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01 IT_024353 02 IT_021190

Lucas comprou 3 canetas e 2 lápis pagando R$


O desenho abaixo representa um sólido. 7,20. Danilo comprou 2 canetas e 1 lápis pagando R$
4,40. O sistema de equações do 1º grau que melhor
representa a situação é

3x  2y  7,20
(A) 
2x  y  4,40

3x  2y  7,20
(B) 
2x  y  4,40
Uma possível planificação desse sólido é
x  y  3,60
(C) 
x  y  2,20

3x  y  7,20
(D) 
x  y  4,40
(A)

03
Observe as figuras:

José Pedrinho

(B)

Pedrinho e José fizeram uma aposta para ver quem


comia mais pedaços de pizza. Pediram duas pizzas de
igual tamanho.
Pedrinho dividiu a sua em oito pedaços iguais e
(C)
comeu seis; José dividiu a sua em doze pedaços iguais
e comeu nove. Então,

(A) Pedrinho e José comeram a mesma


quantidade de pizza.
(B) José comeu o dobro do que Pedrinho comeu.
(C) Pedrinho comeu o dobro do que José comeu.
(D) José comeu a metade do que Pedrinho comeu.
(D)

4
04 IT_022325
Distribuímos 120 cadernos entre as 20 crianças da 1ª
Qual é o gráfico que representa a variação da
série de uma escola. O número de cadernos que cada
temperatura mínima nessa cidade, nessa semana?
criança recebeu corresponde a que porcentagem do
total de cadernos?

(A) 5%
(B) 10% (A)
(C) 15%
(D) 20%

05 IT_023991
Pedro e João jogaram uma partida de bolinhas de
gude. No final, João tinha 20 bolinhas, que
correspondiam a 8 bolinhas a mais que Pedro.
João e Pedro tinham juntos

(A) 28 bolinhas.
(B) 32 bolinhas. (B)
(C) 40 bolinhas.
(D) 48 bolinhas.

06 IT_002414
Observe as figuras abaixo.

quadrado
retângulo
(C)
Considerando essas figuras,

(A) os ângulos do retângulo e do quadrado são


diferentes.
(B) somente o quadrado é um quadrilátero.
(C) o retângulo e o quadrado são
quadriláteros.
(D) o retângulo tem todos os lados com a
mesma medida.

07 IT_023629
(D)
Mínima
A tabela ao lado Dia
Temperatura
mostra as temperaturas 2ª feira 2°
mínimas registradas 3ª feira 0°
durante uma semana 4ª feira -1°
do mês de julho, numa 5ª feira 3°
cidade do Rio Grande 6ª feira 2°
do Sul. Sábado -2°
Domingo 0°

5
08 IT_005501 11 IT_023396
O desenho de um colégio foi feito na seguinte Ampliando-se o triângulo ABC obtem-se um novo
escala: cada 4 cm equivalem a 5 m. triângulo A’B’C’, em que cada lado é o dobro do seu
A representação ficou com 10 cm de altura. Qual é a correspondente em ABC.
altura real, em metros, do colégio?

(A) 2,0
(B) 12,5 A’
A
(C) 50,0
C C’
(D) 125,0 0

09 IT_039107
Observe a figura. B
B’

Em figuras ampliadas ou reduzidas os elementos que


conservam a mesma medida são

(A) as áreas.
(B) os perímetros.
(C) os lados.
(D) os ângulos.

Quais as coordenadas de A, B e C,
respectivamente, no gráfico? 12 IT_005391

(A) (1,4), (5,6) e (4,2) Os 2 ângulos formados pelos ponteiros de um relógio às 8


(B) (4,1), (6,5) e (2,4)
horas medem
(C) (5,6), (1,4) e (4,2)
(D) (6,5), (4,1) e (2,4)

10 IT_021527

b b²  4.a.c
Dada a expressão: x
2.a

Sendo a = 1, b = -7 e c = 10, o valor numérico de x é

(A) –5. (A) 60° e 120°.


(B) –2. (B) 120° e 160°.
(C) 2. (C) 120° e 240°.
(D) 5.
6
(D) 140° e 220°.

7
01 IT_023926 03 IT_024377
A estrada que liga Recife a Caruaru será recuperada
Observe a figura abaixo. em três etapas. Na primeira etapa,

será recuperado 1 da estrada e na segunda


6
1
etapa da estrada. Uma fração que
4
corresponde à terceira etapa é

1 5 7 12
(A) (B) (C) (D)
5 12 12 7

04 IT_024369
Observe o gráfico abaixo.

y
Considere o lado de cada quadradinho como
unidade de medida de comprimento.
Para que o perímetro do retângulo seja reduzido à
metade, a medida de cada lado deverá ser

(A) dividida por 2.


(B) multiplicada por 2. x

(C) aumentada em 2 unidades.


(D) dividida por 3.

O gráfico representa o sistema

02 IT_023957
y  x  1
(A) 
y  2x  7
A fração 3
corresponde ao número decimal
100 y  2x  5
(B) 
y  x  1
(A) 0,003. (D)
(B) 0,3. (C)
(C) 0,03.
(D) 0,0003.
10
y  x  3 y  
 2x  5 y  x  1
y  2x - 7 

11
05 IT_024323 07 IT_024037
Nas figuras abaixo, as áreas escuras são partes tiradas
do inteiro. O número decimal que é decomposto em
A parte escura que equivale aos 3
tirados do 5 + 0,06 + 0,002 é
5
inteiro é

(A) 5,62.
(B) 5,602.
(C) 5,206.
(D) 5,062.

08 IT_023284

Cíntia conduzia um carrinho de brinquedo por


controle remoto em linha reta. Ela anotou em uma
tabela os metros que o carrinho andava cada vez que
ela acionava o controle. Escreveu valores positivos
para as idas e negativos para as vindas.

Vez Metros

Primeira + 17

Segunda -8

Terceira + 13

Quarta +4

Quinta - 22

Sexta +7

06 IT_024320
Após Cíntia acionar o controle pela sexta vez, a
No supermercado Preço Ótimo, a manteiga é vendida
distância entre ela e o carrinho era de
em caixinhas de 200 gramas. Para levar para casa 2
quilogramas de manteiga, Marisa precisaria comprar
(A) -11 m.
(A) 2 caixinhas. (B) 11 m.
(B) 4 caixinhas.
(C) -27 m.
(C) 5 caixinhas.
(D) 10 caixinhas. (D) 27 m.

12
09 IT_002476

Observe os números que aparecem na reta abaixo.

0,5 0,6

O número indicado pela seta é

(A) 0,9.
(B) 0,54.
(C) 0,8.
(D) 0,55.

10 IT_024364

Observe o gráfico.

PESO (em quilos)

95
90

85
ZONA DE RISCO
80 75
70ZONA DE SEGURANÇA
65

60

55

50
ZONA
40
DE ALERTA
ALTURA (em metros) 45
1,44 1,46 1,48 1,50 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,64 1,66 1,68 1,70 1,72 1,74 1,76 1,78 1,80 1,82 1,84 1,86 1,88 1,90 1,92 1,94

Veja / Sua Saúde. Ano 34 – Nº12/2001

Ao marcar no gráfico o ponto de interseção entre as medidas de altura e peso, saberemos localizar a situação de
uma pessoa em uma das três zonas. Para aqueles que têm 1,65 m e querem permanecer na zona de segurança, o peso
deve manter-se, aproximadamente, entre

(A) 48 e 65 quilos.
(B) 50 e 65 quilos.
(C) 55 e 68 quilos.
(D) 60 e 75 quilos.

13
11 IT_021517
Use este espaço para rascunho.
Ao resolver corretamente a expressão
-1 - (-5).(-3) + (-4)3 : (-4), o resultado é

(A) –13.
(B) –2.
(C) 0.
(D) 30.

12 IT_023585

O número irracional 7
está compreendido
entre os números

(A) 2 e 3.
(B) 13 e 15.
(C) 3 e 4.
(D) 6 e 8.

13 IT_024367
O piso de entrada de um prédio está sendo reformado.
Serão feitas duas jardineiras nas laterais, conforme
indicado na figura, e o piso restante será revestido em
cerâmica.

Qual é a área do piso que será revestido com


cerâmica?

(A) 3 m2
(B) 6 m2
(C) 9 m2
(D) 12 m2

14
TB_000449
deles e nos reencontrar logo adiante. A busca
15 é permanente. O que não se pode é ficar
O constantemente fora de sintonia.
SAPO
Antigamente, dizia-se que as pessoas
procuravam se completar através do outro,
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas buscando sua metade no mundo. A equação
as moças se apaixonavam. Por ele também se 20 era: 1/2 + 1/2 = 1.
apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho
casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou que ser a metade do outro." Naquela loteria do
muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casamento, tirar a sorte grande era achar a sua cara-
casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos metade.
dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta 25 Com o passar do tempo, as pessoas foram
palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. desenvolvendo um sentido de individualização
Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço
maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1= 1.
tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
"Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com
(ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Ars Poética, 1994.) todas as minhas qualidades, meus
30 defeitos, minhas limitações. Vou formar uma
01 IT_030036 unidade com meu companheiro, que também é
No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres
ficou muito brava.”, a expressão destacada inteiros se encontravam, era comum fundirem-se,
significa que ficarem grudados num
35 casamento fechado, tradicional. Anulavam-se
(A) não deu atenção ao pedido de casamento. mutuamente.
(B) não entendeu o pedido de casamento. Com a revolução sexual e os movimentos de
(C) não respondeu à bruxa. libertação feminina, o processo de individuação
(D) não acreditou na bruxa. que vinha acontecendo se
40 radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 +
1= 1 + 1.
TB_006380 Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver
os meus problemas, cuidar da minha própria vida.
Vínculos, as equações da matemática da vida Você deve fazer o mesmo. Na
45 minha independência total e autossuficiência
absoluta, caso com você, que também é assim." Em
Quando você forma um vínculo com alguém,
nome dessa independência, no entanto, faltou
forma uma aliança. Não é à toa que o uso de
sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É
alianças é um dos símbolos mais antigos e
a segunda crise do
universais do casamento. O círculo
50 casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e
5 dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade.
80.
Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o
Atualmente, após todas essas experiências, eu
vínculo só se mantém vivo se essa energia
sinto as pessoas procurando outro tipo de equação:
continuar fluindo. Essa é a ideia de mutualidade, de
1 + 1 = 3.
troca.
55 Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz
10 Nessa caminhada da vida, ora andamos de
sentido do ponto de vista emocional e existencial.
mãos dadas, em sintonia, deixando a energia fluir,
Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo entre
ora nos distanciamos. Desvios sempre existem.
nós é algo diferente de uma simples somatória de
Podemos nos perder em um
nós dois. Nessa
16
17
60 proposta de casamento, o que é meu é meu, o que TB_006578
é seu é seu e o que é nosso é nosso. As Amazônias
Talvez aí esteja a grande mágica que hoje
Esse tapete de florestas com rios azuis que os
buscamos, a de preservar a individualidade sem
astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da
destruir o vínculo afetivo. Tenho que preservar o
65 meu eu, meu processo de descoberta, realização e metade do território brasileiro. Quem viaja pela
região, não cansa de admirar as belezas da maior
crescimento, sem destruir a relação. Por outro lado, 5
floresta tropical do mundo. No início era assim:
tenho que preservar o vínculo sem destruir a
água e céu.
individualidade, sem me anular.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua,
Acho que assim talvez possamos chegar ao ano com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o
70
2000 um pouco menos divididos entre a sede de 10 maior rio do planeta. São mais de mil rios
expressão individual e a fome de amor e de desaguando no Amazonas. É água que não acaba
partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes. mais.
Para isso, temos que compartilhar com nossos
75 companheiros de uma verdadeira intimidade. Ser SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1995.
íntimo é ser próximo, é estar estreitamente ligado
por laços de afeição e confiança.
04 IT_026915
(MATARAZZO, Maria Helena. Amar é preciso. 22.
ed. São Paulo: Editora Gente, 1992. p. 19-21) No texto, o uso da expressão “água que não acaba
mais” (ℓ. 11) revela

(A) admiração pelo tamanho do rio.


(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.
02 IT_025481
05 IT_026888
O texto trata PRINCIPALMENTE O texto trata

(A) da exatidão da matemática da vida. (A) da importância econômica do rio


(B) dos movimentos de libertação feminina. Amazonas.
(C) da loteria do sucesso no casamento. (B) das características da região Amazônica.
(D) do casamento no passado e no presente. (C) de um roteiro turístico da região do
Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.
03 IT_025489
06 IT_025606
No texto, no casamento, atualmente, defende-se a A frase que contém uma opinião é
ideia de que
(A) “cobre mais da metade do território
(A) a felicidade está na somatória do casal. brasileiro”. (ℓ. 3)
(B) a unidade é igual à soma das partes. (B) “não cansa de admirar as belezas da maior
(C) o ideal é preservar o “eu” e o vínculo afetivo. floresta”. (ℓ. 4-5)
(D) o melhor é cada um cuidar de sua própria (C) “...maior floresta tropical do mundo”. (ℓ. 5-6)
vida. (D) “é Mata contínua [...] cortada pelo
Amazonas”. (ℓ. 7-8)

18
TB_006594 07 IT_027395
O boto e a Baía da Guanabara
Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele
Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser
carioca. Se o Atobá Maroto tinha dado nome para
(A) conhecia muito bem a história do Rio de
as ilhas, ele e todos os outros botos eram muito
Janeiro.
mais importantes. Eles eram o símbolo daquele
5 (B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de
lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro.
Janeiro.
 A “mui leal e heróica cidade de São
(C) julgava os botos mais importantes do que os
Sebastião do Rio de Janeiro”.
outros animais.
Piraiaguara fazia questão de lembrar do
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da
10 título, e também de toda a história da cidade e da
Guanabara.
Baía de Guanabara.
Os outros botos zombavam dele:
 Leal? Uma cidade que quase acabou 08 IT_027473
conosco, que poluiu a baía? Heroica? Uma cidade
15 que expulsou as baleias, destruiu os mangues e
O fato que provoca a discussão entre as
quase não nos deixou sardinhas para comer? Olha
personagens é
aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade
jogou aqui dentro!
(A) a escolha de nomes de botos para as ilhas.
 Acorda do encantamento, Piraia- guara!
20 (B) a história da cidade do Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara foram
(C) o orgulho do boto pela cidade do Rio de
bonitos sim, mas isso foi há muito tempo. Não
Janeiro.
adianta ficar suspirando pela beleza do Morro do
(D) os perigos do Rio de Janeiro para os botos.
Castelo, ou pelas praias e pela mata que
25 desapareceram. Olha que, se continuar sonhando
acordado, você vai acabar sendo atropelado por um 09 IT_027406
navio!
O medo e a tristeza passavam por ele como
Em “se continuar sonhando acordado, você vai acabar
um arrepio de dor. Talvez nenhum outro boto
30 sentisse tanto a violência da destruição da sendo atropelado por um navio!” (. 25-26), o
Guanabara. Mas, certamente, ninguém conseguia termo sublinhado estabelece, nesse trecho, relação de
enxergar tão bem as belezas daquele lugar.
Num instante, o arrepio passava, e a (A) causa.
alegria brotava de novo em seu coração.
(B) concessão.
(C) condição.
(D) tempo.

HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000.


p. 16 – 20.

19
20
TB_007686 10 IT_035361
O Encontro Na frase“ Já vi tudo isso, já vi...Mas onde?” (ℓ.
(fragmento) 23-24), o uso das reticências sugere

(A) impaciência.
Em redor, o vasto campo. Mergulhado em
(B) impossibilidade.
névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o
(C) incerteza.
céu, erguiam-se os negros penhascos tão retos que
(D) irritação.
pareciam recortados a faca. Espetado na ponta da
5
pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma nuvem.
Seja criativo: fuja das desculpas
“Onde, meu Deus?! – perguntava a mim
manjadas
mesma – Onde vi esta mesma paisagem, numa
tarde assim igual?”
Entrevista com teens, pais e psicólogos
10 Era a primeira vez que eu pisava naquele
mostram que os adolescentes dizem sempre a
lugar. Nas minhas andanças pelas redondezas,
mesma coisa quando voltam tarde de uma festa.
jamais fora além do vale. Mas nesse dia, sem
Conheça seis desculpas entre as mais usadas.
nenhum cansaço, transpus a colina e cheguei ao 5
Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
campo. Que calma! E que desolação. Tudo aquilo –
15  Nós tivemos que ajudar uma senhora que
disso estava bem certa – era completamente inédito
estava passando muito mal. Até o socorro
pra mim. Mas por que então o quadro se
chegar... A gente não podia deixar a pobre
identificava, em todas as minúcias, a uma imagem
10 velhinha sozinha, não é?
semelhante lá nas profundezas da minha memória?
 O pai do amigo que ia me trazer bateu o
Voltei-me para o bosque que se estendia à minha
20 carro. Mas não se preocupem, ninguém se
direita. Esse bosque eu também já conhecera com
machucou!
sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa
 Cheguei um minuto depois do ônibus ter
dourada. “Já vi tudo isto, já vi...Mas onde? E 15 partido. Aí tive de ficar horas esperando uma
quando?”
carona...
25 Fui andando em direção aos penhascos.
 Você acredita que o meu relógio parou e
Atravessei o campo. E cheguei à boca do abismo
eu nem percebi?
cavado entre as pedras. Um vapor denso subia como
 Mas vocês disseram que hoje eu podia
um hálito daquela garganta de cujo fundo 20
chegar tarde, não se lembram?
insondável vinha um remotíssimo som de água
30  Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o
corrente. Aquele som eu também conhecia. Fechei
telefone daqui só dava ocupado!
os olhos. “Mas se nunca estive aqui! Sonhei, foi
isso? Percorri em sonho estes lugares e agora os
encontro palpáveis, reais? Por uma dessas
extraordinárias coincidências teria eu antecipado 11 IT_028009
35
aquele passeio enquanto dormia?” De acordo com o texto, os pais não acreditam em
Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga
quanto viva – escapava da inconsciência de um
(A) adolescentes.
simples sonho.[...]
(B) psicólogos.
TELLES, Lygia Fagundes. Oito contos de
(C) pesquisas.
amor. São Paulo: Ática.
(D) desculpas.

21
TB_007682
No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore.
Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes
Duas Almas ao vento. Muitas sementes caíram no chão. E viraram
bichos. Muitas sementes caíram na água. E viraram
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens
peixes. Muitas sementes continuaram boiando no
cansada, vento. E viraram pássaros.
entra, e sob este teto encontrarás carinho: No outro dia, o Menino foi nadar. Mergulhou
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, fundo. E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu.
5
vives sozinha sempre, e nunca foste amada... E da explosão surgiu uma Menina.
O Menino deu a mão para a Menina. E foram
A neve anda a branquear, lividamente, a andando. E o Menino e a Menina foram conhecer os
estrada, quatro cantos da Terra.
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
10 Entra, ao menos até que as curvas do caminho se
banhem no esplendor nascente da alvorada. Texto II

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, essa A criação segundo os negros Nagôs
estrada sem fim, deserta, imensa e nua, podes partir
15 de novo, ó nômade formosa! Olorum. Só existia Olorum. No início, só
existia Olorum.
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha. Há Tudo o mais surgiu depois.
de ficar comigo uma saudade tua... Olorum é o Senhor de todos os seres. Certa vez,
Hás de levar contigo uma saudade minha... conversando com Oxalá,
Olorum pediu:
WAMOSY, Alceu. Livro dos sonetos. L&PM.
– Vá preparar o mundo!
E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu
12 IT_035304 casar com Odudua. Deste casamento, nasceram
No verso “e a minha alcova tem a tepidez de um Aganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas.
ninho” (v. 6), a expressão sublinhada dá sentido de De Iemanjá, muito tempo depois, nasceram os Orixás.
Os Orixás são os protetores do mundo.
um lugar
BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.
(A) aconchegante.
(B) belo. 13 IT_027467
(C) brando. Comparando-se essas duas versões da criação do
(D) elegante. mundo, constata-se que

TB_008641
Texto I
(A) a diferença entre elas consiste na relação entre o
A criação segundo os índios Macuxis criador e a criação.
(B) a origem do princípio religioso da criação do
No início era assim: água e céu. mundo é a mesma nas duas versões.
(C) as divindades, em cada uma delas, têm
Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente
diferentes graus de importância.
soltou a pele do Menino. A pele escorregou e formou (D) as diferenças são apenas de nomes em
a terra. Então, a água dividiu o lugar com a terra. decorrência da diversidade das línguas
E o Menino recebeu uma nova pele cor de originárias.
fogo.

22
TB_006201 TB_006322

Texto I Magia das


árvores
Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones de
clones, derrubaram os obstáculos técnicos à clonagem. Eles — Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos
foram produzidos por dois cientistas da Universidade do do nada e isso é a mais pura magia. Pense agora
Havaí num estudo considerado revolucionário pela revista
como as árvores são grandes e fortes, velhas e
britânica “Nature”, uma das mais importantes do mundo.
generosas e só pedem em troca um pouquinho de
[...] 5 luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco! Quase
A notícia de que cientistas da Universidade do Havaí
toda a magia da árvore vem da raiz. Sob a terra,
desenvolveram uma técnica eficiente de clonagem fez
muitos pesquisadores temerem o uso do método para clonar todas as árvores se unem. É como se estivessem de
seres humanos. mãos dadas. Você pode aprender muito sobre
paciência estudando as raízes. Elas vão penetrando
10
O GLOBO. Caderno Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36. no solo devagarinho, vencendo a resistência
mesmo dos solos mais duros. Aos poucos vão
crescendo até acharem água. Não erram nunca a
Texto II direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 15 explicasse por que as raízes nunca se enganam
50 ratos a partir de células de animais adultos, quando procuram água e ele me disse que as outras
inclusive de alguns já clonados. Seriam os primeiros
árvores que já acharam água ajudam as que ainda
clones de clones, segundo estudos publicados na
estão procurando.
edição de hoje da revista “Nature”.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num
A técnica empregada na pesquisa teria um 20 prado?
aproveitamento de embriões — da fertilização ao
nascimento — três vezes maior que a técnica — As árvores se comunicam entre si, não
utilizada por pesquisadores britânicos para gerar a importa a distância. Na verdade, nenhuma árvore
ovelha Dolly. está sozinha. Ninguém está sozinho.
25 Jamais. Lembre-se disso.
Folha De S. Paulo. 1º caderno – Mundo. 03 jul. 1998,
p.16.
Máqui. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1992.
01 IT_003866

Os dois textos tratam de clonagem. Qual aspecto dessa 02 IT_027433


questão é tratado apenas no texto I ?
No trecho “Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se
(A) A divulgação da clonagem de 50 ratos. disso.” (ℓ. 24-25), as frases curtas produzem o
(B) A referência à eficácia da nova técnica de
efeito de
clonagem.
(C) O temor de que seres humanos sejam
clonados. (A) continuidade.
(D) A informação acerca dos pesquisadores (B) dúvida.
envolvidos no experimento. (C) ênfase.
(D) hesitação.

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TB_006329 pais de hoje se queixam de estar vivendo a tão
alardeada ditadura dos filhos. Contrapondo o
A dor de
crescer autoritarismo, muitos
35 enveredaram pelo caminho da liberdade
Período de passagem, tempo de agitação e
generalizada e essa tem sido a grande dúvida dos
turbulências. Um fenômeno psicológico e social,
pais que procuram o "Ponto de Referência":
que terá diferentes particularidades de acordo
proibir ou permitir? "O que propomos aqui" −
com o ambiente
afirma Margarete −"é a
5 social e cultural. Do latim ad, que quer dizer para, e
40 consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem a
olescer, que significa crescer, mas também
proibição total. Tivemos acesso a centros
adoecer, enfermar. Todas essas definições, por
semelhantes ao nosso na Espanha e em Portugal,
mais verdadeiras que sejam, foram formuladas por
onde o setor público funciona bem e dá muito
adultos.
apoio a esse tipo de trabalho
10 "Adolescer dói" − dizem as psicanalistas
45 porque já descobriram a importância de uma
[Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um
adolescência vivida com um mínimo de equilíbrio.
período de grandes transformações. Há um
Já que o processo de passagem é inevitável, que
sofrimento emocional com as mudanças
ele seja feito com menos dor para todos os
biológicas e mentais que ocorrem nessa fase.
envolvidos".
15 É a morte da criança para o nascimento do adulto.
Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e MIRTES Helena. In: Estado de Minas, 16 jun. 1996.

ganhos e isso nem sempre é entendido pelos


adultos."
Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram
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20 criar o "Ponto de Referência" exatamente para
isso. Para facilitar a vida tanto dos adolescentes No texto, o argumento que comprova a ideia de ser a
quanto das pessoas que os rodeiam, como pais e adolescência um período de passagem é
professores. "Estamos tentando resgatar o
sentido da palavra (A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e
25 diálogo" – enfatiza Yeda – "quando os dois falam, os mentais.
dois ouvem sempre concordando um com o outro, (B) filhos devem ter consciência do significado de
nem sempre acatando. Nosso objetivo maior liberdade.

talvez seja o resgate da interlocução, com (C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.

direito, inclusive, a (D) psicólogos tentam recuperar o valor do


diálogo.
30 interrupções."
Frutos de uma educação autoritária, os

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Assaltos
insólitos
Minha Sombra
Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns,
De manhã a minha sombra contados depois, até que são engraçados. É igual a
com meu papagaio e o meu macaco certos incidentes de viagem, que, quando
começam a me arremedar. acontecem, deixam a
E quando eu saio 5 gente aborrecidíssimo, mas depois, narrados aos amigos
5 a minha sombra vai comigo num jantar, passam a ter sabor de anedota.
fazendo o que eu faço Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado
seguindo os meus passos. em sua casa. Até aí, nada
10 demais. Tem gente que é assaltada na rua, no ônibus,
no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas
Depois é meio-dia.
muitos o são na própria casa. O que não diminui o
E a minha sombra fica do tamaninho de
10 desconforto da situação.
quando eu era menino.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa,
Depois é tardinha. 15 mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera dar
E a minha sombra tão comprida uma pintura na garagem e na cozinha. As crianças
brinca de pernas de pau. haviam saído com a mulher para fazer compras e o
marido se entregava a essa terapêutica
Minha sombra, eu só queria ter atividade,
15
o humor que você tem, ter a 20 quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim dois
sua meninice, indivíduos suspeitos.
ser igualzinho a você. Mal teve tempo de tomar uma atitude e já
ouvia:
E de noite quando, escrevo, — É um assalto, fica quieto senão leva
fazer como você faz, 25 chumbo.
20
como eu fazia em criança: Ele já se preparava para toda sorte de tragédias
Minha sombra quando um dos ladrões pergunta:
você põe a sua mão — Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
por baixo da minha mão,
30 — Saiu, foi com a família ao mercado, mas já
25 vai cobrindo o rascunho dos meus poemas sem
volta.
saber ler e escrever. — Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo,
e ao mesmo tempo para livrar sua
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19 ed. 35 cara, começou a dizer:
Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda, 1958. — Se quiserem levar, podem levar tudo, estou
me lixando, não gosto desse patrão. Paga mal, é um
pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali?
04 IT_026976 Olha, se eu fosse vocês
40 levava aquele som também. Na cozinha tem uma
De acordo com o texto, a sombra imita o menino batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos?
Dinheiro não tem, pois ouvi dizerem que botam
(A) de manhã. tudo no banco, mas ali dentro do armário tem
uma porção de caixas
(B) ao meio-dia.
45 de bombons, que o patrão é tarado por bombom.
(C) à tardinha.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso
(D) à noite.

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empregado
pessoas, como eram as indicou
escolas,easaíram apressados.
relação entre pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando regularmente os suplementos
publicados por Daí
essea importante
pouco chegavam
jornal.a mulher
Mas e os filhos.
50 não encontramos
10 agora Sentado na sala,
mais oosmarido
artigosria,
tãoria, tanto nervoso
interessantes. Por isso, resolvemos escrever- lhe e solicitar mais matérias a
quanto aliviado do próprio assalto que ajudara a
respeito.
fazer contra si mesmo.

05 IT_032705 08 IT_043070
SANTANNA Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS
O CRÔNICAS
dono São Paulo:Ática
da casa livra-se de 1995.toda
(Coleção Parade
sorte gostar de ler).
tragédias,
principalmente, porque O tema de interesse dos alunos é

(A) aconselha a levar o som.


(A) cotidiano.
(B) conta os defeitos do patrão.
(C) mente para os assaltantes. (B) escola.
(D) mostra os objetos da casa. (C) História do Brasil.
(D) relação entre pais e filhos.
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No trecho “ e o marido se entregara a essa terapêutica TB_007867
atividade.” (.18-19), a expressão destacada substitui
Há muitos séculos, o homem vem construindo
(A) fazer compras. aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder
(B) ir ao mercado. a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos
(C) narrar anedotas. chineses e consistia em uma corda cheia de nós a
(D) pintar a casa. intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a
duração de algum evento era medida pelo tempo que
07 IT_043111 a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não
há registros, mas com certeza diziam-se coisas como:
É exemplo de linguagem formal, no texto “Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de
três nós!”
(A) “dito-cujo”. (. 14)
(B) “adentrar”. (. 20) Jornal O Estado de São Paulo, 28/05/1992.

(C) “pão-duro”. (. 38) 09 IT_035719


(D) “botam”. (. 43)
A finalidade do texto é

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(A) argumentar.
Prezado Senhor,
(B) descrever.
Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e (C) informar.
temos interesse em assuntos relacionados a aspectos (D) narrar.
históricos de nosso país, principalmente os
relacionados ao cotidiano de
5 nossa História, como era o dia-a-dia das

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O drama das paixões platônicas na adolescência

Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa
conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º
ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A
tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o
5
que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.

REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63

10 IT_038711
Pode-se deduzir do texto que Bruno

(A) chama a atenção das meninas.


(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.

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Angeli. Folha de São Paulo, 25/04/1993.

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Na tirinha, há traço de humor em

(A) “Que olhar é esse Dalila?”


(B) “Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...”
(C) “Olhar de apatia, tédio, solidão...”
(D) “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!”

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