Quando falamos em respiração, logo imaginamos a entrada de oxigênio e
a saída de gás carbônico pelas nossas vias respiratórias. No entanto, a
palavra respiração pode ser empregada em referência ao processo, a nível celular, no qual ocorre a síntese de ATP.
A respiração pode ser de dois tipos básicos: a aeróbica e anaeróbica.
A respiração aeróbica é aquela que utiliza oxigênio como aceptor final.
A respiração aeróbica pode ser dividida em três etapas básicas:
glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa. Podemos destacar, no entanto, que a glicólise é uma fase anaeróbica, uma vez que não depende do oxigênio. Nos seres eucariontes, a glicólise ocorre no citosol, e as outras etapas ocorrem em uma organela denominada mitocôndria. → Glicólise
A glicólise é uma etapa em que várias reações químicas ocorrem a fim de
realizar a quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico. Inicialmente ocorre a adição de fosfatos, provenientes de duas moléculas de ATP, à molécula de glicose. Após a adição, processo chamado de ativação, a molécula de glicose torna-se instável e quebra-se, formando duas moléculas de ácido pirúvico. Essa quebra produz quatro moléculas de ATP e, com isso, o saldo final do processo é de dois ATP.
Além da produção de ácido pirúvico, a quebra da glicose libera quatro
eletrões(e-) e quatro iões H+. Dois H+ e os quatro e- são capturados por duas moléculas de NAD+ , que passam para o estado reduzido: NADH. → Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico, acontece no
interior da mitocôndria, mais precisamente na matriz mitocondrial. Esse processo inicia-se com a chegada do ácido pirúvico na matriz e sua imediata reação com a coenzima A, que produz uma molécula de acetil- CoA (Acetilcoenzima A) e uma molécula de CO2. Nessa reação observamos também a presença do NAD +, que se transforma em NADH após utilizar dois eletrões e um iao H+ liberados no processo.
As moléculas de acetil-CoA sofrem então oxidação e, ao final, formam-se
uma coenzima A intacta e duas moléculas de CO 2. Essas reações que garantem a oxidação da acetil-CoA constituem o chamado ciclo de Krebs.
Durante o ciclo, a energia liberada faz com que ocorra a formação do
GTP, uma molécula bastante semelhante ao ATP. → Fosforilação oxidativa
Nesse processo ocorre a reoxidação das moléculas de NADH e FADH 2,
sendo liberada uma grande quantidade de eletrões, formando-se água. Durante a formação de água, a energia vai sendo liberada e usada na produção de ATP. A fosforilação oxidativa é responsável pela maior parte do ATP produzido pela célula.