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Curso: Graduação em Educação Especial

Disciplina: Fundamentos Psicopedagógicos


Tutora: Elaine Cristina Teodoro
Aluna: Aparecida Alves Rodrigues

São diversos os fatores que podem comprometer o processo de


aprendizagem, tais como os biológicos e os psicoemocionais, mas também fatores
ambientais concorrem para dificultar a aprendizagem. A exemplo deste último,
tivemos recentemente em escala mundial a pandemia causada pela transmissão da
COVID-19. Neste contexto pandêmico os espaços educacionais viram-se obrigados a
adaptar suas metodologias de ensino a fim de lidar com o isolamento social imposto
como medida sanitária de enfrentamento à disseminação do vírus. As dificuldades de
aprendizagem apresentadas por alguns estudantes em circunstâncias tidas como
normais são agravadas neste novo cenário no qual tanto professores como alunos
precisam familiarizar-se com as tecnologias da comunicação. Nesse sentido, segundo
pondera Gárcia Sánchez, em conformidade com a conceitualização internacional:
[...] as dificuldades de aprendizagem se caracterizam por um funcionamento
substancialmente abaixo do esperado, considerando a idade cronológica do
sujeito e seu quociente intelectual, além de interferirem significativamente no
rendimento acadêmico ou na vida cotidiana, exigindo um diagnóstico
alternativo nos casos de déficits sensoriais. (GÁRCIA SÁNCHEZ, 2004, pp.
15-16).
O autor também que afirma que a conceitualização do Comitê Conjunto sobre
Dificuldades de Aprendizagem, sugere que as dificuldades de aprendizagem são algo
heterogêneo, pois “supõem problemas significativos na conquistas das habilidades da
leitura, de escrita e/ou de matemática, que se acredita ser intrínsecas ao indivíduo,
sendo possível encontrar superposição com outros problemas que não se devem a
influencias extrínsecas” (GARCIA SÁNCHEZ, 2004, p.16).
Do exposto é possível apreender a relevância das teorias da Psicologia da
Educação enquanto instrumento imprescindível para que seja realizado o diagnóstico
adequado das dificuldades de aprendizagem que surgem no contexto pandêmico,
bem como fornecem os elementos necessários para uma assertiva intervenção
psicopedagógica quando esta se faz necessária. O isolamento social afeta tanto os
estudantes como também seus familiares. Diante desta realidade, o ensino remoto
emergencial foi autorizado em caráter temporário pelo MEC para cumprir o
cronograma presencial com as aulas online. Já o ensino remoto intencional, também
conhecido como EAD (Educação à Distância), é um modelo realizado de forma
planejada com parte ou totalidade do curso ministrado a distância, com apoio de
tutores, recursos audiovisuais e tecnologias. No ensino remoto intencional ocorre a
transferência do ambiente de ensino presencial para ser realizado de forma remota,
com os professores ministrando suas disciplinas a partir de suas residências.

REFERÊNCIAS

GARCÍA SANCHÉZ, Jesús-Nicasio. Dificuldades de aprendizagem e intervenção


psicopedagógica. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SMITH, Corinne. Dificuldades de aprendizagem de a-z: guia completo para pais e


educadores. Trad. Magna França Lopez. Porto Alegre: Penso, 2012.

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