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Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Ética, Ciências Humanas e Jurídicas

Curso de Licenciatura em Enfermagem geral

Discentes :

Lizy Fanuel Cossa – 2021831170

Sandra Carlos Duvane – 2019831012

Sidónia Bernardo Zita - 2019831046

Sheila Bernardo Macamo- 2019831091

Stelia Fernando Tivane – M1900094

Yumna Zarina Parbato – 2019831002

Xai-Xai,abril de 2022
Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Ética, Ciências Humanas e Jurídicas

Curso de Licenciatura em Enfermagem geral

Docente:Felipe Cumbe

Trabalho de disciplina de urologia

Xai-Xai abril de 2022


Introdução
cólica renal é uma dor em geral forte que se dá na região abdominal, normalmente nos flancos,
com possível irradiação para região da virilha
A origem dessa dor é o cálculo renal, conhecido popularmente como pedra no rim, que é uma
pequena massa sólida formada a partir de pequenos cristais
O cálculo pode ser encontrado não apenas nos rins, como também qualquer outro órgão do
trato urinário
Contudo, esse problema costuma ser assintomático. Os cálculos renais originam sintomas,
como a cólica renal, quando se deslocam a partir do rim pelos ureteres em direção à bexiga e
uretra. Ou seja, quando o corpo humano tenta eliminá-los.
Definição

Cálculo renal é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser encontrados
tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário, que se aglutinam pelo excesso
de sais e a diminuição do balanço hídrico, caracterizando um estado de pouco solvente e muito
soluto, aumentando a concentração destes e criando as chamadas “pedras”. O cálculo renal é
conhecido popularmente como pedras nos rins.

Epidemiologia
A prevalência da doença calculosa renal é
elevada, variando de 2 a 15% em todo o
mundo. Nos Estados Unidos, é de 7 e 12% da
população,3,4 na Europa, de 2 a 8%. Essa patologia ocorre mais comumente em homens com
idade entre 20 e 40 anos, mas pode também afetar indivíduos de qualquer idade, e os cálculos
associados à infecção do trato urinário são mais frequentes em mulheres. Existe marcada
diferença racial, sendo quatro vezes mais comum em pessoas brancas. A relação familiar dessa
doença é nítida, comprometendo entre 40 a 60% dos familiares de primeiro grau.
A recorrência da litíase renal é frequente. Cerca de 50% dos pacientes apresentam um segundo
episódio após dez anos do primeiro se não forem submetidos a nenhum tipo de tratamento.

Etiologia
Em países industrializados, cerca de 85% dos cálculos do trato urinário superior contêm cálcio
complexado com oxalato ou fosfato. Na etiologia da nefrolitíase, destaca-se a alta taxa de
prevalência de alterações metabólicas relacionadas a essa condição, principalmente
ahipercalciúria

Manifestações clínica
O principal sintoma de cólica renal é a dor intensa no fundo e lado das costas, cuja intensidade
pode variar ao longo do dia, podendo dificultar os movimentos e as atividades do dia a dia.
Além disso, a dor da cólica renal pode irradiar para a virilha e também ser sentida na região
abdominal ou região geniturinária, podendo variar de acordo com a causa da cólica.dentre
outros sintomas como:

 Hematúria
 Infecções urinarias
 Diarreia
 Sensação da bexiga cheia
 Ardencia ao urinar
 Diminuição do fluxo da urina
 Nauseas e vomitos .
 Palidez
 Sudorese
 Irradiação da dor para fossa ilíaca do mesmo lado
 Dor de forte intensidade

Quadro clínico
Os pacientes podem ser assintomáticos, e a existência de cálculos pode ser descoberta
acidentalmente durante investigação de outros problemas clínicos. A principal manifestação
clínica do paciente com cólica renal é a dor.

A cólica renal é a manifestação de espasmo e contração ureteral causados devido à passagem


de cálculo ou coágulo, associados a obstrução e aumento da pressão retrógrada até as
cavidades pielocalicinais. A obstrução urodinâmica produz secreção de prostaglandinas
vasodilatadoras e outras citocinas, que aumentam o fluxo plasmático renal e a filtração
glomerular na fase inicial do quadro, produzindo dor. Entretanto, na prática clínica, observam-
se comumente quadros dolorosos mesmo quando não há obstrução. A dor começa
abruptamente, em geral na região lombar, e aumenta de forma progressiva em intensidade,
sendo necessária, com alguma frequência, a utilização de analgésicos potentes, como morfina
ou derivados. A cólica renal pode ocorrer concomitantemente a náuseas, vômitos, agitação e,
de maneira eventual, íleo paralítico, como consequência da intensidade da dor.

Quando o cálculo está migrando e localiza-se no terço médio ou inferior do ureter, em geral a
dor irradia-se para a fossa ilíaca e para o testículo, no homem, ou para os grandes lábios, na
mulher, ipsilateralmente. O cálculo, quando migra no ureter terminal junto à bexiga, pode
produzir sintomas semelhantes aos manifestados em casos de infecção urinária, ou seja,
disúria, polaciúria, ardência e urgência miccionais. A migração do cálculo pelo ureter
geralmente está associada às hematúrias microscópica, não glomerular, ou macroscópica

Causas

As colocas renais acontecem quabdo obstrução do bacinete e ureteres (alto aparelho urinário),
seja ela intrínseca (dentro do alto aparelho urinário) ou extrínseca (fora do alto aparelho
urinário), leva ao impedimento da progressão da urina, provocando uma dilatação da via
urinária alta que, sendo intermitente, ocasiona a dor cólica que tem assim a característica de
ser paroxística. Quando a obstrução é completa a dor quase desaparece ficando o doente com a
impressão de falsas melhoras, o que poderá conduzir a uma situação de maior gravidade.
Sendo assim temos as causas intrínsecas que seria:

 Calculos
 Coagulos
 Necrose papilar
 Estenose (aperto) de causa inflamatoria ou parasitaria
 Tuberculose ou bilharziose
 Tumores uroteliais obstrutiva
 Precipitacao
 Sais Precipitados na urina

Temos tambem as causas extrinsecas

 Tumores dos orgaoes vizinhos


 Lesoes traumaticas ou fibrose idiopatica retroperitoneal

Factores de riscos

 Baixa ingestao de liquidos


 Calor em excesso
 Alguns tipos de bebidas
 Alguns tipos de dieta
 Doecas pre existentes e evelhecimento

 Baixa ingestao de liquidos


Paciente que costumam desenvolver calculos bembem, em media 300ml-500ml de agua por
dia, quando comparada com pessoas que nunca tiveram pedra nos rins.
 Calor em excesso
Pacientes que vivem em paises de clima tropical ou trabalhando em locais muito quentes
devem procurar se manter sempre bem hidratadas para evitar a producao de uma urina muito
concentrada.

 Alguns tipos de bebidas


O suco de toranja parece ser prejudicial, aumentando o risco de formacao da pedras. Em
relacao as bebidas alcoolicas, ha controversias, havendo estudos que indicam aumento de
formacao de calculos que sugerem reducao da formacao principalmente o consumo de vinho.

 Alguns tipos de dieta


Alimentos ricos em sal, proteinas e acucares sao alguns factore de riscos.
Doencas pre existentes e evelhecimento
E um factor de risco para idade acima de 40 anos, pacientes que tem as seguintes patologias:
hipertensao, gotas, diabetes e pacientes que ganham peso muito rapido.
Prevenção

A colica renal acomente principalmente homens jovens com historia familiar previa. Não só
pode estar associado a certos habitos alimentares e pouca ingesta liquida hidrica, por isso
recomenda-se para aprevenção de calculos renais que se busque:

• Beber muita água durante o dia, especialmente no verão. O recomendado é pelo menos dois
litros de água por dia dividida em várias ingestões. Quando isso é feito as pedras são
constantemente diluídas e eliminadas de forma natural e tranquila.

• Evitar a ingestão de álcool, especialmente as bebidas fermentadas como a cerveja. Elas


causam uma elevação do ácido úrico e desidratam o organismo facilitando a formação das
pedras nos rins.

• Alimentação com menos comidas ricas em oxalato, como espinafre, nozes, batata doce e até
chocolate;

• Reduzir as quantidades de sal e proteína nas refeições. O sódio em grande quantidade pode
aumentar a produção do cálcio, fósforo, oxalatos e ácido úrico, elementos principais dos
cálculos. A leitura de rótulos de produtos industrializados, inclusive produtos doces, ajudará a
saber a quantidade de sódio e o que evita;
• Alimentação com comidas ricas em cálcio, mas cuidado com suplementos. É essencial
manter os níveis de cálcio no sangue estáveis.

Diagnóstico de Cálculo renal

Exames de imagem são essenciais. Ultrassonografia e radiografia de abdómen são bons


exames de triagem e acompanhamento, mas o exame padrão para diagnóstico e indicação do
tratamento é a tomografia de abdómen. Fora do período de crise pode-se realizar uma
avaliação metabólica que incluem exames de sangue e urina para tentar se determinar o fator
formador dos cálculos urinários e então tentar prevenir a formação de novos cálculos.

Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial de cólica renal deve incluir pielonefrite aguda, cólica biliar,
pancreatite aguda, apendicite aguda, úlcera péptica penetrada ou perfurada, cisto de ovário
roto, diverticulite aguda, gravidez ectópica e dor lombar aguda secundária a problemas
musculoesqueléticos primeira linha podendo no entanto ser necessário uma TAC para melhor
esclarecimento.

Complicações

 Infecções Urinárias
 Anúria
 Oligúria
 Hematúria

Tratamento
O tipo de tratamento a ser aplicado ao paciente vai depender do tamanho e localização da
pedra e dos sintomas apresentados.
 Cálculo renal: pedras acima de 6 mm necessitam de cirurgia.
Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará
passar por procedimentos muito invasivos. Nesses casos, o médico poderá indicar algumas
medidas que ajudam na recuperação:

• Beber muita água (de dois a três litros por dia) ajuda a eliminar as pedras por meio da
urina • Analgésicos para a dor provocada pelo cálculo renal também são uma opção. No
entanto, quando as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao paciente, o
tratamento deve ser diferenciado. Pedras maiores não podem ser expelidas sozinhas,
podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e infecções no trato urinário. Para
esses casos, procedimentos mais invasivos devem ser utilizados, a exemplo de:
• Litotripsia extracorpórea por ondas de choque electro-hidráulicas.
Esse tipo de tratamento consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e
facilitar a excreção • Traqueostomia percutânea: consiste na retirada cirúrgica de pedras
maiores por meio de um pequeno corte feito nas costas do paciente
• Ureteroscopia
O médico inserirá um tubo muito fino por meio da uretra do paciente para retirar as pedras
presentes no trato urinário.

• Cirurgia de glândulas paratireóides


Uma alteração nas glândulas paratireóides, localizada próxima à tireóide, faz com que ela
aumente os níveis de cálcio no corpo, podendo causar pedras no rim. Uma cirurgia nessas
glândulas pode ser a solução para regular a produção do harmónio.

• Hoje uma técnica mais simples, baptizada de uretero-nefrolitotripsia flexível, detona as


formações duras com o laser de um aparelho introduzido pela uretra. Nesse método,
porém, às vezes uma tentativa é insuficiente. Então, é preciso repetir a cada duas semanas,
por até quatro sessões, sempre com anestesia geral.

Medicamentos para Cálculo renal


Os medicamentos mais usados para o tratamento de cálculo renal são:
• Alopurinol
• Ceftriaxona Dissódica
• Ceftriaxona Sódica
• Clortalidona
• Cystex
• Escopolamina
• Higroton
• Nimesulida
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, bem como
a dosagem correta e a duração do tratamento.

Cuidados de enfermagem
Intra Hospitalar
 Verificar os sinais vitais inclusive temperatura
 Administrar medicação conforme a prescrição médica
 Controlo do balanço hídrico do paciente

Domiciliar
 Encorajar o paciente a manter uma dieta balanceada e equilibrada para evitar a
reincidência de novos cálculos;
 Ingerir de 2000 a 3000ml de líquidos, desejável uma eliminação de 2000ml de
urina em 24horas ,porque o cálculo se forma com mais facilidade em urina
concentrada;
 Evitar aumento súbito de temperatura, pois pode causar uma queda no volume
urinário;
 Evitar actividades que produzem sudorese excessiva porém levar a desidratação
temporária;
 Devem ser ingeridos líquidos o suficiente a noite para que a urina não fique muito
concentrada;
 Encorajar sempre a mobilidade do paciente e diminuir a ingestão de vitaminas
principalmente a vitamina D.

Conclusão
A dor da cólica renal é desesperadora para os acometidos. Tanto que muitos costumam
descrevê-la como tão intensa quanto a dor do parto.
Nesse trabalho, foi possível conferir que, além da dor, esse problema pode acompanhar uma
série de sintomas, como náuseas e vómitos, mais frequência ao urinar, e sangue nas fezes.
Os países industrializados e de clima tropical têm uma maior incidência de cálculos urinários
quando comparados aos países em desenvolvimento. Isto decorre das diferenças entre o tipo
de alimentação e da perda de água através do suor. Observa-se também que está patologia está
mais presente em indivíduos que compõem as camadas mais altas da sociedade
Sabe-se que 1 em cada 100 pessoas irá desenvolver pedras renais ao longo da vida, sendo que,
em cerca de 80% dos casos, as pedras serão eliminadas espontaneamente. Os restantes 20%
vão necessitar de tratamento, com possibilidade de remoção através de cirurgia. Se não for
devidamente tratada, é uma patologia que, em metade dos doentes, poderá reaparecer num
prazo de 10 anos. Os estudos apontam para o facto de que, aos 70 anos de idade, cerca de 12%
das pessoas apresentaram, pelo menos, um episódio de cálculos renais.
Referências Bibliográficas

RIELLA, M.C.. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. 5.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan,2010.
CÁLCULO RENAL OU UROLITÍASE Pro-Renal
Manual de Orientação do cálculo Renal
Artigo_litiase_renal baruc-2

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