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Discentes :
Xai-Xai,abril de 2022
Universidade São Tomás de Moçambique
Docente:Felipe Cumbe
Cálculo renal é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser encontrados
tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário, que se aglutinam pelo excesso
de sais e a diminuição do balanço hídrico, caracterizando um estado de pouco solvente e muito
soluto, aumentando a concentração destes e criando as chamadas “pedras”. O cálculo renal é
conhecido popularmente como pedras nos rins.
Epidemiologia
A prevalência da doença calculosa renal é
elevada, variando de 2 a 15% em todo o
mundo. Nos Estados Unidos, é de 7 e 12% da
população,3,4 na Europa, de 2 a 8%. Essa patologia ocorre mais comumente em homens com
idade entre 20 e 40 anos, mas pode também afetar indivíduos de qualquer idade, e os cálculos
associados à infecção do trato urinário são mais frequentes em mulheres. Existe marcada
diferença racial, sendo quatro vezes mais comum em pessoas brancas. A relação familiar dessa
doença é nítida, comprometendo entre 40 a 60% dos familiares de primeiro grau.
A recorrência da litíase renal é frequente. Cerca de 50% dos pacientes apresentam um segundo
episódio após dez anos do primeiro se não forem submetidos a nenhum tipo de tratamento.
Etiologia
Em países industrializados, cerca de 85% dos cálculos do trato urinário superior contêm cálcio
complexado com oxalato ou fosfato. Na etiologia da nefrolitíase, destaca-se a alta taxa de
prevalência de alterações metabólicas relacionadas a essa condição, principalmente
ahipercalciúria
Manifestações clínica
O principal sintoma de cólica renal é a dor intensa no fundo e lado das costas, cuja intensidade
pode variar ao longo do dia, podendo dificultar os movimentos e as atividades do dia a dia.
Além disso, a dor da cólica renal pode irradiar para a virilha e também ser sentida na região
abdominal ou região geniturinária, podendo variar de acordo com a causa da cólica.dentre
outros sintomas como:
Hematúria
Infecções urinarias
Diarreia
Sensação da bexiga cheia
Ardencia ao urinar
Diminuição do fluxo da urina
Nauseas e vomitos .
Palidez
Sudorese
Irradiação da dor para fossa ilíaca do mesmo lado
Dor de forte intensidade
Quadro clínico
Os pacientes podem ser assintomáticos, e a existência de cálculos pode ser descoberta
acidentalmente durante investigação de outros problemas clínicos. A principal manifestação
clínica do paciente com cólica renal é a dor.
Quando o cálculo está migrando e localiza-se no terço médio ou inferior do ureter, em geral a
dor irradia-se para a fossa ilíaca e para o testículo, no homem, ou para os grandes lábios, na
mulher, ipsilateralmente. O cálculo, quando migra no ureter terminal junto à bexiga, pode
produzir sintomas semelhantes aos manifestados em casos de infecção urinária, ou seja,
disúria, polaciúria, ardência e urgência miccionais. A migração do cálculo pelo ureter
geralmente está associada às hematúrias microscópica, não glomerular, ou macroscópica
Causas
As colocas renais acontecem quabdo obstrução do bacinete e ureteres (alto aparelho urinário),
seja ela intrínseca (dentro do alto aparelho urinário) ou extrínseca (fora do alto aparelho
urinário), leva ao impedimento da progressão da urina, provocando uma dilatação da via
urinária alta que, sendo intermitente, ocasiona a dor cólica que tem assim a característica de
ser paroxística. Quando a obstrução é completa a dor quase desaparece ficando o doente com a
impressão de falsas melhoras, o que poderá conduzir a uma situação de maior gravidade.
Sendo assim temos as causas intrínsecas que seria:
Calculos
Coagulos
Necrose papilar
Estenose (aperto) de causa inflamatoria ou parasitaria
Tuberculose ou bilharziose
Tumores uroteliais obstrutiva
Precipitacao
Sais Precipitados na urina
Factores de riscos
A colica renal acomente principalmente homens jovens com historia familiar previa. Não só
pode estar associado a certos habitos alimentares e pouca ingesta liquida hidrica, por isso
recomenda-se para aprevenção de calculos renais que se busque:
• Beber muita água durante o dia, especialmente no verão. O recomendado é pelo menos dois
litros de água por dia dividida em várias ingestões. Quando isso é feito as pedras são
constantemente diluídas e eliminadas de forma natural e tranquila.
• Alimentação com menos comidas ricas em oxalato, como espinafre, nozes, batata doce e até
chocolate;
• Reduzir as quantidades de sal e proteína nas refeições. O sódio em grande quantidade pode
aumentar a produção do cálcio, fósforo, oxalatos e ácido úrico, elementos principais dos
cálculos. A leitura de rótulos de produtos industrializados, inclusive produtos doces, ajudará a
saber a quantidade de sódio e o que evita;
• Alimentação com comidas ricas em cálcio, mas cuidado com suplementos. É essencial
manter os níveis de cálcio no sangue estáveis.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial de cólica renal deve incluir pielonefrite aguda, cólica biliar,
pancreatite aguda, apendicite aguda, úlcera péptica penetrada ou perfurada, cisto de ovário
roto, diverticulite aguda, gravidez ectópica e dor lombar aguda secundária a problemas
musculoesqueléticos primeira linha podendo no entanto ser necessário uma TAC para melhor
esclarecimento.
Complicações
Infecções Urinárias
Anúria
Oligúria
Hematúria
Tratamento
O tipo de tratamento a ser aplicado ao paciente vai depender do tamanho e localização da
pedra e dos sintomas apresentados.
Cálculo renal: pedras acima de 6 mm necessitam de cirurgia.
Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará
passar por procedimentos muito invasivos. Nesses casos, o médico poderá indicar algumas
medidas que ajudam na recuperação:
• Beber muita água (de dois a três litros por dia) ajuda a eliminar as pedras por meio da
urina • Analgésicos para a dor provocada pelo cálculo renal também são uma opção. No
entanto, quando as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao paciente, o
tratamento deve ser diferenciado. Pedras maiores não podem ser expelidas sozinhas,
podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e infecções no trato urinário. Para
esses casos, procedimentos mais invasivos devem ser utilizados, a exemplo de:
• Litotripsia extracorpórea por ondas de choque electro-hidráulicas.
Esse tipo de tratamento consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e
facilitar a excreção • Traqueostomia percutânea: consiste na retirada cirúrgica de pedras
maiores por meio de um pequeno corte feito nas costas do paciente
• Ureteroscopia
O médico inserirá um tubo muito fino por meio da uretra do paciente para retirar as pedras
presentes no trato urinário.
Cuidados de enfermagem
Intra Hospitalar
Verificar os sinais vitais inclusive temperatura
Administrar medicação conforme a prescrição médica
Controlo do balanço hídrico do paciente
Domiciliar
Encorajar o paciente a manter uma dieta balanceada e equilibrada para evitar a
reincidência de novos cálculos;
Ingerir de 2000 a 3000ml de líquidos, desejável uma eliminação de 2000ml de
urina em 24horas ,porque o cálculo se forma com mais facilidade em urina
concentrada;
Evitar aumento súbito de temperatura, pois pode causar uma queda no volume
urinário;
Evitar actividades que produzem sudorese excessiva porém levar a desidratação
temporária;
Devem ser ingeridos líquidos o suficiente a noite para que a urina não fique muito
concentrada;
Encorajar sempre a mobilidade do paciente e diminuir a ingestão de vitaminas
principalmente a vitamina D.
Conclusão
A dor da cólica renal é desesperadora para os acometidos. Tanto que muitos costumam
descrevê-la como tão intensa quanto a dor do parto.
Nesse trabalho, foi possível conferir que, além da dor, esse problema pode acompanhar uma
série de sintomas, como náuseas e vómitos, mais frequência ao urinar, e sangue nas fezes.
Os países industrializados e de clima tropical têm uma maior incidência de cálculos urinários
quando comparados aos países em desenvolvimento. Isto decorre das diferenças entre o tipo
de alimentação e da perda de água através do suor. Observa-se também que está patologia está
mais presente em indivíduos que compõem as camadas mais altas da sociedade
Sabe-se que 1 em cada 100 pessoas irá desenvolver pedras renais ao longo da vida, sendo que,
em cerca de 80% dos casos, as pedras serão eliminadas espontaneamente. Os restantes 20%
vão necessitar de tratamento, com possibilidade de remoção através de cirurgia. Se não for
devidamente tratada, é uma patologia que, em metade dos doentes, poderá reaparecer num
prazo de 10 anos. Os estudos apontam para o facto de que, aos 70 anos de idade, cerca de 12%
das pessoas apresentaram, pelo menos, um episódio de cálculos renais.
Referências Bibliográficas