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PCdoB • Março 2014
M e n u d e n av e gaç ão

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Ângela Mendes e Fernanda do Val

Todos os textos desta publicação foram apresentados


no 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido
em Brasília, dias 11 e 12 de março de 2014

Partido Comunista do Brasil – PCdoB


Secretaria Nacional de Organização
Rua Rego Freitas, 192
01220-010 – São Paulo – SP
Fone: 11-3054-1800
www.pcdob.org.br
www.portadaorganizacao.org.br

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SUMÁRIO

1 PCdoB • Março 2014


3 SUMÁRIO
4 APRESENTAÇÃO
7 RESOLUÇÃO DO 8º ENCONTRO NACIONAL
SOBRE QUESTÕES DE PARTIDO
10 Diretrizes para a ação político-eleitoral, de massas
e de fortalecimento das fileiras partidárias em 2014
20 Balanço da mobilização do 13º congresso
27
Intervenção final de Walter Sorrentino
no 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido
34 Linhas de indução da política de quadros
38 O trabalho de organização
43 As Ferramentas criadas para ajudar
na estruturação do Partido
48 Um balanço de participação no 8º Encontro
50 A nova CNO

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APRESENTAÇÃO

O 8º Encontro e a história dos


encontros sobre a questão partido
Nossa luta pela estruturação partidária é um continuum e se dá por etapas. A
linha político-organizativa é mais perene, amadurece em tempo próprio que,
embora ligada umbilicalmente ao desempenho político, é diferente do tempo da
orientação política.

Devemos valorizar o que alcançamos, é muito significativo. Há uma linha


permanente que vem dando resultados, malgrado as deficiências, e ela permanece,
por um partido comunista de quadros e de massas de militantes, organizado em
bases de variados tipos, sobretudo nos grandes municípios. Latente e prolongada,
mas é uma linha definida; não é lícito desconhecê-la, a não ser adaptá-la à realidade
e ao nível de maturação do partido em cada Estado.

Ela veio sendo elaborada com maior aceleração após os desafios postos com a vitória
de Lula em 2002 e as históricas decisões da 9ª Conferência Nacional, em 2003. Abria-
se a exigência e possibilidade de um partido extenso, influente e forte, realmente
protagonista das transformações reclamadas pelo povo brasileiro. Seguiram-se os
Encontros sobre a Questão Partido, de diferentes formatos, computados desde
então. O primeiro lidou com a linha de estruturação partidária mais bem definida,
capaz de unificar a linguagem e alcançar as bases. O 2º Encontro foi mais estratégico:
em tempos de atualização do leninismo, e em face das profundas transformações no
mundo do trabalho, visou a reiterar a atualidade do sujeito social fundamental, razão
de ser do PCdoB, os trabalhadores. Do 3º ao 6º Encontro, foram se destrinchando
vários aspectos da linha, dando-lhes concretude maior. Chega-se ao 7º Encontro,
destinado a uma nova síntese, desta vez mais madura, envolvendo diretamente os
300 maiores municípios do país.

De permeio, o debate dos Encontros produziu pontos altos do saber coletivo,


notadamente o Estatuto reformulado no 11º Congresso e a Política de Quadros para um
partido contemporâneo, no 12º Congresso. Tudo ganhou agudeza quando se aprovou,
enfim, o novo Programa Socialista do PCdoB, no mesmo 12º Congresso.

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A própria história e circunstâncias desses debates – todos devidamente
documentados – é uma forma de compreender o alcance e profundidade da linha
atual, e é estimulante estudá-la. A linha permanente da construção partidária se
faz em função do projeto político, num período todavia de acumulação de forças,
visando construir nova hegemonia – que envolve de fato conquista de “poderes”,
mas como meio e como produto de maior influência de suas ideias, ação política,
ligação com o povo, identidade e força eleitoral – aliás, força eleitoral é a resultante
dessa conjugação – e responde às circunstâncias dos momentos em que se insere.

De conjunto, ela implica governar pelos quadros e alcançar uma extensa massa
de militantes, mais filiados, mais simpatizantes e alcançar forjar um eleitorado
próprio mais fidelizado aos comunistas. Essa é a parte mais difícil de assimilar,
porque se identifica com uma estratégia determinada, cujo centro é construir nova
hegemonia, num período de acumulação de forças. Ir conquistando casamatas,
na luta de massas, política, de ideias, social, cultural. Esse o núcleo da questão: o
Partido responde pela estratégia definida, e o centro da estratégia é a hegemonia.
A construção de Partido responde por essa estratégia, a sustenta e impulsiona. Por
isso falamos que essa é mais uma das exigências em extrair todas as consequências
do Programa Socialista, dos caminhos e rumos traçados por ele.

Implica um partido capilarizado, presente em todos os aspectos da sociedade,


gerando causas, uma cultura política, de valores, de identificação com interesses –
enfim, maior senso identitário e de representação social e política. Uma comunidade
de massas, mobilizável pela influência dos comunistas e que se transforme em
força eleitoral. Por isso as bases, por isso e, por meio delas, os redutos eleitorais,
militância presente como líquido se infiltrando em todos os aspectos da vida social,
da sociedade civil e nos lócus das relações de opressão e exploração.

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Definimos que esses lócus fundamentais envolvem as relações de trabalho, e as
causas ingentes que envolvem mulheres e jovens. Os trabalhadores, desde que
entendidos na nova realidade do mundo do trabalho, são o centro desse esforço
e confundem em si mesmos esses estratos: trabalhadores, juventude e mulheres.

Não há défice de concepção nem de elaboração política. Pode-se dizer de certo


alheamento à linha – se ela não alcança todos os quadros não tem eficácia, e
encerra-se como política específica, reduzindo sua universalidade e eficácia.
Pode-se dizer de défice de assimilação mais massiva da linha em toda a estrutura
partidária – de fato ela é inevitavelmente complexa e carece de ser debatida e
estudada, ajustada às situações concretas com flexibilidade, mas com norte bem
definido. Pode-se dizer que falta maior liderança no interior do Partido, na luta a
travar pela sua implementação – de fato, esse é um problema real e implica o mais
sintético papel dos secretários de organização, enlaçando em sua consecução o
conjunto da direção. E pode-se falar em elevar decididamente a operacionalização
da linha – faltam recursos materiais e humanos para tanto, mas isso reflete, hoje,
uma subestimação dos esforços nessa área.

O esforço do 8º Encontro foi bem sucedido. Em seu espírito e decisões, ele é


filho legítimo e direto do 7º Encontro Nacional – Mais Vida Militante para um
Partido do Tamanho de Nossas Ideias. Ele propõe um recorte concreto de diretivas
oriundas das orientações do Comitê Central e das Resoluções mais de fundo do
13º Congresso (válidas para os próximos quatro anos), para 2014. Está nas mãos
de todos tornar suas orientações vitoriosas ao longo deste ano, a começar do
êxito eleitoral em outubro.

Walter Sorrentino,
Secretário Nacional de Organização
Abril de 2014

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RESOLUÇÃO DO 8º ENCONTRO NACIONAL
SOBRE QUESTÕES DE PARTIDO

Diretrizes para a ação político-eleitoral,


de massas e de fortalecimento das fileiras
partidárias em 2014
Considerando os debates do 13º Congresso quanto às linhas políticas e de construção
partidária, e a Resolução Batalhar pelas reformas estruturais, fortalecer o partido
e assegurar a quarta vitória do povo contendo as diretivas gerais para o período, a
iniciar neste ano decisivo de 2014 quando ocorrem eleições nacionais,

Considerando o balanço da mobilização do 13º Congresso, examinado pelo Comitê


Central, indicativo de um esforço concentrado por diagnosticar a situação em cada
Estado, e adequar linhas de intervenção política, da luta social e da organização
partidária nas capitais, dados os resultados verificados na mobilização e que já
vinham sendo problematizados desde 2012,

Considerando ainda as Resoluções da última reunião do Comitê Central do 13º


Congresso, o 8º Encontro Nacional sobre Questões de Partido debateu as Diretrizes
que definem diretivas imediatas para o ano de 2014, no que concerne à construção
partidária e adota a presente Resolução, a qual é indispensável que seja discutida
pelas Comissões Políticas Estaduais e Municipais em todo o país, e ajustadas à
realidade específica de cada caso.

As Diretrizes aprovadas neste Encontro, em síntese, são:

1. O foco reside no êxito do projeto eleitoral 2014, ancorado nas lutas sociais e na
estruturação partidária, assumida de fato e de direito pelas instâncias partidárias
de direção.

2. O eixo central dos esforços serão as capitais, dado o desempenho verificado nos
últimos dois anos e pelo papel que ocupam na vida do país, sem prejuízo da linha
permanente de fortalecer o trabalho partidário nos grandes municípios.

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3. Os caminhos para perseguir a consecução destas Diretrizes têm por base
direções coesas e funcionamento regular do partido, como fator crucial do êxito
ou fracasso do projeto; e têm por centro:

a. O projeto eleitoral 2014, a ser elaborado com máxima presteza em termos


de alianças, candidaturas, chapas, montagem dos comandos de campanha;
planos definidos de ação política e eleitoral para os CMs e OBs, das capitais e
grandes cidades, quanto ao seu papel na disputa eleitoral; e as Convenções
estaduais, de 12 a 30 de junho de 2014, como mobilização partidária
organizada, demonstração de força e prestígio político das candidaturas,
construção de unidade em torno do projeto político eleitoral e alavanca
para filiações massivas ao Partido;
b. Na ação política de massas, será imperativo relançar, em todos os
Estados, o Fórum dos Movimentos Sociais, coordenados pela Presidência
e Secretaria de Movimentos Sociais, amplos, plurais, com funcionamento
regular mensal para firmar, politizar, unificar e controlar pauta e agenda
da intervenção dos comunistas nos movimentos sociais e no âmbito da
sociedade civil, organizados ou espontâneos, sintonizados com os anseios
de novas conquistas sociais e melhoria dos serviços públicos almejadas
pelo povo, notadamente nos grandes centros urbanos. De caráter mais
imediato, mas de alcance universal no país, é a defesa da Copa do Mundo –
que tem papel protagonista dos comunistas –, a demonstração da enorme
importância econômica e cultural para o projeto de desenvolvimento, bem
como para a afirmação nacional e autoestima popular.
c. Essas atividades devem ensejar uma Campanha Nacional de Filiações, com
metas e instrumentos definidos, manifestando-se num crescendo até as
Convenções partidárias de junho. O Encontro propõe, para tanto, fazer
uma ampla agitação pública, com bandeiras e materiais partidários, em
torno do aniversário do PCdoB em 25 de março, além de outras iniciativas
de filiação ao longo do período e do Programa de TV que vai ao ar em maio.
d. Um inovador impulso organizativo precisa ter lugar para perseguir a Carta-
compromisso do 7º Encontro Nacional de fortalecer os CMs dos maiores
municípios do país e ativação das organizações de base nesses municípios.
A maior, mais importante e imediata medida diz respeito às capitais, pela
importância para a luta política, social e eleitoral:
• Serão realizados Seminários ou Encontros para debater um diagnóstico e
a reformulação de linhas de construção político-organizativos do Partido
nas capitais, à luz do estudo da realidade social em transformação. Poderá
contar com a participação dos dirigentes municipais de outros grandes
municípios ou mesmo ser replicada a experiência para eles.
• Serão instituídos Fóruns de Quadros de Bases nas Capitais, experiência que
pode estar madura em outros grandes municípios, para uma nova fase na
ativação dos organismos diretamente ligados ao povo, propiciando troca

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de experiências, formulação de lutas e potencialização de suas ações. Ele
estabelecerá um funcionamento regular e sistemático, para firmar pautas
e agendas de atividade, controlá-las e oferecer apoios das direções ao
trabalho de base, por meio dos comitês auxiliares e do próprio comitê da
capital. Em sua instituição, será indispensável fixar os “pivôs” de bases.
• Manter em funcionamento aprimorado os Fóruns de Macrorregião em cada
Estado, pautando e controlando as diretivas para os municípios do interior.
4. Relançar os Departamentos de Quadros tendo como responsáveis titulares que
sejam lideranças prestigiadas e com autoridade, integrantes do Comitê Estadual,
e dando efetiva operatividade aos delineamentos da Política de Quadros, com
linhas de indução claras e concretas, planos e metas definidas, conforme plano
específico aprovado neste Encontro com respeito à atividade do Departamento
Nacional de Quadros João Amazonas.

5. Esse programa de trabalho envolve diretamente secretarias de organização


concentradas fortemente nessa pauta e agenda, líderes perante a direção e
o coletivo militante da luta por essas diretivas, e comissões de organização
fortalecidas com quadros experientes e melhor aparelhadas. Igualmente, solicita
forte interssetorialidade em todo o trabalho de direção, deve envolver o conjunto
das Comissões Políticas e demais lideranças partidárias, e cada secretaria de
direção, mormente com respeito às diretivas nacionais de formação, comunicação
e finanças.

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Diretrizes para a ação político-eleitoral,
de massas e de fortalecimento das
fileiras partidárias em 2014

Aplicar as resoluções do 13º Congresso


O 13º Congresso firmou rumos para o PCdoB com linhas políticas e de construção
partidária bem definidas. Na Resolução Batalhar pelas reformas estruturais, fortalecer
o partido e assegurar a quarta vitória do povo estão dadas as diretivas gerais para o
período, a iniciar neste ano decisivo de 2014 quando ocorrem eleições nacionais.

A perspectiva de nova arrancada com a realização das reformas democráticas, com


protagonismo da esquerda e ampla unidade do povo, sob as bandeiras de mais
desenvolvimento, mais democracia e mais progresso social constituem o eixo da
intervenção política dos comunistas em todos os terrenos de ação.

É com base nelas que assume centralidade, neste ano de 2014, uma expressiva
vitória do projeto eleitoral do PCdoB, recolhendo a influência política, social e de
ideias alcançadas nestes anos. Para isso terá decisiva importância uma intervenção
maior na luta social e de ideias na sociedade, em ligação com o desígnio de uma
quarta vitória popular presidencial, com a reeleição de Dilma Rousseff.

Ao lado disso, a construção política, ideológica e organizativa apontou para o


crescimento das fileiras militantes do partido à escala de centenas de milhares de
membros, conjugando a linha política com a linha de construção partidária, e ambas
com a combinação das lutas políticas eleitorais, a luta de ideias e de massas. Indicou
ainda a necessidade de fortalecer a têmpera ideológica na vida do Partido, valorizar
a atividade militante para ativar a luta popular e caminhar decididamente para
constituir um eleitorado próprio dos comunistas. A alavanca para isso é fortalecer
os comitês municipais para sustentar a ação das OBs, que implica dar centralidade
à política de quadros na direção organizativa. Essas referências reforçam o espírito
do 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, referendando inclusive a Carta-
Compromisso então firmada, ainda em plena vigência.

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É de se considerar, ainda, na fixação das diretrizes as consequências do balanço da
mobilização do 13º Congresso. O Balanço examinado pelo Comitê Central indica
em especial um esforço concentrado por diagnosticar a situação em cada Estado,
e adequar linhas de intervenção política, da luta social e da organização partidária
nas capitais, dados os resultados verificados na mobilização e que já vinham sendo
problematizados desde 2012.

Estas diretrizes, amparadas na Resolução congressual, bem como na Resolução


da última reunião do Comitê Central, definem diretivas imediatas, com foco,
eixo e caminhos para ação do PCdoB no ano de 2014. É indispensável que sejam
discutidas e ajustadas à realidade específica pelas Comissões Políticas Estaduais e
Municipais em todo o país, bem como na esfera nacional. Serão apresentadas e
debatidas coletivamente no Encontro anual da Organização nos dias 11 e 12 de
março de 2014 em Brasília.

O foco
Objetivamente, o foco das diretrizes para este ano reside no êxito do projeto
eleitoral 2014, ancorado nas lutas sociais e na estruturação partidária.

O ano tem concretamente duas fases: a de construção e consolidação do projeto-plano


eleitoral, que vai até junho, quando se realizam as convenções; e de julho a novembro,
quando se realiza o esforço de campanha para a disputa nacional e estadual.

O eixo central
O plano terá por centro de gravidade as capitais, dado o desempenho verificado
nos últimos dois anos e pelo papel que ocupam na vida do país. As capitais deverão
ser alvo prioritário do plano traçado com base nestas diretrizes, sem prejuízo da
linha permanente de fortalecer o trabalho partidário nos grandes municípios

O ano tem ocorrências singulares que o dividem em três etapas: o carnaval, a Copa
do Mundo e as eleições, cada qual com três meses de intervalo. Cada trimestre
precisa ter eixos bem definidos de ação prioritária. A concepção ajustada para
imprimir esse foco e eixo deve coordenar esforços da ação política de massas, das
medidas de mobilização partidária e o esforço de campanha propriamente dito,
adequando-os a cada uma dessas fases, no seio de cada qual se inserem tarefas
concretas da construção partidária.

Os caminhos
Direções coesas e funcionamento regular do partido, coordenando a ação política
de massas e o esforço para o êxito do projeto eleitoral 2014, são elementos
estruturantes dos caminhos para implementação das diretrizes apontadas a seguir:

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O projeto eleitoral 2014
• Elaboração do projeto eleitoral com a máxima presteza para poder antecipar
os esforços políticos-eleitorais do Partido: alianças, candidaturas, chapas,
montagem dos comandos de campanha. A coesão em torno disso por parte
das direções tem sido fator crucial do êxito ou fracasso do projeto.
• Traçar planos bem definidos para os CMs e OBs, das capitais e grandes
cidades, quanto ao seu papel na disputa eleitoral, com planos de campanha
nas suas áreas visando a aglutinação de amplos setores, e estabelecer
metas para os candidatos que irão apoiar.
• O desafio posto é fortalecer a estrutura de CMs e OBs durante a campanha
em 2014. Os tradicionais comitês eleitorais são importantes, aglutinam
setores amplos na agenda do dia a dia. Mas o funcionamento dos Comitês
Municipais e Organizações de Base avaliando o conjunto da campanha
dos diversos candidatos, o rumo político de cada uma, fazendo correções
necessárias fortalece o Partido e o projeto eleitoral como um todo. É
um papel de direção política e organizativa, indispensável ao sucesso do
projeto eleitoral.
• As convenções estaduais, de 12 a 30 de junho de 2014, serão o termômetro
da mobilização partidária organizada, demonstração de força e prestígio
político das candidaturas, construção de unidade em torno do projeto
político eleitoral e alavanca para filiações massivas ao Partido, estendidas
ao máximo de municípios em cada Estado.
• Manutenção e ativação dos Fóruns de Macrorregião em cada Estado como
estruturas auxiliares indispensáveis para coordenar eficientemente o
plano eleitoral e apoiar os CMs na realização dessas diretivas. Os quadros
integrantes desses Fóruns são também alvo de esforços dos Departamentos
de Quadros.
• Reunir os Comitês Estaduais, os Comitês Municipais das capitais, nestas
se possível com plenárias de militantes, e dos maiores municípios com a
participação de membros da Comissão Política Estadual ou da Comissão de
Organização, nos meses de março e abril, como preparação, elaboração e
controle do Plano de Ação para 2014.

A luta de massas
• O maior envolvimento dos comunistas com as lutas concretas é uma
exigência da realidade política de luta pelas mudanças, e igualmente para
o esforço eleitoral. Será imperativo relançar em todos os Estados o Fórum
dos Movimentos Sociais, coordenados pela Presidência e Secretaria de
Movimentos Sociais, amplos, plurais, com funcionamento mensal. Eles têm a
missão de firmar, politizar, unificar e controlar pauta e agenda da intervenção
dos comunistas em todos os movimentos, organizados ou espontâneos,

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traçar uma orientação concreta para essa intervenção e representar um
núcleo de acompanhamento das ações partidárias de massa. A Secretaria
Nacional respectiva deve fornecer um paradigma para a instituição desses
Fóruns, seus objetivos, modo de funcionamento e tarefas.
• Os CMs e OBs precisam se sintonizar com os anseios de novas conquistas
sociais e melhoria dos serviços públicos almejadas pelo povo, notadamente
nos grandes centros urbanos, o que favorece as lutas reivindicatórias. Deve-
se nelas intervir, disputando sua politização, associando-as com a luta pelas
reformas estruturantes e com a disputa político-eleitoral de 2014, numa
perspectiva política da quarta vitória popular presidencial e luta pelas
mudanças, ao lado da vitória eleitoral dos comunistas.
• A reforma política poderá ter um papel central de grande embate político.
O julgamento da ação que proíbe empresas privadas de financiar as
campanhas eleitorais poderá ser um impulsionador da Campanha Nacional
em Defesa da Reforma Política, proposta por forças da sociedade civil, dado
o anseio da sociedade e o caráter central dessa reforma para as mudanças
econômico-sociais no país. Deve-se buscar fazer propaganda em torno
do tema e, na plataforma dos candidatos comunistas, se deve assumir
com ênfase a defesa desse anseio existente na sociedade por mudanças
democráticas na legislação eleitoral.

A Copa é uma conquista do Povo


• De caráter mais imediato, mas de alcance universal no país, é a defesa
da Copa do Mundo –, que tem papel protagonista dos comunistas –, a
demonstração da enorme importância econômica e cultural para o projeto de
desenvolvimento, bem como para a afirmação nacional e autoestima popular.
Realizar uma grandiosa Copa será conquista do país e dos comunistas.
• Os CE´s devem orientar o partido no enfretamento de ideias em torno dos
benefícios e significado da Copa do Mundo para nosso país. O documento
aprovado pelo CC “PCdoB: Vencer a Copa, derrotar o rentismo, desenvolver
o Brasil” deve ser debatido em todas as instâncias pois fornece argumentos
e dados para combater informações falsas alardeadas pela mídia e por
setores equivocados que fazem o jogo da direita.
• Cabe aos CM´s e OB´s assumirem um papel de destaque na organização
de eventos que aglutinem multidões para acompanhar os jogos e torcer
pelo Brasil, essa iniciativa coloca os nossos militantes em sintonia com o
sentimento do povo.

Campanha de filiação
• Essas atividades combinadas devem ensejar uma Campanha Nacional
de Filiação, com metas e instrumentos definidos, manifestando-se num

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crescendo até as Convenções partidárias de junho. É preciso retomar a
curva ascendente das filiações em todo o país, em ligação com o esforço
de aglutinar forças mais amplas e que cheguem a novos municípios, para
a campanha eleitoral. Deve-se dar, entretanto, um foco determinado em
primeiro lugar nas capitais, além de grandes municípios.

Impulso Organizativo
Há uma linha de construção organizativa que foi reafirmada pelo Congresso e tem
por centro o fortalecimento dos CMs dos maiores municípios do país, ao lado de
retomar em escala ampliada a vida das organizações de base nesses municípios.
Além da já citada retomada das filiações numa Campanha intensa, são objetivos:

• A maior, mais importante e imediata medida diz respeito às capitais,


pelas razões expostas no balanço de mobilização do Congresso e pela
importância para a luta política, social e eleitoral. A realização de seminários
ou encontros para debater um diagnóstico e a reformulação de linhas de
construção político-organizativos do Partido nas capitais é uma medida
para ativar a mobilização para o esforço eleitoral. Deverá ser instituído
um Fórum de Quadros de Bases nas Capitais, experiência que pode estar
madura em outros grandes municípios, para uma nova fase na ativação dos
organismos diretamente ligados ao povo, propiciando troca de experiências,
formulação de lutas e potencialização de suas ações. Ele estabelecerá
um funcionamento regular e sistemático, para firmar pautas e agendas
de atividade, controlá-las e oferecer apoios das direções ao trabalho de
base, por meio dos comitês auxiliares e do próprio comitê da capital. Em
sua instituição, será indispensável fixar os “pivôs” de bases, a partir dos
Departamentos de Quadros. Já no 1º semestre esses Fóruns devem se
reunir para debater e traçar seus planos de atividade e luta, com supervisão
das direções municipais.
• Perseguir a consolidação dos CMs dos maiores municípios (e dos comitês
auxiliares nas capitais), destacando o papel das OBs. Concretamente, o
fundamento disso é definir responsabilidades e metas político-organizativas
para a intervenção dos organismos de direção em cada um dos pontos
destas diretrizes: metas na luta e campanhas de massas, plano eleitoral,
campanha de filiação, metas de mobilização para a convenção partidária.
• O mais significativo gargalo para isso, de acordo com as formulações
da linha traçada desde o 7º Encontro Nacional sobre Questões de
Partido, reside na operatividade da política de quadros, nacional e nos
maiores Estados. É preciso traçar linhas de indução claras e concretas
para o desenvolvimento dessa política, e constituir com base nelas os
Departamentos de Quadros nos maiores Estados, com titulares que sejam
lideranças prestigiadas e experientes integrantes do Comitê Estadual, com
planos e metas concretos. Um(a) novo(a) responsável pelo Departamento

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Nacional de Quadros João Amazonas deverá apresentar um plano nacional
com essas linhas de indução.
• Não há como perseguir esses objetivos perenes sem extrair consequências
concretas dos diagnósticos feitos quanto à área da organização. Elas indicam:
secretarias de organização concentradas fortemente nessa pauta e agenda,
como líderes perante a direção e o coletivo militante da luta por essas
diretivas; comissões de organização fortalecidas com quadros experientes e
melhor aparelhadas; Departamentos de Quadros com titulares experientes,
com autoridade e prestígio perante o partido.

Formação, comunicação, finanças


A interface entre essas diretrizes é muito íntima com o trabalho de formação,
comunicação e finanças, além do Fórum de Movimentos Sociais.

• O trabalho da Escola Nacional e das Seções Regionais tem uma sazonalidade


bem definida neste ano eleitoral, e possibilita reforçar os intentos quanto
às OBs e novas filiações – com o Curso do Programa Socialista –, e com os
cursos de nível II para consolidar o papel e formação dos membros dos CMs.
O plano mais imediato é o de sustentar o esforço apontado pela Diretiva da
Secretaria Nacional de Formação no tocante ao CPS um trabalho que deve
ser intensivo no trimestre entre o Carnaval e as Convenções.
• O trabalho de Comunicação deverá reforçar as equipes de comunicação em
cada Estado, indispensável à disputa política da campanha eleitoral e à luta
política de ideias. Isso aponta para o papel de Vermelho, nacionalmente, e
as páginas estaduais; aponta, ainda, para a importância das redes sociais
como palco da intervenção dos comunistas, em conjunto com as atividades
do Barão de Itararé na luta pela democratização da mídia. Ao lado disso o
Jornal A Classe Operária, em consonância com as resoluções congressuais e
com o sentimento do povo por mais avanços sociais e melhoria dos serviços
públicos, deve exercer papel mobilizador em torno destas bandeiras. O
programa nacional de TV e a campanha eleitoral serão fortes estímulos à
campanha de filiação.
• O trabalho de finanças terá neste ano um desafio máximo, no sentido político,
para sustentar o esforço de campanha eleitoral. Cabe às Presidências e
Secretarias de Finanças tomar medidas especiais desde já com um plano
político e militante de arrecadações, constituindo segundo a necessidade
comissões especiais para tanto. Não é secundário o que se pode alcançar,
materialmente e em termos de comprometimento, com as arrecadações
de massas e militantes. Ao lado disso, deverá se fortalecer o trabalho de
finanças enquanto fator de estruturação partidária. Por isso, nas Convenções
de Junho novo impulso será dado à Carteira Nacional de Militante, e um
programa especial será desenvolvido com respeito ao SINCOM.

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O Departamento Nacional de Quadros
João Amazonas e a Política de Quadros
Desde o CC anterior, passando pelo exame do 13º Congresso, dado o rumo, a
operatividade do DNQ e dos DEQs foram aquém das exigências.

Tal reconhecimento indicou que faltam linhas de indução mais claras, determinadas
e exequíveis, a ser compartilhadas entre o nacional e os maiores Estados.

A primeira grande questão é dar titularidade com relativa autonomia ao DNQ-JA.


Indicar quadro experiente, maduro, prestigiado e com autoridade perante o partido,
para conduzir um programa de trabalho ativo e interativo na esfera nacional, e induzir
os DEQs. Uma reunião regular, bimensal, precisa ser agendada ao longo do ano.

Nesse programa, a segunda grande questão é induzir, de direito e de fato, a


atividade do Departamento na estrutura das secretarias Sindical, de Massas, do
Fórum de Mulheres, da Juventude, da Cultura e da coordenação de pesquisadores
em ciência e tecnologia. É fundamental instituir responsáveis próprios em cada
uma, que integrem o DNQ, que pode ser inclusive e preferencialmente o titular de
cada frente. Um programa comum e de diferentes vetores será aplicado pelo DNQ
em cada uma dessas secretarias, realizando reuniões regulares para estabelecer
diretrizes e objetivos e realizar controle sistemático.

O DNQ deverá partir, em sua atividade nacional própria da organização, dos 125
membros do CC, no âmbito dos 430 candidatos a membros estabelecidos no 13º
Congresso. Deve-se estudar atentamente a pesquisa realizada no Congresso. Para
eles deverá se estabelecer algumas iniciativas específicas, compostas de cadastro,
formação, auto-formação, contribuição regular ao partido, exame de alocação
presente e potencialidades futuras. De imediato, será examinado o envio de Estudos
Estratégicos para todos aqueles, desse público, que não o recebem;

Ao lado disso, tais dados precisam ser cruzados com aqueles dos quadros nacionais
provindos das secretarias citadas, estabelecendo, em conjunto com as secretarias,
medidas específicas para cada segmento. Algumas prioridades precisam ser
estabelecidas com base na discussão do panorama, entre as quais medidas
intensivas para mulheres, trabalhadores e juventude.

Ademais, será preciso mapear os quadros que atuarão em comissões de secretarias


nacionais, com o mesmo fito.

A terceira grande questão é aplicar, em conjunto com Departamentos Estaduais,


linhas de indução para eles convergirem em objetivos nacionais. O primeiro ponto
se refere, igualmente, aos titulares dos DEQs, com quadros mais experientes e com
relativa autonomia para comporem, também, uma equipe nacional.

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Um segundo ponto dessas linhas de indução aplica-se aos 520 quadros nacionais
atuantes nas 27 Comissões Políticas Estaduais e 250 naquelas das capitais, total
de 770.

O terceiro ponto deve alcançar os demais 800 membros de Comitês Estaduais, estes
sob exclusiva responsabilidade dos Departamentos Estaduais, porquanto são os
chamados quadros intermediários.

O quarto ponto dessas linhas de indução, mais difícil, se refere aos quadros
intermediários dos grandes CMs e dos Fóruns de Macrorregião nos maiores Estados.

Nesse sentido, será imperativo ter uma avaliação realista das possibilidades de cada
Estado, junto com um impulso crítico para que esses passos sejam dados. Não será
possível, além de estabelecer a política geral válida para todos os Estados, ter a
mesma ênfase em cada um deles. Será igualmente imperativo que Rede Quadros,
nesses casos, seja realmente operativa como ferramenta que será alimentada pelo
respectivo Estado. No caso do DNQ, medidas de profissionalização precisam ser
reforçadas para esse fim.

Uma quarta grande questão decorre da diretiva de ação a ser dada pelo CC no
Encontro Nacional de Organização, que estabelece o eixo prioritário das capitais. O
caminho de estabelecer de fato o Fórum de Quadros de Bases nesses locais permitirá
um mapeamento inédito deles, que abrirá um rol de exigências e iniciativas para
pôr na tela do radar essa realidade.

A categorização dos quadros será padronizada de acordo com a cartela produzida


pelo DNQ para unificar o sistema em todo o país.

Para estruturação e trabalho dos Departamentos Estaduais de Quadros devem ser


observadas as seguintes linhas de estruturação e indução da política de quadros:

1. Composição dos DEQs nos maiores estados

• O responsável pelo DEQ, o secretário de organização do CE e do CM da


capital, quadros responsáveis pelas frentes sindical, juventude, movimento
social, preferencialmente o próprio secretário, e o responsável pela
alimentação da Rede de Quadros.
• Nos estados com Partido de menor porte deve ser definido um membro da
CPE como o responsável pela construção do DEQ, controle e atualização
da RQ, bem como, junto com a Secretaria de Organização acompanhar a
gestão dos quadros.
2. O papel dos DEQs deve envolver acompanhar a formação, alocação e
potencialidades futuras dos quadros:

• Integrantes do CE; CM da capital e maiores municípios, das Comissões


Auxiliares do CE;

17
• Prefeitos e Vices; Secretários de governo estaduais e da capital;
• Parlamentares estaduais e parlamentares nas maiores cidades;
• Com atuação nas frentes sindical, de juventude, mulheres e movimentos
sociais;
• Integrantes dos núcleos de coordenação dos Fóruns de Macrorregião.

3. Principais linhas de ação para os DEQs

• Junto com a Secretaria Estadual de Organização incentivar os CMs da


capital e, se possível, das maiores cidades no tocante à estruturação e
funcionamento do Fórum de Quadros das Bases, estimulando a formação
de seus núcleos dirigentes;
• Incentivar e acompanhar, junto com a Secretaria Estadual de Organização,
os Fóruns de Macrorregião e a estruturação dos núcleos de coordenação
em cada área;
• Atualização de cadastros na Rede de Quadros com estímulo de alimentação
nos municipais, nas frentes de massas e bases;
• Acompanhar os quadros que estão saindo do movimento estudantil
buscando definir com eles a perspectiva futura de atuação.
• Incentivar a alocação de quadros em áreas estratégicas para construção
partidária tais como fábricas, universidades, bancos, comércio, transporte,
e órgãos públicos;
• Buscar reintegração de quadros afastados da vida partidária tendo como
norte situá-los nas suas áreas de relacionamento e de atuação profissional
ou acadêmica.
• Interface com a Secretaria de Formação para a realização de cursos para
CMs e OBs (CPS, Nível I e II) e acionar a ferramenta de Estudos Estratégicos
para os membros das CPEs.
• Trabalhar na perspectiva de nas conferências em 2015 avançar na composição
de núcleos mais sólidos, com maior unidade política e ideológica nos CEs,
CMs (maiores municípios) e Comitês Auxiliares nas capitais buscando a
renovação e alternância de funções contando com a experiência de quadros
antigos da Comissão Nacional de Organização.

18
A CNO será recomposta para uma
nova realidade e esse novo plano de trabalho
Sob os auspícios da Comissão Política Nacional e do Grupo de Trabalho Eleitoral,
farão o controle e acompanhamento em todos os CEs, ligando o projeto eleitoral à
consecução das diretivas deste Encontro.

As diretivas concretas de indução do trabalho dos Departamentos Estaduais


precisam ter como sustentáculo a Rede Quadros, que precisará ser alimentada com
os dados obtidos no 13º Congresso, concretamente e de imediato os integrantes
dos CEs e dos CMs dos maiores municípios, a instituição dos Fóruns de Quadros de
Base das capitais induzirá o cadastro dos pivôs de base em todas as capitais.

A Rede Vermelha será retomada em plataforma atualizada, e exigirá a atualização


dos dados de novos filiados no período, em tempo real, e tanto quanto possível dos
participantes do 13º Congresso ainda não cadastrados. Ela, bem alimentada, é uma
alavanca para a mobilização partidária.

O Portal da Organização será retomado em nova escala e atualizado editorial e


tecnologicamente. Em meio aos diversos órgãos de comunicação virtual, o Portal é
o único que se volta intensivamente à discussão da política organizativa e também
o único que permite interação entre as direções e as bases. O objetivo é estabelecer
essas pontes, permitir a instituição de rede entre militantes de base para sua ação
política, difundir o debate sobre a construção partidária e suas diversas experiências.
Seu público-alvo por excelência são os cerca de 15 mil dirigentes municipais e neles,
em especial, os pivôs de base que serão cadastrados, além de, naturalmente, ser
aberto à participação de todos. Sua difusão se estenderá por meio das redes sociais
disponíveis.

Estudos Estratégicos terá redefinido seu conselho editorial e voltará a ser editado
como instrumento voltado diretamente aos quadros nacionais, sistematizando os
fundamentos marxistas e programáticos dos temas candentes ligados ao Programa
Socialista. Seu universo será reformulado para abarcar o novo contingente dirigente
eleito no 13º congresso, bem como os delegados participantes e os que foram
candidatos a membros do CC.

Gestão Integrada será revalorizado como ferramenta disponível para toda a


direção nacional, em especial a CPN, reunindo a informação de controle político-
organizativo das atividades dos 27 Comitês Estaduais, bem como do GTE e da CNO.
Por definição, todos os documentos oficiais dos Comitês partidários, bem como as
ações da direção nacional nos 27 Estados, deverão ser postados no GI.

19
Balanço da mobilização do 13º congresso
E comparativo com a mobilização do
12º congresso – militantes, bases e municípios

20
Número de militantes mobilizados no 13º Congresso
25 21.035

20

15
12.240

10
7.976
7.257
6.824
6.791
6.519
5.800

Total de mobilizados: 108.794


5.560
4.043
3.929

5
3.153
2.957
2.900
2.399
1.517
1.195
1.069
1.000
999
941
877
593
446
372
219
183
0
SP BA AM MA RJ RS PE CE MG PA PI GO AC SE PR SC PB AP RN RO DF ES MS TO AL MT RR

Comparativo de militantes mobilizados entre 12º e 13º Congressos (%)


113
Comparativo de militantes
GO
RR 106

mobilizados entre 12º e 13º DF


TO 66
81

Congressos (%) RS
SC 35
45

MG 33
SE 33
MA 33
MS 32
SP 18
PI 15
ES 13
CE 9
RO 5
RJ 3
-6 BA
-7 PR
-12 PA
-14 AC
-17 PE
-25 AM
-33 AL
-35 AP
-39 MT
-47 PB
-54 RN

21
Número de militantes mobilizados no 13º Congresso
6000
5113

5000
3938

4000

3000

2000
1550
1340
1323
1284
1252
1250

Total de mobilizados: 108.794


1050
966

1000
772
638
602
468
398
318
253
243
240
226
220
187
154
90
63
56
49
0
SP AM CE BA RS MG RJ MA SE PA
PI GO PE AC DF PB TO AP SC MS RO PR RN RR ES MT AL
Comparativo de militantes mobilizados
nas capitais entre o 12º e 13º Congressos (em %)
233
Comparativo de militantes
TO
SC 208

mobilizados nas capitais entre PB


GO 175
181

12º e 13º Congressos (%) MG


DF 70
88

PI 54
AC 33
RR 32
RS 25
MA 20
-3 SP
-6 SE
-8 RO
-10 MS
-12 AM
-14 MT
-14 CE
-16 BA
-21 RN
-37 PA
-40 PR
-50 AL
-50 ES
-51 AP
-53 RJ
-58 PE

22
Número de bases reunidas no 13º Congresso
600
556

500

400
277

300
250
205
196

200
141
133

Total de bases reunidas: 2.232


101
88
86

100
42
31
27
22
18
15
14
10
9
6
3
2
0
0
0
0
0
0 SP RJ RS PE CE PA AM MG MA BA GO MS AP AC PR SC RN PI TO DF AL ES RR MT RO PB SE

Comparativo de bases reunidas entre o 12º e 13º Congressos (em %)

Comparativo de TO
GO 320
900

bases reunidas AL
RS 163
300

entre o 12º e 13º SC


MS 94
150

Congressos (%) MG
PI 43
60

CE 39
MA 33
BA 28
AP 23
SP 18
RJ 1
RR 0
-9 PE
-29 AC
-33 RN
-46 AM
-65 DF
-85 PR
-100 MT
-100 RO
PB
PA
ES
SE Os estados SE, ES, PA e PB não informaram os dados.

23
Número de municípios que realizaram conferência no 13º Congresso
250
234

200

150
126
125
121
118
116
116
91
100
Total municípios que
78
77
70
69
realizaram conferência: 1.694

46
44
42
50

38
33
23
22
21
19
17
16
12
10
10
0
0 BA GO MG CE MA RS SP PE PI PA RJ PR AM PB RN ES SC AL AC RO MS TO AP DF RR MT SE
Comparativo de municípios que realizaram
conferência entre 12º e 13º Congressos

Comparativo de RR
GO 193
400

municípios que TO
PR 53
113

realizaram conferência ES
RJ 40
52

entre o 12º e 13º RS


DF
38
33

Congressos (%) MA
MS 19
23

SC 18
CE 17
AP 7
AC 0
-1 PA
-4 SP
-7 PI
-8 AM
-14 PB
-17 PE
-18 MG
-19 RO
-21 AL
-24 BA
-32 RN
-44 MT
SE Não informado.

24
Exame de trajetória dos últimos três anos correlacionando a evolução
da votação a federal, estadual e vereadores capital (do último pleito
em relação ao imediatamente anterior) com a mobilização congressual
total, capitais e grandes cidades no 13º Congresso

Variação Variação Variação mobilização


2010/2006 2012/2008 entre 12º e 13º Congressos
Posição Estado
Vereadores Grandes
Federal Estadual Capital Total
Capital Cidades
1 São Paulo 65% 150% 0 -3% 42% 18%

2 Minas Gerais 9% 43% 32% 88% 69% 33%

3 Rio de Janeiro 121% -24% -49% -53% 31% 3%

4 Bahia -11% 62% -13% -15% -14% -6%

5 Rio Grande do Sul 54% 63% 63% 25% 105% 45%

6 Paraná -16% -56% -99% -40% n/d -7%

7 Pernambuco 6% 41% -55% -58% -23% -17%

8 Ceará -19% -22% -18% -14% 13% 9%

9 Pará -57% 36.50% 146% -37% 22% -12%

10 Maranhão -20% 268% 17% 20% 15% 33%

11 Santa Catarina 70% 51% 49% 208% 2% 35%

12 Goiás -98% 385% 135% 175% 87% 113%

13 Amazonas -48% 54% 111% -12% -55% -25%

14 Acre 3% 74% 193% 33% _ -14%

Total Nacional 38% 46% 0 -8% 24% 6%


* Pela dimensão partidária, foram incluídos no estudo os Estados do AM e AC
** Goiás não computou votos de Fábio Tokarski
*** Grandes cidades: computadas 164 das 300 maiores do país, apenas.
Dado incompleto, portanto. No caso do AC não há municípios assim fora da capital; no AM é um só.

Trata-se de um agregado que permite um exame macro e de várias ordens. Embora


cada caso tenha explicações singulares e concretas, o fato a registrar é a relativa
desaceleração nas capitais, e mesmo decréscimo da força partidária mobilizada
para o Congresso. Correlacionada aos resultados eleitorais estudados, permite

25
empiricamente dar um alerta quanto à atenção e concentração da ação partidária
nessas capitais, que são as mais importantes do país.

De conjunto, essa radiografia envolve reflexões a acumular – políticas, econômicas


e sociais do país, e político-organizativas para o Partido.

Elas inferem as grandes modificações sociológicas provindas da mobilidade social


ascendente, a gama de novos anseios e formas de manifestação da sociedade,
papeis alterados da intelectualidade tradicional na luta política, além do surgimento
de segmentos de intelectualidade na área popular, e mesmo da incidência dos
movimentos sociais tradicionais na sociedade. Enfim, de uma sociedade civil rica,
complexa e ativa, de múltiplas dimensões, num clima de guerra política permanente
movida pela mídia oposicionista, em meio a novos anseios legítimos emergentes das
conquistas alcançadas para dezenas de milhões de pessoas, a maioria integrante de
uma nova classe trabalhadora, que vai fazendo sua experiência política, desenvolvendo
novos valores ideológicos, e tem atitude mais críticas e exigentes. A internet tem papel
relevantes nas redes que se estabelecem para novas vivências sociais e em maior
horizontalidade das associações. As questões urbanas se tornam mais candentes e
constituem um ponto focal de intervenção política, social e cultural.

Do ponto de vista político-eleitoral, apresenta-se um quadro onde é difícil disputar


o voto popular com a força de governo do PT e perde-se relativamente identidade
que traga voto de opinião nas camadas mais esclarecidas. Fruto das transformações
apontadas e o modo como o partido se situa, age e se constrói, é de se enfatizar
que nas capitais e outros grandes centros urbanos, a votação de setores sociais
organizados é muito partilhada por diversas forças da esquerda; a votação de massa
popular é disputada em condições completamente desiguais com as forças que
ocupam, o centro de governos, com suas políticas públicas e máquinas organizadas
e há perda de influência em parte do campo progressista de esquerda, de camadas
médias tradicionais, dividida ou dispersa em sua postura política e que acusa certa
diluição da imagem do PCdoB.

26
Intervenção final de Walter
Sorrentino no 8º Encontro Nacional
sobre Questões de Partido

Debate necessário e frutífero


Neste informe final ao 8º Encontro, quero encaminhar a aprovação da Resolução
proposta, aprimorada com as emendas feitas, fruto de rico debate coletivo. Ela
arma bem o Partido para 2014 e amadureceu nesse debate.

Nossa luta pela estruturação partidária é um continuum e se dá por etapas. A


linha político-organizativa é mais perene, amadurece em tempo próprio que,
embora ligada umbilicalmente ao desempenho político, é diferente do tempo da
orientação política.

Devemos valorizar o que alcançamos, é muito significativo. Há uma linha


permanente que vem dando resultados, malgrado as deficiências, e ela permanece,
por um partido comunista de quadros e de massas de militantes, organizado em
bases de variados tipos, sobretudo nos grandes municípios. Latente e prolongada,
mas é uma linha definida; não é lícito desconhecê-la, a não ser adaptá-la à realidade
e ao nível de maturação do partido em cada Estado.

É uma linha em função do projeto político, num período todavia de acumulação


de forças, visando construir nova hegemonia – que envolve de fato conquista de
“poderes”, mas como meio e como produto de maior influência de suas ideias,
ação política, ligação com o povo, identidade e força eleitoral. Aliás, força eleitoral
é a resultante dessa conjugação.

Linha que implica governar pelos quadros e alcançar uma extensa massa de
militantes, mais filiados, mais simpatizantes e alcançar forjar um eleitorado
próprio mais fidelizado aos comunistas. Essa é a parte mais difícil de assimilar,
porque se identifica com uma estratégia determinada, cujo centro é construir nova
hegemonia, num período de acumulação de forças. Ir conquistando casamatas,
na luta de massas, política, de ideias, social, cultural. Esse o núcleo da questão: o

27
Partido responde pela estratégia definida, e o centro da estratégia é a hegemonia.
A construção de Partido responde por essa estratégia, a sustenta e impulsiona. Por
isso falamos que essa é mais uma das exigências em extrair todas as consequências
do Programa Socialista, dos caminhos e rumos traçados por ele.

Implica um partido capilarizado, presente em todos os aspectos da sociedade,


gerando causas, uma cultura política, de valores, de identificação com interesses –
enfim, maior senso identitário e de representação social e política. Uma comunidade
de massas, mobilizável pela influência dos comunistas e que se transforme em
força eleitoral. Por isso as bases, por isso e, por meio delas, os redutos eleitorais,
militância presente como líquido se infiltrando em todos os aspectos da vida social,
da sociedade civil e nos lócus das relações de opressão e exploração.

Definimos que esses lócus fundamentais envolvem as relações de trabalho, e as


causas ingentes que envolvem mulheres e jovens. Os trabalhadores, desde que
entendidos na nova realidade do mundo do trabalho, são o centro desse esforço
e confundem em si mesmos esses estratos: trabalhadores, juventude e mulheres.

Não há défice de concepção nem de elaboração política. Pode-se dizer de certo


alheamento à linha – se ela não alcança todos os quadros não tem eficácia, e
encerra-se como política específica, reduzindo sua universalidade e eficácia.
Pode-se dizer de défice de assimilação mais massiva da linha em toda a estrutura
partidária – de fato ela é inevitavelmente complexa e carece de ser debatida e
estudada, ajustada às situações concretas com flexibilidade, mas com norte bem
definido. Pode-se dizer que falta maior liderança no interior do Partido, da luta a
travar pela sua implementação – de fato, esse é um problema real e implica o mais
sintético papel dos secretários de organização, enlaçando em sua consecução o
conjunto da direção. E pode-se falar em elevar decididamente a operacionalização
da linha – faltam recursos materiais e humanos para tanto, mas isso reflete, hoje,
uma subestimação dos esforços centrais nessa área.

O esforço foi bem sucedido, como se pode depreender desta intervenção. Cumpre
registrar que, em seu espírito e decisões, ele é filho legítimo e direto do 7º Encontro
Nacional –   Mais Vida Militante para um Partido do Tamanho de Nossas Ideias.
Ele propõe um recorte concreto de diretivas oriundas das orientações do Comitê
Central e das Resoluções mais de fundo do 13º Congresso (válidas para os próximos
quatro anos), para 2014. Está nas mãos de todos tornar suas orientações vitoriosas
ao longo deste ano, a começar do êxito eleitoral em outubro.

O 8º Encontro promove ajustes em função da realidade e de nossa melhor


consciência dos problemas. Pôs no centro das atenções a própria política de
quadros e sua operacionalização, os esforços centrais nas capitais, atentando para
a intervenção na realidade social em transformação, ajustando o papel dos fóruns
de movimentos sociais.

Não temos todas as respostas, antes pelo contrário. Não temos sequer todas as
perguntas corretas bem formuladas. Mas não devemos nos atrasar: na situação

28
atual soou um sinal de alerta. Há uma pergunta nova ou em contexto novo e a
formulamos: no quadro político real do país, com o projeto pelo que lutamos, como
vamos elevar nossa representação eleitoral, como vamos formar novos redutos
eleitorais? É uma pergunta válida, entre outras, mas de grande centralidade.
E os grandes centros urbanos ocupam um papel central nisso, especialmente as
capitais. Está lançada a questão: o balanço eleitoral e da mobilização congressual
demonstram a problemática. A constatação de que não temos redutos, e que é
preciso construí-los, é simples e clara; a questão é “como?” porque envolve múltiplas
determinações, nenhuma absolutizável. Mas nenhuma pode contornar a melhor
conjugação de projetos políticos bem definidos, criar condições para candidaturas
majoritárias próprias, mais luta de ideias e inserção na luta de massas, conjugando
essa convergência numa luta prolongada por construir nova hegemonia de forças
sociais e políticas.

O 8º Encontro parte necessariamente da questão central, a de dar sustentação


aos projetos políticos e eleitorais neste ano de eleição nacional. A elaboração
desses projetos está em pleno curso no país. Envolvem habilidade política, clareza
das forças em confronto, mas medidas decididas para preparar o Partido e sua
mobilização coesa e vibrante.

Entre as medidas, o 8º Encontro focou os ajustes nas capitais, à luz da realidade social
a estudar em suas transformações, e do projeto político atual do partido. Implica
em uma “leitura” das cidades, capacidade em gerar uma “narrativa” como método
próprio dos comunistas. E um projeto político para elas e para nós. Os grandes
centros urbanos se evidenciam como centro de contradições que afetam cotidiana e
continuamente centenas de milhões de pessoas do povo; neles se geram aos borbotões
causas transversais que envolvem velhos e novos setores das classes trabalhadoras,
e todas as camadas sociais. As grandes cidades são, assim, palco privilegiado da luta
de classes – não tenhamos receio da palavra, desde que entendida como expressão
poliédrica de contradições que nem sempre confluem para sujeitos sociais centrais,
ou seja, surjam fragmentadas e corporativas em sua mais profunda dimensão.

A reforma urbana, a reurbanização para maior qualidade de vida, vai ao encontro


dessas contradições. Fornece um elo de ligação entre o cotidiano e uma reforma
estrutural no rumo do novo projeto nacional. Corresponde a um dos arranques
centrais propostos pelo PCdoB em recente Resolução do Comitê Central.

É nas grandes cidades que se deve retomar a maior influência eleitoral


dos comunistas. Na luta eleitoral transitamos para maior visibilidade com
candidaturas majoritárias, mas não se pode escapar de opções concretas, no
nível de determinação das forças em cada caso. O eleitorado oscila com as
injunções das conjunturas políticas, mas tem que haver um núcleo básico, maior,
mais permanente de eleitorado fidelizado ao PCdoB. Por isso, o ajuste debatido
envolve campanhas de massa, encontrando os elos, plataformas e pautas para
intervir nas causas em todos os poros da sociedade civil. Ouvir e saber interpretar
as contradições reais da realidade, as que atingem todos os dias dezenas de

29
milhões das camadas populares. Essa a missão do trabalho militante de base,
desde que bem dirigidas pelos quadros responsáveis.

Nesse processo é que o PCdoB pode ir forjando um bloco político social, com
um senso de identidade mais marcante, conjugando intervenção social, política,
eleitoral e de massas, mas convergindo para bandeiras políticas, desde movimentos
de base até as grandes batalhas pelas reformas democráticas estruturantes.

Todas são questões a inseminar em seminários ou encontros nas capitais:


compreender o problema e a realidade como modo de reformular ou ajustar linhas
de construção partidária nas capitais.

Está suposto nesse esforço o relançamento dos Fóruns de Movimentos Sociais nas
direções estaduais, conjugando não apenas os movimentos sociais organizados,
mas para dar esteio e perspectiva política às múltiplas causas a gerar manifestações,
espontâneas ou organizadas, que têm lugar nas cidades – um caso extremo como
São Paulo conhece manifestações realmente diárias!

Organizativamente, nas capitais, radicalizou-se a diretiva de elencar quadros pivôs


de Bases. Foi proposto constituir   Fórum de quadros de base como método de
mobilização partidária por parte das direções estaduais e municipais. A vida política
e organizativa das bases implica um projeto político para cada uma delas, pauta  e
agenda de atividades regulares, ancoradas em quadros pivôs cuja tarefa central é
serem ativistas da mobilização e vida regular das organizações de base. Enfim, para
enriquecer a vida das bases e valorizar a atividade militante.

Debateu-se que isso não implica desconhecer os comitês auxiliares nas capitais.
Eles participam dos Fóruns, decerto. A questão é que se precisa superar o mal
do delegacionismo, próprio de uma verticalização piramidal, onde uma instância
delega a outra sucessivamente o debate e encaminhamento das diretivas traçadas.
Não: as direções estaduais e municipais precisam ser capazes de falar diretamente
aos militantes de base, e não bastam atividades de propaganda para isso, mas
igualmente debater projeto das bases, pauta e agenda de mobilização, dando
condições aos quadros pivôs de base de cumprirem efetivamente seus papeis.

O foco definido não altera a linha permanente que é a de envolver no mesmo


esforço os grandes municípios de cada Estado. Ao contrário. O exemplo das capitais
irradiarão. Por isso, onde se puder, desde já se podem realizar os mesmo Seminários
nas demais cidades além das capitais; no mínimo, seus dirigentes podem ser
convocados para os próprios debates nas capitais. Outra alternativa, é organizar
esse debate a partir dos Fóruns de Macrorregião.

O outro foco do 8ºEncontro é a operacionalização da política de quadros. Algo


muito marcante vai acontecer. A designação de um membro da Comissão Política
Nacional – Carlos Augusto Patinhas – para chefiar o Departamento Nacional infundiu
desde logo a renovação de diversos Departamentos Estaduais com quadros de alto

30
prestígio, experiência e liderança. A mudança responde pelo sentimento crítico que
não se logrou operacionalizar a rica política de quadros.

Novas linhas de indução foram traçadas e esse é um dado dos mais relevantes
do Encontro. Estão dadas novas condições para uma política de quadros de alto
teor, ampla, larga e profunda, que se institua como centro da direção organizativa
progressivamente. Até porque envolverá não apenas quadros dirigentes formais,
como quadros pivôs de base e quadros intermédios das direções municipais, mais
uma rica variedade de situações que marcam a atividade dos quadros partidários
– na vida institucional, tarefas de governo, nas mais variadas frentes de massas, na
ciência, cultura etc. Direções estaduais e a nacional ou convergem nessas linhas de
indução, ou não se alcançará eficácia.

A pergunta que não quis calar-se nos debates foi: como organizar o cumprimento dos
desígnios traçados e o conjunto das diretivas? Realmente, aí reside o descompasso.
Que síntese se pode fazer?

Antes de mais nada, a liderança dos Secretários de Organização estaduais nesse


debate. O principal é ser capaz de traduzir politicamente esse debate no âmbito dos
Comitês e Comissões Políticas, fazendo o enlace umbilical entre o rumo e projeto
político e o rumo e projeto de construção partidária. Um todo orgânico.

Depois, capacidade de voltar-se para os desafios maiores envolvidos. No caso, as


capitais. A nenhum deles é lícito delegar a capital às próprias forças.

Terceiro, concentrar-se nas tarefas organizativas que sustentam a aplicação do


projeto político. Há demasiado desvios de função de Secretarias de Organização.
É certo que eles são dirigentes gerais da atividade partidária, como membros
da Comissão Política; às vezes integram também Grupos de Trabalho Eleitoral.
Mas nada pode explicar que não se concentrem na realização da linha político-
organizativa, líderes e executores dela em primeiro lugar. Desvios de função como
ser coordenador geral de campanha de candidaturas, nesse caso, parece ser um
desvio de função dificilmente aceitável.

Se tudo isso é correto, resta alocar mais recursos financeiros e quadros suficientes
para as comissões de organização. Fútil ilusão, ou falsa concepção, imaginar que se
possa governar e controlar política-orgaizativamente, um partido presente em 2300
municípios, com mais de 100 mil militantes e 300 mil filiados, sem forte capacidade
gerencial profissional para tanto. O caso é exemplar: é preciso liderar perante a
direção geral a alocação prioritária de recursos para a área de organização.

Tocou-se, por fim, em questão delicada: há um défice de debate no Partido sobre


a política de organização organizativo e há sempre um público novo, fruto da
renovação e alternância, para o qual é necessário repetir velhas coisas. A linha
organizativa é complexa, tem muitas camadas e fundamentações. Em ano eleitoral
é sempre difícil, mas será o caso de preparar novas publicações a esse respeito

31
e organizar cursos ou debates para secretários de organização municipais. As
ocasiões surgirão.

Por fim, alguns problemas tópicos que mereceram a atenção dos debates.

A campanha de filiação motiva alguma reflexão. A sociedade está avessa à política


partidária; é preciso sim, num primeiro momento, falar de política sem partidismo.
Isso dificulta filiações casuais, próprias de campanhas em praças públicas: só
alcançaria desavisados. A questão é, em campanha, trazer áreas de influência, pelas
proposições políticas, e pelas relações sociais que estabelecem os comunistas.
A questão concreta para ampliar o diálogo partidário com novos setores sociais
emergentes é a de trazer seus líderes para o Partido, os que trazem consigo sua
área de influência. Então, o que está vegetativo são campanhas esponaneístas,
não direcionadas. Podemos ser seletivos: há que despertar o apetite de mulheres
comunistas para integrarem as chapas de candidatos; os jovens têm congresso da
UJS; CONAM e UNEGRO são  sempre um repositório de possibilidades; manifestações
populares com nossa presença, campanhas em áreas de influência são sempre
necessárias, mormente em ano eleitoral.

No plano da agitação, foi proposta e aceita uma empolgante campanha nacional


de filiações nessas condições, para ocupar as ruas criativamente no 25 de março e
comemorar os 92 anos de partido: “Só falta você nesse time”.

O 8º Encontro proporá à Comissão Política Nacional as Resoluções aprovadas, e


a constituição de nova Comissão Nacional de Organização. A ideia é recompactá-
la: contará com a presença de 2 membros da Comissão Política Nacional e outros
3 membros do Comitê Central – é o que expressa a nova compreensão de sua
centralidade na vida partidária. Devido a isso ela deverá executar melhor a interseção
entre a Comissão Política Nacional, o Grupo de Trabalho Eleitoral Permanente
e o papel próprio da Comissão de Organização. É um modelo válido para tantos
outros Estados. Por fim, alcança novo estatuto de autonomia relativa o trabalho do
Departamento Nacional de Quadros, que formula uma proposta consistente para
constituir efetivamente um departamento que se ancore em todas as frentes de
direção partidária e nos departamentos estaduais.

Por essas razões, parabenizo os participantes, os novos e antigos membros do


trabalho de organização nacional e em todo o país – sem dúvida foi um Encontro
bem sucedido.

Leia mais
A essência dos ajustes promovidos no 8º Encontro
http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12683

Balanço do 8º Encontro: Força, coesão e clareza no rumo da construção partidária


http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12461

32
A política de quadros em nova etapa
http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12723

E os Secretários de Organização?
http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12821

As filiações partidárias
http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12872

Política e os trabalhadores comunistas


http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12875

Rede de base é o fundamento da mobilização militante


http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12889

Partido: Concepções, métodos e linha


http://www.portaldaorganizacao.org.br/?p=12975

33
Linhas de indução
da política de quadros

* Por Carlos Augusto Diógenes (Patinhas)


O 12º Congresso do Partido debateu e aprovou dois documentos estruturantes
da política partidária: o Programa Socialista e a Política de Quadros. O Programa
aponta o rumo socialista como objetivo estratégico e o caminho para conquistá-
lo, a luta pela implementação de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento
(NPND), impulsionado por reformas estruturantes democráticas.

A política de quadros está a serviço desse projeto estratégico. Visa a construção de


um partido comunista de quadros e de massa, apto para a disputa da hegemonia
na sociedade num processo de acumulação de forças nas frentes institucionais, dos
movimentos sociais e luta de ideias.

O item 5 do documento Política de Quadros Comunistas para a Contemporaneidade,


aprovado no 12º Congresso, afirma: “O PCdoB percorre uma trajetória exitosa em
grande medida devido à atenção conferida à política de quadros. Durante a ditadura
militar, forjou quadros notáveis, atuantes nos tormentosos condicionamentos das
lutas de classes. O que é hoje o PCdoB se deve a essas gerações de incontáveis
mártires e heróis do povo brasileiro, alguns dos quais atuam como destacados
dirigentes partidários até o presente.”

Esse mesmo item define as prioridades da política de quadros para o atual momento.
Como primeiro objetivo, “preparar conscientemente e com ousadia nova geração
de quadros dirigentes do partido na esfera nacional”; segundo objetivo, “avançar a
formação de extenso contingente de quadros intermediários e de base, fixá-los nos
seus papéis, visando pôr em funcionamento a vida partidária por intermédio deles”.
Como terceiro objetivo, “avançar em políticas de quadros com respeito à juventude,
mulheres, trabalhadores e quadros mais diretamente atuantes na luta de ideias,
bem como em funções técnicas de assessoria e consultoria do trabalho partidário,
mandatos, órgão do governo, entre outros.”

No período do 12º ao 13º Congresso (2009-2013) iniciou-se um processo de


assimilação do significado da política de quadros e de implantação dos Departamentos

34
de Quadros (DQs). Amadureceu a compreensão de formação consciente de uma nova
geração dirigente no Partido. Nas últimas conferências estaduais e na plenária final
do 13º Congresso, dezenas de quadros foram eleitos pela primeira vez para Comitês
Estaduais (CEs) e Comitê Central (CC). Houve renovação em funções importantes
nos CEs, inclusive na presidência em vários estados. Trabalha-se a substituição na
presidência nacional numa Conferência em 2015. Processou-se desde o início o
cadastramento de quadros nas esferas nacional e estadual.

O 13º Congresso, ao avaliar o ciclo político iniciado em 2003 com Lula, constata
que vivemos no momento uma fase de transição entre o neoliberalismo, que
tem elementos fortes na política macroeconômica, e um projeto nacional de
desenvolvimento. A ofensiva sistemática realizada pelo sistema de oposição
composto pelos setores financeiros, partidos de direita amparados pelo monopólio
dos grandes meios de comunicação coloca esta transição numa encruzilhada.
Ou avança nas mudanças no rumo de reformas democráticas ou recua para o
neoliberalismo da década de 90.

A resolução política aprovada na plenária final do 13º Congresso, que tem como
consigna “Batalhar pelas reformas estruturais, fortalecer o Partido, assegurar a
quarta vitória do povo”, orienta no capítulo intitulado “Perspectivas e tarefas atuais
da edificação partidária” no sentido de preparar o Partido para grandes embates
políticos. Afirma: “o 13º Congresso está seguro de que a Política de Quadros é
a chave para as vitórias partidárias e deve se transformar no centro da direção
organizativa do Partido.” Mais na frente afirma: “a garantia maior da perspectiva
política, ideológica e organizativa partidária, do caráter e missão do PCdoB, é a
coluna de quadros compromissada e coesa com a causa partidária.”

O acúmulo obtido na política de quadros do 12º ao 13º Congresso e a evolução da


conjuntura política brasileira, colocam a necessidade de um salto na operatividade
na política de quadros nos planos nacional e em todos os estados. Destaco como
linhas indutoras para esse salto:

1. Assimilação nas direções do conteúdo e significado da política de quadros


elaborada para o atual momento histórico. Debates nas Comissões Políticas
Estaduais (CPEs) e Comissões Políticas nas capitais e maiores municípios são
importantes para o avanço na compreensão de o Partido construir no processo
de luta uma coluna de quadros revolucionários indo do CC, passando pelos CEs,
CMs até as OBs.

2. Avanço na elaboração de políticas específicas para quadros com atuação nas


diversas frentes do movimento social, levando em conta as características e as
particularidades de cada frente.

3. Composição do Departamento Nacional de Quadros (DNQ) e Departamentos


Estaduais de Quadros (DEQs) nos maiores estados com quadros experientes e
respeitados na militância. Sugerimos que deles participem companheiros(as)

35
das secretarias sindical, juventude, mulheres, movimentos sociais, ciência e
tecnologia, cultura, de preferência o próprio secretário. A presença das secretarias
com atuação de massa dá nova qualidade aos DQs e introduz a pauta da formação
e perspectiva dos quadros que atuam nessas frentes enquanto comunistas.

4. Em estados com menor nível de acumulação, o Comitê Estadual deve designar


um responsável pelo DEQ que, integrado com a Secretaria de Organização,
acompanhe a evolução e alocação dos quadros e busque a atualização do
cadastro da Rede Vermelha (RV) e Rede de Quadros (RQ).

5. Na política de alocação de quadros em novas funções, devemos ter como norte


a consolidação do trabalho em áreas já existentes bem como a ocupação de
novos espaços em áreas estratégicas (grandes empresas, universidades, bancos,
repartições públicas, bairros populosos etc.)

6. Os DEQs devem trabalhar desde já na perspectiva de constituir nas conferências


de 2015 núcleos mais sólidos e com maior unidade política e ideológica nos CEs
e CMs, especialmente nas capitais e maiores cidades.

7. “Mais vida militante para um Partido do tamanho das nossas ideias”, consigna do
7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido (2011), passa pela constituição e
formação de quadros dirigentes nas OBs. Objetivamente, as bases precisam estar
no centro do radar dos DEQs e ser preocupação constante dos CMs e CAs nas
capitais. O PCdoB é o único partido no país que assenta sua estrutura na organização
de base militante (desde 1922). Não é só um partido de “correligionários” e sim de
revolucionários que lutam pela construção de uma nova sociedade. A formação
de um amplo e combativo, movimento político de massas, em luta pelas reformas
estruturais democráticas no país, precisa da presença e do impulso das OBs dos
comunistas, constituindo-se cada uma delas, sob a direção de seus quadros, em
redutos políticos de massa e eleitoral do PCdoB. A resolução do 8º Encontro ao
tratar do “inovador impulso organizativo” para fortalecer os CMs, especialmente
os dos maiores municípios, e ativação das bases, afirma que “Serão instituídos
Fóruns de Quadros de Base nas capitais, experiência que pode estar madura
em outros grandes municípios, para uma nova fase na ativação dos organismos
diretamente ligados ao povo, propiciando troca de experiências, formulação
de lutas e potencialização de suas ações. Ele estabelecerá um funcionamento
regular e sistemático, para firmar pautas e agendas de atividades, controlá-las e
oferecer apoio das direções ao trabalho de base, por meio dos comitês auxiliares
e do próprio comitê da capital. Em suas instituições, será indispensável fixar os
‘pivôs’ das bases”, seus principais quadros dirigentes. Os Fóruns de Quadros de
Base ao lado dos Fóruns dos Movimentos Sociais, também em estruturação em
todos os estados, buscam colocar o Partido numa ação ofensiva política e de
massas nas capitais e grandes cidades. Setores mais amplos da sociedade vão
compreendendo que o PCdoB é indispensável para mudanças estruturais no país.
Podemos afirmar que OBs vivas e atuantes são indispensáveis para se alcançar
um PCdoB mais forte e influente na sociedade.

36
8. De grande significação para a interiorização do Partido é a estruturação dos
Fóruns de Macrorregião. Os núcleos coordenadores desses fóruns, compostos
por membros do CE e dirigentes municipais da região, buscam no dia a dia
impulsionar os CMs e a integração partidária. Os quadros dirigentes desses
núcleos coordenadores precisam entrar no radar de preocupação dos DEQs,
especialmente nos estados com maior nível de acumulação partidária.

9. Cuidar em estabelecer maior interface dos DEQs com as secretarias de


organização, formação, comunicação e finanças. A execução de projetos concretos
impõe o empenho em ação conjunta de duas ou mais secretarias. Atualmente,
a Secretaria Nacional de Organização, a Secretaria Nacional de Formação e
Propaganda e a Escola Nacional João Amazonas lançaram um projeto ousado e
fundamental de massificação do Curso do Programa Socialista (CPS) para quadros
de base, CMs e CAs visando formar direções intermediárias e de base com
consciência do significado e da atualidade do nosso Programa Socialista. Para o
seu êxito é necessário um trabalho articulado nos estados entre as secretarias
correspondentes.

*Carlos Augusto Diógenes (Patinhas) é membro do Comitê Estadual do PCdoB-CE, e do Comitê Central,
desde o 8º Congresso; Coordenador do Departamento Nacional de Quadros.

37
O trabalho de organização

Controle político-organizativo, agenda


partidária nacional-estadual e os
instrumentais de trabalhos da CNO
No 13º Congresso as questões de partido, em especial as exigências da linha de
construção partidária motivaram intenso debate abordando aspectos da linha
política e organizativa. E não é fato isolado, é ilustrativo do salto que registramos
no balanço do trabalho de organização nos últimos dez anos: Conjugar o debate
político no partido com o tema da organização, da estruturação partidária. Dito de
outra forma, no que pese os registros de que ainda impera o rebaixamento do debate
nas Comissões Políticas Estaduais e Municipais e a dificuldade em comprometer a
agenda do conjunto dos dirigentes com o tema, integramos política e organização.

Contudo, o momento exige dar novos passos: em nosso modelo de organização, de


partido comunista, marxista- leninista, sabemos que a organização serve à política,
que organizamos e estruturamos o partido para um projeto político. Nosso desafio
é persistir para encontrar o modo como a política ajuda a organizar o partido, ou
seja, o modo como concretamente, na ação cotidiana, a nossa participação nos
governos, nos parlamentos, nas entidades de massa, nossa intervenção na luta de
ideias, tem como uma das resultantes um partido mais estruturado, mais coeso,
com funcionamento regular e mais influente. Este é um desafio expresso nas
resoluções do 13º Congresso no item tarefas delegadas: “Impulsionar a intervenção
política, a luta de massas, a ousadia eleitoral e o empenho em pôr as participações
institucionais em consonância com o projeto partidário.”

Esse partido de novo porte, que pretendemos de quadros e de massas, capaz


de gerar adesão, tem novas e maiores exigências que tornam mais complexo o
trabalho das secretarias de organização. Temos uma grande demanda do trabalho
de controle organizativo do partido, que também é político, ou seja, é controle
organizativo e político. É um trabalho coordenado pelos secretários e secretárias
de organização mas que precisa ser compartilhado coma as comissões políticas.
É um trabalho mais refinado, que não se resume em enviar um representante

38
de direção para reunião de Comitê Estadual, Municipal ou de Base para fazer
uma fala de conjuntura. Isso não dá mais conta das exigências do partido, São
construções multifacetadas, que envolvem diversos planos da atuação política
com influência direta na estruturação partidária.

Procurando atender essas exigências a Comissão Nacional de Organização,


num trabalho compartilhado com os membros da Comissão Política Nacional,
acompanhará o trabalho de construção partidária em todos os estados, e abre uma
agenda, para daqui até maio, participar dos seminários de capitais já indicado nas
diretrizes do trabalho para 2014, das reuniões das Comissões Políticas que tratarem
destes temas, e ainda realizar reuniões bilaterais com os 27 Estados para tratar dos
desdobramentos das resoluções aprovadas neste encontro, além de outros temas
relacionados a estruturação partidária. Mais uma vez registramos que esse esforço
é no sentindo de dar consequência as tarefas apontadas pelo do 13º Congresso,
quando nos indica a necessidade de “fortalecer a capacidade da direção Nacional
no controle político-organizativo do partido em todo o país.”

Companheiras, companheiros,
A leitura da realidade política e partidária aqui apresentada nas falas do Renato
Rabelo, Walter Sorrentino, e dos demais membros do secretariado nacional que aqui
interviram, e já constatada pelo conjunto do partido nos debates do 13º Congresso
e em outros diversos artigos publicados na nossa imprensa que tratam do tema
estruturação partidária, somados as exigências do trabalho de organização aqui
constatadas, apontam que é preciso ajustar o papel dos secretários de organização,
e talvez até reestudar o perfil dos secretários de organização. Essa nova realidade
exige secretários de organização concentrados na linha de construção partidária.
Exige secretários que liderem politicamente, e no esforço prático, a linha de
organização em todos os estados.

E isto não é retórica, temos exemplos que ilustram bem a questão. Um deles é a política
de quadros, nos estados onde o secretário de organização não assumiu o discurso
perante a direção e não procurou meios para implementação da política de quadros
nos últimos quatro anos a resultante é que não aconteceu nada, em muitos casos não
há sequer um responsável pelo Departamento de Quadros. Repetimos, o secretário de
organização precisa liderar o discurso, precisa agir, chamar para si a responsabilidade
pela aplicação da linha, caso contrário, usando a linguagem futebolística que inspira o
momento no Brasil, ficamos no zero a zero, isso na melhor das hipóteses.

Para cumprir as tarefas delegas pelo 13º Congresso, explicitadas nas resoluções, é
indispensável concentrar o trabalho organizativo em dois eixos:

1. A centralidade das capitais e grandes cidades – o caminho é o já apontado


nas diretrizes para o trabalho de estruturação partidária aqui em debate e no
encontro nacional do Fórum de Movimentos Sociais:

39
• Realizar o seminário em todas as capitais para traçar as linhas de construção
partidária, adequando as diretivas nacionais a cada realidade;
• Instituir o Fórum de Quadros de Base nas capitais, no sentindo de garantir
a cada organismo de base agenda, pauta e meta, possibilitando a toda
militância atuar como construtores do projeto político do PCdoB com
participação ativa no curso da vida cotidiana do partido.
• Instituir o Fórum dos Movimentos Sociais em todas capitais como elemento
dirigente e emulador da nossa participação nas mais diversas e complexas
formas de mobilização, organização e manifestação de pensamento da
sociedade, com intuito de nos fazermos representantes dessa pluralidade de
anseios e ideias, procurando unificá-los através dos elementos fundadores
do nosso Programa Socialista.
Essas questões têm sentido estratégico no rumo da construção de um partido
comunista, marxista-leninista, de quadros e de massas, onde se apresenta como
indispensável alcançar através da influência partidária uma base eleitoral própria.

2. A Política de Quadros – Revivificar a carta compromisso do 7º Encontro, com


sentindo de possibilitar ao Departamento Nacional de Quadros cumprir o seu
papel de impulsionar a formação, promoção e alocação dos quadros, formando
lideranças de massas e as gerações dirigentes presente e futura do PCdoB. As
diretivas também estão dadas, além da carta compromisso, nas diretrizes deste
encontro que aqui já foram apresentadas pelo novo Chefe do Departamento
Nacional do Quadros João Amazonas, Carlos Augusto- Patinhas.

Tudo isso, companheiras e companheiros, sem prejuízo do foco. Já foi dito, “o foco
é projeto eleitoral 2104 ancorado nas lutas sociais e na estruturação partidária”,
as questões aqui apresentadas procuram apenas apresentar alguns elementos do
“como fazer”.

Para finalizar esta primeira parte recorro a um trecho das Resoluções do 13º
Congresso, que ilustram bem o que nos esforçamos para apresentar:

“A linha política do PCdoB precisa ser integralmente combinada à linha de


construção partidária – postas uma a serviço da outra, como fundações em que
se assentam as formas de luta para a acumulação estratégica de forças. A luta
eleitoral e a participação institucional, a luta de massas e a ligação com o povo, a
capacidade de aglutinar forças em torno de ideias avançadas constituem um todo
inseparável, reforçam-se mutuamente. Disso derivará a capacidade maior para, de
fato, representar a classe trabalhadora, constituir redutos sociais e políticos fortes
de apoio de massas e eleitoral capazes de fortalecer a legenda comunista.”

Peço um pouco mais da sua atenção para tratar dos instrumentais de trabalho da
CNO. Não vamos apresentar novidades, o que propomos é fazer nova aposta no
sistema que construímos nacionalmente.

40
Consideramos que nosso desafio não é criar novas ferramentas, mas mudar a modo
como concebemos e lidamos com elas.

É chave compreendermos a Rede Vermelha como elemento estratégico deste


trabalho. É uma alavanca indispensável para estudar e conhecer o partido, mas
também para impulsionar o nosso trabalho nas diversas frentes, como plataforma
para o trabalho de Formação, Finanças, para a política de quadros e, podemos dizer,
que serve até para organização.

É preciso desburocratizar nossa forma de olhar estes instrumentos, é preciso


compreendê-los como base de uma rede capaz de possibilitar ao partido um salto
tecnológico na forma de se relacionar, tanto horizontalmente como verticalmente
com o conjuntos das direções, dos quadros, militantes e filiados.

Essas são as ferramentas e as metas, modestas ainda, mas de grande efeito se


alcançadas, para o trabalho nos próximos 12 meses:

Rede Vermelha – Hoje tem mais de 250 mil filiados cadastrados, porém são
cadastros desatualizados, e o mais grave sem os elementos mínimos capazes de
colocar a interação com esses filiados em outro patamar como e-mail e telefone.
Dos 108 mil militantes que participaram do 13º Congresso apenas 32 mil tiveram
seus cadastros atualizados na Rede Vermelha, e destes alguns ainda atualizados sem
inclusão de e-mail e/ou telefone. Estes itens são indispensáveis na rede. Propomos
como meta aos Comitês Estaduais e Municipais atualizar/inserir o cadastro de todos
os dirigentes estaduais e municipais, e nas capitais e grandes cidades dos quadros
de base, ou pivôs de base.

Rede Quadros – É ancorada na Rede Vermelha e permite a gestão dos quadros nos
diferentes níveis. É uma ferramenta indispensável para que a política e a gestão de
quadros chegue aos milhares que são alvo da mesma.

Estudos Estratégicos – Ferramenta da Política de Quadros voltada para formação


especializada. Nossa meta é alcançar os mais de 800 delegados ao 13º Congresso,
todos os integrantes das comissões políticas estaduais e das comissões políticas de
capitais e grandes cidades.

Gestão Integrada – Ferramenta que permite compartilhar em tempo real com


todos os dirigentes da CPN, das CPEs e das CPMs de capitais os documentos
e relatórios do trabalho de acompanhamento e controle político-organizativo
do partido, inclusive dos GTEs. Possibilita ainda acesso aos dados geográficos e
socioeconômicos dos Estados.

Portal da Organização – Voltado para o debate intensivo da linha política


organizativa do partido. A meta é relançar o Portal, atualizado tecnológico e
editorialmente. O Partido em muito se beneficiará se apropriar-se do papel de rede
social interna que o portal está pronto a cumprir, possibilitando interação entre
direção e base. O Portal ainda cumpre papel de tribuna de debate permanente sobre

41
os temas da construção partidária, onde todo dirigente ou militante pode publicar
suas questões e opiniões sobre o tema, além de comentar questões abordadas
por outros companheiros diretamente no texto ou ainda através dos Fóruns de
Discussão presentes no Portal. O Portal possui ainda Biblioteca com Resoluções,
Normas e Documentos que norteiam a vida partidária, além de diversos outros
instrumentos capazes de auxiliar o trabalho partidário. O Portal também está
presente como fanpage na rede social Facebook, atuando como agitador da linha
e do debate sobre construção partidária. A pesquisa realizada com os delegados ao
13º congresso aponta que aproximadamente 80% destes têm perfil no Facebook
e mais de 70% acessa todos os dias. Pesquisas de mercado indicam que mais de
60% da população jovem dos grandes centros urbanos, de todas as classes sociais,
estão conectadas e com presença nas redes sociais, o que não deve ser diferente
entre os comunistas. Caminhamos para profissionalizar nossa ação nas redes sociais
com o objetivo de alcançar a militância do partido nas capitais e grandes cidades
não só para dar a conhecer as linhas de construção partidária e as diretrizes para a
ação política eleitoral, de massas e de fortalecimento das fileiras partidárias, mas
também para envolvê-la nesse entusiasmado e urgente debate através da fanpage
do Portal da Organização.

É isso. Esperamos que analisem, opinem, critiquem as questões aqui apresentadas


e façamos chegar o debate ao conjunto do partido.

Neide Freitas
Secretária Adjunta Nacional de Organização

Curta nossa página no facebook


www.facebook.com/organizacaodopcdob

42
As Ferramentas criadas para
ajudar na estruturação do Partido

Rede Vermelha
Sistema de inclusão de dados dos filiados, militantes e comitês do PCdoB,
disponível desde 2004. É uma rede interativa, funciona em tempo real, interligada
nacionalmente. Os Comitês Estaduais e Municipais podem ter acesso ao sistema.

É um sistema que fornece informações e estudos que nos capacitam a um controle


e direcionamento do trabalho organizativo e impulsiona sua melhor estruturação.

Principais ferramentas disponíveis


Incluir os dados da ficha dos filiados, dos militantes e dos comitês e ter à disposição
em um único lugar para utilização em várias ocasiões e de diversas formas.

Incluir os Organismos de Base e vincular os filiados à elas proporciona ter à disposição


uma relação com dados para manter contato com seus membros

Da mesma forma incluir as direções partidárias de comitês estaduais e municipais


para emitir listagens com várias informações ou etiquetas de endereçamento
sempre que necessário.

Relatórios que podem ser emitidos


• Utilizando os filtros individualmente ou fazendo cruzamentos
• Filiados por Estado, por Município
• Por Organismo de Base a que pertencem
• Por idade, por data de filiação
• Por raça, cor, grau de escolaridade, profissão, movimentos sociais que
participa
• Pelo Cargo Partidário que exerce no estado ou no município
• Listar os militantes que participaram de Congressos ou Conferências

43
Após escolher o tipo de relatório, pode-se escolher quais campos devem ser
apresentados nele ou, ainda, imprimir etiquetas de endereçamento.

Além disso o sistema proporciona um relatório do Perfil dos Filiados, por estado ou
município.

Rede Quadros
O Departamento Nacional de Quadros e os Departamentos Estaduais terão acesso
ao sistema para gestão dos quadros nos diferentes níveis. Quando um Quadro
é cadastrado no sistema ele recebe uma senha para preencher seu currículo. O
currículo compõem-se das seguintes informações:

• Foto
• Breve currículo com: profissão, idade, última função desempenhada,
função atual, e se integra algum organismo partidário.
• Atuação Prioritária
• Atuações Simultâneas
• Formação acadêmica
• Funções Partidárias
• Participação em fóruns e seminários
• Formação Partidária
• Outras informações: link do curriculum lates, linkedin, redes sociais
• Observações
• Dados Gerais – constituído da própria ficha de militante

Outros recursos do sistema


• Enviar por e-mail mensagem aos quadros selecionados

Usar os filtros de UF, município, comitê, tipo de atuação prioritária ou simultânea,


selecionar os quadros e redigir uma breve mensagem. Ou também selecionar os
quadros que não atualizaram seu currículo em um determinado período e solicitar
que acessem o sistema e procedam a atualização.

• Gerenciador de relatórios

O sistema tem uma série de filtros que podem ser usados para listar os quadros,
como UF, Município, tipo de atuação, profissão, sexo, faixa de idade, formação
acadêmica, formação partidária, etc.

Há também como escolher os campos que devem ser apresentados no relatório,

44
como por exemplo, nome, endereço, telefones, e-mail ou todos que compõem a
ficha de militante.

Após a escolha dos filtros há a opção de gerar um arquivo em excel ou etiqueta de


endereçamento.

O módulo de filiados da Rede Vermelha tem também um Perfil de filiados, com um


filtro dos que são Quadros que apresenta quantidade e valores percentuais por sexo,
por faixa de idade, por tempo de filiação, por grau de escolaridade, por movimentos
populares e sociais que participam, por participação em Organismo de Base.

GI – Gestão Integrada
Reúne informações de controle político-organizativo das atividades dos Comitês
Estaduais

Deve ser alimentado com relatórios de reuniões e documentos das direções


estaduais. O acesso à ferramenta é permitido através de senha de segurança
emitida pela CNO.

Todos os documentos oficiais dos Comitês partidários, bem como as ações da


direção nacional nos 27 Estados, deverão ser postados no GI. Ao ser postado as
pessoas a quem foi dado acesso recebem um e-mail informando que um novo
documento foi incluído.

O quê o GI oferece:

•Localização dos documentos postados


• Estatísticas: número de eleitores e habitantes por município; dados
partidários: composição das Comissões Políticas Estaduais, das Comissões
Políticas Municipais, número de filiados e militantes por município, etc.
• Cadastrar errata de documentos; cadastrar mensagem de retorno
• Listar usuários que baixaram arquivo anexado; listar usuários que acessaram
o documento
• Baixar arquivo anexado e Editar

Portal da Organização
www.portaldaorganizacao.org.br

É um site voltado para o debate intensivo da linha política organizativa do partido.


Ele foi criado em novembro de 2010 com o objetivo de propiciar uma ampla e
inovadora comunicação do trabalho de estruturar o PCdoB onde o diferencial é

45
possibilitar interação e horizontalidade entre a direção e a militância, permitindo
conhecer a opinião do coletivo e obter sua colaboração massiva na elaboração de
linhas e experiências na construção partidária e vice-versa, divulgar sua linha e
diretivas organizativas a todo o partido.

Nesse sentido, o Portal da Organização precisa chegar a todos os militantes


e dirigentes, em especial incorporar ao debate os secretários de organização
estaduais, municipais e secretários de bases, em interação permanente mediante
Fóruns de discussão e outras páginas, entre elas, notícias das bases e política de
quadros. Ele não é instrumento apenas dos “organizadores” do partido e por isso,
precisa da participação de todos, pois a estruturação partidária tem caráter político,
ideológico e organizativo mais abrangente.

Alavancar o Portal da Organização


O objetivo atual é alavancar o Portal, atualizando-o tecnologicamente, inserindo-o nas
redes sociais, modernizando-o para que seja amplamente divulgado e participativo.
O Partido em muito se beneficiará ao apropriar-se do papel de rede social interna
que o portal pode cumprir possibilitando interação entre direção e base. O Portal
ainda cumpre papel de tribuna de debate permanente sobre os temas da construção
partidária, onde todo dirigente ou militante pode publicar suas questões e opiniões
sobre o tema, além de comentar questões abordadas por outros companheiros
diretamente no texto ou ainda através dos Fóruns de Discussão presentes no Portal.
Opiniões, noticias da vida partidária, vídeos e imagens retratando experiências têm
espaço privilegiado, sob moderação da Comissão Nacional de Organização. O Portal
possui ainda biblioteca com Resoluções, Normas e Documentos que norteiam a
vida partidária, além de diversos outros instrumentos capazes de auxiliar o trabalho
partidário.

O Portal nas redes sociais


O Portal também está presente com a fanpage na rede social Facebook (https://
www.facebook.com/organizacaodopcdob) atuando como agitador da linha e
do debate sobre construção partidária. Também está no twitter https://twitter.
com/organizaropcdob). A pesquisa realizada com os delegados ao 13º congresso
aponta que aproximadamente 80% destes têm perfil no Facebook e mais de
70% acessa todos os dias. Pesquisas de mercado indicam que mais de 60% da
população jovem dos grandes centros urbanos, de todas as classes sociais, estão
conectadas e com presença nas redes sociais, o que não deve ser diferente entre
os comunistas. Caminhamos para profissionalizar nossa ação nas redes sociais
com o objetivo de alcançar a militância do partido nas capitais e grandes cidades
não só para dar a conhecer as linhas de construção partidária e as diretrizes para
a ação política eleitoral, de massas e de fortalecimento das fileiras partidárias,
mas também para envolvê-la nesse entusiasmado e urgente debate através da
fanpage do Portal da Organização.

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Aqui está um instrumento poderoso para a militância e as direções. Que todos se
apropriem dele em benefício de maior organização do PCdoB. A condição é que todos
ajudem a difundir sempre e mais o Portal entre a base comunista em todo o país.

Para utilizar-se dessa ferramenta CADASTRE-SE (http://www.portaldaorganizacao.


org.br/wp-login.php?action=register) e se precisar de ajuda para postar textos,
imagens ou vídeos acesso AJUDA (http://www.portaldaorganizacao.org.br/?page_
id=3246

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Um balanço de participação
no 8º Encontro

O Balanço de participação dos dirigentes partidários no 8º Encontro Nacional sobre


Questões de partido demonstra o êxito do evento e o compromisso do conjunto das
direções com o tema.

Foram convocados para o Encontro os presidentes e secretários(as) de organização


dos estaduais, das capitais e grandes cidades e os responsáveis pelos departamentos
estaduais de quadros.

O Encontro contou com 128 participantes de 25 Estados da Federação, faltaram


Acre e Roraima devido às chuvas excessivas que inviabilizaram o deslocamento dos
dirigentes.

Na abertura, estiveram presentes a senadora Vanessa Grazziotin e o senador Inácio


Arruda, e também Jô Moraes, Manuela D ´Avila, Assis Melo, deputados federais e
Angela Albino, deputada estadual por Santa Catarina.

A direção nacional fez-se presente através de 36 membros do Comitê Central e


destes, 14 da comissão política nacional e 7 integrantes do secretariado nacional.

Também compareceram ao Encontro, 16 presidentes de comitês estaduais, 23


secretários e secretárias estaduais de organização, 6 secretários(as) estaduais de
outras frentes, 14 presidentes de capitais, 9 secretários(as) de organização de
capitais e outros 5 de cidades com mais de 100 mil habitantes. Também estiveram
presentes 9 responsáveis pelos departamentos estaduais de quadros.

Durante o Encontro aconteceram, além do informe do Presidente Nacional Renato


Rabelo e do Secretário Nacional de Organização Walter Sorrentino, intervenções
especiais dos secretários de formação, finanças, comunicação, movimentos sociais,
juventude e do departamento nacional de quadros, o que garantiram ao 8º Encontro
a marca da interface no tratamento do tema da construção partidária.

Intervieram no debate 52 participantes, de 21 estados, com contribuições


determinantes para dar expressão nacional às conclusões e à resolução aprovada
no Encontro.

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“Estudos Estratégicos” é um instrumento do Departamento Nacional de Quadros
João Amazonas, da Secretaria Nacional de Organização, um produto com formato
eletrônico e regularidade em fluxo, com o objetivo maior de organizar e compartilhar
conteúdos relevantes que subsidiam o estudo, reflexão e elaboração dos quadros
de atuação nacional, em primeiro lugar os integrantes do atual Comitê Central.

Lida com temas políticos, econômicos, sociais, diplomáticos, militares, científicos,


tecnológicos, teóricos, filosóficos, culturais, éticos etc. ademais dos temas teóricos
socialistas. Fá-lo-á mediante indicação e disponibilização de textos, ensaios, livros
e outros documentos destacados para a formulação e elaboração teórica, política e
ideológica do PCdoB, socializando-os.

Sua necessidade está ligada às formulações da política de quadros contemporânea,


particularmente quanto ao foco de formar conscientemente nova geração dirigente
nacional para as próximas décadas. Na atualidade do PCdoB tem sido mais fácil
a expansão à altura de um partido de centenas de milhares de membros do que
consolidar a formação marxista revolucionária das fileiras de quadros e militantes.
Fazem-se grandes as exigências de renovação da teoria avançada, em ligação com o
quadro estratégico de forças em confronto no Brasil e no mundo na perspectiva de
luta pelo Programa Socialista do PCdoB e, ainda, de fortalecimento de convicções
e compromissos partidistas-programáticos, elevando a confiança ideológica na luta
transformadora. Como concluímos enfaticamente no 12º Congresso, isso deve ser
enfrentado, sobretudo, com os quadros partidários.

O diagnóstico partidário das últimas duas décadas aponta para uma defasagem
na formação teórico-ideológica, que pressiona as perspectivas das forças
transformadoras. Propiciar a todos formação marxista e leninista viva e científica,
comprometida ideologicamente, sem dogmatismo, em ligação profunda com
os problemas da época e os desafios programáticos brasileiros, é certamente
a maior das responsabilidades dos integrantes do Comitê Central no sentido de
autoformação e o maior desafio para o futuro do PCdoB. É a condição para cumprir
de fato o alvo da política de quadros, que é forjar nova geração dirigente do partido,
com ampla bagagem marxista, para os próximos 10-15 anos.

“Estudos Estratégicos” é parte central da política de relacionamento qualificado


para quadros nacionais de nível superior, a começar do atual Comitê Central. Será
fundamentalmente direcionado, que é outra de suas singularidades frente aos
demais instrumentos existentes, com os quais interagirá.

Link para acessar os dossiês de Estudos Estratégicos


http://www.portaldaorganizacao.org.br/?page_id=1923

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A nova CNO

Walter Sorrentino Neide de Freitas Carlos Augusto Patinhas Marcelo Cardia

Antonio Levino Nathanael Firmino Richard Romano Elaine Guimarães

Eliana Ada Gasparini Eloísa Gonçalves Rosangela Amorim Antonio Batista Toninho

A Comissão Nacional de Organização foi recomposta em 2014 e conta com os seguintes


membros: Walter Sorrentino à frente da Secretaria Nacional, Carlos Augusto Diógenes
(Patinhas) assume o Departamento Nacional de Quadros; Neide Freitas ocupa a Secretaria
Nacional Adjunta e ainda incorporam Antônio Levino (presidente PCdoB-Manaus) e
Marcelo Cardia (secretário de organização de SP), todos esses do Comitê Central. Ainda
Natanael Firmino (secretário de organização do RJ) e Richard Romano (secretário de
organização de MG). A equipe executiva da Comissão, manterá a participação de Elaine
Guimarães (secretaria geral e responsável pela TI), Eliana Ada Gasparini (comunicação)
e Eloísa Gonçalves (auxiliar do departamento de quadros). Completando a equipe, a
secretária Rosangela Amorim e Antonio Batista Toninho (assistente de TI).

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