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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEMA

Desenho Técnico

Cortes

Regente : Msc Mocomoque Júlio Engº


Assistentes : Engº Francisco Tembe
Engª Cacilda Chilundo
Engº Dionísio Langa
Tópicos
 CONCEITO DE CORTE;

 INDICAÇÃO DO PLANO DE CORTE;

 TRACEJADO DE CORTE;

TIPOS DE CORTES;

ELEMENTOS QUE NÃO SE CORTAM;

ERROS FREQUENTES

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1. Noções de Corte
Os objectos contendo cavidades interiores têm várias linhas invisíveis
(interrompidas), o que torna difícil a distinção entre os espaços ocos e
preenchidos.

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Assim, corte é uma representação convencional em que se supõe que a peça foi
cortada e retirada a sua parte anterior e projectada a parte que fica entre o plano
secante e o plano de projecção. De seguida tracejamos as superficies que terão
sofrido o corte.

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2. Indicação do plano de corte (Secante)
A posição do plano de corte e o sentido de observação do corte são
representados por:

 Uma linha a traço misto fino com as extremidades a grosso;

 Setas assentes no traço grosso, junto às quais escrevemos duas letras


maiúsculas iguais, a setas indicam o sentido de observação;

 Acima da vista de corte escrevem-se letras iguais (ex: A – A)

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 As setas são a traço grosso.

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3. Tracejado do Corte
As superficies que representam as partes cortadas da peça devem ser
tracejadas, o que mostra nitidamente as zonas cheias (não ocas) da
peça.

3.1. Forma dos Tracejados

Geralmente, os tracejados devem ser feitos com linhas equidistantes


paralelas inclinadas a 45º em relação aos eixos ou às principais linhas de
contorno da peça, a traço contínuo fino.

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O intervalo entre as linhas paralelas deve ser escolhido de acordo com a grandeza
da superfície a tracejar, assim recomenda-se:
- Espaçamento de 1.5mm para pequenas superficies;
- Espaçamento de 3mm para grandes superficies.
De um modo geral, os espaçamentos devem estar compreendidos entre 1mm e
5mm;
- Se a peça for constituída por peças diferentes deve-se fazer a distinção no
tracejado (uma inclinação diferente).

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4. Tipos de Corte
A. CORTE TOTAL

É feito ao longo de toda a dimensão da peça por um único plano de


corte.

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B. VÁRIOS CORTES
Quando temos mais de um plano secante ao longo da dimensão da peça.

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C. MEIO CORTE
Quando uma figura é simétrica, por conveniência mostramos uma metade em vista normal e
a outra em corte, para evitarmos repetição de informação e reduzirmos o tempo de

execução do desenho.

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D. CORTE LOCAL
É aquele corte feito para mostrar um detalhe da peça, muito comum em peças
simétricas, os limites da zona de corte são feitos a mão.

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E. CORTE COMPLEXO POR PLANOS PARALELOS
É o corte feito na mesma peça por dois mais planos paralelos entre si; para evitar
ter de fazer vários cortes separados.

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F. CORTE COMPLEXO POR PLANOS PERPENDICULARES
É o corte feito na mesma peça por dois mais planos perpendiculares entre si; para
evitar ter de fazer vários cortes separados.

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5. Elementos que não se cortam
Nos cortes de certas peças, há elementos que não podem ser seccionados,
eles são apresentados logo a seguir:

 Os braços dos tambores, polias ou volantes;

 As nervuras de reforço;

 Os dentes das rodas dentadas;

 Elementos como parafusos, porcas, pinos, chavetas e rebites em desenhos


de conjunto.

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7. Erros Frequentes
São apresentados a seguir os erros mais frequentes na realização dos cortes:

 A não indicação do sentido de observação;

 Tracejado não uniforme e com inclinações diferentes na mesma peça;

 A omissão dos contornos visíveis além do plano de corte;

 A representação de contornos invisíveis além do corte (faz-se apenas em


casos excepcionais).

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Importante
O corte deve ser feito em relação à vista mais contornos invisíveis
apresenta.

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Bibliografia
MORAIS, J. S., Desenho de Construções Mecânicas, 22ªed. Gráficos reunidos
editora, Porto, 2000.

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