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A cada letra do alfabeto hebraico é atribuído um valor númerico, assim, uma palavra é o
somatório dos valores das letras que a compõem. As escrituras são então explicadas pelo
valor numérico das palavras. [2][3]
Tal lógica estava presente na produção de midrash e consolidou-se durante a Idade Média,
próximo à época das cruzadas, mas ainda é utilizada, compilada primeiramente no Talmude
e posteriormente em tratados da Cabala.[4]
Palavras de iguais valores numéricos são consideradas como explicativas umas das outras
e a teoria também se estende às frases. Assim como exemplo temos a letra ShIN ( )שvalor
300, número equivalente ao valor numérico da palavra RVCh ALHIM, Ruach Elohim, o Espírito
de Elohim. A letra Shin é, portanto, um símbolo do Espírito de Elohim (repare que o desenho
da letra possui três flamas). Temos R (200=)ר, V (6=)ו, Ch (8=)ח, A (1=)א, L (30=)ל, H (5=)ה
ou Y (10=)י, M (40=) מdonde 200+6+8+1+30+5+10+40=300.
Similarmente temos AchD ()אחד, Achad (Unidade), e AHBH ()אהבה, Ahebah (Amor) têm o
mesmo valor numérico 13.
Um outro exemplo famoso do uso da Guematria é quanto à origem da relação do 666 como
o Número da Besta. Este número é o valor da Guematria do nome Imperador Romano Nero
em Hebraico - קסר נרו. Esta relação se deu pelo fato deste Imperador, contemporâneo ao
início do Cristianismo, ser um perseguidor implacável dos praticantes desta fé, que ainda
mantinham muitos laços com a tradição judaica, bem como a utilização da Guematria.[5]
Referências
3. Pawson, Marke (2005). Gematria (em inglês). [S.l.]: Green Magic. 180 páginas.
ISBN 9780954723002
4. Magid, Shaul (2008). From Metaphysics to Midrash: Myth, History, and the Interpretation of
Scripture in Lurianic Kabbala (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press. 368 páginas.
ISBN 9780253000378
Última modificação há 2 meses por Gremista.32