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Teoria 1 5 PDF Free
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Edição Uniube
Uberaba
2011
© 2011 by Universidade de Uberaba
Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Sobre os autores
Maria Cláudia de Freitas Salomão
Engenheira Civil graduada na Universidade Federal de Uberlândia – UFU.
Mestranda em Engenharia Civil pela UFU. Professora da área de Materiais de
Construção Civil da Universidade de Uberaba.
Bons estudos!
Sumário
Componente Curricular: Tecnologia e Sistemas Estruturais........................... 1
Componente Curricular
Tecnologia e Sistemas
Estruturais
3 UNIUBE
1
estruturas planas:
fundamentações e
vigas isostáticas
Núbia dos Santos Saad Ferreira
Introdução
Caro aluno, este capítulo tem como objetivo nortear a realização dos seus
estudos a serem desenvolvidos na modalidade não presencial, sobre Teoria
das Estruturas I, e contém os caminhos e processos que você deverá
percorrer e superar, para construir os conhecimentos desejados ao final do
seu estudo a distância.
Após o estudo teórico e das aplicações, você estará apto para se autoavaliar,
ou seja, realizar as Atividades de Autoverificação da Aprendizagem, cujas
respostas são apresentadas neste capítulo. Tais atividades não deverão ser
entregues pelo aluno, pois se tratam de orientações para seu próprio estudo
não presencial.
Importante!
Fique atento aos prazos! Planeje seus estudos, de forma sistemática e
continuada!
É importante que você saiba que: uma simples tábua biapoiada em suas
extremidades é uma estrutura, de um único elemento estrutural – uma única
barra (conceitos que você verá adiante) e, obviamente, uma estrutura pode ser
constituída por dezenas e até dezenas de barras, como a estrutura de uma grande
cobertura de ginásio esportivo.
Conto com sua postura pró-ativa, futuro Engenheiro Civil, no despertar crítico para
o que compõe o seu entorno, e que seja foco de seu interesse, desde já, no
que se refere às estruturas. Na medida do seu estudo e aprendizado, observe,
seja curioso, questione-se, pesquise, estude e seja bem-vindo ao universo das
Estruturas.
Objetivos
Caro aluno, espera-se que, ao final dos estudos propostos, você esteja apto a:
Esquema
1. Elementos Estruturais
3. Esforços Solicitantes
4. Vigas Isostáticas
1 Elementos Estruturais
A estrutura de uma construção consiste no conjunto das partes resistentes. A
estrutura deve garantir a segurança contra estados nos quais a construção deixa
de cumprir suas finalidades como, por exemplo, nos quais ocorrem deformações
excessivas ou colapso da estrutura.
c)
b)
a)
d)
h
b
Figura 1 – Representação esquemática de alguns tipos de elementos estruturais.
Fonte: Acervo da autora.
2. Projeto Estrutural
A execução de um projeto estrutural é determinada por fases consecutivas na
sua elaboração. Estas fases estão organizadas em duas análises: Análise da
Construção e Análise da Estrutura.
Cada caso requer um estudo específico e minucioso para que se tenha o maior
número possível de simplificações na estrutura.
Para a subdivisão das placas e para os seus apoios, são utilizadas as barras
(normalmente horizontais) denominadas vigas, que além das cargas provenientes
das lajes, recebem outras cargas distribuídas em linha como, por exemplo, as
paredes de alvenaria.
Os pilares têm a finalidade de receber as ações das vigas dos vários andares e
distribuí-las às fundações.
pilar
o
2 PISO
viga pilar
laje nervurada
vigas
verga
alvenaria
o viga nervura
1 PISO
laje de piso
degraus
fundação
laje maciça
laje nervurada
viga
viga cinta
pilar
viga baldrame
bloco de fundação
carregamento
vertical
laje
carregamento viga
horizontal
pilar
fundação
solo
viga
laje
pilar
estrutura tridimensional
Barra 3
Nó 1 Nó 4
2.4.1 Força
Genericamente, força é toda ação exercida sobre um corpo capaz de modificar,
quer seu estado de repouso, quer o de movimento.
→ → → → → →
M = F x d ou M = F d sen (θ )
∑F x =0
∑M x =0
∑F y = 0 ∑M y =0
∑F z =0 ∑M z =0
∑F = 0
x
∑F = 0
y
∑M = 0z
z
Figura 7 – Orientação dos eixos ortogonais
no espaço, que definem as direções x, y e z.
Fonte: Acervo da autora.
2.5.2 Vinculações
As vinculações representam os pontos de ligação entre os elementos da estrutura.
Podem ser externas ou internas.
Entenda o seguinte: a estrutura precisa se apoiar para que não “saia do lugar”
e consiga transmitir as cargas que recebe até os elementos de fundação e,
por fim, o solo.
Agora pense, por exemplo, na união entre duas barras de uma estrutura de
cobertura, em aço ou madeira, entre uma viga e um pilar de concreto, entre uma laje
e uma viga de concreto. Nestes casos, as peças são unidas pelo que se denominam
vinculações internas.
Como no plano são possíveis apenas três tipos de movimento (duas translações
e uma rotação) serão considerados apenas três tipos de vínculos.
a) Vínculo do 1º Gênero
....
superfície
mais utilizada
(a) representações do apoio móvel para uma barra (b) reação de apoio
b) Vínculo do 2º Gênero
É o que impede dois movimentos, sendo também denominado apoio fixo. Este
vínculo aplica ao corpo duas reações que se manifestam segundo as direções dos
movimentos impedidos (Figura 9).
.
superfície
mais utilizada
(a) representações do apoio fixo para uma barra (b) reações de apoio
c) Vínculo do 3º Gênero
mais utilizado
(a) representações do engaste fixo para uma barra (b) reações de apoio
ou ou
(a) mobilidade ao longo do eixo da barra (b) mobilidade perpendicular ao eixo da barra
Veja que, na Figura 11, você se deparou com outra maneira de representar um
vínculo. Ao longo do curso de Teoria das Estruturas, você se familiarizará com tais
formas de representação.
- são representadas duas barrinhas e não uma, para dizer que elas impedem
também o giro. Observe que, caso fosse representada apenas uma barrinha, o
giro não seria impedido.
Na rótula, as barras podem girar, mas não podem transladar em nenhuma direção,
ou seja, das três possibilidades de movimento (deslocamento vertical, horizontal e
giro), tem-se a liberdade apenas do giro.
b) Continuidade
A continuidade entre dois elementos estruturais corresponde ao vínculo que
impede os três movimentos no plano (deslocamento vertical, horizontal e giro).
Como o próprio nome diz, trata-se da continuidade ocorrida entre duas partes,
sem que haja possibilidade de rotação relativa ou de translação relativa entre dois
elementos estruturais (Figura 13). É como se o mesmo elemento fosse contínuo,
no mesmo alinhamento ou em direções diferentes (pense em uma barra dobrada),
não sofrendo interrupção estrutural.
c) Translação Relativa
Uma das translações que pode ocorrer é a perpendicular ao eixo da barra, cuja
representação está mostrada na Figura 14. Perceba que estas duas barras não
podem ser transladadas ao longo de seus eixos, e nem giradas entre si. Podem
apenas se movimentar perpendicularmente em relação aos seus eixos.
Veja que o vínculo da Figura 14 possui duas barras paralelas, ou seja, o giro é
impedido, bem como a translação na direção delas, ou seja, ao longo do eixo das
barras. Neste caso, apenas a translação perpendicular ao eixo das barras é livre.
Outra possibilidade de translação relativa entre duas barras ocorre ao longo do eixo
das barras, cuja representação está mostrada na Figura 15. Perceba que estas
duas barras não podem ser transladadas perpendicularmente aos seus eixos, e
nem giradas entre si. Podem apenas se movimentar na direção dos seus eixos.
21 UNIUBE
Observe que o vínculo da Figura 15 possui duas barras paralelas, ou seja, o giro é
impedido, bem como a translação na direção delas, ou seja, perpendicularmente ao
eixo das barras. Neste caso, apenas a translação ao longo do eixo das barras é livre.
Reflita: como estes vínculos são executados na prática? Será que teremos
aquela esfera, ou mesmo um rolete real, nos apoios móveis? Será que teremos
aquele triângulo fixo executado, no caso de apoio fixo? Será que entre duas
peças articuladas entre si existirá algo que gire como uma dobradiça, ou
como uma trena dobrável, evidenciando a rótula?
Bem, desde já, é necessário você saber que, primeiramente, para cada
material estrutural que se esteja utilizando (por exemplo, concreto armado,
aço, madeira), o texto normatizado recomenda a execução das ligações para
que, na prática, tenham o comportamento que fora projetado: impedimento a
translações e/ou rotações.
Curiosidade!
Por exemplo: duas barras de treliça, na prática, podem ser uma peça contínua,
mas que no projeto foram consideradas duas barras articuladas.
Outro exemplo: uma conexão, na prática, não é nem rótula e nem engaste,
mas no projeto e considerada rótula, mas na prática, ela absorve alguma
parcela de momento fletor (não como um engaste que absorve todo o
momento fletor que ali ocorre).
De acordo com Süssekind (1975), uma translação no espaço pode ser expressa
por suas componentes segundo três eixos ortogonais entre si (x, y e z) e uma
rotação, de forma semelhante, sob três rotações, em torno de cada um desses
eixos. Portanto, uma estrutura no espaço possui um total de seis graus de liberdade
(três translações e três rotações).
Em uma estrutura plana constituída de m barras, tem-se que cada uma apresenta
3 movimentos: 2 translações e 1 rotação. Assim, para cada barra pode-se escrever
3 equações da estática ( ∑ Fx = 0 , ∑ Fy = 0 e ∑ M z = 0 ), que são as 3 equações
de equilíbrio para estruturas planas. Logo, o total de equações é 3m.
g = 3 ⋅ m − Ve − Vi
O engenheiro calculista projeta uma estrutura para que fique na situação estável,
sempre.
g = 3(1) - 3 - 0 = 0 g = 3(2) - 4 - 3 = -1
Notas Importantes:
A expressão d e = 2 n − b − Ve pode, em alguns casos, não apresentar
fidelidade quando a estrutura corresponder a casos especiais. Portanto,
deve ser utilizada apenas para obter um indicativo numérico com relação
ao grau de estaticidade. Assim, sempre é necessário fazer uma análise do
comportamento global da estrutura, em especial da posição dos vínculos.
Você entenderá bem isso, nos exemplos de aplicação que estão adiante.
Quantidade de Vínculos
Tipo de Vínculo Externo Denominação
(restrições, incógnitas)
01 vínculo
apoio móvel (uma força vertical, horizontal ou
inclinada)
02 vínculos
apoio fixo
(duas forças perpendiculares)
03 vínculos
engaste fixo (duas forças perpendiculares e um
momento fletor)
02 vínculos
(momento fletor e força
perpendicular ao eixo da barra
engaste móvel
ou
momento fletor e força paralela ao
eixo da barra)
Quantidade de Vínculos
Tipo de Vínculo Interno Denominação
(restrições, incógnitas)
articulação ou 02 vínculos
rótula (duas forças perpendiculares)
03 vínculos
continuidade (duas forças perpendiculares e
momento fletor)
02 vínculos
(momento fletor e força paralela ao
translação eixo da barra
relativa ou
momento fletor e força
perpendicular ao eixo da barra)
Fonte: Acervo da autora.
27 UNIUBE
É importante você saber quantos vínculos internos ocorrem na união de mais de
duas barras no mesmo nó. Na Figura 18 estão ilustradas algumas possibilidades.
1 1 1 2 1
2 2 2
3 3 3 3
2 2 2
1 1 1
3 3 3
4 4 4
Duas barras contínuas possuem três vínculos e caso sejam três barras contínuas,
para cada duas, contam-se três vínculos. A análise é feita assim: tomam-se duas
barras e contam-se três vínculos, destas duas com a terceira, ocorrem mais
três, totalizando seis. Das três barras com uma quarta barra, ter-se-ão mais três
vínculos, totalizando nove. E, assim por diante.
Da mesma maneira, é feita a contagem para barras articuladas entre si, trocando
o três por dois, no tocante aos vínculos explicados no parágrafo anterior.
E, ainda, tem-se a seguinte situação: pode ocorrer que você tenha em um mesmo
nó barras que sejam contínuas e que sejam articuladas. A contagem dos vínculos
é semelhante às situações já explicadas, somando-se três na continuidade e dois
na articulação ou rótula.
Situação (b):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 2 vínculos, e da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 4 vínculos internos: Vi = 2 + 2 = 4.
Situação (c):
Na união das barras 1 e 3 têm-se 3 vínculos; e da união dessas com a barra 2,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 5 vínculos internos: Vi = 3 + 2 = 5.
28 UNIUBE
Situação (d):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 3 vínculos; e da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 5 vínculos internos: Vi = 3 + 2 = 5.
Situação (e):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 2 vínculos; da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, e da união dessas com a barra 4, têm-se mais 2 vínculos,
totalizando 6 vínculos internos: Vi = 2 + 2 + 2 = 6.
Situação (f):
Na união das barras 2 e 3 têm-se 3 vínculos; da união dessas com a barra 4, têm-
se mais 3 vínculos, totalizando 6, e dessas três barras com a barra 1, têm-se mais
2: Vi = 3 + 3 + 2 = 8.
Situação (g):
Na união das barras 2 e 4 têm-se 3 vínculos; da união dessas com a barra 1, têm-se mais 2
vínculos, totalizando 5, e dessas três barras com a barra 3, têm-se mais 2: Vi = 3 + 2 + 2 = 7.
Seja a estrutura ilustrada pela Figura 19, solicitada por um dado carregamento
(Figura 19-a) que a confere uma situação deformada (Figura 19-b):
29 UNIUBE
d e = 2 n − b − Ve
30 UNIUBE
em que:
n : número de nós (todos os nós da estrutura rotulada e com balanços
desprezados);
V : número de vínculos externos (considerando todos os nós rotulados
e
– observe que, por exemplo, apoio fixo continua com um vínculo, pois já é
rotulado; apoio fixo, idem, com dois vínculos; e o engaste, quando articulado,
deixa de possuir três vínculos e passa a ter apenas dois – acompanhe
aplicações resolvidas adiante).
ξ1 ξ2 Deformação
Figura 20 – Gráfico tensão x deformação para corpos que obedecem à Lei de Hooke.
Fonte: Acervo da autora.
31 UNIUBE
Diz-se comportamento geométrico linear quando as equações de equilíbrio
podem ser escritas com aproximações julgadas aceitáveis, considerando-se a
configuração não-deformada da estrutura, que é anterior à situação de cálculo,
na qual as ações externas estão atuando e deformando a estrutura. Trata-se de
análise de pequenos deslocamentos em que a tangente do ângulo de rotação é
tomada igual ao próprio ângulo em radiano, por ser este bem pequeno.
3. Esforços Solicitantes
Um corpo solicitado por um carregamento externo terá nos seus pontos de apoio,
reações que o mantêm em equilíbrio.
F2 seção F3 F2
V
.
N x
F1 F1 M
F4
A força normal (ou esforço normal) é positiva caso tracione a seção transversal,
ou seja, tem sentido saindo da seção transversal. E é negativa caso comprima
a seção transversal, ou seja, tem sentido entrando na seção transversal. Diz-se,
respectivamente, normal de tração e normal de compressão (Figura 23).
N(+) N(+) N(-) N(-)
(a) normal de tração (b) normal de compressão
V(+): +
D E D E
E D
(a) sentidos positivos do cortante
V(-): -
D E D E
E D
(b) sentidos negativos do cortante
Você também pode pensar assim: o esforço cortante positivo é aquele que
“provoca giro no sentido horário”, ou seja, quando posicionado à esquerda, for
de baixo para cima. Você, aluno, deve encontrar a melhor maneira de gravar os
sinais do cortante. Obviamente, basta entender um dos dois sinais, o positivo, por
exemplo, pois estando com sentido contrário, o esforço cortante será negativo.
Por exemplo, na Figura 25, tem-se uma viga cuja ação externa produz a
deformação que confere à mesma, tração (simbolizada pelo sinal +) em sua região
inferior (ocorre tração embaixo). Neste caso, diz-se que o momento é positivo. Se
ocorrer tração em cima, o momento fletor será negativo.
M(+) M(+)
(a) viga carregada (b) deformação com tração embaixo (c) momento fletor positivo
T(+) T(+)
M V A B M + dM
x dx V + dV
dx
Figura 27 – Consideração de elemento diferencial de uma viga para análise dos esforços solicitantes.
Fonte: Acervo da autora.
1. ∑M B =0
dx
M + Vdx − qdx − M − dM =
0
2
0
Vdx − dM =
0
dM
V = (I)
dx
2. ∑F y =0
V − V − dV − qdx =
0
−dV =
qdx
dV
= − q (II)
dx
35 UNIUBE
d2M
De (I) e (II) tem-se: = −q (III)
dx2
Analisando-se as equações (I) e (II) pode-se avaliar a forma do diagrama de M e
V nos diversos carregamentos da estrutura, como será feito, a seguir, para o caso
de carregamento uniformemente distribuído.
dV
= −q
dx
∫ dV = −∫ qdx
V=−qx + C1 (equação de uma reta) Para "q” constante ao longo de x
Integrando-se a equação (I) resulta:
∫ dM = ∫ Vdx
M = ∫ ( −qx + C ) dx
1
x2
M =
−q + C1 x + C2 (equação de uma parábola) em que C1 e C2 são
2
constantes de integração.
I II III IV
Figura 28 – Representação dos tipos de cargas que podem atuar em uma viga.
Fonte: Acervo da autora.
36 UNIUBE
Tabela 3 – Relação entre tipo de carga com diagramas de esforço normal e cortante.
Forma do Diagrama
Tipo de Carga
V M
4. Vigas Isostáticas
Neste capítulo de Teoria das Estruturas I serão estudadas as vigas isostáticas
simples (apresenta dois apoios ou um engaste – Figura 29) e as vigas isostáticas
articuladas, ou Vigas Gerber, que apresentam uma ou mais articulações ao longo
do seu comprimento (Figura 30).
P q
a b
L
L
(a) carga concentrada (b) carga uniformemente distri buída em
viga horizontal
q
L L
q
q
A B
L L
A B
Pode-se citar como vantagem das vigas Gerber com relação às vigas contínuas,
que as primeiras não são sensíveis a recalques de apoios e possuem a facilidade
de cálculo das estruturas isostáticas.
Uma viga com três apoios sem ser articulada, ou interrompida, quebrada (Figura 32-a),
quando recalca (deslocamento vertical para baixo) em um nó, tal deslocamento produz
esforços no restante da estrutura, ao passo que, em estruturas articuladas (Figura
32-b), pode ocorrer deslocamento e solicitação em apenas um trecho da viga, sem
ser este efeito propagado ao restante da estrutura ou, se provocar deslocamento
no restante da estrutura, não produzem o aparecimento de esforços nesse.
(a) viga isostática não articulada (b) viga isostática articulada (Gerber)
Figura 32 – Esquema para visualização de recalque em viga contínua e viga articulada (Gerber).
Fonte: Acervo da autora.
A B C D
RB RC
RB RC
B C
Exemplificando
de = 2n – b – Ve = 2.4 – 3 – (1+1+1+2)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(a)
de = 2n – b – Ve = 2.4 – 3 – (2+1+1)
= 1 : 1x deslocável externamente
(b) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 5 – (1+1+2+2)
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(c)
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 5 – (2+2+2+2)
= -1 : 1x superindeslocável externamente
(d) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
41 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.3 – 2 – 4
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(e)
de = 2n – b – Ve = 2.5 – 5 – 4
= 1 : 1x indeslocável externamente
(f) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.5 – 4 – 6
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(g)
de = 2n – b – Ve = 2.5 – 4 – 6
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(h)
(h)
42 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (2+2+2+2+1) –
(6+6+3+9+9) = - 9 : 9x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 9 –(2+2+2+2+1)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(i)
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 10 – 4
(j) = 2 : 2x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.4 – 4 – 2
= 2 : deslocável externamente
(k) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (2+2) –
(2+5+5+5+2+4+4+4) = - 2 : 2x hiperestática
di = 3 (desprezo balanços e conto os nós contínuos
entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 11 – 4
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(l)
43 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 7 – 6
= 3 : 3x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(m)
g = 3m – Ve – Vi = 3.10 – (2+3+3+2) –
(3+6+3+3+3+6+3) = - 7 : 7x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.11 – 10 – (2+2+2+2)
= 4 : 4x deslocável externamente
(n) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 8 – (2+2+2)
= 2 : 2x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(o)
g = 3m – Ve – Vi = 3.18 – (2+3+3+2) –
(3+6+3+6+9+6+9+12+9+3+3) = - 25 : 25x
hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.13 – 18 – (2+2+2+2)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(p)
44 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 10 – (2+2+2)
= 2 : 2x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(q)
g = 3m – Ve – Vi = 3.15 – (3+3+3) –
(3+6+3+6+9+6+6+9+6) = - 18 : 18x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.12 – 15 – (2+2+2)
= 3 : 3x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(r)
g = 3m – Ve – Vi = 3.29 – (3+3) –
(4+4+8+6+6+6+4+6+4+6+6+6+8+4+4) = - 1 : 1x
hiperestática
di = 0 (desprezo balanços e conto os nós contínuos
entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.17 – 29 – (2+2)
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(s)
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 11 – 2
= 5 : 5x deslocável externamente
(t) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
45 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.7 – 11 – (2+1)
= 0 : indeslocável externamente
(u) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 13 – 2
= 3 : 3x deslocável externamente
(v) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (2+1) –
(2+4+4+4+4+4+4+2) = 2 : 2x hipostática
di = 0 (desprezo balanços e conto os nós contínuos
entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 11 – (2+1)
= 2 : 2x deslocável externamente
(w) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.7 – 9 – (2+2)
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(x)
46 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 8 – (2+2)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(y)
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 10 – (2+2)
= - 2: 2x superindeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(z)
(2ª APLICAÇÃO) Para cada esquema de viga dada a seguir (desenho sem escala),
trace os diagramas de momento fletor e de esforço cortante, considerando:
P q
a b
L
L
(a) (b)
47 UNIUBE
q
L L
(c) (d)
A B
L L
(e) (f)
A B
(g)
RESOLUÇÃO:
Situação (a): P
A B
a b
L
(a)
RA RB
48 UNIUBE
Antes de se resolver qualquer estrutura submetida a um determinado carregamento,
é necessário efetuar o cálculo de suas reações de apoio, que são as incógnitas
do problema.
Neste capítulo, são estudadas as vigas isostáticas cujo grau de estaticidade é zero.
Apenas para confirmar isso, façamos: g = 3 ⋅ m − Ve − Vi = 3 ⋅ 1 − (2 + 1) − 0 = 0 .
Perceba que, como se tem apenas uma barra, não existem vínculos internos, pois
não há ligação (conexão, união) entre barras.
Também são estudadas estruturas que estejam em equilíbrio, qualquer que seja
o sistema, plano ou tridimensional, isostático ou hiperestático (nunca hipostático,
pois isso significa que o sistema é instável e pode se deslocar), valerão as
equações de equilíbrio da estática.
q⋅L
∑M A = 0 ⇒ RB ⋅ L = P ⋅a ⇒ RB =
2
P ⋅ a PL − Pa q⋅L
∑F y =0 ⇒ R A + R B =P ⇒ R A =P −
L
=
L
⇒ RA =
2
A B
C
a b
L
(Pois se referem a rótulas que não absorvem momento fletor, ou seja, nelas, o
momento fletor é sempre nulo.)
P⋅b Pab
M=
C a
⋅=
L L
(Ocorre tração embaixo, pois perceba que o momento em C foi calculado com
todas as cargas e reações de apoio que estão à esquerda de C, que, no caso,
é apenas a reação de apoio em A, cuja flexão no ponto C ocorre tracionando
a viga embaixo. Neste caso, de acordo com a notação de sinais aprendida, tal
momento é positivo – traciona embaixo. Na verdade, o que se faz para se
calcular um determinado esforço seccional, é cortar a estrutura naquela seção e
fazer a contabilidade de todas as possíveis ocorrências do esforço desejado, à
esquerda da seção ou à direita da seção. Isso porque, como visto neste capítulo,
para estar em equilíbrio, o que se tem de um lado da estrutura seccionada deve
ser exatamente ao do restante dela, seccionada. Tais comentários são feitos
minuciosamente neste início e depois, obviamente, não serão mais necessários,
ao longo da resolução de outros exercícios.)
14,4
Da análise diferencial contida neste capítulo, vista no item 3.5, quando no trecho
de viga não se tem carga, ou seja, quando q = 0, o diagrama de esforço cortante
V (que é obtido pela integral de q) é um número real constante, e o diagrama de
momento fletor M (que é obtido pela integral de V) é uma reta.
Isso significa que neste exemplo, para o traçado do diagrama de momento fletor,
basta unir os valores de momentos das extremidades de cada trecho (que não
possui carga, ou seja, q = 0).
C DMF [kN, m]
A B
14,4
Uma das formas de se obter o valor do esforço cortante em uma seção é analisar
o que ocorre em termos de cargas perpendiculares ao eixo do elemento estrutural,
até aquela seção, caminhando-se da esquerda para a direita ou da direita para a
esquerda.
Por exemplo, para a viga em questão, tem-se, como diagrama de corpo livre (o
eixo da viga no qual atuam cargas e reações de apoio), que nos permitirá fazer a
análise do cortante em qualquer seção transversal deste elemento estrutural:
51 UNIUBE
P = 12 kN
A B
C
a b
L
V(+): +
D E D E
E D
+ 7,2
+
B DEC [kN]
A C
7,2 12 4,8
52 UNIUBE
Neste caso, o cortante à esquerda da seção é para baixo, ou seja, pela convenção
de sinais, é negativo. E no diagrama de corpo livre observa-se que, em qualquer
seção do trecho CB da viga, a resultante de forças à esquerda também será de -
4,8, ou seja, neste trecho, tal esforço é constante:
+ 7,2
+
DEC [kN]
C B
A
- - 4,8
Veja que na seção C, tem-se um degrau cujo valor total equivale à carga
concentrada de 12 kN. Constata-se que nessas seções, o que ocorre de um lado
e do outro não é a mesma força de cisalhamento (cortante), mas sim dois valores
que produzem, localmente, uma força resultante concentrada, a partir da soma
do cortante à esquerda e à direita, que são desnivelados por ocasião desta força
concentrada atuante.
Situação (b):
A B
(b)
RA RB
L q⋅L
∑M A = 0 ⇒ RB ⋅ L = q ⋅ L ⋅
2
⇒ RB =
2
q⋅L q⋅L
∑F y = 0 ⇒ RA + RB = q ⋅ L ⇒ RA = q ⋅ L −
2
⇒ RA =
2
53 UNIUBE
q = 2 kN/m
A B
L=5m
RA = qL/2 = 5 kN RB = qL/2 = 5 kN
Neste caso, a viga é constituída por apenas uma barra (um tramo), no qual a carga
é constante e não ocorre mudança do tipo de carga, por exemplo, com alguma
carga concentrada, ou algum trecho sem carga, ou seja, os pontos primeiramente
plotados são A e B, cujos momentos são nulos:
A B DMF [kN, m]
qL L L L qL2
M meio = ⋅ −q⋅ ⋅ ⇒ M meio =
2 2 2 4 8
qL2 2 ⋅ 52
M meio
= = = 6, 25 kN ⋅ m
8 8
A B DMF [kN, m]
6,25
54 UNIUBE
Esse resultado pode ser utilizado em qualquer outra situação na qual se tenha um
trecho com carregamento uniformemente distribuído:
qL2
8
Importante!
Enfim, fica para você, aluno, a partir deste exemplo, o valor fixo para momento
fletor no meio de trechos com carga uniformemente distribuída, que em muito
facilita o traçado de diagramas deste esforço.
L L
M (+)
M=0 M=0
M (+)
qL2/8
qL2/8
M (-)
M (-)
M (-)
qL2/8
M (+)
qL2/8
L L
55 UNIUBE
Para o traçado do esforço cortante, raciocínio e procedimento análogos à situação
(a) serão utilizados, lembrando que, aqui, o diagrama será uma reta (linear) como
já comentado:
q = 2 kN/m
A B
L=5m
5 kN 5 kN
Entre A e B, não se tem nenhuma carga concentrada que possa produzir degrau
no diagrama (como na situação a – veja comentário realizado naquela). Por isso,
o diagrama é contínuo, bastando se obter os cortantes em A e em B e unir tais
valores por uma reta.
5 2.5 = 10 5
+5
+ DEC [kN]
B
A
-
-5
Para finalizar esta situação (b) é importante fazer-se aqui o seguinte comentário:
no diagrama de momento fletor, tem-se a seção mediana do trecho AB com o maior
momento fletor atuante. Para esta seção, o valor do esforço normal é zero. Isso é
explicado pelas relações diferenciais apresentadas para esforços solicitantes, no
item 7.5 deste capítulo.
Sabe-se que, quando se deseja encontrar o valor máximo de uma função, pelo
cálculo diferencial, encontra-se a derivada primeira desta função e iguala-se o
56 UNIUBE
resultado a zero. Isso significa encontrar pontos onde a reta tangente à curva da
função é horizontal, o que corresponde, para uma parábola do segundo grau, ao
ponto correspondente ao seu vértice.
Pois bem, em nosso estudo, temos que o esforço cortante é obtido pela primeira
derivada do momento fletor, ou seja, onde o momento for máximo, ali corresponderá
à sua primeira derivada nula, ou seja, ao valor zero para o esforço cortante.
Importante!
As situações (a) e (b) são básicas a todo o estudo e, doravante, não mais
será necessário tanta explicação pormenorizada, pois se reportará ao
que já fora aqui comentado. Caberá a você prosseguir apenas se estiver
consolidado o que até aqui lhe foi apresentado.
Situação (c):
É análoga à situação (b), porém com a viga inclinada. Veja no que interferirá esta
inclinação da viga.
q = 2 kN/m
B
= 20
o
L=5m
(c)
L L 5m
cos
= α ⇒ Linclinado
= = = 5,32 m
Linclinado cos α cos 20o
57 UNIUBE
q = 2 kN/m
B
5,32 m
20o
A
RB
RA
L q⋅L
∑M A = 0 ⇒ RB ⋅ L = q ⋅ L ⋅
2
⇒ RB
= = 5,32 kN
2
q⋅L
∑F y = 0 ⇒ RA + RB = q ⋅ L ⇒ RA = q ⋅ L −
2
⇒
q⋅L
RA
= = 5,32 kN
2
q = 2 kN/m
B
5,32
5,32 m
20o
A
5,32
qL2 2 ⋅ (5,32) 2
M meio
= = = 7, 08 kN ⋅ m
8 8
DMF [kN, m]
A ++
7,08
B
+ 5,32 - 5,32 DEC [kN]
+ -
A
58 UNIUBE
Situação (d):
q = 2 kN/m
= 20o
A
L=5m
Sendo a mesma viga, tem-se já calculado do item anterior, o valor do vão inclinado:
5,32 m.
= 20 o
A
L=5m
4,70
5,32 m
20o
A
4,70
DMF [kN, m]
A
++
6,26
B
+ 4,70 - 4,70 DEC [kN]
+ -
A
Situação (e):
(e)
Só que aqui, a resultante não será calculada sobre o vão de 5 metros, mas sobre
o inclinado, ou seja: 2 kN/m x 5,32 m = 10,64 kN
10,64 kN
9,40 kN
B
= 20 o
A
L=5m
A partir daí, o cálculo é similar ao da situação (c), para o traçado dos diagramas
de momento fletor e esforço cortante atuantes na viga inclinada:
5
o 5,32 m
20
A
5
61 UNIUBE
DMF [kN, m]
A ++
6,65
B
+5 -5 DEC [kN]
+ -
A
Importante!
Situação (f):
q = 2 kN/m
A B
L=5m
RA (f) RB
62 UNIUBE
L 2 q ⋅ L 2⋅5
∑M B =0 ⇒ RA ⋅ L =q ⋅ ⋅ L ⇒
2 3
R
= A = = 3,33 kN
3 3
q⋅L q⋅L
∑F y = 0 ⇒ RA + RB = q ⋅ L ⇒ RB =
2
−
3
⇒
q ⋅ L 2⋅5
RB
= = = 1, 67 kN
6 6
5 kN
1,67 m
q = 2 kN/m
A B
L=5m
A B DMF [kN, m]
1,67 m
q = 2 kN/m
q' = 1
A B
L=5m
A B DMF [kN, m]
3,13
qL2
16
Para o traçado do esforço cortante, sabe-se que a curva será uma parábola do
segundo grau, unindo os valores extremos do cortante, já que no meio do trecho
não ocorre nenhuma carga concentrada que confira descontinuidade com degrau,
no diagrama desse esforço.
64 UNIUBE
1,25 kN
1,67 m
q = 2 kN/m
q' = 1
A B
L=5m
1,25 kN
1,67 m
q = 2 kN/m
q' = 1
A B
L=5m
+ 1,67
+ 0,42
DEC [kN]
B
A
- 3,33
65 UNIUBE
Sabendo-se que se trata de uma parábola do segundo grau, resta unir tais valores
por uma curva com concavidade voltada para baixo, tendo em vista o valor no
meio da viga.
+ 1,67
+ 0,42
+ DEC [kN]
B
A
-
- 3,33
Primeiramente, define-se uma orientação para o eixo x, por exemplo, com origem
no ponto A e orientação positiva para a direita.
(q'.x)/2
(2/3)x
q = 2 kN/m
q'
A B
S
x
L=5m
RA = 1,67 RB = 3,33
66 UNIUBE
Em uma posição genérica x (seção S qualquer), a partir do apoio A, tem-se um
trecho triangular de carga que necessita ser definido em função dos dados de
carregamento, comprimento de barra e distância x.
q L 2 5
= ⇒ = ⇒ q ' =0, 4 ⋅ x
q' x q' x
q '⋅ x x 0, 4x ⋅ x x
M(x)= +1, 67 ⋅ x − ⋅ = 1, 67 ⋅ x − ⋅ = 1, 67 ⋅ x − 0, 067 ⋅ x 3
2 3 2 3
Conferindo os valores nos pontos: A, B e seção média, com o estudo realizado,
tem-se:
M A (x = 0) = 1, 67 ⋅ 0 − 0, 067 ⋅ 03 = 0 ⇒ ok !
Importante!
M (x)= 1, 67 ⋅ x − 0, 067 ⋅ x 3
A B DMF [kN, m]
+
Xmáx= 2,88
+ 1,67
+ 0,42
+ DEC [kN]
A B
Vnulo
-
- 3,33
Perceba que se trata de uma parábola com coeficiente “a” (ax2 + bx + c) negativo
68 UNIUBE
(-0,201) que indica sua concavidade voltada para baixo, coerente com o diagrama
de cortante obtido.
Situação (g):
B
AA B
(g)
B
AA B
L=5m
L 2 q ⋅ L 2⋅5
∑M B =0 ⇒ RA ⋅ L =q ⋅ ⋅ L ⇒
2 3
R
= A = = 3,33 kN
3 3
q⋅L q⋅L
∑F y = 0 ⇒ RA + RB = q ⋅ L ⇒ RB =
2
−
3
⇒
q ⋅ L 2⋅5
RB
= = = 1, 67 kN
6 6
69 UNIUBE
Semelhante à situação (f), calcula-se o momento fletor no meio do vão AB.
1,25 kN
1,67 m
2
q' = 1
A B
A B
L=5m
qL L 1 q L 1 L qL2
M meio = ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ M meio =
6 2 2 2 23 2 16
qL2 2 ⋅ 52
M meio
= = = 3,13 kN ⋅ m
16 16
A B DMF [kN, m]
+
3,13
Para o traçado do esforço cortante, sabe-se que a curva será uma parábola do
segundo grau, unindo os valores extremos do cortante, já que no meio do trecho
não ocorre nenhuma carga concentrada que confira descontinuidade com degrau,
no diagrama desse esforço.
V(+): +
D E D E
E D
70 UNIUBE
O cortante à esquerda da viga é positivo (+3,33), pois está orientado para cima, e
o cortante à direita (-1,67), negativo, pois está orientado para baixo.
1,25 kN
1,67 m
2
q' = 1
A B
A B
L=5m
+ 3,33
DEC [kN]
B
A
- 0,42
- 1,67
Sabendo-se que se trata de uma parábola do segundo grau, resta unir tais valores
por uma curva com concavidade voltada para cima, coerente com os três valores
obtidos.
+ 3,33
+
DEC [kN]
B
A
- 0,42 -
- 1,67
71 UNIUBE
(q'.x)/2
2 (2/3)x
q'
B
AA B
S
x
L=5m
q L 2 5
= ⇒ = ⇒ q ' =0, 4 ⋅ x
q' x q' x
q '⋅ x x 0, 4x ⋅ x x
M(x)= +1, 67 ⋅ x − ⋅ = 1, 67 ⋅ x − ⋅ = 1, 67 ⋅ x − 0, 067 ⋅ x 3
2 3 2 3
M A (x = 0) = 1, 67 ⋅ 0 − 0, 067 ⋅ 03 = 0 ⇒ ok !
Importante!
M (x)= 1, 67 ⋅ x − 0, 067 ⋅ x 3
+ V nulo
DEC [kN]
B
A
- 0,42 -
- 1,67
Todavia, perceba que se trata de uma parábola com coeficiente “a” (ax2 + bx +
c) negativo (-0,201) que indica sua concavidade voltada para baixo, sendo que o
diagrama é uma parábola voltada para cima. Pergunta-se: por quê?
2
y = ax + bx + c x
y
com “a” positivo
2
y = ax + bx + c y
x
com “a” positivo
74 UNIUBE
Enfim, o diagrama está correto e a equação de V(x) com coeficiente “a” negativo,
totalmente coerente com o desenho.
3 kN 8 kN
1 kN/m
D
A B C
6 kN
3 kN/m
A B C
5,0 m 2,0
RESOLUÇÃO:
Viga (a):
3 kN 8 kN
1 kN/m
D
A HB B C
∑ F =0
H ⇒ HB =0
∑M = 0 B ⇒ VD ⋅ 6 + 1 ⋅ 3 ⋅1,5 = 8 ⋅ 4 + 1 ⋅ 6 ⋅ 3 ⇒ VD = 7,58 kN
∑F = 0
V ⇒ VB + VD = 3 + 8 + 1⋅ 9 ⇒ VB = 12, 42 kN
75 UNIUBE
Antes de prosseguir nos cálculos, determine de quantas barras é constituída essa
viga. Tal elemento é formado por três barras, que são definidas a cada mudança
de carga e/ou de apoio: AB, BC e CD.
Para o traçado dos diagramas, tanto de momento fletor como de esforço cortante,
primeiramente, você obtém os momentos que solicitam as seções transversais da
viga correspondentes aos extremos das barras.
MA = 0 MD = 0
2
M C ( pela direita=
) 7,58 ⋅ 2 − 1 ⋅ 2 ⋅ ⇒ M=
C 13,16 kNm
2
3
M B ( pela esquerda ) =−1 ⋅ 3 ⋅ ⇒ M B =− 4,5 kNm
2
DMF [kN, m]
A B C D
Tendo obtido e plotado os momentos fletores nos nós de extremidade das barras,
o próximo passo é unir tais valores por segmentos retos que, nesse exemplo,
serão tracejados, pois os trechos contêm cargas uniformemente distribuídas (com
momento qL2/8 medido a partir da linha tracejada, no meio de cada trecho).
Caso algum trecho não tivesse carga, bastaria considerar tais segmentos em linha
cheia e já estaria pronto o diagrama.
DMF [kN, m]
A D
B C
76 UNIUBE
qL2 1 ⋅ 22
Trecho CD ⇒ = =0,5 kNm
8 8
qL2 1 ⋅ 22
Trecho CD ⇒ = =0,5 kNm
8 8
qL2 1 ⋅ 22
Trecho CD ⇒ = =0,5 kNm
8 8
- 4,50
+
2,0
0,5
+ 13,16
MC = 0
VB ( à esquerda de B ) ⇒
- 1x3 = - 3
VB ( à direita de B ) ⇒
-3 -3 + 12,42 + 6,42
77 UNIUBE
VB ( à esquerda de B ) ⇒
+ 6,42 - 1x4 = - 4 + 2,42
VB ( à direita de B ) ⇒
+ 2,42 -8 - 5,58
VD ⇒
- 5,58 - 1 x 2 =- 2 - 7,58
+ 6,42
+ 2,42
+
DEC [kN]
A D
- B C
-
- 3,0
- 5,58
- 7,58
Viga (c):
3 kN/m
A
HA B C
5,0 m 2,0
VA
VB
M D= 6,5 ⋅ 2 − 2 ⋅ 2 ⋅1 ⇒ M D= 9 tf ⋅ m
3⋅5 1
∑M A = 0 ⇒ VB ⋅ 5 = 6 ⋅ 7 + ⋅ ⋅ 5 ⇒ VB = 10,90 kN
2 3
78 UNIUBE
3⋅5
∑F V =0 ⇒ VA + VB =6 +
2
⇒ VA =2, 60 kN
MC = 0 MC = 0
Cálculo das “flechas” qL2/16 para o trecho que possui carga linear:
qL2 3 ⋅ 52
Trecho AB ⇒ = =4, 7 kNm
16 16
8,0
4,7
-
DMF [kN, m]
A B C
+
VA ⇒
+ 2,60
VB ( à esquerda de B ) ⇒
+ 2,60 - (3X5)/2 = - 7,50 - 4,90
79 UNIUBE
VB ( à direita de B ) ⇒
- 4,90 + 10,90 + 6,0
6,0
+
4,7
+ DMF [kN, m]
A B C
-
(4ª APLICAÇÃO) Para cada viga esquematizada a seguir (desenho sem escala),
pede-se obter a posição e o valor do máximo momento fletor que a solicita no vão
central.
5 kN/m
1 kN
4 kN
2 kN/m
(a)
A B C D
2 kN/m 6 kN
1,5 kN/m
(b) A B C D
Viga (a):
5 kN/m
1 kN
4 kN 3
q' 2 kN/m
2
A B C D
S
x
VC
2,0 8,0 m 2,0
80 UNIUBE
Para se obter o maior momento fletor, bem como a seção onde ocorre, é necessário
encontrar a expressão M(x) no trecho desejado, para qualquer seção S.
1 q'
= ⇒ q ' = 0,167 ⋅ x
6 x
M D= 6,5 ⋅ 2 − 2 ⋅ 2 ⋅1 ⇒ M D= 9 tf ⋅ m
x ' = −14, 66 m
−0,19 x 2 − 2 x + 11,5 =
M '( x) = 0 ⇒
x " = 4,13 m
Obviamente, -14,66 m está fora do trecho BC, sendo a posição do máximo
momento fletor, igual a 4,13 m medida a partir do apoio C. Resta, agora, calcular
o valor do momento máximo:
Viga (b):
2,5 kN/m 6 kN
1,0 q'
1,5 kN/m
1,5
A B C D
S
x
2,0 6,0 m VC 2,0
81 UNIUBE
1⋅ 6 1
∑M B = 0 ⇒ VC ⋅ 6 + 2,5 ⋅ 2 ⋅1= 1,5 ⋅ 8 ⋅ 4 + ⋅ ⋅ 6 + 6 ⋅ 8 ⇒ VC = 16,17 kN
2 3
1 q'
= ⇒ q ' = 0,167 ⋅ x
6 x
M ( x) =−0, 0278 ⋅ x3 − 0, 75 ⋅ x 2 + 7,17 ⋅ x − 15
x ' = −21,91 m
M '( x) =−0, 0834 ⋅ x 2 − 1,5 ⋅ x + 7,17 =0 ⇒
x " = 3,92 m
Portanto, tem-se:
−0, 0278 ⋅ ( 3,92 ) − 0, 75 ⋅ ( 3,92 ) + 7,17 ⋅ ( 3,92 ) − 15 =
3 2
M (x =
3,92 m) = −0, 09 kNm
Constata-se, com esse resultado, que o máximo momento fletor que ocorre no
trecho considerado é negativo, ou seja, não ocorre momento positivo neste trecho,
indicando que a tração acontece apenas em cima, em BC.
(a)
A E
B C D
(b) A
B D E
C
RESOLUÇÃO:
20 kN
5 kN/m
Viga (a):
A E
B C D
Uma viga Gerber é calculada separando-se suas partes contidas entre duas
articulações ou entre uma articulação e um apoio (podendo este estar ou não
na extremidade de uma barra). Cada parte retirada da estrutura é calculada
separadamente e, após os cálculos, são levadas para a estrutura restante, as
forças de reação (incógnitas) obtidas, nas interrupções entre as partes, que são
feitas nas articulações.
5 kN/m
D E
5,0 m
RD = 12,5 V E = 12,5
20 kN
RD = 12,5
A D
B C
VA VC
Trecho DE:
5
∑M E = 0 ⇒ RD ⋅ 5 = 5 ⋅ 5 ⋅
2
⇒ RD = 12,5 kN
∑F V =0 ⇒ RD + VE =5 ⋅ 5 ⇒ VE =12,5 kN
83 UNIUBE
Trecho ABCD:
∑F V = 0 ⇒ VA + VC = 20 + 12,5 + 5 ⋅ 5 ⇒ VA = 7,92 kN
Tendo sido obtidas as forças reativas entre as partes “recortadas”, bem com
as reações de apoio em cada uma delas, prossegue-se com a plotagem dos
diagramas de momento fletor e esforço cortante para cada parte, mas que são
desenhadas conjuntamente, na linha que representa o eixo da viga.
Doravante, não serão tão detalhados os cálculos, tendo em vista que você, tendo
estudado com afinco o que se transcorreu até aqui, estará apto a tanto.
35,0
2,5
5,6
B
-
A E DMF [kN, m]
C D
+ +
15,63
23,76
22,5
12,5
7,92 +
+ DEC [kN]
A E
C
B D -
12,08
- 12,5
27,08
84 UNIUBE
Viga (b):
10 kN 8 kN
3 kN/m
A
B D E
C
10 kN 8 kN
C
D E
V D = 13,33
3 kN/m RC = 4,67
A C
B
4,0 2,0 m
VA = 2,17 V B = 20,51
16,0
15,32
6,0 1,5
-
-
DMF [kN, m]
B D E
A C
85 UNIUBE
+ 10,68
+ 4,68 + 8,0
+ 2,17 + +
DEC [kN]
A -
B C
- D E
- 5,33
- 9,83
Viga (c):
5 tf 3 tf 2 tf
4 tf/m
2 tf/m
C D E G J
A B F H I
5,0 m 2,0 2,0 2,0 2,0 4,0 m 2,0 6,0 2,0
O cálculo desta viga é feito na seguinte ordem: tramo CDE, ABC, EFG e GHIJ.
Trecho CDE:
∑M C = 0 ⇒ 4 RE = 5 ⋅ 2 + 2 ⋅ 4 ⋅ 2 ⇒ RE = 6,5 tf
∑F V = 0 ⇒ RC + RE = 5 + 2 ⋅ 4 ⇒ RC = 6,5 tf
M D= 6,5 ⋅ 2 − 2 ⋅ 2 ⋅1 ⇒ M D= 9 tf ⋅ m
qL2 2 ⋅ 22
CD e DE ⇒ = = 1 tf ⋅ m
8 8
Trecho ABC:
5
∑M A = 0 ⇒ 5VB= 6,5 ⋅ 7 + 10 ⋅ 2,5 + 4 ⋅ 6 + 5 ⋅
3
⇒ VB= 20,57 tf
qL2 qL2 2 ⋅ 52 2 ⋅ 52
AB ⇒ + = + = 9,38 tfm
8 16 8 16
qL2 2 ⋅ 62
HI ⇒ = =9 tfm
8 8
Trecho EFG:
∑M F = 0 ⇒ 4 RG + 6,5 ⋅ 2 = 3 ⋅ 4 + 2 ⋅ 6 ⋅1 ⇒ RG = 2, 75 tf
qL2 2 ⋅ 62
HI ⇒ = =9 tfm
8 8
qL2 2 ⋅ 62
HI ⇒ = =9 tfm
8 8
Trecho GHIJ:
qL2 2 ⋅ 22
GH e IJ ⇒ = = 1 kNm
8 8
87 UNIUBE
qL2 2 ⋅ 62
HI ⇒ = =9 tfm
8 8
DEC [kN]: 10,50
8,25
6,25 6,0
4,93
2,50
2,0
+ + 0,25
+ B + I +
D F G H
A
- - - - J
2,50 2,75
5,75
6,75
10,07 10,50
9,0
Resumo
Você aprendeu que um corpo deve estar em equilíbrio e que as estruturas possuem
graus de liberdade que são combatidos por vínculos projetados para este fim, e
assegurem a estabilidade da mesma.
Espera-se que você, ao chegar até aqui, tenha se usufruído, da melhor maneira,
dos meios e processos apresentados neste capítulo, para o seu aprendizado do
conteúdo em questão, adquirindo as competências aqui comentadas, na medida
do cumprimento de cada conteúdo.
Atividades
Tendo percorrido até aqui, é necessário que você se autoavalie! Em seguida, são
apresentados alguns passos essenciais que lhe ajudarão nesta fase, propostos
como atividades de autoverificação de aprendizagem.
Você, caro aluno, deverá ter a consciência de que neste importante estudo de
sua formação em Engenharia, não basta apenas a leitura!! É imprescindível que
você faça suas próprias anotações e se preocupe em raciocinar e se questionar
sempre, fazendo as paradas necessárias ao longo do seu estudo, para que
você possa prosseguir, tendo vencidos os degraus na medida em que os vai
escalando. Não pule nenhum deles, mas suba cada um, com atenção e seguindo
as recomendações propostas ao longo do capítulo!
(a) (b)
90 UNIUBE
(c) (d)
(e) (f)
(g) (h)
91 UNIUBE
(i) (j)
(k) (l)
(m) (n)
92 UNIUBE
(o) (p)
(q) (r)
(s) (t)
93 UNIUBE
(u) (v)
(w) (x)
detalhe detalhe
(y) (z)
Informe onde ocorre tração, nesta seção, devida ao momento fletor obtido: se na
parte superior ou inferior e, também, o sentido do esforço cortante.
94 UNIUBE
5 kN 3,5 kN 4 kN/m
1 kN
2 kN/m
A E
B C S D
1,5 kN 3 kN/m
2 kN/m
1 kN
A B C D
10 kN/m
5 kN/m 5 kN 20 kN
A H
B C D E G
F
2
Deformações
em Estruturas
Isostáticas
Núbia dos Santos Saad Ferreira
Introdução
Bons estudos!
98 UNIUBE
Objetivos
Caro aluno, espera-se que, ao final dos estudos propostos, você seja capaz de:
• transformar uma estrutura isostática em uma hipostática – cadeia cinemática;
Esquema
Caro aluno, o seguinte conteúdo é contemplado neste capítulo:
Deslocamentos de Corpos Rígidos
Polo Absoluto
Polo Relativo
Propriedades das Cadeias Cinemáticas
Apresentação
Caro aluno, este capítulo tem como objetivo nortear a realização dos seus estudos a
serem desenvolvidos na modalidade não presencial sobre Teoria das Estruturas I.
Este capítulo contém os caminhos e processos que você deverá percorrer e superar,
para construir os conhecimentos desejados ao final do seu estudo a distância.
Para que obtenha bom êxito ao final do seu estudo, é fundamental estudar o
conteúdo teórico na sequência apresentada, seguindo todos os passos e
recomendações nele contidos, para as verificações de aprendizagem.
Após o estudo teórico e das aplicações, você estará apto para se autoavaliar,
ou seja, realizar as Atividades de Autoverificação da Aprendizagem, cujas
respostas são apresentadas neste roteiro. Você não deverá entregar tais atividades
ao seu preceptor, pois se tratam de orientações para seu próprio estudo não
presencial.
Pare e pense
Fique atento aos prazos! Planeje seus estudos de forma sistemática e
continuada!
(1)
O 12
. (2)
Com base no conteúdo visto no Cápitulo sobre deformação de vigas. Sabe-se que
esta estrutura é uma vez hipostática, constituindo, de fato, uma cadeia cinemática,
com possibilidade de movimento:
..
.
A
r
v
.
A’
w
polo absoluto
O
Figura 2: Visualização da translação de um nó da chapa.
Fonte: Acervo da autora.
102 UNIUBE
O nó A, bem como qualquer nó da chapa, quando ela se movimenta, desloca-se
perpendicularmente à sua posição original, e a nova posição do nó é denominada
por A’. A posição original da chapa é a linha contínua e a posição deslocada, a
linha tracejada.
v v
tg w = ⇒ w= ⇒ v= w ⋅ r
r r
Tais projeções podem ser obtidas em função das projeções da distância r, também
nesses eixos, e do giro w, o que será apresentado nas formulações seguintes.
Neste cálculo, será utilizado o ângulo θ formado entre o eixo OA e a horizontal.
103 UNIUBE
..
.
A v"
r v
.
v'
A' r"
w
polo absoluto O
r'
Figura 3: Decomposições horizontal e vertical do deslocamento v e do
comprimento r da chapa.
Fonte: Acervo da autora.
v
Sabe-se que: v =w ⋅ r ⇒ w =
r
.. . .
.
A v" A v"
r v
. .
v' r"
A' w
w
. .
polo absoluto
O
.
r' A ELÁSTICA VERTICAL
ELÁSTICA VERTICAL (projeção paravisualização
O w do deslocamento horizontal)
(projeção para visualização v'
do deslocamento vertical)
(3ª Propriedade) O polo relativo entre duas chapas é definido como o ponto de
encontro (intersecção) entre os eixos que definem os vínculos de forças existentes
na união das duas. Na Figura 5 têm-se dois exemplos que mostram:
(a) duas chapas articuladas (rotuladas) entre si, estando esta rótula em suas
extremidades. Sabe-se que na articulação têm-se impedidos os movimentos
de translação entre as chapas que ali se conectam. A interseção de tais vínculos
corresponde ao ponto denominado polo relativo O12 entre as chapas, ou seja,
um ponto tal que elas giram entre si, mas não podem ter deslocamentos
relativos entre si, ou seja, movem-se juntos com relação à translação;
(b) duas chapas articuladas (rotuladas) entre si, não estando esta rótula em
qualquer posição no plano. A mesma situação de (a) ocorre, definindo-se a
posição do polo relativo O12 através da interseção dos vínculos de translação
que ocorrem entre as duas chapas interligadas.
polo relativo
O 12
(1) (2)
O 12
polo relativo
(2)
(1)
Caro aluno, para que você confirme a situação de uma vez hipostática que está
sendo considerada no estudo em questão, calcule o grau de estaticidade da
estrutura esboçada pela Figura 5-b:
g = 3m – Ve – Vi = 3.4 – (2+1) – (3+3+2) = 1 x hipostática
É importante destacar que você pode considerar cada chapa dobrada como um
elemento que possua três graus de liberdade, ou seja, em vez de contar quatro
barras para o cálculo do grau de estaticidade, poderá contar duas chapas. Os
resultados serão os mesmos, obviamente.
(4ª Propriedade) O polo relativo entre duas chapas está sempre alinhado com o
polo absoluto de cada uma delas.
Havendo duas chapas (1) e (2) interligadas, tem-se que os pontos referentes
aos polos absolutos e relativos destas chapas: O1, O2 e O12 estão no mesmo
alinhamento, ou seja, existe uma reta que passa por esses três pontos, no plano
das chapas, Figura 6.
106 UNIUBE
O2
O 12
(2)
(1)
O1
lugar lugar
geométrico geométrico
O2
(1) (3)
O1 O3
lugar lugar
geométrico geométrico
(b) três chapas interligadas
Figura 6: Exemplos de definição de polos existentes entre chapas que se interligam no plano.
Fonte: Acervo da autora.
(b) As chapas (1) e (3), estando sobre apoios fixos, têm nestes pontos, seus
polos absolutos definidos. A união articulada entre (1) e (2) constitui o polo
relativo O12, e entre (2) e (3) o polo relativo O23. Portanto, resta a você obter O2
107 UNIUBE
que será encontrado pela intersecção de duas retas que o contenham, a
saber: alinhamento com O1 e O12 e alinhamento com O3 e O23.
está no infinito
(2)
O 12 O 23
(1) (3)
O1 O3
lugar lugar
geométrico geométrico
(a) obtenção dos polos
O 12 (2) O 23
(1) (3)
O1 O3
5,0 m
2,0 m 3,0 m 5,0 m
RESOLUÇÃO:
O2
O 12 O23
(2)
(1) (3)
O1 O3 lugar
lugar geométrico
geométrico
O2
O 12
.
(2)
. w3
w2 O23
(1)
w1 (3)
O1 O3 lugar
lugar
geométrico
lugar
lugar geométrico
de O2
geométrico
geométrico
Para a obtenção das elásticas, a partir das quais é possível se obter o deslocamento
para qualquer ponto pertencente à estrutura, são projetados nos eixos destas, os
polos absolutos das três chapas:
O2 O2
O12 O23
(2)
(1) (3)
O1 O3 O 1 O3
Elástica Horizontal
O1 O2 O3
Elástica Vertical
Atente, também, que na elástica horizontal, os polos absolutos das chapas (1) e (3)
coincidem. Isso ocorre porque tais polos estão no mesmo alinhamento horizontal.
O próximo passo é visualizar as linhas de projeção dos polos relativos nas elásticas
traçadas, e definir as distâncias desconhecidas que se têm, pelo fato de O2 estar
fora da estrutura. Necessita-se calcular x e y, e isso será feito empregando-se
semelhança de triângulos. Acompanhe com atenção os cálculos que se seguem.
110 UNIUBE
O2 O2
y
O12 O 23
(2)
(1) (3)
O1 x 3-x
O3 O 1 O3
Elástica Horizontal
O1 O2 O3
Elástica Vertical
y 5 y 5
= ; = = 1 ⇒ ∴ x = 0,86 m (3 − x = 2,14 m) e y = 2,14 m
x 2 3− x 5
O2 O2
y
O12 O23 O 12
(2) w1
(1) (3)
O1 x 3-x
O3 O 1 O3
Elástica Horizontal
O1 O2 O3
Elástica Vertical
w1
O 12
O2 O2
w2
2,14
O12 (2) O23 O1 2 O23
0,86 w1
(1) 2,14 m (3)
O1 O23 O3 O1 O3
Elástica Horizontal
w2
O1 O2 O3
Elástica Vertical
w1
w2
O12
Observe que na elástica horizontal, ao se unir O2 com O12 até o limite da chapa (2)
que é o ponto O23, obteve-se a mesma posição entre O12 e O23, ou seja, de uma
extremidade à outra, a chapa (2) apresenta o mesmo deslocamento horizontal,
para a direita. A linha elástica é pontilhada porque a projeção da chapa (2) na
elástica horizontal ocorre apenas em um ponto. A linha pontilhada corresponde a
um trecho da elástica em que não se tem projeção da estrutura.
Observe que, para ambas as elásticas, faz-se a projeção de cada chapa. Compare
das projeções das chapas (1) e (2) e verifique se você entendeu tudo para, então,
prosseguir.
Elástica Horizontal
w2 w3
O1 O2 O3
Elástica Vertical
w1
w2
O 12
112 UNIUBE
Tendo sido traçadas as elásticas, agora restam os cálculos dos giros de todas
as chapas, em função do giro dado w para a chapa (1), e os cálculos dos
deslocamentos desconhecidos principais, que se referem aos nós referentes aos
polos relativos. A partir de tais informações, é possível se obter o deslocamento
de qualquer outro nó pertencente à estrutura, por meio da expressão genérica que
você aprendeu: v = w ⋅ r .
Elástica Horizontal
v2
w2 w3
O1 w1 w2 O3
Elástica Vertical
v1 O2
O 12
v = w ⋅ r ⇒ v1 = w1 ⋅ 2 = 2 w
v=
w ⋅ r ⇒ v1 =⋅
w2 0,86 ⇒ 2 w =⋅
w2 0,86 ⇒ w2 =
2,3w
v =⋅
w r ⇒ v2 = ( 2,3w ) ⋅ 2,14 ⇒ v2 =
w2 ⋅ 2,14 ⇒ v2 = 5w
v =w ⋅ r ⇒ v3 =w1 ⋅ 5 ⇒ v3 =5w
v =w ⋅ r ⇒ v3 =w3 ⋅ 5 ⇒ 5w =5w3 ⇒ w3 =w
Finalmente, representam-se nas elásticas todos os valores encontrados:
113 UNIUBE
O2 O2
2w
2,14
O 12 (2) O 23 O 12 O 23
5w
(1) 0,86 2,14 m (3)
w
O1 O3 O 1 O3
Elástica Horizontal
O 23
5w
2,3w
O2 w O3
O1 Elástica Vertical
2w
w 2,3w
O12
Concluindo, nesta aplicação, sabendo-se o valor real do giro da chapa (1), têm-se
todas as elásticas da cadeia cinemática definidas, em função desse valor.
2,0 m
RESOLUÇÃO:
2,0 m
O1 (1) O2 L.G. de O 2
O 12
w2 w1
O1 (1) O12 O2
O1 � O 2
Elástica Horizontal
O1 Elástica Vertical O2
w1 w2
�
O 12
115 UNIUBE
Antes de efetuar os cálculos, analise o que ocorreu com a elástica horizontal
da chapa (1). Ao se representar o giro da chapa (1), percebeu-se que a mesma
fica toda projetada em um só ponto, que é o próprio polo absoluto que tem
deslocamento nulo, pois é um ponto fixo, por definição. Com isso, conclui-se
que nenhum ponto dessa chapa se desloca na horizontal. Por isso, sua elástica
horizontal é pontilhada (poderia ser tracejada, em desenho feito à mão, ok?).
0,5�
0,33�
O1 (1) O 12 O2
O 1 � O2
Elástica Horizontal
O1 Elástica Vertical O2
0,5� 0,33 �
�
O12
Como Tint = 0, para os corpos rígidos, pois não ocorrem deformações internas nos
elementos, tem-se que: Text = 0.
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ M z = 0
F3
F2
qn
F1 F4
y M1 Mn
x
F6
Fn
F5
Figura 8: Representação de um corpo rígido no qual atuam diversos tipos de cargas.
Fonte: Acervo da autora.
τ ext
= ∑ F ⋅u
x
τ ext
= ∑F y ⋅v
τ ext
= ∑M z ⋅θ
τ ext = qδ L
q ⋅ área =
L
L
τ ext = ∫ ( q ⋅ dx ) ⋅ a
0
a δ δx
= ⇒ a=
x L L
L L
δx qδ qδ L
τ ext = ∫ ( q ⋅ dx ) ⋅ = ∫ x ⋅ dx =
0
L L 0 2
De uma maneira geral, o trabalho realizado por qualquer tipo de carga para qualquer
tipo de deslocamento pode ser calculado por intermédio da integral do produto
dessas duas funções. Tais situações estão apresentadas na Tabela 1, referentes
aos casos mais comuns de cargas (uniformemente distribuída, linear, parabólica,
etc.) e seus respectivos deslocamentos (retangular, triangular, parabólico, etc.).
118 UNIUBE
(1o) inicialmente, tem-se uma estrutura isostática (g=0) para a qual se deseja
calcular uma reação de apoio ou um esforço seccional;
(6o) através do P.T.V. (τext = τint = 0), é calculado o valor da reação de apoio
ou do esforço desejados.
119 UNIUBE
Tabela 1: Integrais do produto de duas funções para cargas e deslocamentos usuais.
Número
Tabela de integrais do produto de duas funções
L (*) a b
2°grau 2°grau
F(x) = F2
F
F F L/2 F F
L
2 2 1 2 L 2 2 8 2 1 2 1 2
0 [F(x)] dx = LF L F (F +F F +F ) L F L F L F
3 3 1 1 2 2 15 5 3
0
Número I II III IV V VI
L
L
1 1 1 1 L 1 (1+ )FG
1 b
1 L FG L FG L G(2F1+F 2) L FG L FG
G 2 3 6 3 4 6 L
L 1 F [(1+ b ) G1 +
(*)
1
L [ G1(2F1+F 2)+
G 2 L 1 F(G 1+G ) L 1 F(2G 1+G ) 6 1 1 6 L
3 G1 L F(G +G ) L F(3G +G )
2 2 6 2 3 1 2 12 1 2 a
(F
+G 2 1 +2F ) ] +(1+ ) G2 ]
2 L
b2
1+ b + 2
2°grau
1 1 1 1 1
4 G L FG L FG L G(3F1+F 2) L FG L FG L L
3 4 12 5 5 L FG
12
2°grau a + a2
1 1 1 1 1 1+
5 L FG L FG L G(F1+3F 2) L FG L FG L L2
G 3 12 12 5 30 L FG
12
2°grau a - a2
2 5 1 G(5F +3F ) 7 3 5-
6 G L FG L FG L 1 2 L FG L FG L L2
3 12 12 15 10 L FG
12
2°grau a - a2
2 1 1 G(3F +5F ) 7 2 3 +3
7 L FG L FG L L FG L FG L L2
G 3 4 12 1 2
15 15 L FG
12
2°grau
2 1 1 G(F +F ) 8 1
8 L FG L FG L 1 2 L FG L FG L 1 (1+ ab2 )FG
3 3 3 15 5 3 L
L/2
G
L/2
para a L/2
1 1 1 5 7 2
9 L FG L FG L G(F1+F 2) L FG L FG 1 (a-b )
2 4 4 12 48 L [ 2- ] FG
G 6 2aL
1 para a c
G [(1+ d ) F1+
2
c d L d d
1 1+ + 2
L FG L 1 (1+ d )FG 6 L L 1 (1+ cd2 ) FG L L 2
10 FG L 1 [ 2- (a-c ) ] FG
+(1+ c ) F2 ]
2 6 L 3 L L
12 6 ad
G L
L 3 /3
L/2 2 a2
2 14 2 8 8 L (7-3 2 )
11 L FG L FG L G(7F1+8F 2) L FG L FG 45 L
3°grau 3 45 45 15 45
(1+ a ) FG
2
2 qL
qL
G 9 3 L
16
a 4
1 1 1 2 1 1-(1- L )
12 G L FG L FG L G(4F1+F 2) L FG L FG L
3°grau 4 5 20 15 6 a FG
20 L
2 3
1+ + a2 + a3
a
1 1 1 2 1
13 G L FG L FG L G(F1+4F 2) L FG L FG L L L
3°grau 4 20 20 15 60 L FG
20
_
(*) vale para F >ou<
1 F (G
2 >ou<
1 G ) e2 também para sinais opostos dos valores: +
20 kN/m
2,0 m
B C
1,0
50 kN
1,0
A
2,0 4,0 m
RESOLUÇÃO:
Constatando a isostaticidade da estrutura dada:
w2
y
O3 v2
O3
L.G. de O2
(3) w3
O12 (2) HC �=1
O 23 � O12
O23
(1)
w1
O1
L.G. de O2
O1
Elástica Horizontal
O1 O2 � O 3 � O23
v1
w1 Elástica Vertical
w2
O 12
121 UNIUBE
Cálculo de y:
y+2 2
= ⇒ y = 2, 0 m
4 2
O2 O2
0,25
2,0
O3 0,5
O3
(3) 0,5
O12 (2) HC 1
O 23 O12
O23
(1)
0,5
O1
O1
O 12
122 UNIUBE
Aplicando o P.T.V.: τext = τint = 0
4 m ⋅1, 0
+50 ⋅ ( w1 ⋅1 m ) + 20 ⋅ (∆ 1 m
− Hc ⋅= = ) 0
2
4 ⋅1, 0
+50 ⋅ 0,5 + 20 ⋅ − H c ⋅1= 0 ⇒ H c= 65 kN
2
Perceba os sinais do trabalho produzido: positivo se carga e deslocamento
possuem mesmo sentido, e negativo, em caso contrário.
Doravante, você pode indicar de forma direta, apresentando nas próprias elásticas,
os valores dos deslocamentos correspondentes às cargas concentradas e demais
valores a serem obtidos das elásticas, sempre por meio da expressão genérica:
v = w ⋅r .
Observe que o resultado obtido foi positivo, para a reação de apoio HC, significando
que o sentido inicialmente considerado (para a esquerda) está correto. Caso esta
reação fosse para a direita, o resultado teria sido negativo.
10 tf
B C
3,0 m
D E
1,0
RESOLUÇÃO:
Constatando a isostaticidade da estrutura dada:
g = 3m – Ve – Vi = 3.4 – (2+2+1) – (2+2+3) = 0 : isostática
O2
O2
L.G. de O2
L.G. de O2 y
w2
O12 (2) v2
O 23
C O23 � O12
w3
(1)
D (3) E
O3 O3
w1
O1
VE O1
O12 Elástica Horizontal
v1 �=1
w1 w2 w3
O1
O2 � O 3 � O23
Elástica Vertical
Cálculo de y:
4 y
= ⇒ y = 3, 0 m
4 3
Os cálculos são iniciados no ponto D, a partir do deslocamento vertical unitário
aplicado (que pode ser para cima ou para baixo).
O2
O2
L.G. de O2
L.G. de O2 y
0,33
(1)
D (3) E
O3 O3
0,25
O1
VE O1
O12 Elástica Horizontal
1,0 �=1
0,25 0,33 0,33
O1
O2 � O 3 � O 23
Elástica Vertical
1 ⋅1 ⋅ 3m
VE ⋅ (=
∆ 1 m ) − 10 ⋅1, 0 − = 0
2
VE − 10 − 1,5 = 0 ⇒ VE = 11,5 tf
Observe que o resultado obtido foi positivo, para a reação de apoio VE, significando
que o sentido inicialmente considerado (para cima) está correto. Caso esta reação
fosse para baixo, o resultado teria sido negativo.
D
A B C
Portanto, neste exercício, a seção C será rotulada, ou seja, em vez de ser contínua,
apresentando os três vínculos (duas forças e um momento), será articulada,
apresentando dois vínculos (duas forças).
D
A B C
MC MC
2,0 3,0 m 3,0
Observa-se que, para o caso de vigas horizontais, não existe a elástica horizontal, pois a
viga possui apenas deslocamentos verticais. Traçando-se a elástica vertical, tem-se:
L.G. de O2
v1
W1 O1 O2
W1 W2
v2
W1 W2
O 12
126 UNIUBE
Sendo o nó C a união de duas chapas: (1) e (2), o giro unitário aplicado neste será
a soma dos giros de tais chapas (w1 + w2 = 1). Caso o nó contivesse a extremidade
de apenas uma barra, essa barra teria giro unitário (w1 = 1).
w1 + w2 =1
⇒ w1 =w2 =0,5
v = w ⋅ r ⇒ v2 = w1 ⋅ 3 = w2 ⋅ 3 ⇒ w1 = w2
v=w ⋅ r ⇒ v1 =w1 ⋅ 2 ⇒ v1 =0,5 ⋅ 2 ⇒ v1 =
1, 0
v =⋅
w r ⇒ v2 =w1 ⋅ 3 ⇒ v2 =0,5 ⋅ 3 ⇒ v2 =
1,5
Redesenhando a elástica com os valores obtidos, tem-se:
1,0
0,5 O1 O2
0,5 0,5
1,5
0,5 0,5
O 12
10 ⋅ 3 ⋅1,5 10 ⋅ 3 ⋅1,5
−20 ⋅1, 0 + + − M C ⋅ w1 − M C ⋅ w2 =
0
2 2
25 − M C ⋅ (0,5) − M C ⋅ (0,5) = 0 ⇒ M C = 25 kNm
(6ª APLICAÇÃO) Utilizando o P.T.V., calcule o momento fletor que solicita a seção
D do pórtico esquematizado a seguir (desenho sem escala).
127 UNIUBE
20 kN
10 kN/m
C
A
D
B
3,0 m
30 kN/m
RESOLUÇÃO:
MD
(1) O12 (2) O23
MD
(3)
L.G. de O1 L.G. de O2
O3
L.G. de O2
Conclui-se que, ao se procurarem os polos absolutos das chapas (1) e (2), tais chapas
não giram, pois tais pontos são indeterminados por se encontrarem no infinito.
Quanto à chapa (1), o seu polo absoluto deverá estar no alinhamento de O12 e
O2, só que este último está no infinito e, portanto, O1 também estará no infinito,
significando que a chapa (1) também não sofre rotação, apenas translações. Tem-
se, portanto que: w1 = 0 e w2 = 0. Vendo na estrutura os apoios dessas chapas,
percebe-se que as mesmas terão movimento de translação horizontal.
MD
(1) O12 (2) v1
O23 O 12 O23
MD
w3
(3)
L.G. de O1 L.G. de O2
O3
O3
L.G. de O2
{ w2 + w3 = 0 e w2 = 0 ⇒ w3 = 1
v=
w ⋅ r ⇒ v1 =
w3 ⋅ 3 ⇒ v1 =
1⋅ 3 ⇒ v1 =
3, 0
O P.T.V. para o qual se tem τext = τint será utilizado considerando-se duas estruturas
para a análise, denominadas:
3. Equaciona-se:
τ ext= τ int ⇒ F ⋅ =
δ esforços int ernos virtuais × deslocamentos int ernos reais
M1
deslocamentos internos M
reais
n esforços internos virtuais
F3 F=1
τext = τint = 0
m
τ ext τ int
= δ
⇒= ∑ N ⋅∆
i =1
i i
E o trabalho interno é obtido pelo somatório dos esforços normais virtuais (Ni)
que surgem pela aplicação da carga unitária virtual pelas respectivas variações de
131 UNIUBE
comprimento reais (∆i).
d�
h du
dx
δ1= α ⋅ ∆T1 ⋅ dx
∆L = α ⋅ ∆T ⋅ L ⇒
δ 2= α ⋅ ∆T2 ⋅ dx
δ1 + δ 2 (α ⋅ ∆T1 ⋅ dx ) + (α ⋅ ∆T2 ⋅ dx ) α ( ∆T1 + ∆T2 ) dx
=du = =
2 2 2
δ 2 − δ1 (α ⋅ ∆T2 ⋅ dx ) − (α ⋅ ∆T1 ⋅ dx ) α ( ∆T2 − ∆T1 ) dx
=du = =
h h h
132 UNIUBE
�t1 �1
d�
NC h du NC
MC MC
�t2 �2
dx
Figura 10: Visualização dos esforços no trecho infinitesimal da viga sob variação térmica.
Fonte: Acervo da autora.
- o trabalho externo (τext) realizado pela carga unitária virtual imposta ao nó cujo
deslocamento real necessita ser obtido:
τ ext = 1⋅ δ
τext = 1 ⋅ δ
=
τint ∫ N du + ∫ M dφ + ∫ V dv
est
c
est
c
est
c
=δ ∫ N du + ∫ M dφ + ∫ V dv
est
c
est
c
est
c
em que:
VC VC
d
NC h NC
du
MC MC
dx dv
Figura 11 – Visualização das deformações diferenciais que ocorrem na seção transversal da viga.
Fonte: Acervo da autora.
134 UNIUBE
• Deformação infinitesimal du devida ao esforço normal N:
N ∆L du N
LeideHooke ⇒ σ= E ⋅ ε ⇒ = E⋅ = E⋅ ⇒ du= dx .
A L dx EA
De forma análoga, obtém-se:
M
• Deformação infinitesimal dϕ devida ao momento fletor M: dφ = dx .
EI
kV
• Deformação infinitesimal dv devida ao esforço cortante V: dv = dx .
GA
Lembre-se, de Resistência dos Materiais que:
N c .N M .M kV .V
=δ ∫
est
EA
dx + ∫ c dx + ∫ c dx
est
EI est
GA
M c .M
δ =∫ dx
est
EI
Em barras onde exista apenas esforço axial, logicamente será considerada apenas
a parcela relacionada com a força normal. Este é o caso das treliças para as quais,
tem-se apenas:
M c .M
δ =∫ dx
est
EI
135 UNIUBE
E, ainda, sendo as forças normais constantes para cada barra, a integral pode ser
transformada em um somatório, cujo contador é a quantidade de barras da treliça:
m
N ci .N i
δ =∑ Li
i =1 Ei Ai
A B C
5m
2m 8m
RESOLUÇÃO:
A B C
�A = ?
F=1
B C
HC
A
VC
HD
D
VD
∑M = 0 ⇒ 5⋅ H = 0 ⇒ H = 0
B(embaixo) D D
∑ F =0 ⇒ H =H =0
H C D
∑ M =0 ⇒ 8 ⋅ V =⋅
C 1 10 ⇒ V = 1, 25 D D
∑F = 0 ⇒ V + V =⇒
V 1 V =
1 − 1, 25 =
C −0, 25
D C
O sinal negativo encontrado para VC indica que essa reação de apoio é para baixo.
Portanto, tem-se:
τext
= τint ⇒ F ⋅ δA + VD ⋅ recalque
= 0 ⇒ 1 ⋅ δA − 1, 25 ⋅1,5
= 0 ⇒ δ=
A 1,88 cm
137 UNIUBE
(8ª APLICAÇÃO) Utilizando o P.T.V., calcule o deslocamento vertical do nó B
para a treliça esquematizada a seguir (desenho sem escala), que foi construída
com as barras AB, BD e BC tendo comprimentos de 5 mm, 6 mm e 8 mm,
respectivamente, maiores que os comprimentos projetados.
1,5 m
A D
C
3,0 m 3,0 m
RESOLUÇÃO:
B
�B = ? �L = 6 mm
�L = 5 mm
�L = 8 mm
A D
C
F=1
B
NBA NBD
NBC
A D
C
F=1
B
α α
NBA NBD
NBC = 0
1,5 o
=α arctg
= 26,56
3
∑ Fx =0 ⇒ N BA ⋅ COS ( α ) =N BD ⋅ COS ( α ) ⇒ N BA =N BD
1
∑ F= y 0 ⇒ N BA ⋅ sen ( α ) + N BD ⋅ sen ( α ) + 1= 0 ⇒ N BA= N BD=
2 ⋅ senα
= −1,12 kN
Portanto, tem-se:
m
τext = τint ⇒ F ⋅ δB = ∑ N ⋅∆
i =1
i i
m
1 ⋅ δ B =∑ N i ⋅ ∆ i ⇒ δ B =−1,12 ⋅ 5mm − 1,12 ⋅ 6mm + 0 ⋅ 8mm ⇒ δ B =−12,3 mm
i =1
A B T1 = + 10 O C C D
T2 = - 30 O C
RESOLUÇÃO:
�A = ? �T2 = - 30 O C
F=1
B C D
α ( ∆T2 − ∆T1 )
=δA
h ∫est M C ⋅ dx
140 UNIUBE
Resta, então, obter o diagrama de momentos fletores para o Estado de
Carregamento.
F=1
B C D
No trecho CD, não se tem carga alguma, e os momentos fletores tanto em C como
em D são nulos. Por isso, o DMF nesse trecho não existe.
MB = 1 x 2m = 2
DMF
A B C D
α ( ∆T2 − ∆T1 )
δA
h ∫ M C ⋅ dx
est
1, 0 ×10−5 ( −30 − 10 ) 6 ⋅ ( −2 )
δ=
A ⋅ ⇒ δ=
A 6,86 ×10−3 m ≅ 7 mm
0,35 2
3 5 8 kN
1
1,5
2 6
4
1,5 m
7
2,0 2,0 m
RESOLUÇÃO:
15 kN 15 kN 15 kN
3 5 8 kN
1
3 = ?
H2 2
6
4
V2
V7
142 UNIUBE
Estado de Carregamento (VIRTUAL):
F=1
3 5
1
H2 2
6
4
V2
V7
Viu-se na teoria que, quando se trata de uma treliça na qual são aplicadas cargas,
o deslocamento em um nó é obtido pela seguinte expressão:
m
N ci .N i
δ =∑ Li
i =1 Ei Ai
Como foi feito nas demais aplicações, entenda que o P.T.V. no caso de treliças é
assim aplicado: aplica-se uma carga unitária virtual (F = 1) no nó e na direção
do deslocamento real desejado (δ). O produto destas duas grandezas constituirá
o trabalho externo que será igualado ao trabalho interno.
O trabalho interno será obtido pelo produto dos esforços normais virtuais que
surgem nas barras por ocasião da aplicação da carga virtual unitária, no Estado de
Carregamento (Nc) pelos respectivos deslocamentos reais dessas barras, oriundos
das cargas dadas (equacionados pela Lei de Hooke em função de E, A, L e N).
11
N ci .N i 1 11
δ=
3 ∑ E
i 1= A
L=i
EA
⋅ ∑ N ci .N i ⋅ Li
i 1
i i
Tem-se também, os valores das reações de apoio calculadas para cada Estado
de:
1
δ=
3 5
= 1, 78 ×10−4 m ≅ 0, 2 mm
⋅149, 45
2,1×10 ⋅ 4
15 kN
7 kN/m
A D
B C
15 kN
7 kN/m
B
A D
B = ? C
VA VD
F=1
A D
B
VA VD
Esta última aplicação contempla o caso em que se tem uma viga ou um pórtico
carregados. Neste caso, os deslocamentos provenientes dos esforços cortantes e
normais são desprezíveis perante os decorrentes dos momentos fletores. Portanto,
sabe-se que, neste caso, a expressão para o cálculo de deslocamento resume-se a:
M c .M
δ =∫ dx
est
EI
Apenas para se fixar a teoria, tal expressão diz o seguinte: o trabalho externo
realizado pela força unitária virtual (F = 1) através do produto dessa pelo
deslocamento real desejado (δ) é igual ao trabalho interno realizado pelos
momentos fletores virtuais (Mc) decorrentes do Estado de Carregamento, ou seja,
da atuação da força virtual unitária aplicada, calculados pelo produto desses pelos
respectivos deslocamentos reais advindos das cargas que estão aplicadas na
estrutura. Tais deslocamentos reais são deduzidos a partir dos momentos fletores
reais M bem como de E e I (módulo de elasticidade longitudinal e inércia da seção
transversal).
1
=δB ∫ M c .M ⋅ dx
EI est
145 UNIUBE
Restam, portanto, os traçados dos diagramas de fletores referentes aos dois
estados, cujos produtos indicados na integral são obtidos através da Tabela 1
constante neste capitulo.
A partir disso, obtém-se os valores dos momentos fletores em cada nó, e unem-
se seus valores por linha cheia ou por linha tracejada caso se tenha carga
uniformemente distribuída (com “flecha” no meio do diagrama de qL2/8) ou caso
se tenha carga linearmente distribuída (com “flecha” no meio do diagrama de
qL2/16). Lembrou-se? Portanto, aqui serão apresentados os resultados de tais
cálculos e o traçado dos diagramas para que seja aplicado o P.T.V. e calculado o
deslocamento desejado do nó B.
7 kN/m
B
A D
B = ? C
V A = 13,25 kN VD = 36,75 kN
A B C D
DMF [kN, m]
66,25
7,875
3,5
78,75
146 UNIUBE
Estado de Carregamento (VIRTUAL):
F = 1 (sem unidade)
A D
B C
VA = 0,5 VD = 0,5
B C
A D DMF [m]
1,5
2,5
Faz-se, em seguida, o produto dos diagramas em cada trecho, por meio das
expressões constantes na Tabela 1 deste capítulo, observando-se que, caso o
diagrama esteja abaixo do eixo da viga, o momento fletor é positivo e caso contrário,
negativo. Percebe-se que, nesta aplicação, todos os momentos são positivos, o
que implica que todos os trabalhos calculados serão também positivos.
Observe que, caso o diagrama seja constituído por mais de uma figura geométrica,
o mesmo será dividido em dois, por exemplo. A partir dessas correlações de
áreas, escrevem-se as multiplicações das mesmas, com base na Tabela 1 – vide
a mesma.
1 1 5 ⋅ 2,5 ⋅ 66, 25 2
=δB ∫ M=
c .M ⋅ dx + 66, 25 ( 2 ⋅ 2,5 + 1,5 ) + 78, 75 ( 2,5 + ( 2 ⋅1,5 ) ) +
EI est EI 3 6
703, 23 703, 23
δ=
B = ⇒ δ=
B 2,34 × 10−2 m ≅ 2,3 cm
EI 30000
147 UNIUBE
8 CONCLUSÕES
Prezado aluno, no estudo realizado com este capítulo, você aprendeu sobre os
fundamentos e aplicações de um importante princípio físico-mecânico utilizado
em cálculos estruturais, para obtenção de deslocamentos, esforços e reações de
apoio. Trata-se do Princípio dos Trabalhos Virtuais – P.T.V.
Você aprendeu como, tendo uma estrutura isostática, torná-la uma vez hipostática
(cadeia cinemática com um movimento livre) para, a partir disso, traçar suas
elásticas vertical e horizontal. A partir das elásticas, você aprendeu como equacionar
os trabalhos realizados pelas cargas externas e pela incógnita desejada (reação
de apoio ou esforço seccional) para, finalmente, obter tal incógnita.
Por outro lado, estando uma estrutura isostática em uma das seguintes situações:
sob a atuação de cargas externas, com recalques de apoio, sob variações térmicas
ou de comprimentos de barras, você aprendeu a conceber uma estrutura virtual,
para cada caso desses, e equacionar os trabalhos, em busca de deslocamentos
ocorridos em nós estruturais.
Espera-se que você tenha se usufruído, da melhor maneira, dos meios e processos
apresentados neste capítulo, para o aprendizado acerca das deformações
ocorridas em estruturas isostáticas.
Referências
HIBBELER, R.C. Estática–mecânica para engenharia. 10.ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2008. 540p.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
Utilizando o P.T.V., obtenha o valor do momento fletor que solicita a seção S, para
a viga esquematizada a seguir (desenho sem escala) informando se este traciona
a viga em cima ou embaixo.
15 kN
6 kN/m 8 kN/m
5 kN.m
S
ATIVIDADE 2
A
B
ATIVIDADE 3
Utilizando o P.T.V., obtenha o valor do momento fletor que solicita a seção S, para
o pórtico esquematizado a seguir (desenho sem escala) informando se ocorre
tração embaixo ou em cima, nesta seção.
4 kN/m
3m
3 kN S
7 kN
5 kN
2m
o
45
3m
2m 2m
5m 5m
149 UNIUBE
ATIVIDADE 4
8 kN/m
A C
B C D
2,0
B
ATIVIDADE 5
C
2m
D
B
5m
4m 4m
150 UNIUBE
151 UNIUBE
3
Pórticos planos e
treliças isostáticas
Introdução
Caro aluno, este capítulo tem como objetivo nortear a realização dos
seus estudos a serem desenvolvidos sobre Pórticos Planos e Treliças
Isostáticas. Ele contém os caminhos e processos que você deverá
percorrer e superar, para construir os conhecimentos desejados ao final
deste estudo.
Para que você obtenha êxito ao final do seu estudo, é fundamental estudar
o conteúdo teórico na sequência apresentada, seguindo todos os passos e
recomendações nele contidos, para as verificações de aprendizagem.
São apresentados problemas de aplicação resolvidos que consolidam o
estudo teórico, que permitirão visualizar, na prática, os conceitos aprendidos.
Objetivos
Espera-se que, ao final dos estudos propostos, você seja capaz de:
Esquema
Pórticos Planos (Quadros Isostáticos Planos)
Treliças Isostáticas
Problemas de Aplicação Resolvidos
Conclusões
1.1 Definições
Basicamente, são quatro tipos fundamentais de quadros isostáticos planos (quadro
simples) quando estão isolados.
Resolução:
160 x 4 = HD x 4 → HD = 160 kN
→ HA = 160 kN
→ VA = 160 kN
→ VC = 160 kN (cortante)
→ NC = 0 kN (normal)
MB -
HA x 8 = 0 → MB = 1280 kN.m (tração nas fibras da
esquerda)
→ VB = HA = 160 kN
→ NB = VA = 160 kN (normal de compressão)
DMF (KN.m)
DFC (kN)
DFN (kN)
157 UNIUBE
Resolução:
158 UNIUBE
Cálculo das reações de apoio:
MA + 30 x 2 +10 x 2 – 10 x 1 – 40 x 2 = 0 → MA = 10 KN.m
→ HA = 10 kN
→ VA = 30 + 10 + 40 = 80 kN
DFC (KN)
DMF (KN.m)
DFN (KN)
Isolando a barra DE
HE x 6,0 = 0 → HE = 0
→ VD = 0
→ VE = ND
160 UNIUBE
Isolando a estrutura ABCD, teremos:
→ 50 - HA = 0→ HA = 50 kN
→ VA – 20 x 8,95 + ND = 0 → ND = 68,8 kN = VE
Traçando os diagramas de esforços:
DMF (KN.m)
161 UNIUBE
DFN (KN)
Note que sobre a barra CD não tem carregamento e é rotulada nas extremidades,
o que implica que ela estará sujeita somente a esforço normal (se de tração =
tirante; se de compressão = escora).
→ HA = 0
VA x 4 – 40 + 40 – 20 x 4 x 2 = 0 → VA = 40 kN
→ VA + VB = 4x20 → VB = 40 kN
N x 2 – 40 = 0 → N = 20 kN
DMF (KN.m)
DFC (KN)
DFN(KN)
164 UNIUBE
Resolução:
Primeiro, temos que verificar que o quadro ABC (I) não se mantém sozinho,
pois o apoio A é móvel. Portanto, o ponto C deverá apoiar-se no quadro estável
DCEFG.
Observe que o quadro DCEFG (II) se mantém sozinho com estabilidade sem
depender do quadro ABC.
→ 30 - HC = 0 → HC = 30 kN
VA x 8 – 30 x 2 - 10 x 8 x 4 = 0 → VA = 47,5 kN
→ VA + VC = 8 x 10 → VC = 32,5 kN
VD x 8 + 30 x 4 – 32,5 x 8 – 20 x 3 – 8 x 10 x 4 = 0
VD = 65 kN
→ VD + VG = 32,5 + 8 x 10 + 20 = 0 → VG = 67,5 kN
→ 30 - HG = 0 → HG = 30 kN
DMF (kN.m)
DFC (kN)
167 UNIUBE
DFN (kN)
Atenção!
2. Treliças Isostáticas
2.1 Definições
Resolução
→ HA = 0
→ VA + VE = 5 + 10 + 5 → VE = 10 kN
→ NBC = 0
→ NDC = 0
Devemos escolher seções que interceptem três barras não paralelas, nem
concorrentes, no mesmo ponto.
NBC = 0
(Basta, agora, fazer o somatório das forças verticais ou das forças horizontais
para conhecermos o valor de NAC).
É um método gráfico que parte do princípio de que se uma treliça está em equilíbrio,
os seus nós também estarão.
O sentido para percorrer todos os campos será sempre o horário (indicado como
positivo).
VA + VD = 45 → VA = 30 kN
→ -10,0 + HA = 0 → HA = 10 kN
Pelo ponto b, devemos passar por uma força de 10 kN na horizontal para a direita,
para chegarmos ao campo c.
Observe a figura do Cremona e perceba que a linha cf é vertical. O menor giro que
teremos que fazer para que os campos do Cremona coincidam com os da treliça
é um giro anti-horário. Como o nosso sentido de percorrer a treliça foi o horário,
podemos afirmar que o sinal da força será negativo, indicando compressão.
Veja na figura a seguir:
Dica
Pegue uma caneta ou lápis e coloque na vertical com a ponta para cima. Coloque
na figura do CREMONA. Imagine a ponta sendo o campo c. Leve agora a caneta do
CREMONA para a figura da treliça. Veja que a ponta estará sobre B. O menor giro
para que os campos se sobreponham, neste caso, será o anti-horário.
179 UNIUBE
Fazendo esta análise para todas as barras da treliça, poderemos representar os
resultados na própria treliça, ou mesmo em forma de tabela.
Atenção!
Antes de prosseguir, é necessário que você recorde o conceito de treliça.
Lembre-se de que as barras das treliças são rotuladas nas extremidades.
Os carregamentos devem estar nos nós da treliça.
Parada obrigatória
Faça suas próprias anotações, sintetizando o que você estudou até aqui,
no início deste capítulo, sobretudo com relação aos diferentes termos que
mesclam pré-requisitos com o que você está aprendendo agora.
180 UNIUBE
(1ª APLICAÇÃO)
Atenção!
Determine as reações de apoio. Basta separar a estrutura da esquerda ou
direita e aplicar o somatório dos momentos na articulação (rótula).
Resolução:
183 UNIUBE
Parada obrigatória
(3ª APLICAÇÃO)
Resolução:
184 UNIUBE
(4ª APLICAÇÃO)
Resolução:
185 UNIUBE
(5ª APLICAÇÃO)
Obter os esforços normais nas barras da treliça a seguir. Utilizar o método dos
nós.
Resolução:
Perceber que a treliça recebe carregamentos simétricos e a própria treliça também
é simétrica. As reações de apoio serão iguais e exatamente a metade das cargas
verticais para baixo.
VG = 50 kN
VA + VG = 100 → VA = 50 kN
→ HA = 0
186 UNIUBE
Isolando os nós da treliça.
→ NBC = 0
NAJ = + 30 kN (tração)
(6ª APLICAÇÃO)
Resolução:
Seção I – I
Basta, agora, fazer o somatório das forças verticais ou das forças horizontais para
conhecermos o valor de NAC, note que NBC = o.
(Estrutura da esquerda)
NBA = - 20 kN (compressão)
Seção II
NJI = 40 kN (tração)
Basta, agora, fazer o somatório das forças horizontais para conhecermos o valor
de NJD. a
191 UNIUBE
(Estrutura da esquerda)
Nas outras barras que não foram seccionadas, basta equilibrar o nó para que
seu valor seja conhecido.
(7ª APLICAÇÃO)
AB bh 200 20 -
BC ch 0 0
CD dj 299,2 29,92 -
DE em 299,2 29,92 -
EF fo 0 0
FG go 201,5 20,15 -
GH an 299,2 29,92 +
HI al 399,2 39,92 +
IJ ak 399,2 39,92 +
JA ai 299,2 29,92 +
AC hi 421,9 42,19 -
CJ ij 98,9 9,89 +
JD jk 141,4 14,14 -
DI kl 0 0
DH lm 141,4 14,14 -
HE mn 99,5 9,95 +
EG no 421,5 42,15 -
194 UNIUBE
A seguir, está mostrada a leitura com régua graduada para obtenção dos valores
dos esforços normais nas barras.
Atenção!
4. Conclusão
Prezado aluno, após o estudo realizado, você pode constatar que podemos ter
uma grande variedade de estruturas aporticadas (quadros) e treliçadas.
Espera-se que você, ao chegar até aqui, tenha usufruído da melhor maneira,
dos meios e processos apresentados neste capítulo, para o seu aprendizado do
conteúdo em questão, adquirindo as competências pertinentes, na medida do
cumprimento de cada etapa.
Referências
Atividades
Tendo percorrido até aqui, é necessário que você se autoavalie! Em seguida, são
apresentados alguns passos essenciais que lhe ajudarão nesta fase, em que
propomos atividades de autoverificação de aprendizagem. Tais atividades não
serão entregues ao professor.
Você, caro aluno, deverá ter a consciência de que neste importante estudo de
sua formação em Engenharia, não basta apenas a leitura!! É imprescindível que
você faça suas próprias anotações e se preocupe em raciocinar e se questionar
a todo momento, fazendo as paradas necessárias ao longo do seu estudo, para
que você possa prosseguir, tendo vencido os degraus na medida em que vai
escalando. Não pule nenhum deles, mas suba cada um, com atenção e seguindo
as recomendações propostas ao longo do texto!
Atividade 1
Faça um resumo sobre os pórticos planos, destacando os seus principais tipos.
Atividade 2
Escreva um resumo sobre as treliças isostáticas, destacando os principais métodos
de resolução.
Atividade 3
Trace os diagramas de esforços solicitantes para o pórtico dado, a seguir.
197 UNIUBE
Atividade 4
Trace os diagramas de momento fletor para o pórtico dado, a seguir.
Atividade 5
Calcule os esforços normais da treliça dada.
198 UNIUBE
Atividade 6
Calcule os esforços normais da treliça dada.
Atividade 7
Calcule os esforços normais da treliça dada.
Componente Curricular
Tecnologia e Materiais da
Construção Civil
4
Concreto de alto
desempenho – CAD
Introdução
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• reconhecer os componentes do concreto de alto desempenho;
• apontar a necessidade de utilização do concreto de alto desempenho;
• identificar as principais características dos constituintes do concreto de alto
desempenho;
• apresentar as principais características do concreto de alto desempenho;
• calcular a dosagem de um concreto de alto desempenho;
• definir a quantidade de materiais constituintes do concreto de alto
desempenho por metro cúbico;
• identificar as propriedades do concreto de alto desempenho no estado
fresco;
• identificar as propriedades do concreto de alto desempenho no estado
endurecido;
• aplicar o concreto de alto desempenho no desenvolvimento de projetos
estruturais de concreto armado (CA) ou concreto protendido (CP).
Esquema
Segundo Mendes et al (2007), desde os anos 50, muitas obras foram realizadas
com concretos de alta resistência, no entanto, nesta época, ainda não havia
significativa preocupação com a durabilidade das estruturas construídas com
esse material. O Concreto de Alto Desempenho começou a ser estudado há cerca
de 40 anos, porém, somente há vinte anos que a utilização dessa tecnologia foi
viabilizada técnica e economicamente para uso em algumas obras.
Figura 1 – Evolução do emprego de estruturas de concreto na construção de edifícios altos nos EUA
(mais de 220m).
Fonte: CAD, 1997.
e - Tower
O emprego do CAD de 80 MPa (fck de projeto) cumpriria com folga esses requisitos
e ainda traria benefícios extras à estrutura, tais como durabilidade, aumento da
vida
206 UNIUBE
útil e maior módulo de elasticidade, além de ter a maior resistência à compressão
característica já empregada em obra, 80 MPa, com resultados de fck de 115 MPa.
Tal fato levou ao maior módulo de elasticidade já empregado em uma obra: 47,9
GPa, pelo que se tem notícias na literatura internacional.”
Sintetizando...
De acordo com a classificação proposta por Amaral (CAD, 1997), o CAD pode ser
dividido em quatro categorias de resistência, conforme apresentado no Quadro 1.
Saiba Mais
BAUXITA CALCINADA
1.2.2 Compacidade
1.2.3 Impermeabilidade
Com uma estrutura mais compacta, o CAD torna-se menos permeável que o
concreto comum. Enquanto que em um concreto comum a porosidade é de 25
a 30%, no CAD, esse valor cai para 5% (CAD, 1997). Segundo os autores, para
validação dessa característica, a cura do concreto deve ser bem feita e iniciada
assim que a superfície apresente condições de ser molhada.
Saiba Mais
CURA
1.2.5 Trabalhabilidade
Com o uso de aditivos superplastificantes, o concreto torna-se bastante trabalhável.
Relembrando
TRABALHABILIDADE
Na fase de projeto:
Exemplos:
• • Cimento Portland CP II E 32;
• • Cimento Portland CP III 40;
• • Cimento Portland CPV.
Relembrando
Tipos de Cimento
→ Comum
Composição (% em massa)
CP I 100 -
Comum NBR 5732
CP I-S 99-95 1-5
212 UNIUBE
Relembrando
Tipos de Cimento
→ Composto
Composição (% em massa)
CP I 100 -
Comum NBR 5732
CP I-S 99-95 1-5
Composição (% em massa)
Tipo de
Clínquer Escória Material Material Norma
cimento Sigla
granulada pozolânico carbonático Brasileira
portland + de alto-
Gesso Forno
Composição (% em massa)
Tipo de cimento Norma
Sigla Clínquer
portland Material Brasileira
+
gesso carbonático
Relembrando
Segregação
A separação dos agregados da pasta de cimento é definida como segregação.
Este fato prejudica a aderência da pasta aos agregados e à armadura.
Exsudação
Normalmente, uma camada de água se formará nas superfícies horizontais de
um concreto convencional devido à acomodação dos compostos do concreto
no estado fresco, pressionando a água para a superfície. Após a secagem,
forma-se uma película frágil e quebradiça na superfície do concreto. Este
fenômeno é conhecido como exsudação.
Curiosidade
Importante
Relembrando
Aditivo RETARDADOR
Relembrando
Exemplificando!
Materiais
Neste estudo, foram utilizados os materiais caracterizados e identificados a seguir:
Aglomerante
Como aglomerante hidráulico único foi utilizado o cimento Portland composto (CP
II E 40) conforme NBR 11578 (1991) e resultados dos ensaios de caracterização
físico-mecânica e química.
Agregados
221 UNIUBE
Aditivos
Água de amassamento
Requisitos
Os concretos foram dosados visando atender os seguintes requisitos:
→ Resistência característica à compressão aos 28 dias.
De acordo com o projeto estrutural,
Para atender à exigência de projeto, é necessário dosar o concreto para uma
resistência média de:
Experimentando
Saiba mais
MÓDULO DE ELASTICIDADE
Resultados Obtidos
→ Concreto Fresco
Resistência à 28d 60,1 55,3 51,6 49,7 64,6 61,1 56,9 53,8
compressão
axial (MPa) 63d 65,2 60,4 56,2 54,4 69,7 65,9 62,0 58,0
Saiba mais
LEI DE ABRAMS
Segundo a Lei de Abrams, para o concreto endurecido, a resistência do
concreto é função da relação a/c.
Correlaciona-se a resistência à compressão do concreto com a relação a/c em
massa para concretos adequadamente curados de acordo com a equação:
Em que:
→ resistência à compressão (MPa)
→ constantes que dependem do material usado
→ relação água-cimento em massa
Para cada tipo de cimento, uma curva é estabelecida experimentalmente e
sem considerar o tipo de agregado da mistura.
Figura 5 – LEI DE LYSE – Correspondência entre relação a/c e teor de agregados em relação ao
cimento, em massa, obtida a partir do modelo de Lyse, 1932.
Fonte: (CAD, 1999).
226 UNIUBE
Saiba mais
LEI DE INGE LYSE
Segundo a Lei de Lyse, para o concreto fresco, a consistência do concreto,
medida pelo abatimento do tronco de cone, é função da relação água/materiais
secos e é independente do traço seco.
Em que:
→ é a relação água-cimento em massa.
→ são constantes que dependem dos materiais utilizados para uma
determinada trabalhabilidade.
Saiba mais
LEI DE MOLINARI
Segundo a Lei de Molinari, para o consumo de cimento, o consumo de cimento
de um concreto correlaciona-se com o valor do traço seco (m) através de uma
curva, conforme equação:
Uma tabela lista cinco níveis de concreto com resistência à compressão média
aos 28 dias variando de 65 a 120 MPa.
Resistência Média
Resistência prevista (MPa)
A 65
B 75
C 90
D 105
E 120
A 65 175
B 75 160
C 90 145
D 105 135
E 120 120
Opção 2: 75% cimento Portland e 25% de cinza volante ou escória de alto forno
em volume;
Opção 3: 75% de cimento Portland, 15% de cinza volante e 10% de sílica ativa
em volume;
Dicas
Conversão de unidades
Para o aditivo – para esse capítulo, não será considerada a quantidade de água
constante no aditivo para fins de ajuste da umidade da mistura.
Para o agregado – se houver uma umidade de 5% no agregado miúdo, faz-se o
seguinte ajuste:
• para os 689 Kg de agregado miúdo, deve-se acrescentar 5% de massa,
resultando 725,26 Kg de agregado miúdo – 689 / 0,95 = 725,26 Kg ou 725
Kg (arredondado);
• dos 725,26 Kg deve-se retirar 5% correspondente ao peso da água,
resultando 36,26 Kg – 725,26 x 0,05 = 36,26 Kg
Ajustes a serem realizados para 1 m3 de concreto:
massa calculada de agregado miúdo – 689 Kg;
massa ajustada de agregado miúdo para 5% de umidade encontrada – 725
Kg;
massa de água encontrada – 175 Kg;
massa ajustada de água – 175 - 36,26 = 138,74 Kg ou 139 Kg (arredondado).
Passo 8: Ajuste da mistura experimental
Após a dosagem e durante a mistura, devem-se fazer os ajustes para alcançar
a consistência desejada, e, posteriormente, realizar os ensaios para verificar o
atendimento às solicitações de projeto.
Resultado Final: Quantidade de materiais obtida para 1 m3 de concreto
de alto desempenho.
235 UNIUBE
Seleção do material
e dosagem
Controle tecnológico
Especificação/Projeto
Mistura
Figura 7 – Produção do concreto de alto desempenho
Estudo da Dosagem
Transporte
Fonte: Acervo das autoras
Lançamento
Cura
236 UNIUBE
• Seleção do material
• Mistura
• Transporte e Aditivo
• Controle tecnológico
Ainda no estado fresco, conforme NBR 5738 (2003), são moldados corpos de
prova para ensaio de resistência à compressão nas idades determinadas.
Segundo a norma, o concreto deve ser colocado no molde, com o emprego de
concha, em camadas de alturas aproximadamente iguais, conforme a Tabela 8.
(c) Cura
Assim como no concreto comum, a cura deve ser realizada logo que a estrutura
apresente condições de ser molhada.
A cura pode ser realizada de diversas formas, logo após a concretagem. Dentre
estas formas, tem-se: cura úmida por aspersão de água (conforme Figura 11),
submersão e recobrimento e cura química.
• Resistência à compressão
Conforme visto, os corpos-de-prova serão moldados de acordo com NBR 5738
(2003).
P L
(b) Na estrutura:
com estruturas mais esbeltas constata-se a redução, não apenas do volume
de concreto, mas da área de formas e consumo de aço da estrutura, de
acordo com o exemplificado na ilustração apresentada na Figura 13.
243 UNIUBE
estrutura
carga
fundação
Concreto Comum – CC
Exemplificando!
OBRA 1
Dados gerais:
• concretagem de pilares;
• volume total de concreto: 500 m3;
• custo das formas e escoramentos: R$ 20,00/m²;
• custo da armação: R$ 6,30/Kg;
• custo da mão de obra e mobilização do canteiro empregada nos serviços
de superestrutura (forma/escoramento e concretagem): R$ 15 000,00 /mês.
OBRA 2
Dados gerais:
• concretagem de pilares;
• custo das formas e escoramentos: R$ 20,00/m²;
• custo da armação: R$ 6,30/Kg;
• volume total de concreto: 350 m3 (CAD) e 408 m3 (CC);
• custo da mão de obra e mobilização do canteiro empregada nos serviços
de superestrutura (forma/escoramento e concretagem): R$ 15.000,00 /mês.
Resumo
O capítulo estudado apresentou as características e dosagem do concreto de alto
desempenho. Vimos que o CAD é uma alternativa que gera maior durabilidade e
melhores custos e desempenho do conjunto projeto-obra-ocupação das estruturas
de concreto armado. Assim, pudemos, ao longo do estudo, perceber e enumerar
as vantagens do emprego do Concreto de Alto Desempenho nas estruturas de
concreto armado (CAD, 1997), que são:
Exemplificando!
Atividades
Atividade 1
a) O que é um CAD?
e) Faça a leitura do texto: Pilares com fc 125 MPa: Recorde mundial em concreto
de alto desempenho colorido
<http://www.basf-cc.com.br/PT/projetos/proj_comerciais/Pages/ETower2.aspx>
e responda: (a) porque o concreto utilizado no e-Tower tornou-se um marco para
o Brasil, e, (b) quais as principais vantagens decorrentes da utilização desse
concreto.
251 UNIUBE
Referências
ANJOS, F. V. e SILVA, J. B. As usinas de produção de alumínio da ALCAN
no Brasil – processo Bayer para produção de alumina e os processos
eletrolíticos para a produção de alumínio. In: As usinas brasileiras de
metalurgia extrativa dos metais não-ferrosos, ABM, São Paulo, 1983.
_______. NBR 8953: Concreto para fins estruturais - Classificação pela massa
específica, por grupos de resistência e consistência. Rio de Janeiro, 2009.
Revista TÉCHNE 81, Concretos de alta resistência. Dez 2003. Disponível em:
<http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/concretos-de-
alta-resistencia-79916-1.asp> Acesso em: 20 jul. 2010
5
durabilidade
das estruturas
de concreto e
concretos especiais
Maria Cláudia Freitas Salomão
Vanessa Rosa Pereira Fidelis
Introdução
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
1. Durabilidade das estruturas de concreto
2. Durabilidade de estruturas de concreto armado
3. Mecanismos de transporte de fluidos na matriz do concreto
4. Mecanismos de deterioração das estruturas de concreto armado
4.1. Causas físicas de deterioração do concreto
4.2. Causas químicas de deterioração do concreto
4.3. Causas de deterioração da armadura
5. Durabilidade das estruturas de concretos especiais
6. Concreto colorido
6.1. Aplicações do concreto colorido
7. Concreto branco
7.1. Aplicações do concreto branco
8. Concreto com utilização de resíduos
8.1. Utilização dos resíduos na construção civil
8.2. Dificuldades encontradas para o emprego dos resíduos em concretos
8.3. Utilização do concreto com agregados reciclados
9. Concreto com fibras
9.1. Tipos de fibras disponíveis
9.2. Aplicações do concreto com fibras
10. Concreto projetado
11. Concreto compactado a Rolo
11.1. Concreto compactado com rolo para pavimentos
11.2. Concreto Compactado com rolo para barragens
11.3. Aplicações do CCR
12. Concreto massa
12.1. Aplicação do concreto massa
13. Concreto estrutural leve
13.1. Aplicações do concreto com agregados leves
14. Concreto pesado
14.1. Aplicações do concreto com agregados pesados
15. Concreto auto-adensável
15.1. Aplicações do concreto auto-adensável
16. Concreto de alto desempenho
255 UNIUBE
O conjunto de alterações feitas no cimento a partir da década de 70, aliado aos erros
de projeto, erros de execução e falta de manutenção preventiva contribuíram para
o grande número de estruturas deterioradas precocemente. Essas constatações
demonstraram que as exigências e recomendações das principais normas de
projeto e execução de estruturas de concreto vigentes na década de 80 eram
insuficientes.
Mas, como uma estrutura de concreto armado pode ser mais durável?
Podemos afirmar que uma estrutura foi projetada para ser mais durável que a
outra quando, além das dimensões e posicionamento das peças constantes no
projeto, o concreto foi especificado conforme condições de utilização previstas, a
fim de atender o tempo de vida útil esperado.
Exemplo: se uma estrutura foi projetada como uma ponte de travessia em um mar
está em condições de exposição diferentes de uma estrutura projetada para um
256 UNIUBE
viaduto. A primeira conta com fenômenos como erosão, ação da maresia e colisão
de embarcações na estrutura de concreto, enquanto que o viaduto conta com a
poluição e possível impactos de veículos automotores.
Relembrando
Relação água/cimento
É um número adimensional definido pela quantidade de água no concreto dividida pela
quantidade de cimento. Quanto menor a relação água/cimento, maior a resistência
do concreto.
Classe do concreto
É a resistência à compressão, ou fck requerido em projeto e expressos em MPa
(Mega Pascal).
Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1), 2)
Industrial 1), 3)
IV Muito forte Elevado
Respingo de maré
NOTAS
1 O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os
requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655
2 CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado
3 CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto
protendido.
Trocando ideias!
Quais critérios devem ser analisados quando o projetista e o proprietário da obra
definem a vida útil da estrutura? Converse com seus colegas e com seu(sua)
preceptor(a) sobre isso.
De fato, o concreto é uma estrutura porosa e, por isso, permite a passagem para o
seu interior de fluidos diversos que podem deteriorar seus componentes. Para que
o aço e o concreto atuem em conjunto durante o período de vida útil da estrutura,
algumas necessidades são impostas em relação à qualidade do concreto. A
resistência nominal do concreto, a relação água-cimento bem como o cobrimento
adequado da armadura são parâmetros que devem ser escolhidos de acordo com
o ambiente e vida útil da edificação.
Relembrando
Cobrimento da armadura
É a distância entre a face do concreto e o aço utilizado para a armação da peça
da estrutura. A NBR 6118 (2003) define as distâncias mínimas conforme a classe de
agressividade ambiental a que estão submetidas (Tabela 3).
259 UNIUBE
Tabela 3 – Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
Classe de agressividade
Componente I II III IV 3)
Tipo de estrutura
ou elemento
Cobrimento nominal mm
Laje 2) 20 25 35 45
Concreto armado
Viga/Pilar 25 30 40 50
Concreto 1)
Todos 30 35 45 55
protendido
1)
Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios,
cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto
armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão.
Para a face superior das lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de
2)
contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassas
de revestimento a acabamento, tais como pisos de elevado desempenho, pisos
cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser
substituídas por 7.47.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15mm.s
Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento
3)
Quanto mais elevada for a tensão superficial no interior dos poros, maior será a
ascensão capilar, e quando os líquidos são altamente viscosos torna-se maior a
dificuldade de penetração destes nos poros do concreto.
As principais degradações de origem química são a deterioração por ação dos sais,
a formação de eflorescências, o ataque por sulfato e a reação álcali-agregado.
Exemplificando!
Exemplificando!
A água do rio/mar contém partículas que colidem com a superfície do pilar causando
o desgaste do mesmo.
Pesquisando na Web
Os concretos sujeitos à ação física da cristalização dos sais são aqueles que
apresentam grande porosidade, ou seja, com elevada relação água/cimento, e
que estejam em contato com soluções de alta concentração salina.
Relembrando
Água livre
Água presente nos vazios maiores que 50 Å. Também chamada de água capilar.
266 UNIUBE
Água adsorvida
Água próxima à superfícies do sólido, sob a influência de forças de atração. A
perda de água adsorvida é principalmente responsável pela retração da pasta na
secagem.
Uma teoria apresentada por Litvan apud Mehta e Monteiro (1994) mostra que
quanto mais rígida estiver a água contida nos vazios da pasta de cimento, mais
difícil é de que ela se congele. Dessa forma, a água adsorvida no gel e a água
interlamelar apresentarão pontos de congelamento em temperaturas inferiores ao
da água dos vazios capilares.
Conforme descreve Bauer (2000), para temperaturas entre 200 e 300 °C, toda a
água capilar já se evaporou, a temperatura crítica do concreto quanto exposto ao
fogo é da ordem de 350 °C, quando inicia-se a formação de fissuras superficiais.
Ataque ácido
O crescimento das atividades urbanas e industriais nos últimos 30 anos contribuiu
para a disseminação das fontes produtoras de ácido em contato com estruturas
feitas com o uso de cimento. Entre as substâncias ácidas que atacam severamente
as estrutura, destacam-se as soluções minerais, como os ácidos sulfúrico, nítrico,
clorídrico e fosfórico e orgânicas, como o ácido lático e acético.
Pesquisando
Relembrando
Compostos do cimento hidratado
• Silicato de cálcio Hidratado (CSH) – 50-60% volume de sólidos
• Hidróxido de Cálcio – 20-25% volume de sólidos
• Sulfoaluminato de Cálcio – 15-20% volume de sólidos
• Grãos de clínquer não hidratados
Ataque de Sulfatos
O ataque por sulfatos é caracterizado pela reação entre o íon sulfato e os
compostos hidratados do cimento. Os sulfatos (de cálcio, de sódio, de potássio e
de magnésio) são encontrados em solos ou em águas poluídas.
Lixiviação
A lixiviação ocorre por ação de águas puras, carbônicas agressivas e ácidas que
dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento (LIMA et al ,
2007).
Carbonatação
Em condições normais de exposição, o CO2 atmosférico penetra no concreto reage
com o Ca(OH)2 diminuindo o pH de 13,5 para valores abaixo de 10 (PAPADAKIS,
VAYENAS, FARDIS, 1991). A equação 2 é a equação geral da carbonatação e
pode ser descrita por três etapas (DA SILVA, 1998).
Na segunda etapa (equação 4), o ácido carbônico reage com o hidróxido de cálcio
originando bicarbonato de cálcio e água.
Ampliando o conhecimento
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_carbono)
Reação álcali-agregado
As reações álcali-agregado (RAA) são reações químicas envolvendo íons
alcalinos do cimento Portland (NaOH e KOH) e certos constituintes mineralógicos
dos agregados. Esse tipo de reação ocorre com agregados compostos de sílica
amorfa ou carbonatos.
Pesquisando
Reação anódica
Fe ⇔ Fe+2 + 2e-
Reações catódicas:
O2 + 2H2O + 4e- ⇔ 4OH-
2H+ + 2e- ⇔H2
Isso quer dizer que o concreto hoje deve atender a critérios específicos de cada
tipo de obra, justificando as pesquisas e o estudo dos “concretos especiais”.
277 UNIUBE
Se o concreto convencional é a mistura de cimento (aglomerante), areia (agregado
miúdo), brita (agregado graúdo) e água; os concretos especiais são a otimização
dessa mistura buscando melhorar características específicas do material.
6. Concreto colorido
O concreto já mostrou ser um material versátil usado em diversas obras arquitetônicas
com os mais variados contornos. Além de ter sua textura e forma valorizada, o concreto
pode agregar maior valor estético à edificação por meio da adição de pigmentos.
De uma forma resumida, um pigmento é um produto que não é solúvel ao meio em que
é aplicado, desta forma pode ser utilizado em concretos e argamassas, sem serem
lavados pela água das chuvas.
Mistura de α
Marrom Óxido de ferro Fe 2 O 3 ,α − FeOOl e/ou Fe 3 O 4
• intempéries;
• alcalinidade;
• variações de pH;
• variações de temperatura;
• lixiviação por água.
Embora qualquer cimento possa ser utilizado para a confecção de concreto colorido,
deve-se evitar o uso de marcas diferentes de cimento na concretagem de um
mesmo componente, pois podem apresentar tonalidades distintas em função do
seu processo produtivo. Deve-se, ainda, realizar o adensamento cautelosamente
para evitar que possíveis juntas sejam feitas em cores diferentes.
• de rejuntamento;
• de revestimento;
• projetada;
• de Assentamento.
b) Artefatos:
c) Concreto:
Em Curitiba-PR, uma escola descobriu que o concreto pode ser utilizado também
com fins pedagógicos. Em uma área de 145 m², o pavimento se transformou em
um mapa-múndi, com blocos intertravados. O projeto resultou em um equipamento
para atividades educacionais para crianças. Assim, blocos com dupla camada,
resistência superior a 35 MPa e 6 cm de espessura compõem o painel. Oito
diferentes cores fazem a caracterização dos continentes e oceanos e, para tornar
os tons mais vivos e definidos, foi utilizado cimento branco.
Curiosidade
7. Concreto branco
Em sintonia com a versatilidade atualmente exigida das estruturas, o concreto
branco é, juntamente com o concreto colorido, uma solução contra a “monotonia”
cinza do concreto convencional. Dentro desta nova exigência do mercado é que o
cimento branco estrutural acabou ganhando força.
Relembrando
Composto do cimento
As matérias primas básicas do cimento (a argila e o calcário) quando
calcinadas (submetidas a altas temperaturas) dão origem aos seguintes
compostos:
• silicato tricálcico -C3S – também chamado de alita;
Desta forma, o maior custo inicial pode ser parcialmente compensado pela
dispensa de atividades de acabamento e redução das atividades de manutenção.
Parada obrigatória
A primeira grande obra pública do país a adotar o concreto branco foi a ponte Irineu
Bornhausen, reinaugurada em 2004, na cidade de Brusque. O projeto substituiu
a antiga ponte, por uma estrutura estaiada, com vão livre maior. A nova estrutura
tem 90 metros de extensão por 14 metros de largura, e vão livre de 60 metros.
A utilização desses resíduos pela própria indústria da construção civil é uma solução
viável para reduzir a disposição desse material em aterros. Esta solução vem se
tornando cada vez mais importante e diversas pesquisas referentes ao assunto
estão sendo desenvolvidas para se conhecer e melhorar o comportamento dos
materiais de construção feitos a partir de resíduos.
b) Classe B
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plástico, papel/
papelão, metais, vidros e outros.
c) Classe C
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/
recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.
d) Classe D
São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:
tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais
e outros.
a) Triagem do RCD
Saiba mais
Você pode saber mais sobre a utilização de resíduos na construção civil acessando
o site do Programa de Tecnologia de Habitação – HABITARE. (www.habitare.org.br)
No site, é possível acessar a Coleção Habitare, cujo volume 4 é dedicado à utilização
de resíduos na construção habitacional.
Relembrando
Material Frágil
Um material frágil é aquele que se rompe com pequena ou nenhuma deformação.
Ex.: cerâmicas e concretos.
Os mais diversos materiais podem ser utilizados para a fabricação das fibras:
aço, vidro, náilon, carbono, sisal etc. Algumas dessas fibras têm módulo de
287 UNIUBE
elasticidade maior que o do concreto, outras têm módulo de elasticidade menor
que o do concreto.
Curiosidade
Dos diferentes tipos de fibras que fazem parte deste grupo, podem ser destacadas
as fibras de polipropileno, polietileno, poliéster e poliamida (nylon).
Fibras Minerais – A família das fibras minerais é composta por fibras de carbono,
vidro e amianto.
Entretanto, sua utilização na construção civil é proibida porque esta fibra libera
partículas muito pequenas que danificam os alvéolos pulmonares, se aspiradas
pelo homem.
Fibras Metálicas – Dentre a família das fibras metálicas, as mais comuns são as
fibras de aço. Seu formato pode ser bastante variável, com o objetivo de aumentar
a aderência com a matriz cimentante.
O concreto reforçado com fibras de aço vem sendo utilizado com sucesso em
289 UNIUBE
pavimentos e concreto projetado. O sucesso deste nestas aplicações se deve
a sua boa capacidade de absorção de energia durante a ruptura ou, em outras
palavras, a sua tenacidade.
O principal papel das fibras no concreto reforçado com fibras de aço é agir como
ponte de transferência de tensões através das fissuras.
É possível utilizar todos os tipos de cimentos para a produção dos concretos massa
de barragens. No entanto, em virtude da evolução das temperaturas do material,
os cimentos devem ser submetidos a uma série de ensaios físico-químicos,
incluindo a determinação do calor de hidratação e dos álcalis solúveis em água.
Pesquisando
Barragens de concreto
Até esse ponto do capítulo, já foram apresentados os tipos de concreto mais
utilizados em barragens:
• concreto compactado com rolo;
• concreto massa.
O concreto leve estrutural pode ser aplicado nos mais diferentes setores da
construção civil, como, por exemplo, nos sistemas construtivos pré-fabricados,
plataformas marítimas flutuantes, pontes e edificações de múltiplos andares.
Os agregados de massa específica normal são muito mais rígidos e fortes do que
a mistura da pasta de cimento, resultando que altas concentrações de tensões
ocorrem na interface da pasta de cimento com o agregado, onde o material é mais
fraco.
Outros materiais podem ser utilizados com esta finalidade, mas o concreto é
normalmente o mais econômico. Além disso, o concreto pesado tem propriedades
mecânicas satisfatórias e tem relativamente baixo custo de manutenção.
297 UNIUBE
Paredes maciças de concreto convencional também podem ser utilizadas com a
finalidade de blindagem. Entretanto, o uso de concreto pesado reduz a espessura
da blindagem ampliando o espaço útil. (MEHTA e MONTEIRO, 1994).
Lepidocrocita
Óxido de ferro
Geotita hidratado contendo de 3400 – 4000 2240
8 a 12% de água
Limonita
O CAA também tem sido bastante utilizado em fôrmas com grande densidade de
armadura, fundações executadas por hélice contínua, lajes de pequena espessura
e elementos pré-fabricados.
A ponte metálica, inaugurada em 1998, com 1991 metros de vão livre, consumiu
nas ancoragens 290.000 m³ de concreto autoadensável. O aumento na velocidade
de execução e a dispensa de adensamento foram motivos importantes para a
utilização de CAA nesta obra. Nos dois blocos de ancoragem, utilizou-se 500.000
m³ de CAA, tendo alcançado um rendimento de aplicação de 1900 m³ / dia. O
299 UNIUBE
uso do CAA proporcionou uma diminuição no prazo de entrega da obra em,
aproximadamente, três meses.
Na Linha 4 – Amarela, do Metrô de São Paulo, por exemplo, foi utilizado o CAA
para a concretagem da laje de fundo dos poços Norte e Sul da estação da Luz.
Cerca de 8 mil m³ de concreto foram necessários para preencher a peça de mais
de 2 mil m² de área de superfície e cerca de 3,5 m de altura.
Sintetizando
CONCRETOS ESPECIAIS
• Concreto Colorido;
• Concreto Branco;
• Concreto com utilização de resíduos;
• Concreto com Fibras;
• Concreto Projetado;
• Concreto Compactado com rolo;
• Concreto Massa;
• Concreto Leve;
• Concreto Pesado;
• Concreto autoadensável;
• Concreto de Alto Desempenho.
Referências
ABNT– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6118 – Projeto e execução de obras de concreto
armado - Procedimento. Rio de Janeiro, Brasil. 2003.
Atividades
Atividade 1
Descreva por que a durabilidade de uma estrutura está relacionada aos materiais
e à execução da estrutura.
Atividade 2
Descreva por que o excesso de água pode ser considerado um dos principais
agentes agressivos do concreto.
Atividade 3
Descreva as vantagens de se utilizar fibras de aço em pavimentos de concreto.
Atividade 4
De maneira simplificada, descreva como é produzido o concreto autoadensável.
Atividade 5
Descreva quais as principais vantagens do concreto compactado a rolo utilizado
em barragens.
303 UNIUBE
Referencial de Respostas
Capítulo de Estudo 1
Estruturas planas: fundamentações e vigas isostáticas
A seguir, são apresentadas as resoluções das atividades através das quais você
mesmo se autoavaliará. Caso não chegue na resposta correta, da primeira vez,
não desanime!! Tente novamente. Reestude e refaça o necessário!! Você é capaz!!
ATIVIDADE 1 - p.89
Aqui, o aluno utiliza da forma escrita e sintetizada, para fixação dos conteúdos
teóricos. É importante que se esteja com elevada concentração e disposição, para
que assimile da melhor forma os conteúdos novos que se apresentam.
ATIVIDADE 2 - p.89
No item 5, você encontra a classificação completa dos elementos estruturais,
segundo sua geometria e segundo a mecânica das estruturas. E nesta última
classificação, os elementos laminares são classificados em planos (placas – que
recebem cargas perpendiculares à sua superfície plana e chapas – que recebem
cargas paralelas ao plano que as contêm) e curvos (cascas – que possuem curvatura).
ATIVIDADE 3 - p.89
No item 6.5, você encontra as definições aqui solicitadas, de forma clara.
Procure explicar com suas próprias palavras, pois assim você se auto-avaliará
verdadeiramente, verificando se entendeu de fato.
ATIVIDADE 4 - p.89
No item 6.5.2, você encontra a resposta para esta questão. Sintetize as informações,
esquematizando e redigindo com suas próprias palavras os textos explicativos.
ATIVIDADE 5 - p.89
No item 6.5.2, você encontra a resposta para esta questão. Sintetize as informações,
esquematizando e redigindo com suas próprias palavras os textos explicativos.
ATIVIDADE 6- p.89
Estudando com bastante atenção o item 6.6, você estará apto a responder a esta
questão.
304 UNIUBE
ATIVIDADE 7 - p.89
Para cada estrutura aqui apresentada, serão realizados os cálculos referentes à
obtenção dos graus de estaticidade (g) e deslocabilidade interna (di) e externa
(de), com os respectivos comentários. Fique bastante atento às peculiaridades em
cada caso que se esteja analisando.
g = 3m – Ve – Vi = 3.4 – (1+2+1+3) –
(3+3+2)
= - 3 : 3x hiperestática
di = 1 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.4 – 3 – (2+1+2)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(b)
g = 3m – Ve – Vi = 3.5 – (1+3+1+2) –
(4+6)
= - 2 : 2x hiperestática
di = 1 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 5 – (1+2+1+2)
(c) = 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.5 – (2+2+3+3) –
(6+6)
= - 7 : 7x hiperestática
di = 2 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 5 – (2+2+2+2)
(d) = -1 : 1xsuperindeslocável
externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
305 UNIUBE
de = 2n – b – Ve = 2.3 – 2 – 4
(e) = 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(f) de = 2n – b – Ve = 2.5 – 5 – 4
= 1 : 1x indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.5 – 4 – 6
= 0 : indeslocável externamente
(g) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.5 – 4 – (1+2+1)
= 2 : 2x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(h)
306 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (1+1+1) –
(6+4+3+8+8) = 1 : 1x hipostática
de = 2n – b – Ve = 2.7 – 7 –(1+1+1)
= 4 : 4x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(i)
g = 3m – Ve – Vi = 3.10 – (3) –
(3+3+6+6+9+6+2) = - 8 : 8x
hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 10 – 2
= 4 : 4x deslocável externamente
(j) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
de = 2n – b – Ve = 2.4 – 4 – 2
= 2 : deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(k)
307 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (2+2) –
(2+6+5+6+2+4+4+4) = - 4 : 4x
hiperestática
di = 3 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
(l) de = 2n – b – Ve = 2.8 – 11 – 4
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.7 – (3+3+3) –
(2+2+6+2+2) = - 2 : 2x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 7 – 6
= 3 : 3x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(m)
g = 3m – Ve – Vi = 3.10 – (2+3+3+2)
– (2+6+2+2+2+6+2) = - 2 : 2x
hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.11 – 10 –
(2+2+2+2)
(n) = 4 : 4x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
308 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.8 – (3+3+3) –
(2+2+6+5+6) = - 6 : 6x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 8 – (2+2+2)
= 2 : 2x deslocável externamente
(o) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.18 – (2+3+3+2) –
(2+6+2+6+9+6+6+8+6+3+3) = - 13 :
13x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.13 – 18 –
(2+2+2+2)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(p)
g = 3m – Ve – Vi = 3.10 – (3+2+3) –
(2+4+2+6+6+6) = - 4 : 4x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 10 – (2+2+2)
= 2 : 2x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(q)
309 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.15 – (3+1+3) –
(2+6+2+6+6+6+4+9+4) = - 7 : 7x
hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.12 – 15 – (2+1+2)
= 4 : 4x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(r)
g = 3m – Ve – Vi = 3.29 – (3+3) –
(5+5+6+8+6+6+4+6+4+6+6+6+8+5+5)
= - 5: 5x hiperestática
di = 2 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.17 – 29 – (2+2)
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(s)
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (3) –
(2+5+5+2+5+4+4+2) = 1 : 1x
hipostática
di = 3 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 11 – 2
= 5 : 5x deslocável externamente
(t) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
310 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.12 – (2+1)
– (4+4+6+6+4+6+4) = - 1 : 1x
hiperestática
di = 0 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.7 – 12 – (2+1)
= - 1 : 1x indeslocável externamente
(u) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.14– (3) –
(4+6+4+4+4+6+8+2) = 1 : 1x
hipostática
di = 0 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.9 – 14 – 2
= 2 : 2x deslocável externamente
(v) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.13 – (2+1) –
(2+6+4+6+4+8+4+2) = 0 : isostática
di = 0 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.8 – 13 – (2+1)
= 0 : indeslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(w)
g = 3m – Ve – Vi = 3.9 – (3+3) –
(6+5+5+6+2)
= - 3 : 3x hiperestática
di = 2 (desprezo balanços e conto os nós
contínuos entre duas ou mais barras)
de = 2n – b – Ve = 2.7 – 9 – (2+2)
= 1 : 1x deslocável externamente
(articulo todos os nós e desprezo balanços)
(x)
311 UNIUBE
g = 3m – Ve – Vi = 3.8 – (2+2) –
(4+4+7+7)
= - 2 : 2x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 8 – (2+2)
= 0 : indeslocável externamente
(y) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
g = 3m – Ve – Vi = 3.11 – (2+2) –
(4+4+8+8+4+4) = - 3 : 3x hiperestática
de = 2n – b – Ve = 2.6 – 11 – (2+2)
= - 3: 3x superindeslocável
externamente
(z) (articulo todos os nós e desprezo balanços)
ATIVIDADE 8 - p.93
5 kN 3,5 kN 4 kN/m
1 kN
2 kN/m
A E
B C S D
VA = 13,52 kN
9,5 1 ⋅1 1
M
= S 13,52 ⋅ 9,5 − 5 ⋅ 6 − 3,5 ⋅1 − 2 ⋅ 9,5 ⋅ − =
⋅ 4,52 kNm
2 2 3
ATIVIDADE 9 - p.94
1,5 kN 3 kN/m
2 kN/m
1 kN
A B C D
VB = 13,13 kN e VA = 3,12 kN
+
3,19
A B C D
DEC [kN]
-
-
1,5 - 1,0
4,12
7,5
ATIVIDADE 10 - p.94
10 kN/m
5 kN/m 5 kN 20 kN
A H
B C D E G
F
Trecho FGH:
∑M H = 0 ⇒ RF ⋅ 2 = 20 ⋅1 ⇒ RF = 10 kN
∑F V = 0 ⇒ RF + VH = 20 ⇒ VH = 10 kN
Trecho CDEF:
∑F V =0 ⇒ RC + VD = 5 ⋅ 3 + 5 + 10 ⇒ RC = 3,33 kN
314 UNIUBE
Trecho ABC:
∑F = 0 V ⇒ VA + VB = 10 ⋅ 5 + 3,33 ⇒ VH = 17,92 kN
12,5
8,32
5,0
1,25
5,6
+ G
A H DMF [kN, m]
B C D E -
20,0 F
-
10,0
17,92 15,0
13,33
10,0
+
+ + 3,33 +
B D
H DEC [kN]
A C E F G
- - -
10,0
11,67
22,08
315 UNIUBE
Capítulo de Estudo 2
Deformações em Estruturas Isostáticas
ATIVIDADE 1 - p.148
Aplicando-se o P.T.V. para cálculo do momento fletor que solicita a seção S, deve-
se retirar o vínculo deste esforço em tal seção, ou seja, a seção S será articulada
e será representado o momento fletor na seção.
6 kN/m 8 kN/m
5 kN.m
S
MS MS
L.G. de O2 O1 (1) (2) O2 S (3) O3
O12 O 23
L.G. de O3
L.G. de O2
O12
v2 = 1,07
W2 = 0,71
O1 W1= 0,27 O2 O3
v1 = 0,27
W1 = 0,27 W2 v3 = 0,71
W3 = 0,29
O 23 = S
316 UNIUBE
w 2 + w 3 = 1
⇒ w
= 2 0, 71 w
= 3 0, 29
w 2 ⋅1= w 3 ⋅ 2,5
v =w ⋅ r ⇒ v 2 =w 2 ⋅1,5 =1, 07
v =w ⋅ r ⇒ v3 =w 2 ⋅1, 0 =0, 71
v =w ⋅ r ⇒ 1, 07 =w1 ⋅ 4, 0 =0, 27
v =w ⋅ r ⇒ v1 =w1 ⋅1, 0 =0, 27 ⋅1, 0 =0, 27
6 ⋅ 0, 27 6 ⋅1, 07 8 ⋅ 0, 71
+5 ⋅ ( w1 ) + 1 ⋅ − 4⋅ − 10 ⋅1, 07 + 3,5 ⋅ − MS ⋅ w 2 − MS ⋅ w 3 =
0
2 2 2
MS =
−11, 45 kN ⋅ m
ATIVIDADE 2 - p.148
20 kN
5 kN/m 3 kN/m
A
B
O1 (1)
VB
V3 = 1,4
W1 = 0,20 V2 = 0,8 1,0 (imposto)
O1 v1 = 0,6
317 UNIUBE
v = w ⋅ r ⇒ 1, 0 = w1 ⋅ 5 = 0, 2 v = w ⋅ r ⇒ v1 = w1 ⋅ 3 = 0, 6
v = w ⋅ r ⇒ v 2 = w1 ⋅ 4 = 0,8 v = w ⋅ r ⇒ v3 = w1 ⋅ 7 = 1, 4
5 ⋅ 0, 6 2⋅3
−3 ⋅ − 20 ⋅ 0,8 + VB ⋅1, 0 − (1 + 1, 4 )= 0 ⇒ VB= 27, 7 kN
2 2
Portanto, o sentido considerado está correto e esse momento traciona a viga
embaixo.
ATIVIDADE 3 - p.148
O2
O2
w2=0,31
y=8m
O23
v4=2,48
(2)
MS (3)
O 12 = S v5 =3,45
MS S
v6=2,07
w3 =0,31
(1)
w1=0,69
O1 O3
O1 = O 3
w3=0,31
v1=1,38 w1=0,69 v2=1,55
w2=0,31 w3
v3=0,62
O 1= O2 O3
318 UNIUBE
8+ y =
10
= 2 ⇒ y =8 m
y 5
w1 + w 2 = 1
w1 0, 69 =
⇒ = w 2 0,31
w1 ⋅ 5= w 2 ⋅11
v = w ⋅ r ⇒ v1 = w1 ⋅ 2 = 1,38
v = w ⋅ r ⇒ v 2 = w 2 ⋅ 5 = 1,55
v =w ⋅ r ⇒ 1,55 =w 3 ⋅ 5 ⇒ w 3 =0,31
v = w ⋅ r ⇒ v3 = w 3 ⋅ 2 = 0, 62
v = w ⋅ r ⇒ v 4 = w 2 ⋅ 8 = 2, 48
v = w ⋅ r ⇒ v5 = w1 ⋅ 5 = 3, 45
v = w ⋅ r ⇒ v 6 = w1 ⋅ 3 = 2, 07
4 ⋅1,55
5 ⋅ 0, 62 + 3 ⋅ 3, 45 + ( 7 ⋅ cos 45o ) ⋅ 2, 07 − ( 7 ⋅ sen45o ) ⋅1,38 − 10 ⋅ − M S ⋅ w1 − M S ⋅ w 2 =
0
2
MS =
−14,13 kN ⋅ m
Portanto, ocorre tração em cima.
ATIVIDADE 4 - p.149
Estado de Deslocamento:
8 kN/m
A C
B C D
2,0
B
VA = 25,71 kN B = ?
VC = 46,29 kN
16
9
41,13 41,13
Estado de Carregamento:
F=1
A C
B C D
VA = 0,57 B
VC = 0,43
MC = 0
DMF [m]
C
1,71 1,71
τext = τint
1
=δC ∫ M=
EI est
c .M ⋅ dx
1 3, 61 3, 61 4, 47 ⋅1, 71 4, 47
= ⋅1, 71 ⋅ 41,13 + ⋅1, 71 ⋅ 9 + ( 2 ⋅ 41,13 − 16 ) + ⋅1, 71⋅16
16800 3 3 6 3
=δB 0, 014 m ≅ 14 mm
320 UNIUBE
ATIVIDADE 5 - p.149
Estado de Deslocamento:
8 kN/m
C
C = ?
D HD = 14,22
B
VD = 23,11
HA = 14,22 A
VA = 40,89
71
16
71 16
DMF [kN, m]
321 UNIUBE
Estado de Carregamento:
F =1
D HD = 0,44
B
VD = 0,22
HA = 0,44 A
VA = 0,78
2,2 MC = 0
2,2
DMF [m]
τext = τint
1
=δC ∫ M=
EI est
c .M ⋅ dx
1 5 4, 47 4, 47
= ⋅ 71 ⋅ 2, 2 + ⋅ 71 ⋅ 2, 2 − ⋅16 ⋅ 2, 2
19400 3 3 3
=δC 0, 023 m ≅ 23 mm
322 UNIUBE
Capítulo de Estudo 3
Pórticos planos e treliças isostáticas
Atividade 1 - p.196
Atividade essencialmente pessoal, tendo o próprio roteiro como referencial de
resposta.
Atividade 2 - p.196
Atividade essencialmente pessoal, tendo o próprio roteiro como referencial de
resposta.
Atividade 3 - p.196
Resolução:
323 UNIUBE
Atividade 4 - p.197
Resolução:
Atividade 5 - p.197
Resolução
324 UNIUBE
Atividade 6 - p.198
Resolução:
Atividade 7 - p.198
Resolução:
325 UNIUBE
Capítulo de Estudo 4
Concreto de alto desempenho – CAD
Atividade 1 - p.250
a) Podemos dizer que o CAD é um concreto com características especiais de
desempenho, às quais não poderiam ser obtidas apenas utilizando-se dos
materiais convencionais para produção do concreto.
• para 0,00503 m3, tem-se 5,03 litros de aditivo por metro cúbico;
Capítulo de Estudo 5
Durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Atividade 1 - p. 302
A durabilidade da estrutura depende de fatores relacionados à qualidade
do concreto como relação a/c e cobrimento das armaduras, mas também
está sujeita às condições em que foram empregados estes materiais e às
328 UNIUBE
condições de exposição às quais a estrutura estará exposta.
O mesmo traço de concreto, e os mesmos materiais podem dar origem a estruturas
duráveis se executados corretamente, ou a estruturas que manifestem problemas
de degradação precocemente devido à execução equivocada da estrutura em
concreto.
Atividade 2 - p. 302
A água está presente em basicamente todos os processos de degradação
químico e físico do concreto. Ela funciona pode trabalhar como agente direto de
deterioração, como no caso do congelamento, ou de forma indireta, permitindo
que sais dissolvidos reajam com agentes agressivos.
Atividade 3 - p. 302
As fibras permitem eliminar, ou reduzir, o uso de armaduras (telas soldadas) em
pavimentos. Com isso, gera-se uma economia na estocagem e execução dos
serviços de armação. Outra vantagem do ponto de vista da execução é que, com
o uso de fibra, o local de concretagem fica mais fácil de ser acessado, permitindo
que a concretagem seja feita com o próprio caminhão betoneira.
Atividade 4 - p. 302
O concreto autoadensável é obtido com a introdução de adições e aditivos
químicos superplastificantes ao concreto, que proporciona maior facilidade de
bombeamento, excelente homogeneidade.
Atividade 5 - p. 302
O concreto compactado a rolo, utilizado em barragens, possui baixo consumo de
cimento, não necessita de fôrmas, reduz o calor de hidratação liberado durante a
pega e diminui o tempo de construção.