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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Conceito de Layout
Segundo a Instituição Internacional Labor Office
localizada em Genebra

“ Layout é a posição relativa dos departamentos, seções ou


escritórios dentro do conjunto de uma fábrica, oficina ou área
de trabalho; de máquinas, dos pontos de armazenamento e do
trabalho manual ou intelectual dentro de cada departamento
ou seção, dos meios de suprimento e acesso às áreas de
armazenamento e de serviços, tudo relacionado dentro do
fluxo do trabalho”. 2
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1- Layout Linear
 Demanda for aproximadamente
constante.
 Produtos forem padronizados
Grande produção.
Os insumos formadores do produto
em processamento se deslocam e os
operários ficam fixos.
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2- Layout Funcional
- Produtos forem diversos.
-Demanda variável e intermitente
-Normalmente os operários se deslocam
e as máquinas ficam fixas.
-Máquinas diferentes para formação de
produtos variados ou não.
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3- Layout Posicional
-Alto custo na movimentação do
produto
-Produto fixo e operários e insumos
deslocam-se.
-Industria naval.
-Construção civil.
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TIPO DE LAYOUT VANTAGENS DESVANTAGENS


LINEAR  Redução de material em  Dos tipos de Layout é o que
processo. Só o suficiente p/ tem menor flexibilidade na
a linha de montagem. demanda. Para aumentar a
 Menor congestionamento demanda em muitos caso
nos postos de trabalho. tem-se que criar uma nova
 Pequeno manuseio - linha de produção.
menores estragos no  Descontinuidade da
material. produção quando há
 Mão-de-obra mais barata paralização de alguma
por poder ser menos máquina.
qualificada.
 Facilidade de treinamento
porque as tarefas são
simplificadas e divididas por
vários operários.
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TIPO DE LAYOUT VANTAGENS DESVANTAGENS


LINEAR  Facilidade de treinamento
porque as tarefas são
simplificadas e divididas por
vários operários.
 Facilidade de supervisão
pelo mesmo motivo do item
anterior.
 Movimentação de
equipamentos muito
pequena. O material em
processo se desloca, as
pessoas e máquinas
raramente se deslocam
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TIPO DE LAYOUT VANTAGENS DESVANTAGENS


FUNCIONAL  É muito flexível com a  Grande manuseio.
variação do produto.  Maior quantidade de
 Flexibilidade quanto a material em processamento.
alterações na seqüência de As partes são produzidas
operações. independentemente umas
 Supervisão facilitada pela das outras provocando
existência de seções com estoque.
supervisores.
 Continuidade da produção
mesmo com quebra de
máquina.
 Adaptável a produtos de
grande variação sazonal.
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TIPO DE LAYOUT VANTAGENS DESVANTAGENS


POSICIONAL  Não mover material  Maior cruzamento no
pesado. movimento de máquinas e
 Flexível a alteração do operários.
produto
 Adaptação a demandas
variáveis.

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Um bom estudo de layout ajuda a reduzir em


grande parte a mão-de-obra que não agrega valor ao
produto (serventes), melhora o rendimento dos homens e
máquinas em função da diminuição dos percursos a serem
percorridos, e da organização provocada pela boa
distribuição dos ambientes e compartimentos das obras,
propiciando maior flexibilidade na produção.

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Os fundamentos deste trabalho são:


 O sistema SLP (Sistematic Layout Planing) ou
sistemática de arranjo físico.
A experiência do dia-a-dia nas obras.
 O estudo de Organização e Métodos.
 O Estudo de Implantação de Indústrias.
A CLT formam os fundamentos deste trabalho.

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TÓPICOS DO ESTUDO

Princípios de layout;
Informações necessárias ao estudo de layout para canteiros
de obras verticais. (Informações e utilização das
informações);
 Etapas para execução de um estudo de layout;
 Fazes do planejamento e projeto de layout;
 Sistematização de projetos de arranjo físico (SLP);
 Dimensionamento do espaço necessário;
 Comparação do espaço necessário com o espaço
disponível para o canteiro de obra;
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TÓPICOS DO ESTUDO (cont.)


 Diagrama de inter-relações de espaço;
Considerações de mudanças;
 Limitações práticas;
 Escolha do plano, (caso chegue-se ao final com mais de
um plano);
 Avaliação do plano; e
Bibliografia.
Agradecimentos.

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PRINCÍPIOS DO LAYOUT

Para fazer um bom estudo de layout é preciso ter


conhecimento dos mais importantes princípios que serão o
ponto de partida deste estudo.
Os principais princípios do layout são:
 Economia do movimento;
 Fluxo progressivo;
 Flexibilidade;
 Integração;
 Uso do espaço cúbico; e
 Satisfação e segurança.
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FASES DO PLANEJAMENTO E PROJETO.


Terá quantas fases forem necessárias, como exemplo:
 Fase 1- Implantação- Fase provisória de curta duração. Como
tudo é provisório no apoio às atividades no canteiro, esta fase
poderá ou não ser aproveitada nas outras.
 Fase 2- Adaptação da primeira fase às mudanças e
necessidades da obra.
 Fase 3- Canteiro “Definitivo” fase de maior duração,
admitindo modificações para atender novas necessidades da
obra.

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FASES DO PLANEJAMENTO E PROJETO.


 Fase 4- Preparação para desmobilização- Provisória de curta
duração.
 Fase 5- Desmobilização. Obra em conclusão e canteiro sendo
desmobilizado.

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FASE DE IMPLANTAÇÃO.
O stand de vendas.
A localização do stand de vendas muitas vezes
é prejudicial a implantação do canteiro, mas
se esta não o inviabilizar o stand deve ter a
preferência, pois o cliente é quem viabiliza a
obra.

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PARA FAZER UM BOM PROJETO DE LAYOUT É


NECESSÁRIA A PARTICIPAÇÃO DOS ENVOLVIDOS.

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ALGUMAS DICAS DE COMO ECONOMIZAR


MOVIMENTOS:
1-DEFINIÇÃO ADEQUADA DE ONDE SERÃO
PRODUZIDOS E ARMAZENADOS, MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS, ASSIM COMO AS VIAS DE
ACESSO.

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2-INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE
MANEIRA QUE O OPERÁRIO SE AFASTE O
MÍNIMO POSSÍVEL DO SEU POSTO DE
TRABALHO.
Ex:PROVIDENCIAR DEPÓSITOS DE
ARGAMASSA PARA OS PAVIMENTOS ONDE
EXISTEM SERVIÇOS QUE DELA DEPENDEM.
UTILIZAR SANITÁRIOS MÓVEIS.
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EM UM PRÉDIO PADRÃO COM 20 ANDARES, CADA


PESSOA LEVA EM MÉDIA MEIA HORA PARA SAIR DO
POSTO DE TRABALHO, PEGAR O ELEVADOR OU 23
DESCER AS ESCADAS, IR AO WC E VOLTAR AO
MESMO POSTO DE TRABALHO. NESTE RACIOCÍNIO
EM UMA OBRA COM 100 OPERÁRIOS, CADA UM INDO
2 VEZES AO DIA AO WC FIXO, TEREMOS 100 HORAS
PERDIDAS POR DIA. ISTO CORRESPONDE A PERDA DA
CAPACIDADE PRODUTIVA DE 11 OPERÁRIOS. NO
CASO DO WC MÓVEL ESTE TEMPO PODE SER
REDUZIDO PARA 15 MINUTOS REDUZINDO ASSIM A
PERDA PARA 5,5 OPERÁRIOS/DIA.
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• MECANIZAR SEMPRE QUE POSSÍVEL O


DESLOCAMENTO DE MATERIAIS
UTILIZANDO GUINCHOS, GRUAS,
EMPILHADEIRAS,ETC.

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EVITAR QUE O TRABALHADOR FAÇA


MOVIMENTOS QUE PROVOQUEM DESGASTES
FÍSICOS EXCESSIVOS, MOVIMENTOS
DESNECESSÁRIOS E QUESTIONAR OS MÉTODOS
DE PRODUÇÃO.

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CONSTRUIR BAIAS PARA O AÇO, COM


UTILIZAÇÃO DA GRAVIDADE PARA
DESCARREGO E SEPARAÇÃO POR BITOLA.

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TETO DO SUBSOLO

PISO DO SUBSOLO. +-2,00m


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Ex. Usando-se como exemplo um prédio de 16


pavimentos com 7200 metros quadrados de área construída e
1300 metros cúbicos de volume de concreto estrutural, pode-
se traçar o seguinte fluxograma, para a produção e transporte
vertical de concretos e argamassas. A alimentação com os
números de contatos será feita com os dados obtidos na
tabela da página seguinte.

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MELHORIA DE MÉTODOS CONSTRUTIVOS.

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DISTÂNCIA REDUÇÃO
PERCORRID DISTÂNCIA DE
A NO PERCORRIDA PERCURSOS
NÚMERO DE LAYOUT NO LAYOUT PARA ESTA
PRODUTO INSUMO TIPO DE CONTATOCONTATOS ANTERIOR ATUAL CÉLULA
CONCRETO AREIA BET./DEP AREIA 22.222 13,04 1,75 289.774,88
BRITA BET./DEP BRITA 22.857 9,74 1,75 222.627,18
CIMENTO BET./DEP CIMENTO 9.800 0,00 0,00 -
ARGAMASSAS AREIA BET./DEP AREIA 18.000 13,04 1,75 234.720,00
CIMENTO BET./DEP CIMENTO 2.500 0,00 0,00 -
CONCRETO BET./GUINCHO 10.000 3,5 1,75 17.500,00
ARGAMASSA BET./GUINCHO 4.616 3,50 1,75 16.156,00
NÚMERO DE CONTATOS 89.995 780.778,06
NÚMERO DE
PERCURSOS IDA E
VOLTA 179.990,00
METROS ECONOMIZADOS DE DESLOCAMENTOS DE OPERÁRIOS COM O NOVO LAYOUT 1.561.556,12
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INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ESTUDO DE


LAYOUT PARA CANTEIROS DE OBRAS

INFORMAÇÕES
Projetos completos e revisados

Base para o estudo de layout e será usado para receber como


adição e superposição aos estudos de layout.
Eles devem ser revisados para que não haja mudanças
significativas após o estudo, pois grande parte do projeto do
canteiro será lançado sobre a planta de situação.
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Cronograma físico

Informação necessária ao cálculo de quantidades e volumes


a serem produzidos, estocados e transportados assim como
para dimensionar a quantidade de homens envolvidos nas
“tarefas críticas” da obra. Tarefas críticas são definidas como
aquelas que se sobrepõem às outras. Ex. Produção de
concretos e argamassas, ou quaisquer outros insumos dos
quais várias etapas do processo dependem diretamente.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Cronograma de compras
Dimensionamento de áreas de estocagem e acesso de
matérias-primas ao canteiro de obra.

Especificações técnicas da obra.


O que será produzido e como será produzido.

Definição sobre compra de concreto e/ou argamassas


prontas.
Esta informação juntamente com o cronograma físico
da obra irão dar subsídios valiosos para o dimensionamento
de máquinas e equipamentos de transporte e produção de
insumos. 41
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

CLT
Dará subsídio para o dimensionamento de banheiros, “WC’s”
e bebedouros, assim como ditará regras de higiene e
segurança no trabalho. Como complemento deve-se
consultar a norma regulamentadora de higiene e segurança
no trabalho NR 18.

Produtividade de operários para os diversos serviços da


obra.
Dimensionamento do número de operários da obra.

Estudos de inter-relacionamento homens/máquinas e


equipamentos.
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Dimensionamento de máquinas e equipamentos.
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Definição da equipe que irá administrar a obra.

Esta definição juntamente com a norma de execução de


canteiros de obras serão as informações suficientes para o
dimensionamento dos espaços destinados a escritórios, wc’s
e banheiros administrativos, assim como ao
dimensionamento do número de móveis e equipamentos de
escritório.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Número máximo de funcionários na obra.

Dimensionamento de banheiros coletivos, vestiários,


refeitório, transporte vertical de operários, equipamentos,
ferramentas, etc..
Este dado será obtido pelo cronograma físico, de onde se
obtém o cronograma de contratação de mão de obra. Neste
novo cronograma encontra-se o número máximo de operários
na obra.

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Processos construtivos utilizados


Estas definições serão usadas no dimensionamento de
máquinas, equipamentos e operários, assim como na definição
do tipo de máquinas e equipamentos que serão utilizados na
obra em questão.

Endereço completo da obra.


Visita ao local da obra pelo engenheiro responsável
pelo projeto de layout, para conferir detalhes de projeto, assim
como verificar acessos, muros limítrofes, existência ou não de
calçadas e outros detalhes que possam interessar ao projetista.

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Estudos de fornecimento de água.


Abastecimento de água ao canteiro de obra. Caso a
rede pública de abastecimento atenda ao local, deve-se
verificar se atenderá ao consumo da obra e se atender, deve-
se verificar a viabilidade econômica deste fornecimento. Daí
se definirá a perfuração de um poço com localização
definida pelo espaço disponível, assim como pela definição
da melhor localização através de estudo geológico.

Informações sobre rede elétrica.


Definição do tipo de fornecimento de energia assim
como o local de entrada da energia na obra.
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ETAPAS PARA A EXECUÇÃO DE UM ESTUDO DE


LAYOUT

•A localização da área onde se implantará o projeto deverá


levar em conta os projetos revisados e possíveis mudança de
layout durante a construção.
•O arranjo físico geral estabelece a localização relativa das
áreas. O estudo dos fluxos e as áreas que serão estudadas em
conjunto e inter-relacionados.
•Arranjo físico detalhado será uma fase onde serão levadas
em consideração as características específicas de cada área, e
o detalhe será o enfoque. Na etapa anterior o estudo é mais
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grosseiro, nesta é rico em detalhes.
SISTEMATIZAÇÃO DE PROJETOS DE ARRANJO FÍSICO (SLP)

Sistema de procedimentos SLP, de acordo com MUTHER, 1978.

DADOS DE ENTRADA

FLUXO DE MATERIAS INTER-RELAÇÕES DE


ATIVIDADES

DIAGRAMA DE INTER-RELAÇÕES

ESPAÇO NECESSÁRIO ESPAÇO DISPONÍVEL

DIAGRAMA DE INTER-RELAÇÕES
DE ESPAÇOS

CONSIDERAÇÕES DE
LIMITAÇÕES PRÁTICAS
MUDANÇAS

PLANO X PLANO Y

PLANO Z

AVALIAÇÃO

PLANO SELECIONADO

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Conceitos Necessários
Dados de Entrada: São todos os dados descritos como
informações necessárias ao estudo de layout para canteiros de
obras verticais.
Fluxo de Materiais: É o deslocamento dos materiais dentro e
fora das células produtivas.

Inter-relações de atividades: São inter-relações que não se


baseiam em fluxo de materiais e sim no grau de necessidade
de proximidade entre as atividades como exemplo: higiene e
segurança no trabalho,necessidade de comunicação
intensa,etc. 49
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Diagrama de inter-relações: É um diagrama que pode-se


chamar de anteprojeto, onde as ligações entre as atividades
serão feitas obedecendo as cores predeterminadas para
ligações.

Espaço necessário: É o espaço (área) que será necessário


para a implantação do projeto do canteiro de obras com suas
diversas atividades.

Espaço disponível: É o espaço real que existe para a


implantação do projeto do canteiro de obra com suas diversas
atividades.
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Diagrama de inter-relações de espaços:


Este diagrama será um anteprojeto, onde será aprimorado o
primeiro, que foi o diagrama de inter-relações. Este será mais
detalhado, pois será executado em escala e as áreas serão
indicadas nos locais das atividades.

Considerações de mudanças:
Nesta fase será avaliado o último anteprojeto e em função de
fatores não inclusos ainda neste estudo, tais como
interferência de vizinhos, obstáculos ao deslocamento de
equipamentos, e futuras modificações no layout poderão ser
feitas as mudanças.
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Limitações Práticas: Estas limitações são de ordem de


espaço físico, financeiros e de equipamentos. Neste caso as
limitações consideradas serão apenas de equipamentos e
espaço físico.

Avaliação: Nesta fase o então projeto deverá ser criticado.


Caso apareçam críticas que inviabilizem o projeto, deve-se
corrigir ou até optar por um novo projeto.

Plano Selecionado: No caso de se chegar ao fim do


trabalho, com mais de um projeto de layout, depois da
avaliação, escolhe-se um dos projetos para a execução. Caso
só haja um, este, depois de passar pela avaliação será
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automaticamente aprovado.
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

ESTUDO DO FLUXO DE MATERIAIS

Este estudo será diferenciado com relação ao SLP, pelas


características da construção civil.
Serão feitas ligações entre as diversas células de produção,
assim como as ligações internas nas células, e nestas ligações
serão dados pesos que equivalerão ao número de contatos
entre os dois locais dentro das células ou entre células.
Estes contatos serão as viagens dadas por operários para
produzir e transportar os insumos.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Ex.
Usando-se como exemplo um prédio de 16 pavimentos com
7200 metros quadrados de área construída e 1300 metros
cúbicos de volume de concreto estrutural, pode-se traçar o
seguinte fluxograma, para a produção e transporte vertical de
concretos e argamassas. A alimentação com os números de
contatos será feita com os dados obtidos na tabela da página
seguinte.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

AALMOXARIFASOAL
(0) (0)
(0)

(0)

(0)

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Informações
Insumos Componentes Vol. total Veículo de Quant. Nº de Pontos de
transporte transp. contatos contatos
por vez
concreto areia 1200 m3 padiola c/ 0,054 m3 22.222 bet./dep de

rodas areia

brita 1600 m3 padiola c/ 0,070 m3 22.857 bet./dep de

rodas brita

cimento 9800 sc homens 1 sc 9.800 bet./dep de

cimento

aditivo 1301 homens 7 almoxarif./


201
betoneira

argamassas areia 720 m3 padiola c/ 0,040 m3 18.000 bet./dep/ de

rodas areia

cimento 2500 sc. homens 1 cs. 2.500 bet./dep de

cimento

concreto 1300 m3 gerica 0,130 m3 10.000 bet/guincho


argamassa 600 m3 gerica 0,130 m3 4.616 bet/guincho

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Total de contatos 90.000
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Inter-relações não baseada no fluxo de materiais

O uso do estudo de fluxo de materiais não deverá ser a base


única do estudo do layout. Deve-se levar em consideração
que existem outras razões para o grau de proximidade entre
as atividades. Estas razões podem ter como exemplo:
higiene e segurança no trabalho e limitação de espaço físico.
Com este fim, deve-se usar a carta de interligações
preferenciais: “Esta carta é uma matriz triangular onde
representa-se o grau de proximidade e o tipo de inter-
relação entre uma certa atividade e cada uma das
outras.”(MUTHER, 1978, pág.33)
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

O uso desta carta é de grande utilidade, pois insere


uma considerável quantidade de informações em uma única
folha de papel.
Para facilitar a justificativa (razão) da escolha do
nível de interligação, usaremos as razões básicas para a
determinação de graus de proximidade:
• Fluxo de material
• Necessidade de contato pessoal
• Utilização de equipamentos comuns
• Utilização de registros semelhantes
• Pessoal em comum
• Supervisão ou controle
• Freqüência de contatos 59
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

• Urgência de serviço
• Custo de distribuição de suprimentos
•. Utilização dos mesmos suprimentos
•. Grau de utilização de formulários de comunicação
•. Desejos específicos da administração ou conveniências
pessoais

Cada losango será colorido segundo a convenção de


cores do SLP como se segue:
A- Vermelho O- Azul
E- Amarelo U- Em branco
I- Verde X- Marrom
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Como artifício para facilitar a visualização, as cores


são colocadas apenas na metade superior de cada losango.
Cada cor indicará um grau de proximidade. Será feito neste,
pintura apenas no contorno do losango, para não perder a
visualização das letras.
Pelo sistema SLP, a seqüência de procedimentos será a
seguinte:
• Cálculo da intensidade de fluxo de atividades produtivas;
• Classificação das intensidades de fluxo entre cada par de
atividades, segundo os grupos:
A- absolutamente necessário O - pouco importante
E- especialmente importante U- desprezível
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I- importante X- indesejável
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

PROCEDIMENTO PARA A CONSTRUÇÃO


DA CARTA DE INTERLIGAÇÕES PREFERENCIAIS

1. Identificar todas as atividades


a. Fazer uma lista de departamentos, áreas, operações ou
características e fazer com que os chefes e supervisores de
cada departamento verifiquem a abrangência e terminologia
da lista.
b. Grupar as atividades semelhantes num diagrama de
organização.
c. Não utilizar mais de 45 atividades numa carta. Reuna em
grupos, segundo algum critério. 62
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

2. Listar as atividades numa carta de interligações


preferenciais.

a. Estabelecer as operações produtivas primeiro, depois os


serviços de apoio.
b. Incluir características de prédios e terrenos (elevador,
transformador, etc.).

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

3. Determinar as interligações entre cada par de atividades e


as razões para isso. Isso pode ser feito:
a. Pelo conhecimento do projetista das práticas de operação
b. Levando em conta todas as considerações, ou razões, da
mesma forma que no caso do fluxo de materiais (Não se
esquecer das outras relações que não o fluxo e suas relações
com este.
c. Discutindo com os chefes e supervisores de
departamento..
d. Por explicações em grupo e utilização de folhas de inter-
relações.
e. Por discussões em grupo, reunindo os chefes principais.
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

4. Colocar todos os dados na carta, pois ela será a base


principal para o planejamento das instalações.

a. A carta funcionará como lista de verificação, assegurando


que todas as atividades foram listadas bem como suas inter-
relações com as demais.
b. Consiga aprovação.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

NESTE PONTO PODE-SE INICIAR O PROJETO DA


FASE 1,POIS JÁ TEMOS INFORMAÇÕES SUFICIENTES
PARA EVITAR RETRABALHOS E INTERFERÊNCIAS
INDESEJADAS.
TEMOS PARA ESTA FASE:
Localização da água.
Localização da entrada de energia elétrica.
Podemos definir o local de melhor entrada para veículos.
Podemos tomar decisão de aproveitamento de construções
existentes.
Podemos localizar células de produção, vias de fluxo e
áreas de vivências “definitivas” ou não, dependendo de cada
necessidade. 67
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

DIAGRAMA DE FLUXO E/OU INTER-RELAÇÕES PARA


FASE “DEFINITIVA” DO CANTEIRO.
Neste diagrama faz-se um anteprojeto.
Deve-se iniciar o anteprojeto localizando os guinchos, pois é a
localização onde a produção converge. Sua localização deve levar
em conta:
 A proximidade dos insumos e células de produção que mais
necessitam de transporte vertical;
 Os acessos aos pavimentos e suas interferências;
 Interferência na execução das fachadas;
 Interferência na terminalidade da estrutura;
 E as proximidades definidas anteriormente.
Muitas vezes teremos que escolher a opção de menor perda de
acordo com os objetivos da construtora. 68
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Após localizar os guinchos, localizam-se os depósitos,


equipamentos e acessos que devem ficar mais próximos a eles.
Depois disto pode-se partir para a localização dos barracões e
em seguida os outros depósitos e postos de trabalho, sempre
levando-se em consideração os princípios do layout e o grau
de proximidade entre eles.
Depois de feito o primeiro anteprojeto deve-se fazer as
ligações com linhas coloridas, nas cores da carta, entre os
ambientes, depósitos, postos de trabalho, acesso e escritórios
obedecendo sempre a relação cor/proximidade. Feitas estas
ligações, deve-se verificar os possíveis erros de localização e
corrigi-los, até obter um anteprojeto com as localizações que
obedeçam ao máximo os graus de proximidade definidos 69
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

DIAGRAMA DE FLUXO E/OU INTER-RELAÇÕES

Neste diagrama faz-se um anteprojeto.


Deve-se iniciar o anteprojeto localizando os guinchos,
pois é a localização onde a produção converge. Sua
localização deve levar em conta o cronograma de
revestimento de fachadas, os acessos aos pavimentos e as
proximidades definidas anteriormente.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Para facilitar o trabalho, não se fazem


as ligações “pouco importantes” e “desprezíveis”, de cores
azuis e brancas.
Após fazer as ligações deve-se questionar as
localizações que estão ligadas com cores que indiquem
maior ou menor proximidades que a esboçada. ( DIN3 )

QUESTIONAMENTO

Questionar tudo que venha aparentemente ou


efetivamente de encontro aos princípios do Layout.
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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Inserir diagrama de fluxo

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

DIMENSIONAMENTO DOS PRINCIPAIS


EQUIPAMENTOS PARA DIMENSIONAMENTO DO
ESPAÇO NECESSÁRIO.

• Guincho de carga:

A quantidade de guinchos de carga deverá ser


dimensionada levando-se em consideração o período de maior
utilização que, na maioria das vezes, é na época dos
transportes de concretos, argamassas e tijolos.

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LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Podemos calcular o número de guinchos de carga pela


seguinte fórmula:
A = quantidade do material A a transportar (unid/h)
B = quantidade do material B a transportar (unid/h)
N = quantidade do material N a transportar (unid/h)
CA = capacidade de transportar o material A (unid/h)
CB = capacidade de transportar o material B (unid/h)
CN = capacidade de transportar o material N (unid./h)
Po = percentual de ociosidade (%)
Quantidade de guinchos = (A/CA) + (B/CB) +......+ (N/CN) x
(Po + 1)
Obs.: Incluir na capacidade de transportar os tempos para
carga e descarga. 74
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Exemplo Numérico:
Transporte de concreto no mês de pico = 4,5 m3 / h
Transporte de argamassa no mesmo mês = 0,30 m3 /h
Transporte de tijolos no mesmo mês = 430 tijolos/h
Percentual de ociosidade = 20%
Capacidade de transportar argamassa = 3,0 m3 /h
3
Capacidade de transportar concreto = 3,0 m /h
Capacidade de transportar tijolos = 2.000 tijolo/h
Nº de guinchos = (4,5 m3 /h/3,0 m3/h + 0,30 m3/h/3,0 m3/h+
430 tij./h/2000 tij/h) x 1,20.
Quantidade de guinchos = 2,17 guinchos.
Deve-se avaliar a necessidade de um terceiro guincho ou a
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utilização de horas extras com 2 guinchos. ( DIN4 )
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Betoneira(s):
A empresa dispõe de betoneiras auto-carregáveis de
580 litros
Volume de concreto do mês de pico = 4,5 m3/h
Volume de argamassa no mesmo mês = 0,30 m3/h
Volume total = 4,8 m3/h
Uma betoneira auto-carregável de 5801 mistura 4,80 m3 de
concreto e/ou argamassa por hora, e a ociosidade
considerada será 20%.
Quantidade de betoneira = Volume de concreto e/ou
argamassas (m3/h) / capacidade de mistura de uma betoneira
(m3/h x (1 + % de ociosidade)
76
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Usando os dados acima:


Número de betoneiras = (4,80 m3/h /4,80 m3/h) x 1,20 =
1,20 betoneiras
Deve-se optar por duas betoneiras, pois esses insumos
quando não produzidos, envolvem todo o pessoal produtivo
da obra, neste período, não justificando horas extras.

77
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

• DIMENSIONAMENTO DO ESPAÇO NECESSÁRIO

1. Para este dimensionamento necessita-se das seguintes


informações:
Número de funcionários em cada sala;
Definição dos equipamentos que serão utilizados;
Material que será estocado. (estoque máximo); e
Lista de salas, depósitos, banheiros, células de
produção e principais acessos.

78
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

2. Dimensionamento:

Segundo Valle (1975), as áreas aconselhadas para


dimensionamento de escritórios são:
•Sala individual para um funcionário em cargo de
chefia......................................................................8 a 10 m2
•Sala para funcionários graduados................................10m2
•Serviços de datilografia (área mínima por datilógrafo)..2m2
•Serviços administrativos em geral ( funcionários em salão
coletivo) área por funcionário.........................................5m2
•Sala de reunião para seis pessoas.................................14m2
•Salas de espera (área requerida para uma pessoa
sentada).........................................................................1,5m792
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Caimento máximo em:


Corredores e área de circulação com piso em
rampa..............................................................................10%
• Cubagem de ar em áreas de escritórios:
Volume mínimo por funcionário.....................................7m3
Volume recomendado por funcionário..........................10m3
• Circulações:
Largura recomendada para os eixos principais de
tráfego..........................................................................10,0m
Largura mínima para outras vias de acesso...................6,0m
Largura mínima para vias secundárias..........................3,0m
Largura mínima para cruzamento de dois caminhões...5,5m
80
Largura mínima para passagem de um caminhão.........2,5m
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Passagem de uma só pessoa.........................................0,65m


Cruzamento de duas pessoas.........................................1,2m
Cruzamento de três pessoas...........................................1,7m
Largura mínima de corredores que conduzem à saída do local
de trabalho.....................................................................1,2m
Altura livre mínima para vias principais.......................4,2m
Altura mínima para vias secundárias............................3,0m
Declividade máxima em vias principais.......................7,0%
Declividade máxima em vias secundárias...................10,0%
Declividade máxima para locais com tráfego de
empilhadeiras..........................................................8 a 10,%
81
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Refeitório:
Área mínima por usuário é de 1,2m2 por usuário. O
refeitório deve abrigar simultaneamente, no mínimo, um terço
do total de empregados em cada turno de trabalho.
Vestiário:
Área recomendada por usuário..........................1,0m2/pessoa

Instalações sanitárias: (NR-18)


Deve-se ter pelo menos um vaso sanitário, um
mictório e um lavatório para cada grupo de vinte usuários,
assim como um chuveiro para cada grupo de 10 usuários.
82
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

3. Descrição do dimensionamento:
Depósito de cimento:

Deve ser dimensionado pelo estoque máximo


previsto, que deverá ser definido pela necessidade diária de
consumo na obra e pela capacidade do(s) fornecedor(es) de
repor o estoque na hora certa. (O dimensionamento da área
necessária será feito com base no índice de 15 sacos por
metro quadrado).

83
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Depósito de brita:

Deve ser dimensionado pelo estoque máximo previsto,


que deverá ser definido pela necessidade máxima diária do
consumo na obra e pela capacidade do(s) fornecedor(es) de
repor o estoque na hora certa. A altura média da areia em
estoque deve ser considerada de 1,0m para fins de cálculo da
área necessária.

• Depósito de areia:

Terá as mesmas características do depósito de brita.


84
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Almoxarifado:

O dimensionamento do almoxarifado em virtude de


ser bastante complexo, por envolver uma grande quantidade
de variáveis (tais como: estoque mínimo, velocidade de
reposição dos estoques, aumento ou diminuição do estoque
por razões econômico-financeiras, grande número de insumos
utilizados, tipos diversos de máquinas, equipamentos,
ferramentas, etc.), fica muito demorado, impreciso e até
inviável de qualificar o espaço necessário.
Por estas razões, deve-se usar um método que é preciso na
medida em que a empresa tem dados anteriores de seus
almoxarifados. 85
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA
O método escolhido é o da “projeção das tendências”.
Neste método deve-se ter um índice que poderá ser m2 de
almoxarifado / m2 de construção, levando-se em conta a
similaridade destas obras.

• Depósito de aço:
Deverá ter um comprimento mínimo de 15 metros e
largura mínima que permita armazenar o aço por bitola e
permita a sua retirada e condução à bancada de corte.

• Máquina policorte:
Deverá ter um comprimento mínimo de 15 metros e
largura suficiente para a entrada dos vergalhões e a saída do
aço cortado.
86
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

• Bancada de dobra de aço:


Deverá ter um comprimento mínimo de 12 metros e
largura suficiente para a maior dobra do aço observada no
projeto, mais 1,2 metros, destinado a circulação de 2 pessoas
que irão trabalhar nesta bancada.

• Betoneira (local):
Deverá ter o comprimento maior da betoneira em
operação, somado ao comprimento do veículo de transporte
dos concretos e argamassas mais 1,00 metro, e deve ter a
largura das betoneiras somadas mais a soma do espaço entre
elas (1,0 metro entre betoneiras), mais 1,0 metro para cada
87
uma das extremidades.
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

• Depósito de entulho:
Deve ser dimensionado pela média da empresa, que
poderá ser definida como m3/m2 de construção/dia. Deve-se
levar em consideração uma retirada de entulho a cada dois ou
três dias. A altura média deve ser considerada de 0,7 metros.
Este índice deve ser usado para construções com
características semelhantes.

• WC para mestres:
Deve ser dimencionado para acomodar um lavatório,
um vaso sanitário e um chuveiro. (Dimensão ideal = 2,0 m2).

88
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• WC para engenheiros:
Deve ser dimensionado par acomodar um vaso
sanitário e um lavatório. (Dimensão ideal 1,5 m2).

• Depósito de tijolos:
Deve ser dimensionado pelo estoque máximo previsto.
O maior estoque possível deve ser considerado de uma carrada
de caminhão padrão do fornecedor habitual.

• Guarita de entrada:
Deve abrigar um birô com uma cadeira e deve permitir
acesso de pessoas em fila.
89
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Entradas devem ser dimensionadas para dar acesso aos


veículos que transportarão os insumos que entrarão no
canteiro de obras.

• Guinchos:
O espaço para eles deve ser dimensionados pela área de
projeção da torre, somada às áreas de circulação em suas
proximidades.

90
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

• Comparação Espaço necessário / Espaço disponível


para o canteiro em questão: ( DIN6 )
Discriminação do Área Necessária Área Disponível, Retirada
Ambiente ou Depósito do anteprojeto de Layout
Guarita de entrada 2,65 m2 > 2,65 m2
Máquina policorte 30,00 m2 > 30,00 m2
Depósito de aço 55,50 m2 > 55,50 m2
Dobra de aço 33,60 m2 > 33,60 m2
Almoxarifado 72,00 m2 > 72,00 m2
Depósito de cimento 40,00 m2 > 40,00 m2
Depósito areia 28,00 m2 > 28,00 m2
Depósito de brita 28,00 m2 > 28,00 m2
Betoneira ----------- --------------
R.H. 10,00 m2 = 15,00 m2
91
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Discriminação do Área Necessária Área Disponível, Retirada


Ambiente ou Depósito do anteprojeto de Layout
Sala Engenharia 14,00 m2 > 14,00 m2
Sala Meste 15,00 m2 > 15,00 m2
Refeitório 96,00 m2 < 96,00 m2
Banheiros / WC
coletivos / vestuários ----------- -------------
WC Engenharia 1,50 m2 = 1,50 m2
WC Mestres 2,00 m2 = 2,00 m2
Dep. entulho 9,25 m2 > 9,25 m2
Dep. tijolos 24,00 m2 > 24,00 m2
Guinchos de carga ----------- -------------
Entrada areia 0,00 m2 = 0,00 m2
Entrada brita 0,00 m2 =0,00 m2
92
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

DIAGRAMA DE INTER-RELAÇÕES ENTRE ESPAÇOS

Nesta fase ajusta-se o diagrama de inter-relações,


levando-se em consideração, agora, os espaços. Ajusta-se
espaços e verifica-se uma possível configuração melhorada.
Cada atividade deverá ser identificada pelo nome e
deverá ser acrescentada sua respectiva área (em metros
quadrados).
O desenho será feito em escala para melhor
visualização dos espaços e a intensidade de fluxo será
indicada. A indicação de intensidade de fluxo será feita, para
facilitar o trabalho, somente entre as atividades de maior
fluxo de materiais. 93
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Esta intensidade será medida pela quantidade de


contatos.
Como no estudo do fluxo de materiais já foi
calculada a intensidade de fluxo, por contato, entre
almoxarifado, depósito de cimento, depósito de areia,
depósito de brita, betoneira e guincho, calcula-se agora
apenas a intensidade de fluxo entre depósito de tijolos e o
guincho.
Cálculo: Serão transportados 300.000 blocos
cerâmicos de 10 cm x 20 cm x 20 cm em jericas que
comportem 50 tijolos, então teremos 6.000 contatos.
94
Inserir diagrama de inter-relações de espaços

95
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

CONSIDERAÇÕES DE MUDANÇAS

Quando for necessário o desmonte do canteiro de


obras para a pavimentação do estacionamento do edifício,
deve-se fazer considerações de mudanças. As mudanças
poderão ser as seguintes neste momento da construção: não
serão mais necessários os ambientes e locais reservados do
depósito de areia, depósito de brita, depósito de entulho,
bancada de dobra de aço, estocagem do aço dobrado,
depósito de blocos cerâmicos, depósito de cimento e
guinchos. Outros deve-se transferir de local como: Sala da
engenharia, wc’s da engenharia e mestre, sala dos mestres,
sala do apontador, sala R.H e almoxarifado. 96
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Estes espaços devem ser transferidos para ambientes


semi-prontos dentro da edificação em construção. Estes
ambientes posteriormente serão desocupados e concluídos.
Os banheiros dos operários, o vestiário e o refeitório
deverão ser os últimos a serem desmanchados. Só devem ser
desmanchados quando a obra tiver com o pessoal bastante
reduzido ao ponto de usar pequenos banheiros no térreo da
edificação, tais como: banheiro do zelador, wc’s do salão de
festa, etc..

97
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

AVALIAÇÃO
Usaremos para avaliar este projeto o método da
análise de fatores que é altamente preciso, mesmo sabendo-
se que é baseado em julgamentos ou estimativa de
probabilidades.
Os fatores que devem ser avaliados são os seguintes
(considerados como fatores que mais aparecem por
MUTHER, 1978):
1- Facilidades para futuras expansões;
2- Adaptabilidade e versatilidade;
3- Flexibilidade do arranjo físico;
4- Eficiência do fluxo de materiais;
98
5- Eficiência do manuseio de materiais;
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

6 - Eficiência da estocagem;
7 - Utilização de espaços;
8 - Eficiência na integração dos serviços de suporte;
9 - Higiene e segurança;
10- Condições de trabalho e satisfação dos empregados;
11- Facilidade de supervisão e controle;
12- Relações com a comunidade e público, valor
proporcional e imagem da organização;
13- Qualidade do produto ou material;
14- Problemas de manutenção;
15- Integração com a estrutura organizacional da empresa;
16- Utilização do equipamento;
99
17- Segurança da obra;
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

18- Utilização das condições naturais, construções e


arredores;
19- Possibilidade de satisfazer a capacidade produtiva; e
20- Compatibilidade com os planos a longo prazo da
empresa.

O estabelecimento da ponderação do valor para cada


fator poderá ser uma decisão da alta administração. Uma
maneira mais eficaz de se estabelecer ponderação é dar o
valor 10 para mais importante e relacioná-lo aos outros.

100
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Os fatores devem ser avaliados a princípios através de


conceitos que serão definidos como:

A = excelente = 4
E = muito bom = 3
I = bom = 2
O = razoável = 1
U = fraco = 0
x = insatisfatório = ?

101
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Para contagem da avaliação, usa-se a folha de


avaliação de alternativas, (MUTHER, 1978).
FOLHA DE AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Fábrica/Área: obra 101 Projeto: Rocheville Data: 1/95
Descrição das alternativas:
a:________________________________________ d: _________________________________________
b:________________________________________ e: _________________________________________
c:________________________________________
Ponderado por: _____________________________ Avaliado por:___________calculado por:__________

Fator/Consolidação Peso AVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO PONDERADA


A B C D E
1. Flexibilidade do arranjo 5 O
físico
5
2. Eficiência do fluxo de 10 E
materiais 30 102
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

2. Eficiência do fluxo de 10 E
materiais 30
3. Eficiência do manuseio de 5 I
materiais 10
4. Eficiência 8 E
estocagem 24
5. Utilização de espaço 9 A
36
6. Eficiência na integração dos 7 E
serviços de suporte 21
7. Higiene e segurança 8 E
24
8. Utilização do 9 A
equipamento 36

103
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

9. Possibilidade de satisfazer 10 E
capacidade produtiva 30
10. Compatibilidade c/ os 9 E
planos
a longo prazo da empresa 27
TOTAIS 243

104
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

Instruções para uso da Folha de Avaliação de alternativas: na


coluna “Fator/Considerações” elege-se ou escolhe-se os
fatores que deseja-se julgar. Na coluna “peso”, considera-se
com maior peso os fatores que sejam mais significativos para
a empresa e o de mais peso receberá fator 10.

Na área destinada à avaliação indica-se o projeto A; B; C,


etc. e abaixo da letra indicativa de cada projeto encontram-se
duas linhas para cada Fator, na linha superior indica-se o
conceito atribuído ao projeto em avaliação, e na inferior o
valor da multiplicação do peso pelo valor numérico do
conceito. Na última linha, escreve-se o resultado da soma de
cada coluna de avaliação. 105
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

No caso em questão, atingiu-se 243 pontos, e como não


chegou-se ao final com mais de um projeto, compara-se este
valor com o valor máximo que poder-se-ia atingir em
projetos. Tal valor é neste caso 320 pontos; então atingiu-se
75% da pontuação máxima. (320 pontos correspondem a
soma dos produtos dos conceitos máximos pelos pesos
respectivos).

Chega-se a conclusão que é um bom projeto se este


percentual for predeterminado e for assim considerado.
Quando não tiver mais de um projeto final, deve-se estipular
qual a percentagem do valor máximo de pontos que
considera-se um bom projeto.
106
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

CONCLUSÃO

Este trabalho mostra a real importância do projeto de layout


para canteiros de obra e um roteiro para se chegar a um
resultado de boa qualidade. Este roteiro, no entanto, não
dispensa a criatividade, que é fundamental em qualquer tipo
de projeto.

Para se ter um bom layout, precisa-se do máximo em


informações, mas não se deve deixar de projetar por falta de
algumas informações, pois um projeto não muito bom é
melhor que a ausência dele.
107
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CLT. Consolidação das Leis Trabalhistas.


ELIAS, Sérgio José Barbosa. Apostila de Layout, Fortaleza,
Universidade
Federal do Ceará, Curso de Engenharia de Produção, 1995.
MUTHER, Richard. Planejamento do Layout Sistema SLP.
2ª edição., São
Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda, 1978.
NR18. Condições e meio ambiente de trabalho na indústria de
construção.
108
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRA

ROCHA, Luiz Oswaldo Leal. Organização e métodos: uma


abordagem
prática, 6ª edição, São Paulo: Atlas, 1987.
VALLE,Cyro Eyer do. Implantação de indústrias: Livros
técnicos e
científicos, 1975.

109
LAYOUT EM CANTEIROS DE OBRAS

Agradecimento pela permissão de exibição de imagens:


Construtora Tecnisa;
Construtora CCB.
Construtora Porto Freire.

Agradecimento pela atenção de todos e aos professores


Augusto Albuquerque e Barros Neto que me indicaram
para ministrar este curso.

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