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Módulo 3
Introdução
As células são unidades básicas para a vida em nosso planeta. O citoplasma celular é de extrema
importância para a sobrevivência de uma célula e para que ela consiga desempenhar suas atividades.
Citoplasma: movimento, síntese e digestão celular Para estudar a vida humana, de animais, de plantas, de helmintos, de microrganismos, dos organismos,
é necessário conhecer com detalhes cada pequena estrutura que existe em uma célula, compreendendo
os seres como um todo.
Profª. Thaíssa Queiróz Machado
Neste conteúdo, entenderemos o funcionamento do citoplasma e das estruturas que ali se localizam.
Descrição Veremos suas funções isoladas e como ocorrem as interações entre elas. Também conheceremos os
malefícios que podem surgir caso alguma estrutura não desempenhe sua função corretamente.
Conceitos do citoplasma celular e entendimento de funções, movimentos, sínteses e digestão celular.
Identificar a importância do papel de uma célula é uma grande porta de entrada para conhecer a ciência
Propósito dos organismos e para construir esse conhecimento.
Compreender o funcionamento e as atividades desempenhadas pelo citoplasma de uma célula é a base do
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
entendimento dos sistemas biológicos como um todo.
Objetivos
Módulo 1 Orientações sobre unidades de medida.
Características e funções do citoplasma e citoesqueleto Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
Identificar características e funções do citoplasma e citoesqueleto. tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25
km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão
internacional de separação dos números e das unidades.
Módulo 2
O núcleo é a região onde está localizado o material genético da célula, e o citoplasma se localiza entre a
membrana plasmática e o núcleo.
Quando se iniciou o estudo da ciência voltado para as células (citologia), achava-se que no seu interior havia
um líquido viscoso e que o núcleo estava mergulhado nele. Por isso, esse líquido passou a se chamar
citoplasma, já que kytos corresponde à célula, e plasma a líquido.
1 - Características e funções do citoplasma e Com a evolução da ciência, estudos e pesquisas acerca das células desenvolveram muito conhecimento e
muitas descobertas. Antes, acreditava-se que o citoplasma celular era apenas uma substância gelatinosa
citoesqueleto que abrigava o núcleo, porém sabemos que isso foi um completo engano. O citoplasma é extremamente
mais complexo e importante do que se imaginava.
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar características e funções do citoplasma O citoplasma é delimitado pela membrana plasmática e nele encontra-se o citosol, que é o material disperso
e citoesqueleto. que pode ser fluido ou viscoso; e imersos no citosol estão as organelas citoplasmáticas e o núcleo celular. O
citosol corresponde a um pouco mais que a metade do volume celular e compreende uma mistura de água,
íons e moléculas.
No citosol ocorrem a síntese e a degradação de diferentes proteínas e, além disso, ele também desempenha
Uma célula eucariótica apresenta divisões em seu interior de maneira que são criados compartimentos
separados por funções. A divisão geral compreende a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. A
membrana plasmática, como o próprio nome já diz, envolve a célula e separa o meio extracelular do meio
intracelular.
O citosol apresenta diferentes níveis de organização, porém essa organização não é separada por
membranas. Existem gradientes de concentração formados por pequenas moléculas que se encontram em
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locais determinados, como, por exemplo, moléculas de oxigênio e ATP (adenosina trifosfato) são produzidas
ao redor dos aglomerados de mitocôndrias. Logo, nessas regiões, as concentrações dessas moléculas serão Considerando que aqui estudaremos as células eucariontes, não é possível entender a constituição de um
diferentes de onde não há mitocôndrias. citoplasma sem conhecer as organelas que ali estão presentes.
O citoplasma não é só um local para abrigar as organelas, mas sim um meio em que
ocorrem reações metabólicas fundamentais para o funcionamento, a consistência e a
forma da célula.
Para entendermos um pouco mais sobre o citoplasma, é importante sabermos que existe diferença em sua
composição entre uma célula procariótica e uma célula eucariótica. Compartimentos intracelulares de uma célula animal.
Focaremos aqui na distribuição dessas estruturas no citoplasma celular, cuja composição é apresentada
abaixo:
Célula procariótica
O citoplasma dessas células (existentes em bactérias e arqueias) possui uma organização mais
simples, em que não existe o núcleo e o material genético está imerso no citosol, não possuem sistemas Retículo endoplasmático Ribossomos Complexo de Golgi
de membranas e estruturas membranosas, porém existem milhares de ribossomos que têm como
função produzir proteínas. Esta organela é formada por São estruturas responsáveis É formado por um conjunto de
vesículas e túbulos pela produção de proteínas cisternas, que são
interconectados que também que podem estar livres no compartimentos
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rugoso, e no liso os
Células do tecido adiposo (de gordura).
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ib tã t
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ribossomos estão ausentes.
Atenção
Vale lembrar que as organelas desempenham funções variadas e, por esse motivo, não é possível apontar
Três tipos de filamentos do citoesqueleto de células eucarióticas.
apenas uma função para cada organela.
Os três tipos de filamentos possuem o papel de organizar a célula de forma espacial e contribuem para as
funções mecânicas que ela precisa desempenhar. Existem centenas de proteínas acessórias que interagem
Definição, características e funções do citoesqueleto com os filamentos com a função de ligar um filamento ao outro, e também de ligar um filamento a outros
componentes da célula. Apesar de vermos aqui muitos nomes diferentes, não se preocupe porque
entenderemos cada um deles de maneira mais detalhada.
Agora que vimos as partes e conceitos básicos do citoesqueleto, vamos compreendê-los melhor. O
citoesqueleto é responsável:
Essas funções, muitas vezes, podem nos passar a ideia de filamentos estáticos que ficam em sua posição
As células desempenham muitas funções e, para que sejam executadas de maneira eficaz, elas precisam ter
determinada dentro da célula e que isso não muda. No entanto, na realidade, o citoesqueleto é capaz de se
um formato adequado para que seja possível se organizarem no espaço e interagirem umas com as outras e
adaptar às funções necessárias em dado momento e forma estruturas dinâmicas. Assim, de acordo com as
com o ambiente de forma mecânica. Logo, tanto a estrutura celular interna quanto a externa precisam estar
condições enfrentadas, ocorrem rearranjos estruturais em uma célula, formando-se várias estruturas a partir
corretas.
de três sistemas básicos de filamentos que entenderemos a seguir.
Nem sempre essa conformação celular é estática, porque vários tipos celulares têm a necessidade de alterar
seu formato e migrar para locais distintos. Outro ponto importante está relacionado à necessidade de a
célula viabilizar processos de crescimento, divisão e adaptação. Para isso, elas precisam ser capazes de
modificar seus componentes internos. Todas essas alterações e adaptações são realizáveis graças às Filamentos de actina
funções desempenhadas pelo sistema filamentoso denominado citoesqueleto.
O citoplasma celular em eucariontes apresenta uma organização espacial constituída pelo citoesqueleto, que Este tipo de filamento, que também pode ser chamado de microfilamento, tem como função moldar o
é uma rede de proteínas filamentosas. O citoesqueleto é composto por três famílias de proteínas de formato da superfície da célula, é responsável pela locomoção celular como um todo e atua na divisão
filamentos que desempenham diversas funções: filamentos de actina, microtúbulos e filamentos celular. Os filamentos de actina promovem forma à célula, pois revestem a membrana plasmática
intermediários. Cada tipo de família de filamentos terá sua função e suas características, porém existem internamente. Além disso, esses filamentos são responsáveis pelas projeções da superfície celular, que são
propriedades que são comuns a todas elas. os lamelipódios e os filopódios. Essas projeções são estruturas dinâmicas responsáveis pela movimentação
celular, que possibilita a exploração de algum local.
Os filamentos de actina apresentam ainda outras funções, tais como permitir que a célula se mantenha
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aderida a um substrato e promover a contração muscular. Também atuam na superfície das células do
ouvido interno e vibram em resposta ao som, e nas células intestinais auxiliam na absorção de nutrientes.
Microtúbulos
Os microtúbulos atuam na divisão celular por meio da formação do fuso mitótico. Isso acontece, pois estes
são frequentemente encontrados em arranjos citoplasmáticos que se prolongam até a periferia celular. Por
conta dessa disposição, os microtúbulos são capazes de se reorganizar rapidamente para formar o fuso
mitótico e segregar os cromossomos durante a divisão celular.
Proteína motora deslocando no citoesqueleto.
Além de participarem da divisão, os microtúbulos são responsáveis por posicionar as organelas que são
envoltas por membranas no interior do citoplasma e proporcionam transporte intracelular. Essas estruturas
também formam cílios na superfície celular, que podem atuar como chicotes de impulsão, dispositivos
sensoriais, ou feixes que guiam o transporte de materiais através dos axônios neuronais.
Apesar de observarmos funções específicas para cada tipo de filamento, estes, muitas vezes, atuam de
forma conjunta para possibilitar que a célula desempenhe a atividade desejada. Um exemplo para isso
ocorre durante a divisão celular. Neste processo, o citoesqueleto se reorganiza, de modo que os microtúbulos
Filamentos intermediários se reconfiguram no citoplasma para dar origem ao fuso mitótico bipolar, separando as duas cópias de cada
cromossomo para formar os núcleos das células-filhas.
Estes filamentos operam no núcleo e no citosol. No núcleo, eles se encontram revestindo o envelope nuclear
Junto a isso, os filamentos de actina também vão contribuir para a divisão celular possibilitando que a célula
em sua face interna dando proteção ao DNA celular, ou seja, os filamentos intermediários formam uma
assuma um formato esférico e constitua um anel contrátil em seu centro. Esse anel sofre constrição,
espécie de “gaiola de proteção” para o material genético. No citosol, esses filamentos se encontram
semelhante a um músculo, e com isso a célula consegue se dividir em duas. Depois que a divisão celular é
trançados e formam cabos fortes que são capazes de manter as camadas de células epiteliais unidas e
finalizada, o citoesqueleto das células-filhas se organiza novamente, fornecendo a elas seu formato original
também fortalecem a extensão dos axônios neuronais. Ou seja, estes filamentos conferem resistência
achatado, e devolve a capacidade de deslizamento e movimentação.
mecânica às células. Além dessas funções, os filamentos intermediários também formam apêndices
resistentes como, por exemplo, em pelos e unhas.
Proteínas motoras
Os filamentos do citoesqueleto interagem com diversas proteínas acessórias, que são indispensáveis para a
organização dos filamentos em locais específicos dentro da célula. Um exemplo de proteína acessória muito
Divisão celular com filamentos de actina (vermelho), microtúbulos (verde) e cromossomos (marrom).
importante são as proteínas motoras, que são “máquinas” moleculares que convertem energia da quebra de
ATP em força mecânica e, com essa força, conseguem deslocar organelas por toda a extensão dos
filamentos, assim como movimentam os próprios filamentos.
Além disso, diversas vezes o citoesqueleto precisa ter respostas rápidas e, por isso, os seus rearranjos devem
funcionar com agilidade, mesmo que a célula não esteja em divisão celular, ou seja, mesmo que esteja no
período de intérfase.
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Filamentos de actina
Exemplo São os menores filamentos do citoesqueleto e por isso chamados de microfilamentos. As subunidades que
constituem os filamentos de actina são compactas e globulares e são chamadas de subunidades de actina.
Um exemplo disso acontece com os neutrófilos, que são um tipo de leucócito (célula do sistema
As proteínas actinas associadas formam polímeros helicoidais, que formam estruturas com diâmetro de
imunológico), que perseguem e englobam microrganismos patogênicos, como bactérias e fungos. Quando
7nm-8nm, flexíveis, e que podem se organizar de diferentes maneiras, como: feixes lineares, redes
estes patógenos alcançam o interior do organismo através, por exemplo, de cortes e lesões na pele, os
bidimensionais e géis tridimensionais. Os filamentos de actina podem se encontrar no citosol, mas
neutrófilos se locomovem até esses microrganismos para englobá-los, sendo necessário para isso emitir
frequentemente se localizam na periferia celular, perto da membrana plasmática.
estruturas e protrusões, que são repletas de filamentos de actina que acabaram de ser formados.
Caso o microrganismo se desloque para uma direção diferente, o neutrófilo precisa reorganizar suas
estruturas rapidamente para conseguir realizar o englobamento. Por isso que as respostas do citoesqueleto
são, normalmente, ágeis.
actina, microtúbulos e filamentos intermediários. Esses tipos de filamentos são organizados em moléculas
As subunidades de actina, depois que são traduzidas no interior da célula, ficam sozinhas e livres no
individuais de proteínas, que possuem tamanhos de somente alguns nanômetros. Essas subunidades se
citoplasma, e nesse momento são chamadas de actinas-G. As actinas-G vão se unindo e formando fibras, e
autoassociam a partir da combinação de contatos proteicos que estão presentes nas subunidades, e com
esse processo é denominado polimerização.
essa associação formam arranjos helicoidais.
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Filamentos de actinas e contração muscular
Neste vídeo, a especialista explicará de que forma os filamentos de actina atuam no processo de contração
Existem diversas maneiras dessas subunidades se associarem, e essas variadas combinações proporcionam
diferentes propriedades mecânicas nos filamentos. As subunidades podem ser comparadas a tijolos em uma
construção de um arranha-céu, ou seja, as subunidades vão se agrupando e formando longos filamentos.
Essas subunidades são capazes de se associar e dissociar, e com isso remodelam a estrutura dos filamentos
rapidamente conforme a necessidade.
Filamentos de actina
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Microtúbulos
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Microtúbulos
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às células. Nas células epiteliais, esses filamentos atravessam o citoplasma celular, fortalecendo as junções
Os microtúbulos também possuem subunidades compactas e globulares que são as subunidades de célula-célula, e com isso conseguem fortalecer o tecido epitelial como um todo.
tubulina. A polimerização dos microtúbulos acontece com associação da alfa e betatubulina, formando
heterodímeros que são estáveis no citosol e raramente se dissociam.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
O que é o citoesqueleto?
Estrutura de um microtúbulo.
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As tubulinas associadas formam cilindros ocos, longos e retilíneos com diâmetro externo de 25nm. Essas
estruturas cilíndricas são muito mais rígidas que os filamentos de actina. Os microtúbulos geralmente Como se estruturam o citoesqueleto?
apresentam uma extremidade ligada a um centrossomo e se irradiam a partir dessa organela, uma vez que a
polimerização espontânea dos microtúbulos livres no citosol é muito difícil de ocorrer.
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Centrossomo MÓDULO 1
Filamentos intermediários
São constituídos por subunidades menores, alongadas e fibrilares. Essas fibras se parecem com cabos e
possuem diâmetro de aproximadamente 10nm. Os filamentos intermediários podem se encontrar logo
abaixo da membrana nuclear interna formando uma rede de filamentos chamada de lâmina nuclear.
O que é o citoesqueleto?
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II. O citoesqueleto proporciona estrutura para a célula, sendo assim, está localizado exclusivamente na
Questão 1
membrana plasmática.
O citoplasma é uma região da célula mais complexa do que se imaginava antigamente. Considerando as III. Cada família do citoesqueleto possui sua função específica e para um funcionamento organizado, apenas
características do citoplasma, assinale a alternativa correta sobre ele: um tipo de citoesqueleto funciona por vez.
IV. O citoesqueleto é constituído por três famílias de proteínas de filamentos: filamentos de actina,
microtúbulos e filamentos intermediários.
O citoplasma de células eucarióticas apresenta o material genético disperso em sua
A
extensão.
A As afirmações I e IV estão corretas.
Além de organelas, o citoplasma também apresenta substâncias insolúveis suspensas no C As afirmações II e III estão corretas.
C
citosol.
I. O citoesqueleto funciona como o esqueleto da célula e por isso forma estruturas fortes e estáticas.
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mais detalhes a estrutura e organização das organelas responsáveis pela síntese celular. Para começar,
falaremos dos ribossomos.
A localização dos ribossomos varia de acordo com a funcionalidade da célula. Podemos dividir os
ribossomos de duas maneiras diferentes, a saber:
Ribossomos livres
São aqueles que estão dispersos no citoplasma celular e que podem estar sozinhos ou em grupos
(polirribossomos ou polissomos). Os polissomos nada mais são que ribossomos ligados uns aos outros por
uma fita de ácido ribonucleico (RNA). Estes ribossomos livres são responsáveis pela fabricação das
2 - As organelas e a síntese celular proteínas que estão em solução no citoplasma. Em células que mantêm em seu interior a maior parte das
proteínas fabricadas, o número de ribossomos livres é maior que o número de ribossomos associados ao
retículo endoplasmático.
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as organelas que atuam na síntese
celular. Ribossomos associados ao retículo endoplasmático rugoso
Mas o que são organelas responsáveis por síntese celular? Estes ribossomos se encontram aderidos à membrana externa do retículo endoplasmático, e assim é
constituído o retículo endoplasmático rugoso (RER). Em células em que ocorre exportação das proteínas
fabricadas, como no caso de células pancreáticas que produzem enzimas digestivas, os ribossomos
associados estão em maior número, que aqueles que estão livres no citoplasma.
Resposta
São organelas responsáveis por produzirem algum tipo de biomolécula, como proteínas, lipídios e
carboidratos. Dentre essas organelas estão os ribossomos e polissomos, que conheceremos agora, e Enzimas
também o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi, que veremos logo a seguir.
Enzimas são um tipo especial de proteína.
As organelas são componentes fundamentais para o funcionamento celular. A partir de agora, veremos com Os ribossomos associados ao retículo são responsáveis pela produção de proteínas que compõem a
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membrana e que são exportadas para o meio extracelular. sintetiza-se a proteína e, após a fabricação, as subunidades se soltam do RNA e se separam.
A subunidade maior do ribossomo possui duas regiões que se ligam diretamente ao RNA e são chamadas
Saiba mais de: Sítio A (Aminoacil) e é nessa região que acontece a chegada do RNA; e Sítio P (Peptidil), que é a região
onde são feitas as ligações peptídicas entre os aminoácidos para sintetizar a proteína.
Além do retículo endoplasmático, os ribossomos também são encontrados em associação com as
mitocôndrias e com os cloroplastos (organela presente em células das plantas e em outros organismos
fotossintetizantes). Nesses dois últimos casos, os ribossomos se apresentam em tamanho menor,
comparados aos ribossomos citoplasmáticos. Esses ribossomos estão envolvidos na síntese de proteínas
Como vimos, os ribossomos atuam na síntese de proteínas celulares. Essa produção de proteínas é
específicas para as funções dessas organelas.
denominada tradução e, para iniciar esse processo, são necessários dois componentes importantes: os
ribossomos e o RNAt (RNA transportador).
Para esse processo ficar ainda mais claro, o funcionamento do ribossomo ocorre da seguinte forma:
O ribossomo vai organizar a Após essa união, o ribossomo Dessa forma, o ribossomo lerá
tradução e promover a reação se desloca à frente do RNAm, toda a extensão do RNAm e,
que junta aminoácidos, de códon em códon, e, através depois que a tradução for
conforme a sequência de desse deslocamento, o finalizada, as subunidades se
códons, de forma que origina ribossomo vai lendo os separam e podem ler um
uma cadeia proteica. Para códons e traduzindo em um próximo RNAm para produzir
isso, as subunidades maior e polipeptídeo, que é a cadeia uma nova proteína. É dessa
menor do ribossomo se unem de proteína. maneira que o ribossomo
ao redor da molécula de desempenha sua função na
Síntese de proteína em ribossomo. RNAm e, assim, o ribossomo síntese de proteínas.
estará completo.
Só é considerado funcional o ribossomo que está com as duas subunidades acopladas. Dessa forma, um
ribossomo funcional é aquele que possui as subunidades encaixadas ao longo da fita de RNA. Assim,
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endoplasmático. Vale destacar que apesar de a membrana plasmática não estar localizada no interior da
célula, ela também compõe o sistema de endomembranas.
A tradução, que ocorre quando o ribossomo se une ao RNAm, pode acontecer com vários ribossomos se
ligando a essa molécula de RNA. Os ribossomos que estavam livres no citoplasma anteriormente se ligam ao
RNA e passam a formar várias moléculas de proteínas ao mesmo tempo. Esse conjunto de ribossomos é
chamado de polirribossomos ou polissomos. Quando os polissomos cessam a síntese proteica, eles se
desligam da molécula de RNA e retornam ao estado de ribossomos livres no citoplasma.
O retículo endoplasmático é uma organela exclusiva de células eucariontes que foi formada a partir da
invaginação da membrana plasmática. Ele é formado pela interconexão de túbulos membranosos e
vesículas achatadas que se comunicam com o envoltório nuclear. Essas bolsas e túbulos são ocos e seu
Polissomos traduzindo RNAm.
interior é chamado de lume ou luz do RE.
De acordo com características apresentadas pelo retículo, ele se divide em dois tipos:
desempenhar suas funções. Esse sistema inclui várias organelas e dentre elas está o retículo Ao chegarem ao interior do retículo, as proteínas passam por modificações e dobramentos e são
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incorporadas nas membranas, tanto na membrana do próprio retículo, quanto na de outras organelas, além medicamento e dificulta tratamentos futuros.
de também poderem ser secretadas para o exterior da célula.
O retículo endoplasmático liso se apresenta em um tipo especial nas células musculares, sendo chamado de
retículo sarcoplasmático. Este tipo de retículo atua no armazenamento de íons de cálcio que são
fundamentais para a contração das fibras musculares.
O retículo endoplasmático rugoso produz, por exemplo, fosfolipídeos para a membrana plasmática de outras
células e, por esse motivo, algumas moléculas são destinadas ao exterior da célula. Essas proteínas que não Micrografia eletrônica do retículo endoplasmático liso.
Além disso, o REL armazena íons de cálcio e atua na desintoxicação de medicamentos e bebidas alcoólicas
e vai apresentar funções diferentes de acordo com o tipo de célula em que se encontre.
Curiosidade
Aspectos morfológicos, moleculares e funcionais do
Quando consumimos álcool, drogas e sedativos com frequência ou em excesso, ocorre a proliferação do complexo de Golgi
retículo endoplasmático liso e de suas enzimas. Isso acontece para que haja a degradação e desintoxicação.
O complexo de Golgi, também chamado de aparelho de Golgi, é uma organela formada por um conjunto de
Em consequência, o organismo aumenta a tolerância à substância e, por isso, doses cada vez mais altas são
compartimentos achatados chamados de cisternas, envolvidos por membranas, que se comunicam
necessárias para que a substância apresente algum efeito. No caso do consumo excessivo de
diretamente formando uma espécie de pilha. Esta organela se localiza próximo ao núcleo, ao centrossomo e
medicamentos, são acarretados diversos problemas, uma vez que o organismo se torna tolerante ao
ao retículo endoplasmático
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ao retículo endoplasmático.
Formação do acrossomo
A maioria das vesículas que saem do retículo endoplasmático é destinada ao complexo de Golgi, que é o
local onde ocorrerão as modificações necessárias seguidas da liberação para os destinos finais.
O complexo de Golgi está presente nas células eucarióticas, sendo mais abundante em células que realizam Cada cisterna do complexo de Golgi possui uma face chamada de cis e outra de trans. A fase cis possui uma
secreção de substâncias como, por exemplo, células do pâncreas, da hipófise e da tireóide. Dessa forma, superfície convexa e é o sítio responsável pelo recebimento das vesículas oriundas do retículo
quanto maior a necessidade de secreção de compostos celulares e extracelulares, maior é o volume do endoplasmático. A face trans é a face côncava que possui o papel de gerar vesículas que se
complexo de Golgi na célula. Podemos destacar algumas funções do complexo de Golgi:
destinam a outras partes da célula. Entre essas faces existem as cisternas medianas ou mediais.
Sendo
assim, a configuração completa do complexo de Golgi é formada por:
Empacotamento e endereçamento
Produção de macromoléculas As pilhas de cisternas presentes no complexo de Golgi apresentam aproximadamente de 4 a 8 cisternas.
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Contudo, existem organismos unicelulares flagelados que podem possuir até 60 cisternas. O número de
cisternas vai variar de acordo com o tipo de célula. Em células especializadas em secreção, esta organela
Fluxo retrógrado
encontra-se muito desenvolvida como, por exemplo, nas células caliciformes do intestino.
Para trás.
na maturação. formadas por brotamento das membranas e são revestidas por proteínas. Após essas proteínas brotarem,
elas se fusionam ao alvo e para isso, o revestimento proteico é descartado antes que a fusão aconteça.
No interior das cisternas do complexo de Golgi existem enzimas que são responsáveis pela modificação das
proteínas que chegam até ele. A movimentação das proteínas acontece da direção cis para trans. Dessa
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forma, passam primeiramente pela rede cis do Golgi e, na sequência, continuam pelas cisternas cis, cisternas
mediais e cisternas trans. Quando as proteínas saem da rede trans do Golgi, elas podem:
Quando as proteínas são produzidas de forma correta pelo retículo endoplasmático, elas entram no
complexo de Golgi pela rede cis do Golgi e seguem adiante até a rede trans do Golgi em um fluxo
anterógrado. Caso as proteínas que entrem pele rede cis do Golgi apresentem algum problema na sua
produção, elas podem ser devolvidas ao retículo endoplasmático através do fluxo retrógrado.
Fluxo anterógrado
Para a frente. As proteínas que revestem as vesículas são divididas em três grupos principais: clatrina, COP I e COP II. O
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revestimento por clatrina acontece especialmente nas vesículas que agem no transporte entre complexo de vesícula se organizando no pescoço do broto. Quando a vesícula está totalmente liberada, perde o
Golgi e a membrana plasmática da célula. Os revestimentos proteicos por COP I e COP II estão ligados ao revestimento pela proteína clatrina.
transporte entre o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi. As vesículas que brotam a partir do retículo
endoplasmático são revestidas pela proteína COP II e aquelas que brotam do complexo de Golgi são
revestidas por COP I.
COP I e COP II expand_more
A formação de vesículas por clatrina e por proteínas COP I e II é diferente. Um importante ponto está
associado ao fato de as proteínas COP utilizarem a desfosforilação de uma molécula de GTP para
promoverem a montagem na superfície onde se formará a vesícula. Dessa forma, a montagem com
clatrina pode apresentar vantagem, visto que não precisa de energia para sua execução. Outros
pontos consideráveis estão relacionados ao fato das vesículas com clatrina promoverem maior
aproximação das moléculas alvo durante o desenvolvimento da vesícula e, além disso, apresentarem
uma formação mais rápida evitando a entrada de materiais indesejados no interior vesicular.
Tipos de proteínas de revestimento nas etapas de transporte de vesículas.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Dinamina em espiral ao redor do pescoço do broto em formação.
proteína participa do processo, que é a dinamina. A dinamina vai regular a frequência de liberação da
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retículo endoplasmático.
O que é o retículo endoplasmático liso?
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A F-F-V-F-V
MÓDULO 2
D V-F-F-V-F
E F-V-V-V-V
O que é o retículo endoplasmático rugoso?
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Vamos praticar alguns conceitos? agrupados em conjuntos, são denominados polissomos, porém se associam ao RNA e não ao
Questão 2
DNA.
Questão 1 O retículo endoplasmático é uma organela exclusiva de células eucariontes e, sobre ele, assinale a alternativa
Leia as afirmativas a seguir. Considerando V para verdadeiro e F para falso, assinale a alternativa com a correta:
sequência correta.
( ) Os ribossomos são organelas responsáveis pela degradação de proteínas. O retículo endoplasmático rugoso é assim chamado devido a presença das pregas
A
encontradas na superfície da organela.
( ) Os polissomos são grupos de ribossomos que podem estar ligados a uma molécula de DNA.
( ) Os ribossomos são formados por duas subunidades que se encaixam em uma molécula de RNA.
( ) Um ribossomo é considerado funcional quando suas subunidades estão dissociadas. O retículo endoplasmático liso atua na desintoxicação de medicamentos e de bebidas
B
alcoólicas.
( ) Os ribossomos podem se encontrar livres no citoplasma ou associados a organelas como, por exemplo, o
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3 - As organelas e a digestão intracelular
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interconectados. Ele é dividido em retículo endoplasmático liso e rugoso, que possuem sistema de endomembranas. Ele apresenta em seu interior enzimas digestivas responsáveis pela reciclagem
morfologias e funções diferentes. O liso possui a função de desintoxicação de medicamentos e de de estruturas da célula. Ou seja, o lisossomo degrada componentes celulares obsoletos com o intuito de
bebidas alcoólicas e atua na síntese de lipídeos e hormônios esteróides. O retículo endoplasmático reutilizar as suas moléculas.
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Além de degradar estruturas intracelulares, os lisossomos também são capazes de digerir proteínas
extracelulares que foram transportadas para o interior da célula. Um exemplo disso acontece com o
macrófago que possui como função fagocitar patógenos.
Macrófago
Célula que compõe o sistema imunológico.
Fagocitar
Englobar.
A membrana do lisossomo apresenta bombas de H+, que hidrolisam ATP e bombeiam os íons de H+ para o
interior do lisossomo, de forma que mantém o lúmen lisossomal com o pH ácido. Esse pH ácido é muito
importante porque as enzimas digestivas que atuam em seu interior apresentam sua ação ideal nesse pH.
As vias do endossomo, autofagossomo e fagossomo acontecem por meio do reconhecimento das funcionais dos endossomos
membranas que formam as vesículas. Já a via da manose 6-fosfato acontece de maneira diferente, porque
neste caso o reconhecimento é feito pela manose e não pela constituição da membrana da vesícula. Os endossomos são estruturas que apresentam formatos variados e se localizam entre o complexo de Golgi
e a membrana plasmática. Essas estruturas recebem moléculas que foram importadas a partir de vesículas
endocíticas.
As proteínas que são direcionadas para os lisossomos recebem a ligação de manose 6-fosfato no complexo
Formação de vesículas revestidas por proteína de revestimento clatrina a partir da membrana plasmática.
de Golgi. Essas manoses serão reconhecidas por receptores que estão na membrana do complexo. A partir
daí, serão formadas vesículas com glicoproteínas (proteínas com ligação de manose 6-fosfato) ligadas a
receptores. Essas vesículas brotarão da face trans do complexo de Golgi e vão se ligar aos lisossomos.
Os endossomos podem ser divididos em dois tipos principais:
Uma estrutura alvo no citoplasma será envolvida por uma vesícula para formar um autofagossomo, que será
depois fundido a um lisossomo, originando um autofagolisossomo. Essa união do autofagossomo com o
As vesículas que se originaram a partir da endocitose se fusionam com os endossomos iniciais.
lisossomo vai permitir que o conteúdo seja degradado e posteriormente reciclado. A regulação desse
processo ocorre através de fatores excitatórios e inibitórios como, por exemplo, fatores de crescimento e
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hormônios.
Em seguida, os endossomos iniciais amadurecem em endossomos tardios.
Exemplo
A cinase mTOR1 é uma proteína celular que está associada a sensores de nutrientes e inibe uma outra
proteína chamada de ULK1. Quando ocorre a falta de nutrientes, a cinase mTOR1 reconhecerá essa falta e Conforme vai ocorrendo a maturação do endossomo, o seu lúmen vai se tornando mais ácido. Vale destacar
será inibida. Consequentemente, a atividade da proteína ULK1 será ativada, e assim se inicia o processo de que, na estrutura do endossomo, existem enzimas em seu lúmen. Quando o endossomo ainda é inicial, essas
autofagia. enzimas são entregues na forma zimógena (precursor enzimático inativo). À medida que o endossomo
evolui para sua forma tardia, seu lúmen se torna ácido e, consequentemente, as enzimas, antes inativas,
tornam-se ativas.
Endossomos iniciais
Endossomos tardios
São os compartimentos que se localizam próximos à membrana plasmática e são os primeiros a receberem
as vesículas endocíticas. Sua estrutura é constituída como uma rede dinâmica túbulo-vesicular, ou seja, são Localizam-se próximos ao Complexo de Golgi e ao núcleo. Os endossomos iniciais passam por vários
vesículas conectadas com túbulos com o pH em torno de 6,5. processos de maturação que originam os endossomos tardios. Essa maturação ocorre ao passo que as
vesículas unidas ao endossomo inicial são transportadas em direção ao núcleo através dos microtúbulos.
A principal função do endossomo inicial é separar o complexo proteína-receptor do ligante.
Conforme a maturação vai acontecendo, o pH do endossomo, que a princípio está em torno de 6, vai
diminuindo progressivamente.
Mas o que isso significa?
Quando acontece o processo de endocitose, a vesícula endocítica apresenta em seu interior os receptores
que compõem a membrana plasmática ligados a um ligante específico.
Maturação de lisossomos.
O processo de endocitose. Além da diminuição do pH, os endossomos também sofrem outras modificações como, por exemplo,
recebimento de enzimas lisossomais oriundas do complexo de Golgi, produção de corpos multivesiculares e
Esse ligante, no caso, é a partícula que foi endocitada. Ao ocorrer a fusão da vesícula endocítica com o
fusão com outros endossomos tardios ou com lisossomo preexistente, formando endolisossomos. Os
endossomo inicial, esse endossomo possui o papel de dissociar o ligante do receptor. Depois que acontece a
endossomos tardios vão direcionar o soluto, ou seja, a partícula fagocitada ou pinocitada, para digestão nos
separação do receptor e do ligante, esses materiais serão destinados a um caminho específico.
lisossomos, formarão os endolisossomos, que amadurecem em lisossomos.
Então, todo o processo, que é chamado de Via Endocítica, acontece da seguinte forma:
A destinação do material resultante da endocitose pode ser: reciclagem ou encaminhamento para os
lisossomos.
Esses endossomos tardios podem se fundir com outros já existentes nas células. Depois disso, já com seu
interior ácido, realizarão a digestão das moléculas e, conforme a degradação for concluída, essas estruturas
amadurecerão em lisossomos.
Transporte vesicular.
Resumindo
Entendemos que um endossomo inicial passa por modificações originando um endossomo tardio que
adiante formará um lisossomo. Lembrando que, durante esse processo, ocorrem modificações como:
redução progressiva do pH, recebimento de vesículas do complexo de Golgi, ativação das suas enzimas,
Biogênese dos lisossomos e endossomos e a sua inter- fusão com endossomos preexistentes.
relação
Como aprendemos, os endossomos e lisossomos participam da Via Endocítica, e agora vamos compreender
claramente a relação que existe entre os endossomos e os lisossomos. video_library
Após o processo de endocitose, as vesículas são formadas e em seguida se fundem ao endossomo primário, Via endocítica
que está logo abaixo da membrana plasmática. Antes de se fundirem, as vesículas perdem suas proteínas de
revestimento. Então, após a fusão, os receptores que forem internalizados retornam à membrana plasmática Neste vídeo, a especialista explicará de forma didática e detalhada como ocorre o processo da via endocítica.
através de vesículas de transporte que brotam a partir do endossomo inicial. Enquanto isso, as proteínas que
permaneceram no interior do endossomo inicial seguem para a via de degradação e é neste momento que
começa a relação entre o endossomo e o lisossomo.
Os endossomos iniciais migram para o interior da célula através dos microtúbulos e durante este
deslocamento várias vesículas começam a brotar a partir dele. Porém, outras várias vesículas passam a se
fundir a esse endossomo inicial. Essas vesículas são oriundas da membrana plasmática e do complexo de
Golgi. As várias vesículas fundidas ao endossomo inicial geram corpos multivesiculares que, com o passar
do tempo, vão se fundir entre si e formar o endossomo tardio. Lembrando que esses processos de fusão de
vesículas ocorrem enquanto o endossomo segue seu deslocamento até o interior da célula.
Armazenamento de resíduos indigeríveis e processos
patológicos ligados aos lisossomos
Apesar de a via endocítica aparentar que o lisossomo é o estágio final desta via, isso não é necessariamente
verdade. Por quê? Porque os produtos da digestão que acontece nos lisossomos podem seguir alguns
caminhos:
Os produtos podem ser transferidos para o citoplasma a fim de serem utilizados em vias de biossíntese.
Os produtos podem se acumular nas células, como acontece com os pigmentos de envelhecimento.
Maturação dos endossomos na Via Endocítica. Os produtos podem ser eliminados do meio intracelular através de exocitose quando são produtos
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indigeríveis. falta de enzimas que realizem essa digestão. Essas são chamadas de doenças de armazenamento e tratam-
se de doenças degenerativas como, por exemplo, a doença de Tay-Sachs e a doença de Pompe.
Frequentemente, essas doenças causam o rompimento dos lisossomos e a histólise (dissolução ou
decomposição de tecidos orgânicos).
Doença de Tay-Sachs
A doença de Tay Sachs é causada pelo acúmulo de um gangliosídio chamado GM2, principalmente nos
neurônios, que gera, muitas vezes, uma intensa deterioração mental e física, que acarreta a morte da pessoa
Exocitose através de vesículas secretoras.
ainda na infância.
Um exemplo de exocitose de produtos indigeríveis acontece com melanócitos da pele. Essas células
produzem e armazenam pigmentos em seus lisossomos, formando melanossomos. Estas estruturas são
Doença de Pompe
responsáveis pela liberação desses pigmentos para o meio extracelular através de exocitose. Uma vez no
Gera acúmulo de glicogênio em lisossomos por causa da falta da enzima alfa-glicosidase ácida. As
meio extracelular, os pigmentos são englobados por queratinócitos, e isso irá formar a pigmentação natural
consequências dessa doença são perda gradual de força muscular, que progride para quadros de problemas
da pele.
respiratórios e cardíacos, podendo evoluir para morte quando não é tratada.
Essas doenças podem gerar acúmulos de materiais que não são digeridos dentro dos lisossomos devido à macrófagos desencadeia uma série de processos que culmina na fibrose pulmonar, com perda da
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Dessa maneira, percebemos o quão fundamental é a atividade dos lisossomos para as células, e o quanto o
seu mal funcionamento acarreta o desenvolvimento de várias doenças.
Vacúolo: organela com função digestiva exclusiva dos Formação do vacúolo durante o crescimento celular.
vegetais O vacúolo é uma organela que tem diversas funções, entre elas a digestão, como os lisossomos de células
animais. É importante salientar que as células vegetais não possuem lisossomos!
A função digestiva dos vacúolos ocorre pela presença de enzimas digestivas no suco vacuolar.
Exemplo
Em algumas sementes, as enzimas atuam na hidrólise de proteínas estocadas como reserva, a fim de
disponibilizar energia para o embrião durante o seu desenvolvimento.
O vacúolo é uma organela que diferencia a célula vegetal da célula animal. Ele possui diferentes funções, e
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uma delas é a digestão intracelular.
É uma organela delimitada por uma única membrana, chamada tonoplasto ou membrana vacuolar, e é
preenchida por um líquido aquoso chamado suco celular ou suco vacuolar. Vem que eu te explico!
O vacúolo pode ter origem diretamente do retículo endoplasmático, mas a maioria das proteínas que
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
compõem o tonoplasto é originada do complexo de Golgi.
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As enzimas digestivas que se encontram no interior dos lisossomos apresentam seu Os endossomos iniciais e tardios apresentam morfologia e composição diferentes. Os iniciais
E
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starstarstarstarstar Referências
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia moderna. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2016.
Considerações finais KARP, G. Biologia celular e molecular: conceitos e experimentos. 1. ed. Barueri: Manole, 2005.
Como vimos, o citoplasma é mais complexo do que pode aparentar. Ele não funciona somente como um MOREIRA, C. Sistema Endomembranar e Digestão Intracelular. Rev. Ciência Elem., v. 3, n. 4, p. 213, 2015.
local para abrigar estruturas e organelas, mas sim como uma região complexa, organizada e dinâmica.
Estudamos que o citoesqueleto tem importante papel nessas características do citoplasma, assim como no
núcleo e em processos celulares. Seguindo essa ideia, vimos como as organelas são indispensáveis para o
funcionamento das células e do organismo como um todo.
O não funcionamento, ou o funcionamento parcial de uma pequena e simples organela, como é o caso dos Explore +
lisossomos, acarreta vários problemas para a vida de um organismo. Vimos exemplos de doenças que
Para conhecer mais sobre o assunto abordado nesta aula, pesquise os artigos:
culminam em morte prematura, como é o caso da doença de Tay-Sachs, em função do mal funcionamento
do lisossomo. Interacting Organelles, de Sarah Cohen, Alex M. Valm e Jennifer Lippincott-Schwartz e veja como os
autores abordam a interação entre as organelas.
Por fim, aprendemos que as células vegetais também possuem uma organela responsável pela digestão
celular, que é o vacúolo. O trabalho em conjunto do citosol, membranas, organelas, citoesqueleto e todas as Cell mechanics and the cytoskeleton, de Daniel A. Fletcher e R. Dyche Mullins, e veja como os autores
estruturas que compõem uma célula, é o que proporciona um organismo funcional. abordam a interação da mecânica celular e o citoesqueleto.
Ultrastructure of the actin cytoskeleton, de Tatyana M. Svitkina, e veja como ela resume o recente avanço
em nossa compreensão sobre a ultraestrutura do citoesqueleto de actina.
headset
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