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LISTA 05 – CONCORDÂNCIA
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comprar alimentos no mercado interno para 5. (Eear 2017) Assinale a alternativa que não
abastecer seus refrigeradores. apresenta falha na concordância.
Todos os responsáveis pelo cuidado dos a) Ainda que sobre menas coisas para nós, devemos ir.
detentos devem passar por no mínimo dois anos de b) As peças não eram bastante para a montagem do
preparação para o cargo, em um curso superior, tendo veículo.
como obrigação fundamental mostrar respeito a todos c) Os formulários estão, conforme solicitado, anexo à
que ali estão. Partem do pressuposto que, ao mensagem.
mostrarem respeito, os outros também aprenderão a d) Neste contexto de provas em que vocês se
respeitar. encontram, está proibida a tentativa de cola.
A diferença do sistema de execução penal
norueguês em relação ao sistema da maioria dos TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
países, como o brasileiro, americano, inglês, é que ele Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a
é fundamentado na ideia de que a prisão é a privação seguir.
da liberdade, e pautado na reabilitação e não no
tratamento cruel e na vingança. O dono do livro
O detento, nesse modelo, é obrigado a
mostrar progressos educacionais, laborais e Li outro dia um fato real narrado pelo escritor
comportamentais, e, dessa forma, provar que pode ter moçambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez
o direito de exercer sua liberdade novamente junto à chegou em casa no fim do dia, já havia anoitecido,
sociedade. quando um garoto humilde de 16 anos o esperava
A diferença entre os dois países (Noruega e sentado no muro. O garoto estava com um dos braços
Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos saem e para trás, o que perturbou o escritor, que imaginou
praticamente não cometem crimes, respeitando a que pudesse ser assaltado.
população, aqui os presos saem roubando e matando Mas logo o menino mostrou o que tinha em mãos:
pessoas. Mas essas são consequências aparentemente um livro do próprio Mia Couto. Esse livro é seu?
colaterais, porque a população manifesta muito mais perguntou o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim
prazer no massacre contra o preso produzido dentro devolver. O garoto explicou que horas antes estava na
dos presídios (a vingança é uma festa, dizia rua quando viu uma moça com aquele livro nas mãos,
Nietzsche). cuja capa trazia a foto do autor.
O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que já
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do havia visto em jornais. Então perguntou para a moça:
Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal Esse livro é do Mia Couto? Ela respondeu: É. E o
atualidadesdodireito.com.br. Estou no garoto mais que ligeiro tirou o livro das mãos dela e
blogdolfg.com.br. correu para a casa do escritor para fazer a boa ação
** Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e de devolver a obra ao verdadeiro dono.
pesquisadora do Instituto Avante Brasil. Uma história assim pode acontecer em qualquer
FONTE: Adaptado de país habitado por pessoas que ainda não estejam
http://institutoavantebrasil.com.br/noruega-como- familiarizadas com os livros – aqui no Brasil, inclusive.
modelo-de-reabilitacao-de-criminosos/. De quem é o livro? A resposta não é a mesma de
Acessado em 17 de março de 2017. quando se pergunta: “Quem escreveu o livro?”.
O autor é quem escreve, mas o livro é quem lê, e
4. (Espcex (Aman) 2018) Assinale a alternativa em isso de uma forma muito mais abrangente do que o
que o emprego do verbo "haver" está correto. conceito de propriedade privada – comprei, é meu. O
a) Haverá nove dias que ela visitou os pais. livro é de quem lê mesmo quando foi retirado de uma
b) Brigavam à toa, sem que houvessem motivos. biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que
c) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverão. tenha sido encontrado num banco de praça.
d) Não ligue, caso hajam desavenças entre vocês. O livro é de quem tem acesso às suas páginas e
e) Morávamos ali há quase cinco anos. através delas consegue imaginas os personagens, os
cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São
do leitor as sensações provocadas, a tristeza, a
euforia, o medo, o espanto, tudo que é transmitido
pelo autor, mas que reflete em quem lê de uma forma
muito pessoal. É do leitor o prazer. É do leitor a
identificação. É do leitor o aprendizado. É o leitor o
livro.
Dias atrás gravei um comercial de rádio em prol do
Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores
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exatamente isso: os meus livros são os seus livros. E que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava
são, de fato. Não existe livro sem leitor. Não existe. É que não tinha valor e achei que era perder tempo.
um objeto fantasma que não serve para nada. ...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as
Aquele garoto de Moçambique não vê assim. Para pessoas que eu conheço com mais atenção. Quero
ele, o livro é de quem traz o nome estampado na enviar sorriso amavel as crianças e aos operarios.
capa, como se isso sinalizasse o direito de posse. Não ...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da
tem ideia de como se dá o processo todo, noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel.
possivelmente nunca entrou numa livraria, nem sabe o A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia
que é tiragem. andar.
Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José
colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9
para isso tenha roubado o livro de uma garota sem anos.
perceber.
Ela era a dona do livro. E deve ter ficado 3 de MAIO. ...Fui na feira da Rua Carlos de Campos,
estupefata. Um fã do Mia Couto afanou seu exemplar. catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas
Não levou o celular, a carteira, só quis o livro. Um ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os
danado de uma amante da literatura, deve ter pensado meninos estão nervosos por não ter o que comer.
ela. Assim são as histórias escritas também pela vida,
interpretadas a seu modo por cada dono. 6 de MAIO. De manhã não fui buscar agua. Mandei o
João carregar. Eu estava contente. Recebi outra
Martha Medeiros. Jornal ZERO HORA – 06/11/11. intimação. Eu estava inspirada e os versos eram
Revista O Globo, 25 de novembro de 2012. bonitos e eu esqueci de ir na Delegacia. Era 11 horas
quando eu recordei do convite do ilustre tenente da
6. (Esc. Naval 2017) Ao discutir a questão sobre 12ª Delegacia.
“quem é o dono do livro”, no texto, o verbo ser fica em ...o que eu aviso aos pretendentes a política, é que o
evidência. Assinale a opção em que a concordância da povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome
forma verbal destacada está correta, de acordo com a para saber descrevê-la.
norma-padrão. Estão construindo um circo aqui na Rua Araguaia,
a) Quem seria os donos deste livro? Circo Theatro Nilo.
b) O que há de bom neste livro é as histórias.
c) O mais é discussões infundadas sobre o autor. 9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu
d) Tudo é leituras, para quaisquer tipos de textos. penso: Faz de conta que estou sonhando.
e) A leitura de três livros, em um dia, ... não serão
demais?! 10 de MAIO. Fui na Delegacia e falei com o Tenente.
Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão
7. (Espcex (Aman) 2016) Assinale a alternativa amavel, eu teria ido na Delegacia na primeira
correta quanto ao emprego do verbo haver. intimação.
a) Eu não sei, doutor, mas devem haver leis. (...) O Tenente interessou-se pela educação dos meus
b) Também a mim me hão ferido. filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso,
c) Haviam tantas folhas pelas calçadas. que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do
d) Faziam oito dias que não via Guma. que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: se ele
e) Não haverão umas sem as outras. sabe disso, porque não faz um relatorio e envia para
os politicos? O Senhor Janio Quadros, o Kubstchek, e o
8. (Espcex (Aman) 2016) Assinale a alternativa que Dr Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou
apresenta uma oração correta quanto à concordância. uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas
a) Sobre os palestrantes tem chovido elogios. dificuldades.(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma
b) Só um ou outro menino usavam sapatos. pessoa que já passou fome. A fome tambem é
c) Mais de um ator criticaram o espetáculo. professora. Quem passa fome aprende a pensar no
d) Vossa Excelência agistes com moderação. proximo e nas crianças.
e) Mais de um deles se entreolharam com espanto.
11 de MAIO. Dia das mães. O céu está azul e branco.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Parece que até a natureza quer homenagear as mães
Quarto de Despejo que atualmente se sentem infeliz por não realizar os
desejos de seus filhos. (...) O sol vai galgando. Hoje
“O grito da favela que tocou a consciência do não vai chover. Hoje é o nosso dia. (...) A D. Teresinha
mundo inteiro” veio visitar-me. Ela deu-me 15 cruzeiros. Disse-me que
era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar o
2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só
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tenho 4 cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da 9. (Epcar (Afa) 2016) Assinale a opção cuja reescrita
cabeça de um porco no frigorifico. Comemos a carne e ficou totalmente de acordo com as regras gramaticais
guardei os ossos para ferver. E com o caldo fiz as da Língua Portuguesa.
batatas. Os meus filhos estão sempre com fome. a) “Parece que até a natureza quer homenagear as
Quando eles passam muita fome eles não são mães que atualmente se sentem infeliz...” – Parece
exigentes no paladar. (...) Surgiu a noite. As estrelas que até a natureza quer homenagear as mães que,
estão ocultas. O barraco está cheio de pernilongos. Eu atualmente, sentem-se infelizes...
vou acender uma folha de jornal e passar pelas b) “Quando eles vê as coisas de comer eles brada.” –
paredes. É assim que os favelados matam mosquitos. Quando eles vêm as coisas de comer, eles bradam.
c) “Eu estava inspirada e os versos eram bonitos e eu
13 de MAIO. Hoje amanheceu chovendo. É um dia esqueci de ir na Delegacia” – Eu estava inspirada;
simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que os versos eram bonitos e eu esqueci de ir à
comemoramos a libertação dos escravos. Nas prisões delegacia.
os negros eram os bodes expiatorios. Mas os brancos d) “Dona Ida peço-te se pode me arranjar um
agora são mais cultos. E não nos trata com desprezo. pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para os
Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam meninos.” – Dona Ida peço-lhe se pode me arranjar
feliz. (...) Continua chovendo. E eu tenho só feijão e um pouquinho de gordura, para eu fazer sopa para
sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os os meninos.
meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a
chuva para mim ir lá no Senhor Manuel vender os TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a
linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair. (...) Eu seguir.
tenho dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de
comer eles brada: Viva a mamãe!. A manifestação Laivos de memória
agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez
minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o “... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. ao fim dessa primeira etapa,
Mandei-lhe um bilhete assim: mais ainda se convencerão de que
“Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho abraçaram uma carreira difícil,
de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje árdua, cheia de sacrifícios,
choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina” mas útil, nobre e, sobretudo bela.”
(...) Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no
inverno a gente come mais. A Vera começou a pedir (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon,
comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. 1964)
Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um
pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um
pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e Há quase 50 anos, experimentei um misto de
arroz. Era 9 horas da noite quando comemos. angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a de adolescente soube suportar com bravura.
escravatura atual – a fome! Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de
infância e da família e deixava para trás bucólica
(DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de Despejo.) cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação
que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras
era, naquele momento, suficientemente forte para
respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à
minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno
demais para as minhas aspirações. Meus desejos e
sonhos projetavam horizontes que iam muito além das
montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a
vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas
despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são
sempre dolorosas – não seriam certamente em vão.
Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam
meu coração pouco a pouco iriam se converter em
realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do
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Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio restritas a compromissos curriculares, as platinas de
Naval, como integrantes de mais uma Turma desse Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em
tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do nossos ombros. Sobre essa transição do status de
Brasil. Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita
peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, propriedade: “... é a fase inesquecível de nosso ofício.
não posso negar que a tristeza, que antes havia Coincide exatamente com a adolescência, primavera
ocupado espaço em nossos corações, era naquele da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a
momento substituída pelo contentamento peculiar dos despontar as responsabilidades, as agruras de novos
vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado cargos, o acúmulo de deveres novos”.
por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às E esses novos cargos e deveres novos, que
nossas caras famílias de origem agregava-se uma foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos
nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças
companheiros; e às respectivas cidades de em nossa memória. Com o passar dos tempos,
nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, inúmeros Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas,
juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo
enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como de cada um dos integrantes daquela Turma de
mais tarde se agregaria à histórica Villegagnon em Guardas-Marinha de 1967.
meio à sublime baía de Guanabara. Ah! Como é gratificante, ainda que
Ao todo foram seis anos de companheirismo e melancólico, repassar tantas lembranças, tantos
feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas
Naval. Seis anos de aprendizagem científica, tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a
humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos bordo de inesquecíveis e saudosos navios...
entremeados de aulas, festivais de provas, práticas E as viagens foram se multiplicando ao longo
esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, de bem aproveitados anos de embarque, de centenas
marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em
recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas alto mar, singrando as extensas massas líquidas que
indeléveis. formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas
Estes e tantos outros símbolos, objetos e costeiras que banham os recortados litorais, com
acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e passagens, visitas e arribadas em um sem-número de
inexoravelmente distantes, em meio a saudosos enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e
devaneios. canais espalhados pelos quatro cantos do mundo,
Ainda como alunos do Colégio Naval, os percorridos nem sempre com mares bonançosos e
contatos preliminares com a vida de bordo e as ventos tranquilos e favoráveis.
primeiras idas para o mar – a razão de ser da carreira Inúmeros foram também os portos e cidades
naval. visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos
primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e conhecimentos, principalmente graças ao contato com
Fortaleza! povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como
tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de
maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas- serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri
Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara Lanka.
de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em Como foi fascinante e delicioso navegar por
1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada
Brasileira. nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre
Após o regresso, as platinas de Segundo- um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como
Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro dizia Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios
início da vida profissional – no meu caso, a bordo do das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a
cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a ilusão cordial do descobrimento”.
inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-
64/67. (CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de
Novamente um misto de satisfação e memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4,
ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um
navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas
descontraídos estágios de instrução como Aspirante e
Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram
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mesmo. Em breves minutos, não é por nada não, 15. (Espcex (Aman) 2014) Marque a única alternativa
fiquei sabendo de alguns “probleminhas” da vida desta em que o emprego do verbo haver está correto.
senhora. Não, não vou aqui devassar dela, nem a a) Todas as gotas de água havia evaporado.
própria me deu autorização para tal... Afinal, sou uma b) Elas se haverão comigo, se mandarem meu primo
pessoa discreta. Não pude foi evitar escutar o que sair.
minha companheira de sala de espera... berrava. Para c) Não houveram quaisquer mudanças no
não dizer, no entanto, que não contei nada, também é regulamento.
discrição demais, só um pequeno detalhe, sem maior d) Amanhã, vão haver aulas de informática durante
surpresa: ela estava a ponto de estrangular o marido. todo o período de aula.
O homem, não posso afiançar, aprontava as suas. Do e) Houveram casos significativos de contaminação no
outro lado, a amigona parecia estimular bem a hospital da cidade.
infortunada senhora. De repente, me impedindo de
saber mais fatos, a atendente chama a senhora, TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
chegara a sua hora de adentrar ao consultório do Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões).
médico. Não sei como ela, bastante exasperada, iria
enfrentar um exame, na verdade, delicado. Não deu O Português é, sem sombra de dúvida, uma
para vê-la sair pela outra porta. É, os celulares criaram das quatro grandes línguas de cultura do mundo, não
estas situações, propiciando já a formação do que obstante outras poderem ter mais falantes. Nessa
poderá vir a ser chamado de auditeurismo, que ficará, língua se exprimem civilizações muito diferentes, da
assim, ao lado do antigo voyeurismo. África a Timor, da América à Europa — sem contar
com milhões de pessoas em diversas comunidades
(UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão. Os celulares. In: espalhadas pelo mundo.
______. A vida e o tempo em tom de conversa. 1ª Ed. Essa riqueza que nos é comum, que nos traz
Rio de Janeiro: Odisseia, 2013. P. 150-153.) uma literatura com matizes derivados de influências
culturais muito diversas, bem como sonoridades e
13. (Esc. Naval 2015) Assinale a opção em que a musicalidades bem distintas, traz-nos também a
reescritura da frase, flexionada no plural, manteve-se responsabilidade de termos de cuidar da sua
coerente e plenamente de acordo com a modalidade preservação e da sua promoção.
padrão da língua portuguesa. A Língua Portuguesa não é propriedade de
a) “Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me nenhum país, é de quem nela se exprime. Não assenta
quebrado uns galhos importantes [...].” (2º §) / hoje – nem assentará nunca – em normas fonéticas ou
Nem podemos de reconhecermos que eles tem nos sintáticas únicas, da mesma maneira que as palavras
quebrado uns galhos importantes... usadas pelos falantes em cada país constituem um
b) “Nem lembro que ele marca as horas, possui imenso e inesgotável manancial de termos, com
calendário.” (2º §) / Nem nos lembramos que eles origens muito diversas, que só o tempo e as trocas
marcam as horas, possuem calendário. culturais podem ajudar a serem conhecidos melhor por
c) “[...] sei de cabeça todas as minhas senhas, que todos.
vão se multiplicando. Haja memória!” (2º §) / Mas porque é importante que, no plano
...sabemos de cabeça todas as nossas senhas, que externo, a forma escrita do Português se possa
vão se multiplicando. Hajam memórias! mostrar, tanto quanto possível, uniforme, de modo a
d) “[...] vivencio sempre outras situações em que o poder prestigiar-se como uma língua internacional de
uso do celular me prende a atenção.” (5º §) / ... referência, têm vindo a ser feitas tentativas para que
vivenciamos sempre outras situações em que o uso caminhemos na direção de uma ortografia comum.
do celular nos prendem as atenções. Será isso possível? Provavelmente nunca
e) “Não sei como ela, bastante exasperada, iria chegaremos a urna Língua Portuguesa que seja escrita
enfrentar um exame, na verdade, delicado.” (5º §) / de um modo exatamente igual por todos quantos a
Não sabemos como elas, bastante exasperadas, falam de formas bem diferentes. Mas o Acordo
iriam enfrentar uns exames, na verdade, delicados. Ortográfico que está em curso de aplicação pode
ajudar muito a evitar que a grafia da Língua
14. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa em Portuguesa se vá afastando cada vez mais.
que a palavra bastante(s) está empregada O Acordo Ortográfico entre os então “sete”
corretamente, de acordo com a norma culta da Língua. países membros da CPLP (Timor-Leste não era ainda
a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a independente, à época) foi assinado em 1990 e o
caixa. próprio texto previa a sua entrada em vigor em 1 de
b) Há provas bastante para condenar o réu. janeiro de 1994, desde que todos esses “sete” o
c) Havia alunos bastantes para completar duas salas. tivessem ratificado até então.
d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. Quero aproveitar para sublinhar uma realidade
e) Todos os professores estavam bastantes confiantes. muitas vezes escamoteada: Portugal foi o primeiro país
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a ratificar o Acordo Ortográfico, logo em 1991. Se 16. (Esc. Naval 2014) Em que opção a reescritura do
todos os restantes Estados da CPLP tivessem trecho “[...] que só o tempo e as trocas culturais
procedido de forma idêntica, desde 1994 que a nossa podem ajudar a serem conhecidos melhor por todos.”
escrita seria já bastante mais próxima. (3º parágrafo) mantém corretas as relações de
Porque assim não aconteceu, foi necessário concordância e de sentido?
criar Protocolos Adicionais, o primeiro para eliminar a a) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem
data de 1994, que a realidade ultrapassara, e o ajudar a ser conhecido melhor por todos.
segundo para incluir Timor-Leste e para criar a b) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem
possibilidade de implementar o Acordo apenas com ajudar a serem conhecidas melhor por todos.
três ratificações. c) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem
Na votação que o parlamento português fez, ajudar a ser conhecidos melhor por todos.
há escassos meses, desse segundo Protocolo, apenas d) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem
três votos se expressaram contra. Isto prova bem que, ajudar a ser conhecidas melhor por todos.
no plano oficial, há em Portugal uma firme e) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem
determinação de colocar o Acordo em vigor, não ajudar a serem conhecido melhor por todos.
obstante existirem, na sociedade civil portuguesa –
como, aliás, acontece em outros países, mesmo no 17. (Esc. Naval 2014) Que opção obedece,
Brasil -, vozes que o acham inadequado ou irrelevante. plenamente, à modalidade padrão da língua
O Governo português aprovou, recentemente, portuguesa?
a criação de um fundo para a promoção da Língua a) Para muitas pessoas, o barulho das ondas do mar
Portuguesa, dotado com uma verba inicial de 30 ao mesmo tempo fascinam e assustam.
milhões de euros e aberto à contribuição de outros b) Os jovens e os sonhadores, costumam, escrever
países. Esperamos que esta medida, ligada às decisões seus nomes nas areias da praia, indelevelmente.
comuns que agora saíram da Cúpula de Lisboa da c) É extraordinário a alegria e o medo de uma criança,
CPLP, possa ajudar a dar início a um tempo novo para ao lembrar da primeira vez que viu o mar.
que o Português se firme cada vez mais no mundo, d) As pessoas urbanas e apressadas não vêm nada
como instrumento de poder e de influência de quantos demais nas paisagens marítimas.
o utilizam. e) Prudência é necessário quando se entra ao mar,
A Língua Portuguesa é um bem precioso que transmutado pela ressaca.
une povos que o mar separa mas que a afetividade
aproxima. Como escrevia o escritor lusitano Vergílio 18. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que
Ferreira: completa corretamente as lacunas.
Da minha língua vê-se o mar. “Não nos ______ respeito os motivos que
Da minha língua ouve-se o seu rumor, ____________ os homens a __________ à causa.”
como da de outros se ouvirá o da floresta a) diz – conduzirão – aderir
ou o silêncio do deserto. b) dizem – conduzirão – aderirem
Por isso a voz do mar c) dizem – conduzirá – aderirem
foi a da nossa inquietação. d) diz – conduzirá – aderir
e) dizem – conduzirá – aderir
(COSTA, Francisco Seixas da. A língua do mar. Jornal
O Globo, 28 jul. 2008. Texto adaptado.) 19. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que
completa corretamente as lacunas do período abaixo.
passamos
r são saborosas 1ao lembrar, talvez porque as
vencemos
a e fomos adiante.
s É aquela história dos pequenos sucessos.
e A volta ao porto era um acontecimento
gostoso,
m sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe,
depois
p a namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a
contar,
r a dizer, surpresas de carinho. A comida
preferida,
e o abraço apertado, o beijo quente... e o filho
que,
. na ausência, foi ensinado a dizer papai.
31
No início, eu voltava com muitos retratos,
28
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois,
estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar com o tempo, eram poucos, até que deixei de levar a
minha vida. máquina. 10Engraçado, 22vocês já perceberam que
Naquele dia de sol a pino, com meu novo marinheiro velho dificilmente baixa a terra com
uniforme branco, 21senti-me homem de verdade, como máquina fotográfica? Foi assim comigo.
se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. 29Ao 34
Hoje os navios são outros, os marinheiros
meu lado, as vozes de outros jovens soavam em são outros - sinto-os mais preparados do que eu era -
uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta,
emoção, de peitos estufados e orgulhosos. 5Ao final, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso
minha mãe veio em minha direção, apressada em me sei como é.
dar um beijo. 20Acariciou-me o rosto e disse que eu Fico agora em casa, querendo saber das coisas
estava lindo de uniforme. 6O dia acabou com a família da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo,
em festa; 11eu lembro-me bem, fiquei de uniforme até que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes
de tarde... chega a entalar na garganta. 4Há pouco tempo, voltei
Sou marinheiro, porque aprendi, naquela a entrar em um navio. Que coisa linda! 35Sofisticado,
Escola, o significado nobre de companheirismo. limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode
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Juntos no sofrimento e na alegria, um safando o ser muito competente para mantê-lo pronto. 33Do que
outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o
respeito e disciplina, no princípio, exigidos a cada dia; último navio em que servi já deu baixa. 17Quando saí
depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira,
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A cada passo havia um novo esforço esperando e, inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra
depois dele, um pequeno sucesso. 26Minha vida, agora vez.
que olho para trás, foi toda de pequenos sucessos. A Isso é corporativismo; não aquele
soma deles foi a minha carreira. enxovalhado, que significa o bem de cada um,
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No meu primeiro navio, logo cedo, percebi protegido à custa do desmerecimento da instituição;
que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mas o puro, que significa o bem da instituição,
mais do que eu havia aprendido. Só que agora me protegido pelo merecimento de cada um.
davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as 27
Sou marinheiro e, portanto, sou
cumprisse bem. 2Pouco a pouco, passei a ser parte da corporativista.
equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. Muitas vezes 25a lembrança me retorna aos
8
Um dia vi-me ensinando aos novatos 12e dei-me conta dias da ativa e morro de saudades. 18Que bom se
de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme
profissional! 32O navio passou a ser minha segunda novinho — até um pouco grande, ainda recordo —
casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe...
que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do 3
Sei que, quando minha hora chegar, no último
que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio
preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu com meus amigos, minha mulher, meus filhos,
mundo acabava no costado do navio. singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o
9
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi:
navio, é uma das coisas mais belas, que só há entre
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– Sou marinheiro, estou embarcando.
nós, em mais nenhum outro lugar. 24Por isso sou
marinheiro, porque sei o que é espírito de navio. Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil,
um duro danado no mar, em serviço, postos de Escola Naval, 2011. p. 6-8)
combate, adestramento de guerra, dia e noite. 30O
interessante é que em toda nossa vida, 15quando Glossário
buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, - Portaló: abertura no casco de um navio, ou
das viagens e dos navios. 16Até 13as durezas por que passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas
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transitam para fora ou para dentro, e por onde se 24. (Ita 1997) Assinale a opção que completa
pode movimentar carga leve. corretamente as lacunas do texto a seguir:
As alternativas [A], [B], [C] e [D] apresentam desvios [A] Tens recursos bastantes para as obras?
às regras gramaticais de concordância e deveriam ser Nessa frase, a palavra “bastantes” é adjetivo
substituídas por: (poderia ser substituída por “suficientes”). Assim,
sofre flexão de número.
[A] Sobre os palestrantes têm chovido elogios. [B] Nesta escola, formam-se alunos mais bem
[B] Só um ou outro menino usava sapatos. preparados.
[C] Mais de um ator criticou o espetáculo. “Mais bem” é a forma correta diante de verbos no
[D] Vossa Excelência agiu com moderação. particípio.
[C] Nas ocasiões difíceis, é que sobressai o verdadeiro
Assim, é correta apenas [E]. líder.
A conjunção “onde” deve ser utilizada apenas para
Resposta da questão 9: indicar lugar. A vírgula depois de “difíceis” é
[A] necessária em razão do adjunto adverbial
anteposto.
A alternativa correta é a [A], pois, apesar de as [D] O homem foi mais bem atendido do que
vírgulas para isolar o advérbio serem opcionais no caso esperava.
de advérbio de curta extensão e a vírgula, denotando A expressão “mais bem” deve ser empregada antes do
uma pausa, predispor o uso da ênclise (“sentem-se”), verbo no particípio, não depois.
o adjetivo “infeliz” deve, obrigatoriamente, concordar
em gênero e número com o substantivo “mães”. Resposta da questão 12:
[C]
Resposta da questão 10:
[B] Estão incorretas as alternativas [A], [B], [D] e [E]. O
correto seria:
A questão solicita que se assinale a opção em que a
concordância do verbo ser justifica-se pela mesma [A] Precisa-se de vendedores.
regra observada em: “Tudo são flores e ilusões”. Neste O sujeito é indeterminado, por isso está correta a
caso, obedece à regra gramatical que determina que o flexão do verbo no singular (“precisa”); porém
verbo ser deve concordar com o predicativo quando o “precisar” é verbo transitivo indireto, assim é
sujeito for um dos pronomes: tudo, o, isto, isso ou necessária a preposição “de”.
aquilo. Dois desses pronomes estão presentes nas [B] Cercaram-se as cidades.
frases “Tudo são flores e ilusões” e “O que aconteceu [D] Dominaram-se muitos.
de importante na viagem foram os desafios”, na Nos dois casos, [B] e [D], os verbos estão na voz
medida em que, nesta última, o pronome passiva sintética, assim deve ser feita a
demonstrativo “o” é referente do pronome relativo concordância com o sujeito: “as cidades” e
“que”. Assim, é correta a opção [B]. “muitos”.
[E] Aclamou-se a rainha.
Em [A], “Dez anos velejando sempre será muito O verbo está na voz passiva sintética, assim deve ser
tempo de viagem”, o verbo está no singular porque feita a concordância com o sujeito: “a rainha”.
acompanha expressão que indica quantidade, como
pouco ou muito. Resposta da questão 13:
Em [C], “O navio já atracou, o mais seriam [E]
especulações sem sentido”, o verbo está no plural por
apresentar sujeito de sentido partitivo. [A] No trecho: ele tem me quebrado galhos
Em [D], “Eram quase vinte horas quando os importantes, a ortografia do verbo ter está correta.
tripulantes desembarcaram”, o verbo fica no plural No entanto, na passagem para o plural aparece:
para acompanhar expressão de indicação de horas. eles tem nos quebrado uns galhos importantes (...)
Neste caso, há omissão do acento circunflexo que
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marca o plural do verbo ter neste tempo e pessoa [A] Incorreta: o certo seria “Para muitas pessoas, o
verbais (têm). barulho das ondas do mar ao mesmo tempo fascina
[B] A reescritura flexionada no plural deve ser: (...) e assusta”.
possuem calendários. O objeto direto deve [B] Incorreta: o certo seria “Os jovens e os sonhadores
concordar em número com seu verbo e sujeito. costumam escreveu seus nomes nas areias da
[C] O verbo haver é impessoal, sendo assim, haja praia, indelevelmente”.
memórias é a forma correta. [C] Incorreta: o certo seria: “É extraordinária a alegria
[D] O certo é nos prendem a atenção. A palavra e o medo de uma criança, ao se lembrar da
atenção para expressar concentração, foco, é usada primeira vez que viu o mar”.
no singular. [D] Incorreta: o certo seria: “As pessoas urbanas e
[E] Correta. A palavra bastante, neste contexto, é um apressadas não veem nada demais nas paisagens
advérbio, portanto, não varia de acordo com o marítimas”.
número.
Resposta da questão 18:
Resposta da questão 14: [B]
[C]
Os verbos das três orações do período devem
A palavra “bastante”, dependendo do contexto, pode concordar com o plural dos núcleos dos sujeitos das
pertencer a três classes gramaticais diferentes: pode três orações do período, respectivamente, “motivos”,
ser adjetivo, pronome ou advérbio. Nos dois primeiros “que” (relacionado a “motivos”) e “homens”. Assim, é
casos, ela varia em número. Quando é advérbio, no correta a opção [B]: dizem, conduzirão e aderirem.
entanto, é invariável, não pode, portanto, ser
flexionada para o plural. Resposta da questão 19:
Em [A], a palavra é advérbio, está incorreto, portanto [B]
o uso no plural; em [B] e [D], é, respectivamente,
adjetivo e pronome indefinido, devendo estar no O sujeito composto da oração “a comunicação oficial, o
plural; e em [E], é advérbio, por isso é equivocado o resultado e a indicação do local do exame médico”
uso do plural. A única alternativa correta, assim, é a apresenta três núcleos (“comunicação”, “resultado” e
[C], em que “bastante” é adjetivo e está, “indicação”), sendo que um deles pertence ao gênero
coerentemente, no plural. masculino o que obriga à concordância do adjetivo
com o plural masculino (“anexos”). O pronome
Resposta da questão 15: possessivo relaciona-se com o termo “candidatos”, por
[B] isso é adequado o uso da terceira pessoa do plural
(“sua”). Assim, é correta a opção [B].
Em [A], o verbo haver deveria concordar com o
sujeito, estando, portanto, no plural. Resposta da questão 20:
Nas alternativas [C], [D] e [E], o verbo haver é [A]
impessoal, devendo, assim, ser invariável.
Desse modo, é correta apenas a alternativa [B]. O uso da expressão “a gente” (“querem é que a
gente forneça mais e mais informações”) e a troca de
Resposta da questão 16: pronome da primeira para a segunda pessoa do
[C] discurso (“Se eu, de fato, estiver procurando um
carro, seria ótimo receber publicidade de carros
O infinitivo do verbo “ser”, nesse caso, pode ou não diretamente”, “Podem usar sofisticados instrumentos
ser flexionado. Em ambos os casos, as regras de de psicologia para motivá-lo a fazer alguma coisa
concordância são respeitadas. Assim, em [C], em que sobre a qual você nem estava pensando”) constituem
temos ausência da flexão, temos a alternativa que marcas de oralidade, não recomendadas em textos
reescreve o trecho de maneira a manter corretas as escritos formais. Embora seja correta a colocação
relações de concordância e sentido. enclítica dos pronomes oblíquos em “manipulá-lo” e
“Conhecido”, por outro lado, deve manter-se nessa “motivá-lo”, eles não estabelecem coesão textual com
forma para preservar o sentido e a concordância. o pronome “eu” anteriormente citado e deveriam ser
Assim, as demais alternativas, que transformam a substituídos, em contexto formal, por: Se eu, de fato,
flexão de gênero ou de número dessa palavra, estão estiver procurando um carro, seria ótimo receber
incorretas. publicidade de carros diretamente. Mas e se essas
empresas tentarem manipular-me? Podem usar
Resposta da questão 17: sofisticados instrumentos de psicologia para motivar-
[E] me a fazer alguma coisa sobre a qual eu nem estava
pensando. Assim, e embora o gabarito oficial considere
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