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Engenharia Civil
ETAPA VII
volume 2
3ª Edição
Edição Uniube
Uberaba
2014
© 2014 by Universidade de Uberaba
Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Universidade de Uberaba
U3e Engenharia Civil / Universidade de Uberaba; organização [de] Adriana Rodrigues,
Raul Sérgio Reis Rezende. -- Uberaba: Universidade de Uberaba, 2014
248 p. – (Série Tecnologias; etapa VII, v. 2, 3.ed)
ISBN
Bons Estudos!
Sumário
Componente Curricular:Tecnologia em Materiais de Construção Civil.......... 1
Tecnologia em Materiais
de Construção Civil
1
TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS - PARTE 1
Introdução
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• definir os espaços necessários para implantação de instalações provisórias
destinadas ao canteiro de obras;
• elaborar layout de implantação do canteiro de obras;
• reconhecer os equipamentos utilizados na produção da obra;
• coordenar a execução de fundações diretas com sapatas corridas e
radiers;
• coordenar a execução de formas de madeira para vigas, pilares e lajes em
concreto armado;
• reconhecer as lajes treliçadas, maciças e nervuradas;
• coordenar a execução de montagem de armadura para estruturas de
concreto armado;
• coordenar o pedido, recebimento e utilização do concreto usinado aplicado
em estruturas de concreto armado.
Esquema
1.2.2. Prazos
O prazo de execução da obra é o primeiro item a ser considerado na definição do
canteiro de obras. Deve-se observar a data início de execução, considerando-se
períodos de intempéries e mobilidade das instalações provisórias do canteiro.
1.2.3. Projetos
O bom planejamento do canteiro depende das informações do projeto do
empreendimento. A falta de projetos detalhados antes do planejamento do canteiro
de obras gera canteiros mal planejados e custos extras de mudanças durante a
execução da obra.
1.2.6. Tecnologias
Os diferentes tipos de equipamentos disponíveis no mercado requer a definição
da melhor tecnologia a ser utilizada na execução da obra dependendo do tipo de
serviço a ser executado em cada fase da construção.
9 UNIUBE
• Local coberto com estrado de madeira para cimento, cal e outros materiais
ensacados (observar o empilhamento máximo de 10 sacos).
• Estoque de blocos de concreto, cerâmico e telhas.
• Barras de aço livre de contato com o solo separados em bitolas.
• Cavaletes para tubulação hidráulica (Figura 6), elétrica e outros.
c) Área de Vivência:
• Refeitório.
g) Outros Elementos:
• Ligação de água, energia elétrica e esgoto.
15 UNIUBE
1.2.9.
Plano de controle de localização e manutenção de
equipamentos
Os equipamentos são indispensáveis para o correto andamento do processo de
produção, assim, o controle de entrada dos equipamentos na entrada e durante
o período de permanência na obra deve acontecer por meio de um plano que
envolva o correto recebimento, a localização adequada e ainda a forma e
periodicidade de manutenção, garantindo o perfeito funcionamento durante cada
fase de produção.
Além disso, a localização dos equipamentos no canteiro deve ser de forma a não
atrapalhar o fluxo de materiais e pessoal, pois sua função é tornar o processo
produtivo. A Figura 14 mostra uma central de produção de argamassa e concreto
com acessos facilitados para a chegada de carrinhos e padiolas.
16 UNIUBE
A qualidade do armazenamento
pode ser entendida como um
a) Dimensionamento adequado para cada tipo e
conjunto de propriedades,
quantidade de material.
atributos e/ou condições
Aspectos desejáveis do local de estoque b) Distância de outros fluxos.
adicionais quanto para que seja considerado c) Acesso e saída facilitados.
à qualidade do adequado à manutenção das
d) Os estoques devem ter características de
armazenamento características físicas e químicas,
proteção adequadas com relação á ação das
e do desempenho, de determinado
intempéries (sol, chuva, etc.) para cada tipo
material ou insumo. Além disso, os
de material. Acesso e saída facilitados.
estoques devem evitar a perda de
materiais.
a) Existência da guarita.
b) Número reduzido de acessos ao canteiro.
c) Posição reservada dos acessos em relação
ao estoque de materiais de maior valor
Conjunto de medidas que visam agregado.
Segurança
evitar furtos de materiais dentro d) Distâncias elevadas entre os acessos.
patrimonial
do canteiro de obras.
e) Distância elevada e visibilidade deficiente
dos acessos em relação à guarita ou ao
almoxarifado.
f) Posição deficiente dos estoques em relação
à guarita.
a) Necessidade minorada do uso da mão de
Preservação da saúde e do estado obra para o transporte de materiais dentro do
físico natural dos trabalhadores pela canteiro.
proteção dos mesmos quanto aos b) Características adequadas dos percursos
Segurança da riscos de um acidente. A proteção realizados pela mão de obra para diversos
mão de obra contra os acidentes dá-se por fins. Para tanto, deve-se evitar a existência
meio da redução da probabilidade de trajetos sujeitos a quedas de materiais:
da ocorrência de “incidentes” e próximos a desníveis; próximos a áreas de
da mitigação e/ou eliminação das produção; muito extensos; e que demandem
suas consequências. elevado esforço físico para a movimentação
(subir escadas, por exemplo).
18 UNIUBE
Exemplificando!
ACESSIBILIDADE
Note que a Figura 15 apresenta depósito intermediário de telhas cerâmicas
de frente à Unidade Habitacional onde o material será utilizado.
Durante essa definição muitas opções são percebidas, cabe então um conselho
entre equipe de planejamento e execução da obra para optar pela melhor solução.
Os elementos essenciais nessa definição estão relacionados a seguir:
1.4.2. NR-6
A NR-6 conceitua os Equipamentos de Proteção Individual (EPI`s) como todo
dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade física do trabalhador
e determina que a construtora deve oferecer, gratuitamente, equipamentos de
proteção contra acidentes para todos os trabalhadores da obra.
1.4.3. NR-7
Com o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto de seus trabalhadores,
a NR-7 obriga todo empregador a implementar e custear, sem ônus para o
empregado, todos os procedimentos relacionados ao Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
1.4.4. NR-9
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) regulamentado na NR-9,
determina a obrigatoriedade do construtor em preservar as condições de segurança
e higiene do ambiente de trabalho, através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e controle dos riscos ambientais, bem como a proteção do meio ambiente
e dos recursos naturais.
O PPRA realizado nos canteiros deve estar articulado com os demais programas
da empresa, especialmente o PCMSO.
23 UNIUBE
1.4.5. NR-18
A NR-18 estabelece medidas de proteção durante as obras de construção,
demolição, reparos, pintura, limpeza e manutenção dos edifícios em geral, de
qualquer número de pavimentos e ou tipo de construção. Esta norma, que é
específica das atividades de construção civil, trata das Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na indústria da Construção Civil e impõe o Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT).
Indicação de leitura
Norma Regulamentadora 18
Leia a seção 4 da NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção, que estabelece as diretrizes para as áreas
de vivência do canteiro de obras. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/
legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18.asp>
2. LOCAÇÃO DE OBRAS
• aparelhos topográficos;
• níveis (mangueira, bolha e laser);
24 UNIUBE
• régua;
• prumo e trena;
• cavaletes;
• gabarito.
(11º) Fixação do Gabarito – O gabarito deve ser feito com a fixação de pontaletes
aprumados, faceando o mesmo lado da linha de nylon espaçados no
máximo 1,5m um do outro. Os pontaletes de madeira devem ser cortados
em seus topos em linha horizontal perfeitamente nivelada.
(19º) Elementos estruturais – Em seguida, esticar uma linha de nylon pelos dois
eixos do elemento estrutural a ser locado (pilar, sapata, tubulão, estaca
etc.), utilizando um prego para fixação. O cruzamento das linhas de cada
eixo definirá a posição do elemento estrutural no terreno
Sintetizando
Ampliando o conhecimento
Sapata corrida
Existem outras formas de execução de sapata corrida conforme definido
em projeto, como por exemplo:
Ampliando o conhecimento
Sapata corrida
(b) sapatas corridas armadas, apresentada na Figura 30.
3.2. Radier
O radier é um tipo de fundação direta e assemelha-se a uma laje executada no piso.
Para a execução do radier, assim como das demais fundações diretas, necessita-
se de um estudo prévio do terreno para análise da viabilidade de implantação.
(5º) colocar a lona para evitar perda de pasta do concreto para o solo;
Muitas são as variáveis que devem ser analisadas e estudadas para a escolha do
sistema mais adequado, como por exemplo, as características do projeto, o tipo de
concreto, o planejamento, o tipo de escoramento, a produtividade na montagem,
dentre outros (SZLAK et. al., 1997).
Figura 34 – Forma de madeira nos pilares com chapas compensadas, sarrafos e “gravatas”
Fonte: Acervo da autora
36 UNIUBE
Saiba mais
Gastalho
O gastalho é um quadro de madeira ou metálico com o desenho do perímetro
do pilar mais a espessura do painel da fôrma, que serve para o posicionamento
do pilar e travamento do seu pé.
Figura 36 – Aplicação de
tensão na forma por meio de
aço utilizado como amarril
Fonte: Acervo da autora
Saiba mais
Garfo
O garfo é um conjunto formado por pontaletes e sarrafos de madeira, cuja
função é o travamento e escoramento de vigas conforme mostrado na
Figura 40.
39 UNIUBE
A Figura 42 apresenta uma vista de baixo da fôrma de uma laje maciça. O detalhe
mostra os cimbramentos metálicos, as longarinas de madeira serrada e assoalho
de chapa compensada plastificada. A Figura 43 apresenta uma vista de cima da
mesma laje preparada para receber o concreto, com armaduras, espaçadores e
instalações elétricas.
Figura 42 – Detalhe da fôrma de madeira para laje maciça com escoramento metálico
Fonte: Acervo da autora
(4º) para facilitar a desforma, deve-se pregar uma alça de corda na primeira
chapa do assoalho a ser desformada;
(5º) transferir os eixos principais da obra para o andar em que está sendo
montada a fôrma, de maneira a permitir a realização de conferências;
(6º) pregar o assoalho nos sarrafos laterais das fôrmas de vigas e longarinas;
(7º) nivelar o pano de laje com nível laser ou com linha de nylon colocada na
face superior da fôrma;
(8º) depois que a fôrma da laje estiver pronta, fixar os gabaritos de passagens
hidráulicas, elétricas e demais antes da concretagem.
43 UNIUBE
Importante!
Cimbramentos metálicos
O mesmo que escoras metálicas. O uso de cimbramentos metálicos facilita
o posterior nivelamento da laje. O ajuste do nivelamento é feito ajustando
as alturas das escoras de apoio das fôrmas por meio de cunhas.
Saiba mais
Desforma
O tempo mínimo de desforma de peças concretadas deve ser especificado
no projeto e dependerá do concreto e do processo e tempo de cura. Para
concretos com cura úmida, tem-se (Souza et al., 1996):
Curiosidade
Aço pronto
Atualmente existem empresas que fornecem aço cortado e dobrado para
serem montados na obra, e ainda, peças montadas apenas para encaixe
nas respectivas formas. O aço é cobrado por quilo no valor de bitola média
fornecida para o empreendimento. Para uma quantidade muito grande de
barras finas utilizadas, o valor cobrado por quilo é maior.
5.2. Montagem
Após o corte e a dobra, a armadura de cada peça é montada utilizando-se de aço
recozido torcido para união das barras. As peças montadas são armazenadas
sobre sarrafos de madeira (Figura 49) e identificadas para posicionamento nas
respectivas formas.
Algumas peças não podem ser totalmente montadas antes da colocação nas
formas, assim, as peças cortadas e dobradas são transportadas ao local de
aplicação e montadas na própria forma.
Importante!
CUIDADO NO TRANSPORTE
Segundo a NBR 14931:2004, o sistema de transporte deve, sempre que
possível, permitir o lançamento direto do concreto nas fôrmas, evitando
o uso de depósitos intermediários. Quando estes forem necessários
no manuseio do concreto, devem ser tomadas precauções para evitar
segregação, ou seja, a separação dos componentes da mistura.
Importante!
O tempo estimado até o término da concretagem não pode ser superior a 2h30,
exceto pelo uso de aditivos retardadores de pega.
6.7.2. Consistência
Para verificação da consistência exigida para o concreto que será utilizado, deve-se
realizar o teste de abatimento de tronco de cone descrito na NBR NM 67 (1996).
Relembrando
Ensaio de abatimento de tronco de cone (NBR NM 67:1996)
Sobre a placa metálica previamente molhada e nivelada, colocar o cone
e firmá-lo com os pés. Preencher o cone em 3 camadas e, ao final de
cada uma, aplicar 25 golpes com o soquete de forma uniformemente pela
camada. Retirar o excesso de concreto e alisar a superfície com uma régua
metálica. Retirar o cone cuidadosamente, invertê-lo e medir com a régua
metálica o desnível entre a fôrma e o ponto médio do tronco de concreto.
6.7.3. Resistência
Verificar através do ensaio de compressão (NBR 5739:2007), a resistência
do concreto utilizado na obra. Este ensaio deve ser realizado por laboratório
especializado. Os corpos de prova podem ser moldados pelo pessoal da usina de
concreto ou pessoal da obra, conforme a NBR 5738 (2003).
50 UNIUBE
Saiba mais
Número de andares 1 1
Resumo
• Locação de obra
Consiste no transporte da planta arquitetônica do projeto constante no papel
para o terreno onde será executada.
• Fundações superficiais
As fundações superficiais podem ser executadas diretamente sobre o terreno
ou após a execução de uma fundação profunda. As fundações profundas
serão estudadas em capítulo específico de Fundações.
• Fôrmas de madeira
Como as fôrmas de madeira ainda é o método mais utilizado na execução
de fôrmas para concreto, optamos por sua abordagem. Pudemos entender o
processo de execução de pilares, vigas e lajes de uma estrutura de concreto
armado.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto
- Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2003.
Atividades
Atividade 1
Listar os locais necessários para as áreas de vivência e instalações provisórias;
Atividade 2
Apresentar as quantidades necessárias para cada instalação da área de
vivência;
Atividade 3
Elaborar croqui com as áreas de vivência mínimas, conforme locais listados;
Atividade 4
Listar os locais mínimos necessários para armazenamentos na obra;
Atividade 5
Listar os locais mínimos necessários para produção na obra.
Dados de entrada:
a) A alimentação será adquirida de empresa que fornece refeição individual
e pronta e, por isso, será realizada no mesmo horário por todos os
funcionários.
b) Os funcionários serão alojados no canteiro.
c) Para a execução de rejuntamento dos revestimentos cerâmicos serão
contratadas cinco mulheres.
d) Haverá produção de pré-moldados para vergas.
e) Haverá produção de concreto e argamassa na obra em larga escala, pois
não existe usina para fornecimento em local compatível.
f) As formas e armação serão confeccionadas na obra.
g) Quantidade de funcionários no mês de pico: 50 homens.
h) Os funcionários serão alojados no canteiro.
2 Técnicas Construtivas:
Parte 2
Introdução
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
56 UNIUBE
Esquema
1.1. Introdução
Segundo Thomaz (et. al. 2009), alvenarias de vedação são aquelas destinadas
a compartimentar espaços, preenchendo os vãos de estruturas de concreto
armado, aço ou outras estruturas, portanto devem suportar tão somente o peso
próprio e cargas de utilização, como armários, rede de dormir e outros. E, ainda,
devem apresentar adequada resistência às cargas laterais estáticas e dinâmicas,
advindas, por exemplo, da atuação do vento, impactos acidentais e outras.
• pedras naturais;
• blocos cerâmicos;
• blocos de concreto;
57 UNIUBE
• blocos sílico-calcário;
• tijolos de vidro;
• tijolos de solo-cimento.
• a natureza do material;
• o peso próprio;
• as dimensões e forma;
• a textura;
(b) CAL – a cal é responsável pela retenção de água e, por isso, possui um
menor módulo de deformação, permitindo movimentações sem danos. As
cales precisam atender às exigências da NBR 7175;
• resistência à compressão;
• coeficiente de capilaridade;
• retenção de água;
• esquadro;
• masseira.
Para a NBR 8545 (1994), as paredes devem ser moduladas de modo a utilizar-se
o maior número possível de componentes cerâmicos inteiros. E o assentamento
dos componentes cerâmicos deve ser executado com juntas de amarração, ou
seja, com juntas descontínuas, conforme apresentado na Figura 3. A Figura 4
mostra blocos/tijolos assentados com juntas a prumo, ou juntas contínuas.
1.4.1 Alinhamento
Fixa-se uma linha com pregos na argamassa das juntas que serve como guia para
a colocação dos tijolos da primeira fiada, que devem ficar perfeitamente alinhados,
conforme apresentado na Figura 5. Os cantos são levantados primeiro para
servirem de referência de prumo e horizontalidade, utilizando-se o escantilhão
telescópico.
1º Coloca-se a argamassa.
1.4.3 Amarração
Os elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntas desencontradas,
para garantir uma maior resistência e estabilidade dos painéis, de acordo com a
Figura 8.
1.4.4 Amarração
Ligação parede-pilar pode acontecer de duas formas: (a) com tela galvanizada
conforme apresentado na Figura 9; (b) com o engastamento de barras de aço
(também chamado de ferro-cabelo). Segundo a NBR 8545 (1994), as barras
devem ser distanciadas cerca de 60 cm e possuir comprimento da ordem de 60
cm, conforme demonstra a Figura 10.
Sobre o vão das portas e janelas e sob os vãos das janelas devem ser construídas
vergas e contravergas, respectivamente. Sobre o vão, a função é evitar as cargas
provenientes das esquadrias e sob o vão a finalidade é distribuir as cargas
concentradas uniformemente pela alvenaria superior.
Explicando melhor
VERGAS E CONTRAVERGAS
contraverga
1.4.6 Encunhamento
O encunhamento pode ser executado com espuma expansora (Figura 14), cimento
expansor (Figura 15) e, ainda, com tijolos cerâmicos.
68 UNIUBE
Relembrando
JUNTAS
1.5.1 Conceito
• procedimentos executivos;
2. Revestimentos Argamassados
2.1 Introdução
Os revestimentos argamassados verticais e horizontais de teto servem de proteção
das alvenarias e lajes contra as intempéries, além de possuir efeito arquitetônico.
• múltiplas camadas.
• vertical (paredes);
• horizontal (tetos).
Base
(Alvenariaou Estrutura)
Fonte: Acervo da autora
Preparo da base
(Chapisco)
74 UNIUBE
O processo mais utilizado atualmente é aquele executado em duas camadas.
Prepara-se uma base com o chapisco e, a seguir, executa-se a camada de
revestimento argamassado em emboço composto por cimento, cal e areia em
camada única.
Regularização/Acabamento
(Emboço ou Reboco Paulista
ou MassaÚnica)
Base
(Alvenaria ou Estrutura)
Preparo da base
(Chapisco)
Figura 20: Revestimento vertical argamassado em duas camadas
Fonte: Acervo da autora
Ao término da execução da camada única, tem-se o acabamento final que pode ser
executado com diversos materiais, como por exemplo: revestimentos em pedra,
revestimentos em madeira, pintura e revestimentos cerâmicos, dentre outros. A
Figura 21 apresenta o revestimento de uma alvenaria com placas cerâmicas.
Base
(Alvenaria ou Estrutura)
2.4.1 Chapisco
b) o chapisco deve ser aplicado por lançamento, com o cuidado de não cobrir
completamente a base;
2.4.2 Emboço
Como vimos, o emboço, é executado com uma argamassa que possui agregados
miúdos de granulometria maior e, por isso, é mais áspero e rústico, para facilitar
a aderência da camada de acabamento. A espessura média do emboço é de 20
mm.
2.4.3 Reboco
O reboco possui a função de dar acabamento ao conjunto por meio de um
revestimento argamassado, assim, a argamassa para execução de reboco possui
grãos mais finos para melhor acabamento.
76 UNIUBE
Após a execução do emboço aplica-se a camada de reboco que tem uma
espessura de, aproximadamente, 5 mm.
Verificações preliminares
a) misturador mecânico;
d) peneiras;
(6º) Os vãos para portas e janelas devem estar previamente definidos, estando
os contramarcos, se especificados, devidamente fixados.
Cronograma de execução
Observação:
(2) Quando a argamassa de emboço for aplicada em mais de uma demão, deve-se
respeitar o prazo de 24 h entre aplicações.
Verificar:
c) limpeza da base;
Deve-se tomar todos os cuidados para que o serviço de revestimento não danifique
outros serviços executados, bem como os demais componentes da edificação.
Laje
• Organização da produção.
Preparo da base
Etapas de execução
ÁREAS SECAS
O revestimento em gesso deve ser aplicado em superfícies onde não haja
percolação de águas. Nas regiões onde possa ocasionalmente ocorrer baixa
percolação de água, recomenda-se a preparação da superfície com material
impermeabilizante.
GESSO
O gesso a ser empregado deve estar especificado como gesso lento, dentro do
prazo de validade e armazenado, conforme a NBR 13207.
ÁGUA DE EMPASTAMENTO
As águas utilizadas na preparação da pasta não devem estar contaminadas com
impurezas que atuem a curto e a longo prazo. Recomenda-se o uso de água
potável.
PREPARO DA BASE
(a) A superfície base deve ser regular para se garantir a aplicação de uma camada
uniforme do revestimento em pasta de gesso. Em caso de necessidade, a
superfície, base deve ser regularizada com argamassa.
(b) A superfície a ser revestida deve estar limpa, livre de pó, graxa, óleos ou
outros materiais que diminuam a aderência. As eflorescências visíveis
devem ser eliminadas ou neutralizadas.
(d) Quando a superfície a revestir for pouco absorvente, deve-se fazer aplicação
de argamassa de chapisco ou emulsões adesivas.
PREPARO DA PASTA
(d) Para retirar a pasta do recipiente, deve-se utilizar ferramenta tipo colher de
pedreiro ou similar. Durante todo o processo não se deve entrar em contato
manual com a pasta, a fim de evitar a aceleração da pega.
APLICAÇÃO DA PASTA
(a) A camada de revestimento com pasta de gesso deve ter espessura a mais
uniforme possível e ser cuidadosamente espalhada.
ACABAMENTO
As superfícies revestidas com gesso, após completa secagem, podem receber um
acabamento final, como pintura, papéis colantes ou outros, conforme demonstrado
na Figura 23.
Revestimento/Proteção
(Pintura)
Figura 23: Revestimento em gesso
Base
corrido sobre blocos de concreto
(Alvenaria blocos
Fonte: Acervo da autora
Regularização/Acabamento
(Gesso Corrido)
85 UNIUBE
c) lixamento de caixilhos;
d) execução da impermeabilização;
Figura 26: Alinhamento com o auxílio de linha esticada nas duas direções
Fonte: Acervo da autora
Figura 27: Detalhe do alinhamento com o auxílio de linha esticada nas duas direções
Fonte: Acervo da autora
89 UNIUBE
• até três dias não deve-se permitir o trânsito sobre o piso. A partir desse prazo,
se necessário, deve-se usar pranchas de madeira.
Algumas orientações....
5. Pintura
As pinturas são executadas de acordo com recomendações do fabricante do
produto. O fabricante indica a diluição e rendimento do material por cada demão.
A quantidade de demãos depende do acabamento desejado, das condições da
91 UNIUBE
base e do material utilizado. Mesmo com as definições advindas dos fabricantes
das tintas e vernizes, alguns procedimentos são indispensáveis na execução dos
revestimentos de pintura. A seguir, apresentaremos exemplos de esquemas de
produção das películas de pintura para as respectivas superfícies novas:
(2º) Correção de imperfeições – a superfície deve ser lixada (lixa d’água 100 ou
120).
(6º) Aplicação de tinta látex acrílica – após o selador ou após a massa corrida,
deve-se aplicar 2 demãos de tinta com diluição de 10% a 30% de água.
Interno Externo
S
U
M S P S M
A E E E A
S L R L S
T S T
A F A S
I A I
D Í D A
N C N
O O
T C T
R I R A
A O C A
E
R R
Figura 29: Esquema de pintura de revestimento argamassado
Fonte: Acervo da autora
(2º) Correção de imperfeições – a superfície deve ser lixada (lixa d’água 100 ou
120).
(6º) Aplicação de tinta látex acrílica – após o selador ou após a massa acrílica,
deve-se aplicar 2 demãos de tinta com diluição de 10% a 30% de água.
(2º) Preparo da superfície – a superfície deve ser preparada com palha de aço
nº1 e lixa para ferro.
Interno Externo
S
A U A
N P N
E T E T E
S I R I S
M - F - M
A O Í O A
L X C X L
T I I I T
E D E D E
O O
(2º) Preparo da superfície – a superfície deve ser preparada com lixa d’água até
obter acabamento uniforme isento de farpas e partes soltas, depois deve-
se remover o pó resultante do lixamento utilizando um pano umedecido
com thinner.
Para pintura:
(2º) Lixamento – após aplicação da seladora, a superfície deve ser lixada com
lixa grana 320.
c) Preparo da superfície – a superfície deve ser lixada (lixa 100 ou 120) para
acerto da massa com a superfície em gesso corrido ou em placas.
Interno Externo
S
P U
R P
E E
T P R
I A F
N R Í
T A C
A D I
O E
R
5.6 Tubulações
c) azul-segurança – ar comprimido;
d) branco – vapor;
e) cinza-claro – vácuo;
f) cinza-escuro – eletroduto;
Segundo a NBR 5626 (1998), sistema predial de água fria é um sistema composto
por tubos, reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros componentes,
destinado a conduzir água fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilização.
Para a NBR 8160 (1999), o sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas
coletar e conduzir os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos
sanitários a um destino apropriado.
d) para tubos de PVC esgoto usar juntas com anel de borracha nas tubulações
verticais (colunas de ventilação e tubos de queda);
Após a conclusão dos trabalhos e, antes de ser revestida, a instalação deverá ser
testada pelo executor, a fim de evitar possíveis pontos de vazamentos ou falhas
nas juntas.
7. Instalações de gás
A execução se dará por pessoal qualificado atendendo às normas específicas de
cada instalação, observando as seguintes orientações:
2) Requisitos gerais:
3) Ensaio de estanqueidade:
4) Condições gerais:
As distâncias citadas anteriormente podem ser reduzidas pela metade, caso seja
construída parede com tempo de resistência ao foco mínimo de 2 horas de maneira
que se interponha entre o(s) recipiente(s) e o ponto considerado.
Atividades
Atividade 1
Cite dois elementos que poderiam ser utilizados para a ligação;
Atividade 2
Faça um esquema dos elementos e suas dimensões;
Atividade 3
Indique em quais fiadas os elementos deverão ser utilizados;
Atividade 4
O revestimento argamassado sobre alvenaria de blocos cerâmicos será aplicado
em uma única camada sem proteção de outro revestimento e, posteriormente,
será protegido por uma película de pintura. Faça um esquema posicionando e
nomeando cada uma das camadas da base ao acabamento final;
Atividade 5
Referências
_______. NBR 7170: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Rio de Janeiro, 1983.
_______. NBR 7175: Cal hidratada para argamassas - Requisitos. Rio de Janeiro,
2003.
_______. NBR 7211: Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro,
2009.
103 UNIUBE
_______. NBR 13207: Gesso para construção civil - Especificação. Rio de Janeiro,
1994.
_______. NBR 13523: Central de gás liquefeito de petróleo - GLP. Rio de Janeiro,
2008.
Tecnologia e Sistemas
Estruturais
106 UNIUBE
107 UNIUBE
Estruturas
3
hiperestáticas:
método dos
deslocamentos
Núbia dos Santos Saad Ferreira
Maria Regina Ayres de Lima
Introdução
Cabe, aqui, informar que todas as figuras constantes neste capítulo foram
elaboradas por suas autoras, e que os textos foram confeccionados com
108 UNIUBE
base nas obras: SÜSSEKIND (1996) e SORIANO & LIMA (2006), e na
experiência adquirida ao longo do exercício de sua docência, no magistério
superior, em Engenharia de Estruturas.
Bons estudos!
Objetivos
Caro(a) aluno(a), ao final dos estudos propostos, espera-se que você seja
capaz de:
Esquema
Tal capítulo se organiza segundo os tópicos seguintes:
1. Grau de Deslocabilidade
1.1 Deslocabilidade Interna
1.2 Deslocabilidade Externa
3. Descrição do Método dos Deslocamentos
4. Procedimentos para a Aplicação do Método dos Deslocamentos
5. Problemas de Aplicação Resolvidos
Uma estrutura reticulada plana (constituída por barras contidas no plano, como
pórticos, vigas, treliças etc.) apresenta três deslocabilidades em cada nó, pois cada
nó apresenta possibilidade de movimento referente a duas translações (no plano da
estrutura) e uma rotação (em torno de um eixo perpendicular ao plano da estrutura).
109 UNIUBE
Visando simplificar os cálculos, consideram-se as barras inextensíveis nas
direções axial e transversal, ou seja, não se deformam por força normal ou
cortante. Esta simplificação baseia-se na constatação de que os deslocamentos
dos nós da estrutura são basicamente produzidos pela rotação das barras, sendo
praticamente desprezíveis, em proporção, às parcelas devidas aos esforços
normais e cortantes. Com isso, consideram-se apenas as deformações devidas
ao momento fletor no cálculo das deslocabilidades da estrutura.
Seja, por exemplo, a Figura 1, na qual se tem um pórtico solicitado por um dado
carregamento e que, por ocasião deste, se deforma. Perceba que os nós internos
do pórtico apresentam os três tipos de deslocamentos mencionados.
(c) total: di = 1
Observe que, para cada nó, tem-se uma ou nenhuma deslocabilidade interna, e
isso implica em dizer também que, independente da quantidade de extremidades
de barras contínuas que chegam a um nó, a sua deslocabilidade interna será no
máximo: di = 1.
Observação!
Seu valor, com isso, é obtido rotulando-se todos os nós, intermediários e de apoio,
desprezando-se as barras em balanço, e calculando-se:
d e = 2n − b − Ve
111 UNIUBE
Em que:
PARADA OBRIGATÓRIA
Antes de partir para o aprendizado dos tópicos seguintes, é essencial que você
tenha entendido bem os conceitos até aqui estudados.
[r]=[0]+[1]+[2]+[3]
Ou seja, a estrutura real deslocável é obtida pela soma desta mesma estrutura,
porém, totalmente indeslocável, com cada uma das deslocabilidades consideradas
separadamente, o que é possível pelo Princípio da Superposição de Efeitos. Isso
ficará claro nas aplicações resolvidas que são apresentadas adiante!
Isso é feito porque, a esta estrutura [ 0 ] serão somadas outras tantas estruturas
[ 1 ], [ 2 ], [ 3 ], ..., quantas forem as possibilidades de deslocamentos reais.
Observações Importantes:
EXEMPLIFICANDO!
Com esta aplicação prática paralela, você terá possibilidade de entender melhor
os conteúdos teóricos.
atenção!
1ª APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO:
Para que você possa assimilar bem o que está sendo aprendido, com relação
aos passos necessários ao cálculo de estruturas hiperestáticas via Método dos
Deslocamentos, a resolução desta 1ª Aplicação será feita, organizada segundo
cada passo descrito.
Isso significa que a estrutura possui duas deslocabilidades e, sendo essas do tipo
internas, referem-se a giros dos nós. Perceba que elas se referem aos dois nós
internos da viga em estudo.
Após você identificar os nós que possuem deslocabilidades e o tipo delas, procede-
se ao bloqueio deles, ou seja, à restrição de tais possibilidades de deslocamentos.
Estrutura Real [ r ]:
Estrutura [0]:
Como você aprendeu, por superposição de efeitos, tem-se que a estrutura inicial
real e deslocável dada por [ r ] equivale à soma das estruturas criadas, ou seja,
escreve-se a seguinte equação, para o exemplo de aplicação em análise:
[ r ] = [ 0 ] + Δ1 . [ 1 ] + Δ2 . [ 2 ]
E, com relação a esforços, como por exemplo, momento fletor, atuante em uma
determinada seção transversal, também se pode equacionar, de forma genérica:
M[ r ] = M[ 0 ] + Δ1 . M[ 1 ] + Δ2 . M[ 2 ]
Este momento na estrutura real é nulo, pois existe a continuidade dos momentos
nas extremidades das barras que chegam a um nó – em concordância com o que
você aprendeu até aqui de cálculo estrutural. Lembre-se do diagrama de momento
fletor, por exemplo: existe a continuidade do esforço de um lado e do outro, em
um apoio.
Estrutura Real [ r ]:
Estrutura [ 0 ]:
119 UNIUBE
Estrutura [ 1 ]:
Estrutura [ 2 ]:
k11 k12
Destaca-se que a matriz k é denominada Matriz de Rigidez da estrutura
21 k22
que se esteja calculando.
PARADA OBRIGATÓRIA
É fundamental que você compreenda bem o que lhe fora apresentado neste Passo,
para que prossiga.
Reflita o que significam as estruturas utilizadas para a Superposição de Efeitos,
bem como o que se denomina Equação de Compatibilidade.
Antes que vá ao 5º Passo, releia o que você estudou neste, capítulo, e acompanhe,
atentamente, o que é escrito em seguida, para consolidar seu entendimento até
aqui. Faça suas próprias anotações.
120 UNIUBE
Deixe claro o que se estudou neste item, verificando o entendimento dos seguintes
itens explicativos (caso tenha dúvida em algum, reestude o que se caminhou até
aqui):
• a estrutura real [ r ] é exatamente a estrutura que está sendo calculada;
• para a estrutura real [ r ] foram obtidos os nós deslocáveis e estes nós foram
bloqueados, gerando a estrutura [ 0 ];
• Olhando para as três estruturas geradas, com seus nós bloqueados, percebe-
se que, para a viga em apreço, tem-se:
• Perceba que cada uma das estruturas geradas é constituída por três barras com
simples condições de extremidade: apoio ou engaste, que podem ser analisadas
separadamente, o que facilita, em muito, os cálculos. Isso, porque seus nós
foram completamente bloqueados, gerando engastes intermediários na viga.
Veja que a estrutura real não pode ser visualizada como constituída por três
barras separadamente. Portanto, o procedimento de bloqueio e a superposição
de efeitos representam a base do Método dos Deslocamentos.
• Entendida a facilidade nos cálculos das vigas geradas, agora resta compreender
o que significam os momentos de equilíbrio ( kij ) que surgem nos nós bloqueados.
122 UNIUBE
• Compare, por exemplo, o apoio B das quatro estruturas [ r ], [ 0 ], [ 1 ] e [ 2 ].
Obviamente, a diferença está apenas na estrutura real [ r ], pelo seguinte:
quando se calcula uma viga, sabe-se que existe a continuidade de momento
fletor na seção transversal de uma viga contínua sobre um apoio (se não houver
algum momento fletor concentrado no nó de apoio, conforme você aprendeu nos
capítulos anteriores). Isso significa que o momento que representa a diferença
entre os momentos de um lado e do outro daquela continuidade de viga que se
apoia no nó B é zero. Veja se está claro isso, com o exemplo a seguir de uma
outra viga qualquer, com carregamento dado e diagrama de momento fletor
traçado:
k1=
r k10 + ∆1 ⋅ k11 + ∆ 2 ⋅ k12
k2=
r k20 + ∆1 ⋅ k21 + ∆ 2 ⋅ k22
• Sabendo-se que kij é nulo na estrutura real, ou seja, k10 = 0 e k20 = 0, escrevem-
se:
• Constata-se, com o exposto, que para o cálculo dos deslocamentos reais (Δ1
e Δ2), que constituem no objetivo primeiro do Método dos Deslocamentos,
como explicado, resta realizar o cálculo dos momentos de equilíbrio nodal ( kij)
referentes às estruturas criadas, e resolver o sistema de equações montado.
Portanto, prossiga, para a finalização do aprendizado e aplicação deste método
de cálculo.
• barra engastada-engastada
• barra engastada-apoiada
• barra apoiada-engastada
125 UNIUBE
Para que se calculem os momentos que atuam nas extremidades engastadas das
barras (já que é sabido que o momento fletor em extremidade apoiada é nulo),
utilizam-se valores tabelados de Momentos de Engastamento Perfeito (MEP),
em função das cargas atuantes na estrutura, ou de deslocamentos impostos em
suas extremidades (de giro ou translação). Tais momentos estão contidos na
Tabela 1 do Anexo A.
Lembre-se de que os valores dos MEPs são obtidos a partir da Tabela 1, do Anexo A.
q l2 q.l 2
MA = + e M B= −
12 12
Interprete os sinais! Uma barra biengastada solicitada por algum carregamento,
sofre deformação por flexão cujo esboço está representado a seguir pela linha
tracejada e cujo sentido do momento fletor correspondente a essa deformação
também está desenhado, para cada extremidade da barra:
127 UNIUBE
Entendido bem isso, parta, agora, para a compreensão dos sinais nos casos em
que se têm giro ou recalque unitários.
Veja, por exemplo, o caso de barra biengastada, com giro unitário aplicado no
apoio da esquerda. Neste caso, os momentos valem, de acordo com a tabela em
questão:
4 EI 2 EI
MA = − M B= −
l l
Finalmente, calculam-se:
k12 = M BA + M BC =
0 + 0,5 EI = 0,5 EI
k22 =M CB + M CD =EI + 0, 75 EI = 1, 75 EI
131 UNIUBE
[ 6 Passo ]: Cálculo das Incógnitas Δ1 e Δ2
o
3,52 0, 42
∆1 = ∆2 =
EI e EI
3,52
nó B : giro de EI no sentido anti − horário
0, 42
nó C : giro de no sentido anti − horário
EI
Obtém-se:
3,52 −3
nó B : giro de 3185 1,1x10 rad
= no sentido anti − horário
0, 42
nó C : giro de
= 1,3 x10−4 rad no sentido anti − horário
3185
EI ∆1
{ kN .m}
m ⋅ ∆ =
2
Viu-se que EI tem unidade de força multiplicada por área, ou seja: kN.m2 (de
acordo com as unidades constantes nesta aplicação). Portanto:
kN .m 2 ∆1
m ⋅ ∆ = { kN .m}
2
[=
r] [ 0] + ∆1 ⋅ [ 1 ] + ∆ 2 ⋅ [ 2]
133 UNIUBE
3,52 0, 42
[r] = [ 0] + ⋅[ 1 ] + ⋅ [ 2]
EI EI
3,52 0, 42
M [ r ]= M[ 0] + ⋅M [ 1] + ⋅ M [ 2]
EI EI
Sendo assim, para cada trecho da viga em estudo: AB, BC e CD, serão calculados
os valores dos momentos fletores reais M [ r ], aplicando-se a expressão anterior.
Nessa expressão, os momentos referentes aos problemas [ 0 ], [ 1 ] e [ 2 ] são
aqueles calculados quando do desenvolvimento do Passo 5. Acompanhe, com
bastante atenção, consultando todos os valores nos cálculos realizados:
3,52 0, 42
M AB [ r=
] M AB [ 0 ] +
EI
⋅ M AB [ 1 ] +
EI
⋅ M AB [ 2]
M [ r ]= 3,52 0, 42
0 + ⋅0 + ⋅ 0= 0
AB EI EI
3,52 0, 42
M BA [ r=
] M BA [ 0 ] +
EI
⋅ M BA [ 1 ] +
EI
⋅ M BA [ 2]
M [ r ] =− 3,52 0, 42
( 12) + ⋅ (0, 75 EI ) + ⋅ (0) = − 9,36 kN ⋅ m
BA
EI EI
3,52 0, 42
M BC [ =
r] M BC [ 0 ] +
EI
⋅ M BC [ 1 ] +
EI
⋅ M BC [ 2]
M [r] = 3,52 0, 42
5, 625 + ⋅ EI + ⋅ 0,5 EI = + 9,36 kN ⋅ m
BC EI EI
3,52 0, 42
M CB [ r=
] M CB [ 0 ] +
EI
⋅ M CB [ 1 ] +
EI
⋅ M CB [ 2]
M [ r ] =− 1,875 + 3,52 ⋅ 0,5 EI + 0, 42 ⋅ EI = + 0,31 kN ⋅ m
CB EI EI
134 UNIUBE
3,52 0, 42
M CD [ =
r] M CD [ 0 ] +
EI
⋅ M CD [ 1 ] +
EI
⋅ M CD [ 2]
M [ r ] =− 0, 625 + 3,52 ⋅ 0 + 0, 42 ⋅ 0, 75 EI = − 0,31 kN ⋅ m
CD EI EI
3,52 0, 42
M DC [ =
r] M DC [ 0 ] +
EI
⋅ M DC [ 1 ] +
EI
⋅ M DC [ 2]
M [ r ]= 3,52 0, 42
0 + ⋅0 + ⋅ 0= 0
DC EI EI
Têm-se, agora, os momentos fletores reais que atuam nas extremidades das
barras e, a partir deles, é possível realizar o traçado de seu diagrama, conforme
descrito a seguir.
∑ Fv = 0 ⇒ 9, 66 + VB − 1, 25 + 1,33 = 6 ⋅ 4 + 10 ⇒ VB = 24, 26 kN
1ª APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO:
2ª APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO:
Trecho AB:
Trecho BC:
138 UNIUBE
Trecho CD:
3ª APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO:
Estrutura [ 0 ]:
141 UNIUBE
Portanto, têm-se:
k10 =
M CB + M CD =−10,56 + 20,83 = +10, 27 kN .m
k20 =
M DC + M DF + 20 =
−20,83 − 4, 27 + 20 = −5,10 kN .m
CURIOSIDADE
Portanto, têm-se:
Estrutura [ 2 ]:
144 UNIUBE
Portanto, têm-se:
k12 =
M CB + M CD =
0 + 0, 4 EI =
+0, 4 EI
k22 =
M DC + M DF =
0,8 EI + EI =+1,8 EI
9, 42 4,93
∆1 =− ∆2 =
EI e EI
145 UNIUBE
Finalmente, calculando-se os momentos fletores atuantes nas extremidades das
barras, obtêm-se:
9, 42 4,93
M [ r ]= M[ 0] − ⋅M [ 1] + ⋅ M [ 2]
EI EI
9, 42 4,93
M BC [ r=
] M BC [ 0 ] −
EI
⋅ M BC [ 1 ] +
EI
⋅ M BC [ 2]
M [ r ] = + 10 − 9, 42 ⋅ 0 + 4,93 ⋅ 0 =+ 10 kN ⋅ m
BC EI EI
9, 42 4,93
M CB [ r=
] M CB [ 0 ] −
EI
⋅ M CB [ 1 ] +
EI
⋅ M CB [ 2]
M [ r ] = − 10,56 − 9, 42 ⋅ 0,5 EI + 4,93 ⋅ 0 =− 15, 27 kN ⋅ m
CB EI EI
9, 42 4,93
M CD [ =
r] M CD [ 0 ] −
EI
⋅ M CD [ 1 ] +
EI
⋅ M CD [ 2]
M [r] = 9, 42 4,93
+ 20,83 − ⋅ 0,8 EI + ⋅ 0, 4 EI = + 15, 27 kN ⋅ m
CD EI EI
9, 42 4,93
M DC [ =
r] M DC [ 0 ] −
EI
⋅ M DC [ 1 ] +
EI
⋅ M DC [ 2]
M [r] = 9, 42 4,93
− 20,83 − ⋅ 0, 4 EI + ⋅ 0,8 EI = − 20, 66 kN ⋅ m
DC
EI EI
9, 42 4,93
M DF [ =
r] M DF [ 0 ] −
EI
⋅ M DF [ 1 ] +
EI
⋅ M DF [ 2]
M [ r ] =− 4, 27 − 9, 42 ⋅ 0 + 4,93 ⋅ EI = + 0, 66 kN ⋅ m
DF EI EI
9, 42 4,93
M FD [ r=
] M FD [ 0 ] −
EI
⋅ M FD [ 1 ] +
EI
⋅ M FD [ 2]
M [ r ] =+ 6, 4 − 9, 42 ⋅ 0 + 4,93 ⋅ 0,5 EI = + 8,87 kN ⋅ m
FD EI EI
4ª APLICAÇÃO
RESOLUÇÃO:
5ª APLICAÇÃO
Pede-se obter os valores dos momentos fletores que atuam nas extremidades
das barras que constituem a viga a seguir, referente à 1ª Aplicação, porém, com o
valor do produto EI diferente, para cada tramo.
RESOLUÇÃO:
Cálculo de k12: =
k12 M BA + M BC Cálculo de k22: =
k22 M CB + M CD
k12 = M BA + M BC =
0 + 0,5 EI = 0,5 EI
k22 =M CB + M CD =EI + 1,125 EI = 2,125 EI
150 UNIUBE
Com isso, para esta viga monta-se:
ou na forma:
2, 43 0, 60
∆1 = ∆2 =
EI e EI
O contrário ocorre para o segundo nó bloqueado, pois a barra BC tem menor valor
de EI do que a barra CD, ou seja, com relação à situação inicial, em que ambas
tinham mesmo EI, nesta nova condição, existe uma menor resistência ao giro anti-
horário ocorrido.
2, 43 0, 60
M BA [ r=
] M BA [ 0 ] +
EI
⋅ M BA [ 1 ] +
EI
⋅ M BA [ 2]
M [r] = 2, 43 0, 60
(−12) + ⋅ (1,5 EI ) + ⋅ (0) = − 8,36 kN ⋅ m
BA
EI EI
2, 43 0, 60
M BC [ r=
] M BC [ 0 ] +
EI
⋅ M BC [ 1 ] +
EI
⋅ M BC [ 2]
M [r] = 2, 43 0, 60
5, 625 + ⋅ EI + ⋅ 0,5 EI = + 8,36 kN ⋅ m
BC EI EI
151 UNIUBE
2, 43 0, 60
M CB [ r=
] M CB [ 0 ] +
EI
⋅ M CB [ 1 ] +
EI
⋅ M CB [ 2]
M [r] = 2, 43 0, 60
− 1,875 + ⋅ 0,5 EI + ⋅ EI = − 0, 06 kN ⋅ m
CB EI EI
2, 43 0, 60
M CD [ r=
] M CD [ 0 ] +
EI
⋅ M CD [ 1 ] +
EI
⋅ M CD [ 2]
M [r] = 2, 43 0, 60
− 0, 625 + ⋅0 + ⋅1,125 EI = + 0, 06 kN ⋅ m
CD
EI EI
2, 43 0, 60
M DC [ =
r] M DC [ 0 ] +
EI
⋅ M DC [ 1 ] +
EI
⋅ M DC [ 2]
M [ r ] = 0 + 2, 43 ⋅ 0 + 0, 60 ⋅ 0 =0
DC EI EI
Resumo
Após realizar o seu estudo com dedicação, procurando entender o conceito básico
do método dos deslocamentos e fazendo todas as atividades, você, aluno, terá as
condições de calcular uma viga ou um pórtico hiperestático, estruturas essas que
sempre aparecem na vida de um engenheiro civil.
Atividades
Atividade 1
Dada a viga a seguir, pede-se obter os momentos atuantes nas extremidades de
suas barras, utilizando-se o Processo dos Deslocamentos e realizar o traçado do
diagrama deste esforço. Considere EI constante em todo este elemento estrutural.
Atividade 2
Para o pórtico esquematizado a seguir, a ser resolvido pelo Processo dos
Deslocamentos, pede-se calcular os Momentos de Engastamento Perfeito
(MEPs) que ocorrem nas extremidades das barras, para cada estrutura pertinente
à resolução ([ 0 ], [ 1 ], [ 2 ], ...) e os valores dos momentos nodais kij.
Atividade 3
Quais são os tipos de deslocabilidades possíveis de ocorrerem em estruturas
reticuladas planas? Explique a diferença entre elas, e mostre como calculá-las,
através de um exemplo.
153 UNIUBE
Atividade 4
Explique em que consiste o Método dos Deslocamentos e descreva todos os
passos necessários para a aplicação deste método.
Atividade 5
Refaça o desenvolvimento da 1ª Aplicação, de forma mais direta, ou seja,
apresentando apenas a resolução, sem os textos que explicam, detalhadamente,
os passos seguidos para a aplicação do Método dos Deslocamentos.
Referências
SORIANO, H.L.; LIMA, S.S. Análise de estruturas: método das forças e método dos
deslocamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2006. 308p.
4
Estruturas
hiperestáticas:
processo de
cross e análise
computacional
Núbia dos Santos Saad Ferreira
Introdução
Dicas
Realize seus estudos diariamente e perceba que o seu aprendizado ocorrerá
gradualmente e com qualidade!
Bons estudos!
Objetivos
Caro(a) aluno(a), ao final dos estudos propostos, espera-se que você seja capaz
de:
Esquema
Tal capítulo se organiza segundo os tópicos seguintes:
Atenção
Realize seus estudos diariamente e perceba que o seu aprendizado ocorrerá
gradualmente e com qualidade!
Bons estudos!
158 UNIUBE
1.1 Coeficiente de rigidez (K)
O coeficiente de rigidez K de uma barra, em um nó, é o valor do momento fletor
que, se aplicado neste nó, provoca-lhe uma rotação unitária.
Ki
di =
∑ Ki
160 UNIUBE
Com isso, a parcela de momento absorvido por cada extremidade de barra ( i ) é:
Ki
M i = d i⋅ M = ⋅M
∑ Ki
Vê-se que o coeficiente de distribuição é adimensional, ou seja, é um número
puro, sem unidades e, sendo um número percentual, ou seja, uma parcela de uma
quantidade (M), sempre estará compreendido entre 0 e 1.
Faz-se aqui uma observação que ficará mais clara quando da resolução das
aplicações: em um nó bloqueado, a soma dos coeficientes de distribuição de cada
barra que chega a ele é um, pois cada extremidade de barra absorve uma parcela
do momento M, e todas elas somadas, são exatamente o momento M. Portanto, o
somatório do fator que define tais parcelas é unitário.
(a)
momento transmitido para uma extremidade de barra contínua. Neste
caso, o coeficiente de transmissão ou propagação vale: tAB = 0,5, ou seja, o
momento transmitido é obtido por: MB = tAB.M = 0,5.M;
(b)
momento transmitido para uma extremidade de barra apoiada. Neste
caso, o coeficiente de transmissão ou propagação vale: tAB = 0, ou seja, o
momento transmitido é obtido por: MB = tAB.M = zero, o que é óbvio, pois as
articulações (também denominadas rótulas) não absorvem momento.
161 UNIUBE
O coeficiente de transmissão, sendo uma taxa, é adimensional.
Resumindo-se:
Coeficientes de Distribuição:
Ki
di =
∑ Ki
Observações:
[4o Passo]: Desbloqueio e equilíbrio iterativo dos nós bloqueados até que ΔM = 0
Primeiramente, com os MEPs obtidos para cada extremidade de barra que chega
a um nó bloqueado, determina-se em qual dos nós bloqueados se tem o maior
valor em módulo de ΔM (basta somar todos os MEPs que chegam àquele nó
bloqueado).
RESOLUÇÃO:
NÓ B :
Obs.: ∑d =1 ⇒ ok!
BARRA AB :
M AB = 0 qL2 12 .5 2
M BA = − =− = −37 ,50 kN .m
8 8
165 UNIUBE
BARRA BC :
qL2 Pab 12 .5 2 30 .2 .3
M BC = + 2 (L + b ) = + (5 + 3) = 66,30 kN .m M CB = 0
8 2L 8 2 .5 2
BARRA BD :
M BD = 0 M DB = 0
[4o Passo]: Desbloqueio e equilíbrio iterativo dos nós bloqueados até que ΔM = 0
O valor de ΔM é:
∆M =−37,50 + 0 + 66,30 =+28,80 kN .m
∆M BA =d BA .∆M =
0, 260.(−28,80) =−7, 49 kN .m
∆M BC =d BC .∆M =
0, 260.(−28,80) =−7, 49 kN .m
∆M BD =d BD .∆M =
0, 480.(−28,80) =−13,82 kN .m
167 UNIUBE
Observação:
Tal momento se propaga para a outra extremidade D dessa barra, com valor igual
à metade deste, ou seja: - 6,91 kN.m.
Observação:
• Para indicar que um momento foi transmitido, será utilizada uma seta, que
se presta a facilitar a visualização de tal procedimento, conforme mostrado
a seguir.
168 UNIUBE
∆M = zero
−37,50 − 7, 49 + 0 − 13,82 + 66,30 − 7, 49 =
Tendo-se os momentos reais nas extremidades das barras, estes são representados,
segundo a Convenção de Grinter, para a qual, os momentos fletores atuantes nas
extremidades são positivos se o sentido deles for anti-horário.
(2ª APLICAÇÃO)
RESOLUÇÃO:
Havendo uma carga concentrada em uma barra, é conveniente que a barra seja
dividida em trechos, procedendo-se da mesma maneira (isso ocorrerá na barra
BC desta aplicação). Mas, também é possível considerar a barra completa – você
acompanhará resoluções assim, ao longo deste estudo.
A partir disso, faz-se o equilíbrio de cada barra, obtendo-se os valores dos cortantes
que atuam em suas extremidades. Lembre-se de que, por convenção, o cortante é
positivo quando sua orientação provoca giro no sentido horário.
171 UNIUBE
Barra BD: (desenho sem escala)
(3ª APLICAÇÃO)
RESOLUÇÃO:
173 UNIUBE
Para o traçado do diagrama de esforços normais, é necessária a determinação
das reações de apoio de toda a estrutura. Para isso, toma-se a estrutura com os
seus carregamentos e com os momentos aplicados nas extremidades das barras
(pois assim, a estrutura hiperestática se torna isostática, podendo ser aplicadas
as equações de equilíbrio de forças e momentos). Em seguida, empregam-se as
conhecidas equações de equilíbrio para estruturas planas:
∑ Fx = 0
∑ Fy = 0
∑ M z = 0
Para a aplicação em questão, tem-se, portanto (com a reação vertical no apoio que
já foi determinada anteriormente), o cálculo das reações de apoio (vide esquema
logo adiante):
∑F y = 0 ⇒ VA + VD + VC = 30 + 12 + 10 ⇒ VD = 98, 76 kN
∑F x =0 ⇒ HC =HD ⇒ HC =58,93 kN
Veja que na barra AB não existe nenhuma força normal atuante e nenhuma reação
de apoio com esta natureza. Portanto, neste trecho, tem-se N = 0.
Já na barra BC, olhando pela direita, vê-se que existe uma reação de apoio
horizontal, de compressão, de valor 58,93 kN. Portanto, o esforço normal nesta
barra valerá: N = - 58,93 kN.
Para a última barra BD, tem-se um apoio com duas reações, que deverão ser
decompostas na direção paralela a esta barra, para que se obtenha o valor da
força normal atuante na mesma, como apresentado a seguir.
Tem-se o cálculo do esforço normal N, obtido pela soma das componentes das
duas reações de apoio representadas anteriormente:
VD .senα + H D .cos α
N= ⇒ −98, 76. ( 3 / 3, 61) − 58,93. ( 2 / 3, 61) ⇒
N= N=
−114, 72 kN
(4ª APLICAÇÃO)
RESOLUÇÃO:
NÓ B :
K BA 0, 75 EI
d BA
= = = 0, 480
K
= BA
3EI 3EI
= = 0, 75 EI ∑ K 1,55EI
L 4 Portanto:
K BC 0,8 EI
d BC
= = = 0,520
K=
BC
4 EI 4 EI
= = 0,8 EI ∑ K = 1,55EI ∑ K 1,55EI
L 5
Obs.: ∑=
d 1 ⇒ ok !
176 UNIUBE
NÓ C :
Coeficientes de Rigidez: Coeficientes de Distribuição:
K CB 0,8 EI
dCB
= = = 0,570
4 EI 4 EI ∑ K 1, 40 EI
K
= = = 0,8 EI
CB
L 5 Portanto:
K CD 0, 6 EI
dCD
= = = 0, 430
K=
3EI 3EI
= = 0, 6 EI
∑ K = 1, 40 EI ∑ K 1, 40 EI
CD
L 5
Obs.: ∑=
d 1 ⇒ ok !
BARRA AB :
qL2 5.42
M AB = 0 M BA =
− =
− −10 kN .m
=
8 8
BARRA BC :
BARRA CD :
qL2 10.52
M=
CD = = 31, 25 kN .m M DC = 0
8 8
[4o Passo]: Desbloqueio e equilíbrio iterativo dos nós bloqueados até que ΔM = 0
Observação:
1ª C 21,65
Multiplica-se ΔM por cada coeficiente de distribuição, com o sinal trocado para este
momento, faz-se sua redistribuição nas extremidades das barras, e se escrevem
esses valores abaixo dos MEPs, conforme ilustra a figura subseqüente.
∆M CB =dCB .∆M =
0,570.(−21, 65) =−12,34 kN .m
∆M CD =dCD .∆M =
0, 430.(−21, 65) =−9,31 kN .m
178 UNIUBE
Nota-se que o mesmo não acontece com a barra CD, pois sua outra extremidade é
um apoio, que não absorve momento, ou seja, o coeficiente de propagação é zero.
Agora, imagine que se tivessem três nós, por exemplo. Neste caso, seria necessário
definir o próximo nó a ser equilibrado, calculando-se o valor de ΔM de ambos
e se escolhendo o de maior valor em módulo – como explicado, anteriormente.
Prossiga!
1ª C 21,65
2ª B -1,77
179 UNIUBE
NÓ C : ∆M =
0, 46 kN .m
∆M CB =dCB .∆M =0,570.(−0, 46) =−0, 26 kN .m
∆M CD =dCD .∆M =
0, 430.(−0, 46) =−0, 20 kN .m
1ª C 21,65
2ª B -1,77
3ª C 0,46
180 UNIUBE
Constate que o nó C ficou equilibrado, ou seja, seu ΔM se tornou nulo:
∆M= 0, 46 − 0, 26 − 0, 20= zero
NÓ B : ∆M =−0,13 kN .m
∆M BA = d BA .∆M = 0, 480.(+0,13) = 0, 06 kN .m
∆M BC = d BC .∆M = 0,520.(+0,13) = 0, 07 kN .m
1ª C 21,65
2ª B -1,77
3ª C 0,46
4ª B -0,13
NÓ C : ∆M =
0, 03 kN .m
∆M CB =dCB .∆M =
0,570.(−0, 03) =−0, 02 kN .m
∆M CD =dCD .∆M =
0, 430.(−0, 03) =−0, 01 kN .m
181 UNIUBE
1ª C 21,65
2ª B -1,77
3ª C 0,46
4ª B -0,13
5ª C 0,03
NÓ B : ∆M =−0, 02 kN .m
1ª C 21,65
2ª B -1,77
3ª C 0,46
4ª B -0,13
182 UNIUBE
5ª C 0,03
6ª B -0,02
Esse momento traciona embaixo, pois foi utilizado o sinal positivo para esta
situação, no cálculo do mesmo.
RESOLUÇÃO:
Barra AB:
Barra BC: (lembre-se que, neste caso, poder-se-ia, também, dividir a barra em
duas)
185 UNIUBE
Barra CD:
(6ª APLICAÇÃO)
RESOLUÇÃO:
Perceba, também, que nesta aplicação existe apenas um nó a ser bloqueado, pois
apenas um nó possui deslocabilidade interna.
187 UNIUBE
[2 Passo]: Cálculo dos coeficientes de rigidez e distribuição relativos a cada nó
o
bloqueado
NÓ C :
K CB 0, 400 EI
dCB
= = = 0,341
K=
CB
3EI 3EI
= = 0, 400 EI ∑ K 1,174 EI
L 7,5
K CG 0, 417 EI
Portanto: dCG
= = = 0,355
K=
CG
4 EI 4 EI
= = 0, 417 EI ∑ K 1,174 EI
L 9, 60
∑ K = 1,174 EI dCE
=
K CE 0,357 EI
= = 0,304
K=
CE
3EI 3EI
= = 0,357 EI ∑ K 1,174 EI
L 8, 40
Obs.: ∑=
d 1 ⇒ ok !
BARRA BC :
M BC = +16,50 kN .m
qac M 3a 2
M CB =− 4b ( a + l ) − c 2
2 l 2 − 1 =
−
8l 2
3.1, 25.2,5 16,5 3.02
− 2
4.6, 25 (1, 25 + 7,5 ) − (2,5) 2
− 2
3,82 kN .m
− 1 =
8.7,5 2 7,5
BARRA CE :
BARRA GC :
Como visto, pelo fato de esta estrutura ter apenas um nó, esse momento entrará
em sua primeira e única iteração. Havendo outras, tal momento também entraria
apenas no primeiro equilíbrio (na primeira iteração) daquele nó bloqueado. Adiante,
exemplificar-se-á tal situação.
Prosseguindo, encontra-se ΔM (veja que o momento concentrado no nó
bloqueado, de 15,75 kN, sendo horário, é positivo, pela Convenção de
Grinter):
∆M =
3,82 − 6,39 + 8, 27 + 15, 75 =+21, 45 kN .m
∆M CB =dCB .∆M =
0,341.(−21, 45) =−7,31 kN .m
∆M CG =dCG .∆M =
0,355.(−21, 45) =−7, 61 kN .m
∆M CE =dCE .∆M =
0,304.(−21, 45) =−6,52 kN .m
Como só se tem um nó bloqueado, não há outra iteração a ser feita. Portanto, para
esta estrutura, a aplicação do Processo de Cross está encerrada. Em seguida,
somam-se os momentos em cada extremidade de barra, como realizado a seguir.
190 UNIUBE
Tendo-se os momentos reais nas extremidades das barras, finaliza-se a resolução
dessa atividade, representando tais momentos (em kN.m), segundo a Convenção
de Grinter, ou seja, quando positivos, com giro no sentido anti-horário, se quando
negativos, horário.
Observações:
Na vida do engenheiro, sempre existe algum cálculo a ser feito manualmente, seja
no tocante a uma estrutura isostática, ou hiperestática, e é necessário que ele
tenha conhecimento de tais ferramentas para o seu dia a dia profissional.
Por outro lado, sabe-se que, atualmente, uma grande quantidade de softwares
é disponível tanto no mercado, como em instituições de ensino (direcionadas,
sobretudo, aos seus alunos), imprescindíveis à vida do engenheiro calculista.
Porém, para que este possa se valer de tais recursos computacionais, é necessária
a prévia consolidação dos conceitos teóricos, para que o mesmo possa avaliar a
191 UNIUBE
coerência de resultados obtidos e saber criticar, quando se deparar com equívocos
possíveis como, por exemplo, em dados de entrada, para a concepção de um
sistema estrutural.
Você, que irá trabalhar com pacotes computacionais (como estagiário ou depois de
formado), necessita ter o embasamento teórico bem consolidado para que possa
se valer dos programas, de forma consciente e correta. Não pense que é algo
que qualquer um possa fazer, pois você ouvirá alguém lhe dizer que determinado
programa computacional “faz tudo”! Porém, com certeza, o mesmo requerirá de
você a correta geração da estrutura, com sua geometria, dados elásticos e de
carregamento, bem como sua competência e capacidade crítica, na análise dos
resultados obtidos.
O Prof. Luiz Fernando Martha diz no manual supracitado que: “Do seu objetivo
básico decorre a necessidade do Ftool ser uma ferramenta simples, unindo, em
uma única interface, recursos para uma eficiente criação e manipulação do modelo
(pré-processamento) aliados a uma análise da estrutura rápida e transparente e
a uma visualização de resultados rápida e efetiva (pós-processamento)”. FTOOL,
2008.
É recomendado que você baixe o programa (e seu manual) e o instale, para que
possa melhor acompanhar o que é proposto em seguida.
No item seguinte, deste capítulo, serão resolvidas, via Ftool (FTOOL, 2008) as
mesmas estruturas que foram aqui resolvidas, manualmente, como atividades de
aplicação computacional.
RESOLUÇÃO:
Para que se realize tal resolução via software Ftool (FTOOL, 2008), são apresentados
os passos, detalhadamente, sendo recomendável que você acompanhe,
executando o programa e realizando cada procedimento, concomitantemente ao
seu estudo, para o seu melhor entendimento e consolidação do seu aprendizado.
Prossiga, atentamente!
Você percebeu que, para se calcular a estrutura manualmente, não foi necessário
se definirem as propriedades elástico-geométricas dos materiais (como E e I).
Isso porque, ao longo dos cálculos manuais, você constatou que o produto EI é
cancelado.
Caso seja necessário inserir dados de um material estrutural qualquer, que não
esteja na listagem do programa, basta optar por: “Generic Isotropic”, em “Material
type” e, depois, inserir os valores dos parâmetros.
Para inserir os apoios, clique no ícone das condições de apoio , e lhe aparece
o submenu na lateral direita, como apresentado da Figura 10. Os três ícones são,
respectivamente:
(8ª APLICAÇÃO)
Considere EI constante.
202 UNIUBE
RESOLUÇÃO:
Para inserir os apoios, clique no ícone das condições de apoio . O apoio A tem
restrição de translação nas direções X e Y. Portanto, em “Displac. X” e “Displac.
Y”, marque a caixa “Fix”. Em “Displac. Z”, deixe a caixa “Free” selecionada.
Selecione o nó A com um clique do mouse e clique no terceiro ícone para aplicar
tais condições.
Neste exemplo de aplicação, a viga não possui cargas axiais, o que implica que
não se terá esforço normal solicitando suas barras.
Resumo
Após realizar o seu estudo com dedicação, procurando entender o conceito
básico do Processo de Cross e fazendo todas as atividades, você, aluno, terá as
condições de calcular uma viga ou um pórtico hiperestático, estruturas essas que
sempre aparecem na vida de um engenheiro civil.
É importante que você saiba que, mesmo com todo o avanço tecnológico, atual,
que possibilita o cálculo e dimensionamento de estruturas através de pacotes
computacionais, é essencial que o engenheiro tenha o conhecimento teórico para
analisar os resultados obtidos, com segurança e espírito crítico.
Atividades
Atividade 1
Descreva o Processo de Cross e os procedimentos utilizados para a sua aplicação.
É necessário que você seja objetivo e escreva com suas próprias palavras.
Explique quais coeficientes são utilizados quando da utilização deste processo.
Atividade 2
Refaça a 1ª Atividade de Aplicação resolvida, sem os comentários constantes no
texto deste capítulo, ou seja, apresente apenas a resolução.
Atividade 3
Refaça a 4ª Atividade de Aplicação resolvida, sem os comentários constantes no
texto deste capítulo, ou seja, apresente apenas a resolução.
205 UNIUBE
Atividade 4
Dada a viga apresentada em seguida (desenho sem escala), pede-se obter os
momentos atuantes nas extremidades de suas barras, utilizando-se o Processo
de Cross. Considere E constante em todo o elemento estrutural. As inércias estão
indicadas em cada barra.
Atividade 5
Para o pórtico esquematizado a seguir (desenho sem escala), pede-se obter os
momentos atuantes nas extremidades de suas barras, utilizando-se o Processo
de Cross.
Referências
FTOOL (2008). Two-dimensional Frame Analysis Tool. 25 Mar. 2011
<http://www.tecgraf. puc-rio.br/ftool>.
REFERENCIAL DE RESPOSTAS
COMPONENTE CURRICULAR
Tecnologia em Materiais de Contrução Civil
Capítulo de Estudo 1
Técnicas construtivas - parte 1
Atividade 1 - p.54
Áreas de Vivência:
• instalações sanitárias masculinas e femininas;
• vestiário masculino e feminino;
• alojamento masculino e feminino;
• local de refeições;
• lavanderia;
• área de lazer;
• ambulatório.
Instalações de canteiro:
• escritório engenharia;
• sala de reuniões;
• almoxarifado para peças menores;
• escritório de recursos humanos e outros.
Atividade 2 - p.54
Áreas de Vivência:
• instalações sanitárias masculinas (3 conjuntos – bacia + lavatório) e
femininas (1 conjunto – bacia+lavatório);
• vestiário masculino (5 chuveiros) e feminino (1 chuveiro);
• alojamento masculino (50 conjuntos – cama + armário ou 25 beliches + 50
armários) e feminino (5 conjuntos – cama + armário ou 2 beliches e 1 cama
+ 5 armários);
• local de refeições (1 un);
• lavanderia (1 un com, pelo menos, 5 tanques);
• área de lazer (local de refeições);
• ambulatório (1 un).
210 UNIUBE
Atividade 3 - p.54
Croqui apresentado com, no mínimo:
• instalações sanitárias masculinas (3m2 + lavatórios e mictório (se for previsto))
e femininas (1m2 + lavatório);
• vestiário masculino (4,0m2 para chuveiros + banco e armários) e feminino
(0,8m2 para chuveiros + banco e armários);
• alojamento masculino (75,0m2) e feminino (9m2);
• local de refeições (para 55 pessoas);
• lavanderia (para 6 tanques e espaço para secar roupas);
• área de lazer (pode ser no mesmo local de refeições ou outro compatível
com a atividade de lazer proposta);
• ambulatório (para atendimento a, pelo menos, uma pessoa por vez e espera
de mais uma pessoa).
Atividade 4 - p.54
Instalações de canteiro para armazenamento de:
• local fechado para cimento;
• local fechado para cal;
• baias para brita;
• baias para areia;
• espaço para madeira serrada em estrados;
• espaço para aço (barra reta; cortado e dobrado; montado) sobre estrados.
Atividade 5 - p.54
Instalações de canteiro para produção da obra:
• espaço para a produção de pré-moldados;
• pontos para central de concreto e argamassa;
• local para produção de fôrma de madeira;
• local para corte, dobra e montagem de armadura.
211 UNIUBE
Capítulo de Estudo 2
Técnicas construtivas - Parte 2
Atividade 1 - p.102
Atividade 2 - p.102
Esquema a seguir:
Chapisco
Ligação co m barra de aço
Pared e
60 cm
Ch apisco
Ligação com tela
Pared e
Atividade 3 - p.102
De três em três fiadas;
212 UNIUBE
Atividade 4 - p.102
De três em três fiadas;
Pintura
Regularização/Acabamento
(Emboço ou Reboco Paulista
ou Massa Única)
Base
(Alve naria ou Estrutura)
Interno Externo
S
U
M S P S M
A E E E A
S L R L S
T S T
A F A S
I A I
D Í D A
N C N
O O
T C T
R I R A
A O E C A
R R
Atividade 5 - p.102
COMPONENTE CURRICULAR
Tecnologia e Sistemas Estruturais
Capítulo de Estudo 3
Estruturas hiperestáticas: método dos deslocamentos
Atividade 1 - p.152
A resolução será apresentada de acordo com os passos estabelecidos, para a
aplicação do Método dos Deslocamentos:
k10
k1r = 0= k10 + ∆1 ⋅ k11 ⇒ ∆1 =−
k11
[ 5o Passo ]: Cálculo dos momentos nodais kij
215 UNIUBE
Estrutura [ 0 ]:
Portanto, tem-se:
k10 =
M BA + M BC =
−18,37 + 96 =
77, 63
216 UNIUBE
Estrutura [ 1 ]:
3EI 3EI
k11 = M BA + M BC = + = 0,804 EI
7 8
96, 606
M [ r ]= M[ 0] − ⋅M [ 1]
EI
217 UNIUBE
96, 606
M AB [ r ] = M AB [ 0 ] −
EI
⋅ M AB [ 1 ]
M [ r ]= 96, 606
0 − ⋅ 0= 0
AB EI
96, 606
M BA [ r ] = M BA [ 0 ] −
EI
⋅ M BA [ 1 ]
M [r] = 96, 606 3EI
− 18,37 − ⋅ = − 59, 77 kN ⋅ m
BA
EI 7
96, 606
M BC [ r ]= M BC [ 0 ] −
EI
⋅ M BC [ 1 ]
M [r] = 96, 606 3EI
96 − ⋅ = + 59, 77 kN ⋅ m
BC
EI 8
96, 606
M CB [ r ] = M CB [ 0 ] −
EI
⋅ M CB [ 1 ]
M [ r ]= 96, 606
0 − ⋅ 0= 0
CB EI
Note que, nesse caso, especificamente, basta que se calcule a reação de apoio
vertical referente ao nó A.
218 UNIUBE
Atividade 2 - p.152
Você sabe que, quando se tem balanço, desconsideram-se os mesmos, para a
aplicação do Método dos Deslocamentos.
[ 3o Passo ]: Geração das Estruturas [1] e [2] com deslocamentos impostos nos
nós que foram bloqueados
220 UNIUBE
[ 4o Passo ]: Cálculo dos momentos nodais kij (que é o que se pede no enunciado
do exercício)
Estrutura [ 0 ]:
221 UNIUBE
Portanto, têm-se:
Estrutura [ 1 ]:
222 UNIUBE
223 UNIUBE
Portanto, têm-se:
k11 =M CA + M CD =0,35 EI + 0, 62 EI =
+0,97 EI
k21 =M DC + M DF =0,31EI + 0 =+0,31EI
Estrutura [ 2 ]:
224 UNIUBE
Portanto, têm-se:
k12 =
M CA + M CD =
0 + 0,31EI = +0,31EI
k22 =
M DC + M DF =
0, 62 EI + EI = +1, 62 EI
Atividade 3 - p.152
Você encontra, no item 1, o conteúdo necessário para a resolução desta atividade.
Atividade 4 - p.153
Você encontra, neste capítulo, mais especificamente, nos itens 2 e 3, o conteúdo
necessário para a resolução desta atividade.
Atividade 5 - p.153
Você encontra todo o suporte necessário à resolução desta atividade, no corpo do
item 3 deste capítulo.
225 UNIUBE
Capítulo de Estudo 4
Estruturas hiperestáticas: processo de cross e análise computacional
Atividade 1 - p.204
O aluno encontra neste capítulo (especificamente, nos itens 1 e 2) o conteúdo
necessário para a resolução desta atividade.
Atividade 2 - p.204
O aluno encontra neste capítulo (especificamente, no item 3) o conteúdo necessário
para a resolução desta atividade.
Atividade 3 - p.204
O aluno encontra todo o suporte necessário à resolução desta atividade, no corpo
do item 3, deste capítulo.
Atividade 4 - p.205
[1o Passo]: Bloqueio dos nós que possuem deslocabilidade interna
NÓ B :
NÓ C :
BARRA AB :
q l 2 Pl 2.82 4.8
M AB =
+ + = + 14, 67 kN .m
=
12 8 12 8
q l 2 2.62 q l2 2.62
M BC =
+ = = 6 kN .m M CB =
− =
− −6 kN .m
=
12 12 12 12
BARRA CD :
M DC = −16 kN .m
[4o Passo]: Desbloqueio e equilíbrio iterativo dos nós bloqueados até que ΔM = 0
NÓ B : ∆M =−14, 67 + 6 =−8, 67 kN .m
1ª B -8,67
Multiplica-se ΔM por cada coeficiente de distribuição, com o sinal trocado para este
momento, faz-se sua redistribuição nas extremidades das barras e se escrevem
esses valores abaixo dos MEPs, conforme ilustra a figura subsequente.
∆M BA = d BA .∆M = 0,500.(+8, 67) = 4,34 kN .m
∆M BC = d BC .∆M = 0,500.(+8, 67) = 4,34 kN .m
1ª B -8,67
2ª C -5,37
229 UNIUBE
NÓ B : ∆M =
1,53 kN .m
∆M BA =d BA .∆M =
0,500.(−1,53) =−0, 77 kN .m
∆M BC =d BC .∆M =
0,500.(−1,53) =−0, 77 kN .m
1ª B -8,67
2ª C -5,37
3ª B 1,53
230 UNIUBE
Prossegue-se, com outra iteração, no nó C.
NÓ C : ∆M =−0,38 kN .m
1ª B -8,67
2ª C -5,37
3ª B 1,53
4ª C -0,38
NÓ B : ∆M =
0,11 kN .m
∆M BA =d BA .∆M =
0,500.(−0,11) =−0, 06 kN .m
∆M BC =d BC .∆M =
0,500.(−0,11) =−0, 05 kN .m
1ª B -8,67
2ª C -5,37
3ª B 1,53
231 UNIUBE
4ª C -0,38
5ª B 0,11
NÓ C : ∆M =−0, 03 kN .m
NÓ B : ∆M =
0, 01 kN .m
∆M BA = d BA .∆M = 0,500.(−0, 01) = 0, 00 kN .m
∆M BC =d BC .∆M =
0,500.(−0, 01) =−0, 01 kN .m
1ª B -8,67
2ª C -5,37
3ª B 1,53
4ª C -0,38
5ª B 0,11
6ª C -0,03
7ª B 0,01
233 UNIUBE
Atividade 5 - p.205
[1o Passo]: Bloqueio dos nós que possuem deslocabilidade interna
235 UNIUBE
NÓ B :
K CB
dCB
= = 0,380
4 EI 4 ( EI ) ∑K
K
= = = 0,5 EI
CB
L 8 Portanto:
K CE
4 EI 4 ( EI ) ∑ K = 1,3EI dCE
= = 0, 620
∑K
K
= CE = = 0,8 EI
L 5
Obs.: ∑=
d 1 ⇒ ok !
NÓ E :
K EC
d EC
= = 0, 660
4 EI 4 ( EI ) ∑K
K= = = 0,8 EI
EC
L 5 Portanto:
4 EI 4 ( EI ) ∑ K = 1, 22 EI ∑=
d 1 ⇒ ok !
K
= EB = = 0, 42 EI
L 9, 43
Obs.: ∑=
d 1 ⇒ ok !
BARRA BC :
q l 2 5.82 q l2 5.82
M BC =
+ = = 26, 67 kN .m M CB =
− =
− −26, 67 kN .m
=
12 12 12 12
BARRA BE :
Pl 20.8 Pl 20.8
M BE =
+ =
+ 20 kN .m
= M EB =
− = − −20 kN .m
=
8 8 8 8
BARRA BD :
M BD = 0 M DB = 0
BARRA CE :
M CE = 0 M EC = 0
237 UNIUBE
[4 Passo]: Desbloqueio e equilíbrio iterativo dos nós bloqueados até que ΔM = 0
o
1ª B 36,67
2ª C -31,99
3ª E -14,48
4ª B 8,54
5ª C 3,54
6ª E -2,12
7ª C 0,70
8ª B -0,44
9ª E -0,17
10ª C 0,12
11ª E -0,04
12ª B 0,02
13ª C 0,01
239 UNIUBE
Anotações
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