Sem esgotar a discussão, a presente análise pretendeu evidenciar uma visão
resumida de como uma empresa de tecnologia, aqui representada pela conhecida rede social Facebook e seus polêmicos aspectos éticos atuais, realiza suas iniciativas de responsabilidade social corporativa pelo mundo. Foi inserida ainda a discussão da utilização indevida na privacidade dos dados de quem usa sua plataforma e o impacto que essa questão influencia no consumo e na vida das pessoas. No filme “O Dilema da Redes” ( NetFlix 2020) é citado as palavras do professor de estatística da Universidade de Yale, Edward Tufte, “existem apenas duas indústrias que chamam seus clientes de usuários: a de drogas e a de software”. Em síntese, essa ideia representa a complexa relação entre os benefícios oriundos dos avanços da tecnologia, influenciando largamente o aumento do consumo e os problemas associados ao uso indiscriminado das redes sociais na internet. Ou seja, algo evidentemente viciante. Tem sido constantes a pulverização de escândalos de utilização indevida da privacidade dos dados de usuários por empresas como o Facebook. Vemos o seu criador e maior acionista, Mark Zuckerberg, recentemente justificando-se, perante céticas autoridades governamentais, com ajustes na plataforma e a criação de novos padrões que podem, em um movimento contrário ao que se espera, interferir ainda mais na sociedade e no comportamento dos usuários, além de evidentes problemas psicológicos na saúde mental das pessoas. Da forma de como avança a tecnologia com o crescente uso inteligência artificial e dos algoritmos, vemos influências políticas, fake news, conteúdos discriminatórios, comprovadamente prejudiciais a sociedade como um todo. Não há mais como viver numa bolha de suposta isenção. Empresas estão inseridas no Facebook e em outras redes sociais, dentro de um contexto social e político que afeta as relações de trabalho, o funcionamento do negócio e o comportamento de compra. (Malacoski 2020). De quem é a culpa disso tudo? Não existe um único culpado. Concluímos, por meio da discussão apresentada, que os “usuários”, mais conhecidos como “nós”, somos em parte os responsáveis por todo esse envolvimento, observando-se algo muito semelhante a uma Cegueira Voluntária por parte da sociedade. Temos sim a capacidade de reverter essa situação que chegamos antes que seja tarde, por meio de pequenas ações voluntárias. Já o Facebook continuará sendo a empresa que é atualmente. Sua ética continuará se apoiando no pilar da responsabilidade junto a seus clientes. O momento é de reflexão de pensar nas nossas virtudes e que futuro queremos para nós e nossos descendentes.
Não é que a tecnologia em si seja uma ameaça
existencial. É a capacidade da tecnologia de trazer à tona o pior da sociedade. E o pior da sociedade é uma ameaça existencial.” (trecho do filme – O Dilema das Redes – por TRISTAN H A R R I S ) Fontes
Pesquisa em https://vocali.com.br/marketing-digital/boicote-ao-facebook/ em09/12/2021. Filme - O Dilema das Redes – Disponível em Netflix 2020.