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Escola:

Nome:
3ºano E.M

Simulado de Língua Portuguesa

1. A Terceira Fase do Modernismo surgiu em um ano de grande


agitação na história do Brasil e do mundo. Por qual expressão
esta fase também é conhecida?
a) Geração de 45
b) Geração moderna
c) Geração romântica
d) Pré modernismo

2. A obra ´´Grandes sertões veredas´´ pertence a qual poeta


modernista?
a) João Guimarães Rosa
b) Cecilia Meireles
c) Murilo Mendes
d) João Cabral de Melo Neto

3. Os poetas da Geração 45 tomaram como modelo:


a) Os poetas românticos
b) Os poetas realistas
c) Os poetas Parnasianos e Simbolistas
d) Os poetas da Idade Média

4. Quanto à Literatura Brasileira, assinale a alternativa correta.

a) Os escritores românticos, contrários aos árcades,


buscavam uma forma mais objetiva de descrever a
realidade, revelando os costumes, as relações sociais, a
crise das instituições etc.
b) O racionalismo é uma característica presente tanto no
Arcadismo, quanto no Realismo, em contraposição ao
Barroco e ao Romantismo, respectivamente.
c) A publicação de “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, em
1881, marca oficialmente o início do Realismo no Brasil.
d) A linguagem objetiva, a perfeição formal e o
universalismo são características presentes na poesia
barroca.
e) Amor, solidão, pátria, índio, medievalismo são temas
igualmente presentes na poesia épica de Gonçalves
Dias e Castro Alves.

5. Leia o texto abaixo:

Sobre a amiga de Mafalda (Susanita) pode-se afirmar que:


a) pretende ser igual a sua mãe.
b) quer aprender apenas corte e costura.
c) não percebe as mudanças entre as gerações.
d) não se importa com o avanço tecnológico.
e) pretende atender aos apelos da tecnologia e da ciência.
6. Leia o texto e responda:

PIRATAS DO TIETE

No 1º quadrinho, no 2º balão a fala termina com o uso de


reticências, indicando:

a) Dúvida.
b) Surpresa.
c) Que a fala não terminou.
d) Que será feita uma pergunta.
e) Término da história.
TEXTO

CÉREBRO ELETRÔNICO

O cérebro eletrônico faz tudo


Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo.
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu posso chorar quando estou triste
Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço
Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus
Olhos de vidro.
Autor: Gilberto Gil

7. O tema global do texto pode-se resumir no seguinte:

a) a tecnologia influencia todas as ações humanas, pois o


computador manda e desmanda.
b) apesar de o homem ser o criador da tecnologia, não
consegue vencer a morte.
c) o computador não consegue ajudar o homem, pois tem
botões de ferro e olhos de vidro.
d) o computador é capaz de fazer tudo, até mesmo evitar o
caminho da morte.
e) embora o computador faça quase tudo, não substitui o
Homem em suas características humanas.
8. Leia o texto abaixo:

O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o


seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o
autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se no
emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com
vistas a:
a) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto
anunciado, aconselhandoo a uma busca de mudanças
estéticas.
b) enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de
buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal
postura.
c) criticar o consumo excessivo de produtos
industrializados por parte da população, propondo a
redução desse consumo.
d) associar o vocábulo “açúcar” a imagem do corpo fora
de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo
adoçante.
e) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo
humano que não desenvolve atividades físicas,
incentivando a prática esportiva.

9. Assinale a questão abaixo de acordo com a leitura da charge:

(Gazeta do Povo, online, 05.03.2009)

O personagem que vive no mundo do crime


a) tem medo das pessoas que se arriscam na criminalidade.
b) considera muito perigosa a vida na criminalidade.
c) acredita que, em breve, deixará a criminalidade.
d) revela intenção de manter-se na criminalidade.
e) afirma, na verdade, ter abandonado a criminalidade.

A AVENTURA DO COTIDIANO

Parábola da falta d’água: Vivia faltando água naquela fábrica. O


dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma
pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros. Um dia o
tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço.
De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está ficando
doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que recebia
dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da água. Eu
vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é três. Não sobra
quase nada pra mim, que é que há? E está ameaçando de abrir o
registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa entrar a
água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho.
SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.

10. Conforme o sentido do texto pode-se afirmar que o dono


da fábrica:
a) era um ambicioso, querendo ganhar sempre mais.
b) reconhecia a necessidade que levava o manobreiro ao
pretendido aumento.
c) mostrava-se dependente do trabalho de apenas mais um: o
manobreiro.
d) teria um possível prejuízo na fábrica.
e) seria beneficiado com a abertura do registro, o que resolveria
o seu problema.

Jovens acabam com evasão escolar em MG

Elói Marcelo de Oliveira, 18, tinha quase 14 anos quando deu


início a uma verdadeira revolução na educação de sua cidade,
Lagoa Santa (Minas Gerais). Em quatro anos, ele e a turma de
amigos criaram uma ONG, a Pacto Lagoa Santa pela Educação
e acabaram com a evasão escolar na região.
Tudo começou quando o pai de Elói, um economista, chegou em
casa com um relatório sobre repetência e evasão escolar no
Brasil. Minas Gerais era o Estado com um dos piores índices.
“Eu sempre me preocupei com a situação social do país.
Chamei um amigo e decidi fazer um estudo para saber a
situação em Lagoa Santa, que tinha 50 mil habitantes”, diz o
estudante.
Os garotos reuniram outros amigos e fizeram um mapeamento
das crianças que estavam fora da escola.
“Fomos de porta em porta e fizemos o que batizamos de arrastão
cívico. Procuramos o promotor de Justiça para nos ajudar.” Em
96, a entidade encontrou 120 crianças fora da escola.
Conseguiram convencer os pais de 103 delas a fazer a
matrícula.
Além disso, o grupo criou um programa com aulas de reforço
escolar dadas pelos próprios estudantes. Aos poucos, a ONG
conseguiu o apoio da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a
Infância), da prefeitura local e até do governo federal.
Hoje, todas as crianças de Lagoa Santa estão na escola, graças
ao trabalho desses estudantes. “Para fazer alguma coisa, basta
se sentir revoltado com a situação do país. Dá trabalho, mas vale
cada minuto dedicado”, diz Elói.
(Folha de São Paulo, São Paulo, jul. 1999, Caderno Folhateen, p.1-5)

11. Considerando o tipo do texto, podemos dizer que se


trata de um texto:

a) descritivo que apresenta um relatório sobre os principais


problemas da escola.
b) persuasivo que tenta mostrar o perigo da evasão e da
repetência escolar.
c) em que se dá notícia e se faz um pequeno comentário acerca
de um fato.
d) científico, escrito com o objetivo de informar acerca de uma
realidade social.
e) literário, em que o autor explora simbolicamente elementos de
um mundo imaginado.

O Quiromante

Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nas horas vagas,
ficava lendo as linhas das mãos das pessoas.
O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à tradição
cigana de somente as mulheres lerem as mãos, dizia sempre para
ele não fazer isso, que não era ofício de homem, que fosse fazer
tachos, tocar música, comerciar cavalos.
E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até que um dia ele foi
ler a sorte de uma pessoa e, quando ela se virou de frente, ele viu,
assustado, que ela não tinha mãos.
A partir daí, abandonou a quiromancia.
PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

12. O trecho “A partir daí, abandonou a quiromancia” (ℓ. 14)


apresenta, com relação ao que foi dito no parágrafo anterior, o
sentido de:
a) comparação.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Finalidade.
e) Oposição.

Câncer
As novas frentes de ataque
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz sem
efeito colateral.
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do
século 20, mas deve-se admitir que houve também muitas
esperanças de cura não concretizadas. Após sucessivas promessas
de terapias revolucionárias, o século 21 começou com a notícia de
uma droga comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a gênese
de células tumorais. Ela foi anunciada em maio deste ano, na
cidade de San Francisco, no EUA, em uma reunião com a presença
de cerca de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que já
vinha sendo usada contra o câncer em diagnósticos e avaliações de
risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas
“inteligentes”: impedir a formação de tumores. Com essas drogas,
será possível combater a doença sem debilitar o organismo, como
ocorre na radioterapia e na quimioterapia convencional. O próximo
passo é assegurar que as células cancerosas não se tornem
resistentes à medicação. São, portanto, várias frentes de ataque.
Além das mais de 400 drogas em testes, aposta-se no que já vinha
dando certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41

13. O conectivo “portanto”, (ℓ. 21), estabelece com as ideias


que o antecedem uma relação de:
a) adversidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) comparação.
e) finalidade.

Prova falsa
Quem teve a idéia foi o padrinho da caçula — ele me conta. Trouxe
o cachorro de presente e logo a família inteira se apaixonou pelo
bicho. Ele até que não é contra isso de se ter um animalzinho em
casa, desde que seja obediente e com um mínimo de educação.
— Mas o cachorro era um chato — desabafou. Desses
cachorrinhos de caça, cheios de nhenhenhém, que comem
comidinha especial, precisam de muitos cuidados, enfim, um chato
de galocha. E, como se isto não bastasse, implicava com o dono da
casa.
— Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas quando eu
entrava em casa vinha logo com aquele latido fininho e antipático,
de cachorro de francesa.
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos políticos da
oposição, que espinafram o ministro, mas quando estão com o
ministro, ficam mais por baixo que tapete de porão. Quando
cruzavam num corredor ou qualquer outra dependência da casa, o
desgraçado rosnava ameaçador, mas quando a patroa estava
perto, abanava o rabinho, fingindo-se seu amigo.
— Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro era um cínico,
minha mulher brigava comigo, dizendo que nunca houve cachorro
fingido e eu é que implicava com o “pobrezinho”.
Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro comeu oito meias
suas, roeu a manga de um paletó de casemira inglesa, rasgara
diversos livros, não podia ver um pé de sapato que arrastava para
locais incríveis. A vida lá em sua casa estava se tornando
insuportável. Estava vendo a hora em que se desquitava por causa
daquele bicho cretino. Tentou mandá-lo embora umas vinte vezes e
era uma choradeira das crianças e uma espinafração da mulher.
— Você é um desalmado — disse ela, uma vez.
Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má educação do
adversário. O cãozinho começou a fazer pipi onde não devia. Várias
vezes exemplado, prosseguiu no feio vício. Fez diversas vezes no
tapete da sala. Fez duas na boneca da filha maior. Quatro ou cinco
vezes fez nos brinquedos da caçula. E tudo culminou com o pipi
que fez em cima do vestido novo de sua mulher.
— Aí mandaram o cachorro embora? — perguntei.
— Mandaram. Mas eu fiz questão de dá-lo de presente a um amigo
que adora cachorros. Ele está levando um vidão em sua nova
residência.
— Ué... mas você não o detestava? Como é que ainda arranjou
essa sopa pra ele?
— Problema de consciência — explicou: O pipi não era dele.
E suspirou cheio de remorso.

PONTE PRETA, Stanislaw. Para gostar de ler. Gol de padre e outras crônicas. São Paulo:
Ática, 1998. v. 23. p. 24-25.
14. O que gera humor no texto é o fato de:
a) a família se apaixonar pelo cachorro.
b) a mulher dizer que nunca houve cachorro fingido.
c) o cachorro fazer pipi onde não devia.
d) o dono da casa achar o cachorro um chato.
e) o pipi feito no vestido novo não ser do cachorro.

A culpa é do dono?

A reportagem “Eles estão soltos” (17 de janeiro), sobre os cães


da raça pit bull que passeiam livremente pelas praias cariocas,
deixou leitores indignados com a defesa que seus criadores
fazem de seus animais. Um deles dizia que os cães só se tornam
agressivos quando algum movimento os assusta. Sandro Megale
Pizzo, de São Carlos, retruca que é difícil saber quais de nossos
movimentos “assustariam” um pit bull. De Siegen, na Alemanha,
a leitora Regina Castro Schaefer diz que pergunta a si mesma
que tipo de gente pode ter como animal de estimação um
cachorro que é capaz de matar e desfigurar pessoas.
Veja, Abril. 28/2/2001.

15. O que sugere o uso de aspas na palavra “assustariam”?

a) raiva.
b) ironia.
c) medo.
d) insegurança.
e) ignorância.

13 de Dezembro
Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O
motorista me lembrou: “Hoje é 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia.
A igreja dela está cheia, ela protege os olhos da gente”.
Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, o 13 de
dezembro tinha alguma coisa a ver comigo e nada com Santa Luzia
e sua eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que seria?
Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, que tivesse
marcado um relacionamento para o bom ou para o pior? Não
lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava
dentro de mim. E as horas se passaram iluminadas pelo
intermitente piscar da luzinha vermelha dentro de mim. 13 de
dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes da memória, vivo
em parte dela e não posso ter brancos assim, um dia importante e
não me lembro por quê.
Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o
livro que estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou
com nitidez a cena noturna: eu chegando no prédio em que morava,
no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da garagem, o homem que
se aproximou e me avisou que o comandante do 1º Exército queria
falar comigo.
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar
com o general Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma
coisa a falar comigo.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já
entrava dentro do meu carro, com uma pequena metralhadora.
Naquela mesma hora, a mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o
governo baixara o AI-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. Num
motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu amor me chamara
e eu não vira a banda passar.
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar
com o comandante do 1º Exército. O País talvez tenha melhorado,
mas eu certamente piorei.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001.

16. A fala do motorista (ℓ. 2) é exemplo de linguagem:


a) culta.
b) coloquial.
c) vulgar.
d) técnica.
e) regional.

Leia o texto abaixo:


Triste Bahia
Caetano Veloso
Oh, quão dessemelhante estás e estou
Do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti
Tu a mim, empenhado
Rico te vejo eu
Já tu a mim, abundante
Triste Bahia
Oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante
Triste Oh, quão dessemelhante Triste [...]
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra
Minha mãe, eu vou pra Lua
Eu mais a minha mulher [...]

17. Na canção, o autor revela em relação à Bahia:


Constrangimento;
Descontentamento;
Magnanimidade;
Amabilidade;
Graciosidade.
As palavras “Pobres e Ricos”, na segunda estrofe, representam
uma antítese, características expressa no estilo de linguagem que
apresenta:
a) Oposição de ideias.
b) Suavização das expressões.
c) Exagero das ideias.
d) Personificação de seres inanimados.
e) Comparação entre expressões ou ideias.

18. “Eu já vivo tão cansado/de viver aqui na terra”. No


trecho, a um exagero, um estilo de linguagem denominado:
a) Antítese.
b) Metonímia.
c) Hipérbole.
d) Eufemismo.
e) Personificação.

19. Leia o texto a seguir.

Viciados na telinha
Caro professor,
Entre as perguntas repetidas que costumam me fazer, uma das
mais frequentes é sobre a concorrência que as novas tecnologias
fazem à leitura. Todo mundo parece se preocupar muito com o
efeito que as telas da televisão ou do computador podem ter para
desviar leitores das páginas dos livros. Realmente, são tentadoras.
Mas não são o fim do mundo.
Às vezes respondo com lembranças de meu tempo de menina,
quando televisão não existia com a força de hoje. Mas existia
quintal — algo que, atualmente, em grande parte se acabou. E
poucas coisas podiam ser tão tentadoras quanto quintal. Tinha
árvore, terra, minhoca, espaço para correr, brincar de pique, jogar
bola, fazer comidinha, pular amarelinha... Um monte de atividades
muito atraentes que também competiam com a leitura. A gente
brincava muito. E também lia muito.
Com esta lembrança, quero reafirmar que o problema não está na
existência de outras solicitações tentadoras. Qualquer pessoa que
gosta de ler sabe dosar seu tempo entre elas.
Um abraço,
Ana Maria Machado.
Machado, Ana Maria. Carta Fundamental, out. 2010

A tese defendida pela autora desse texto é que:


a) as televisões eram tão tentadoras quanto os quintais.
b) as televisões eram incomuns em sua infância.
c) as telas das televisões são tentadoras.
d) as tecnologias concorrem com a leitura.
e) as pessoas que gostam de ler sabe dosar seu tempo.

A Bahia
Gregório de Matos

Tristes sucessos, casos lastimosos,


Desgraças nunca vistas, nem faladas.
São, ó Bahia, vésperas choradas
De outros que estão por vir estranhos
Sentimo-nos confusos e teimosos
Pois não damos remédios as já passadas,
Nem prevemos tampouco as esperadas
Como que estamos delas desejosos.
Levou-me o dinheiro, a má fortuna,
Ficamos sem tostão, real nem branca, macutas, correão, nevelão,
molhos:
Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,
E é que quem o dinheiro nos arranca,
Nos arrancam as mãos, a língua, os olhos.
Disponível em: https://tinyurl.com/GEPROMLPI580. Acesso em: 07 jul. 2021.

20. “ Desgraças nunca vista, nem faladas.” No verso, a


conjunção destacada indica:

a) Acréscimo.
b) Explicação.
c) Contraste.
d) Alternância.
e) Conclusão.

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