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7º ANO
2016
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APOSTILA DE ESTUDOS REGIONAIS DO 7º ANO
COODENADORIAPEDAGÓGICA
ENSINO FUNDAMENTAL-ANOS FINAIS
ESTUDOS REGIONAIS
COLABORADORES:
Professor (a):
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APRESENTAÇÃO
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APOSTILA DE ESTUDOS REGIONAIS DO 7º ANO
SUMÁRIO
SETOR TERCIÁRIO........................................................................................................ 16
CULTURA.........................................................................................................................17
REGIÃO NORDESTE...................................................................................................... 36
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AGRICULTURA .............................................................................................................. 40
INDÚSTRIA ..................................................................................................................... 42
CULTURA ....................................................................................................................... 51
REFERÊNCIA...................................................................................................................52
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APOSTILA DE ESTUDOS REGIONAIS DO 7º ANO
A princípio esta região foi denominada CARIRI NOVO para diferenciar do Cariri
Velho também conhecido como Cariri paraibano, mais antigo. A descoberta do Cariri
Novo aconteceu por volta de 1660, apesar das controvérsias de alguns historiadores
que afirmam haver sido bem mais tarde. É de consenso, porém, que a colonização se
deu no inicio do século XVIII, quando surgiram as primeiras fazendas e sítios com
engenhos e capelas.
De 1680 a 1690 alguns sertanistas obtiveram sesmarias no sudeste do Ceará,
mas não chegaram a ocupá-las. As concessões de terras foram acentuadas a partir de
1703. Poucos foram o sesmeiros que cultivaram suas terras, preferindo valer-se do
arrendamento e venda dos latifúndios que de graça receberam.
Baianos e sergipanos chegaram ao Cariri pelo Riacho dos Porcos fixando-se em
São José dos Cariris Novos, hoje Missão Velha. Trouxeram inicialmente gado e, em
torno de um curral, uma fazenda se formava. Era a civilização do Couro. A cultura
canavieira só veio a partir de 1718 no sítio Salamanca, em Barbalha.
Missões
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Localização
Delimitação
Relevo
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Topografia
Composição do Solo
Clima
BACIA FLUVIAL
A bacia fluvial do cariri é formada pelo Rio Salgado e seus afluentes: Riacho dos
Porcos e os Rios Salamanca, Granjeiro, Batateiras, Carás e Missão Velha. Alem de
outros como: Riacho Seco, Missão Nova, Caiçara Coité, Catolé. Saindo da encosta da
serra do Araripe em direção ao Vale do cariri nascem centenas de fontes de água
perenes e cristalinas com uma vazão de mais de 30 milhões de metros cúbicos de água
/ano.
Para um melhor aproveitamento da água, foram construídos açudes e barragens.
Dentre açudes destacamos: Amaro Coelho, Manoel Balbino (Carás). Sabiá, Coité, Leite,
Cotia, Exu, Olho d´água do melão, Major Botelho, Thomaz Osterne, etc.
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RECURSOS HÍDRICOS
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FLORA E FAUNA
É na Floresta Nacional Araripe (FLONA) que a flora e a fauna do cariri têm a sua
maior expressividade. A FLONA, segundo a classificação de Mauro F. Lima está dividida
em:
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e) Floresta úmida - Degradada pelo fogo (11,52%), constitui uma formação atípica,
ideal para estudos de impacto do fogo sobre a floresta, pois representa bem o afeito
dos incêndios que anualmente preocupam as autoridades. O comprometimento da
matéria orgânica e do sub-bosque leva ao empobrecimento da floresta, provocando
um retrocesso na sucessão vegetal.
A fauna do Cariri é bem diversificada. Eis alguns exemplos das espécies mais
significativas:
Aves: jacu, seriema, ferreiro, sabiá, pica-pau, rola azul, periquito, chorró;
Mamíferos: Veado, tatu, cotia, tamanduá, onça pintada, gato-do-mato, raposa, morcego
guaxinim;
Répteis: Teiú, camaleão, e algumas espécies de cobras, como coral.
Insetos: A variedade imensa destacando-se as ordens coleópteras, isópte
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ASPECTOS GEOGRÁFICOS
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Pirajá, Planalto, Romeirão, Salesianos, Salgadinho, Santa Tereza, São José, São
Miguel, Socorro, Timbaúba, Tiradentes, Três Marias e Triângulo.
Subdivisão
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SP3: Bairros São Miguel, Pirajá, Pio XII, Franciscanos e Santa Teresa.
SP4: Bairros Limoeiro, Tiradentes, Novo Juazeiro, Betolândia, Planalto e Campo Alegre.
SP5: Bairros Juvêncio Santana, Leandro Bezerra, Timbaúbas, Vila Fátima e Aeroporto
SP6: Distritos Padre Cícero, Marrocos e toda área rural do município.
A vegetação predominante é a típica do semiárido, mais especificamente floresta
caducifólia espinhosa. Em determinados pontos, existem matas de transição. O nome do
município decorre de uma árvore bastante comum na região, o Juazeiro. Ao longo das
margens dos rios existe a chamada mata de galeria, vegetação original caracterizada
pela umidade em contraste com regiões adjacentes mais secas.
Na área urbana a vegetação se resume às praças e parques, sendo a principal
área verde, o Parque Ecológico das Timbaúbas, uma área voltada para o adensamento
de bosques, visando a preservação de importantes mananciais hídricos ali localizados. É
também uma área voltada para o lazer, tendo alguns equipamentos como pista de skate,
espaço para cooper e anfiteatro.
Com exceção da Serra do Horto e de uma depressão entre os bairros Timbaúbas
e Limoeiro, o relevo do município é regular. A área onde a cidade foi erguida se localiza
em um vale encravado na Chapada do Araripe.
ECONOMIA
SETOR PRIMÁRIO
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grande parcelas das águas dos esgotos são drenadas para seu interior. Conta com
vários minifúndios, destacando-se um grande número de chácaras com árvores
frutíferas ao redor da cidade, estas tem uma exploração econômica secundária sendo o
interesse predominante nestes imóveis o lazer e atividade residencial. A piscicultura é
uma atividade encontrada no Açude Manuel Balbino.
SETOR SECUNDÁRIO
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SETOR TERCIÁRIO
ARQUITETURA E URBANISMO
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antigos preservados. A arquitetura antiga ainda conta com a antiga Estação Ferroviária,
localizada na Praça dos Ourives; a Coluna da Hora, destaque central da Praça Padre
Cícero; O casarão da Família Bezerra de Menezes, e dois casarões pertencentes ao
Padre Cícero, onde atualmente funcionam museus dedicados ao sacerdote.
A arquitetura moderna conta com um rápido processo de verticalização. O
urbanismo é limitado nas áreas já ocupadas, mas algumas ruas ao longo dos últimos
anos foram alargadas. Os bairros mais distantes e planejados recentemente contam
com avenidas largas ainda em desenvolvimento. O parque Ecológico das Timbaúbas faz
parte deste contexto urbanístico com a preservação ambiental em perímetro urbano
numa área detentora de importante manancial hídrico, entretanto poluído por falta de
uma boa rede de esgotos. Tal área é conhecida como Várzea das Timbaúbas,
entretanto seu espaço preserva apenas pequena parte da área total desta várzea.
CULTURA
Grupo de Reisado
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O teatro se desenvolveu bastante a partir do final dos anos 90. Até então, não
existia nenhum teatro, atualmente são três. Além disso, os grupos teatrais se proliferam.
A dança é extremamente representada pela cultura popular dos reisados, bandas
cabaçais, lapinhas e danças contemporâneas.
A religiosidade popular é marcante. Milhões de romeiros se dirigem a Juazeiro
para orar e pagar promessas. Para se ter uma ideia da importância da religião para o
município, todos os museus da cidade são de cunho religioso e existem, ainda, várias
casas de milagres (locais onde os fiéis depositam peças representativas de milagres que
acreditam ter alcançado). Na colina do Horto, ponto mais alto de Juazeiro, foi erguida
uma estátua do Padre Cícero com 25metros de altura. Ainda no Horto, está o Museu
Vivo do Padre Cícero com réplicas em cera de personalidades do município como Maria
de Araújo, José Marrocos, Floro Bartolomeu, Aureliano Pereira e o próprio Padre Cícero.
Também exitiu uma figura muito popular em Juazeiro do Norte, Joaquim
Rodrigues dos Santos, mais conhecido pela alcunha de "Seu Lunga", foi um
comerciante que fez parte da cultura de Juazense devido as diversas anedotas e
cordéis associados ao seu temperamento.
CENTROS CULTURAIS
MUSEUS
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TEATROS
ESPORTE
Crato antigo
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Aspectos Geográficos
HISTÓRIA
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A cidade assistiria, em 1817, a adesão dos seus mais ilustres filhos ao movimento
revolucionário em Pernambuco. Na oportunidade, o então jovem subdiácono da
Paróquia, Padre José Martiniano de Alencar, na hora do sermão, fez a leitura do
manifesto de José Luís Mendonça, membro do Governo Provisório.
Crato hoje
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CULTURA
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Irmãos Aniceto
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Aspectos Geográficos
História de Barbalha
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Cultura e Folclore
Tida como um dos maiores celeiros de cultura popular do interior do Brasil, atrai
milhares de turistas todos os anos durante os festejos do padroeiro Santo Antônio. São
vários os grupos folclóricos e folguedos juninos compostos por cidadãos das diversas
comunidades rurais e dos bairros da cidade. A preocupação de passar as tradições
culturais de pai para filho torna a inserção de jovens nos grupos folclóricos uma prática
comum do local. Os jovens são ensinados pelos “mestres” que coordenam os grupos.
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trazem o Pau da Bandeira nos ombros até a frente da Igreja Matriz de Santo Antônio
para hastear a bandeira do padroeiro e simbolizar que a cidade está em festa.
Concomitante a isto, pela manhã, acontece o tradicional cortejo folclórico, onde
todos os grupos da cidade se apresentam na principal rua do Centro Histórico. Durante
todo o dia, até a chegada do Pau da Bandeira, milhares de pessoas se aglomeram pelas
ruas do Centro histórico da cidade assistindo a shows típicos nos pólos artísticos,
desfilando em blocos ou simplesmente esperando o grande momento da festa, a
passagem do Pau da Bandeira até a “rua da igreja” para o seu hasteamento.
É uma festa que mescla o sagrado e o profano e encontra-se no nebuloso eixo
entre ambos os conceitos, o que sempre deu certos cuidados à Igreja Católica, de forma
que, no momento em que se hasteia o Pau-da-Bandeira, as portas da Igreja da Matriz
encontram-se fechadas. É um detalhe bem simbólico, pois denota a preocupação da
referida instituição em segregar ambos os aspectos e definir, ou, ao menos, tentar, no
papel, os limites da festa.
Não é errôneo dizer que esta prática, em seu nascedouro, foi fomentada
pelo Padre Ibiapina, que durante algum tempo prestou serviços de caridade à
população.
A partir de então até o dia de Santo Antônio, 13 de Junho, shows e comidas
típicas são encontrados na tradicional quermesse que acontece sempre após a missa,
na rua da Matriz. Shows de grande porte são oferecidos à população no parque da
cidade que conta também com barracas e parques de diversão .
No dia 13 de Junho acontece a procissão de Santo Antônio, que reúne milhares
de pessoas vindas de todas as comunidades do município, além de cidades vizinhas. O
carro andor com a imagem do padroeiro em tamanho natural é acompanhado pelas
estatuas dos padroeiros das capelas de todas as comunidades e segue em cortejo pelas
principais ruas da cidade.
Para produzir documentário sobre este quadro cultural, o Governo Municipal
lançou em 7 de maio de 2012 edital para licitação na modalidade convite. Este
procedimento cuminou com a produção do documentário "Memória dos prédios
históricos de barbalha" do cineasta Rosemberg Cariry.
A Festa de Santo Antônio encontra-se em estágio final para ser tombado como
Patrimônio Imaterial.
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Os penitentes
Penitentes, em Barbalha
O Reisado
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O Reisado de Couro
Festas Locais
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Aspectos Geográficos
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Brejo Santo
Aspectos Geográficos
FUNDAÇÃO 26.08.1890
ÁREA 663.428km
UNIDADE FEDERATIVA CEARÁ
MESORREGIÃO SUL DO CEARÁ
MICRORREGIÃO CARIRI
CLIMA Semiárido
ALTITUDE 381,3M
LATITUDE 07º29‟36”
LONGITUDE 38º59‟14”
ABAIARA,JATI, MAURITI,
MILAGRES, M. VELHA,
LIMITE PORTEIRA E OS ESTDOS
DE PERNAMBUCO E
PARAÍBA
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POPULAÇÃO 47,218
DENSIDADE 68,12
DEMOGRÁFICA (hab./km²
DISTANCIA DA CAPITAL 5OO,8
km
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IDENTIDADE ETNICO-CULTURAL
Conceito
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REGIÃO NORDESTE
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REGIÃO DO CARIRI
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DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA
No extremo Sul do estado, vale do Cariri era uma exceção no quadro de flagelo
do Ceará. Situado ao pé da chapada do Araripe, com climaameno, boas terras e fontes
perenes de água, o cariri mantinha relativa fertilidade, essencial para a agricultura e a
pecuária. Seu povoamento começou aindano século XVIII, atraindo levas de sertanejos
para as fazendas de gado, além dos flagelados da seca. Destacando-se entre modestos
vilarejos, como Juazeiro, Crato que logo se tornou um prósperocentro comercial de
produtos alimentícios e a segunda cidade mais importante do estado.
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AGRICULTURA
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Santo, que possuem infra-estrutura para aumentar a sua produção e implantar outros
produtos.
Os principais produtos são: cana-de-açúcar, melão, arroz, milho, mandioca,
babaçu, banana e leite.
As empresas agro-industriais do cariri utilizam tecnologias tradicionais e na sua
maioria, usa intensiva mão-de-obra, resultando produtos de baixa qualidade para
mercados exigentes. Predominam pequenas e microempresas.
RECURSOS MINERAIS
Com a chegada dos primeiros colonizadores movidos pela expansão dos currais
de gado, foi descoberta uma jazida de ouro do atual município de Missão Velha, sendo
criada a Companhia de Ouro das Minas de São José do Cariri, em 1756, extinta dois
anos depois. As minas do Coxá, de propriedade de Padre Cícero (entre os municípios
Milagres e Aurora), revelaram-se, a princípio, como um rico filão em cobre, mas quase
não representaram para a economia da região. O ponto positivo das minas foi trazido
para o cariri, em 1908, dois ilustres aventureiros (Dr. Floro Bartolomeu da Costa, médico
baiano, e Conde Adolfo Van Den Brulle, engenheiro de minas de naturalidade belga). Os
quais muito contribuíram para o desenvolvimento da região. Dr. Floro, pela sua
inigualável atuação política e o Conde Adolfo pelo seu trabalho intenso de estudo e
exploração das riquezas minerais do Cariri.
Pecuária
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Avicultura
Apicultura
Psicultura
INDÚSTRIA
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Sítio Muquém, nas cercanias do Crato. O referidoalferes, com sua mulher, agricultaram
os sítios Porteiras do Carité.
Capitão FirminoDias de Sousa, que se fez proprietários do sítio Logradouro, e os
demais: Manuel Alves de Oliveira, Gonçalo José de Alencar, Iria Francisca de
Alencar, capitão José Bezerra de Barros, Lourenço Ferreira Pinheiro. Todos, sediados
ás margens do rio Carité, depois denominado Salgadinho, o mesmo que banha o
município do Crato, com o nome de batateira. Todos os fundadores da nossa
aristocracia rural. Todos os patriarcas das famílias primitivas, como é o caso do capitão
Domingos GonçalvesSobreira e sua mulher que encheram esses páramos de
Sobreiras Cabrais.
Implantada a civilizaçãona área que se destinaria ao cenário do município
juazeirense, e falecido o Alferes Manuel de Sousa Pereira, os herdeiros venderam, em
1780,o Sítio Porteiras do Carité ou simplesmente Porteiras, a um cunhado do finado , o
então sargento mor Leandro Bezerra Monteiro, irmão que era de pai e mãe de Caetana
Perpétua do nascimento Bezerra de Menezes,o qual “o converteu em respeitável solar
patriarcal‟. Destarte, mais um importante ramo da família bezerra de Menezes ou
bezerra Monteiro, do Sítio Muquém, radicava-se nas terras do futuro município de
Juazeiro do Norte. Entre os filhos do sargento-mor, depois brigadeiro Leandro Bezerra
Monteiro, com sua mulher Josefa do Sacramento, sergipana, numerou-se Luísa Joana
Bezerra de Menezes, falecida em 1820, com 47 ano de idade, primogênita , aliás
contraíra ele dois matrimônios, o primeiro com o pernambucano Sebastião de Carvalho
e Andrade , detentor da patente de capitão e o segundo com André Vieira de Melo
Cavalcante. Luísa Joana deixou somente dois filhos: padre Pedro Ribeiro da Silva
Monteiro e o poeta Ludgero de Carvalho Paz. O padre Pedro Ribeiro, seguindo as
pegadas dos ancestrais, tornou-se grande proprietário rural, senhoreando os sítios
Juazeiro, Boca das Cobras, Mata, Prazeres e Currais de Baixo.No sítio Juazeiro de sua
propriedade , o padre Pedro Ribeiro da Silva Monteiro construiu casa-grande de taipa
e telha , engenho, aviamento , senzala e capela.
Esta em síntese , a paisagem do Juazeiro em fins da década de 1820, embora
não concluída ainda a capela. Voltando ás atividades agropecuárias, firmou-se o
padrePedro Ribeiro, simultaneamente, como pastor de almas, edificando, como edificou,
um templo dedicado a Nossa Senhora das Dores, em em seu próprio Sítio, para mais
eficiente cumprimento de sua missão sacerdotal e satisfação espiritual dos familiares e
moradores do lugar e circunvizinhanças. No dia 15de setembro de 1827, houve uma
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missa na casa de oração pelo padre Pedro Ribeiro Monteiro, onde se revestiram as
solenidades do lançamento da pedra fundamental da capela de Nossa Senhora das
Dores, naquele 15 de setembro. Erigidaa capela, começou a formar-se o arruado
núcleo de maior cidade cearense , ao passo que padre Pedro Ribeiro que erguera ao
lado de sua família , assumiu , ele próprio, as funções de capelão, cago em que se
manteve até seu „trespasse em 1833. Com efeito, o aglomerado urbanonão demorou
a despontar, visto como já na primeira metade da década de 1830, em documentos
coetâneos, a localidade aparece com o nome de POVOAÇÃO DO JUAZEIRO. Com a
morte o PadrePedro Ribeiro, em 9 de setembro de 1833, seu avô e herdeiro brigadeiro
Leandro Bezerra veio de porteiras para morar no povoado na casa construído por seu
neto no sitio Juazeiro. Após sua morte o sitio passou para seu filho Gonsalo Luis, depois
passou para o neto do brigadeiro major Pedro Bezerra Monteiro. Contudo o próximo
dono do sitio foi o major Jaquim Bezerra de Meneses que o vendeu a Jose Bezerra de
Meneses, com a morte deste, o imóvel ficou para os seus herdeiros que constituem a
conhecida família Bezerra representada pelos seus filhos Leandro (falecido), Orlando
(falecido) Ivan, Neide, Alacoque e os coronéis Adauto e Humberto
No extremo Sul do estado, o vale do Cariri era uma exceção no quadro de flagelo
do Ceará. Situado ao pé da chapada do Araripe, com climaameno, boas terras e fontes
perenes de água, o cariri mantinha relativa fertilidade, essencial para a agricultura e a
pecuária. Seu povoamento começou aindano século XVIII, atraindo levas de sertanejos
para as fazendas de gado, além dos flagelados da seca. Destacando-se entre modestos
vilarejos, como Juazeiro, Crato que futuramente seria um prósperocentro comercial de
produtos alimentícios e a segunda cidade mais importante do estado.
Porém, em 1909, um documento apresentadoà assembleia Legislativa do Ceará,
em apoio ao pedido de autonomia municipal para Juazeiro, encontrado por Ralph dela
Cava nos Arquivo do Colégio Salesianos, informa que antes de se tornar independente
do Crato o povoado de Juazeiro já se encontrava em acelerado ritmo de
desenvolvimento, graça à ação do Padre Cícero. Já possuía uma farmácia, um médico
residente, um jornal, várias instituições religiosas, como o Apostolado da oração,
fundado pelo padre Cícero, um escritório de intercâmbio comercial com a capital e uma
instituição civil para cuidar do engrandecimento do lugar.
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1870 possuía mais de cinquenta cativos, alocados no canavial, em sua casa comercial e
residência, no centro da cidade.
Na sociedade escravocrata, o cativo era visto como mão-de obra bastante
adequada para diversa atividade econômicas desenvolvida pelos senhores. O cativoque
tivesse entre 15 a 40 anos de idade e que não fosse portador de doenças graves ou
deficiência física ere considerado como escravo padrão. No Cariri cearense, de acordo
com os inventáriosanalisados, foram contabilizados 1.335 escravos no período de 1810
a 1884, sendo 512 crianças até 14 anos, 186 escravos com mais com mais de 40 anos
e 588 adultos de 15 a 40 anos. O número de cativos que poderiam ser considerados
como escravos padrão eram de 545.
Quem já ouviu falar dos preceitos ecológicos do Padre Cicero?, muitos o seguem
como exemplo de fé e religiosidade, mas poucos sabem que ele foi um dos maiores
defensores do meio ambiente, inclusive o bioma CAATINGA, ele por ser religioso,
também entendia que o homem é um dos administradores do meio ambiente, missão
que DEUS colocou ao ser humano quando o criou.
Com isso em uma forma simples e acessível para a população sertaneja o Padre
Cícero descreveu em forma de conselhos sendo transformados em preceitos
ecológicos:
1) Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau;
2) Não toque fogo no roçado nem na caatinga;
3) Não cace mais e deixe os bichos viverem;
4) Não crie o Boi e nem o bode solto; faça cercados e deixe o pasto descansar para se
refazer;
5) Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água de chuva;
6) Não plante em serra a cima, nem faça roçado em ladeira que seja muito em pé; deixe
o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca sua riqueza;
7) Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;
8) Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra,árvore
qualquer, ate que o sertão todo seja uma mata só;
9) Aprenda tirar proveito das plantas da caatinga a maniçoba, a favela e a jurema; elas
podem ajudar a conviver com a seca;
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10) Se o sertanejo obedecer a estes preceitos a seca vai aos poucos se acabando o
gado melhorando e o povo terá sempre o que comer, mas se não obedecer, dentro de
pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.
A ecologia, ou a proteção de todo meio ambiente, é uma das primeiras funções
dos seres humanos, tanto no contexto religioso, como no contexto ideológico como
espécie mais evoluía intelectualmente, e científico como uma espécie que entende os
processos naturais e tem a capacidade de modificar o ambiente.
Então após ver um documentário do jornalista Washington Novaes, sobre a
Caatinga Viva, ele mostra o pensamento ecológico do Padre Cicero, e como muitos
Nordestinos temos o respeito pelo líder religioso que passou por nossas terras, então o
bom é divulgar este entendimento para quem sabe melhorar os cuidados com o meio
ambiente de nosso povo e nossos lideres.
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