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FACULDADE MARIA MILZA

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

JAQUELINE SILVA CONCEIÇÃO

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE


AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS DE UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE
MURITIBA-BA

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
JAQUELINE SILVA CONCEIÇÃO

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE


AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE
MURITIBA-BA

Monografia apresentada ao curso de


Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade
Maria Milza – FAMAM, como requisito
parcial para obtenção do grau de
Licenciada em Pedagogia.

Orientador: Prof. Me. Lucas Ribeiro Campos

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com
os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-
5/1824

Conceição, Jaqueline Silva


C744t
As tecnologias de informação e comunicação: um estudo sobreas
possibilidades pedagógicas em uma escola do município de Muritiba-BA /
Jaqueline Silva Conceição. - Governador Mangabeira - BA , 2021.

34 f.

Orientador: Lucas Ribeiro Campos.

Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade


Maria Milza, 2021 .

1. Tecnologias de Informação. 2. Prática Docente. 3. Tecnologia - Educação. I.


Campos, Lucas Ribeiro, II. Título.

CDD 370
JAQUELINE SILVA CONCEIÇÃO

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE


AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE
MURITIBA-BA

Aprovado em ___/___/_______

BANCA DE APRESENTAÇÃO

_______________________________________________________
Prof. Me. Lucas Ribeiro Campos
Orientador – Faculdade Maria Milza

_______________________________________________________
Profa. Ma. Simone Santana Damasceno de Carvalho
Faculdade Maria Milza

_______________________________________________________
Prof. Me. Reginaldo Pereira dos Santos
Faculdade Maria Milza

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2021
Dedico à Deus pela minha vida, à minha querida
mãe Analice minha amiga, guerreira, que
sempre acreditou em mim e ao meu pai Djalma
pelo carinho e incentivo, dedicação por todo
esse tempo ter acreditado no meu potencial,
sem vocês não estaria aqui.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por esta sempre ao meu lado quando mais precisei por entrar
de providência nas horas que tive dificuldades, obrigada pelas oportunidades que me
foram dadas na vida, me oportunizou conhecer pessoas e lugares interessantes,
agradeço também pelos momentos difíceis que passei que foram cruciais para a
minha formação de qualidade.
Aos meus filhos Gabriel Conceição de Castro e Luiz Miguel Conceição de
Castro, pois quando pensei em desistir várias vezes a inspiração vinha de vocês. A
minha família, pelo amor e apoio de sempre. Meus irmãos Helenilton Silva Conceição
que me via como um exemplo, minha tia Gracinha que me entendia com palavras de
conforto, meus primos e a todos.
Aos meus amigos queridos, a minha alterna gratidão.
Ao meu orientador Lucas pelas boas orientações, conversas e compreensão.
Ao meu amigo Nei por tudo que tem feito pó mim, que me escreveu no
vestibular, me auxiliou nos conteúdos para estudar, sempre me motivou, e falava
Jaque você tá ótima quando escrevia algo, mesmo quando eu mesmo não acreditava
em mim, sempre me falava estou aqui pra o que você precisar, Nei eu te adoro muito
sem você não teria concluído.
Meus sinceros agradecimentos aos colaboradores e amigos que me ajudaram
nessa conquista, em especial Joise, Eidy, Ramilis, Rosana pelo apoio, vocês
contribuíram muito para a minha evolução, não só acadêmica mais também pessoal,
obrigada.
Aos meus amigos que juntos começamos essa jornada Muito obrigada a todos
os amigos por possibilitam essa experiência enriquecedora e gratificante, da maior
importância para o meu crescimento como ser humano e profissional.
“Ninguém nasce feito, ninguém nasce marcado para ser isso ou
aquilo. Pelo contrário, nos tornamos isso ou aquilo. Somos
programados, mas para aprender.”
(Paulo Freire)
RESUMO

E necessário entender melhor o uso das tecnologias de informação e de comunicação


na educação e os saberes necessários ao professor para atuar frente a essa demanda
na atualidade. A adoção repentina e não planejada das TICs nas escolas traz grandes
desafios, mas pode contribuir para a superação de dificuldades e preconceitos quanto
ao uso de ferramentas e mídias digitais no processo educacional. Entretanto se faz
necessário que todos entendam que no momento não há certo ou errado, e que
troquem informações sobre o que tem funcionado e o que deixa a desejar nesse
contexto de transformação do ensino. A partir de tais reflexões, este estudo surge com
o objetivo central de: compreender quais são as possibilidades na utilização de
tecnologias da informação e comunicação para as professoras de uma escola da rede
básica no município de Muritiba-BA. Especificamente pretende: relacionar o uso das
TICs com a educação; identificar os desafios para o uso das TICs na sala de aula;
demonstrar como o uso das TICs contribui na prática docente dos professores
atuantes nos anos iniciais. O percurso metodológico do estudo pauta-se no campo de
natureza qualitativa de caráter descritivo, tendo como instrumentos de coleta de
informação, a entrevista semiestruturada para 2 professoras que estão se
posicionando frente as possibilidades da utilização das tecnologias na sua prática
educacional de uma escola municipal, da cidade de Muritiba, BA. Os resultados
apontam que existe uma preocupação com a estrutura de acesso aos meios
tecnológicos de informação e comunicação oferecida pelas escolas e por outro lado o
conhecimento dos professores sobre essas questões e a forma com a qual será
passada aos alunos de modo eficaz para que eles também aprendam gera uma
enorme dúvida e insegurança e isso são fatores que necessitam de uma atenção,
principalmente dentro de um contexto pandêmico, onde tem o ensino remoto como
única e exclusiva forma de acesso à educação.

Palavras-chave: Tecnologias de informação e de comunicação. Prática docente.


Educação básica.
ABSTRACT

It is necessary to better understand the use of information and communication


technologies in education and the knowledge needed by the teacher to act in the face
of this demand today. The sudden and unplanned adoption of ICTs in schools poses
great challenges, but it can contribute to overcoming difficulties and prejudices
regarding the use of digital tools and media in the educational process. However, it is
necessary for everyone to understand that at the moment there is no right or wrong,
and to exchange information about what has worked and what is lacking in this context
of teaching transformation. From these reflections, this study emerges with the central
aim of: understanding what are the challenges in the use of information and
communication technologies for teachers at a basic school in the city of Muritiba-BA.
Specifically, it intends to: relate the use of ICTs to education; identify the challenges
for the use of ICTs in the classroom; demonstrate how the use of ICTs contributes to
the teaching practice of teachers working in the early years. The methodological path
of the study is based on a qualitative field of a descriptive nature, using as instruments
of information collection, the semi-structured interview for 2 teachers who are taking a
stand against the challenge of using technologies in their educational practice at the
municipal school Moranguinho from the city of Muritiba, BA. The results indicate that
there is a concern with the structure of access to the technological means of
information and communication offered by schools and, on the other hand, the
knowledge of teachers on these issues and the way in which it will be passed on to
students effectively so that they too learning generates enormous doubt and insecurity
and these are factors that need attention, especially within a pandemic context, where
we have remote education as the only and exclusive form of access to education.

Keywords: Information and communication technologies. Teaching practice. Basic


educativo.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNCC – Base Nacional Comum Curricular


EJA – Educação de Jovens e Adultos
EaD – Educação à distância
TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 14


2.1 AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO .......................... 14
2.2 AS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA ........................................... 16
2.3 A RELAÇÃO DO PROFESSOR COM AS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO
E INFORMAÇÃO ................................................................................................... 19

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 29

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 31

APÊNDICES ............................................................................................................. 33
APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA ...................... 33
APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DO GESTOR ......................................................... 34
10

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, as Tecnologias de Informação e Comunicação


(doravante TICs), têm se tornado ferramentas importantes, pois, na sociedade atual a
cada dia percebe-se indivíduos informatizados e cada vez mais comunicativos. Por
conta disso, as TICs se apresentam como uma importante ferramenta para ser
utilizada dentro do contexto escolar, porque podem contribuir de forma significativa
para a prática docente, de modo a aprimorar o ensino e aprendizagem das crianças.
No entanto, estudos de alguns autores como Barbosa, Barreto e Kenski
apontam certa resistência para se trabalhar com estas novas tecnologias na escola e,
especificamente, em sala de aula. Várias limitações podem ser pontuadas, como, por
exemplo, a falta de preparação docente, a acomodação de metodologias tradicionais
e a disponibilidade de recursos que contemplem todas as crianças. Este fato acaba
por comprometer a formação mais informatizada destes estudantes, tornando as aulas
monótonas e sem muitos atrativos.
As TICs possibilitam o aprendizado de milhares de conteúdos de forma mais
atrativa, uma vez que as ferramentas ligadas à tecnologia proporcionam um acesso
mais simples que pode ser utilizado de forma organizada e sistematizada pelo corpo
docente da instituição. Porém, em algumas instituições é possível constatar que as
novas ferramentas tecnológicas são pouco utilizadas quando vincula-se a prática
pedagógica do professor na sala de aula.
Percebe-se que a escola não tem um olhar mais específico sobre as
possibilidades que as ferramentas tecnológicas apresentam como contribuintes para
o processo de aprendizagem dos estudantes. Sabe-se que cada instituição escolar
possui sujeitos diferenciados e por essa razão é importante que o Estado disponha de
políticas públicas específicas que ampare e disponibilize formação continuada aos
professores, assim como recursos suficientes para atingir a todas as instituições em
suas especificidades, garantindo desta maneira uma formação adequada para os
professores articularem as suas atividades curriculares com as novas tecnologias,
fazendo uso, por exemplo, de aplicativos educativos como auxílio para as suas
atividades, propiciando para os estudantes um ensino e aprendizado mais tranquilo e
proveitoso.
11

Portanto, percebe-se que as escolas se apresentam como principal caminho


para formação e desenvolvimento dos cidadãos e por isso não podem deixar de fazer
uso das TICs, visto que elas se enquadram como as novas exigências educacionais
impostas pelo novo modelo de sociedade.
Diante deste contexto, este trabalho buscou responder ao seguinte problema
de pesquisa: Quais são as possibilidades pedagógicas na utilização de tecnologias da
informação e comunicação para professoras de uma escola no município de Muritiba-
BA?
Para responder a este questionamento, o objetivo geral é: compreender quais
são as possibilidades na utilização de tecnologias da informação e comunicação para
as professoras de uma escola da rede básica no município de Muritiba - BA. Objetivos
específicos: relacionar o uso das TICs com a educação; identificar as possibilidades
para o uso das TICs na sala de aula; demonstrar como o uso das TICs contribui na
prática docente dos professores atuantes.
Com os grandes avanços da tecnologia, uma pesquisa voltada para esta
temática é de extrema importância, principalmente quando vinculada ao âmbito
escolar. Trabalhar com as TICs possibilita ao professor buscar ressignificar o ato de
ensinar, o tornando mais atrativo e condizente com a nova realidade do alunado, os
envolvendo, fazendo deles partes indispensáveis da construção de conhecimento.
É preciso ampliar as possibilidades desse ensino, fazendo das TICs nossa
aliada neste processo de ampliação, visto que, elas oferecem maneiras diferentes de
propagação do conhecimento sistematizado, fazendo com que o planejamento e o
andamento das aulas fiquem mais dinâmicos e de fácil entendimento para o aluno e
aluna.
Uma vez que é preciso verificar se os estudantes têm acesso a essas novas
tecnologias, assim como, se a escola apresenta estrutura tanto física como intelectual
no que diz respeito à formação continuada dos docentes para fazer uso destas novas
tecnologias, de modo a inseri-las nas suas metodologias, sempre buscando colocar o
aluno e aluna como sujeito ativo neste processo, visando contribuir para a sua atuação
positiva na sociedade.
Além disto, a construção deste estudo de pesquisa possibilita para os
estudantes de pedagogia um conhecimento maior sobre o uso destas novas
tecnologias na prática da sala de aula, logo, ao ler os artigos, passa-se a entender
que existem limitações, mas, que também se têm possibilidades para efetivar o uso
12

das TICs na sala de aula de forma a contribuir no desenvolvimento intelectual e


comunicativo destes estudantes.
Quanto à abordagem, essa pesquisa possui natureza qualitativa. Para Denzin
e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do
mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários
naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas
a ele conferem.
Quanto aos objetivos, consiste em uma pesquisa descritiva, pois propõe
descrever o objeto e a realidade pesquisada de forma detalhada. Segundo Triviños
(1987), a pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o
que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos
de determinada realidade.
A pesquisa foi desenvolvida em uma Escola no município de Muritiba-BA, tem
por nome Moranguinho, localizada na zona urbana, no centro da cidade. Os sujeitos
dessa pesquisa foram dois professores do ensino fundamental atuantes da instituição
escolar. Como técnicas de coleta de dados foi utilizado a entrevista semiestruturada.
Para Triviños (1987, p. 152),

A entrevista semiestruturada tem como característica questionamentos


básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema
da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas
a partir das respostas dos informantes. O foco principal seria colocado pelo
investigador-entrevistador. Complementa o autor, afirmando que a entrevista
semiestruturada “[...] favorece não só a descrição dos fenômenos sociais,
mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade [...]” além de
manter a presença consciente e atuante do pesquisador no processo de
coleta de informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152).

A entrevista semiestruturada é um instrumento flexível que permite a coleta dos


dados, onde o entrevistador esclarece alguns assuntos com questionamento
relacionados ao seu objeto de estudo.
Seguidamente, foi feita uma análise textual discursiva, após a coleta de todos
os dados necessários para que a pesquisa seja analisada. Essa análise textual
discursiva, apresentará os resultados obtidos, e posições críticas sobre eles, tendo
como base a revisão de literatura retratada anteriormente. Sobre essa técnica, Moraes
e Galiazzi (2006, p.118) dizem,

A análise textual discursiva é descrita como um processo que se inicia com


uma unitarização em que os textos são separados em unidades de
13

significado. Estas unidades por si mesmas podem gerar outros conjuntos de


unidades oriundas da interlocução empírica, da interlocução teórica e das
interpretações feitas pelo pesquisador. Neste movimento de interpretação do
significado atribuído pelo autor exercita-se a apropriação das palavras de
outras vozes para compreender melhor o texto (MORAES; GALIAZZI, 2006,
p.118).

Dessa forma, a presente investigação científica busca contribuir na construção


do conhecimento a respeito das TICs, no processo de ensino, ou seja, na descoberta
de uma ferramenta tecnológica, e como elas podem contribuir para o conhecimento
sistematizado no processo de formação das novas e futuras gerações, entendendo
que a atual sociedade está em constante evolução, elas promovem mais
desenvolvimento sócio educativo, e melhor acesso à informação.
Assim, com intuito de facilitar o entendimento do estudo, esta encontra-se
dividida em três seções: o primeiro capítulo está a Introdução que apresenta o
problema e objetivos do estudo; o segundo capítulo está o Referencial teórico que
discute sobre as tecnologias de informação e comunicação, as novas tecnologias em
sala de aula e a relação do professor com as tecnologias da comunicação e
informação; o terceiro capítulo, que tem como título Resultados e discussão,
apresentando a pesquisa de modo geral junto às entrevistas e seus resultados; por
fim, as Considerações finais; Referencias e Apêndice.
14

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Desde a pré-história até o século XXI, as tecnologias vêm se expandindo na


sociedade. Hoje as mesmas não englobam somente escrita, papéis, roupas, casas,
indústrias e equipamentos, percebe-se que conforme a evolução da sociedade e os
diferentes tipos de sujeitos, surgem novas demandas. Por conta disso, em meados do
século XX e início do século XXI, um novo termo mais específico sobre as tecnologias
se instalou no Brasil, a fim de acompanhar as necessidades das novas gerações
informatizadas, e por essa razão, estudos foram desenvolvidos e hoje, em pleno
século XXI, as Tecnologias da Informação e Comunicação são presentes nas
discussões.
Conforme as necessidades surgiram, o homem se reinventou tendo em si um
ser racional com o intuito de desenvolver novas tecnologias e mecanismos para a
comunicação. O conceito de tecnologia como tudo aquilo que leva alguém a evoluir,
a melhorar ou a simplificar. Ou seja, todo o processo de aperfeiçoamento com
alternativas modernas quando se refere aos TICs abrangem as possibilidades
tecnológicas promovendo uma alternativa de modernização. É notório que toda a
humanidade passou por diversas fases de evoluções tecnológicas, com o objetivo de
remeter às novidades de última geração.
É notório que a sociedade passa por inúmeras mudanças, as TICs estão
inseridas na sociedade em diferentes contextos e com o modo de se relacionar das
pessoas, podendo se comunicar com o mundo todo, uma rede de comunicação.
Para Kenski (2012, p. 54), “a evolução tecnológica não se restringe aos novos
usos de equipamentos e/ou produtos, mas aos comportamentos dos indivíduos que
interferem/repercutem nas sociedades, intermediados, ou não, pelos equipamentos”.
A tecnologia é utilizada de forma diversificada em atividades diferentes, entre
elas estão: nas indústrias, no comércio, em gerenciamentos, com objetivo em
publicidades e na educação, no processo de ensino aprendizagem, as TICs vêm
crescendo com o intermédio da internet, ferramenta muito utilizada.
Pode-se dizer que as TICs nada mais são do que um conjunto de recursos
tecnológicos integrados entre si, que oferecem, através das funções de software,
15

hardware e telecomunicações, dos processos de negócios, da pesquisa científica,


contemplando também o ensino e aprendizagem em diferentes segmentos.
As TICs permeiam o cotidiano, independente do espaço físico e criam
necessidades de vida e convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar.
A televisão, o rádio, a informática, entre outras, fez com que os homens se
aproximassem por imagens e sons de mundos antes inimagináveis, Thoaldo (2010,
p.10) nos diz que:

Os Sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem parte do


mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um
poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e
transformação de processos e procedimentos (THOALDO, 2010, p.10).

Nota-se um grande aumento sobre o seu uso, provocando grandes mudanças


na sociedade, tornado essencial em meio a uma sociedade cada vez mais tecnológica,
que em sua maioria facilita em meio a aplicativos cujo objetivo seja intermediar uma
ação com pouco prazo, é necessário acompanhar para não ficar desatualizado.
A globalização é vista como uma prática total ou parcial na integração entre
diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos
sistemas de comunicação e transporte. Nesse sentido, as tecnologias de informação
e comunicação desempenham um papel fundamental na comunicação coletiva, pois
a facilita sem que haja dificuldades.
O avanço das novas tecnologias tornou-se presente e necessário para as
relações sociais, em muitos casos ganhando uma proporção maior do que a esperada,
coagindo modos de pensar, agir, sentir e modificando a sua maneira de se relacionar
com os demais. Além da forma de se relacionar, Kalinke, (1999, p.15) nos coloca que,

Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente por todos os


ramos do conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão
à nossa disposição com uma velocidade nunca antes imaginada. A internet,
os canais de televisão à cabo e aberta, os recursos de multimídia estão
presentes e disponíveis na sociedade. Em contrapartida, a realidade mundial
faz com que nossos alunos estejam cada vez mais informados, atualizados,
e participantes deste mundo globalizado.

Com a rapidez e agilidade oferecida pela internet no que diz respeito à


comunicação, tornou-se o meio mais utilizado pelo público jovem, a troca de
mensagens instantâneas, a facilidade de contato, o acesso às informações trouxe a
16

necessidade de interação entre si, acontecendo de forma rápida e de qualquer lugar,


que além de se comunicarem há outras ações possíveis de serem realizadas.
Com o crescimento de acessos às redes e de seu uso na criação de diversos
gêneros digitais, um novo tipo de comunicação surge, nesse sentido, utilizar-se da
internet torna-se uma ferramenta de ensino que pode auxiliar no processo de
informação, gerando assim, diversas formas de conhecimento, interatividade entre os
alunos, sendo muito útil na vida escolar e social desses alunos.
Conforme as novas tecnologias ganham espaço nas escolas e na vida dos
alunos, surgem então, novos desafios. A utilização desses meios é importante para
que seu uso se torne consciente, colabore para sua aprendizagem, incentivando
sempre o senso crítico do aluno.
Como pode-se observar a inserção das TICs na escola implica em diversos
desafios, porque antes de tudo deve-se sair de um modelo tradicional de educação
que se perpetuou por anos na sociedade, aprender a utilizar da melhor maneira
possível dessa nova modalidade de fonte de conhecimento, portanto, pensar em como
o uso das TICs dentro das escolas requer uma discussão e uma preocupação coletiva
que envolve todo corpo docente, discente da escola, pensando sempre em como irão
melhorar a qualidade de ensino.
Os recursos tecnológicos na atualidade, principalmente na educação,
funcionam de modo a transformar a realidade e a si próprio. Por se tratar de uma nova
tecnologia e um novo modelo de ensino-aprendizagem qualquer conhecimento
demanda novas ações, métodos, e nesse sentido, todo indivíduo deve agir sobre o
objeto do conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo e até mesmo
ressignificá-lo.

2.2 AS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Deste modo, de acordo com o novo tipo de indivíduo estabelecido na


sociedade, e também por conta das modificações estruturais contidas nelas, a escola
por ser uma instituição social, responsável pela transmissão de saberes
sistematizados e atuais em prol da educação sólida dos indivíduos, precisa se
atualizar em relação às TICs e dispor de recursos que possam atender as
necessidades atuais dos indivíduos.
17

O autor Dorigoni (2013), que se debruça a dialogar sobre essa temática,


destaca que, o impacto desse avanço se efetiva como processo social atingindo todas
as instituições, invadindo a vida do homem no interior de sua casa, na rua onde mora,
e nas salas de aula com os alunos. Diante do apontado pelo autor, as novas
tecnologias já se configuram como parte inerente da sociedade, sendo de grande
necessidade ser efetivada na prática do contexto escolar.
Nota-se esses avanços tecnológicos através de aparelhos, aplicativos,
celulares, tablets, e outros, onde os jovens dominam. É importante um olhar para
utilizar as TICs como ferramenta pedagógica atrelada ao ensino em sala de aula.
As escolas precisam acompanhar e implementar em sua prática, ações que
façam uso das TICs na escola como um todo. Mas, para isto é necessário um pensar
pedagógico por parte de todos os envolvidos, oportunizando aos estudantes lugar de
fala, para que eles expressem as suas vivências com as novas tecnologias no dia a
dia.
É importante ressaltar que cabe à escola apresentar recursos pedagógicos
relacionando-os com as novas ferramentas tecnológicas da informação e
comunicação, tais como: a internet, por meio de aplicativos educativos, de forma
elaborada, organizada, esquematizada e sistematizada para beneficiar estes alunos
no que tange o ensino e aprendizagem de maneira democrática visando assim atender
a todos os estudantes. O autor Vosgerau (2011, p.37) ressalta que,

Se realmente queremos que as tecnologias representem benefícios na


aprendizagem e na vida dos alunos, temos de começar a enxergar a escola
como um todo, analisar as possibilidades, os limites, os entraves para escola
se tornar realmente um espaço de inclusão social e digital, levando de fato
nossas crianças e jovens a aprender mais e melhor (VOSGERAU, 2011,
p.37).

Portanto, de acordo com as falas do teórico, é evidente que toda escola precisa
incluir em sua filosofia estes recursos digitais, para propiciar aos estudantes um ensino
mais atrativo e inovador.
Além disso, é de grande valia que o educando tenha familiaridade com a
tecnologia a ser utilizada, pois, facilita o engajamento dos mesmos. Os professores
precisam mostrar para os alunos de forma simples a importância da utilidade daquela
ferramenta tecnológica para desenvolver tal atividade, que, esta atitude faz do aluno
um ser ativo no processo de ensino aprendizagem, possibilitando desta forma, o
desenvolvimento intelectual e o afloramento da criatividade das crianças.
18

Brasil (2017, p. 9) em umas das suas competências geradoras no segmento


da educação básica pontua que,

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de formação e comunicação


de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolas) para se comunicar, acessar e disseminar informação,
produzir conhecimento, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2017, p.9).

Segundo a citação acima, retirada do documento que norteia o uso das novas
tecnologias na sala de aula, ficou notório que estas tecnologias visam oportunizar ao
estudante, a consciência crítica e emancipadora diante das diversidades culturais e
sociais, além de permitir o contato comunicativo com diversas pessoas, adquirindo
desta forma conhecimento amplo na vida coletiva e individual. Segundo Feurstein
apud Turra (2007, p.11),

A cultura e os meios de informação são fontes para a mudança do homem.


Uma mediação educativa deve ter integrado três elementos: o educador (ou
qualquer pessoa que propicie desenvolvimento a outra), o aprendiz (ou
qualquer pessoa na condição de mediador) e as relações (tudo o que é
expresso/vivenciado no processo de ensino e aprendizagem) (TURRA, 2007,
p.11).

Portanto, diante do citado pelos autores através do uso das TICs, é possível
propor mudanças de pensamento na vida de cada indivíduo, sendo o educador um
dos guias mais importantes neste processo. Pois, o mesmo tem o poder de realizar
estas transformações de forma processual, adequando às novas tecnologias da
informação e comunicação. Segundo Almeida (2003, p. 40),

É preciso que os que usam as TICs no contexto educacional visam “produzir


novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas atuais;
desenvolvendo projetos em busca de alternativas para a transformação do
cotidiano e a construção da cidadania”. Freire (1996) também argumenta a
perspectiva educativa de possibilitar ações reais do cotidiano do aluno, isto
é, direcionar a formação humana para inserção social, para transformar a
realidade do educando, e reconhece ser o ensino uma especificidade humana
(ALMEIDA, 2003, p.40).

Diante do que foi citado pelos autores é possível perceber que as TICs visam
produzir conhecimento relacionados às práticas educativas, ou seja contribuir na
formação de sujeitos ativos no processo de formação humana.
Para se desenvolver um trabalho fazendo uso das TICs nas séries iniciais do
ensino fundamental I, existem algumas possibilidades, porém se faz necessário ter
19

entendimento sobre os tipos de tecnologias adequadas para as séries específicas,


adequando o conteúdo proposto na grade curricular com a nova ferramenta
tecnológica a ser utilizada. Vale ressaltar que este trabalho com as TICs precisa estar
interligado com a ludicidade, proporcionando para os alunos interações significativas
com os outros e com o professor, buscando desta maneira uma melhor comunicação
e trocas de aprendizagem entre os mesmos.
Deste modo, se faz necessário, que os órgãos competentes, oportunizem uma
formação continuada no que concerne ao uso das novas tecnologias no ensino
fundamental I, além disso, é relevante que se fiscalizem como tal formação está sendo
procedida, para de fato assegurar que o trabalho seja feito com eficiência.
De acordo com os textos lidos que embasam a temática apresentada, percebe-
se que a atual sociedade faz o uso das novas tecnologias de forma integrada a todo
o momento, a educação (Secretarias, Gestores, Professores, Coordenadores, Pais e
Alunos) precisam ser agentes participativos desta integração, sempre acompanhando
essas grandes mudanças, e utilizando as novas tecnologias ao seu favor no âmbito
pedagógico.

2.3 A RELAÇÃO DO PROFESSOR COM AS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E


INFORMAÇÃO

No contexto da escola pública encontra-se diversos desafios para se trabalhar


com o uso das novas tecnologias na sala de aula, porque, a maioria das escolas não
dispõe de um Projeto Político Pedagógico que venha a contemplar na prática o uso
das TICs. Além disso, muitas das vezes as secretarias educacionais locais não se
atentam para suprir essa demanda nos seus projetos de recursos e por conta disto,
muitas escolas ainda carecem de equipamentos simples que poderiam auxiliar no
desenvolvimento dos educandos.
Além disto, é relevante pontuar, que na maioria das vezes o corpo docente de
algumas instituições locais apresentam resistências para desenvolver um trabalho
voltado para as TICs, e isto ocorre por vários motivos, entre eles, pelo fato de que
muitos professores já estão acostumado com uma metodologia tradicional, outros por
ter segurança da persistência no cargo por conta de concursos públicos, e ainda tem
aqueles(as) que questionam sobre o trabalho cansativo que na visão deles existe para
desenvolver atividades englobando as novas tecnologias.
20

O teórico Costa (2015), salienta que surge outro desafio no uso dos recursos
tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem, que é a falta de formação de
professores na área, fazendo com que muitos profissionais se tornem resistentes ao
uso e incorporação de novas tecnologias na sala de aula e deixem de utilizá-las por
falta de formação.
De acordo com as falas de Costa (2015), é notório a necessidade de reajustes
no contexto educacional de modo a deter um olhar para a formação continuada dos
professores no que tange ao uso das TICs, a fim de combater os desafios enfrentados
para fazer o uso das mesmas na sala de aula. Diante destes fatores citados acima
percebe-se que os mesmos acabam por atrapalhar o desenvolvimento das atividades
de forma mais proveitosa e significativa para os estudantes, privando os mesmos de
ter acesso a estas ferramentas que são tão importantes quando utilizadas de forma
positivada vinculando-as ao processo educacional dos sujeitos que a escola acolhe.
O corpo docente da escola é um dos grandes responsáveis para o
desenvolvimento das práticas curriculares dentro do ambiente escolar. E quando se
trata da temática, percebe-se que, alguns docentes apresentam certo afastamento e
outros procuram entender sobre como efetivar tal prática a fim de contribuir no
aprendizado das crianças, a ação de procurar se envolver com o assunto, mostra
comprometimento e muita responsabilidade acerca da sua função social.
Geralmente o professor que entende que as TICs contribuem de forma sem
igual para o processo de desenvolvimento dos educandos, procuram buscar por
diversos recursos tecnológicos, e adequar seus objetivos das aulas de acordo com a
ferramenta que será utilizada. Kenski (2012, p.32) aponta que,

A partir da intenção e dos objetivos do professor, somado às suas


necessidades de apropriação técnica para utilização das TIC em sala de aula,
o assessor apresenta possibilidades de recursos tecnológicos que poderão
servir como meios para que o professor planeje sua prática educativa,
visando identificar qual a melhor tecnologia para auxiliá-la no processo de
ensino e na aprendizagem (KENSKI, 2012, p.32).

Nesse sentido, o professor precisa se inteirar do convívio das crianças, no que


diz respeito às TICs a fim de sustentar um ensino eficaz, se atentando sempre para
os conteúdos sistemáticos estabelecidos no currículo da escola, variando as
metodologias de ensino para de fato incluir de forma positiva as TICs na sua prática
pedagógica educativa. Além disso, é de grande valia que o educando tenha
familiaridade com a tecnologia a ser utilizada, visto que, facilita o engajamento dos
21

mesmos, os professores precisam mostrar para os alunos de forma simples a


importância da utilidade daquela ferramenta tecnológica para desenvolver tal
atividade, logo, esta atitude faz do aluno um ser ativo no processo de ensino
aprendizagem, possibilitando desta forma, o desenvolvimento intelectual e o
afloramento da criatividade das crianças.
O uso das TIC´s como mediadoras possibilitam criar situações, simulações, que
muitas vezes não seriam possíveis neste ambiente. O acesso à leitura, à informação
e ao conhecimento, através do uso das TICs, permite que a escola se torne um
ambiente de criação e de inovação. É imperativo “compreender que o conhecimento
é dinâmico e está em constante expansão” e que é preciso “auxiliar o aluno a
desenvolver a capacidade crítica, a distinguir a falsa informação da verdadeira” para
que este possa além de acessar e buscar produzir informação, seja individualmente
ou de forma coletiva, nesta sociedade que cada vez mais está sufocada no excesso
de informação disponibilizado na web e nas redes sociais.
Ao repensar o perfil do professor, também é necessário refletir sobre o perfil do
aluno do século XXI. O aluno como protagonista, que está disposto a aprender a
conhecer, um conhecimento transformador e que possibilitará que desenvolva
competências.
22

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No presente trabalho, a realidade a ser observada está ligada as possibilidades


pedagógicas na utilização de tecnologias da informação e comunicação para os
professores da rede municipal, buscando analisar como está sendo a inserção das
novas tecnologias no modelo educacional atual, buscando descobrir a sua
contribuição para o ensino nos anos iniciais.
Deste modo, foi elaborado um roteiro básico para uma entrevista, direcionado
a 2 professoras da rede municipal de ensino, de forma que foram criadas 8 perguntas
para cada professora constituintes do caráter do trabalho apresentado, sendo assim,
um conjunto de questões representativas ao tema tratado neste. A partir da entrevista
obteve-se dados relevantes sobre a utilização e as possibilidades da introdução das
tecnologias de informação e comunicação na escola por parte dos docentes.
Os procedimentos teórico-metodológicos utilizados foram a revisão de literatura
sobre concepções do uso de tecnologias e comunicações na educação básica; os
estudos sobre a tecnologia na educação com base na referência teórica de Galiazzi
(2006), adotada para a interpretação dos dados coletados no questionário para
análise; leitura das obras e seleção de trechos dos questionários mais significativos
sobre concepções e práticas de tecnologia e comunicação em sala de aula;
transcrição dos trechos do roteiro de entrevista; descrição e análise das principais
dificuldades, contribuições e práticas de tecnologias no uso em sala de aula e por fim,
foi feita a análise e discussão das respostas obtidas no questionário.
A análise inicia partindo da estrutura física da escola, porque torna-se
importante demonstrar a estrutura oferecida aos alunos e professores. A escola,
localizada no município de Muritiba-BA, conta com dois andares em perfeito estado
de conservação, onde treze salas são divididas, possuindo dois banheiros. A escola
contém um laboratório de informática para uso em aula. Possui uma sala usada para
a secretaria, uma diretoria e uma cantina.
No que diz respeito aos funcionários, são dezesseis professores graduados em
pedagogia e três ainda em formação, oito auxiliares de classe, dois diretores, dois
secretários, cinco merendeiras e dois porteiros, além de quatro auxiliares de serviços
gerais.
23

A escola funciona em todos os turnos, matutino, vespertino e noturno, ofertando


para a população desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental à Educação de
Jovens e Adultos (EJA).
Como já foi dito anteriormente, a entrevista foi realizada com duas professoras
do ensino fundamental, atuantes da escola municipal de Muritiba-Ba. As informações
coletadas na entrevista com estas professoras, afim de garanti o sigilo de sua
identificação, aparecem como Professora A e B. Essas duas docentes têm idades
entre 29 a 51 anos, com estado civil casadas e mães de 2 a 3 filhos.
Sobre sua formação inicial, a professora A estudou o magistério e hoje possui
graduação em Pedagogia e Letras, com especialização em Psicopedagogia e
atualmente é estudante do programa de pós-graduação em educação do campo pela
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A docente A trabalha há 25 anos na
educação, e atua na instituição cerca de 9 anos. Já a professora B, é graduada em
Pedagogia em uma faculdade particular há cinco anos, e atua na instituição há quatro
anos. Com relação a formação continuada está em formação de Pós - graduação na
área da educação.
Foi questionado aos sujeitos da pesquisa sobre a utilização das TICs como
ferramentas de aprendizagem nas aulas, a professora A nos coloca que: “as utiliza
por meio da função hardware, software, telecomunicações e comunicação através de
redes sociais”. Tal colocação demonstra que a era digital necessita de uma nova
formação dos professores, de modo a fazer com que eles busquem sempre se
atualizarem para que ofereça aos alunos novas formas de autonomia e criatividade,
novas formas de conhecimento dentro do seu próprio trajeto pedagógico. Segundo
Costa (2015, p .22),

Aquisição de novas tecnologias por parte das escolas não é garantia de


aprendizagem, pois, na prática, muitas escolas que possuem tecnologias à
sua disposição muitas vezes não são utilizadas, e se são, são utilizadas sem
a devida exploração pedagógica, resumindo-se apenas em um acessório
(COSTA, 2015, p.22).

Dessa forma, entende-se a importância do domínio das TIC’s por parte do


corpo docente. Antes da pandemia a utilização das TICs dependia mais da
competência e boa vontade individual dos professores, porque atualmente está
havendo a necessidade de criar situações de ensino aprendizagem, a partir de uma
24

transição com tamanha rapidez para que possam garantir resultados positivos dentro
desse processo de educação.
A professora B afirma também utilizar-se das tecnologias e meios de
comunicação, por parte das ferramentas mais acessíveis, como destaca: “Sim,
através da televisão e celular, com vídeos temáticos relacionados aos conteúdos
proposta pela BNCC.”. A competência geral nº 5 da BNCC, Cultura digital, p.09.diz
que:

É necessário que os alunos compreendam, utilizem e criem tecnologias


digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

Essa competência estabelece o uso das tecnologias e reconhece o papel


fundamental da mesma restituindo que o estudante deve dominar o universo digital,
tendo a capacidade de utilizar as diversas ferramentas existentes significância e de
forma ética, viabilizando também a compreensão da mesma na vida e meio social.
Outro autor que traz contribuição nesse sentido é Moran (2000, p.32), ao dizer
que: “cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias
tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos”. São muitas as formas e meios
que cada docente encontra para utilizar os recursos tecnológicos.
O segundo ponto a ser analisado aqui é se a escola acompanha as mudanças
tecnológicas que foram acontecendo, nesse caso, a professora A disse que sim,
porém “deixa a desejar em alguns aspectos”, como por exemplo, “atualizações e
compartilhamentos dos recursos tecnológicos.” Esse é um dos pontos que demanda
maior atenção dentro do contexto escolar e acesso às novas tecnologias e seu uso
em sala de aula, visto que de nada adianta o professor possuir formação, estar
alinhado com os avanços tecnológicos dentro do ensino e a escola não oferecer uma
estrutura adequada para a inovação.
O investimento na área tecnológica garante resultados positivos em longo
prazo e maior participação por parte dos alunos nas aulas. A professora B apenas nos
coloca que a escola “disponibiliza ferramentas tecnológicas para auxiliar nas aulas”,
sendo assim, pode-se inferir que há necessidade de maiores investimentos na área
tecnológica escolar que vai além de apenas introduzir na pedagogia escolar. Costa
(2015, p.31) vai dizer que “é função da escola formar um cidadão para a sociedade
25

em transformação, portanto fazer uso de novas habilidades é competência da escola


para caminhar junto com a sociedade”. É necessário buscar meios que garantam aos
professores autonomia sobre a utilização da ferramenta pedagógicas cujo cunho
tenha intencionalidade as diferentes formas de ensinar.
Outro aspecto observado na entrevista é sobre o contexto pandêmico que
ocorre na atualidade, com isso nos forçou a recorrer a novas metodologias de ensino
via remota. O que a professora nos concedeu sobre os usos das novas tecnologias
nesse contexto foi: "O professor teve que se reinventar. Celular e whatsapp virou
plataforma de ensino sem muitos recursos por parte da secretaria de educação, no
sentido de criar uma plataforma online onde todos pudessem hospedar suas salas de
aula e deixar as aulas, atividades e projetos registrados oficialmente.” Sobre a EaD,
o Art. 1º do Decreto nº 9.057 (2017) ressalta:

Art. 1º [...] considera-se educação a distância a modalidade educacional na


qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e
aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação
e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com
acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva
atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que
estejam em lugares e tempos diversos (BRASIL, 2017, sp).

A professora B completa: “a escola vem dando um suporte através das redes


sociais criando grupo, ou seja, sala virtual onde são propostas atividades remotas”.
Diante disso, os autores Palú, Schütz e Mayer (2020), infere que com a entrada das
novas tecnologias no ambiente escolar, surgem então novas formas de ensino e
aprendizagem, com isso é necessário que nos educadores reconheça que a forma de
comunicação, ensino e aprendizagem, são novos, quando se trata de integrar o
humano e o tecnológico.
É notório que em tempos de pandemia a tecnologia está sendo utilizada para
mediar a aprendizagem, nessa nova modalidade de ensino remoto, e o professor se
adaptou, propondo alternativas para dá continuidade aos conteúdos.
Desse modo, a professora A nos oferece uma definição baseada na realidade
da maioria dos professores da rede básica de ensino, onde não se tem uma plataforma
para a realização dessa nova modalidade de aulas, a maioria dos alunos não têm
acesso ou a aparelhos eletrônicos ou a redes móveis o que dificultou muito o ensino
no último ano, já que mostra a disparidade do acesso e evidencia a desigualdade
existente dentro do contexto escolar e a professora B nos coloca que outra dificuldade
26

do ensino remoto dentro do contexto de pandemia é o contato físico e visual com os


alunos, modelo ao qual sempre esteve presente.
Quando perguntado sobre a utilização do laboratório de informática existente
na escola, as duas professoras já utilizaram a professora A explica que: “Sim. Inclusive
foi montado por mim na época do Sistema PROINFO, lecionei durante alguns anos
como professora de Informática, Artes e Inglês, inclusive consegui alfabetizar alguns
alunos utilizando a plataforma LINUX EDUCACIONAL 3.0”.
A plataforma referida foi desenvolvida pelo MEC, voltada para utilização nas
escolas, com objetivo de que cada docente pudesse preparar sua aula com utilização
de diversas ferramentas, visando facilitar os conteúdos educacionais, promovendo o
compartimento de conhecimento, o acesso amplo de obras literárias e etc.
Quando questionada sobre a utilização do laboratório de informática, a
professora B diz: “utilizei de forma lúdica com jogos educacionais para auxiliar nas
aulas através de vídeo como: história, música, trabalhando habilidades e
competências básicas para o Ensino Fundamental”.
Cada uma utiliza de acordo com suas metodologias e necessidades
pedagógicas. Nota-se que a TIC´s podem ser vistas como uma ferramenta
pedagógica no auxílio de aprendizagem com objetivos diferentes. Moran (2006, p.32),
afirma que “é importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades e de
avaliar” ou seja, o docente deve compreender e conhecer as ferramentas que são
importantes.
Outro ponto a ser destacado é a preparação dos docentes para o ensino remoto
e a falta de conhecimento e domínio para operar essas novas tecnologias em aula.
Quando questionada sobre a professora A responde que: "alguns professores estão
preparados sim, outros ainda necessitam de atualização e formação na área.”
A professora B: “acredito que sim, pois, não tivemos um treinamento, foi preciso
aprender a manusear de um dia para o outro e nos adaptar. A partir daí esperamos
que sejam feitos cursos para nos ajudar e nos preparar para as novas descobertas da
tecnologia.” Pode-se, contudo, compreender que há necessidade de maior atenção na
formação dos professores em relação às novas tecnologias para que assim eles
consigam oferecer maior qualidade no ensino utilizando novas ferramentas que
proporcionam um ensino mais dinâmico e autônomo como no caso das tecnologias
de informação e comunicação. O autor COSTA (2015, p.27) ressalta:
27

Mas, ao mesmo tempo, é preciso a consciência de que muitos cursos de


graduação não oferecem disciplina específica para utilização de recursos
tecnológicos e, consequentemente o professor assume uma postura de
passividade a espera de cursos de formação por parte dos órgãos
responsáveis (COSTA, 2015, p.27).

Deste modo, compreende-se a importância da formação continuada, assim


sendo, se o professor não tem o entendimento sobre determinada assunto de nada
vai adianta ter a ferramenta, se não vai saber utilizar. Por esse motivo, alerta-se que
o professor precisa se manter sempre atualizado, aliando à teoria à prática.
Quando questionadas sobre as possibilidades encontrados enquanto
educadora para utilização das tecnologias de informação e comunicação a professora
A diz que “Foi um grande desafio, e assustador, mas também uma grande
oportunidade, de buscar de forma online, aprender a manusear melhor essa
ferramenta que é tão atual e que até então não tinha muita intimidade, a tecnologia
faz parte dessa nova era, e traz técnicas que facilita o aprendizado do aluno e nós
educadores temos que nos adaptarmos com essa ferramenta, passei conhecimento,
mas aprendi muito mais”.
Percebe-se que essa professora saiu da sua zona de confortou e buscou
entender de que forma as ferramentas tecnológicas poderiam ajudar na promoção do
aprendizado e diante do exposto, Cordeiro (2020, p.5) afirma que:

A utilização das tecnologias embasadas em metodologias ativas pode


favorecer o processo de ensino e aprendizagem de forma mais eficaz e
autônoma, com foco no desenvolvimento humano em todas as suas vertentes
e voltadas principalmente para a realidade na qual vivenciamos (CORDEIRO,
2020, p. 5).

Em seguida a professora B faz a sua colocação com base no recurso,


afirmando que: “Uma das possibilidades mais recorrente é de mais acesso tanto para
o educador quanto para o educando, tem sido o celular, por ser um instrumento que
a maioria das pessoas possuem como ferramenta integradas de livre acesso à rede
para descoberta de novos meios e troca de conhecimento”.
E com isso, pode-se perceber o que afirma Cordeiro (2020), que mesmo diante
das inovações tecnológicas e seu grande potencial infelizmente ainda existem
professores que veem a tecnologia em sala de aula como mais uma ferramenta de
ensino onde por muitas vezes, aplicam a mesma metodologia, através de um aparelho
tecnológico significando um retrocesso diante dos avanços atuais.
28

A última questão a ser respondida pelas professoras é: Diante das vivências


atuais e a necessidade imediata da inserção da tecnologia na educação quais tem
sido as desigualdades identificadas nesse processo de ensino aprendizagem? Sendo
assim a Professora A contextualizou a situação atual da área educacional e destacou
que a maioria dos alunos em casa não tinha acesso a essa nova modalidade apesar
de na escola contar com a plataforma LINUX que a mesma citou em questões
anteriores, uma vez que muitos não tinham aparelho de celular ou internet.
A professora B afirma que: “As desigualdades apresentadas têm sido com
relação à falta de recurso para as aulas onde um grande número de alunos não tem
ou não possui acesso à internet em alguns casos até mesmo o celular e o computador
a partir daí percebe-se que nesse cenário há uma grande parte dos educandos que
não tem a mesma oportunidade que os demais”. Com isso, Cordeiro (2020) completa:

Assim como muitas famílias também não possuem acesso a conectividade e


muitas vezes o único acesso que a criança pode ter a tecnologia é dentro do
ambiente escolar. Enfrentamos um problema de conectividade no Brasil como
um todo com áreas que não são tem cobertura de sinal, escolas rurais ou até
mesmo em área urbana. [...] Mas, diante de um possível novo impulso para a
utilização de tecnologias na Educação, espera-se que essas questões
possam, finalmente, receber a devida atenção do poder público educacional
(CORDEIRO, 2020, p.12.)

Com as entrevistas é notória uma grande preocupação com a estrutura de


acesso aos meios tecnológicos de informação e comunicação oferecida pelas escolas
e por outro lado o conhecimento dos professores sobre essas questões e a forma com
a qual será passada aos alunos de modo eficaz para que eles também aprendam e
de fato é isso que tem gerado uma enorme dúvida.
Porém, essas são discussões que se entrelaçam e que necessitam de uma
atenção, principalmente dentro de um contexto pandêmico, onde há o ensino remoto
como única e exclusiva forma de acesso à educação.
29

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente, refletir sobre o educador e o estudante do século XXI podem


constatar que a enxurrada de informações e o excesso delas sendo compartilhadas
com maior rapidez fazem com que as escolas e docentes não estejam preparados
para inseri-las dentro do contexto escolar.
Torna-se necessário o comprometimento das escolas para oferecer uma boa
estrutura, a atualização dos professores no que tange aos novos meios de ensino, a
busca por novas metodologias que consigam abranger seus alunos, a busca por uma
estratégia que se adeque melhor a realidade de seus alunos, de modo a desenvolver
competências, torná-los mais produtivos e criativos e garantir resultados positivos em
seus processos de aprendizagem.
A realização deste trabalho permitiu levantar algumas considerações
relacionadas as possibilidades na utilização de tecnologias da informação e
comunicação para as professoras de uma escola da rede básica no município de
Muritiba-BA. No entanto, não se pretende aqui finalizar a discussão, mas possibilitar
outras reflexões a partir do resultado traçado neste estudo e a única certeza é que o
mundo vai ser diferente depois da pandemia.
Dessa forma, por meio das informações coletadas, foi possível constatar que
os profissionais têm tentado fazer o ensino remoto dar certo, possibilitando um
aprendizado diferenciado, dinâmico e inovador quando buscam o aperfeiçoamento
pessoal das técnicas e ferramentas para poder produzir e mediar a aulas, enquanto
outros ainda estão em processo de adaptação, como é perceptível neste estudo.
Têm profissionais precisando de uma profunda orientação para entender o
funcionamento digital e fazer dar certo, porque trazer o tradicional de forma virtual não
é o que busca-se, porque o uso adequado e estruturado da tecnologia na educação,
quando aliado ao trabalho docente potencializa a aprendizagem dos alunos, existe de
fato competências específicas que precisam ser trabalhados na escola.
Repensar o trabalho docente e o auxílio das tecnologias dentro da sala de aula
em anos iniciais surge à medida que a sociedade se encontra em uma crescente e
ligeira globalização. Sendo assim, precisa-se reformular a ideia de que além de
acesso à informação, comunicação, os novos meios tecnológicos ampliam os
espaços-temporais envolvidos nos processos de ensino e esses ambientes se
deslocam da sala de aula a um universo amplo e de maior complexidade, de modo, a
30

contribuir para a construção de novos conhecimentos, habilidades, inclusão do


alunado ao novo meio social no qual está inserido.
Mudar não é uma tarefa fácil, pois envolve decisão, ousadia e, sobretudo
coragem, não ter medo de construir novas metodologias de ensino e fazer uso assim
das TICs, porém esbarra em desafios como a falta de estrutura, acesso a redes
limitada ou inexistente e passar por tudo isso é mais um ato de resistência de docentes
que se comprometem com a busca de uma educação atualizada e democrática.
31

REFERÊNCIAS

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“Pedagogia de Projetos e Integração de Mídias”. Programa Salto para o futuro, TV
Escola/ SEED/MEC. 2003.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de


outubro de 1988.

______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF:


MEC, 2017.

CORDEIRO, Karolina Maria de Araújo. O impacto da pandemia na educação: a


utilização da tecnologia como ferramenta de ensino. Disponível em:
<http://repositorio.idaam.edu.br/jspui/handle/prefix/1157>. Acesso em: 02 maio,
2021. Faculdade IDAAM. 2020.

COSTA, S.M. A influência dos recursos tecnológicos no processo de ensino


aprendizagem. Paraíba. 2015.

DA SILVA, Ione De Cássia Soares, PRATES, Tatiane Da Silva, RIBEIRO, Lucineide


Fonseca Silva. As Novas Tecnologias e Aprendizagem: Desafios Enfrentados
Pelo Professor na Sala de Aula. Revista em Debate (UFSC), Volume 16, p. 107-123.
Florianópolis, 2016.

DENZIN, N.K; LINCOLN, Y.S. Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa


qualitativa. In: DENZIN, J.; LINCOLN, Y. S (Orgs). O planejamento da pesquisa
qualitativa: teorias e abordagem. 2. ed. Porto Alegre:Artmed, 2006.

DORIGONI, G.M.L; DA SILVA, J.C. Mídia e Educação: O uso das novas


tecnologias no espaço escolar. v, 10, p.12, 2013.

KENSKI, V. M. Tecnologia e ensino presencial e a distância. São Paulo:


Campinas, 9ed. 2012.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. do C. Análise textual discursiva: Processo reconstrutivo


de múltiplas faces. Ciência & Educação, v. 12, n. 1, Rio Grande do Sul, 2006.

MORAN, J. M. A integração das tecnologias na educação, 2000. Disponível em:


<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/integracao.pd>
. Acesso em: 22 abr. 2020.

PALÚ, Janete; SCHÜTZ, Jenerton Arlan; MAYER, Leandro. Desafios da educação


em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. 324 p.; 21 cm.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa


qualitativa em educação. Atlas, São Paulo, 1987.
32

TURRA, Neide Catarina. Reuven feuerstein:“experiência de aprendizagem mediada:


um salto para a modificabilidade cognitiva estrutural”. Educere et Educare, v. 2, n.
4, p. 297-310, 2007.

VOSGERAU, D.S.R. A tecnologia na escola: O papel do gestor neste processo:


pesquisa sobre uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas
brasileiras. São Paulo, 2011.
33

APÊNDICES
APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA

Dados da Dados Formação


Atuação profissional:
entrevista pessoais/entrevistado acadêmica

Formação
Data de Tempo de atuação na
Nome fictício inicial
entrevista: educação

Formação Tempo de atuação na


Horário: Idade
Especializada educação especial

QUESTÕES

Você utiliza TICs como ferramentas de aprendizagem em suas aulas? Caso


01
a resposta seja positiva, quais TICs utiliza e como são utilizadas em aula?

02 A escola acompanha as mudanças tecnológica? De qual forma?

Como a escola vem lidando com a utilização das TIC em meio a pandemia,
03
e como as professoras encaram o momento?

Há um laboratório de informática na escola, você já utilizou em sua prática


04
pedagógica?

05 Os professores estão preparados para as novas tecnologias?


Qual o maior desafio encontrado por você enquanto educadora para utilizar
06
as tecnologias em sala de aula?
Diante das vivências atuais e a necessidade imediata da inserção da
07 tecnologia na educação, quais tem sido as desigualdades identificadas
nesse processo de ensino aprendizagem?
A última questão a ser respondida pelas professoras foi sobre as
possibilidades encontrados enquanto educadora para utilização das
08
tecnologias de informação e comunicação?
34

APÊNDICE B – DECLARAÇÃO DO GESTOR

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


DECLARAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

22 de Março de 2021

Prezado (a) Gestor (a) desta Instituição.

Viemos por meio desta, solicitar a vossa valiosa colaboração facilitando o


desenvolvimento do estudo intitulado: As tecnologias de informação e
comunicação: Um estudo sobre as possibilidades pedagógicas em uma escola do
município de Muritiba-BA. Realizado pela Acadêmica Jaqueline Silva Conceição,
graduanda do curso de Licenciatura em pedagogia da Faculdade Maria Milza
(FAMAM), sob a orientação da Professora Me. Lucas, cujo objetivo: compreender
quais são as possibilidades pedagógicas na utilização de tecnologias da informação
e comunicação para professoras de uma escola do município de Muritiba-BA.
Este estudo envolve a observação direta e a aplicação de uma entrevista para
as professoras. A entrevista será realizada na plataforma Google Meet ou via
WhatsApp, a partir do agendamento da data e horário, conforme a disposição do/a
entrevistado/a, de modo a não interferir no bom andamento das suas atividades
laborais. Esclarecemos que será garantido o sigilo quanto aos seus dados de
identificação, e pedimos que escolha um nome fictício, que o representará durante a
análise e apresentação dos dados, portanto, solicito a autorização e colaboração de
V. Senhoria para a realização deste estudo.
Att,

_______________________________________________
Assinatura e carimbo do responsável institucional
35

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