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nordestina*
_Tema será debatido na abertura do evento, que acontece na cidade de Aracajú no dia
27 de novembro_
Com uma quantidade de área tão pequena para produzir carne, um sistema se tornou
peça-chave para a produtividade, é o chamado pastoreio Voisin. De acordo com o
engenheiro agrônomo e consultor em sistemas pecuários intensivos, André Sorio, esse
tipo de manejo se caracteriza pela rotação de pastagem, pelo uso de alta carga
instantânea e por variar o tempo de descanso ao longo do ano conforme a estação
climática.
“Na época chuvosa o capim pode descansar menos para poder se recuperar para o
novo pastejo, naturalmente, na época seca ele precisa descansar mais para poder se
recuperar para ser pastejado novamente pelo gado. No Nordeste, o Voisin tem um
impacto extra, porque as propriedades são relativamente menores do que
propriedades do Centro-Oeste, por exemplo. Então o pessoal precisa ainda mais
eficiência de utilização para conseguir ganhar escala mesmo em áreas menores”,
pontua Sorio.
“O primeiro passo que toda a propriedade pecuária deveria dar é utilizar melhor o seu
recurso do solo, o seu recurso básico e permitir que a propriedade consiga demonstrar
onde é possível chegar naquela situação existente. Depois que isso está claro, que isso
foi testado, foi aplicado pelo produtor, aí sim pode entrar a questão de fertilização, uso
de adubo, uso de calcário dentro do processo, mas ele não é algo que se inicia fazendo,
ele é depois que já se ganha eficiência no uso dos recursos”, enfatiza o consultor.
O tema será debatido durante o Congresso Internacional da raça Santa Gertrudis que
acontece entre os dias 26 de novembro a 10 de dezembro e trará produtores rurais do
mundo inteiro para o Brasil. O pastoreio Voisin fará parte da abertura do evento que
acontece na cidade de Aracaju/SE e depois segue de forma itinerante por mais três
Estados brasileiros.
“Será a oportunidade de o produtor rural do Nordeste conhecer esse sistema que pode
ser uma saída para a intensificação e melhoria dos seus resultados. Será apresentada
por exemplo uma propriedade com módulos onde se faz recria da desmama, a criação
de tourinhos e novilhas, com meio hectare e a cria com piquetes de meia dúzia de
hectares. Tudo isso usando genética da raça Santa Gertrudis em um sistema que está
dentro da realidade pecuária da nossa região”, finaliza Gustavo Barretto, presidente da
Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG).
*Serviço*
Para informações e acesso a toda a programação do Congresso Internacional da Raça
Santa Gertrudis, acesse o site www.santagertrudis2023.com