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Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa – Oliveira de Azeméis
Curso de Licenciatura em Enfermagem

1.º Ano – 1.º Semestre
Anatomofisiologia I
2 – Estrutura e Funcionamento da Célula
Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

Estrutura e Funcionamento da Célula
Objetivos
Descrever as principais funções da célula;
Explicar as diferenças entre os dois tipos de microscópio;
Definir termos intracelular, extracelular, glicocálice, bicamada lipídica, hidrófilo e hidrofilico;
Explicar a organização dos fosfolípidos na bicamada lipídica, assim como a função do colesterol e a sua localização na
membrana plasmática;
Explicar a importância da natureza fluida da bicamada lipídica;
Referir a função das proteínas de membrana, canais, recetores, enzimas e transportadores.
Descrever as quatro formas pelas quais as substâncias passam através da MP;
Descrever os fatores que afetam a velocidade e a direção da difusão de um soluto num solvente;
Descrever difusão, osmose e filtração;
Descrever os processos de difusão facilitada, transporte ativo e transporte ativo secundário;

Objetivos
Descrever os processos de endocitose exocitose.
Descrever o citosol e o citoesqueleto da célula.
Descrever centríolos, fuso cromático, cílios, flagelos e microvilosidades.
Explicar a estrutura e funções dos ribossomas, reticulo endoplasmático rugoso e liso, complexo de golgi e
vesiculas de secreção.
Estabelecer as diferenças entre lisossomas, peroxissomas e proteossomas.
Descrever a estrutura e funções das mitocôndrias.
Descrever a estrutura e funções do núcleo e do nucléolo.
Explicar os conhecimentos relacionados com a mitose e a citocinese.
Descrever os eventos da meiose e explicar como resultam na produção de indivíduos geneticamente únicos.

Conceito
A Célula é a unidade básica estrutural e funcional

de todos os organismos.

Objetivos
A célula constitui a menor porção a que o organismo pode ser reduzido mantendo as
características da vida.
Unidade Básica de
Vida
As células produzem e segregam várias moléculas

Cada célula contém uma cópia do código Hereditariedade Proteção e suporte que conferem proteção e suporte ao organismo.
genético do individuo. (ex. as cédulas ósseas estão rodeadas por um material
mineralizado que confere dureza ao tecido ósseo).
As reações químicas que ocorrem dentro das Todos os movimentos do corpo ocorrem devido à
Metabolismo
células são designadas coletivamente por celular e libertação Movimento existência de moléculas localizadas em células
metabolismo celular. A energia libertada de energia especificas (ex. musculares).
durante o metabolismo é utilizada em
atividades celulares, como a síntese de novas
moléculas, contração muscular e produção de
calor que ajudam a manter a temperatura. Comunicação As células produzem e recebem sinais químicos e
elétricos que lhes permite comunicar umas com as
outras (ex. neurónios).

Tipos de Microscópios
Tipos de
Microscópio
 Microscópio Eletrónico de
Varrimento
(observar estruturas da superfície
celular e a superfície das
estruturas internas)
Microscópio ótico Microscópio Eletrónico

 Microscópio Eletrónico de
(permite visualizar as (permite estudar as estruturas transmissão
(permite ver “através” de partes
características gerais da célula) mais finas da célula) das célula e descobrir outros
aspetos da estrutura celular)

Revisão de Conteúdos
Refira quais as principais funções das células?

Quais as diferenças entre um microscópio ótico e um eletrónico?

Constituição da Célula Humana

Membrana Plasmática
É o componente mais externo da célula.
Intracelulares ⇢ componentes que estão no interior da célula (depois da

membrana plasmática)
Extracelulares ⇢ componentes exteriores à célula, também chamados de

intercelulares (entre as células).
Função:
Envolve e suporta os conteúdos celulares,
O conteúdo
Fixa a célula ao ambiente extracelular ou a outras células,
intracelular é
diferente do
extracelular. Permite o reconhecimento e a a comunicação entre as células,
Determina o que entra e sai da célula.


A regulação do movimento de iões nas células resulta da diferença de potencial

de cargas ao longo da membrana plasmática, chamado de potencial de
membrana. Assim:
Exterior da membrana plasmática ⇢ tem carga positiva(+) porque no

exterior da célula tem uma concentração de iões de carga positiva.
Interior da membrana plasmática ⇢ tem carga negativa (-).
Deste modo, o potencial de membrana permite à célula funcionar como uma

pilha, com um polo positivo e um negativo.

Constituição da MP:
45%-50% de lípidos,
45%-50% de proteínas,
4%-8% de glícidos.
Os glícidos combinam-se com os lípidos para formar os glicolípidos e com as

proteínas para formar as glicoproteínas. O glicocálice corresponde ao
conjunto de glicolípidos, glicoproteínas e glícidos na superfície externa da
membrana plasmática. Também contém moléculas absorvidas do meio
extracelular, pelo que nem sempre existe uma diferenciação entre o término
da MP e o meio extracelular.

Lípidos da Membrana Plasmática:

 Os lípidos predominantes na MP são os fosfolípidos e o colesterol.
 Fosfolípidos ⇢ organizam-se sob a forma de uma bicamada lipídica (dupla
camada constituída por moléculas lipídicas) porque tem uma cabeça polar
(com carga) e uma cauda apolar (sem carga).
 Cabeça polar ⇢ hidrofílica (procuram o contacto com a água) estão
expostas à agua dentro e fora da célula.
 Caudas apolares ⇢ hidrofóbicas (evitam o contacto com a água)
ficando as caudas voltadas uma para as outras no interior da MP.
 Colesterol ⇢ encontra-se disperso entre os fosfolípidos, constituindo 1/3
dos lípidos totais da MP. O grupo hidrofilico (OH) do colesterol situa-se
entre as cabeças dos fosfolípidos, sendo que a o grupo hidrofóbico do
colesterol fica na região hidrofóbica dos fosfolípidos (causa).

Proteínas da Membrana:
Muitas das funções da MP são determinadas pelas proteínas.
Modelo do mosaico fluido ⇢ conceção moderna que sugere que a MP

não é uma estrutura estática nem rígida, mas sim altamente flexível,
podendo alterar a sua forma e composição ao longo do tempo.
A bicamada lipídica atua como um líquido no qual outras moléculas,

como as proteínas, estão em suspensão. A sua natureza fluida da dupla
camada lipídica constitui um meio importante de distribuição de
moléculas dentro da MP, bem como mantem a membrana fundida
entre si. Pequenos danos da MP podem ser reparadas uma vez que
existe agregação dos fosfolípidos na zona lesada

Proteínas integrais ou intrínsecas ⇢ penetram profundamente na

bicamada lipídica, pelo que em muitos casos estende-se de uma
superfície à outra da MP.
Consistem em regiões de aminoácidos de grupo R hidrofóbicos

(orientada para a zona hidrofóbica da MP) e de aminoácidos de grupo
R hidrofílicos (localizadas na superfície interna e externa da MP ou
reveste os canais que a atravessam.

Proteínas periféricas ou extrínsecas ⇢ encontram-se ligadas à

superfície interna ou externa da dupla camada.
Encontram-se ligadas, por norma, a proteínas integrais.


As proteínas membranares são marcadores, sítios de

ligação, canais, recetores, enzimas ou transportadoras.

Moléculas – Marcadores ⇢ moléculas existentes na superfície celular que

permitem às células identificar outras células e moléculas.
Glicoproteínas ⇢ proteínas associadas a lípidos (a porção proteica podem ser

proteínas integrais ou periféricas)
Glicolípidos ⇢ glícidos associados a lípidos.
Sítios de ligação ⇢ proteínas ligadas à MP como as integrinas funcionam como

sítio de ligação, onde as moléculas se ligam umas às outras ou a moléculas
extracelulares ou intracelulares. Funcionam em pares de 2 proteínas integrais,
que interagem com moléculas intra e extracelulares.

Canais proteicos⇢ constituídos por uma ou mais proteínas integrais dispostas de modo a
formar um pequeno canal através da MP.
As regiões hidrofóbicas das proteínas encontram-se viradas para fora em direção à
porção hidrofóbica da MP e as regiões hidrofílicas estão viradas para dentro, revestindo
o canal.
Podem atravessar pequenas moléculas ou iões com tamanho, carga e forma apropriada
(as cargas da porção hidrófila do canal proteica determina o tipo de iões a passar).
Alguns canais proteicos, funcionam como canais iónicos não controlados, o que indica
que estão sempre abertos. Outros podem estar abertos ou fechados, dependendo da
sua conexão a ligandos (moléculas que se ligam a proteínas ou a glicoproteinas).

Moléculas recetoras ⇢ proteínas da membrana com um sítio de ligação exposto
na superfície externa da célula, que se pode ligar a moléculas ligantes específicas.
Alguns recetores da MP fazem parte dos canais com portão ligando.
Muitas das moléculas recetoras e seus ligandos fazem parte de um sistema

intercelular de comunicação que facilita a coordenação de atividades celulares.
Recetores ligados a canais proteicos ⇢ são proteínas que fazem parte dos canais
iónicos com portão de ligando na MP.
Quando os ligandos se ligam à zona recetora deste tipo de recetores, altera a

sua estrutura tridimensional das proteínas dos canais iónicos, levando-os a
abrir ou a fechar.

Recetores ligados a Proteínas G ⇢ algumas moléculas recetoras funcionam

alterando a atividade do complexo de um Proteína G localizada na superfície interna
da MP.
O complexo da Proteína G consiste em 3 proteínas, as proteínas alfa, beta e gama.
Uma proteína G ligada a um recetor sem ligando está inativada e tem guanosina
trifosfato (GDP) ligada a si.
Quando o ligando se liga ao recetor, o complexo da proteína G liga-se à guanosina

trifosfato (GTP) e é ativado.

Enzimas da MP ⇢ algumas proteínas da membrana plasmática atuam como

enzimas, capazes de catalisar reações químicas na superfície interna e externa
da MP.

Proteínas de transporte ⇢ são proteínas integrais de membrana que deslocam

iões ou moléculas de um lado da membrana plasmática para outro.
Têm sítios de ligação específicos, ao qual os iões ou moléculas se ligam num

dos lados da MP.
A proteína de transporte altera a sua configuração para facilitar a passagem

de moléculas ou iões para o lado oposto da membrana onde são libertados.

Defina glicolípidos e glicoproteínas.

Qual a diferença entre as proteínas integrais e as periféricas existentes
na superfície da MP?

Movimento através da Membrana Plasmática:
A MP separa o material do extracelular do material intracelular e é seletivamente

permeável (permite a passagem de algumas substâncias), sendo que a sobrevivência da
célula depende da manutenção dessas diferenças de material.
 Espaço intracelular ⇢ enzimas, proteínas, glicogénio e iões de Potássio.
 Espaço extracelular ⇢ iões (sódio, cálcio e cloro).
Além disso, os nutrientes devem entrar, continuadamente na célula e os produtos de

excreção devem ser continuadamente eliminados, mas o volume celular deve manter-se
inalterado. Para isso é necessário a existência de homeostasia, que é conseguida pelas
propriedades da parede da MP. A perda dessas propriedades (rutura da MP, alteração das
características de permeabilidade e a inibição dos mecanismos de transporte) levam a
alterações celulares inclusivamente a morte.

Mecanismos de transporte de moléculas e iões através da MP:

1. Diretamente através da membrana de fosfolípidos (barreira para substâncias não
lipossolúveis, permitindo a passagem de O2, CO2 e esteroides);
2. Canais de membrana (canais proteicos existentes na MP e ca tipo permite a

passagem de algumas moléculas, dependentes do tamanho, configuração e carga
elétrica);
3. Moléculas transportadoras (grandes moléculas polares não passam, em

quantidades significativas, através da MP, exceto se forem transportadas por outras
moléculas – processos mediados por transportadores);
4. Vesículas (grandes moléculas não lipossolúveis, pequenos pedaços de matéria e

mesmo células inteiras podem ser transportadas através da MP numa vesicula, um
pequeno sáculo limitado por uma membrana).

Difusão:
 Uma solução é constituída por uma ou mais substâncias (solutos) dissolvidas em liquido ou
gás (solvente).
 A difusão é o movimento de solutos de uma área de maior concentração para uma área de
menor concentração da solução, pelo que no ponto de equilíbrio, o movimento global de
solutos cessa.
 Gradiente de concentração ou de densidade ⇢ quando a concentração de um soluto é mais elevada,

num dado ponto do solvente, do que no outro.
 Velocidade de difusão dos solutos depende da magnitude do gradiente de concentração, temperatura

da solução, pelo tamanho das moléculas dissolvidas e pela viscosidade do solvente.
Quanto mais elevado for o gradiente de concentração, maior o

número de partículas de soluto que se deslocam da maior
concentração para a menor concentração. Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

 Temperatura
À medida que a temperatura de uma solução aumenta, aumenta também a velocidade a que as
partículas se deslocam, originando uma velocidade de difusão mais elevada.
 Tamanho das moléculas
As moléculas pequenas difundem-se mais facilmente numa solução do que as moléculas grandes.
 Viscosidade
A viscosidade mede a facilidade com que um liquido flui. Soluções espessas (ex. xarope) são mais
viscosas que a água, pelo que a difusão dá-se mais lentamente em solventes viscosos do que em
solventes líquidos.

Em suma, a difusão de moléculas é um importante

meio para troca de substancias no organismo,
entre os líquidos intracelulares e extracelulares,
quer seja através da bicamada lipídica, quer seja
através dos canais da membrana plasmática.

Osmose:
É a difusão de água (solvente) através de uma membrana semipermeável
(ex. MP). Uma membrana seletivamente permeável permite a difusão de
água, mas não a de todo os solutos nela dissolvidos.
A água difunde-se de uma solução que proporcionalmente contém mais

água, através de uma membrana seletivamente permeável, para uma
solução que proporcionalmente contém menos água, ou seja, a água
difunde-se da solução menos concentrada (menos solutos, mais agua) para
a solução mais concentrada (mais solutos, menos água)

Menos Concentrada Mais concentrada
- Soluto
+ H 2O
+ Soluto
- H2O
Pressão Osmótica das Soluções → é a força necessária para evitar o movimento

de água por osmose através de uma membrana seletivamente permeável. Esta pode
ser classificada:
Isosmóticas → soluções com a mesma concentração de partículas de solutos tem a mesma pressão
osmótica.
Hiperosmótica → se uma das soluções possui maior partículas de soluto apresenta uma pressão
osmótica maior do que a outra solução.
Hiposmótica → a solução mais diluída apresenta menor pressão osmótica, em relação à solução mais
concentrada.

 O tubo é imerso em água destilada e  Ocorre a deslocação da água de

as moléculas de água passam, por soluções menos concentradas (-
osmose, através da membrana para solutos, + água) para soluções mais
dentro do tubo, obrigando a solução concentradas (+ solutos, - água).
a subir no seu interior.
 Quando maior for a concentração
 A subida da solução leva a que o (menos água) maior será a
peso produza uma pressão tendência da água para se deslocar
hidrostática que desloca a água para essa solução, sendo maior a
para fora do tubo, fazendo-a voltar à pressão osmótica para evitar essa
agua destilada que o envolve. deslocação.
 No ponto de equilíbrio, o
movimento efetivo de água cessa ↑ concentração ⇢ ↑ Pressão Osmótica ⇢
cessa, o que significa que a entrada ↑ deslocação de água.
de água no tubo por osmose é igual
à pressão hidrostática (pressão
osmótica = pressão hidrostática).

A osmose é importante para as células porque

mudanças grandes no volume causadas pelo
movimento da água interrompem a função celular
normal.

Movimento da água para dentro A célula não incha nem encolhe Movimento da água para fora da
da célula por osmose levando ao quando colocada na solução. célula por osmose levando ao
inchaço da célula. encolhimento da célula.

Filtração:
Ocorre filtração, quando se coloca uma “divisória” porosa (peneira fina)
numa corrente de liquido em movimento.
 As partículas pequenas atravessam os poros juntamente com o liquido, mas as
partículas maiores do que os poros ficam retidas.
 A filtração (contrariamente à difusão) depende da diferença de pressão entre ambos

os lados da divisória, deslocando-se do lado de maior pressão para o lado com
menos pressão.
 Órgão utilizador: rim (a PA faz com que parte liquida do sangue atravesse a divisória
da membrana de filtração, permitindo a passagem de água e iões e retendo
proteínas).

Mecanismo de Transporte Mediado:
Muitas das moléculas, tais como os aminoácidos e a glicose, não

conseguem entrar na célula por difusão simples, bem como outros
produtos (proteínas) não conseguem sair da célula por difusão.
O mecanismo de transporte mediado envolvem proteínas de transporte,

presentes na MP, que deslocam grandes molécula hidrossolúveis ou
moléculas carregadas eletricamente através da membrana (por
mudança estrutural de um dos lados da membrana plasmática, voltando
à sua configuração original no final).

Mecanismo de Transporte Mediado – Características:

Especificidade – cada proteína de transporte liga-se e transporta apenas um único tipo de
moléculas (ex. proteína de transporte de glicose não se liga a aminoácidos ou iões)
apresentando uma estrutura química no sitio da ligação que determina a especificidade da
proteína de transporte.
Competição – é o resultado de moléculas semelhantes se ligarem a proteínas de transporte.

Apesar de o sitio de ligação das proteínas ser especifico, substancias intimamente
relacionadas podem ligar-se no mesmo sitio de ligação.
Saturação – significa que a velocidade de transporte de moléculas, através da membrana, é

limitada pelo número de proteínas de transporte disponíveis. Quanto maior a concentração
de substancias transportadas, mais proteínas de transporte tem os seus sítios de ligação
ocupados.

Difusão
facilitada
3 tipos de
Transporte Mediado
Transporte ativo
Transporte ativo
secundário

Nota: a velocidade com que as moléculas são transportadas é
direitamente proporcional ao seu gradiente de concentração até
ao ponto de saturação, quando todas as proteínas de transporte
Difusão Facilitada: estão a ser utilizadas.
É um transporte de membrana passivo mediado por carregadores ou canais que

movimentam substâncias (ex. aminoácidos ou glicose) para dentro ou para fora das células,
de locais com maior concentração para locais com menor concentração.

Nota: a velocidade máxima a que o transporte ativo ocorre
depende do número de proteínas de transporte da membrana
plasmática e da disponibilidade de ATP adequado.

Transporte Ativo
É um transporte mediado que requer energia (ATP), pelo
que o movimento da substancia para o lado oposto da
membrana e a sua libertação pela bomba de ATP só é
possível pela quebra da molécula de ATP.
Importante porque pode movimentar substâncias contra

os seus gradientes de concentração (concentrações +
baixas para para concentrações + altas). Exemplo: bomba
de sódio e potássio.
Pode acumular substancias num dos lados da membrana em

concentrações muito superiores às do outro lado.

Transporte Ativo
Bomba sódio/potássio (um dos mecanismos) →
movimenta o sódio para fora da célula e o potássio
para dentro da célula.
Maior concentração de sódio (Na+) no

meio extracelular e uma maior
concentração de potássio (K+) no meio
intracelular.
Quebra a ATP, ficando a bomba a chamar-

se de Na+/K+ ATPase

Transporte Ativo Secundário

Envolve o transporte de iões (como o Na+) para o exterior da
célula, estabelecendo um gradiente de concentração, com uma
concentração maior de iões fora da célula.
A tendência dos iões voltarem para o interior da célula (a

favor do gradiente de concentração) fornece a energia
necessária para movimentar um ião ou molécula para dentro
da célula.
Ex. a glicose movimenta-se para dentro do lúmen do intestino
para dentro das células epiteliais por transporte ativo
secundário.

Transporte Vesicular
É o movimento de substâncias grandes através da membrana
plasmática feito a partir da formação ou libertação de vesiculas,
bolsas ligadas à membrana, no citoplasma .
Endocitose → captação de material pela membrana

plasmática com a formação de uma vesicula (funde-se)
e posteriormente desprende-se da membrana (fica uma
vesicula com a partícula e citosol) permanecendo
posteriormente intacta.
Engloba a fagocitose e a pinocitose

Fagocitose (“célula que come”) → partículas sólidas são
englobadas e formam vesiculas fagocíticas, onde os leucócitos
e outros tipos de células fagocitam bactérias, restos celulares e
partículas estranhas e danosas para o corpo.
Pinocitose (“célula que bebe”) → são formadas vesiculas

pequenas, próximas às cristas de grandes invaginações na
membrana plasmática, que contém mais moléculas do que
partículas dissolvidas no liquido.

Endocitose mediada por recetor
Membrana plasmática com recetores específicos

que reconhecem certos tipos de substâncias e
que permitem que sejam transportadas para
dentro da célula por fagocitose e pinocitose.

É o movimento de substâncias grandes através da membrana
plasmática feito a partir da formação ou libertação de vesiculas,
bolsas ligadas à membrana, no citoplasma .
Exocitose → é o processo de movimentação das

secreções acumuladas dentro das vesiculas, através da
fusão com a membrana plasmática, sendo expelida para
o exterior da célula.
Ex. expulsão das enzimas digestivas pelo pâncreas e
secreção pelas glândulas salivares.

Citoplasma
O citoplasma, é o material celular exterior ao núcleo mas contido

pela membrana plasmática, sendo constituído pelo citosol e
organelos em partes aproximadamente iguais.
Citosol⇢ consiste numa parte fluida, num citoesqueleto e em

inclusões citoplasmáticas. A parte fluida do citosol é uma solução
com iões e moléculas dissolvidas e um coloide com moléculas
em suspensão, particularmente proteínas (enzimas que
catalisam o desdobramento de moléculas para a obtenção de
energia, ou para a síntese de glícidos, ácidos gordos,
nucleótidos, aminoácidos e outras moléculas).

Citoplasma
 Citosol
 Citoesqueleto ⇢ Sustenta a célula e mantém o núcleo e outros organelos

nos seus lugares. Também é responsável pela mudança do formato da
célula e no movimento dos organelos celulares.
 Composto por 3 tipos de proteínas: microtúbulos, filamentos de actina e

filamentos intermediários.
◦ Microtúbulos → túbulos ocos constituídos por proteínas chamadas de

tubulinas, apresentando 25 nanômetros de diâmetro e paredes de 5nn
de espessura. O seu comprimento varia, dependendo da retirada ou
acréscimo de unidades de tubulinas.
◦ Funções: auxiliar na manutenção da estrutura do citoplasma celular; na

divisão celular e com o transporte de matérias intracelulares.

Citoplasma
 Citosol

◦ Filamentos de actina (=microfilamentos) → são fibrilhas pequenas de

aproximadamente 8mm de diâmetro que formam feixes de lâminas ou
redes no citoplasma celular (similares a teias de aranha).
◦ Função: auxilia na estrutura do citoplasma e fornecem apoio mecânico

para as microvilosidades; sustentam a membrana plasmática; definem o
formato da célula (implicam a quebra e a reconstrução dos filamentos
de actina) e permitem o movimento de algumas células.

Citoplasma
 Citosol

◦ Filamentos Intermediários → são fibras proteicas de

aproximadamente 10nn de diâmetro quer fornecem força mecânica para
as células.

Citoplasma

Citoplasma
 Citosol
 Inclusões Citoplasmáticas ⇢ constituem agregados de substâncias

químicas produzidas pelas células ou provenientes do exterior.

Defina citoplasma e citosol.

Quais são as duas funções gerais do citoesqueleto?

Organelos
São pequenas estruturas existentes no interior das células especializadas

em determinadas funções, tais como o fabrico de proteínas ou a produção de
ATP.
 São unidades de produção individuais da célula, cada uma com

funções especificas.
 Possui membranas semelhantes à membrana plasmática (separar o

interior dos organelos do restante citoplasma criando um compartimento
subcelular com as suas próprias enzimas e capaz de levar a cabo as suas
próprias reações químicas).
 Exemplos de organelos: núcleo.

Nota 1: antes da divisão celular, os dois centríolos duplicam em Nota 2: um conjunto de microtúbulos, denominado de fuso cromático, prolonga-se
número, o centrossoma divide-se em 2, e um deles, contendo 2 em todas as direções a partir do centrossoma.
centríolos desloca-se para uma das extremidades da célula.

Organelos
Centríolos e Fuso Cromático

 Centrossoma ⇢ zona especializada do citoplasma localizado perto do
núcleo, correspondendo ao centro de produção de microtúbulos.
 Contem 2 centríolos (pequenos organelos cilíndricos com cerca de 0,3-

0,5nm de comprimento e 0,15nm de diâmetro) que estão orientados
perpendicularmente um em relação ao outro no interior do centrossoma.
 Parede composta 9 unidades paralelas, orientadas longitudinalmente e

uniformemente espaçadas.
 Cada unidade consiste em 3 microtúbulos paralelos, ligados entre si e

designados por tripletos.
 influenciam a distribuição dos filamentos de actina e dos filamentos intermédios;
 Responsáveis pela configuração e movimento da célula.

Organelos
Tripleto de microtúbulos

Organelos
Cílios e Flagelos
 Cílios ⇢ apêndices que se projetam da superfície das células, com
capacidade de se movimentarem.
 Encontram-se limitados a uma superfície de uma determinada célula, variando em

número, de um a vários milhares por célula.
 Forma cilíndrica, com 10nm de comprimento e 0,2nm de diâmetro, sendo o seu eixo
envolvido por uma membrana plasmática.
 O interior dos cílios é composto por 2 microtúbulos centrais e 9 pares periféricos de

microtúbulos fundidos (padrão 9+2), que se estende desde a base até a extremidade de
cada cílio.
 Braços de dineína – proteínas que ligam entre si os pares adjacentes de microtúbulos,

provocando deslizamento dos microtúbulos uns sobre os outros.
 O movimento dos microtúbulos (requer energia do ATP) é responsável pelo movimento

dos cílios.

Organelos
Cílios e Flagelos
 Flagelos ⇢ possuem uma estrutura semelhante à dos cílios, mas são mais
compridos (55nm), existindo normalmente apenas um por espermatozoide.
 Os cílios deslocam pequenas partículas ao longo da superfície celular, enquanto que os

flagelos são responsáveis pelo movimento da própria célula.

Organelos

Organelos
Microvilosidades
 São extensões cilíndricas da membrana plasmática com cerca de 0,5 a 1nm
de comprimento e 90nm de diâmetro.
 As células possuem inúmeras microvilosidades, cuja função é aumentar

a área de superfície da célula.
 Pode gerar confusão com os cílios, no entanto as microvilosidades tem 1/10

a 1/20 do tamanho dos cílios.
 As microvilosidades não se deslocam e são sustentadas por filamentos

de actina e não por microtúbulos.
 Local: intestino, rim, zonas de absorção.

Organelos

Defina organelos.
Enuncie e descreva a função dos centrossomas.
Qual a diferença entre a estrutura e a função dos cílios e flagelos?

Organelos
Ribossomas
 São locais de síntese proteica.
 Cada ribossoma é composto por uma subunidade maior e outra menor

(ARN ribossómico e proteínas ⇢ Produzidas no nucléolo do núcleo).
 Deslocam-se através dos poros nucleares para o citoplasma, onde se

organizam para formar o ribossoma funcional durante a síntese proteica.
 Encontram-se livres no citoplasma ou associados a uma membrana

denominada de reticulo endoplasmático.
 Ribossomas livres ⇢ sintetizam proteínas utilizadas no interior da célula
 Ribossomas associados ao reticulo endoplasmático ⇢ produzem proteínas

segregadas a partir da célula.

Organelos

Organelos
Reticulo Endoplasmático
 Compõe a membrana externa do involucro nuclear, sendo contínua com

uma série de membranas distribuídas pelo citoplasma da célula,
designada por reticulo endoplasmático.
 Constituído por sáculos e túbulos largos, achatados e interligados.
 Cisternas ⇢ espaços interiores dos sáculos e túbulos, encontrando-se

isolados do restante citoplasma.
 Tipos:
 Reticulo endoplasmático rugoso ⇢ com ribossomas associados que produzem e
modificam as proteínas, para secreção e uso interno.
 Retículo endoplasmático liso ⇢ não tem ribossomas associados. Produz lípidos

(fosfolípidos, colesterol e hormonas esteroides) e glícidos (glicogénio). Integra os processos
de desintoxicação e armazena iões de cálcio.

Organelos

Organelos
Qual o reticulo endoplasmático liso ou rugoso?

Organelos
Complexo de Golgi
 Composto por sáculos membranosos achatados, contendo cisternas, empilhados
uns sobre os outros. É um centro de armazenamento e distribuição, uma vez
que modifica, acondiciona e distribui proteínas e lípidos produzidos pelo
reticulo endoplasmático liso (REL) e rugoso (RER).
Proteínas (produzidas pelos ribossomas do RER) ⇢ entram no reticulo endoplasmático ⇢

envolvidas por uma vesicula ou sáculo (produzida a partir da membrana do reticulo
endoplasmático) ⇢ vesicula de transporte ⇢ desloca-se até ao complexo de golgi onde se
funde com este ⇢ liberta a proteína no interior da cisterna ⇢ altera quimicamente as proteínas
⇢ liga-as aos glícidos / lípidos ⇢ glicoproteínas / lipoproteínas ⇢ envolvidas por vesiculas ⇢
distribuição das proteínas

Organelos

Organelos

Que tipo de proteínas existe nos ribossomas?

Qual a diferença entre os ribossomas livres e do reticulo
endoplasmático?
Descreva a estrutura e a função do complexo de golgi.

Organelos
Vesiculas de Secreção
 Envolvidas por membranas, destacam-se do complexo de golgi e deslocam-se
até à superfície da célula, onde as membranas se fundem com a membrana
plasmática e o seu conteúdo é libertado para o exterior, por exocitose.
 As membranas das vesiculas são, posteriormente, incorporadas na membrana

plasmática.
 As vesiculas de secreção acumulam-se em muitas células, sendo apenas

libertado para o exterior quando a célula recebe um sinal.
Exemplo: as vesiculas de secreção de insulina, não libertam o seu

conteúdo até que a concentração de glicose na corrente sanguínea
aumente e atue como sinal para a secreção de insulina. Fusão da vesicula na MP

Organelos
Lisossomas
 São vesiculas limitadas por membranas que se destacam do complexo de
Golgi.
 Composição: enzimas hidrolíticas (funcionam como sistema digestivo

intracelular)
 Ação: as vesiculas são transportadas para o interior da célula onde se

fundem com os lisossomas, constituindo uma única vesicula, expondo o
material fagocitado a enzimas hidrolíticas. Estas enzimas digerem os ácidos
nucleicos, proteínas, polissacarídeos e lípidos. Os lisossomas, através de
um processo denominado de autofagia (auto-alimentação) digerem
igualmente organelos celulares que perderam a sua funcionalidade. Em
outras células, os lisossomas deslocam-se para a MP, sendo as suas Ação dos Lisossomas
enzimas libertadas por exocitose.

Organelos

Organelos
Peroxissomas
 São vesiculas, limitadas por membranas, menores que os lisossomas.
 Composição: enzimas (degradam ácidos gordos e aminoácidos) como o

peroxido de hidrogénio (H2O2) e a catalase (decompõem o H2O2 em água
e oxigénio)
 Ação: promovedoras do processo de desintoxicação no fígado e rins.
Peroxissomas

Organelos
Proteassomas
 São grandes complexos proteicos que incluem varias enzimas que degradam
e reciclam as proteínas no interior da célula.
 Não são limitados por membranas.
 Estrutura em forma de túnel, similar a canais proteicos complexos, cujas

superfícies internas apresentam regiões enzimáticas que degradam as
proteínas.
 Extremidade do túnel encerrado por pequenas subunidades proteicas,

determinando quais as proteínas a digerir.
Proteassomas

Nota: as células com maiores necessidades energéticas possuem um maior número de
mitocôndrias e cristas do que aquelas cuja necessidade de energia é menor.

Organelos
Mitocôndrias (=geradores celulares)

 São os locais de produção de energia (ATP) da célula, constituindo a principal
fonte de energia para a maior parte das reações químicas que requerem
energia ocorridas no interior da célula.
 Estruturas pequenas em forma de bastonete.
 Alteram constantemente a sua configuração, de esférica a bastonete e até a

longas estruturas lineares.
 Composição: membrana interna (numerosas invaginações – cristas) e

externa (contornos lisos), separadas por um espaço intermembranar;
enzimas mitocondriais (responsáveis pelo sistema oxidativo e síntese de
ATP) presentes na matriz (substância localizada no espaço formado pela
Mitocôndrias
membrana interna)
Nota: o aumento do numero de mitocôndrias resulta da divisão de mitocôndrias pré-existentes (ex.
hipertrofia muscular leva a um aumento do numero de mitocôndrias), sendo que a informação para a
síntese se encontra armazenada no ADN Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt
das mitocôndrias.
Organelos
Núcleo:
 Contem quase toda a informação genética da célula;
 Estrutura grande, limitada por uma membrana;
 Localizada no centro da célula;
 Formato esférico, alongado ou lobado, dependendo do tipo de célula;
Composição do núcleo:
 Nucleoplasma
 Nucléolo – é uma zona densa e arredondada dentro do núcleo, não limitada por uma
membrana. Cada nucléolo incorpora 10 cromossomas
 Invólucro nuclear (envolve o nucleoplasma) composto por duas membranas separadas por um
espaço.
 Poros nucleares (presentes no involucro nuclear resultante da fusão da membrana interna e Núcleo
externa) que permitem a movimentação entre o núcleo e o citoplasma.

Organelos

Organelos
Núcleo:
 Composição do núcleo:
 ADN (ácido desoxirribonucleico) – juntamente com as proteínas (histonas e

outras proteinas) que lhe estão associadas encontram-se dispersas pelo
núcleo em finos filamentos de 4-5cm de diâmetro.
 Histonas – responsável pela regulação do funcionamento do ADN.
 Reação dos filamentos do ADN e proteínas ao contraste – cromatina

(material corado)
 Durante a divisão celular, a cromatina condensa-se para formar

estruturas mais sólidas como os cromossomas (corpos corados).
 O ADN nunca abandona o núcleo, recorrendo ao seu intermediário, ARN ADN

(ácido ribonucleico), que o pode fazer.
O ADN determina a estrutura do ARNm (mensageiro), do ARNr (ribossómico) e do
ARNt (transferência). O ARNm passa através da membrana porosa.
Organelos

Metabolismo Celular
Soma de todas as reações catabólicas (decomposição) e anabólicas (síntese)

que ocorrem na célula.
Assim, a decomposição de moléculas dos alimentos (glícidos, lípidos, proteínas)

liberta energia que é usada na síntese de ATP (pequenos “pacotes” de energia que
podem ser usados para conduzir outras reações químicas ou processos como o
transporte ativo).
A produção de ATP decorre ao nível do citosol e nas mitocôndrias (reações

químicas). A degradação da glicose ocorre no interior da célula a partir de um
processo chamado de glicólise (conversão da glicose em ácido pirúvico).
 Respiração aeróbica – dá-se quando existe oxigénio disponível.
 Respiração anaeróbica – dá-se na ausência de oxigénio (conversão do ácido pirúvico em

ácido lácteo).

Ciclo Celular
O ciclo celular inclui as alterações pelo qual passa uma célula, desde que é
formada até ao momento em que se divide para formar duas novas células.
Este é composto por duas fases:
 Interfase
 Divisão celular ou mitose

Ciclo Celular
Interfase
 É a fase entre divisões celulares.
 90% do ciclo de vida da célula ocorre na interfase.
 Nesta fase a célula desempenha funções metabólicas vitais e especializadas

como a secreção de enzimas digestivas e prepara-se para a divisão celular
(através do aumento do tamanho da célula pelo facto de muitos dos
componentes celulares duplicarem em quantidade e ocorre também replicação
do ADN da célula). Depois da divisão da célula, cada nova célula recebe os
organelos e o ADN necessário para continuar a funcionar.
 Subdividida em 3 subfases:
 Fase G1 (1.ª fase do intervalo – gap)

Atividades metabólicas de rotina
 Fase G2 (2.ª fase do intervalo)
 Fase S (fase de síntese onde ocorre a replicação do ADN).

Ciclo Celular
Interfase
 Replicação do ADN – processo através do qual duas novas cadeias de ADN

são produzidas, usando já as existentes como modelo. Ocorre durante a
interfase, onde o ADN e as proteínas que lhe estão associadas assumem a
forma de filamentos de cromatina dispersos pelo núcleo.
 Com a replicação do ADN as duas cadeias distanciam-se uma da outra.
 Cada cadeia passa a constituir um modelo/padrão para a produção de uma

nova cadeia de ADN (desenvolvida a partir do momento que novos
nucleosídeos emparelham com os existentes em cada uma das cadeias
separadas de ADN).
 Os novos nucleosídeos são catalisados pelo ADN polimerase (adiciona

novos nucleosídeos à extremidade) e ligados através do ADN ligase.

Ciclo Celular
Divisão Celular:
 Responsável pela produção de células necessárias ao crescimento e

reparação dos tecidos.
 Uma célula mãe divide-se originando duas células filhas, na qual cada
uma tem igual tipo e quantidade de ADN que a célula mãe (logo
desempenham as mesmas funções que a célula mãe dado que o seu
ADN é igual).
 A divisão celular ocorre a partir de duas fases:
 Divisão do núcleo (para formar 2 novos núcleos) ⇢ Mitose
 Divisão do citoplasma (para formar 2 novas células) ⇢ Citocinese

Ciclo Celular
Mitose:
 É a divisão do núcleo em dois (com o mesmo tipo e quantidade de ADN

que o núcleo original).
 O ADN condensa-se para formar cromossomas (cada célula do

organismo tem cerca de 46 cromossomas, organizados em 23 pares –
número diplopoide de cromossomas).
 Ocorrem 4 fases:
 Profase
 Metafase
Processo contínuo, sem saltos de uma fase para a outra
 Anafase
 Telofase

Ciclo Celular
Citocinese:
É a divisão do citoplasma celular para formar duas novas células.
Tem inico na anafase, continua na telófase termina na interfase

seguinte.
Ocorre a formação de um sulco de clivagem na membrana

plasmática, a meio do caminho dos centríolos. Um anel contráctil
composto por filamentos de actina puxa a membrana plasmática para
dentro, dividindo a célula em duas metades.
A citocinese termina quando as duas metades se separam para formar

novas células.

Ciclo Celular
Meiose:
As células sexuais são as únicas que se forma através da meiose. As

restantes células do corpo são formadas por mitose.
O núcleo sofre 2 divisões de que resultam 4 núcleos (cada um com

metade dos cromossomas presentes nas células mãe).
As células filhas (produzidas pela citocinese) diferenciam-se em

gâmetas ou células sexuais (espermatozoides nos homens e oócitos
nas mulheres).

Ciclo Celular

Duvidas?

 Drake, RL et al (2010). Anatomia para Estudantes. 2.ª Edição. Elsevier

 Netter, FH (2008). Atlas de Anatomia Humana. 4.ª Edição. Edições Elsevier
 Vanputte, Regan, Russo (2016). Anatomia e Fisiologia de Seeley. Edições McGrawHill Education

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Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa – Oliveira de Azeméis

Curso de Licenciatura em Enfermagem

2 – Estrutura e Funcionamento da Célula

Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

Descrever as principais funções da célula;

Explicar as diferenças entre os dois tipos de microscópio;

Definir termos intracelular, extracelular, glicocálice, bicamada lipídica, hidrófilo e hidrofilico;

Explicar a importância da natureza fluida da bicamada lipídica;

Referir a função das proteínas de membrana, canais, recetores, enzimas e transportadores.

Descrever as quatro formas pelas quais as substâncias passam através da MP;

Descrever difusão, osmose e filtração;

Descrever os processos de difusão facilitada, transporte ativo e transporte ativo secundário;

Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

Descrever os processos de endocitose exocitose.

Descrever o citosol e o citoesqueleto da célula.

Descrever centríolos, fuso cromático, cílios, flagelos e microvilosidades.

Estabelecer as diferenças entre lisossomas, peroxissomas e proteossomas.

Descrever a estrutura e funções das mitocôndrias.

Descrever a estrutura e funções do núcleo e do nucléolo.

Explicar os conhecimentos relacionados com a mitose e a citocinese.

Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

A Célula é a unidade básica estrutural e funcional

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As células produzem e segregam várias moléculas

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Microscópio ótico Microscópio Eletrónico

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Refira quais as principais funções das células?

Filipe Vieira Franco - RN, MScN, PhD Student – Filipe.franco@essnortecvp.pt

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É o componente mais externo da célula.

Intracelulares ⇢ componentes que estão no interior da célula (depois da

Extracelulares ⇢ componentes exteriores à célula, também chamados de

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A regulação do movimento de iões nas células resulta da diferença de potencial

Exterior da membrana plasmática ⇢ tem carga positiva(+) porque no

Interior da membrana plasmática ⇢ tem carga negativa (-).

Deste modo, o potencial de membrana permite à célula funcionar como uma

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Os glícidos combinam-se com os lípidos para formar os glicolípidos e com as

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Lípidos da Membrana Plasmática:

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Muitas das funções da MP são determinadas pelas proteínas.

Modelo do mosaico fluido ⇢ conceção moderna que sugere que a MP

A bicamada lipídica atua como um líquido no qual outras moléculas,

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Proteínas integrais ou intrínsecas ⇢ penetram profundamente na

Consistem em regiões de aminoácidos de grupo R hidrofóbicos

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Proteínas periféricas ou extrínsecas ⇢ encontram-se ligadas à

Encontram-se ligadas, por norma, a proteínas integrais.

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As proteínas membranares são marcadores, sítios de

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Moléculas – Marcadores ⇢ moléculas existentes na superfície celular que

Glicoproteínas ⇢ proteínas associadas a lípidos (a porção proteica podem ser

Glicolípidos ⇢ glícidos associados a lípidos.

Sítios de ligação ⇢ proteínas ligadas à MP como as integrinas funcionam como

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