor ou resultantes dos
postos de trabalho.
- As vibrações encontram-se presentes em quase todas as actividades, nomeadamente
em construção e obras públicas, indústrias extractivas, exploração florestal, fundições
e transportes.

- PRINCIPAIS RISCOS:
- Perturbações neurológicas ou musculares, vasculares e lesões osteoarticulares, no
caso das vibrações transmitidas ao sistema mão-braço
- Problemas vasculares conhecidos

- Síndroma dos dedos brancos


- Síndroma de Raynaud
- Doença traumática dos vasos sanguíneos

- Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral, para o caso das vibrações
transmitidas ao corpo inteiro

- Lombalgias
- Traumatismos da coluna vertebral

- Lesão neurológica: afecta o sentido do tacto;


- Aspecto vascular: afecta a circulação do sangue nos dedos;
- Lesão neurovascular: afecta a força muscular;
- Elasticidade muscular: afecta a capacidade de abrir ou fechar completamente os
dedos e as mãos;
- Lesão osteoarticular: afecta a qualidade dos ossos; provoca dores que bloqueiam os
movimentos da mão.

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- SISTEMA MÃO-BRAÇO:

- CORPO INTEIRO:

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- VALORES LIMITE e VALORES DE ACÇÃO:

- Sistema mão-braço
- Valor limite – 5 m/s2
- Valor de acção – 2,5 m/s2

- Corpo inteiro
- Valor limite – 1,15 m/s2
- Valor de acção – 0,5 m/s2

- AVALIAÇÃO DOS RISCOS:

- Nas actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a vibrações


- O empregador deve avaliar e, se necessário, medir os níveis de vibrações

- AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE EXPOSIÇÃO

- Observação de práticas de trabalho específicas


- Com base em informações fornecidas pelo fabricante relativas ao nível provável de
vibrações do equipamento, nas condições normais de utilização

- SISTEMAS DE MEDIÇÃO
- Cumprir os requisitos de normalização em vigor;
- Calibração anual;
- A medição deve ser feita por entidade acreditada;
- A medição deve ser feita de acordo com os anexos I e II do DL 46/2006

AVALIAÇÃO E MEDIÇÃO

- Devem ser programadas e efectuadas a intervalos regulares e apropriados;


- Ter em conta a amplitude e a duração das vibrações;
- Conservar os dados delas resultantes para posterior consulta.
- Na avaliação dos riscos, ter em conta os seguintes aspectos:
- O nível, a natureza e a duração da exposição, incluindo a exposição a vibrações
intermitentes ou a choques repetidos;
- Os efeitos indirectos sobre a segurança dos trabalhadores (quando as vibrações
interferem com a manipulação de comandos);
- As informações prestadas pelos fabricantes;
- Condições de trabalho específicas (trabalho a baixas temperaturas);
- A informação resultante da vigilância da saúde.

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- REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO:

- O empregador deve utilizar todos os meios disponíveis para eliminar na fonte ou


reduzir ao mínimo os riscos devido à exposição a vibrações
- Se o resultado da AR indicar que os valores de acção foram ultrapassados, o
empregador deve aplicar um conjunto de medidas técnicas e organizacionais, tendo
em consideração o seguinte:
- Métodos de trabalho alternativos
- Escolha de equipamentos de trabalho adequados
- Instalação de equipamentos auxiliares que reduzam o risco de lesões (assentos ou
punhos)
- Programas de manutenção do equipamento, do local de trabalho e das instalações
- Concepção, disposição e organização dos locais e postos de trabalho
- Informação e formação aos trabalhadores para a utilização correcta e segura do
equipamento
- Limitação da duração e da intensidade da exposição
Horários de trabalho adequados (períodos de descanso)
- Vestuário de protecção do frio e da humidade

- VALORES LIMITE:

- O empregador deve assegurar que, em qualquer caso, o valor limite não é


ultrapassado
- Nas situações em que for ultrapassado, o empregador deve:

- Tomar medidas imediatas que reduzam a exposição;


- Identificar as causas da ultrapassagem dos valores limite;
- Corrigir as medidas de protecção e prevenção;

- Adaptar as medidas à situação de trabalhadores particularmente sensíveis.

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PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

- Riscos químicos:

- Produtos químicos perigosos

- Classificação dos agentes químicos quanto à sua forma


- Vias de exposição
- Efeitos na saúde
- Classificação, rotulagem e armazenagem
- Medidas de prevenção e proteção

- Agente químico:
- Toda substância, natural ou sintética, na forma de líquidos, gases, vapores, sólidos,
névoas, fumos ou poeiras que, durante a fabricação, manuseamento, transporte,
armazenamento ou uso, possa agredir diretamente o trabalhador ou contaminar a
atmosfera do ambiente de trabalho.

- O contacto dos agentes químicos com as pessoas pode ocorrer de três


formas:

- Por via respiratória:

- Os agentes penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando aos


pulmões.
- Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestam
os seus efeitos tóxicos, tais como asma, bronquites, etc.

- Por via cutânea:

- Os ácidos, bases e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos e provocar


lesões como alterações na circulação e oxigenação do sangue, nos glóbulos vermelhos
e problemas na medula óssea.

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- Por via digestiva:

- A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias


nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva.
- Hábitos inadequados como o de alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho,
umedecer lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene
contribuem para a ingestão desse tipo de agente.
- Conforme o tipo de produto ingerido, pode ocorrer queimadura na boca, queimadura
do esôfago e estômago etc.

- Classificação:
- Quanto à forma:

- Os agentes químicos podem existir em suspensão na atmosfera nos estados sólido,


líquido ou gasoso.

- Estado Sólido:

- Poeiras – suspensão no ar de partículas esferoidais de pequeno tamanho, formadas


pelo manuseamento de certos materiais e por processos mecânicos de desintegração.
- Fibras – partículas aciculares provenientes de uma desagregação mecânica e cujo
comprimento excede em mais de 3 vezes o seu diâmetro.

- Fumos:

- Suspensão no ar de partículas esféricas procedentes de uma combustão incompleta


(smoke).
- Ou resultante da sublimação de vapores, geralmente depois da volatilização a altas
temperaturas de metais fundidos (fumes).
- Apesar desta diferenciação, é frequente dar o nome genérico de pó a todas as
partículas sólidas em suspensão.
- Dentro deste contexto e tendo em conta o extraordinário papel que o diâmetro tem
no risco higiénico da inalação, convém distinguir-se os seguintes riscos:

- Pó total – todas as partículas sólidas presentes no ambiente, num dado momento,


independentemente do tamanho das partículas.
- Pó respirável – fracção de pó total cujas partículas têm um diâmetro equivalente não
superior a 7 mícron (fracção pneumoconiótica do pó total).

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- Estado Líquido:

- Aerossóis (mist) – suspensão no ar de gotículas cujo tamanho não é visível à vista


desarmada e provenientes da dispersão mecânica de líquidos.
- Neblinas (fog) – suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis e produzidas por
condensação de vapor.

- Estado Gasoso:

- Gases – estado físico normal de certas substâncias a 25ºC e 760 mm Hg de


pressão ( Pa absolutos).
- Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições padrão (25ºC, 760 mm
Hg) se encontram no estado sólido ou no estado líquido.

- Classificação:
- Quanto à perigosidade:

- Produtos inflamáveis:
- Damos o nome de produtos inflamáveis a sólidos, líquidos ou gases susceptíveis de se
inflamarem no ar e continuarem a arder.
- O símbolo da chama que figura no rótulo aposto no recipiente permite identificar os
produtos mais inflamáveis (extremamente inflamável: F+ e facilmente inflamável: F).

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- Substâncias comburentes:

- Dá-se o nome de comburente a todo e qualquer produto que mantém a combustão


de uma substância inflamável.
- Na maior parte dos casos, é o oxigénio do ar que serve de comburente.

- Substâncias explosivas:

- Determinados produtos reagem violentamente sob a acção da chama, do calor, de


um choque ou de fricção, provocando uma explosão.
- Podem ser causa de acidentes, de queimaduras graves, e por vezes, de prejuízos
materiais importantes. A presença do símbolo da bomba num rótulo aposto sobre um
recipiente permite identificar os produtos explosivos.

- Intoxicações agudas:

- Quando se verificam efeitos tóxicos no organismo resultantes da absorção de doses


relativamente grandes, em curto espaço de tempo.
- Tais intoxicações podem traduzir-se por náuseas, vómitos, dores de cabeça,
vertigens, perturbações respiratórias, nos casos graves por perdas de consciência e
paragens respiratórias, por vezes são causadoras de morte.

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- Intoxicações crónicas:
- Se a exposição ao produto, mesmo muito diluído, tiver lugar durante períodos longos
ou repetidos, a intoxicação chama-se crónica.
- Pode afectar pulmões, cérebro e nervos.
- É de salientar que os efeitos da intoxicação nem sempre desaparecem
completamente, mesmo depois de terminada a exposição.

- Toxicidade e nocividade:

- A substância é qualificada de tóxica (fenol, metanol, mercúrio, cromato de zinco...)


ou nociva (tolueno, tricloroetileno...), consoante o grau de toxicidade que apresenta.
- Pode causar afecções profundas do organismo ou mesmo a morte.
- Ainda que de toxicidade reduzida, um produto rotulado de nocivo pode tornar-se
muito perigoso - mesmo mortal - se a dose for elevada.

- Substâncias cancerígenas:
Mutagénicas - Tóxicas para reprodução

- Entre estas substâncias, algumas ditas cancerígenas podem provocar cancro ou


aumentar a sua frequência no homem.
- Outras, ditas mutagénicas, dão origem a mutações genéticas susceptíveis de provocar
o aparecimento de deficiências genéticas hereditárias. A substância designada tóxica
para a reprodução, pode dar origem a malformações no embrião ou no feto.

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- Substâncias susceptíveis de lesar gravemente tecidos vivos:

- Existem duas categorias de substâncias cujos efeitos são locais, isto é, cuja acção se limita
geralmente ao local do contacto com o corpo:

- Substâncias corrosivas;
- Substâncias irritantes.

- Substâncias corrosivas:

- Exercem uma acção destrutiva sobre os tecidos vivos. Destroem as células da


epiderme, queimam a pele e as mucosas e provocam lesões por vezes muito graves.
São os ácidos (clorídrico, sulfúrico...), as bases (soda, potassa...) e os compostos
oxidantes (determinados peróxidos, lixívia concentrada).
- O contacto da maioria destas substâncias corrosivas com os tecidos do organismo
humano dá origem a queimaduras químicas, bem como a infecções muito graves.

Corrosivo
C

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- Substâncias irritantes:

- Provocam prurido ou vermelhidão na pele, conjuntivites ou inflamações das vias


respiratórias.
- Trata-se de determinadas soluções diluídas de soda, de potassa, de amoníaco, de
ácidos ou de lixívia e de solventes orgânicos (tetracloreto de carbono, terebintina) ou
de bases.

- Substâncias sensibilizantes:
- Outros produtos só dão origem a reacções cutâneas ou respiratórias de natureza
alérgica em determinados indivíduos.
-Tais produtos designam-se sensibilizantes.
- Provocam crises de asma e eczemas; trata-se, por exemplo, dos isocianatos presentes
em determinadas tintas e em determinados produtos de tratamento de metais ou as
resinas epoxídicas.

- Substâncias perigosas para o ambiente:


- Numerosas substâncias largadas sem controlo no ambiente podem dar origem a
poluições imediatas ou a longo prazo, difíceis de eliminar.
- As substâncias perigosas para o ambiente são substâncias que, se penetrarem no
ambiente, podem apresentar um risco imediato ou a longo prazo para o ambiente
aquático, para o solo, para a atmosfera ou para a natureza em geral.

- Substâncias perigosas para o ambiente:

- Constituem exemplo as substâncias organocloradas, as matérias activas dos


pesticidas, determinados solventes e os sais dos metais pesados.
- Uma descarga acidental destes produtos pode destruir a vida de um rio ou
envenenar, a longo prazo, os solos que forem contaminados.

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- Rotulagem:

- Das embalagens de substâncias químicas perigosas.

- O rótulo deve figurar sobre o recipiente de origem e cada uma das sucessivas
embalagens após transvasamento e reacondicionamento.
- Deve ser visível e estar redigido na língua do país.
- Não deve ser confundido com outro rótulo previamente encontrado ou utilizado para
efeitos do transporte das substâncias perigosas.

- Cuidados a ter no manuseamento de substâncias químicas:


- Estado das embalagens e recipientes

- Verificar o bom estado das embalagens e recipientes a fim de identificar e evitar


fugas. Tome medidas no sentido de que os gases, fumos, vapores ou poeiras sejam
aspirados no seu ponto de origem. Se necessário, utilize uma máscara protetora.
Atenção às eventuais fontes de inflamação.

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- Recipientes adequados

- Conserve os produtos perigosos unicamente em recipientes adequados e


corretamente rotulados. Não os coloque nunca em garrafas ou outros recipientes
alimentares, como garrafas de refrigerantes ou de cerveja. De preferência, guarde os
produtos perigosos fechados à chave.

- Contactos físicos a evitar

- Evite todo e qualquer contacto com a boca. Não coma, não beba e não fume, quando
utilizar substâncias perigosas ou se estiver num local onde elas sejam utilizadas.

- Precauções de segurança

- Trabalhe com as devidas precauções de segurança. Evite toda e qualquer


contaminação através da pele. Se necessário, proteja as partes expostas do corpo com
vestuário individual de protecção (aventais, luvas, botas, óculos, viseiras...).

- Regras de higiene pessoal

- Respeite escrupulosamente as regras de higiene pessoal. Lave as mãos, antes de


comer, dispa o vestuário de trabalho que tenha sujado, trate e proteja imediatamente
as feridas, mesmo as mais pequenas.

Equipamentos de protecção colectiva

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Classificação de filtros anti-gás

Tipo de filtro Cor Protecção contra


GRUPO 1 A Castanho Gases e vapores orgânicos, com ponto de
ebulição >65ºC
B Cinzento Gases e vapores inorgânicos, (com exclusão do
monóxido de carbono)
E Amarelo Dióxido de enxofre, e outros gases e vapores
ácidos.
K Verde Amoníaco de derivados orgânicos aminados
AX Castanho Composto especiais de baixo ponto de
ebulição (</=, 65ºC)
Grupo 2 CO Preto Monóxido de Carbono
Hg Vermelho Vapor de Mercúrio
NO Azul Óxidos de Azoto
Substancias Laranja Exemplos: Iodo radioativo, iodometano
Radioativas

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Aparelhos Filtrantes – Partículas – Classificação

Classe de Filtro Protecção Contra Máxima concentração


admissível para utilização
P1 (Mascaras completas) Aerossóis Sólidos 4 x V.L.E.
FFP1, (Semi-mascaras)
P2 (Mascaras completas) Aerossóis Sólidos e/ou 15 x V.L.E.
FFP2, (Semi-mascaras) Líquidos (Mascaras completas)
10 x V.L.E.
(Semi-mascaras)
P3 (Mascaras completas) Aerossóis Sólidos e/ou 400 x V.L.E.
FFP3, (Semi-mascaras Líquidos (Mascaras completas)
30 x V.L.E.
(Semi-mascaras)

- Quais são as suas responsabilidades?


- Usar com cuidado os serviços os produtos químicos de modo a evitar derrames.
- Consultar e manter as fichas de segurança (Safety Data Sheet) de todas as
substâncias químicas presentes em seu local de trabalho.
- Armazenar os produtos químicos de forma segura.
- Se ocorrer um derrame, avalie a situação. Antes de optar por um método de limpeza
desenvolva procedimentos apropriados de resposta.

- Derrames de pequeno porte:

- Lembre-se: Prevenir com boas práticas em laboratório

- Cada acidente deve ser visto como um caso específico.


- As ações devem ser rápidas.
- A equipa deve estar familiarizada com as técnicas apropriadas de limpeza:
- Treino;
- Antes de usar algum produto químico, avaliar as consequências do derrame e
desenvolver procedimentos apropriados de resposta;
- Se o material for conhecido e o perigo controlado inicie a limpeza imediatamente
(usar equipamentos de proteção individual);
-Para inflamáveis: remova imediatamente todas as fontes de ignição;
- Promova imediatamente máxima ventilação;
- Recolha os resíduos em recipientes adequados;
- Disponha como resíduo perigoso.

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- Derrames de grande porte:


- Um derrame químico é classificado como uma situação de emergência sempre
que:

- 1. Provocar ferimentos ou a exposição do produto químico exigir a atenção


médica;
- 2. Causar perigo de fogo ou liberação de vapores incontroláveis;
- 3. Requerer o uso de equipamentos de proteção respiratória ou de
containeres para contenção;
- 4. Envolver contaminação de uma área pública;
- 5. Causar uma contaminação de rápido transporte por via aérea requerendo a
evacuação do local ou do edifício;
- 6. Causar um derrame que não possa ser controlado ou isolado pela empresa;
- 7. Requerer um processo de limpeza prolongado;
- 10. Envolver uma substância desconhecida;
- 11. Envolver absorção da substância química pelo solo ou escoamento para
corpos de água.

- Ações para derrames de grande porte:

- Evacue a sala e feche as portas. Desligue equipamentos elétricos. Apague chamas se


possível e necessário.
- Chame os bombeiros (forneça informações sobre o tipo de material químico e
quantidade).
- Aguarde pela resposta de emergência em lugar seguro.

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- Armazenagem:
- Sinalização
- Devem existir em lugar visível as seguintes indicações/referências:
- Armazém de produtos químicos
- Proibida a entrada de pessoas estranhas ou não autorizadas
- Proibido fumar
- Saídas de Emergência
- Recipientes para recolha de resíduos (sólido, líquidos absorvidos)
- Extintores

_ Organização do Armazém

- Deve estar sempre limpo


- Isolado de agentes físicos e químicos, que possam prejudicar os produtos
armazenados
- Isolado de locais onde se conservem ou consumam alimentos, bebidas,
medicamentos, etc.
- Demarcar no piso do armazém, a área de armazenamento e a área de circulação
- Não permitir que diferentes classes de produtos químicos possam ficar juntas,
evitando desta forma a contaminação cruzada.
- Ter em atenção as incompatibilidades das diferentes classes de perigo (ter em
atenção a tabela de incompatibilidades)
- Intercalar produtos inflamáveis com produtos não inflamáveis, evitando desta forma
o agravamento do risco de incêndio, no caso de ser um único local de armazenamento.
- É aconselhável que as portas de separação e isolamento sejam do tipo
corta- fogo.
- Evitar que pessoas não autorizadas, e especialmente crianças, tenham acesso.
_ Para entrar no armazém, toda e qualquer pessoa, funcionário ou visitante,
deve estar devidamente vestida: fato de trabalho, luvas, máscara e óculos
contra salpicos.
- O armazém deve estar protegido para evitar incêndio

- Manter em local visível:

- Fichas de emergência dos produtos utilizados


- Telefones de emergência
- Materiais absorventes, adsorventes e neutralizantes
- Manter tambores de areia em local sinalizado para absorção de material derramado
- Manter disponíveis as fichas de dados de segurança do produto (FDS) fornecidas pelo
fabricante
- Actividades secundárias deverão ser evitadas no local de armazenamento

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Risco de Incêndio ou explosão

- O que é o fogo?
- O fogo é uma reação química, acompanhada de libertação de energia em forma de
luz, calor e gases próprios da combustão.
- O tetraedro do fogo descreve os quatro fatores necessários para que se inicie e
mantenha uma combustão.

- Combustível:

- É o agente redutor, que pode ser oxidado, constituído por qualquer substância
suscetível de arder, portanto capaz de se combinar com um comburente numa reação
rápida e exotérmica (que desenvolve calor).
- Pode apresentar-se nos três estados:
- Sólido: carvão, madeira, papel, têxteis, metais como o alumínio, magnésio,
sódio, potássio, etc.
- Líquido: petróleo, gasolina, álcool, tinta, verniz, etc.
- Gasoso: acetileno, hidrogénio, butano, propano, etc. Todos os combustíveis
ardem em fase gasosa.
- É o agente oxidante, constituído pelo oxigénio existente no ar, sendo necessário
cerca de 16% (a concentração de oxigénio na atmosfera é de cerca de 21% em
volume).
- Pode ainda ser constituído por uma mistura de oxigénio com outros gases.
- O aumento da concentração do oxigénio provoca o aumento da intensidade da
combustão.

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- Energia de ativação ou causas de inflamação:

- É a energia mínima capaz de elevar a temperatura do combustível e do ar ambiente


até ao ponto de ignição.
- Esta energia pode ter diversas origens e é fornecida pelos focos de ignição, podendo
considerar-se dois tipos de fornecimento energético:
- Energias de alta intensidade, extensão e longa duração
- Chamas de várias origens: forjas, aparelhos de soldadura, etc.
- Energias de alta intensidade, pequena extensão e curta duração
- Chispas, que superando a temperatura de ignição podem dar início à
combustão.
- Energias de baixa temperatura, independentemente da extensão e duração
- Superfícies ou pontos quentes, transmitindo calor a corpos vizinhos por
condução, radiação ou convecção.

Riscos elétricos

- A energia elétrica é a forma de energia mais utilizada na nossa sociedade industrial.


- Devido à sua facilidade de transporte e de transformação noutras formas de energia,
ela está bem adaptada aos imperativos da economia moderna.
- Mas a eletricidade, em determinadas condições, pode comprometer a segurança das
pessoas.
- Não se vê, não se ouve, não tem odor.
- Ignorar os riscos elétricos pode acarretar consequências graves para pessoas e
bens.
- Torna-se imprescindível, portanto, assumir procedimentos corretos quando
se manipula a corrente, comprar e instalar equipamentos elétricos adequados e
seguros
- Para que se dê um acidente de origem elétrica é necessário que ocorra:
- O circuito estar sob tensão.
- A pessoa estar em contacto com dois pontos do seu corpo a corpos sob
tensão, ou, pelo menos, muito próxima deles, sobretudo para altas tensões.
- Fechar o circuito elétrico, ou seja, passar corrente.

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- Riscos de Contacto Com a Corrente Elétrica:


- Os contactos com a eletricidade podem ser:

- Diretos;
- Indiretos.

- Contactos diretos:
- Contacto entre uma parte ativa, sob tensão (por exemplo, um fio condutor) e um
elemento condutor ligado à terra.
- Muito frequente.

- Contacto entre uma parte ativa, sob tensão e uma outra parte ativa (por exemplo,
outro fio condutor), sob tensão diferente.
- Frequente.

- Contacto entre uma massa acidentalmente sob tensão, por exemplo, a carapaça
metálica de um eletrodoméstico, e um elemento condutor ligado à terra.
- Relativamente frequente

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- Contacto entre duas massas que acidentalmente estão sob tensão e essa tensão é
diferente.
- Muito raro.

- Fatores Que Influenciam os Efeitos da Corrente Elétrica Sobre o Corpo


Humano:

- Intensidade da corrente.
- Resistência do corpo humano.
- Percurso da corrente através do corpo humano.
- Tensão.
- Tempo de exposição à corrente.
- Frequência e variação da corrente ao longo do tempo, no caso da corrente alternada.
- Existem ainda fatores pessoais que potenciam o risco de eletrização, como
por exemplo, o choque psicológico, o estado do coração e o envelhecimento
geral do organismo.

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- Valores para uma corrente alternada de 50/60 Hz.

Intensidade da Efeitos sobre o corpo humano


Corrente (mA)
0,045 Percepção sensorial na língua
0.8 Percepção cutânea para a mulher
1,0 Percepção cutânea para o homem
10 Limiar de não largar
30 Possibilidade de fibrilação ventricular sob
certas condições
2 000 (2 A) Inibição centros nervosos
20 000 (20 A) Queimaduras muito importantes,
mutilações

- Medidas de Segurança:

- Medidas informativas:
- Visam de algum modo dar a conhecer a existência dos riscos da eletricidade e
consistem em:
- Sinais de proibição, precaução e informação;
- Formação de pessoal;
- Normas de segurança.

-Medidas de protecção:
- Para protecção de pessoas podem utilizar-se:
- Plataformas isolantes;
- Tapetes isolantes;
- Ferramentas isolantes;
- Luvas isolantes;
- Capacetes;
- Botas para eletricista.

Para protecção nas instalações contra contacto diretos utilizam-se as seguintes


medidas:
- Isolamento dos condutores;
- Colocação de obstáculos;
- Afastamento - distâncias de segurança;
- Uso de tensão reduzida de segurança.

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- Para protecção contra contactos indiretos pode-se:


- Utilizar a tensão reduzida de segurança inferior aos limites considerados
perigosos;
- Utilizar de aparelhos com duplo isolamento;
- Utilizar circuitos separados de segurança;
- Utilizar ligações equipotenciais;
- Ligação adequada das massas acessíveis dos aparelhos e/ou equipamentos
elétricos em associação com dispositivos de corte automático dos circuitos de
alimentação respectivos (disjuntores).

Riscos mecânicos
Trabalho com máquinas e equipamentos

- Os principais riscos mecânicos a que estão expostos os trabalhadores


quando maquinam peças metálicas são:
- Agarramento, enrolamento, arrastamento, aprisionamento
- Corte, corte por cisalhamento
- Golpe ou decepamento
- Esmagamento
- Choque ou impacto
- Abrasão ou fricção
- Ejecção de fluidos e elevada pressão
- Projecção de objectos
- Perda de estabilidade
- Perfuração, picadela

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- Localização dos Riscos Decorrentes de Acções Mecânicas

_ Acção de Puncionamento

- Força aplicada a um êmbolo, pistão ou martelo com a finalidade de amassar, repuxar


ou estampar metal.
- O risco reside no local de operação (onde o material é colocado) uma vez que o
material é colocado, segurado e retirado com as mãos.
- Ex.: Prensas mecânicas, etc.

_ Acção de Corte

- A acção de corte pode ser conseguida através da aplicação de movimentos giratórios,


alternados e transversais.
- A acção cortante cria perigos no ponto de operação. Podem ser feridas várias partes
do corpo ao realizar a tarefa: pela acção de corte (mãos e dedos) ou por acção indireta
através da projecção de objectos e/ou resíduos (olhos, face, etc.)
- Ex.: Serras, guilhotinas, tornos, prensas, etc.

_ Acção de Cisalhamento

- Aplicação de uma força numa lâmina com o objetivo de aparar uma peça metálica.
- O perigo ocorre no ponto de operação, onde o material é inserido, segurado e
retirado.
- Ex.: Guilhotinas, tesouras mecânicas, hidráulicas ou pneumáticas, etc.

_ Acção de Dobra ou Flexão

- Aplicação de uma força para moldar, dobrar ou estampar.


- O perigo ocorre no ponto de operação, onde o material é inserido, segurado e
retirado.
Ex.: Prensas mecânicas, quinadoras, etc.

- Localização dos Perigos Mecânicos das Máquinas:

_ No ponto de operação:

- Ponto de corte, moldagem, perfuração, estampagem, esmagamento ou


empilhamento de material

_ Mecanismos de transmissão de força:

- Qualquer componente do sistema mecânico que transmita energia às partes da


máquina que executam o trabalho. Ex.: volantes, polias, correias, junções,
engates, correntes, engrenagens, manivelas, etc.

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_ Outras partes móveis:

- Todas as partes que se movem enquanto a máquina trabalha com movimento


reciproco. Ex.: movimentos rectilíneos, giratórios, alternados, mecanismos de
alimentação ou partes auxiliares das máquinas.

- Principais Causas de Acidentes Devidos à Utilização de Máquinas:


- Elementos de protecção em falta, inadequados ou danificados
- Desenho da máquina incorreto (está pensado unicamente para o produto final e não
para a utilização por parte do trabalhador)
- Instalação e montagem da máquina precária (movimenta-se, vibra, etc.)
- Utilização inadequada da máquina (submeter a máquina a esforços para os quais não
está dimensionada ou utilizá-la para outros fins que não aqueles a que se destina)
- Manutenção da máquina deficiente ou inexistente
- Ferramentas da máquina em mau estado, inadequadas ou gastas
- Erros de comando (inexistência de sinalização ou instruções dos comandos da
máquina)
Arranque intempestivo da máquina
- Impossibilidade de paragem da máquina em condições de segurança (inexistência ou
deficiência de funcionamento dos sistemas de paragem de emergência)

- Medidas de Prevenção Recomendações Gerais


- Só devem ser adquiridas e colocadas em funcionamento as máquinas que cumpram
os requisitos mínimos de segurança e saúde (máquinas com marcação CE)
- Os sistemas de comando das máquinas devem:
- Ser bem visíveis,
- Estar claramente identificados,
- Equipados com um comando à distância (sempre que seja possível),
- Posicionados e acessíveis fora da zona perigosa da máquina,
- Possuir um sistema de paragem de emergência acessível e devidamente
identificado (este deve completar o comando de paragem manual)
- A colocação da máquina ou equipamento em funcionamento só deve ser possível por
acção voluntária do operador
- A ordem de paragem da máquina tem que ter prioridade sobre a ordem de arranque
- Os dispositivos de segurança e protecção da máquina devem:
- Ser robustos e solidamente fixos;
- Devem ser concebidos de forma a poderem ser desmontados para que se
possa aceder à zona perigosa ou equipamento sem gerar riscos adicionais;
- A sua colocação não pode ocasionar riscos complementares e devem facilitar
a observação do ciclo de trabalho
- Os órgãos de transmissão, correias, engrenagens, polias, etc., devem estar
devidamente protegidos ou isolados.

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- As zonas das máquinas onde existam riscos mecânicos e onde não haja uma
intervenção por parte do operador devem possuir proteções eficazes (ex.: proteções
fixas)
- Todas as máquinas devem estar corretamente fixas ou estáveis no pavimento
- Todas as máquinas devem ser mantidas num perfeito estado de conservação, limpas
e oleadas
- A máquina dever ser manipulada sem distrações e de acordo com as regras de
segurança estabelecidas
- A iluminação dos locais de trabalho e de manutenção deve ser suficiente e em função
das exigências da tarefa
- Devem existir dispositivos de alerta que devem ser facilmente percebidos (se
sonoros, devem-se sobrepor ao ruído da máquina e ambiente) e a sua interpretação
deve ser imediata e sem ambiguidade
- Todas as zonas perigosas das máquinas devem estar devidamente sinalizadas e
identificadas
- As máquinas devem ser alvo de manutenções periódicas no sentido de se verificar o
seu funcionamento seguro, e de inspeções adicionais sempre que sejam feitas
alterações na máquina, haja um acidente ou por falta de uso prolongado
- A manutenção da máquina dever ser feita de preferência com o equipamento
parado; sempre que tal não seja possível devem ser tomadas medidas de prevenção
em conformidade com a situação
- Todos os trabalhadores que tenham de operar uma máquina devem receber
formação adequada, que deve abordar os riscos a que estão expostos, as zonas
perigosas da máquina e as condições seguras de operar a máquina

- Ferramentas manuais:
- Há muitos acidentes provocados pelo uso de ferramentas manuais, principalmente
devido:

- Ao mau estado de conservação, frequentemente devido a uma má manutenção;


- Ao uso errado (má escolha da ferramenta ou uso impróprio);
- A falta de protecção individual

- A desordem provoca muitos ACIDENTES.


- Precauções a tomar:

- 1. Ter cuidado com os gestos bruscos quando se usar alguma ferramenta cortante,
junto de outros trabalhadores;
- 2. Não se deve deixar ferramentas em posição instável numa bancada, plataforma de
um andaime ou mesmo numa mesa, pois a sua presumível queda poderá originar um
acidente;
- 3. Carregar ferramentas nos bolsos é perigoso para si e para os colegas.
- 4. Use uma caixa para as ferramentas e proteja as superfícies cortantes.

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- Uma ferramenta bem cuidada:

- Facilita o Trabalho;
- Exige menos Esforço Físico;
- Evita o Risco de Acidentes.

- Ferramentas de Bater – Martelos, Marretas, Macetas, etc.

- Verificar o bom estado do cabo e da fixação do mesmo;


- Proibir a imersão na água para inchar a madeira;
- Nunca bater com o martelo em peças ou ferramentas cimentadas ou temperadas a
seco, pois provocam estilhaços;
- Manter as cabeças dos martelos apertadas nos cabos;
- Substituir cabos de madeira rachados ou danificados.

- Outras Ferramentas:
- Utilizar a chave de boca de tamanho correto para a porca.
- No caso de chaves reguláveis, tomar precauções suplementares, dado que
estas escorregam com mais facilidade;
- As limas deverão ser equipadas com cabos para evitar ferimentos nas mãos, não
devendo ser utilizadas como punções ou como alavancas, dado que se partem com
facilidade;
- Os escopros e punções com cabeça em forma de cogumelo serão desbastados de
forma a evitar a projecção de limalhas;
- Manter as ferramentas de corte afiadas;
- Durante o trabalho, deve manter-se as mãos atrás da superfície de corte;
- Não utilize chaves de fenda como escopros, pois os cabos podem quebrar;
- Mantenha as ferramentas em prateleiras ou caixas, quando não estão em utilização.

Utilize sempre a ferramenta correta para o trabalho. Não IMPROVISE!

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PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

- Riscos mecânicos:
- Movimentação mecânica de cargas:

- A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro, e


com recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas
de um determinado ponto para outro.
- Esta operação compreende as seguintes fases:
- Elevação (ou carga);
- Manobra livre (ou movimentação);
- Assentamento (ou descarga).

- Classificação baseada na F.E.M.


(Fédération Européenne de la Manutention)

- Secção I - Aparelhos pesados de elevação e movimentação


- Secção II - Transportadores contínuos
- Secção III - Transportadores aéreos (Teleféricos)
- Secção IV - Empilhadores
- Secção V - Gruas móveis
- Secção VII - Elevadores, escadas rolantes e tapetes rolantes
- Secção IX - Aparelhos de elevação série

Classificação de aparelhos de elevação de serie segundo a FEM:


a) Seccção I, b) II, c) IV, d) V, e) VII e f) secção IX

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- Outra hipótese de classificação: tipo de funcionamento e mobilidade:

- Equipamentos de funcionamento contínuo em percurso pré-estabelecido;


- Equipamentos de funcionamento descontínuo de movimentação limitada;
- Equipamentos móveis de funcionamento descontínuo.

- Transportadores de rolos:

- Riscos
- Embate de carros automáticos;
- Embate de cargas.

- Transportadores de telas ou de correias:


- Riscos
- Riscos mecânicos;
- Riscos elétricos;
- Queda de materiais, relacionados com a manutenção

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- Transportadores por gravidade (ou de plano inclinado)

- Deverá ter dispositivos que impeçam a introdução das mãos do operador.


- Na eventualidade da ocorrência de um bloqueio no transportador, o trabalhador
nunca deverá utilizar as mãos, mas sim varas especiais concebidas para o efeito.

- Riscos
- Lesões por esmagamento dos operadores.

- Transportadores de parafusos sem fim:

- Formado por parafusos que fazem a carga movimentar-se ao girarem em torno do


seu eixo.
- Empregue no transporte de materiais granulosos ou líquidos, em pequenas distâncias
ou desníveis.

- Riscos
- Já que estes parafusos são normalmente blindados, habitualmente não
apresentam riscos de maior, desde que se cumpram as regras básicas de
segurança, aquando da sua manipulação.

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- Gruas:

- As operações envolvendo gruas assumem sempre risco, muitas vezes elevado.


- O operador tem de estar certificado e possuir formação técnica e psicológica
válida e atualizada, de modo a que a actividade decorra de forma segura e
produtiva.

- O manobrador deve:
- Respeitar as normas;
- Conhecer as capacidades do equipamento;
- Garantir o equilíbrio do equipamento durante a subida, descida e rotação no
transporte das cargas, e na deslocação, em vias construídas para tal efeito;
- Conhecer as regras de circulação dentro do estaleiro e sinalização existente
(bandeiras, sinais manuais, luminosos e sonoros).
- Caso o trabalho da grua seja realizado na via pública, o local deve estar sinalizado de
acordo com a legislação em vigor.
- A maioria dos acidentes com gruas dá-se durante a montagem/desmontagem e
aquando das operações de elevação/descida de cargas.
- É fundamental escolher a grua em função das características da obra, do
comprimento da lança, da capacidade de carga, por exemplo, e estudar
detalhadamente se o equipamento a utilizar não colide com as infra-estruturas a
construir.

- Empilhadores:
- Causas mais comuns de acidentes com empilhadores:
- Queda dos materiais, do condutor ou de pessoas transportadas ou elevadas,
- A viragem da própria máquina ou choques com peões.
- Possibilidade de contrair lesões lombares (no caso de condutores) ou, em casos
extremos, a ocorrência de incêndios e/ou explosões.
- Prevenir os acidentes observando aspetos como a limpeza, a disciplina na arrumação
e colocação dos materiais, o estacionamento das máquinas e o cumprimento das
regras de segurança em geral é fundamental.

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- Regras de segurança gerais:


- Apenas trabalhadores com a devida licença estão autorizados a conduzir
empilhadores ou outros veículos industriais;
- Os transportes devem sempre ter em conta a altura e a estabilidade da carga, bem
como os locais onde se vai passar;
- Apenas utilizar a marcha atrás em situações de recurso (para descidas ou quando não
houver visibilidade por causa da carga);
- A carga deve estar sempre segura no veículo;
- O número de pessoas não pode exceder o número de assentos disponíveis;
- O limite de velocidade máximo deve ser os 10 km/h;
- Quando estacionados, devem ter os comandos em ponto morto, a ponta das patolas
no chão, o travão de mão accionado e as luzes apagadas;
- É determinantemente proibido estacionar em frente às saídas de emergência,
sacadas, carretéis e dentro de vias de circulação;
- O condutor tem de utilizar sempre equipamento de protecção individual adequado
ao local onde está a trabalhar;
- Os empilhadores deverão ter sempre buzina e luzes e sinalização sonora de marcha
atrás.

- Porta-Paletes:
- Para esta classe de equipamentos é necessário observar a generalidade das regras
previamente analisadas (isto quando aplicáveis).
- Cada porta-paletes, seja ele elétrico ou manual, terá igualmente que ser
acompanhado de um manual de instruções, onde de dará conta de:
- Condições normais de funcionamento;
- Dimensões;
- Tipo de construção;
- Material de fabrico;
- Carga máxima a suportar;
- Limites de emprego.

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Riscos Ergonómicos
Movimentação Manual de Cargas

- A entidade patronal deve evitar a movimentação manual das cargas pelos


trabalhadores.
- Sempre que é impossível evitar a movimentação, convém:
- Avaliar o trabalho;
- Reduzir os riscos;
- Adaptar o posto de trabalho;
- Informar, formar e consultar o trabalhador;
- Organizar um exame médico regular

- A “movimentação manual de cargas” pode ser definida como sendo:

- Qualquer operação de transporte ou sustentação de uma carga que, devido às suas


características ou a condições ergonómicas desfavoráveis, comporte riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores.

- Cerca de 25% de todas as lesões que ocorrem na indústria e na construção civil estão
diretamente relacionadas com o levantamento, transporte e deslocação de materiais.
- Dores nas costas, hérnias, lesões nos pés e mãos são consequências normais dos
levantamentos que estão para além da capacidade física dos trabalhadores ou ainda
da aplicação de métodos de trabalho impróprios.

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- Regra de boas práticas para melhorar a postura:

- Fortalecimento da musculatura abdominal e dorsal através do exercício físico;


- Exercícios posturais;
- Adequação do peso atendendo ao índice de massa corporal recomendado para os
diferentes indivíduos;
- Formação e informação dos trabalhadores relativamente à movimentação manual de
cargas e tipos de movimentos adequados ao seu trabalho;
- Se necessário utilizar acessórios, como por exemplo, uma cinta de protecção lombar.

- EXEMPLO:

Postura Correta Postura Incorreta

Perigo de Hérnia Discal

Movimentação de Cargas sem Lesões

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Movimentação Cargas a partir do Chão

Correto Incorreto

1.º Passo
- Apoiar firmemente os pés

2.º Passo
- Separa-los à medida dos seus ombros

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3.º Passo
- Dobrar os joelhos para “apanhar a carga”

4.º Passo
- Mantenha sempre as costas direitas

5.º Passo
- Nunca girar o corpo enquanto sustém uma carga

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6.º Passo
- Uma carga excessiva lesiona rapidamente as costas

7.º Passo
- Manter a carga tanto quanto possível
junto ao corpo

8.º Passo
- Nunca se levanta uma carga acima:

- Da cintura num só movimento


- Dos ombros em qualquer situação

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Correcta/Incorrecta Movimentação
Manual de Cargas

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Riscos Psicossociais

- Resultam da interação entre:

- O indivíduo
- As suas condições de vida
- As suas condições de trabalho

- São susceptíveis de influenciar:

- O desempenho, a produtividade, a qualidade do trabalho


- A saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador
- A motivação e a satisfação profissional

- A OIT aponta para os seguintes riscos psicossociais:

- Sobrecarga Horária
- Sobrecarga de Trabalho Mental e Físico
- Monotonia
- Falta de Empowerment
- Burnout
- Assédio Moral e Violência
- Insegurança no emprego
- Stress (Individual e no Trabalho)

- Consequências dos Riscos Psicossociais no Trabalho

- Acidentes de trabalho
- Absentismo
- Doenças (esgotamento, ansiedade, depressão, stress, doenças fisiológicas…)
- Diminuição da produtividade e qualidade do trabalho
Degradação do Ambiente de Trabalho

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- Sobrecarga Horária

- Duração da Jornada Diária:


- Uma duração diária de 8 horas de actividade profissional constitui um limiar.
- Uma jornada superior a esse limite, em geral, decai a qualidade e/ou a
quantidade de trabalho, sem esquecer os danos à saúde do trabalhador.

- Quais as medidas a implementar no meio empresarial na questão dos horários


laborais?

- A flexibilização dos horários laborais


- Uma gestão do trabalho por objectivos
- São duas formas eficazes, actuais e necessárias para o aumento da produtividade das
empresas e obviamente do crescimento económico do país.

- Consequências da Sobrecarga Horária

- Diminuição do rendimento/qualidade do trabalho


- Fadiga
- Falha ou erro humano

- Trabalho Nocturno e por Turnos

- Nos trabalhadores nocturnos cria-se no organismo um conflito, desencadeado


pelos sinalizadores de horários.

- Ex.: o sinalizador "trabalho" corre em sentido contrário ao sinalizador "claro-


escuro" e o do "contactos sociais".

- O trabalho nocturno é prejudicial à saúde, mas também perturba a vida social e


afectiva.

- Consequências do Trabalho por Turnos

- Sonolência
- Insónias
- Irritabilidade, mudanças no humor
- Fadiga crónica
- Doenças fisiológicas e psicológicas
- Morte (privação do sono)
- Aumento do consumo de medicamentos (hipnóticos, estimulantes,
antidepressivos…)

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- Doenças mais frequentes:


- Elevação das doenças do aparelho digestivo e perturbações nervosas.
- No trabalho nocturno, o erro humano é duas vezes maior e a produtividade é
entre 30% a 40% menor.

- Sonolência diurna, mas a falta de sono interfere também no humor, na concentração


e atenção, perturbando a tomada de decisões.

- As consequências da privação do sono podem ir até à morte.


- Está provado que dormir menos de seis horas ou mais de dez horas reduz a
esperança de vida.

- Como organizar o trabalho por turnos?

- Planear os turnos com jornadas de 6h ou em vez de 8h.


- Aumentar os fins-de-semana livres ou folgas.
- Haver rotatividade de turnos.
- Nos turnos de noite, fazer-se micro-pausas para evitar a sonolência.

- Sobrecarga de Trabalho Físico e Mental


- Fatores diretamente relacionados com a Carga Mental:

- Comunicação Organizacional
- Horário de Trabalho
- Estrutura Organizacional
- Ambiente de Trabalho
- Novas TIC

- Fatores diretamente relacionados com a Carga Física:

- Esforço físico
- Esforço postural
- Manipulação de cargas
Ergonomia

- Monotonia:
- O trabalho monótono é caracterizado como sendo pobre em estímulos ou com
poucas variações de estímulos.

- Os sintomas da monotonia são:


- Sinais de fadiga
- Sonolência
- Falta de disposição
- Diminuição da atenção

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- Como Combater o Trabalho Monótono?

- Rotação

- Execução de tarefas diferentes em postos variados.


- A mudança de tarefa não tem somente implicações positivas.
- Se bem que as implicações positivas sejam as mais importantes, não podemos
esquecer das negativas como:
- Aumento do risco e da pressão, porque os trabalhadores ão estão
familiarizados com a nova tarefa.
- Exige uma formação conveniente (maiores gastos)
- Quebra inicial da produção, porque os trabalhadores ainda não estão
adaptados à nova tarefa.

- Extensão e enriquecimento do trabalho:


-Os trabalhadores são dispostos de tal maneira que cada um deve realizar
sucessivamente diversas tarefas, com exigências diferentes.

- Intervalos
- É fundamental fazer pausas curtas e frequentes.

“Estimular” o ambiente (através da luz, cor e música).

- Falta de Empowerment:
- A Autonomia e Autoridade numa organização significa delegar tarefas e aumentar a
participação dos membros na vida da empresa.
- Encontrar o melhor meio de realizar as suas tarefas, e tendo reconhecida a sua
importância dentro da empresa, os funcionários recebem um estímulo para trabalhar,
e isto gera como consequência direta um aumento de produtividade e satisfação no
trabalho.

- Como se pode justificar a falta de Autonomia e Autoridade visível em muitas


Organizações?

- Visão empresarial um pouco retrógrada


- Falta de Liderança na gestão
- Falta de competências profissionais
- Falta de Formação

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- As seguintes técnicas devem ser aplicadas no processo do Empowerment:

- Delegar poder e responsabilidades às pessoas quando elas tiverem disposição e


capacidade para assumi-los;
- Ouvir e responder com empatia às perguntas, dúvidas e sugestões de todos os
membros da organização;
- Buscar soluções e sugestões para os problemas com todos os empregados;
- Criar equipes de trabalho autónomas e integradas, com poder, responsabilidade,
missão e metas bem definidas.

- Violência e assédio moral


O que é a violência no trabalho?

- Formas de pressão exercida sobre trabalhadores e consubstanciadas em insultos,


ameaças ou agressão física ou psicológica, por parte de pessoas relacionadas com o
local de trabalho (trabalhadores, chefias, fornecedores, clientes, vizinhança, etc.) e que
se refletem como um risco para a sua saúde, a segurança e o bem-estar dos
trabalhadores.

_- Tipos de violência no Trabalho

- Comportamento descortês - falta de respeito pelos outros;


- Agressão física ou verbal - intenção de magoar (Exs.: perseguição com e sem contacto
físico);
- Assédio moral e sexual – forma de perseguição configurando situações de
dependência ou exercício abusivo de poder (Ex: humilhação, intriga, calúnia);
- Ameaça – sob a forma de chantagem (Ex.: amedrontamento de grupo/individual pela
intimidação);
- Ataque - intenção de prejudicar a outra pessoa.

- Assédio Moral ou Sexual:

- O Assédio moral e sexual no trabalho, define-se como sendo qualquer


comportamento abusivo (gesto, palavra, comportamento, atitude…) contra a
dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, pondo em perigo o
seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

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_- Profissões de Risco:

- Médicos, enfermeiros, auxiliares de serviços de saúde


- Professores e educadores
- Motoristas Taxi, transportes colectivos
- Polícias e Seguranças
- Empregados de Balcão
- Bancários
- Assistentes Telemarketing
- Hospedeiras
- Assistentes de Bordo
- Comércio e Vendas
- Sector Publico Administrativo

- Consequências para o Individuo:

- Medos e fobias
- Desmotivação
- Perturbações físicas e psicológicas
- Nervosismo, falta de atenção
- Perturbações do sono, etc.

- Prevenir a violência e Assédio no trabalho:

- Identificação os factores de risco inerentes a cada situação (organização).


- Fornecer Formação e Informação sobre os riscos a que estão sujeitos e formas de
atuar.
- Estabelecer políticas de segurança mais rígidas.
- Promover as relações interpessoais e o clima organizacional.
- Punir os intervenientes que cometem estes crimes.

- Insegurança no Emprego:

- A utilização de contratos de trabalho precários, associada à tendência para


produzir bens ou serviços com menor desperdício e a externalização, pode
afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.
- Os trabalhos precários tendem a efetuar os trabalhos mais perigosos, trabalham em
piores condições de trabalho, recebem menos formação.

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- Medo do Desemprego:

- A dispensa de trabalhadores por parte das organizações tem sido assustadora,


durante o ano que corre.
- O Downsizing é uma das principais fontes de stress na vida actual das organizações e
acarreta outro factor que é a sobrecarga de trabalho.
- Desta forma, compreende-se que os indivíduos que trabalhem nestas organizações,
se sintam angustiados em relação à ameaça do despedimento.

- Burnout:

- A Síndrome de Burnout é caracterizada por:


- Desmotivação, ou desinteresse,
- Mal estar interno ou insatisfação ocupacional
- Parece afectar, em maior grau pessoas que tenham uma relação constante e directa
com outras pessoas
- Principalmente quando esta actividade é considerada de ajuda (médicos,
enfermeiros, professores).
- A pessoa com este tipo de síndrome consome-se física e emocionalmente, passando
a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.

- O Burnout / Esgotamento tem como principais características clínicas:

- Sensação de esgotamento físico, mental e afectivo;


- Atitude fria e indiferente em relação aos outros;
- Sensação de menor rendimento e inadequação no trabalho:
- "maldito o dia em que escolhi esta profissão"; "se pudesse, reformava-me já
hoje"; "já não consigo fazer nada de jeito".
- E mais...
- Fadiga, dores de cabeça, problemas intestinais, alterações do apetite,
alterações do sono, etc.
- É, sem dúvida, uma patologia grave, quer pela perturbação que causa no
relacionamento interpessoal, pelo absentismo e perturbação que provoca
nas organizações.

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- Stress:

- É uma das epidemias do século XXI.


- Segundo números da União Europeia:
- Um em cada quatro trabalhadores europeus queixa-se do stress no trabalho;
- Um em cada cinco de estado grave de fadiga física e emocional (mais
conhecido por burnout).
- O Stress é uma resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo
que procura adaptar-se e ajustar-se às pressões internas e externas.
- Ninguém está livre do stress!!!
- Interfere com:
- O bem-estar;
- A saúde física;
- A saúde mental.

- Efeitos do stress na saúde:

- Afeta:
- Sentidos de Percepção
- Sistema nervoso
- Equilíbrio hormonal
- Sistema cardiovascular
- Sistema digestivo
- Função respiratória
- Trato urogenital
- Pele
- Sistema imunológico

- Conselhos para evitar o stress no trabalho (indivíduo)


- Quando tiver uma sobrecarga de trabalho e de responsabilidade, faça um período de
descanso; lembre-se que o stress pode encobrir doenças mais graves;
- Aprenda a dizer não quando confrontado com solicitações que são exageradas ou
que simplesmente não pode satisfazer;
- Faça um balanço diário da sua vida, alegre-se com o que ela tem de bom e felicite-se
por isso;
- Identifique os acontecimentos que na sua rotina diária lhe causam mal-estar ou que o
perturbam profundamente.

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- Algumas das medidas que se deviam implementar:

- Desenhar trabalhos que proporcionem aos trabalhadores, estimulação, significado e


oportunidades para usarem e melhorarem as suas competências.
- Proporcionar um meio ambiente fisicamente seguro, melhorando a qualidade do ar,
reduzindo os riscos físicos e químicos, melhorando a iluminação e eliminando posturas
de trabalho incómodas.
- Assegurar que a quantidade de trabalho está adequada às capacidades e limitações
dos trabalhadores.
- Estabelecer horários de trabalho compatíveis com as responsabilidades externas dos
trabalhadores.
- Definir claramente as responsabilidades e funções dos trabalhadores e proporcionar-
lhes oportunidades para participar nas decisões do seu departamento.
- Comunicar claramente mudanças tecnológicas e operacionais e executar a sua
implementação de uma maneira gradual.
- Desenvolver sistemas de recompensas e reconhecimento justos.
- Reduzir a incerteza relacionada ao desenvolvimento de carreiras e futuras
possibilidades de emprego.

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PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

- CALIBRAÇÃO DEFINIÇÃO:

- Conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificas, a relação entre


os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou
valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e
os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões.

FREQUÊNCIA DE CALIBRAÇÃO:

Estabelecimento da
frequência da
Calibração

Tempo Calendário Tempo Real de Uso Número de Utilizações

Leva em conta a Leva em conta a Leva em conta a


degeneração desde degeneração desde o degeneração no
início da utilização, início de utilização e o tempo de uso
uso e tempo livre tempo de uso

“degeneração”= desgaste

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- FACTORES QUE INFLUÊNCIAM NA ESCOLHA DE FREQUÊNCIA DE CALIBRAÇÃO.

- Tipo de equipamento;
- Recomendação do fabricante;
- Tendência dos dados de calibrações anteriores;
- Histórico registado de manutenção e serviço;
- Extensão e severidade do uso;
- Tendência ao desgaste e à instabilidade;
- Frequência de verificação cruzada contra outros equipamentos e/ou padrões;
- Frequência e formalidade da verificação interna das calibrações;
- Condições ambientais;
- Exatidão requerida/pretendida para a medida;
- Penalização ocorrida em caso de aceitação de medidas decorrentes de falhas de
calibração do equipamento.

- ERROS DE UMA MEDIDA ERRO SISTEMÁTICO

- Média que resulta de um infinito número de medições do mesmo mensurando,


efetuada sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.
- É inerente ao sistema, está relacionado com o procedimento de medição, não pode
ser eliminado, apenas minimizado por um factor de correção.

- ERRO SISTEMÁTICO

- Afecta todas as medidas de uma mesma grandeza. Está ligado à média das medidas,
varia de forma previsível.
- São originados devido a falhas do método empregado ou de defeitos do operador.

- Exemplos :
- Um relógio descalibrado que está sempre adiantado ou atrasado.
- Calibração errónea de uma escala de instrumento de medição.
- O operador que sempre sobrestima ou sempre subestima os valores das medidas.

- ERROS DE UMA MEDIDA ERRO ALEATÓRIO

- Resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de


medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade.
- Não é previsível, independente do tempo, da pessoa, do equipamento ou qualquer
outro factor. Se não se prevê, não se pode eliminar.

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- Erro Aleatório

- Varia ao acaso de maneira imprevisível, quando se executam várias medidas de uma


mesma grandeza.
- Um operador, ao repetir diversas vezes a medida de uma grandeza, mesmo que
observe com o máximo de cuidado, pode não obter valores repetidos iguais.

Exemplos :
- Reflexos variáveis do operador ao apertar um cronómetro.-
- Influência do cansaço do operador ao longo de uma série de medições.
- Erro na leitura de uma escala.

Componentes da Incerteza
=
Erro Sistemático (afecta a exatidão)
+
Erro Aleatório (afecta a precisão)

- Soma de Várias Perturbações


- Resultado Final do Processo de Medição

Erros de Medição

EXACTIDÃO
=
Mede a proximidade entre o resultado obtido e o valor real.

PRECISÃO
=
Termo utilizado para descrever a reprodutibilidade dos resultados
Define-se como a concordância entre os valores numéricos de
várias medidas efetuadas pelo mesmo método.

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Precisão e exatidão - Um exemplo


Valor real = 0.1472

M1 M2 M3 M4
0.1367 0.1461 0.1360 0.1472

0.1367 0.1500 0.1458 0.1472

0.1368 0.1481 0.1237 0.1471

0.1367 0.1474 0.1378 0.1472

0.1368 0.1470 0.1189 0.1472

0.1367 0.1445 0.1327 0.1471

Média = 0.1367 Média = 0.1472 Média = 0.1325 Média = 0.1472


Preciso Não Preciso Não Preciso Preciso
Não Exacto Exacto Não Exacto Exacto

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- MÉTODOS PARA DIMINUIÇÃO DOS ERROS DE MEDIDAÇÃO:

- Quantificar os componentes do erro,


- Uniformização dos procedimentos operacionais dos equipamentos,
- Implementação de programas de calibração e ajuste,
- Escolha de equipamentos mais robustos.

INTERVALO ENTRE CALIBRAÇÕES

Instrumento deve ser calibrado Para definir o intervalo entre calibração


sempre: deve-se:
- Após aquisição - Estipular um intervalo inicial
- Antes de uma manutenção - Executar 4 calibrações com este intervalo
- Após uma manutenção - Avaliar os resultados

RASTREABILIDADE DE MEDIÇÃO
Definição: VOLTA À ORIGEM !

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- RASTREABILIDADE DA MEDIÇÃO

“Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar


relacionado a referências estabelecidas, geralmente a padrões internacionais,
através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
estabelecidas.”

- Todos os equipamento, incluindo aqueles para medições auxiliares, devem ser


calibrados antes de colocados em uso,
- Devemos estabelecer programas e procedimentos para calibração dos equipamentos,
- Devemos garantir a rastreabilidade às unidades de medida do SI,
- Devemos solicitar calibrações em laboratórios que possam demonstrar competência:
-Laboratórios credenciados ou integrantes de Institutos Nacionais de Metrologia de
outros países.

O registo dos dados das calibrações internas deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:

-Identificação do laboratório,
-Identificação do equipamento; quando foi recebimento (ordem de serviço),
-Identificação do equipamento (n série, entre outros),
-Normas ou procedimento adoptado na calibração,
-Identificação dos padrões e equipamentos utilizados na calibração,
-Dados originais obtidos (leituras) e condições ambientais,
-Resultado da medição e sua incerteza,
-Data e assinatura do responsável pela realização da calibração.

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CONCLUSÃO

- As verificações necessárias à manutenção da confiança no status da calibração dos


padrões e materiais de referência devem ser realizadas conforme procedimentos e
cronogramas definidos.

Ter procedimento para:


1 – Manuseamento
2 - Transporte
3 - Armazenamento
4 – Utilização: Dos padrões e materiais de referência de forma a prevenir
contaminação ou deterioração e proteger a sua integridade.

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- EFEITOS RESULTANTES DE EXPOSIÇÕES COMBINADAS A VÁRIOS FATORES DE


RISCO

- A acção de um tóxico pode ser modificada por combinação de uma ou mais


substâncias Tóxicas.

- As diferentes acções tóxicas podem potenciar-se, ou mesmo adicionar-se por:


- Aumento da velocidade de reabsorção;
- Melhoramento da permeabilidade dos tecidos receptores;
- Modificação da receptividade das células sensíveis;
- Etc.

- Certas acções tóxicas podem alterar-se por antagonismo, isto quando há uma
diminuição dos efeitos da toxicidade.
- Os antagonismos dos tóxicos estão na base do tratamento das intoxicações.

- Controlo dos efeitos nocivos da exposição combinada:

- Os valores relativos aos níveis admissíveis de concentração (NAC) para as substâncias


combinadas devem ser usados como indicadores para o controlo de riscos para a
saúde, mas não devem ser utilizados como linhas que dividem as concentrações
seguras e as perigosas.

- EXPOSIÇÃO SIMULTÂNEA:

- Quando duas ou mais substâncias tóxicas atuam ao mesmo tempo e ao mesmo nível
do organismo, deve ser considerado o seu efeito combinado e não o efeito isolado de
cada uma delas.
- No entanto, como a exposição é simultânea, terá de ser avaliado o efeito simultâneo
desses compostos:

- EXPOSIÇÃO SEQUENCIAL:

- Na exposição sequencial a diferentes tóxicos é frequente observar fenómenos de


super intoxicação.
- É o que acontece aquando da inalação de álcool em seguida à acção tóxica de
certas substâncias.
- Podem, também, existir flutuações das concentrações de tóxico, ao longo do dia de
trabalho.
- Mesmo que as concentrações ultrapassem os valores-limite de tóxico, não haverá
risco para o trabalhador, desde que essas exposições sejam devidamente
compensadas por períodos de menor exposição.
- No entanto, os valores totais atingidos não deverão ultrapassar determinado valor,
sob pena de surgirem efeitos nocivos para a saúde do trabalhador.

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MARAT – Método de Avaliação de Riscos de Acidentes de Trabalho

- Nível de Deficiência - ND

- Designa-se por Nível de Deficiência (ND), ou nível de ausência de medidas


preventivas, a magnitude esperada entre o conjunto de medidas preventivas, entre o
conjunto de fatores de risco considerados e a sua relação causal direta com o acidente.
- Deve ser determinado baseado numa lista de verificação que analise os possíveis
fatores de risco de cada situação.

Nível de deficiência ND Significado


Aceitável (A) 1 Não foram detectadas anomalias. O perigo está
controlado
Insuficiente (I) 2 Foram detectados fatores de risco de menor
importância. É de admitir que o dano possa ocorrer
algumas vezes.
Deficiente (D) 6 Foram detectados alguns fatores de risco significativos. O
conjunto de medidas preventivas existentes tem a sua
eficácia reduzida de forma significativa.
Muito Deficiente (MD) 10 Foram detectados fatores de risco significativos. As
medidas preventivas existentes são ineficazes. O dano
ocorrerá na maior parte das vezes.
Deficiência Total (DT) 14 Medidas preventivas inexistentes ou desadequadas. São
esperados danos na maior parte das vezes.

- Nível de Exposição (NE)

- O nível de exposição é uma medida que traduz a frequência com que se está exposto
ao risco.
- Para um risco concreto, o nível de exposição pode ser estimado em função dos
tempos de permanência nas áreas de trabalho, operações com a máquina,
procedimentos, ambientes de trabalho, etc.

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Nível de exposição ND Significado


Esporádica 1 Uma vez por ano ou menos e por pouco tempo (minutos)
Pouco frequente 2 Algumas vezes por ano e por período de tempo
determinado.
Ocasional 3 Algumas vezes por ano.
Frequente 4 Várias vezes durante o período laboral, ainda que com
tempos curtos – várias vezes por semana ou diário.
Continuada, Rotina 5 Várias vezes por dia com tempo prolongado ou
continuamente.

- Nível de Probabilidade (NP)

- O nível de probabilidade é função das medidas preventivas existentes e do nível de


exposição ao risco.
- Pode ser expresso num produto de ambos os termos apresentado na tabela seguinte.

Nível de Exposição
Esporádica Pouco Ocasional Frequente Continua
frequente
1 2 3 4 5
Aceitável 1 1 2 3 4 5
Insuficiente 2 2 4 6 8 10
Deficiente 6 6 12 18 24 30
Muito 10 10 20 30 40 50
deficiente
Deficiência 14 14 28 42 56 70
total

Nível de NP Significado
probabilidade
Muita Baixa [1; 3]Não é de esperar que a situação perigosa se materialize,
ainda que possa ser concebida
Baixa [4; 6] A materialização da situação perigosa pode ocorrer
Média [8; 20] A materialização da situação perigosa é possível de
ocorrer pelo menos uma vez com danos
Alta [24; 30] A materialização da situação perigosa pode ocorrer várias
vezes durante o período de trabalho.
Muito Alta [40; 70] Normalmente a materialização da situação perigosa
ocorre com frequência

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- Nível de Severidade (NS)


- Existem cinco níveis de consequências em que se categorizaram os danos físicos
causados às pessoas e os danos materiais.
- Ambas as categorias devem ser consideradas independentemente, tendo sempre
mais peso os danos nas pessoas que os danos materiais.
- Quando os danos em pessoas forem desprezíveis ou inexistentes devermos
considerar os danos materiais no estabelecimento das prioridades.
- O nível de severidade do dano refere-se ao dano mais grave que é razoável esperar
de um incidente envolvendo o perigo avaliado.

Nível de NS Significado
Severidade Danos Pessoais Danos Materiais
Insignificante 10 Não há danos pessoais Pequenas perdas materiais
Moderado 25 Pequenas lesões que não Reparação sem paragem do
requerem hospitalização. processo.
Apenas primeiros socorros.
Leve 60 Lesões com incapacidade Requer a paragem do processo
laboral transitória. Requer para efetuar a reparação.
tratamento médico.
Grave 90 Lesões graves que podem Destruição parcial do sistema
ser irreparáveis. (reparação complexa e onerosa)
Mortal ou 155 Um morto ou mais. Destruição de um ou mais
catastrófico Incapacidade total ou sistemas (difícil
permanente reparação/renovação)

- Nível de Risco (NR)

- O nível de risco será o resultado do produto do nível de probabilidade pelo nível das
consequências

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Não é de A A A A
esperar materializa materialização materialização materialização
que o risco ção do do risco é do risco pode ocorre com
se risco pode possível de ocorrer varias frequência
materialize ocorrer ocorrer vezes durante
o período de
trabalho
Pessoas Material NP 1-3 4-6 8 - 18 24 - 30 40 - 70
NS
Não há danos Pequenas 10 10 30 40 60 80 180 240 300 400 700
pessoais perdas
materiais
Pequenas Reparação 25 25 75 10 150 200 450 600 750 1000 1750
lesões que sem perda
não requerem do
hospitalização processo.
Lesões com Requer a 60 60 180 240 360 480 1080 1440 1800 2400 4200
incapacidade paragem
de trabalho do
temporária processo
para
efetuar a
reparação.
Lesões graves Destruição 90 90 270 360 540 720 1620 2160 2700 3600 6300
que podem parcial do
ser sistema
irreparáveis (reparação
complexa
e onerosa)
Um morto ou Destruição 155 155 465 620 930 1240 2790 3720 4650 6200 10850
mais. de um ou
Incapacidade mais
total ou sistemas
permanente (difícil
reparação/
renovação)

- Controlo dos Riscos:

- Da análise da matriz de níveis de risco caracterizam-se diferentes níveis de


intervenção ou de controlo (NC)

Nível de Controlo (NC)


- O nível de controlo pretende dar uma orientação para implementar programas de
eliminação ou redução de riscos atendendo à avaliação do custo - eficácia.

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Nível de NC Significado
controlo
I 3600 a 10850 - Situação critica. Intervenção imediata. Eventual
paragem imediata. Isolar o perigo até serem
adoptadas medidas de controlo permanente.
II 1240 a 3100 - Situação a corrigir. Adoptar medidas de controlo
enquanto a situação perigosa não for eliminada ou
corrigida.
III 360 a 1080 - Situação a melhorar. Deverão ser elaborados
planos ou programas documentados de intervenção
IV 90 a 300 - Melhorar se possível justificando a intervenção
V 10 a 80 - Intervir apenas se uma analise mais pormenorizada
o justificar

- Hierarquia de Controlo dos riscos:

- Eliminação do perigo
- Substituição do perigo
- Medidas de engenharia
- Medidas administrativas
- Equipamento de proteção individual

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Avaliação de riscos profissionais

TÉCNICAS DE SEGURANÇA

ACTIVAS REACTIVAS

AVALIAÇÃO DE RISCO AVERIGUAÇÃO DE ACIDENTES


AUDITORIAS DE SEGURANÇA CONTROLO ESTATISTICO

- Avaliação de riscos profissionais:

- Avaliação do risco

- Processo global de estimativa da grandeza do risco e da decisão sobre a sua


aceitabilidade

- Risco aceitável

- Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização, tomando em
atenção as suas obrigações legais e a sua própria política da SST.

- Por outro lado o risco residual é o risco que subsiste após as medidas de
prevenção e de protecção terem sido tomadas.

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AVALIAÇÃO DE RISCOS

Avaliação do local de trabalho Avaliação de riscos


Conceito amplo cujo objetivo é identificar Definição precisa do risco.
possíveis perigos e melhorar as condições
de trabalho.
Frequentemente qualitativo. A quantificação é o objectivo. Só assim
se pode decidir da sua aceitabilidade.
Abarca muitos aspectos, alguns de Centra-se principalmente nos principais
natureza qualitativa e subjectiva. Ocupa-se perigos e riscos relacionados com a
dos riscos para a saúde e a segurança, segurança técnica.
assim como do bem estar laboral.
Uma avaliação básica do local de trabalho Em regra devem ser efectuadas por
requer conhecimentos essenciais. especialistas.
Avaliações exaustivas tornam necessário o
recurso a especialistas.
Também pondera os aspectos positivos do Centra-se principalmente nos aspetos
trabalho, satisfação, saúde – do ponto de negativos.
vista do trabalhador – ou aumento de
produtividade – do ponto de vista da
empresa.

- Lei de Murphy
- Se algo pode correr mal, correrá mesmo mal.

- Primeiro Corolário de Murphy


- O que tiver que correr mal, correrá, e na pior altura possível.

- Segundo Corolário de Murphy


- É impossível fazer alguma coisa à prova de imbecis, porque os imbecis são
extremamente engenhosos.

- Revisão Quântica da Lei de Murphy


- Tudo correrá mal, e ao mesmo tempo.

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- AVALIAR DE RISCO ENVOLVE:


- Identificar o perigo – o que é que poderá correr mal?
- Determinar quem poderá ser atingido e o grau de gravidade.
- Decidir o grau de probabilidade de ocorrência de acidente.
- Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos – é possível
melhorar as instalações, os métodos de trabalho, o equipamento ou a formação?
- Estabelecer prioridades para as medidas a tomar.
- Com base na dimensão dos riscos, número de trabalhadores afectados, etc.
- Pôr em prática medidas de controlo.
- Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informações sobre os
resultados das avaliações de riscos.
- Verificar se as medidas de controlo funcionam.
- Verificar as necessidades de formação e informação.
- Verificar as necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.

1- Identificar o perigo (por Ex: físicos, químicos e biológicos; processos


industriais; movimentos e posturas; sobrecargas físicas e mentais...)

2- Identificação das/os trabalhadores expostos ou potencialmente


expostos a riscos derivados dos perigos identificados (ter em conta
as/os trabalhadores mais vulneráveis, como por exemplo gravidas,
lactentes, jovens, mais idosos, trabalhadores temporários...)

3- Estimar o risco (qualificação e quantificação do risco) ou seja o grau


da sua perigosidade dos danos e o grau da probabilidade de ocorrência
desse dano.

Estas três primeiras operações constituem a ANALISE DO RISCO

4- Valoração do risco para ver o que fazer – ver a possibilidade de eliminar


o risco ou, no caso de não ser possível, ver como o controlar e
minimizar.

Estas quatro operações constituem a AVALIAÇÃO DE RISCO

5- Controlo do risco, ou seja por em pratica medidas de controlo e verificar de essas


medidas funcionam
TODAS, DE 1 A 5, FAZEM PARTE DA GESTÃO DE RISCO

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- Esquematicamente será assim:

1- Identificação do
perigo

2- Identificação de Analise de Avaliação Gestão de


trabalhadores expostos Risco de Riscos Riscos

3- Estimativa de risco

4- Valoração do risco

5 - Controlo dos Riscos

- AVALIAÇÃO DE RISCOS
- Sempre que se proceda à avaliação de riscos e sua subsequente eliminação
ou aplicação de medidas de controlo dos mesmos, é essencial que os riscos não sejam
transferidos, isto é, ao resolver um problema não se deve criar outro.

- Metodologia

- Não existem regras fixas sobre a maneira como a avaliação de riscos deve ser
feita.
- Um aspeto ser sempre considerado quando se pretende fazer uma avaliação:

- Abordar todos os perigos e riscos relevantes.

- Ao identificar um risco deve-se começar por perguntar se o risco pode ser eliminado.
- Aquilo que o provoca é realmente necessário?

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As abordagens que se utilizam para a avaliação de riscos baseiam-se normalmente nos


seguintes aspetos:

- Observação do meio circundante do local de trabalho;


- Identificação de atividades realizadas no local de trabalho;
- Consideração dos trabalhos realizados no local de trabalho;
- Observação de trabalhos em progresso;
- Consideração de padrões de trabalho;
- Consideração de fatores externos que podem afectar o local de trabalho;
- Revisão de fatores psicológicos, sociais e físicos que podem contribuir para a
ocorrência de stress no trabalho, a sua interação mútua e relação com outros fatores
da organização e do ambiente laboral;
- Consideração da organização de trabalhos de manutenção, incluindo salvaguardas.

- As observações feitas devem ser comparadas com os critérios de saúde e segurança.

- Princípios da hierarquia de prevenção de riscos

- Evitar riscos;
- Substituir elementos perigosos por outros não perigosos ou menos perigosos;
- Combater os riscos na fonte;
- Aplicar medidas de proteção coletiva, de preferência a medidas de proteção
individual;
- Adaptação ao progresso técnico e às alterações na informação;

Nota:
Procurar sempre melhorar o nível de proteção.

AVALIAÇÃO DE RISCOS

- Para determinados problemas de risco complexos ou problemas especiais de alto


risco ou baixo risco é possível adotar uma abordagem matemática para a avaliação
de riscos como ajuda à tomada de decisão.

- A abordagem escolhida para a avaliação dependerá:

- Da natureza do local de trabalho;


- Do tipo de processo;
- Do trabalho executado;
- Objetivos da avaliação;
- Tipos de riscos;
- Grau de conhecimento dos riscos;
- Nível de aprofundamento pretendido;
- Da complexidade técnica.

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FASES DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS

PREPARAÇÃO

Recolha da informação Eleição do método Planificação das visitas

EXECUÇÃO

Medidas necessárias Observação do desempenho da Analise do ambiente físico e


actividade (procedimentos, hábitos, das condições materiais
formação, adestramento)

Registo e recolha documental das observações feitas e aplicação dos critérios de avaliação

- Tipos de métodos de identificação e análise dos riscos:

- Métodos qualitativos
- Descrevem o que pode acontecer e as suas causas.
- Métodos semi-quantitativos
- Atribuem índices às situações de risco identificadas e estabelecem planos de
actuação.
- Métodos quantitativos
- Quantificam o que pode acontecer e atribuem probabilidade aos acidentes.

_ Metodologias de avaliação dos riscos


- Por sector de atividade
- Por tipo de risco
- Por profissão
- Por operação
- Por componente material do trabalho

RISCO = PROBABILIDADE X GRAVIDADE/SEVERIDADE


R= P x G/S

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- Podemos considerar que a avaliação do riscos pode ser feita a vários níveis de
complexidade:

- Nível 1
- Nível 2
- Nível 3

- Nível 1
- Aplicação de listas de verificação para a identificação de situações de risco;
- Não implica medição;
- Necessidade de, sobretudo, bom senso, cooperação dos trabalhadores e
comparação dos resultados com situações semelhantes;
- Caso haja indefinições deve usar-se um outro nível;

- Nível 2
- Necessidade de conhecer detalhadamente os postos de trabalho a analisar;
- Para avaliadores externos tem de haver informação/documentação sobre os postos
de trabalho;
- Além da descrição da atividade é feita uma pontuação do nível de risco;
- A pontuação reflete o grau de probabilidade do risco;

- Nível 3
- Adota-se quando o nível 2 não corresponda aos requisitos da tarefa.
- Exemplos:
- Tarefas complexas e com mutação constante;
- Tarefas que exijam elevado requisito físico e formação especial;

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Caraterísticas dos níveis

Complexidade Por Quem? Quanto tempo?

Nível 1 Muito simples Qualquer 30 Minutos


Pessoa
Depende da
disponibilidade
dos dados

Depende da
Recolha natureza do
Nível 2
Formação problema das
básica em SST consequências
SST/económicas
Especialistas
Nível 3
Complexo

- Se quiséssemos, por exemplo, avaliar riscos na movimentação manual de cargas


poderíamos optar por diferentes instrumentos/métodos/documentos para cada nível
de complexidade.

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Nível 1 - SLIC (Senior Labour Inspectors


Committee) Checklists
- NIOSH Manual Material Handling
Checklist
Nível 2 - Proposed ACGIH Lifting Tables
- Ergonomics Design for People at Work,
Rodgers at al
- Liberty Mutual (Snook) Tables for Design
of MMH tasks
- NIOSH Revised Equation
- Guide to MMH from Mital, Nicholson
and Ayoub
- Workers Compensation Board:
Ergonomic regulations
Nível 3 - Energy expanditure models for material
handeling
- Lumbar Motion Monitor
- Grip Dynamometer
- University of Michigan 3D SSPP model

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Poderá fazê-lo qualquer pessoa?


- Seja quem for que realize uma avaliação de riscos de uma empresa deverá ter
conhecimentos sobre os seguintes aspectos:

- Características dos locais de trabalho, actividades concretas realizadas pelos


trabalhadores, substâncias químicas, ferramentas, máquinas, instalações e
sistemas de transporte utilizados na empresa, bem como conhecimentos sobre
as suas propriedades e estado e instruções para a sua manipulação;
- Conhecimento sobre os distintos riscos existentes no sector de actividade, as
suas causas mais comuns e as suas consequências mais prováveis;
- Requisitos legais e disposições, regulamentos e normas relativos ao sector a
que pertence a empresa.

- Qual o âmbito de aplicação?

- A avaliação dos riscos deverá estender-se inicialmente a toda a empresa;


- Posteriormente deverá realizar-se nos postos de trabalho que sejam afetados por:

- Modificações nos equipamentos de trabalho, substâncias ou preparações ou


alterações nos locais de trabalho;
- Alteração nas condições de trabalho;
- Incorporação de um trabalhador cujas características pessoais ou estado
biológico conhecido o torne especialmente sensível às condições do posto.

- Como se faz?
- Existem distintas formas de fazer a avaliação dos riscos, muitas contidas em normas, algumas
apropriadas para a avaliação de riscos específicos.

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- Informação
- Normas legais e regulamento;
- Riscos conhecidos característicos do sector;
- Dados sobre acidentes e doenças profissionais do sector e respectivas causas;
- Dados sobre acidentes e doenças profissionais da própria empresa.

- Onde obter?
- Organismos competentes em prevenção de riscos laborais;
- Estatísticas oficiais;
- Associações empresariais;
- Câmaras de comércio e indústria;
- Publicações técnicas;
- Com os próprios trabalhadores e seus representantes.
- Passos a dar na análise de um posto de trabalho:
1- Elaborar uma lista inicial de tarefas a partir de documentos existentes:

1. Descrição geral das tarefas


2. Condições em que se desenvolve o trabalho
3. Tipo de equipamentos, ferramentas e materiais utilizados
4. Requisitos necessários em termos de formação e treino

2. Identificação de tarefas específicas através da observação e entrevistas

a. Observação

1. Feitas em diferentes horas do dia


2. Contemplando todos os aspetos do trabalho
3. Feitas em todos os locais onde se desenvolve
b. Entrevistas

1. Com chefias diretas e trabalhadores experientes


2. Discutindo as listas previamente elaboradas, solicitando que sejam
completadas ou alteradas no sentido de mais claramente descreverem as
tarefas em causa ou, alternativamente, solicitar que eles mesmos as elaborem
e estabelecer a comparação com o trabalho feito antes. Sempre fazendo, no
momento ou com antecedência, as perguntas necessárias para um completo
esclarecimento.

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3. Descrição escrita das tarefas, feita pelo analista e a ser apresentada aos
trabalhadores, deve ser elaborada:

a. Em termos simples e claros com os quais os trabalhadores estejam


familiarizados
b. Frases curtas mas completas
c. Com significado inequívoco para todos
d. Cada frase deve começar por um verbo de ação (Soldar os componentes,
unir as peças,...)
e. Evitar o uso de diversos verbos de ação numa mesma frase a menos que
essas ações tenham que ser desenvolvidas simultaneamente quando da
execução da tarefa.

4. Elaboração da versão final da lista de tarefas

- Elaboram-se quadros resumo e é solicitada aos trabalhadores a sua


colaboração para
confirmação e avaliação em termos de tempo de exposição e riscos envolvidos.

5. Distribuição a todos os trabalhadores, em grupo ou individualmente, das listas de


tarefas e posterior recolha após preenchimento. As instruções de preenchimento
devem ser claras e os fins a atingir perfeitamente explicados.

6. Os resultados são convenientemente analisados. O resultado final deve ponderar as


opiniões recolhidas corrigidas em função de elementos com a diferente formação, sexo,
idade, experiência dos inquiridos.

- Qualquer trabalho de observação do posto de trabalho deve ter em atenção:

- PESSOAS

- Que perigos as rodeiam?


- As regras estabelecidas são compreendidas e cumpridas?
- Dispõe-se de EPI’s necessários e utilizam-se?
- Há o número correto de pessoas para a execução do trabalho?

- EQUIPAMENTO
- As ferramentas e equipamentos em utilização são os mais adequados, em
termos de segurança e produtividade, ao desempenho da função?
- As máquinas e equipamentos estão a ser usados dentro dos limites de
segurança?
- Estão todos em boas condições de funcionamento?
- Todas as ferramentas estão rapidamente disponíveis e arrumadas em local
acessível para uma rápida utilização?

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- MATERIAIS
- Os materiais são transportados e manuseados da forma mais adequada?
- Os materiais estão bem arrumados e dispostos no sentido de uma utilização
eficiente?
- Existe no local a quantidade adequada de material?
- Há algum produto que possa substituir o utilizado, de forma mais segura?

- AMBIENTE

- As áreas de trabalho estão limpas, arrumadas e isentas de perigos para os


trabalhadores?
- Há espaços ocupados por materiais não indispensáveis e que seriam de maior
utilidade para uso das pessoas ou equipamentos?
- O que se pode alterar no sentido de melhorar o ambiente de trabalho?

- Listas de verificação:

- https://osha.europa.eu/pt/practicalsolutions/risk-assessment-tools

- http://www.act.gov.pt/%28PT-PT%29/CENTROINFORMACAO/LISTASVERIFIC
ACAO/Paginas/default.aspx

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- Avaliação de riscos profissionais


- AVALIAÇÃO GERAL ou GLOBAL

- Consiste numa avaliação que numa primeira fase estabeleça distinção entre aqueles
riscos conhecidos, cujas medidas de controlo podem determinar-se de forma imediata
e os outros riscos que requerem um estudo mais minucioso.
- Assim, faz-se a identificação dos perigos, permite decidir se é possível eliminá-lo e, se
tal não for possível, estimar e valorizar o risco, de uma forma grosseira, atendendo à
experiência, conhecimentos e senso comum.
- Em regra usam-se métodos simplificados para realizar uma avaliação geral ou global
dos riscos.

- AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

- Avaliação de um determinado risco identificado ou grupo de riscos interrelacionados


por algum motivo e que requerem um estudo mais minucioso, em resultado de
imposições de tipo técnico ou legais.
- Esta fase pode conduzir a posterior aplicação de técnicas de avaliação ainda mais
complexas.
- Os riscos que necessitamos avaliar podem ter diferentes enquadramentos:
a. Riscos para os quais existe uma legislação específica.
b. Riscos que precisam de métodos de avaliação especiais.
c. Riscos de carácter geral.

a. Riscos para os quais existe uma legislação específica.

- Em muitas ocasiões grande parte dos riscos que se podem apresentar nos postos de
trabalho resultam das próprias instalações ou de riscos resultantes da exposição a
determinado risco para os quais existe legislação específica, como por exemplo:

- Regulamento do ruído, dos estabelecimentos comerciais, escritórios, etc.

b. Riscos que precisam métodos de avaliação especiais.

- Existem actividades que podem originar graves acidentes devido a explosões,


incêndios, fugas de substâncias tóxicas.
- Recordamos Seveso, na origem de legislação europeia e do desenvolvimento de
métodos específicos de análise, fundamentalmente na industria química, e que são
reconhecidos como indispensáveis na legislação em alguns países.
- Baseiam-se na análise probabilística de riscos e podem utilizar-se também para a
análise dos sistemas de segurança em máquinas e outros processos industriais.

- Exemplos são os métodos HAZOP e Árvores de Falhas.

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c. Riscos de carácter geral.

- São métodos de avaliação que ponderam de forma adequada, em termos de


probabilidade de ocorrência, exposição ao riscos, severidade das consequências, os
perigos identificados nos locais de trabalho e relacionados com a execução de tarefas
nos postos de trabalho.
- Exemplos são o Método de Avaliação Geral de Riscos, o método de William Fine, o
Sistema Simplificado de Avaliação de Riscos de Acidentes

- Métodos simplificados:

- Empregam-se quando não é razoável esperar consequências catastróficas da


concretização do risco.
- Permitem obter uma primeira aproximação, suficiente para estabelecer uma
hierarquização do risco e estabelecer prioridades de atuação.
- Não é costume que permitam calcular o valor absoluto do risco.
- No sentido da facilitar o trabalho e mesmo em função das suas características,
quantificam o risco usando escalas numéricas relativas.

Método Nº Factores
Factores
Valorização simples 1 Gravidade
-A,B,C-
Métodos binários 2 Gravidade, Probabilidade
William T. Fine 3 Severidade/consequências
Exposição
Probabilidade
Sistema simplificado avaliação 3 Nível deficiência
riscos acidente Nível exposição
Nível consequências

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MATRIZ
GRAVIDADE / PROBABILIDADE

GRAVIDADE
PROBABILIDADE Mortal IP IT 1ºs
(4) (3) (2) Socorros
(1)
Muito Alta 16 12 8 4
(4)
Alta 12 9 6 3
(3)
Média 8 6 4 2
(2)
Baixa 4 3 2 1
(1)

GRAVIDADE
PROBABILIDADE Mortal IP IT 1ºs
(4) (3) (2) Socorros
(1)
Muito Alta 44 34 24 14
(4)
Alta 43 33 23 13
(3)
Média 42 32 22 12
(2)
Baixa 41 31 21 11
(1)

MATRIZ GRAVIDADE - PROBABILIDADE


GRAVIDADE
Mortal Incapacidade Incapacidade 1ºs
Permanente Temporária Socorros
4 3 2 1
Probabilidade Frequente 5
Ocasional 4
Raro 3
Remoto 2
Improvável 1

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DEFINIÇÃO DOS Não existem ou não são conhecidas.


PROCEDIMENTOS Sérias deficiências.
E CONDIÇÕES DE Algumas deficiências nos procedimentos e falta
SEGURANÇA Implantar alguns.
Suficientes mas melhoráveis.
Suficientes e bem implantados.

MATRIZ
FREQUÊNCIA x SEVERIDADE x PROCEDIMENTOS E CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA x Nº DE PESSOAS AFECTADAS
FREQUÊNCIA SEVERIDADE P. C. SEGURANÇA Nº P. AFECTADAS
Frequente 1 Catastrófico 1 Não existem 1 Mais de 51 1
Ocasional 2 Crítico 2 Sérias 2 31 a 50 2
deficiências
Remoto 3 Marginal 3 Algumas 3 11 a 30 3
deficiências
Raro 4 Negligenciável 4 Melhoráveis 4 4 a 10 4
Improvável 5 Negligenciável 5 Muito boas 5 1a3 5

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MÉTODO DE AVALIAÇÃO GERAL DE RISCOS

1. CLASSIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES DE TRABALHO

- LISTA DE ACTIVIDADES DE TRABALHO AGRUPADAS DE FORMA RACIONAL E


UTILIZÁVEL
- ÁREAS EXTERNAS ÀS INSTALAÇÕES DA EMPRESA
- ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO OU PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO
- TRABALHOS DE MANUTENÇÃO
- TAREFAS ESPECÍFICAS

2. PARA CADA ACTIVIDADE, INFORMAÇÃO SOBRE:

1. Tarefas a realizar, duração, frequência


2. Locais onde se realiza o trabalho
3. Quem realiza o trabalho, ocasional ou permanentemente
4. Outras pessoas que podem ser afetadas, visitas, subempreiteiro
5. Formação dos trabalhadores na execução das tarefas
6. Procedimentos escritos
7. Instalações, máquinas e equipamentos utilizados
8. Ferramentas manuais com acionamento elétrico ou mecânico
9. Instruções de fabricantes e fornecedores
10.Tamanho, forma, peso, etc., dos materiais a utilizar.
11.Distância e altura às quais devem ser transportadas manualmente materiais
e produtos
12.Energias que se utilizam
13.Substâncias e produtos utilizados e produzidos
14.- Rotulagem
15.Requisitos da legislação vigente
16.Medidas de controlo existentes.
17.Dados recolhidos sobre acidentes, incidentes, doenças profissionais
18.Dados sobre avaliações de riscos que se tenham efetuado anteriormente.
19.Organização do trabalho.

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3.QUANTIFICAÇÃO DO RISCO

- Para cada um dos perigos identificados dever-se á determinar a severidade do dano e


a probabilidade de que se materialize.

- Para determinar a severidade do dano, terá que considerar-se o seguinte:


- Partes do corpo que seriam afetadas.
- Natureza do dano, graduando-o em função da sua intensidade.

A. Ligeiros:
- Danos superficiais, cortes, pequenas feridas, irritações de olhos por pó, etc.

B. Graves:
- Lacerações, queimaduras, fraturas menores. Surdez, dermatites, asma,
transtornos músculo-esqueléticos, doenças que conduzam a incapacidade
menor.

C. Muito graves:
- Amputações, fraturas maiores, intoxicações, lesões múltiplas, lesões fatais.

- A probabilidade de que ocorra o dano, pode graduar-se da seguinte maneira:

A. Probabilidade Alta:
- O dano ocorrerá sempre ou quase sempre.

B. Probabilidade Média:
-O dano ocorrerá em algumas ocasiões.

C. Probabilidade Baixa:
-O dano ocorrerá raras vezes.

- Dever-se-á tomar em consideração:

- As medidas de controlo já implantadas, o cumprimento dos requisitos legais, etc.


- A presença de trabalhadores especialmente sensíveis a determinados riscos.
- A frequência da exposição ao perigo.
- As falhas nos componentes das instalações e das máquinas, assim como nos
dispositivos de proteção.
- A proteção por EPI´s e a sua efetiva utilização.
- Atos inseguros, tanto erros involuntários como violações intencionais

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CONSEQUÊNCIAS
LIGEIRAS GRAVES MUITO
GRAVES
PROBABILIDADE BAIXA RISCO TRIVIAL RISCO RISCO
TOLERÁVEL MODERADO
MÉDIA RISCO RISCO RISCO
TOLERÁVEL MODERADO IMPORTANTE
ALTA RISCO RISCO RISCO
MODERADO IMPORTANTE INTOLERÁVEL

RISCO ACÇÕES E GRAU DE URGÊNCIA


TRIVIAL NENHUMA ACÇÃO NECESSÁRIA
TOLERÁVEL DESNECESSÁRIO MELHORAR A ACÇÃO PREVENTIVA A MENOS QUE TAL SEJA
POSSÍVEL ATRAVÉS DE SOLUÇÕES QUE NÃO EXIJAM INVESTIMENTOS OU
SEJAM REDUZIDOS. IMPORTANTE VERIFICAR QUE SE MANTÊM AS MEDIDAS DE
CONTROLO.
MODERADO DEVEM FAZER-SE ESFORÇOS DE REDUÇÃO DO RISCO MAS OS INVESTIMENTOS
DEVEM SER ADEQUADAMENTE PONDERADOS. AS MEDIDAS DE CONTROLO DO
RISCO DEVEM SER IMPLEMENTADAS EM PRAZO DEFINIDO. SE A CLASSIFICAÇÃO DO
RISCO RESULTA DA POSSIBILIDADE DE ACONTECEREM DANOS GRAVES, DEVE
PONDERAR-SE ADEQUADAMENTE SE A PROBABILIDADE DETERMINADA É
CORRECTA.
IMPORTANTE NÃO SE DEVE INICIAR O TRABALHO ENQUANTO AS MEDIDAS DE CONTROLO
NECESSÁRIAS À REDUÇÃO NÃO FOREM EXECUTADAS. SE O TRABALHO ESTÁ EM
EXECUÇÃO, AS MEDIDAS A TOMAR DEVEM TOMAR-SE NUM CURTO PRAZO DE
TEMPO.
INTOLERÁVEL NÃO SE DEVE INICIAR OU CONTINUAR O TRABALHO ATÉ QUE O RISCO ESTEJA
REDUZIDO.

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MATRIZ
GRAVIDADE / FREQUÊNCIA EXPOSIÇÃO
MATRIZ
FREQUÊNCIA x SEVERIDADE
Catastrófico Crítico Marginal Negligenciável
Frequente 1 3 7 13
Ocasional 2 5 9 16
Remoto 4 6 11 18
Raro 8 10 14 19
Improvável 12 15 17 20

Classificação Categoria Danos


Catastrófico I Morte, incapacidade total permanente, perda de
que resulte um custo superior a 106 Euros.
Crítico II Pode resultar incapacidade parcial permanente.
Ferimentos ou doenças que podem ser causadas
pelo menos a três pessoas. Perda de que resulte
custo superior a 200.000 € mas inferior a 106
Euros.
Marginal III Pode resultar em ferimentos ou doenças que
provoquem um mais dias de incapacidade para o
trabalho. Perda de que resulte custo superior a
25.000 € mas inferior a 200.000 €.
Negligenciável IV Pode resultar em ferimentos ou doenças que não
causem incapacidade para o trabalho. Perda de
que resulte custo inferior a 25.000 €

Classificação Nível Especificação


Frequente A Ocorre continuamente (pelo menos uma vez por
semana)
Provável B Ocorre muitas vezes ( entre uma e seis vezes de
dois em dois meses)
Ocasional C Ocorre por vezes (entre duas e cinco vezes por
ano)
Remoto D Ocorre poucas vezes (uma vez por ano)
Improvável E Raramente ocorre (menos de uma vez por ano)

Nível de Risco Categoria do Risco


1–5 Alta
6–9 Séria
10 – 17 Média
18 – 20 Baixa

Categorias Alta, Séria, Média: Plano de ação onde se englobam medidas corretivas, dando
prioridade de intervenção aos riscos com categorias mais
elevadas e que causam maiores danos às pessoas (se dentro da
mesma categoria de risco).

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MÉTODO DE WILLIAM FINE

- A gravidade do perigo devido a um risco reconhecido calcula-se através da seguinte


fórmula:

Grau de Perigosidade GP = Consequências C x Exposição E x Probabilidade P

GP=CxExP

- Definem-se Consequências como os resultados mais prováveis de um acidente


resultante do risco em análise e ponderando quer os danos pessoais quer os materiais.

- O factor Exposição define-se através de um índice associado à frequência com que se


apresenta a situação de risco, sendo tal o primeiro acontecimento indesejado que
iniciaria a sequência que leva ao acidente.

- Entende-se por Probabilidade o índice associado à probabilidade de uma vez iniciada


a sequência ela se desenvolver conduzindo ao acidente e respectivas consequências.

- A justificação económica faz-se com recurso aos conceitos Factor de Custo ( Fc ) e


Grau de Correcção ( Gc ) e por aplicação da seguinte fórmula:

Justificação J = C x E x P / Fc x Gc

J > 10 _ Correcção justificada


J < 10 _ Correcção não justificada

CONSEQUÊNCIAS
Grau de severidade
Danos corporais Danos materiais Valor
Numerosas mortes Grandes danos > 600.000 € 100
Quebra importante na
actividade
Várias mortes De 300.000 € a 600.000 € 50
Morte Danos de 60.000 € a 300.000 € 25
Lesões graves, amputações, De 600 € a 60.000 € 15
invalidez permanente
Incapacidades temporárias De 60 € a 600 € 5
Ferimentos ligeiros Até 60 € 1

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EXPOSIÇÃO
Frequência de ocorrência da situação de risco Valor
Continuamente, várias vezes ao dia 10
Frequentemente, aproximadamente 1 vez por dia 6
Ocasionalmente, de 1 vez por semana a uma vez por mês 3
Irregularmente, de 1 vez por mês a 1 vez por ano 2
Raramente, sabe-se que já ocorreu 1
Remotamente possível, não se tem conhecimento de que já tenha ocorrido 0,5

PROBABILIDADE
Probabilidade da sequência de acontecimentos, incluindo as consequências Valor
É o resultado mais provável se a situação inicial de risco ocorrer 10
É completamente possível, a probabilidade é de 50 % 6
Seria uma sequência ou coincidência rara 3
Seria uma coincidência remotamente possível. Sabe-se que já ocorreu. 1
Extremamente remota mas concebível. Nunca aconteceu em muitos anos de 0,5
exposição
Sequência praticamente impossível. Possibilidade de 1 em 1 milhão. 0,1

GRAU DE PERIGOSIDADE
GP=CxExP Classificação Medidas
> 400 Muito alto Interrupção da actividade em causa
200 a 400 Alto Correção imediata
70 a 200 Substancial Correção logo que possível
20 a 70 Possível Atenção
< 20 Aceitável Situação a manter

FACTOR DE CUSTO
Valor esperado do custo da acção corretiva Valor
Mais de 30.000 € 10
12.000 € a 30.000 € 8
6.000 € a 12.000 € 6
600 € a 6.000 € 4
60 € a 600 € 2
12 € a 60 € 1
< 12 € 0,5

GRAU DE CORRECÇÃO
Diminuição do risco por aplicação da acção correctiva Valor
Risco totalmente eliminado 1
Risco reduzido pelo menos 75 % mas não completamente 2
Risco reduzido de 50 % a 75 % 3
Risco reduzido de 25 % a 50 % 4
Ligeiro efeito sobre o risco, menos de 25 % 6

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SISTEMA SIMPLIFICADO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES

SISTEMA SIMPLIFICADO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES

NÍVEL NÍVEL DE DEFICIÊNCIA


DE

PROBABILIDADE NÍVEL DE EXPOSICÃO

NÍVEL DE CONSEQUÊNCIAS

Consideração do risco a analisar


Elaboração do questionário de verificação sobre os factores de risco que possibilitem
a sua materialização.
Atribuição do nível de importância a cada um dos factores de risco.
Estimativa do nível de deficiência.
Estimativa da exposição.
Estimativa do nível de probabilidade a partir do nível de deficiência e do nível de
exposição.
Comparação do nível de probabilidade encontrado com os dados históricos
disponíveis.
Estimativa do nível de consequências e do nível de risco, função do nível de
probabilidade e do nível de consequências.
Definição dos níveis de intervenção, considerando os resultados obtidos e a sua
justificação sócio-económica
Comparação dos resultados obtidos com os estimados a partir de fontes de
informação precisas e da experiência.

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Nível de deficiência ND Significado


Muito 10 Detectaram-se factores de risco significativos
deficiente que determinam como muito possível a
( MD ) produção de falhas.
O conjunto de medidas preventivas existentes
resulta ineficaz.
Deficiente 6 Detectou-se algum factor de risco significativo
(D) que precisa ser corrigido.
A eficácia do conjunto de medidas preventivas
existentes está reduzida de forma apreciável.
Melhorável 2 Detectaram-se factores de risco de menor
(M) importância. A eficácia do conjunto de medidas
preventivas não está reduzida de forma
apreciável.
Aceitável - Não se detectaram anomalias significativas. O
(A) risco está controlado.

Nível de exposição ND Significado


Continuada 4 Continuadamente. Várias vezes durante o dia de
( EC ) trabalho e por tempo prolongado.
Frequente 3 Várias vezes durante o dia de trabalho, mas por
( EF ) pouco tempo.
Ocasional 2 Alguma vez durante o dia de trabalho e por
( EO ) períodos curtos de tempo.
Esporádica 1 Irregularmente.
( EE )

NP Nível de Exposição ( NE )
4 3 2 1
Nível de 10 40 30 20 10
deficiência 6 24 18 12 6
( ND ) 2 8 6 4 2

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Nível de NC Significado
consequências Danos Pessoais Danos Materiais
Mortal ou 10 1 morto ou mais . Destruição total do
catastrófico sistema,
(M) Difícil renovação.
Muito grave 60 Lesões graves que podem Destruição parcial do
(MG) ser irreparáveis. sistema, renovação
complexa
Grave 25 Lesões com incapacidade Paragem no processo para
(G) Laboral temporária. reparação .
Leve 10 Pequenas lesões que não Reparável sem
(L) Requerem hospitalização necessidade de paragem
do processo.

Nível de Probabilidade ( NP )
40 - 24 20 - 10 8-6 4-2
Nível de 100 I I I II
consequências 4000-2400 2000-1200 800-600 400-200
( NC ) 60 I I II II
2400-1440 1200-600 480-360 240
III
120
25 I II II III
1000-600 500-250 200-150 100-50
10 II 40 II III III
400-240 200 80-60 40
III IV
100 20

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S.S.E.R.A.

NÍVEL DE NR SIGNIFICADO
INTERVENÇÃO
I 4000-600 Situação crítica. Correção urgente.
II 500-150 Corrigir e adoptar medidas de controlo.
III 120-40 Melhorar se for possível. Conveniente justificar a
intervenção.
IV 20 Não intervir, salvo se análise mais específica o
justificar.

- Máquina para aplainar 4 faces em todos os tipos de madeira, macias ou duras. Pode
opcionalmente moldurar nas 4 faces.
- 11 rolos motorizados que permitem um arrasto fácil de vigas de 300 mm de
espessura e grandes comprimentos

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- A abertura de resguardos móveis implica a paragem da máquina.


- Os operadores da máquina usam equipamentos de protecção ocular quando a
utilizam.
- Não estão estabelecidos procedimentos de encravamento e etiquetagem.
- Não estão estabelecidos procedimentos de segurança para a execução de operações
de limpeza, afinação e manutenção.
- Todos os operadores da máquina foram instruídos sobre a sua utilização e têm
experiência no seu uso.
- Existe manual de instruções em português.

SIM NÃO
1. Os elementos móveis de transmissão das máquinas estão inacessíveis em resultado
das soluções construtivas adoptadas?
2. Existem resguardos fixos que impedem o acesso a órgãos móveis aos quais é
necessário aceder ocasionalmente?
3. Estão fixados recorrendo a meios que garantem que a sua remoção só pode ser
feita com recurso a ferramenta apropriada?
4. Existem resguardos móveis associados a encravamentos que garantam a
inacessibilidade à zona de operação da máquina durante o seu funcionamento?
5. Existem resguardos reguláveis que limitam o acesso à zona de operação da
máquina durante a execução de trabalhos que exigem a intervenção do operador na
sua proximidade?
6. Estes resguardos são auto-reguláveis?
7. Não sendo auto-reguláveis, são de regulação manual fácil e sem necessidade de
recurso a ferramentas?
8. Os painéis protectores têm resistência e rigidez suficientes?
9. Havendo risco de projecção de partículas não eliminado pelos resguardos fixos
existentes, são usados equipamentos de protecão individual?
10. Os dispositivos de colocação em funcionamento estão bem visíveis, afastados de
zonas perigosas e o seu accionamento só pode ser feito de forma intencional?
11. Do seu posto de comando, o operador pode ver todas as zonas perigosas da
máquina ou, caso tal não aconteça, existe sinalização acústica do início do
funcionamento?
12. A observação das operações é favorecida por painéis protectores de material
transparente?
13. A interrupção do funcionamento, ou o seu reinício depois de uma interrupção de
energia, deixa a máquina numa situação segura?
14. Existem um ou mais dispositivos de paragem de emergência rapidamente
acessíveis?
15. Estão estabelecidos procedimentos de encravamento e etiquetagem (lock-out,
tag-out) durante intervenções de reparação, manutenção, limpeza, etc?
16. Existem meios para reduzir a exposição a eventuais riscos durante as operações
de afinação, limpeza e manutenção da máquina)
17. Os operadores tiveram formação adequada para o desempenho da função e
estão treinados na sua execução?
18. Existe um manual de instruções, em português, onde se especifique como realizar
de forma segura as operações normais ou ocasionais na máquina?

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CRITÉRIO DE VALORIZAÇÃO

Muito deficiente Deficiente Melhorável


1, conjuntamente 8, 9, 10, 11, 12, 13, 3, 6, 7
com 2, 4 ou 5. 14, 15, 16, 17, 18.
Mais de 5 respostas
“deficiente”

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PRIMEIROS SOCORROS

Princípios Gerais de Socorrismo

Palavra de referência = “Pas”

P – Prevenir Prevenção Primária = Diminuir o nº de acidentes

Prevenção Secundária = Diminuir o agravamento do estado


da vitima

A-Alertar Contacto 112 ( O Quê? Quem? Quando? Como?

S – Socorrer Prevenção Primária = Intervir nas situações que podem por


em risco a vida da vitima.

Palavra de referência = “ACHE”

A= Alterações Cardiorrespiratórias
C= Choque
H= Hemorragia
E= Envenenamento

Prevenção Secundária = Intervenção nas restantes situações

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EXAME GERAL À VITIMA

Observação de sinais e deteção de sintomas

Sinais – O que o Socorrista observa

Sintomas – O que a Vitima sente

EXAME Primário = Identificar e corrigir situações que


põem em risco a vida da vitima.

Secundário = Identificar e corrigir situações que


não põem em risco a vida da vitima.

Exame Primário:

1º Avaliar o estado de consciência da vítima.

- Abanar lentamente a vitima, tocando-lhe no ombro.


- Falar com a vitima, “ Sente-se bem? Está a ouvir? Que dia é hoje? ”

A – (Airway), Permeabilidade da via respiratória.


- Ver se há obstrução da via respiratória.
- Assegurar que a via respiratória se mantem permeabilizada ( Cabeça em Extensão)

B – (Breathing) Ventilação
- Vitima inconsciente.
- Palavra de referência = “VOS”

V - Ver
O – Ouvir 10 Segundos
S - Sentir

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C – Circulação
- Sinais de circulação.

- Ausência de cianose
- Boa coloração
- Temperatura normal das extremidades
- Movimentos circulatórios

Exame Secundário:

- Vai procurar fraturas, feridas, queimaduras, dor, pontos de deformação.

- Ordem de apalpação: - Cabeça, pescoço, ombros, tronco, membros inferiores e


membros superiores.

Alterações Cardiorrespiratórias

CAUSAS:

1- Obstrução da via aérea


2- Diminuição/ausência de movimento da caixa torácica
3- Alterações sanguíneas
4- Causas atmosféricas

1 Ligeira = - Há passagem de ar (Consciente).

Grave = Não há passagem de ar (inconsciente).

Sinais e Sintomas:

- Tosse
- Olhos abertos
- Respiração ofegante
- Taquipneia ( respiração rápida)
- Agitação
-Palidez/Cianose
- Sudorese

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Procedimentos:
- Vitima Consciente:

- Incentivar a tossir
- Desapertar as roupas
- Observar obstruções do nariz e boca
- 5 pancadas intercostais
- 5 compressões abdominais (Heimlich)

Excecções: - Gravidas, bebés, obesos, crianças pequenas.

- Vitima Inconsciente:

- Suporte básico de vida (SBV)


- Também é feito para as outras situações de alterações/PCR

Cadeia de sobrevivência

112 SBV DAE SAV

PCR- Paragem Cardiorrespiratória


DAE – Desfibrilhador automático de vida
SAV- Suporte avançado de vida
SBV- Suporte básico de vida

Consequências da PCR:

- Falta de oxigénio nas células


- Acumulação de CO2 (Dióxido Carbono) nas células
- Morte das células (as mais vulneráveis 4m a 6m)

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SBV- Suporte básico de vida

- Verificar condições de segurança.


- Avaliar estado de consciência da vítima.
(Avaliar = a vitima responde, Consciência= a vitima não responde)
- Tentar perceber o que aconteceu, o estado da vítima e se necessário pedir ajuda.
(se pedir ajuda não abandona o local)
- Se respira – Posição lateral segurança (PLS), pedir ajuda se necessário, reavaliar
periodicamente.

PLS – Posição Lateral de Segurança

- Não respira (normalmente)


-112

Manobras de reanimação

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Adultos

- 30 Compressões
- 2 Insuflações (inspirar antes)
- 30 a 120 compressões por minuto

- Para-se quando
- Chega ajuda diferenciada
- Há sinais de vida
- Exaustão do socorrista

Bebés

- VOS
- 30 Compressões
- 2 Insuflações (ar a partir das bochechas)

Crianças

- VOS
- 30 Compressões
- 2 Insuflações (ar a partir dos pulmões)

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Choque:
- Carateriza-se por insuficiência circulatória aguda.

Isquémia Tecidular

Morte Tecidular

Choque Hipovolémico
- Perda de sangue ou plasma
- Ex: Hemorragias, queimaduras grandes

Cardiogénico
- Falhas no funcionamento do coração (EAM – Enfarte agudo do
Miocárdio), arritmias, embolias

Neurogénico
- Falhas no funcionamento do coração - Vasodilatação

Emoções fortes, dor, (TUM-Trauma Verto-medular)

Diminuição da pressão sanguínea

Sintomas de choque

- Sinais/Sintomas

- Apatia/choro/histeria/ansiedade
- Sudorese com pele fria
- Hipotermia das extremidades
- Ventilação rápida e superficial
- Pulso rápido e fraco
- Pupilas dilatadas
-Náuseas/vómitos
- Sede

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Socorro:
Exame primário
A, B, C.

A- Permeabilizar a via respiratória (Extensão da cabeça)

B- VOS – 10 segundos

C- Circulação

- Combater a causa
- Deitar a vitima de costas
- Desapertar roupas
- Tapar a vítima (Combater a hipotermia)
- Não dar nada a beber
- Vítima consciente – Elevar pés 45º

Respira – PLS
Não Respira - SBV

Hemorragias Artérias
Vasos - Hemorragia em jacto (Sangue vermelho vivo)
Sanguíneos

Cardiogénico
- Sangue sai mais lentamente (Vermelho escuro)

Capilares
- Têm dimensão reduzida e normalmente a hemorragia estanca
sozinha

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Hemorragia Externa
Ex: Corte num dedo

Interna Visível
Ex: o sangue sai pela boca
(qualquer orifício natural)

Invisível
Sangue retido no interior do organismo

Sinais / Sintomas:

- Observação de sangue
- Dor
- Ansiedade
- Sede
- Zumbidos
- Dificuldade de visão
- Ventilação rápida e superficial
- Pulso rápido e fraco
- pupilas dilatadas

Hemorragias Internas – Visíveis

- Hemoptise – Sangue vem dos pulmões e sai pela boca.


- Sangue vermelho vivo e espumoso.
- Tosse e falta de ar.

- Recomenda-se ventilação pausada

- Hematémese – Sangue vem do tubo digestivo e sai pela boca


- Cor diversa
- Dor abdominal
- Vómito – tentar evitar o vómito, fazer aplicação de gelo

- Epistaxis – Sangue sai pelo nariz

- Manter cabeça direita


- Compressão 10m
- aplicação fria, tamponamento

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Formação VA-SHST 19 – 150 horas
Início da formação em 26.6.2014 e termo a 4.9.2014

Hemorragias Externas
Compressão manual Directa
- Aplicar força sobre a ferida, usando compressa ou
pano limpo)

Indirecta
- Compressão de uma artéria (Umeral=Braço ou
Femural=Perna)

Envenenamento ou Intoxicação
Sinais e Sintomas

- Odores não habituais


- Embalagens/Caixas de produtos químicos
- Grupo de pessoas com sintomas idênticos

Essencial: Observação do local

Socorro:
- Recolher informação
- 112 – CIAV – 808 250 143

Situações especiais:

- Via Cutânea:
- Lavar abundantemente com água
- Retirar roupa contaminada

- Via Ocular:
- Lavar abundantemente com água ou soro fisiológico (de dentro para fora)
- Não esfregar
- Tentar manter pálpebras abertas (ir sempre ao hospital)

- Via Inalatória:
- Retirar vítima do local
- Retirar roupas se necessário

- Via Digestiva:
- Seguir Instruções do CIAV

- Via Circulatória direta:


- Aplicação de gelo

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GENERALIDADES

- O empregador está obrigado a dar formação ao trabalhador de acordo com o


“ACT”/ Código do trabalho, num total de 35 horas anuais ou 75 horas em 3 anos.

OIT – Organização Internacional do Trabalho

Saúde no Trabalho

- Prevenção de doenças usando metodologias médicas no trabalho.


- Doença profissional causada pelo exercício de uma profissão ou função e, (consta de
lista de doenças profissionais/ocupacional).
- Doença relacionada com o trabalho, causada pelo exercício do trabalho / função /
profissional

Higiene no Trabalho

- Metodologias preventivas de doenças não médicas (limpeza, ergonomia, iluminação,


ritmo de trabalho).

Segurança no
Trabalho

- trHigiene noacidentes
Prevenção de Trabalhosem intervenção de medicina no trabalho.

Saúde

trHigiene
- Para no Trabalho
a Organização Mundial de Saúde (O.M.S.), a saúde é um estado de total bem-
estar físico, psicológico e social acidentes sem intervenção de medicina no trabalho.

Acidente de trabalho

- Acidente que ocorre no local e tempo de trabalho que produz lesão corporal,
perturbação funcional ou a morte, ou que conduz a redução na capacidade do ganho
ou de trabalho. “ Lei – 98/2009 ”

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Incidente de trabalho ou quase acidente

- Situação em que não danos Humanos;


- Pode haver ou não danos Humanos;
- Esta situação noutras circunstâncias pode levar a acidente;

Perigo
2
- Potencial2 para o dano, é intrínseco ao ambiente de trabalho.
Ex: calha de junta de pavimento levantada
2

RISCO

- Resulta da interação do homem com o perigo.


Ex: Queda

PERIGO / RISCO

Condições Perigosas Acções Perigosas ( Comportamentos)

São as duas grandes causas de acidentes de trabalho


(ocorrem por efeito domino)

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Ter Consciência dos Riscos

Conhecer as Regras para evitar os Riscos

Cumprir as Regras de Segurança

Princípios Gerais da Prevenção

1 – Evitar riscos
2 - Avaliar riscos que não possam ser evitados
3 – Combater os riscos na origem
4 – Adaptar o trabalho ao Homem
5 – Ter em conta o estado sa evolução técnica
6 – Substituir o que é perigoso, pelo que é isento de perigo ou, pelo menos perigoso.
7 – Planificar prevenção com o sistema coerente, organizar o trabalho.
8 – Dar prioridade às medidas de protecção coletiva.
9 – Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

EPC

- Equipamento de Protecção Coletiva

EPI

- Equipamento de Protecção Individual

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Trabalho de Grupo
Conclusão:
TIAGO - Responsável de SHST
Reforço
Positivo: Empregado do Mês
Fim de semana radical

Desporto
Receber Dar
Negativo: 1 Falha -Aviso
2 Falhas, pode dar
despedimento
- Formação
- EPC / EPCI
- Informação Quadro
Magnético

Sistema de Protecção do corpo humano


Sistema Isolado – Não há troca
Sistema fechado – Troca de energia
Sistema Aberto – Troca de matéria e energia

Considerações Gerais de Toxidade

- Valores para um dia de 8 horas/semana de 40 horas.

TLUS – Valor limite de concentração (Universal)


VLE – Valor limite de exposição, média ponderada.
STELS – Pequenos períodos de limite de exposição, (períodos de 15 minutos)
TLV´s Ceiling – VLC-CM – Valor limite expresso para concentração máxima
NAC – Nível admissível de concentração

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Procedimento para limpeza de Derrames

“ ICAL “

I – ISOLAR
C – CONTER
A – ABSORVER
L - LIMPAR

Riscos de Radiação

“SIEVERT” – Dose recebida

Riscos Biológicos

- A temperatura ambiente deve-se situar entre os 18º C e os 22ºC, e a humidade deve


oscilar entre 50% eos 70%

Riscos Iluminação

- Iluminação inadequada

ILUMINAÇÂO – Medida de fluxo luminoso emitido numa determinada superfície por


Un. De superfície (Ex: m2 ) Un/m2

- Unidade de medida – LUX


- Aparelho de medição – LUXIMETRO
- Fotómetro – Medem também a intensidade luminosa alem de Iluminância.

Riscos Ruidos

Ruido – Propagação do Som

- A propagação do som pode-se efetuar através do estado:


- Solido
- Liquido
- Gasoso

85db – Valor limite para 40horas/semana


80db – Valor de acção Inferior
87db – Valor de acção Superior

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Ruídos perigos situação a partir dos 85db / 90db


Ex: Martelos pneumáticos, ferramentas a Ar Comprimido.

Riscos Vibrações

- Valores limite de valores de acção.

- Sistema mão braço:


- Valor limite 5m/s2
- Valor acção 2,5m/s2

Avaliação dos Riscos

- Sistema de medição, a medição deve ser feita de acordo com os anexos I, II do


DL 46/2006

Riscos Mecânicos

- Classificação por tipo de funcionamento e mobilidade.

A – Tapete Rolante
B – Grua
C - Empilhador

Riscos de Movimentação de Cargas

- Pesos admissíveis:

- Homens – 25Kg
- Mulheres – 15 Kg
- Gravidas – 10 Kg

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