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ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL “ANTONIO NICCHIO”

TESTE DE RECUPERAÇÃO FINAL DE LÍNGUA PORTUGUESA


Estudante(a):

Professor(a): Gabriel R. Braga Ano/Turma: 8º Ano:

Componente(s) curricular(es): Língua Portuguesa NOTA:

Data: ___/___/2021

Valor: 100,0 Média: 60,0

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO:


 Leia atentamente as questões antes de respondê-las;
 A compreensão do enunciado faz parte da avaliação.
 Todas as questões deverão ser respondidas de caneta azul ou preta;
 Não serão aceitas rasuras nas questões objetivas.

Leia o texto abaixo e responda as questões:

Nasce um escritor

O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como
tema. A classe inspirou, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes
navegados, o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia
da saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o
tema da minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula
seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor
naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
afirmou, o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu
acabara de completar onze anos.

Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, os
campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie
de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir
prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas.

Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob
sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro “As viagens de Gulliver”,
depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época
minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano
não figurava entre os prediletos do padre Cabral.

Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver
anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver me revelado o
mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais
leve a minha prisão, a minha primeira prisão.

Jorge Amado. “O menino Grapiúna”. Rio de Janeiro: Record, 1987. p.117-120.


1 – Segundo o texto, o novo professor de português pediu aos alunos uma descrição com o tema
“o mar”. O narrador escolheu o mar de Ilhéus. Explique essa escolha:
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______________________________________________________________________________

2 – Identifique o fato que, segundo o narrador, mudou de modo considerável a sua vida, marcada
por limitações no internato:
( ) “Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio [...]”
( ) “Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos.”
( ) “[...] Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante.”

3– No segmento “Primeiro ‘As viagens de Gulliver’ [...]”, o termo grifado exprime:


( ) lugar.
( ) modo.
( ) tempo.

4 – Em “[...] clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.”, a vírgula


assinala a enumeração de elementos:
( ) opostos.
( ) alternados.
( ) correlacionados.
__________________________________//___________________________________________

5 – Observe as orações sublinhadas abaixo.


A - A proposta seria que os pivetes fossem convidados pelas escolas para ouvir palestras
educativas.
B - É o que faria qualquer pai o mãe nessas situação.
C - O autor sugere que sejam oferecidos aos pivetes tênis, brinquedos e revistas.

As orações sublinhadas têm os verbos, respectivamente, nas vozes:


a) ativa, passiva e passiva.
b) passiva, ativa e ativa.
c) ativa, passiva e ativa.
d) passiva, ativa e passiva

6 – Marque A para voz ativa, P para voz passiva e R para voz reflexiva.

( ) O professor elogiou os trabalhos das meninas.

( ) Ela se olhava feliz no espelho.

( ) Você me chamou para quê?

( ) Os pacientes eram tratados pelas enfermeiras com muita dedicação.

7– Verifique o código em evidência, empregando-o corretamente de acordo com os casos


expressos pelas orações a seguir:
A – coordenada aditiva
B – coordenada adversativa
C – coordenada alternativa
D – coordenada explicativa
E – coordenada conclusiva

( ) Não fomos ao aniversário, porém trouxemos o presente.

( ) Ou tentas se qualificar melhor, ou serás demitido.

( ) Conseguimos obter um ótimo resultado, pois nos esforçamos bastante.

( ) A garota não compareceu à aula porque estava doente.

8 – Assinale a alternativa que contém uma coordenativa conclusiva:

a) Sérgio foi bom filho; logo, será um bom pai.

b) Os meninos ora brigavam, ora brincavam.

c) Jaime trabalha depressa, contudo produz pouco.

d) Os cães mordem, não por maldade, mas por precisarem viver.


Leia a tirinha abaixo e responda as questões:

09 – De acordo com o texto, marque a única alternativa correta.

a) As palavras Ecumênica, nossa e amiguinhos têm a mesma classificação sintática.


b) Como se classifica como preposição.
c) A expressão de Deus é um complemento nominal.
d) No texto temos três orações.

10 – Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é:

a - objeto indireto;
b - sujeito;
c- complemento nominal;
d- agente da passiva.

11 - Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há dois remédios: o tempo e o


silêncio”, os termos grifados são respectivamente:

a) sujeito – objeto direto;


b) sujeito – aposto;
c) objeto direto – aposto;
d) objeto direto – objeto direto;
e) objeto direto – complemento nominal
12 - Confiamos no futuro; Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiança no futuro
Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como:

a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal;


b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto;
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal;
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto;
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal.

Leia este artigo de opinião e, em seguida, responda às questões propostas:

Sou contra a redução da maioridade penal


Renato Roseno
A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da
idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens
que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar
aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves
para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um
único tipo de crime.
Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar
mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está
sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais
condizentes com os valores que defendemos.
Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do
mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal.
Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas.
O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la. Sou contra porque a
possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes está na correta aplicação do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a
responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário
dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas
reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão
superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo,
de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos
jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão
agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.
Renato Roseno é advogado, coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente
(Cedeca – Ceará) e da
Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).
www.acessaber.com.br

13 - Quais são as atividades profissionais exercidas pelo autor do artigo? Com qual objetivo, elas
foram citadas?
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14 - De acordo com o artigo, qual é o argumento daqueles que defendem a redução da
maioridade
penal?
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15 - Releia:
“Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que
violaram a lei.”
Identifique duas palavras que poderiam ser colocadas no lugar de “violaram”, sem interferência no
sentido da frase:
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16 - São opiniões defendidas por Renato Roseno em seu artigo, EXCETO:


a) A aplicação de medidas mais repressivas, no combate aos crimes, ao contrário do que muitos
pensam, acaba por gerar mais violência.
b) Ele se mostra contra a redução da maioridade penal, porque defende a ideia de que os
menores de idade não devem ser responsabilizados pelos seus atos infracionais.
c) Manter, juntos, adolescentes e adultos no mesmo sistema penal, não diminuirá a violência, já
que o sistema penal brasileiro, na forma como se encontra, não melhora os indivíduos.
d) É fundamental, principalmente, que se valorize a vida em todas as suas formas, por meio de
um projeto ético e político de sociedade.

17 - São características assumidas pelo gênero de texto artigo de opinião, EXCETO:

a) O tema, nele abordado, geralmente é polêmico.


b) O autor apresenta, nesse gênero, opiniões contrárias em relação ao tema debatido.
c) O autor expõe o seu ponto de vista sobre o tema, argumentando, de modo a convencer o leitor
da opinião que ele defende.
d) O autor informa, nesse gênero, a respeito de um fato ocorrido, de interesse público.

18 – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma
correta relação de sentido:
 Correu demais, _______ caiu.
 Dormiu mal, _______ os sonhos não o deixaram em paz.
 A matéria perece, _______ a alma é imortal.
 Leu o livro, _______ é capaz de descrever as personagens com detalhes.
 Guarde seus pertences, _______ podem servir mais tarde.

A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto


B) por isso, porque, mas, portanto, que
C) logo, porém, pois, porque, mas
D) por isso, porque, e, porém, mas
E) pois, porém, pois, porém, contudo

19 – Coloque C (certo) ou E (errado) à identificação do número de oração e do tipo de períodos


abaixo:
( ) Fui passear à tarde e à noite retornei. (2 = composto)
( ) O rapaz seguiu a moça e pediu o número de seu telefone. (2= simples)
( ) O atleta se preparou para correr e venceu. (2 = composto)
( ) Você vai resolver seus problemas; procure ajuda. (4 = composto)

Leia a Titinha abaixo.

Angeli. Folha de São Paulo, 25/04/1993.


Na tirinha, há traço de humor em

(A) “Que olhar é esse Dalila?”


(B) “Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...”
(C) “Olhar de apatia, tédio, solidão...”
(D) “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!”

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