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TURMA: 6090311
CISTICERCOSE
A cisticercose foi descrita pela primeira vez em suínos pelo pensador grego
Aristóteles (348-322 a. C.). A partir de então, acreditavam que a temida doença fosse
causada pelo porco, o que serviu de base para repúdio do consumo da carne bovina em
grande parte dos povos antigos. Exemplo disso é que em 300 a.C., época em que
primeiros escritos judeus já proibiam o consumo desse tipo de carne, sob pena de prisão.
Na medicina moderna, o primeiro caso de cisticercose humana foi descrito no
século XVI, sendo, no entanto, desconhecida a natureza da doença. Isso veio a ser
remediado somente na segunda metade do século XIX, quando pesquisadores alemães
demonstraram que a responsável pela doença era a forma larvária da Taenia solium.
Durante quase dois milênios, desde a descrição de Aristóletes, a cisticercose
assombrava a humanidade sendo apenas no século XIX que ficou claro o ciclo desta
doença, indicando que a cisticercose é transmitida pelo homem e não pelos animais
infectados, como se pensava. Mas esse mal entendido ainda deixa meter, principalmente
nos países subdesenvolvidos, onde possuem pouco acesso a essa informação que
contribui para esse mito.
A cisticercose humana apresenta distribuição mundial, sendo encontrada em
todos os continentes, inclusive na América Latina. Esta doença está associada a falhas
no saneamento básico e fiscalização sanitária, hábitos de consumo de carne crua, mal
cozida ou com cisticercos. (Machado, 1988).
Cisticercose
Esse portador pode eliminar milhões de ovos, diariamente, livres nas fezes ou
como segmentos intactos (proglotes), contendo cada um cerca de 250.000 ovos e estes
podem sobreviver no pasto durante vários meses (URQUHART, 1987; UNASA,2000).
A resistência desses ovos no meio externo é bastante grande, suportam a maioria dos
tratamentos de águas residuais.
A falta de higiene, como evacuar a céu aberto, ou sanitário sem as fossas, o
costume de criar porcos em lixo contribuem para adquirir essa doença.
A ingestão de ovos pelos animais dá-se na maior parte das vezes por ingestão
de fezes, os bovinos somente em condições adversas por falta de alimento, já os suínos
possuidores de hábitos coprofágicos têm mais facilidade de adquirir a doença
(PFUETZENREITER, 1997).
As manifestação clínicas variam de acordo com a idade e o estado de saúde do
hospedeiro definitivo. Podem incluir irritabilidade, insônia, anorexia ou apetite
exagerado, perda de peso, dor abdominal, distúrbios digestivos, náuseas, vômitos,
diarréia alternada com constipação, sensação de dor de fome. Muitas infecções são
assintomáticas, exceto pelo incômodo de ter segmento de vermes emergindo pelo ânus
(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE, 1983; FORTES, 1993; FUNASA,
2000). A cisticercose é uma doença grave que pode envolver vários órgãos diferentes.
Músculos ou tecido subcutâneo: dores musculares, câimbras e cansaço.
Neurocisticercose: é a forma mais grave, os sintomas podem aparecer anos
depois da ingestão dos ovos da tênia e variam de acordo com o número de cisticercos.
Os sintomas mais freqüentes são: convulsões, hipertensão intracraniana e distúrbios
psiquiátricos.
No Brasil, registrou-se, um total de 937 óbitos por cisticercose no período de
1980 a 1989. Até o momento não existem dados disponíveis para que se possa definir a
letalidade da enfermidade (VERONESI, 1991; ACHA & SZIFRES, 1986; FUNASA,
2000).
Localização ocular: alcança globo ocular e instala-se na retina, ocorre redução
da visão, irites, uveites, retinites, moscas volantes, exoftalmia ou miosite com ptose e
conjuntivites.
Ciclo biológico
Diagnóstico
Tratamento
Prevenção