UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

LICENCIATURA EM DIREITO

2ª PROVA PARCELAR

ANO LECTIVO 2021/2022

ANO CURRICULAR: 4º. Iº SEMESTRE DATA: 11/01/2022

DURAÇÃO: 90 MINUTOS TURNO: TARDE (1 e 2) e NOITE SALA: 404 e 409

DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II – ACÇÃO EXECUTIVA

DOCENTE: LIC. ÂNGELO JOAQUIM DOS SANTOS

REGENTE:

=CHAVE=

Nº DE ESTUDANTE NOME COMPLETO DO (A) ESTUDANTE

Após uma leitura minuciosa do enunciado da prova, de forma sucinta e clara, com
base na doutrina e na lei, responde atempadamente as seguintes questões:

1-

CASO PRÁTICO Nº 5

Na sequência de um aparatoso acidente rodoviário, Barraqueiro (motorista do táxi)

e Caloteiro (propretário do táxi) foram condenados pelo Tribunal competente a
ressarcir Dombaxi dos danos patrimoniais e não patrimoniais resultantes do
acidente que envolveu o automóvel daqueles e a motorizada desta, no valor de
AKZ 5.000.000,00 (Cinco Milhões de Kwanzas).

Munida da referida sentença, Dombaxi pretende agora propor acção executiva

para pagamento de quantia de certa, contra Barraqueiro e Caloteiro,
apresentando para tal um requerimento executivo.

Dombaxi, apercebendo-se que o automóvel objecto do acidente já fora concertado,

nomeou o mesmo como objecto a penhora.
Docente
Lic. Ângelo dos Santos
 1- Dombaxi tinha um título executivo? Analise a pretensão desta,
atendendo aos pressupostos da acção executiva. (1,5 val)
R: A resposta é sim. Os pressuspostos da acção executiva estão reunidos,
quer os formais quanto o material, pois existe um título executivo, existe
conformidade objectiva entre o pedido e o título, bem como a obrigação
exequenda.

2 Quais seriam as fases do formalismo da acção executiva a ser seguida

até a conclusão do processo? (1,5 val)
R: Nesta questão apenas basta mencionar as 4 fases (introdutória, penhora,
venda e pagamento).

3 Imagine que o Tribunal dá provimento a pretensão de Dombaxi e o

automóvel é penhorado. Barraqueiro quer reagir a penhora, qual seria o
meio de reacção a ser utilizado? Fundamente. (2 val)
R: Sendo o meio de reação o mecanismo colocado a disposição do
executado ou de terceiro para tardar ou fazer parar a penhota, Barraqueiro
pode reagir através de embargos de terciro. O embargos de terceiro
fundamenta-se na posse ou no direito incompatível do terceiro sobre o bem
penhorado (art. 351º CPC).

4 E se a reacção for de Caloteiro, manterias a resposta anterior?

Fundamente. (2 val)
R: Evidentemente a respostaria mudaria, pois o meio de reação nesta caso será a
acção de revindicação, pois será uma acção declarativa comum, autónoma ao
processo executivo, ao alcance do proprietário cujo direito tenha sido lesado pela
penhora. O fundamento desta acção pode consistir na propriedade do terceiro ou
no direito real desse sujeito sobre o bem penhorado.

2-

CASO PRÁTICO Nº 7

Numa acção executiva proposta contra Samessele foi penhorado um valioso colar
de safiras que esta herdara de sua bisavó.

Docente
Lic. Ângelo dos Santos
No dia seguinte ao dia da constituição da penhora, ejá sem o colar em seu poder,
Samessele vendeu o colar a Zangada (apesar de o mesmo não ter sido entregue
a esta), que nada sabia sobre a penhora em curso. Acresce que uma semana
depois Samessele empenhou o colar a favor de Caveneno.

1- Após a penhora, quem é o proprietário do colar de safiras? (1 val)

R: O primeiro efeito da penhora é a transferência para o tribunal dos poderes
de gozo que integram o direito do executado, assim sendo torna-se
proprietário o agente da execução.

2- Pronuncie-se sobre a validade dos negócios celebrados por Semessele

após a penhora. (1 val)
R: O Segundo efeito da penhora é a ineficácia relativa dos actos dispositivos
do direito subsequentes, assim sendo, pelo facto da penhora ser constituída
antes da venda, o negócio é ineficaz.

3- Que conselhos darias a Zangada? (1,5 val)

R: Sendo Zangada terceiro de boa-fé, deve a mesma socorrer-se do
estipulado no nº 1 do art.º 908.º CPC.

4- A penhora é uma garantia real? Justifique. (1,5 val)

R: sim, pois mesma visa delimitar o objecto dos actos executivos posteriores
e assegurando a sua viabilidade, pela apreensão dos bens sobre os quais
irão incidir, apenhora é dirigida aos actos ulteriores de transmissão dos
direitos do executado para, através deles, directa ouindiretamente, ser
satisfeito o interesse do exequente.

5- Imagine agora que o colar fora alienado por Samessele a Zangada

antes da penhora, uma vez que Samessele, prevendo uma iminente
agressão judicial dos seus bens, começou a dispor do seu património
ao desbarato. Ainda assim, o exequente pretende penhorar o referido
colar. Quid juris? (2 val)
R: Deverá o estudante fazer uma breve resenha sobre a fase da penhora,
estabelecer o conceito, bem como mencionar o art.º 821.º CPC e 831.º

Outrossim, deverá reforçar que caso se efective a penhora, deverá Azarada

reagir por intermédio da embargos de terceiro (definir), nos termos do art.º
1037.º E 1039.º ambos do CPC.
Docente
Lic. Ângelo dos Santos
3- Como se Processa a tramitação do formalismo da acção executiva? (6 val)

R: Nesta questão o estudante deverá fazer uma abordagem sobre as fases do

formalismo da acção executiva, ou seja, desde o início (fase introdutória –
requerimento executivo) até o términio (fase de pagamento).

Docente
Lic. Ângelo dos Santos