Você está na página 1de 2

Estados do Nordeste se unem no

questionamento
ao ICMS de Rio e SP
Extraído de: Associação Paulista de Estudos Tributários - 10 horas atrás

Sete Estados do Nordeste resolveram agir em bloco para tentar mudar as normas de
cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vendas
eletrônicas. Em reunião realizada quarta-feira em João Pessoa, os Estados da Bahia,
Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte entraram em acordo
para mudar as legislações internas e, com isso, passar a arrecadar ao menos parte do
ICMS cobrado sobre produtos vendidos pela internet a consumidores de seus respectivos
territórios. O alvo do acordo são as mercadorias vendidas a consumidores nordestinos
pelas lojas "pontocom" que distribuem seus produtos a partir de Estados como São Paulo
e Rio de Janeiro. Nesses casos, atualmente, o ICMS fica integralmente no Estado de
origem, onde estão localizados os centros de distribuição. A Bahia diz que deixou de
arrecadar R$ 85 milhões em ICMS no ano passado sobre vendas eletrônicas.
Paralelamente ao menos alguns dos Estados devem oferecer incentivos fiscais para que
as empresas de varejo eletrônico instalem centros de distribuição no Nordeste. A ideia é
cobrar um ICMS mais ameno. Pernambuco, por exemplo, cobrará alíquota efetiva de 2%.
Jorge Gonzaga, diretor de tributação da Secretaria da Fazenda da Bahia, explica que a
ideia do acordo é "agir em bloco, com mais força" e fazer com que Estados como São
Paulo e Rio de Janeiro sentem à mesa para negociar a divisão do ICMS arrecadado sobre
vendas eletrônicas por meio de convênio no Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz). A Bahia deve cobrar o novo imposto a partir de fevereiro. Por meio de uma
alteração no regulamento interno do ICMS, o Estado cobrará 10% do imposto sobre
produtos vendidos pela internet para consumidores localizados na Bahia. A mercadoria
que vier de São Paulo ou do Rio, por exemplo, deverá comprovar o recolhimento do
imposto para entrar em território baiano. "Caso faça sua inscrição na Fazenda da Bahia, a
loja poderá ter um prazo maior para o recolhimento do imposto." Se a mercadoria vier de
depósito localizado em São Paulo, por exemplo, defende Gonzaga, haverá recolhimento
de 7% de ICMS para a Fazenda paulista e de 10% de ICMS para a Bahia. A alíquota de
7% é aplicada nas vendas interestaduais quando o produto parte do Sudeste com destino
ao Nordeste. "Essa alíquota interestadual, porém, se aplica somente quando se trata de
uma operação entre duas empresas contribuintes", diz o tributarista Júlio de Oliveira, sócio
do Machado Associados. "Esse não é o caso da venda pela internet. Isso é venda a
consumidor final. Por isso tem o imposto recolhido integralmente no Estado de origem."
Essa interpretação, diz Gonzaga, é a do "senso comum". Para ele, a legislação e a
Constituição Federal precisam ter hoje uma leitura diferente. "Quando a Constituição foi
formulada, ninguém vislumbrava o comércio eletrônico com essa pujança." Para Oliveira,
caso os Estados de origem não concordem com a interpretação dos Estados nordestinos,
o comércio "pontocom" acabará prejudicado, sob risco de sofrer autuação fiscal nos dois
Estados envolvidos. Assim como fez a Bahia, o Piauí passará a cobrar uma tributação
extra de ICMS que irá de 4,5% a 10%, a depender do valor do bem adquirido pela internet.
A medida começa a vigorar em 1º de abril. Com a tributação adicional, a tendência é que
as varejistas eletrônicas repassem esse custo para o preço das mercadorias, diz o diretor-
executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Gerson Rolim. "Não há decisão
em bloco, cada loja vai tomar sua decisão. Mas, sem dúvida, trata-se de bitributação e o
repasse é o modelo que o mercado pratica." Procuradas as secretarias de Fazenda de
São Paulo e do Rio de Janeiro não se manifestaram.

Estados do Nordeste irão mudar cobrança do ICMS


Estados do Nordeste se unem para assinar protocolo que unifica a tributação de venda...
Estados do Nordeste se unem no questionamento ao ICMS de Rio e SP
» ver as 11 relacionadas
Autor: Valor Econômico

» Comentários (2)
Inserir novo comentário
Postado em notícia relacionada » ver notícia
MARCHETTI 28 de Janeiro de 2011 - 19:20:57
PAULISTA CONCORDEM COM ELES DESDE QUE :
1º- A DISTRIBUIÇÃO DE DINHEIRO DA FEDERAÇÃO PASSE
A SERE PROPORCIONAL COM O ENVIO DE DINHEIRO
PELO ESTADO
2º- E A EXEMPLO DE DINHEIRO PARA DESASTRES
NATURIS NÃO OCORRA COMO FOI FEITO PELO ministrinho baiano QUE ENVIOU 100%25
PARA A bahia AFIM DE SER ELEIT GOVERNADOR
Responder | Abuso?
Postado em notícia relacionada » ver notícia
ANDRE MARMO 29 de Janeiro de 2011 - 17:36:28
TENHO ACOMPANHADO MATÉRIAS TRIBUTÁRIAS E ACHO UMA PIADA QUANDO VEJO
DOUTRINADORES DEFENDEREM A PLENA AUTONOMIA DOS ENTES POLÍTICOS NA
CRIAÇÃO E GESTÃO DE TRIBUTOS, COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO FEDERATIVO.
ESTÁ EVIDENTE A NECESSIDADE DA UNIÃO ESTABELECER A DISCIPLINA GERAL DA
MATÉRIA (INFELIZMENTE DE MODO PRECÁRIOS E INEFICIENTE), POIS PELO QUE
VEMOS NA PRÁTICA, NA POLÍTICA DO ICMS E DO ISS É VERDADEIRA GUERRA. CADA
ENTE, IGNORA OS DIREITOS DO CONTRIBUINTE, E PROCURA SIMPLESMENTE
TRIBUTAR TUDO O QUE PODE E, PRINCIPALMENTE, O QUE NÃO PODE. COMO DISSE
UM MESTRE DA MATÉRIA "NA GUERRA DA TRIBUTAÇÃO VALE TUDO. O CONTRIBUINTE
QUE SE DANE. NA JUSTIÇA VAI PERDER TEMPO, POIS O QUE VALE NO DIA A DIA É A
DECISÃO ADMINISTRATIVA." NÃO SE RESPEITA OS ACORDOS FIRMADOS(ATÉ PARECE
QUE OS ESTADOS SÃO INIMIGOS). ONDE ESTÁ O PACTO FEDERATIVO? SERÁ QUE
PELO FATO DE SER NORDESTE OU SUDESTE HÁ DE HAVER O CONFRONTO E NÃO O
RESPEITO. EM QUE PAÍS VIVEMOS, SENHORES!
Responder | Abuso?
» Comentários (2)
Inserir novo comentário
Dúvidas Jurídicas?
Entre em contato

Você também pode gostar