Você está na página 1de 301

Introdução (aula1)

Biologia significa: estudo da vida.

Níveis de organização estudados na biologia (aula 2)

Podemos didaticamente entender quais os níveis de organização estudados na


biologia com essa imagem:

Método científico (aula 3)

Conjunto de regras básicas ou procedimentos que produzem o conhecimento


científico.
Etapas do método científico:

1) Observação (observação de um fato – gera uma pergunta)


2) Hipótese (explicação de um fato)
3) Experimento (deve ser possível sua repetição com o mesmo resultado)
4) Resultado (confirma ou rejeita a hipótese)

Características gerais dos seres vivos (aula 4)

Para ser considerado um ser vivo, não basta ter uma das características a seguir,
mas TODAS.

- Possuir pelo menos uma célula (teoria celular)

- Capacidade de reprodução

- Metabolismo

- Respondem a estímulos do meio

- Evoluem (modificações nas populações ao longo do tempo)

- Composição química predominante: Nitrogênio (N), Carbono (C), Hidrogênio


(H), Oxigênio (O), formando as moléculas orgânicas.Também podem possuir
Fósforo (P) e Enxofre (S). (BIZU: NCHOPS)

Origem e evolução da vida na Terra (aula 5)

Terra primitiva

- 4,5 bilhões de anos atrás.

- Caíam muitos corpos rochosos do espaço.

- Era muito quente.

- Esfriou quase 1 bilhão de anos depois.


Biogênse x Abiogênese

Biogêse – a vida só surge de uma pré-existente.

Abiogênese – a vida surge da “não vida” como da putrefação de carne.

Redi tentou provar que a abiogênese não estava correta com o seguinte
experimento.

A discussão segue com Needhan (defendendo a abiogênese) e Spallanzani


(defendendo a biogênese), mas só depois Pasteur comprova de vez que a
abiogênese não existe, com o seguinte experimento:

Mas se a vida não surge por abiogênese: como surgiu o primeiro ser vivo?
a) Panspermia: origem extraterrestre.
b) Criacionismo: origem divina.
c) Evolução química: a aceita pela comunidade científica. A vida surgiu por
associação entre moléculas inorgânicas.

O Experimento de Oparin e Haldane simulou as condições da Terra primitiva:

Como resultado ele encontrou compostos orgânicos, o que corrobora com a


hipótese da evolução química. Ou seja, embora não ocorra nos dias atuais a
abiogênese, ela ocorreu para a formação da vida aqui na Terra. Hoje ela não
ocorre mais, porque a Terra não possui mais as condições necessárias para
isso.

Evolução do metabolismo:
Os organismos podem ter tido dois tipos de evolução em seu metabolismo:
Hipótese heterotrófica: Fermentação  Fotossíntese  Respiração
Hipótese autotrófica (mais aceita atualmente): Quimiossíntese  Fermentação
 Fotossíntese  Respiração

Os primeiros organismos eram procariontes. Para o surgimento dos eucariontes


dois processos foram importantes:
1- Sistema de endomembranas: a invaginação da membrana plasmática deu
origem as organelas (exceto mitocôndria e cloroplastos).
2- Teoria da endossimbiose: mitocôndrias e cloroplastos já foram
organismos de vida livre, mas passaram a viver juntos (a milhões de anos
atrás), se transformando nessas organelas.

Após surgirem as células eucarióticas, foi possível o surgimento dos organismos


multicelulares.
Bioquímica: estudo das estruturas, da organização e das
transformações moleculares que ocorrem na célula (ou ainda a
“química da vida”).

COMPONENTES QUÍMICOS DOS SERES VIVOS

Substâncias inorgânicas

- Água;

- Sais minerais.

Substâncias orgânicas

- Carboidratos;

- Lipídios;

- Proteínas;

- Ácidos nucléicos;

- Vitaminas
ÁGUA

Composto mais abundante nos seres vivos. Veja a molécula H 2 O:


- Cada hidrogênio é ligado ao oxigênio por uma ligação covalente
- A água é uma molécula polar
- Entre duas moléculas da água: ligação de hidrogênio

Ligação Covalente - Ligação Covalente


Pontes de hidrogênio ou ligação de hidrogênio
104,5°
Uma molécula de H O
2
Se liga a outras quatro

+ +
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA A VIDA

- Solvente universal
- Reações químicas
- Moderador de temperatura
- Adesão e coesão

SAIS MINERAIS

Podem estar insolúveis no esqueleto ou dente, ou solúveis na forma de íons,


quando participando de diversas reações no corpo. Quanto a sua quantidade
necessária, são divididos em: Macronutrientes, necessário mais de 100mg/dia
e Micronutrientes, menos de 20mg/dia.
Íons Principal Função Fonte

Cálcio - Formação dos ossos e Vegetais, leite


dentes. e laticínios
- Coagulação sanguínea.
- Funcionamento dos músculos
e nervos.
Cloro - Importante no balanço de Sal de cozinha
líquidos do corpo.
- Componente do liquido
extracelular.
Ferro - Componente da hemoglobina Carne
e mioglobina vermelha e
- Afinidade com gases branca, fígado
(oxigênio) gema do ovo,
- Fundamental para respiração legumes e
celular vegetais
verdes
Flúor Peixes e água
- Componente de ossos e fluorada
dentes
Fósforo - Formação e manutenção de Leite e
ossos e dentes laticínios,
- Componente do ATP cereais e
(molécula energética) carne
- Componente dos ácidos
nucleicos
Iodo - Componente de hormônios Sal de
cozinha,
- Importante para o bom frutos do mar
funcionamento da glândula e laticínio
tireoide
- A falta pode causar o bócio.
Bizu: uma lei obriga o sal de
cozinha vir com iodo, por isso
é “sal iodado”
Potássio - Importante para contração Muitas frutas,
muscular e atividade dos leite e carne
nervos
- Regulador da pressão
sanguínea
Sódio - Principal cátion no meio Sal de cozinha
extracelular e muitos
- Importante no equilíbrio de alimentos
líquidos do corpo
- Essencial para a propagação
do impulso nervoso (assim
como o potássio)
- O excesso pode causar
hipertensão arterial!

CARBOIDRATOS
FUNÇÃO DOS CARBOIDRATOS: energética e estrutural.
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS: podem ser monossacarídeos,
oligossacarídeos e polissacarídeos.
Monossacarídeos – Açúcar simples
Formula geral dos monossacarídeos: C n H 2n O n
- n varia de 3 até 7, pois é o número de C possíveis em um monossacarídeo
Triose: C 3 H 6 O 3
Tetrose: C 4 H 8 O 4
Pentose: C 5 H 10 O 5 - desoxirribose e ribose
Hexose: C 6 H 12 O 10 - glicose, frutose e galactose
Oligossacarídeos – de duas até 10 moléculas de monossacarídeos
Dissacarídeos - tipo de oligossacarídeo.
Ex. Sacarose = Frutose + Glicose e Lactose = Galactose + Glicose
Polissacarídeos – ligação entre mais de 10 monossacarídeos
- Amido: reserva de energia nas plantas
- Glicogênio: reserva de energia nos animais e fungos
- Celulose: estrutura da parede celular em plantas
- Quitina: estrutura do exoesqueleto de artrópodes

A ligação entre dois monossacarídeos é chamada de ligação glicosídica

LIPÍDIOS
Principal característica: são insolúveis em água e solúveis em solventes
orgânicos, pois a água é polar e os lipídios são apolares.
Funções dos lipídios:
- Isolantes térmicos
- Reserva de energia
- Constituintes da membrana plasmática
- Função hormonal
- Outras

Tipos de lipídios:
1- Glicerídeos (triglicerídeo):óleos nos vegetais e gorduras nos animais
Função
- Armazenamento de energia
- Isolante térmico
- Proteção mecânica

2- Esteroides
Colesterol: LDL – ruim e HDL – bom

Funções do colesterol:
- Constituinte da membrana plasmática
- Regula a fluidez da membrana plasmática
- Precursor para síntese de vitamina D
- Participa da síntese de sais biliares

3 – Fosfolipídios
Possuem cabeça polar (afinidade com a água) e cauda apolar (sem afinidade
com a água)
Função
Constituinte de todas as membranas plasmáticas

4 - Cerídeos (ceras)
Função
- Evita a perda excessiva de água pelas plantas
- Impermeabilização das penas de aves aquáticas
- Proteção (cerume do ouvido)
- As abelhas usam cerídeos para construção das colmeias

5 - Carotenoides
São pigmentos em vegetais
Função
- Matéria prima para produção de vitamina A
- Importantes para a fotossíntese
- Antioxidante

PROTEÍNAS
Funções das proteínas:
- Estrutural (pode ser chamada em alguns exercícios de “plástica”)
- Energética
- Defesa (anticorpos)
- Enzimática (enzimas)
- Hormonal (ex. insulina e glucagon)

Proteínas são polímeros formados por aminoácidos:

- Aminoácidos naturais: nossas células produzem


- Aminoácidos essenciais: nossas células não produzem – temos que ingerir.
A ligação entre dois aminoácidos é chamada de Ligação Peptídica

- As proteínas podem sofrer desnaturação quando submetidas a PH ou


temperatura inadequada. Sendo assim, ela perde sua função.
Enzimassão proteínas muito importantes, pois diminuem a energia de ativação
e aceleram as reações. Elas possuem temperatura e PH ótimos para sua
atividade.
ÁCIDOS NUCLEICOS- DNA e RNA
RNA: fita simples com as seguintes bases nitrogenadas: C, G, A, U
DNA: fita dupla com as seguintes bases nitrogenadas: A, T, C, G

VITAMINAS
São substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades. Existem as
vitaminas hidrossolúveis (solúveis em água) e as lipossolúveis (solúveis em
lipídios).
Vitaminas hidrossolúveis

Vitamina: B1 – Tiamina

Carência: causa o beribéri que é uma acentuada fraqueza muscular.

Fontes: cereais integrais, pães, fígado, feijão, vegetais de folha, ovos etc.

Vitamina: B2 (Riboflavina) e B6 (Piridoxina)


Carência: lesões no sistema nervoso, rachaduras no canto da boca, vermelhidão
na língua e inflamação nos olhos.

Fontes: fígado, hortaliças, carne.

Vitamina: B3 – Niacina ou Ácido nicotínico

Carência: pelagra que é o surgimento de manchas na pele, que após um tempo


geram crostas.

Fontes: carnes magras, ovos, fígado, leite, nozes.

Vitamina: B9 – Ácido fólico

Carência: causa anemia megaloblástica, que inibe a produção de hemácias. Pode


causar má formação do feto.

Fontes: vegetais, frutas, bactérias da microbiota intestinal.

Vitamina: B12 –Cianocobalamina

Carência: causa a anemia perniciosa que é a dificuldade de maturação das


hemácias.

Fontes: carne, ovos, leite e seus derivados.

Vitamina: C–Ácido ascórbico

Carência: causa o escorbuto que é o sangramento e inflamação da gengiva pela


falta de produção do colágeno, portanto é importante para manter a integridade
do tecido conjuntivo.

Fontes: frutas cítricas, tomate, couve, repolho etc.

Vitaminas lipossolúveis

São apenas quatro: A – D – E - K

Vitamina: A–Retinol
Carência: causa a cegueira noturna, que é a dificuldade de enxergar em
ambientes de baixa luminosidade.

Fontes: vegetais, pêssego, fígado, ovo.

Vitamina: D – Calciferol

Carência: causa o raquitismo, que é a má formação óssea.

Fonte: fígado, gema do ovo, bacalhau. É importante saber que essa vitamina é
produzida na pele das pessoas, sob ação dos raios solares.

Vitamina E – Tocoferol

Carência: pode estar relacionado a esterilidade e anemia.

Fonte: cereais integrais, vegetais, gema do ovo e óleos.

Vitamina K – Filoquinona

Carência: pode causar hemorragias, uma vez que essa vitamina atua na
coagulação sanguínea.

Fontes: vegetais e bactérias da microbiota intestinal.


Citologia é o estudo da unidade básica dos seres vivos, a célula.

INTRODUÇÃO À CITOLOGIA: A CÉLULA

Robert Hooke utilizando um microscópio composto, observou a cortiça


de árvores e descreveu pequenas cavidades no interior das cortiças,
dando o nome de célula
Cortiça

Microscópio
Composto

TEORIA CELULAR: “Todos os seres vivos são formados por células”


Além disso, a teoria celular afirma:
- A célula é a menor unidade viva;
- Células sempre surgem de outras células.
MICROSCOPIA

É necessário um microscópio para estudar a célula, pois é muito


pequena para a resolução do olho humano, existem dois tipos básicos
de microscópios: óptico e eletrônico.
O microscópio óptico ou de luz

- É necessário um feixe de luz


para a observação das imagens.

O microscópio eletrônico

- Poder de resolução muito maior, com


um aumento maior que 1 milhão de
vezes o do olho humano (0,0002μm)!

- Não é a luz que passa, mas feixes de elétrons.

CÉLULAS EUCARIÓTICAS X CÉLULAS PROCARIÓTICAS

Três informações importantes sobre esse assunto:

- Células eucarióticas são mais complexas.

- Ribossomos, muito embora sejam chamados de organelas não


membranosas, não são organelas, pois não estão envoltos por
membrana.

- A principal diferença entre células eucarióticas e procarióticas é a


ausência de compartimentos internos (organelas) nas procarióticas.
Seres procariotos – Bactérias e Archeas (unicelulares,
exclusivamente).

Seres eucariotos – Protozoários (unicelulares), Fungos (uni ou


pluricelulares), Plantas e animais (multicelulares).

Célula eucariótica Célula procariótica

Importante: plasmídeo é um DNA extra cromossômico presente nas


bactérias (procariotos), responsável pela resistência contra os
antibióticos.

CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL


Diferenças:

MEMBRANA PLASMÁTICA: CARACTERÍSTICA E FUNÇÃO

Envoltório celular comum a TODAS as células


Funções da membrana plasmática:

- Proteção para a célula;


- Revestimento da célula;
- Seleção do que entre e sai da célula (permeabilidade seletiva).
Elas possuem constituição lipoproteica, ou seja: lipídios +
proteínas.
Modelo mosaico fluido da membrana plasmática:

Fosfolipídios – sua característica molecular permite a formação de


membrana;
- Canal proteico – passagem de substâncias selecionadas;
- Colesterol – Rigidez para a membrana;
- Glicocálice – Reconhecimento celular, adesão entre células e
proteção;
- Proteínas periféricas – Atuam como enzimas.

SOLUÇÃO: SOLUTO E SOLVENTE

A solução é uma mistura homogênea entre o soluto (exemplo o


açúcar) e o solvente (exemplo a água). Em outras palavras o soluto é
o que é dissolvido, o solvente o que dissolve.
Hipotônica – solução com menor concentração de soluto comparada
a outra.
Hipertônica – solução com maior concentração de soluto comparada
a outra.
Isotônica – mesma concentração de soluto entra as soluções
comparadas.

TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA – TRANSPORTE


PASSIVO

- Não gasta energia (ATP)


- Ocorre a favor de um gradiente de concentração.
- Existem três tipos: difusão simples, difusão facilitada e osmose.

Difusão simples:
- Quem passa é o soluto (átomos, íons, moléculas);
- Se dá pela bicamada de fosfolipídios (por isso o nome – simples);
- Ocorre do meio hipertônico para o meio hipotônico.

Difusão facilitada:
- Quem passa é o soluto (átomos, íons, moléculas);
- Se dá por proteínas integrais de membrana (por isso o nome –
facilitada);
- Do meio hipertônico para o hipotônico.
Osmose:
- Passa a água (solvente);
- Ocorre por uma membrana semipermeável;
-Do meio hipotônico para o meio hipertônico
(lembre-se que os termos hipotônico e
hipertônico são referentes a comparação de
duas soluções de acordo com a concentração de soluto).

Bizu:

TRANSPORTE ATIVO (BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO)

- Gasta energia (ATP), precisa “fazer força” para ocorrer;


- É contra um gradiente de concentração, ou seja, do meio hipotônico
para o meio hipertônico;
- Ocorre por proteínas (sempre).
Perceba que para cada três moléculas de sódio que são bombeadas
para fora da célula, duas de potássio entram, Esse processo é
importante para a respiração celular, síntese de proteína e impulso
nervoso.

TRANSPORTE POR VESICULAS

Transporte de partículas grandes

ENDOCITOSE
Fagocitose:
- Partículas sólidas;
-Emite pseudópodes, expansões do citoplasma que empurram a
membrana plasmática e envolvem o alimento;
- Comum em células de defesa.
Pinocitose:
- Partículas dissolvidas;
- Não emite pseudópodes;
- Ocorre na maioria das células eucarióticas.
EXOCITOSE
Secreção:
- Saída de substâncias produzidas pela célula,
muito comum em células glandulares.
Excreção:
- Também conhecida como clasmocitose. É a saída
de “lixo” da célula, partículas que devem ser eliminadas.

ENVOLTÓRIOS EXTERNOS À MEMBRANA PLASMÁTICA:


GLICOCÁLIX E PAREDE CELULAR

GLICOCÁLICE

Funções:
-Reconhecimento celular (inclusive entre células sanguíneas, os tipo
sanguíneos – A, B, AB, O – são devido aos diferentes glicídios do
glicocálice);
- Adesão entre células;
- Trocas de informação;
- É impermeável.

DUAS REPRESENTAÇÕES DO GLICOCÁLICE

PAREDE CELULAR
- Plantas (todas possuem) – Celulose;
- Bactérias (nem todas possuem) – Peptideoglicano;
- Fungos (nem todos possuem) – Quitina;
- Protozoários (Nem todos possuem) – Sílica;
- Animais não possuem parede celular.

Função:
- Rigidez para a célula.

Plasmodesmas: são comunicações citoplasmáticas entre diferentes


células vegetais, através da parede celular.
ORGANELAS E ESTRUTURAS CITOPLASMÁTICAS

Imagem generalizada de uma célula eucariótica

Citoesqueleto
Funções: sustentação e movimentos celulares
Microtúbulos
- Formados pela proteína tubulina;
- Gera sustentação para a célula;
- Formam os centríolos (9 trios de microtubulos);
- Os centríolos formam o fuso mitótico (puxa os cromossomos na
meiose e mitose) e os cílios e flagelos.
Microfilamentos
- Formados pela proteína actina;
- Proteína intracelular mais abundante nos eucariotos;
- Gera consistência para a célula (ectoplasma);
- Associam-se a miosina e permitem a contração das células
musculares;
- Permitem os movimentos celulares como a ciclose ou a emissão de
pseudópodes ou ainda, formam as microvilosidades, especializações
importantes em células do intestino delgado.

Ciclose Microvilosidade

Filamentos intermediários
- Formados por diversas proteínas, por exemplo, a queratina;
- Gera proteção mecânica e adesão entre as células.

Ribossomos
- Responsável pela síntese (formação) de proteínas;
Reticulo endoplasmático rugoso (RER)
- Possui ribossomos aderidos e portanto, também sintetizam
proteínas, essas proteínas serão lançadas para fora da célula ou para
a membrana plasmática;
- Produzem enzimas digestivas que vão atuar nos lisossomos;
Retículo endoplasmático liso (REL) ou não granuloso
- Sintetizam lipídios (abundantes nas gônadas – produção de
hormônios sexuais);
- Atuam na desintoxicação (abundante em células do fígado),
metabolizam o álcool.

Complexo de Golgi (ou aparelho de Golgi)


“Correio da célula” - ela recebe, modifica, empacota e envia para
fora da célula essas secreções.
- Forma os lisossomos (falaremos dessa organela a seguir);
- Forma o acrossoma (estrutura na porção anterior do
espermatozoide, com enzimas digestivas para permitir a penetração
no óvulo);
- Armazenam temporariamente algumas proteínas, antes de enviar.

Lisossomos
- Organelas formadas no complexo de Golgi, com função de
digestão celular, as enzimas presentes nessa organela são formadas
no RER;

Peroxissomos
- Contém a enzima catalase que quebra a água oxigenada (peróxido
de hidrogeno (H 2 O 2 );
- Auxiliam na formação da bainha de mielina;
- Metabolizam aproximadamente 25% do álcool (o restante é com o
REL);
- No fígado participam da formação de ácidos biliares.

Mitocôndrias
- Organelas famosas por fazerem a respiração celular e produzirem
energia (ATP) na presença de gás oxigênio (respiração aeróbia);

Núcleo
- A maior organela;
- Centro de controle da célula;
- Armazena e protege o material genético (DNA).

Vacúolo
- A membrana que envolve o vacúolo é chamada de tonoplasto;
- Possui uma solução ácida contendo íons inorgânicos, açúcares,
aminoácidos e em alguns casos proteínas. Podem também conter
enzimas digestivas, com funções semelhantes aos vacúolos animais;
- Além de armazenar essas importantes substâncias são
importantes para a regulação osmótica.
Plastos
- Presentes apenas em células de plantas e algas;
- Existem os cromoplastos – com pigmentos. Ex.: cloroplastos que
fazem a fotossíntese e os leucoplastos– sem pigmentos.
Armazenam substânciascomo o amido.
RESPIRAÇÃO CELULAR

- Produção de ATP
- Necessário o O 2
Divisões da respiração celular e onde ocorre:

- GLICÓLISE: No citoplasma
- CICLO DE KREBS: Na matriz mitocondrial
- CADEIRA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS: Nas cristas
mitocondriais

GLICÓLISE

- Glicose com 6 carbonos entra nas reações de glicólise;


- Para quebrar a molécula ocorre um investimento (gasto) de 2
ATP;
- São formadas duas moléculas com 3 carbonos cada (ainda não são
piruvatos);
- São liberados 2 íons H+ (desidrogenação) que são capturados por
NAD+ transformando-se em NADH;
- São formadas 4 moléculas de ATP (saldo positivo de 2 ATP).
NO SALDO FINAL DA GLICÓLISE, FORMAM-SE:

- 2 moléculas de ATP; É importante você guardar


essas informações, no
- 2 moléculas de NADH;
final tudo fará sentido.
- 2 moléculas de piruvato (C 3 H 4 O 3 ).

CICLO DE KREBS OU CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO


Antes dos piruvatos entrarem no ciclo de Krebs, eles passam por uma
reação chamada de oxidação do piruvato, onde são transformados
em acetil-coa:

- Cada piruvato perde um carbono na forma de CO 2 ;


- Forma-se uma molécula com 2 carbonos (acetil);
- É liberado um H+, formando outro NADH;
- A molécula com dois carbonos se junta com a coenzima A e forma
a molécula acetilcoenzima A (acetil-CoA).
É o acetil-CoA que vai entrar no ciclo de Krebs. Veja a imagem e
acompanhe abaixo:

O número de carbonos
de cada molécula está
representado ao lado
do nome, na forma de
C2, C4, C6...

NO SALDO FINAL DO CICLO DE KREBS, FORMAM-SE (TOTAL):

- 8 NADH; (lembre-se que 2 são formados durante a formação do


acetil-CoA)
- 2 FADH;
- 2 GTP (2 ATP);
- Libera 6 moléculas de CO 2 . Guarde essa informação.

CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS OU CADEIA


RESPIRATÓRIA

Somando a glicólise e o ciclo de Krebs até agora foram formados


(saldo positivo):

- 4 ATP
- 10 NADH
- 2 FADH
É agora que entram em cena os NADH e FADH, eles são conduzidos
até as cristas mitocondriais e lá eles perdem seus hidrogênios, sendo
convertidos novamente em NAD+ e FAD. Nesse processo são
liberados os elétrons ricos em energia, que são conduzidos pelas
cristas mitocondriais por um complexo de proteínas chamadas de
citocromos atraídos pelo O 2 (aceptor final de elétrons), no final
forma água.

Ocorre o bombeamento de H+ para o espaço entre as duas


membranas da mitocôndria. Esses H+ precisam voltar para a matriz
mitocondrial, mas só conseguem voltar por uma proteína chamada
ATPsynthase (ATP sintase).

E quantas moléculas de ATP são formadas?

- Cada NADH guarda energia suficiente para a produção de 3 ATP.


- Cada FADH guarda energia suficiente para a produção de 2 ATP.
Vamos a soma:
10 NADH = 30 ATP
2 FADH = 4 ATP

São 34 ATP na respiração, mais os 4 que foram produzidos até aqui.


A respiração celular produz 38 ATP por molécula de glicose.

Pesquisas recentes indicam que esse número de ATP pode estar


superestimado. Mas ainda é cedo para afirmar e, portanto,
continuamos com os 38 ATP. 

FERMENTAÇÃO

A fermentação é um processo de obtenção de energia sem a


utilização do gás oxigênio (O 2 ), portanto é anaeróbio.
TIPOS DE FERMENTAÇÃO:

- Fermentação láctica: produto final é o ácido láctico.

Esse tipo de fermentação ocorre em nossas células musculares.


Se a atividade física for intensa, pode ocorrer o acúmulo de ácido
láctico, o que favorece a câimbra. Alguns queijos são fabricados a
partir dessa fermentação.

- Fermentação alcoólica: produto final é o álcool etílico (etanol).

Esse tipo de fermentação é feita por fungos unicelulares


conhecidos por leveduras e ocorre a liberação de CO 2 .

- Utilizados para o fazer pão e para algumas bebidas alcoólicas.

- Fermentação acética: Produto final é o ácido acético (vinagre).

Saldo de ATP por molécula de glicose é apenas 2.

FOTOSSÍNTESE

A fotossíntese é didaticamente dividida em duas etapas: fotoquímica


(clara) e química (escura). A primeira ocorre em presença de luz e a
segunda ocorre apenas após a primeira, portanto, ambas ocorrem
apenas na presença de luz.
Experimento de Priestley, no século XVIII

Ele notou que em um pote


fechado, ratos sobreviviam muito
mais tempo quando havia uma
planta no pote (experimento
cruel!). Deduziu que as plantas
“renovavam” o ar, estava dado o
pontapé inicial para a descoberta
da fotossíntese.
A fase fotoquímica ocorre na membrana dos tilacoides e a fase
química no estroma.

Diferentes pigmentos fotossintetizantes otimiza a captação da energia


luminosa pela planta.
Se uma folha é verde, é porque refletiu essa cor e, portanto a
clorofila realiza fotossíntese mais eficientemente com o comprimento
de ondas luminosa azul e vermelha.

Vamos ver com mais detalhes o que ocorre em cada uma das etapas.

A água fornece os elétrons e os hidrogênios para o fotossistema II, a


luz energiza os elétrons que vão até o centro do fotossistema, na
região chamada de centro de reações. Proteínas conhecidas como
citocromos carregam esses elétrons até o fotossistema I, no caminho
é produzido ATP. Quando os elétrons chegam no fotossistema I são
novamente energizados pela luz e vão até o centro, onde são
conduzidos para formar agora a molécula de NADPH. Repara que esse
é o processo acíclico, pois o mesmo elétron não voltou para o
fotossistema, ele ficou na molécula de NADPH.

A etapa fotoquímica pode


passar por um processo
cíclico, quando o elétron,
no fotossistema I, é
utilizado para a formação
do ATP, portanto ele
retorna para ser
novamente energizado.

Etapa química - escura

É na etapa escura que o CO 2 é utilizado, juntamente com a energia


do ATP e os elétrons e hidrogênios do NADPH é produzida a molécula
orgânica.
Alguns gráficos que podem ser cobrados nos vestibulares:

QUIMIOSSÍNTESE

Os quimiossintetizantes produzem o seu próprio composto orgânico a


partir da oxidação de moléculas inorgânicas, portanto também são
autótrofos. Como exemplo, algumas bactérias e arqueas.

Veja o resumo geral do processo


SÍNTESE PROTEICA OU SÍNTESE DE PROTEÍNAS

A síntese protéica é dividida em duas etapas: transcrição e


tradução.

TRASNCRIÇÃO

TRADUÇÃO

TRANSCRIÇÃO: leitura de um gene para a formação de uma molécula


de RNAm (RNA mensageiro). Ocorre no núcleo.

TRADUÇÃO: formação da proteína a partir da informação contida no


RNAm. Entra em ação o ribossomo (contendo RNAr) e o RNAt, que
carrega o aminoácido. Ocorre no citoplasma ou no reticulo
endoplasmático rugoso.

Lembre-se: um gene é uma porção do DNA que guarda informação


suficiente para a produção de uma proteína.
TRANSCRIÇÃO – A PRIMEIRA ETAPA

O RNAm é fabricado. As bases nitrogenadas do DNA determinam as


do RNA. Veja que se a fita do DNA é T A C G G C T... a do RNA será A
U G C C G A... No RNA o no lugar do T, existe o U.

O RNA passa pelo splicing:


A cada 3 bases nitrogenadas existe 1 nucleotídeo:

TRADUÇÃO – A SEGUNDA ETAPA

Veja o código genético

O código genético é a “linguagem” que a célula utiliza na tranferência


da informação do DNA até a expressão dessa informação em
proteína. Esse código é universal.

Cada códon, codifica um aminoácido.


Agora vamos entender como se dá a ligação entre os todos os tipos
de RNA e o ribossomo. Perceba que o ribossomos vai deslizar sobre a
fita do RNAm, enquannto isso o RNAt se liga com seu anticódon ao
códon do RNAm e libera seu aminoácido correspondente.

Os aminoácidos são ligados pela ligação peptídica

O processo ocorre até chegar o códon de terminação. Estará formada


a proteína.

Até mais! 
NÚCLEO CELULAR

O núcleo é composto de um envelope nuclear que envolve a


cromatina, que está mergulhada no nucleoplasma. No
nucleoplasma também existe um ou mais nucléolos, pequenos
corpúsculos onde o RNA ribossômico é formado. Pelos poros
nucleares passam substâncias para fora e para dentro do núcleo.

Eucromatina – Região do DNA em que os genes estão ativos.

Cromatina sexual - Como a mulher tem XX, um


dos cromossomos é inativo e permanece
condensado, portanto, ao observar no microscópio
é possível enxergá-lo. Ele é chamado de cromatina
sexual ou ainda corpúsculo de Barr.
CROMOSSOMOS

Um cromossomo é uma molécula de DNA condensada. Cada


cromossomo tem seu par, os pares são chamados de cromossomos
homólogos.

Guarde essa informação:

Célula diplóide é 2n = 46 e são chamadas células somáticas.


Célula haplóide é n = 23 e são os gametas (espermatozóide e óvulo).
(O número de cromossomos segue o exemplo de nossa espécie)

Um cromossomo duplicado possui dois


filamentos de DNA condensado, nesse
caso são chamados de cromátides
irmãs

O Cromossomo duplicado possui uma estrangulação chamada


centrômero, por onde as cromátides irmãs estão presas.

CENTRÔMERO
No centrômero existe DNA e cinetócoro, um
disco ao qual se prendem os filamentos do fuso acromático (fuso
mitótico ou meiótico) durante a divisão celular.

Telômeros protegem o cromossomo contra danos TELÔMEROS

Cariótipo

O cariótipo é o conjunto de características morfológicas dos


cromossomos de uma célula. A célula humana é normalmente
constituída por 46 cromossomos, sendo 44 autossômicos e 2 sexuais.

Idiograma normal Síndrome de Down

Células e o número de núcleos

- A maioria das células eucarióticas tem apenas um núcleo

- As hemácias nos mamíferos não


apresentam núcleo e são, portanto,
anucleadas.
- Protozoários ciliados possuem dois núcleos.

- Células de músculo estriado são multinucleadas.

RELAÇÃO ENTRE DNA, GENE E CROMOSSOMO

um gene é uma porção do DNA (uma sequência de bases


nitrogenadas – A, T, C, G) que guarda informação suficiente para a
formação de uma proteína

INTERFASE E MITOSE

A célula possui um ciclo de vida (ciclo celular)


dividido em interfase, quando a célula não está
se dividindo e mitose ou meiose. Na mitose
uma célula se divide em duas idênticas.

Uma única
célula origina
todas as outras
células de nosso
corpo
Funções da mitose

- Regeneração;
- Renovação de tecidos;
- Crescimento para organismos multicelulares;
- Reprodução nos organismos unicelulares.
O ciclo celular dividido em interfase e mitose (ou meiose)

INTERFASE

MITOSE

INTERFASE

G1 –
INTERFASE
- Crescimento celular;
- Aumento do número de organelas;
- Intensa síntese de proteínas e RNA;
- Os cromossomos não estão duplicados;
- Existe um ponto de checagem.
S–
- Duplicação do DNA
- Duplicação dos centríolos.
G2 –
- Antecede a mitose;
- Ponto de checagem.
G0 – Algumas células ficam em G0, é quando cessa definitivamente
ou momentaneamente a divisão celular, como vimos anteriormente.

A mitose é um processo extremamente controlado

MITOSE

A mitose é dividida em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e


telófase.

Final da interfase:

Veja como está a célula momentos antes da divisão, no final da


interfase.

- DNA e centrossomos duplicados;


- Célula pronta para a divisão.

Prófase:

- Inicia a condensação dos cromossomos;


- Nucléolo desaparece;
- Migração dos centrossomos;
- Formação do fuso mitótico (acromático);
- Membrana nuclear (núcleo) desaparece. Fuso mitótico

Núcleo se desfaz
Cromossomos condensando

Metáfase

- Cromossomos alinhados no centro da célula, para a perfeita divisão;


- Máxima condensação dos cromossomos (evitando erros);
- Fibra do fuso se liga aos cromossomos pelo cinetócoro;
- No final da metáfase existe outro ponto de checagem.
Placa equatorial

Fibras do fuso se
ligam aos
cromossomos pelo
cinetócoro

Anáfase

- As fibras do fuso encolhem e puxam as


cromátides irmãs para pólos opostos da
célula;
- Ocorre a separação das cromátides
irmãs;
- É uma cópia de DNA para cada lado.
Fibras do fuso se encolhem
e puxam as cromátides
para lados opostos

Telófase

- Descondensa o DNA (processo necessário para voltar a síntese


proteica);
- O envoltório nuclear é novamente montado;
- Núcleo volta (envoltório nuclear abrigando o material genético);
- Ocorre a citocinese (separação das células).

Citocinese Células filhas (clones da célula mãe)


Bizu: podemos dizer que a telófase é o contrário da prófase .

MEIOSE

Na meiose uma célula (2n) da origem a quatro, com metade no


número de cromossomos (n).

Na meiose uma célula


diplóide origina quatro
células haplóides – os
gametas

Na meiose ocorre duas divisões – Meiose I e Meiose II, e o material


genético se duplica apenas uma vez, na fase S da intérfase, como
vimos anteriormente.

Função da meiose: formação dos gametas em animais e esporos


em plantas.

Fases da meiose

Meiose I = prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I.

Meiose II = prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

Meiose I

Prófase I

A prófase I é a fase mais complexa da meiose, por isso ela foi


dividida em subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno
e diacinese.

Leptóteno

- Inicia a condensação dos cromossomos tornando eles visíveis


Zigóteno

- Aqui ocorre o pareamento (emparelhamento) dos cromossomos


homólogos, fenômeno conhecido como sinapse cromossômica. Eles
ficam ligados por uma estrutura chamada de complexo
sinaptonêmico.

Paquíteno

- Os cromossomos continuam a se condensar;


- Cromossomos estão completamente pareados;
- Cada par de cromossomos homólogos formam um conjunto
denominado bivalente (ou tétrade);
- Ocorre o crossing-over (ou permutação).

CROMOSSOMOS
HOMÓLOGOS CROMÁTIDES
ALINHADOS CROSSING-OVER RECOMBINADAS

Diplóteno CROMÁTIDES
NÃO
QUIASMAS RECOMBINADAS
- Melhor visualização dos quiasmas que é o ponto de contato entre
os cromossomos homólogos.

Quiasmas

Diacinese

- Os cromossomos migram para o centro (equador) da célula;


- Os cromossomos permanecem ligados apenas pelos quiasmas;
- Nucléolo desaparece;
- Membrana nuclear é completamente desintegrada;

Metáfase I
- Ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos na placa
equatorial (centro) da célula.

Anáfase I

- Os cromossomos duplicados são puxados para os lados opostos da


célula.

Telófase I

- Os cromossomos já estão separados em dois lotes, um em cada


lado da célula;
- Os cromossomos passam a se descondensar;
- O fuso acromático se desfaz;
- A membrana nuclear se reorganiza;
- Os nucléolos reaparecem;
- Estão formados os novos núcleos, cada um com metade do número
de cromossomos e, portanto, cada célula é n.

Citocinese I

- Células são separadas;


- Durante um breve período entre a meiose I e II os centrossomos se
duplicam em cada uma das células filhas recém-formadas;

- O período entre a meiose I e II é chamado de intercinese, e é


muito curto.

Meiose II

A segunda divisão da meiose é muito semelhante à mitose. Cada


uma das células filhas resultantes da meiose I entram na prófase II.

Prófase II

- Cromossomos voltam a se condensar;


- Nucléolos desaparecem;
- Migração dos centrossomos para os pólos opostos;
- Formação do fuso acromático.

Metáfase II
- Cromossomos localizados na placa equatorial da célula;
- Fibras do fuso ligadas aos centrômeros;
- Separação das cromátides irmãs.

Anáfase II

- As cromátides irmãs são puxadas para os pólos opostos da célula.

Telófase II

- Reaparecimento da membrana nuclear e nucléolo;


- Cromossomos se descondensam.

Citocinese
– Divisão citoplasmática, originando as quatro células filhas do final
da meiose.
ESQUEMA DA MEIOSE
- LEPTÓTENO
- ZIGÓTENO
PRÓFASE I - PAQUÍTENO
- DIPLÓTENO
- DIACINESE

METÁFASE I

ANÁFASE I

TELÓFASE I E CITOCINESE

PRÓFASE II

METÁFASE II

ANÁFASE II

TELÓFASE II E CITOCINESE II
AULA 01 – INTRODUÇÃO À GENÉTICA

O que é a genética?
É a ciência que estuda a hereditariedade: os genes e sua transmissão.

- Hereditariedade: características passadas aos descendentes pela reprodução.

- Cromossomo: é uma molécula de DNA condensada, contém muitos genes.

- Gene – sequência de nucleotídeos que guarda informação para a produção de


uma proteína.

- Genoma – conjunto de todos os genes em uma espécie (portanto, todos os


cromossomos).

- Locus gênico – é a localização de um gene no cromossomo.

- Alelos – é a “letra”, cada gene pode ter diferentes formas, cada forma é o alelo
(A ou a, por exemplo).

- Genes alelos – estão no mesmo lócus gênico dos cromossomos homólogos e,


portanto são responsáveis pelo mesmo caráter biológico. Podem ser diferentes.

- Cromossomos homólogos: são cromossomos que possuem o mesmo conjunto


de genes. Eles ficam alinhados (pareados) durante a meiose.

- Gene letal: é a combinação de alelos que quando presente mata o indivíduo,


geralmente antes de nascer.
- Alelos múltiplos (polialelia): quando existem três ou mais alelos para um mesmo
lócus (ex. sistema ABO, existem 3 alelos A, B ou i).

- Ploidia: indica a composição cromossômica de uma célula.

- Genótipo: conjunto de genes de um indivíduo (representado pelas letras – AA,


Aa, aa).

- Fenótipo: é a característica expressada (visível ou detectável) por um gene.


Podemos aplicar uma fórmula simples –> Fenótipo = Genótipo + Ambiente.

- Pleiotropia: é quando um gene é responsável por mais de uma característica.

- Homozigoto (homozigose): os alelos são iguais, representados por AA


(homozigoto dominante) ou aa (homozigoto recessivo).

- Heterozigoto (heterozigose): os alelos são diferentes, representados por Aa.

- híbridos: são os heterozigotos (Aa).

- Cromossomos sexuais: são os cromossomos responsáveis pela determinação


do sexo de um indivíduo (em nossa espécie o X e o Y).

- Dominância completa: quando um alelo expressa e impede a expressão de


outro.

- Dominante: é o alelo que domina, representado pela letra maiúscula (A).

- Recessivo: é um alelo que só se expressa em homozigose (aa).

- Codominância: quando dois alelos se expressam, nenhum domina.

- Dominância incompleta ou intermediária: os indivíduos heterozigotos (Aa)


possuem o fenótipo intermediário.

- Herança autossômica: é relacionada a um gene autossômico, ou seja, qualquer


cromossomos que não seja sexual.

- Herança ligada ao sexo: é um gene que está no cromossomo sexual (X ou Y).

- Herança holândrica: relacionada ao cromossomo Y.


- Epistasia: genes inibem a ação de outros genes não alelos.

- Polimeria: vários pares de genes determinam uma característica.

- Cromatina sexual (corpúsculo de Barr): presente nas mulheres. É o cromossomo


X desativado. Perceba que a mulher é XX, um deles deve ser inativado. Processo
ocorre aleatoriamente.

AULA 02 – LEI DA SEGREGAÇÃO DOS FATORES (PRIMEIRA LEI DE


MENDEL)

- Mendel estudou os “fatores” (hoje chamamos de genes) combinados na


fecundação, como agentes da hereditariedade.

- Para que os resultados ficassem claros, Mendel escolheu sete características


das ervilhas de fácil identificação:

Mas porque ele usou ervilhas?

Usar ervilhas foi fundamental, porque elas apresentam características que


facilitam muito o tipo de estudo que ele realizou, veja: fácil cultivo, ciclo de vida
curto, alto índice de fertilidade, características facilmente identificáveis (e
diferentes), flores fechadas (o que impede a polinização cruzada naturalmente),
facilidade de realizar polinização artificial.
O EXPERIMENTO

- Vamos usar as cores das ervilhas.

- Mendel cruzou ervilhas verdes e amarelas (P).

- Os descendentes nasceram todos amarelos (F1).

- Ao cruzar os indivíduos de F1, voltaram a surgir


ervilhas verdes (em F2), na proporção de 25%.

Conclusão: algumas características estariam encobertas na F1, mas voltam a


aparecer em F2. O que estaria encoberto ele chamou de característica recessiva.
O que se manifestava em F1, dominante. Logo, cada planta teria dois fatores,
mas na formação de gametas apenas um deles seria selecionado, isso é de forma
aleatória. E de forma aleatória, a fecundação une novamente esses fatores.

- Recessivo é representado por letra minúscula.

- Dominante é representado por letra maiúscula.

- Cada característica hereditária é formada por dois fatores.


- Cada fator é herdado dos pais, um do pai, outro da mãe.
- Cada fator se separa (ele usou a palavra segregam-se) na formação dos
gametas.
- Cada gameta recebe aleatoriamente apenas um fator de cada
característica.
- Um indivíduo híbrido para uma característica, produz gametas de dois
tipos, mesmo tendo apenas uma das características evidente.

Os fatores (genes) que condicionam uma característica segregam-se (separam-


se) na formação dos gametas. De modo que o pai doa um fator e a mãe doa outro
para seus descendentes.

AULA 03 – GENÓTIPO E FENÓTIPO.

São termos importantes na genética.

- O genótipo é a constituição genética do indivíduo.


- O fenótipo são as características morfológicas, fisiológicas ou comportamentais
do indivíduo.

FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE

- Acompanhe o exemplo da aula: “os gêmeos idênticos”.

- Outro belo exemplo é o coelho da variedade Himalaia. A temperatura fria faz os


pelos crescerem pretos.
P
AULA 04 – VARIAÇÕES DA PRIMEIRA LEI DE MENDEL

Dominância incompleta ou herança intermediária


F1

- Como o nome sugere, nessa herança não existe


um alelo dominando o outro. Portanto um indivíduo
heterozigoto (híbrido) expressa um fenótipo
intermediário.

Codominância

Também não existe dominância entre os alelos, a


diferença é que aqui os dois se manifestam, ao invés
de um fenótipo intermediário.
Alelos Letais

São genes que causam a morte do indivíduo antes F2

do nascimento ou no inicio da vida. Um bom


exemplo é a pelagem em ratos: pode ser amarela
(Y) ou cinza (y), no cruzamento entre amarelos
heterozigotos a proporção fenotípica é 2:1.

Polialelia ou alelos múltiplos

- É quando existe três ou mais alelos diferentes para o mesmo lócus gênico.
Existe uma variedade maior de características condicionadas por um gene. Por
exemplo a pelagem dos coelhos.

- Cada uma dessas cores é determinada por


uma combinação diferente entre os alelos.

- Perceba a ordem de dominância: C→cch→ch→c

Pleiotropia

- É quando um gene condiciona mais de uma característica fenotípica.

AULA 05 – HERANÇA RELACIONADA AO SEXO

- Os genes que determinam o sexo do indivíduo estão situados em cromossomos


especiais chamados de cromossomos sexuais.

- A nossa espécie possui o sistema XY de determinação sexual.

- Como a mulher é XX, produz apenas óvulos contendo o cromossomo X.

- O homem é XY, portanto pode produzir espermatozóides X ou Y. Veja que quem


determina o sexo do bebê é o homem.
HERANÇA SEXUAL

- A herança sexual está relacionada aos


genes situados nas regiões não homólogas
dos cromossomos.

Herança ligada ao cromossomo sexual (X)

- É uma herança localizada na região não homóloga do cromossomo sexual (X).

- Perceba que mulheres podem ser XAXA, XAXa, XaXa, enquanto homens apenas
XAY ou XaY.

- Nesse caso a chance dos homens herdarem o alelo com determinada condição
é mais fácil, pois ele precisa de apenas um X.

Herança RECESSIVA ligada ao cromossomos sexual X.

- As mulheres precisam ter os dois alelos para manifestar a condição (XaXa).

- Os homens apenas um (XaY), por isso é mais frequente em homens.

Exemplos que você tem que saber:

1 – Daltonismo.

- Faça o teste:

- Existe mais de um tipo de daltonismo


(diferentes cores).

- Veja os genótipos e fenótipos


possíveis:
2 – Hemofilia.

- Causa a deficiência em fatores responsáveis pela


coagulação do sangue. Um pequeno ferimento pode
levar a uma profunda hemorragia.

3 – Distrofia muscular de Duchenne.

- Ocorre em homens.

- Perceba que a mulher pode ser portadora, caso tenha recebido o alelo de sua
mãe, também portadora.

* Como homens afetados raramente


chegam a fase adulta com capacidade
reprodutiva, por isso é quase
impossível mulher possuir essa
doença.

Herança DOMINANTE ligada ao cromossomos sexual X.

- As mulheres costumam ser mais afetadas, pois basta estar presente em apenas
um cromossomos X.

Herança RESTRITA ligada ao cromossomo sexual Y (GENES HOLÂNDRICOS).

- Esses genes estão ligados na região não homóloga ao cromossomo Y, portanto


é exclusiva de homens.

Herança INFLUENCIADA pelo sexo

O exemplo clássico é a calvície.

- Para o homem ser calvo basta ser heterozigoto, a mulher para ser calva deve
ser homozigota dominante para a característica. Veja que é a testosterona
influenciando a queda do cabelo.

Para finalizar, vamos estudar outros sistemas de determinação do sexo.

SISTEMA X0

- Presente em gafanhotos e outros insetos.


- A fêmea possui dois cromossomos X, o macho apenas um.

- O macho pode produzir gametas com X ou gametas sem X (0).

SISTEMA ZW

- Ocorre em aves, mariposas e borboletas.

- A fêmea que possui o sexo heterogamético.

HAPLODIPLOIDIA

- Ocorre em abelhas e outros insetos.

- O sexo é determinado pela ploidia, ou seja, pelo quantidade de conjuntos


cromossômicos que o indivíduo apresenta.

AULA 06 – GRUPOS SANGUÍNEOS

SISTEMA ABO

- Veja a ordem de dominância dos alelos dos grupos sanguíneos: IA = IB > i

SISTEMA Rh

- O R domina sobre o r.

Eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém nascido).


- Caso a mãe tenha sangue de Rh- e o bebê Rh+, ocorre essa condição. Isso
porque uma pessoa Rh- produz anticorpos que atuam sobre a proteína Rh+.

- Esse problema pode ser evitando se a mãe fizer um acompanhamento durante a


gravidez.

AULA 07 – HEREDOGRAMA (GENEALOGIA)

- É conhecida também por árvore genealógica.

- É uma representação de relação de parentesco utilizando símbolos.

COMO UTILIZAR UM HEREDOGRAMA?

Dica:

- Se os pais não são afetados, mas


possuem um filho afetado, é uma doença
recessiva e os pais são heterozigotos
(Aa).

- Se os pais estão afetados por uma


condição e os filhos não estão afetados,
trata-se de uma doença dominante e os
pais são heterozigotos, o filho portanto,
recebeu o aa dos pais.
AULA 08 – PROBABILIDADE NA GENÉTICA (noções de probabilidade)

- Para calcular a probabilidade de um certo evento devemos dividir o numero de


casos desejados (para que ocorra o evento) pelo número de casos possíveis.

P(A) = Probabilidade de um evento.

N(A) = Número de casos desejados.

N(E) = Número de casos possíveis

EM GENÉTICA...

# Qual a chance de nascer um filho homem?

P(A) = ?
N(A) = 1 (Filho homem)
N(E) = 2 (Pois ou nasce homem, ou nasce mulher)

Aplicando a fórmula teremos P(A) = 1/2 = 0,5 (ou 50%).

# Utilizando o cruzamento das ervilhas da primeira lei de Mendel. Ao cruzar duas


heterozigótias (Aa) para a cor, qual a chance de nascer uma ervilha amarela
(sendo a cor amarela dominante)?

- Números possíveis N(E) = 4

- Números desejados N(A) = 3 (ervilhas amarelas).

- Resposta P(A) = ¾ ou 75%.

REGRA DO “E” – PRODUTO DE PROBABILIDADES

- São eventos independentes, ou seja, não dependem um do outro para


acontecer.

- Por exemplo, a cor da ervilha ocorre independente de sua textura.

- Nesse caso multiplicamos a probabilidade de cada evento.


REGRA DO “OU” – SOMA DE PROBABILIDADES

- São eventos mutuamente exclusivos, ou seja, não podem ocorrer ao mesmo


tempo.

- Exemplo: é impossível que a ervilha seja verde e amarela ao mesmo tempo.

- Para os eventos “ou” devemos somar a probabilidade de cada evento.

AULA 09 – LEI DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE (SEGUNDA LEI DE


MENDEL)

- Imagine o cruzamento entre ervilhas (puras) amarelas e lisas (VVRR) com


ervilhas verdes rugosas (vvrr).

- Perceba que indivíduos VVRR só podem produzir um tipo de gameta VR. Os


indivíduos vvrr também só podem produzir um tipo de gameta vr.

- Do cruzamento parental (P) entre VVRR e vvrr surgem 100% de indivíduos


diíbridos = VvRr, acompanhe:

- Alelos:

V = amarela (VV ou Vv) R = lisa (RR ou Rr)


v = verde (vv) r = rugosa (rr)

Veja o cruzamento entre as F1:

Diagrama de Punnet
Resultado em F2:

9/16 = ervilhas amarelas e lisas 3/16 = ervilhas verdes lisas


3/16 = ervilhas amarelas 1/16 = ervilhas verdes rugosas
rugosas
- Note que a proporção fenotípica entre o cruzamento de diíbridos será sempre
9:3:3:1, pois eles podem formar todos os tipos possíveis de gametas para essas
duas características: VR, Vr, vR, vr.

- O resultado ocorre pela segregação independente (segunda lei de Mendel) dos


alelos durante a formação dos gametas.

- Isso ocorre porque os genes estão em pares diferentes de cromossomos


homólogos (ocorre na anáfase I da meiose).

SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE PARA MAIS DE DOIS PARES DE GENES


ALELOS (poliibridismo)

- Aplicamos para isso a seguinte fórmula: 2n onde n é a quantidade de alelos


híbridos do indivíduo. Imagine um indivíduo AABbCcddEe, temos 3 pares de
alelos diferentes (heterozigotos), logo aplicamos a fórmula 23=8. Esse indivíduo
pode produzir 8 diferentes gametas.

- É muito importante que você perceba que esse padrão da segunda lei de
Mendel só ocorre quando os genes estão em cromossomos diferentes.

AULA 10 – INTERAÇÃO GÊNICA

- Algumas heranças dependem de dois ou mais pares de genes não alelos. O


fenótipo depende da interação entre esses genes. Existem dois tipos de interação
gênica: a herança complementar e a epistasia.

HERANÇA COMPLEMENTAR
EPISTASIA

- O gene (epistático) inibe a ação de outro gene (hipostático).

- Epistasia recessiva: o alelo que inibe o outro par é recessivo.

- Epistasia dominante: o alelo que inibe o outro par é dominante.

Veja
PRETO DOURADO MARROM

- A proporção fenotípica fica 9:3:4

AULA 11 – CARIOGRAMA E ALTERAÇÕES CROMOSSOMICAS

- Você já estudou em outras aulas:


possuímos 23 pares de cromossomos, veja:

- Acompanhe a aula e faça as anotações na apostila.

Síndrome de Down – Trissomia do 21

Síndrome de Patau – Trissomia do 13


Síndrome de Edwards – Trissomia do 18

Síndrome de Turner – Monossomia do x

Síndrome de Klinefelter - XXY

AULA 12 – LINKAGE – CROSSING OVER – TAXA DE RECOMBINAÇÃO –


MAPEAMENTO GENÉTICO

LINKAGE (LIGAÇÃO GÊNICA)

- Os genes presentes em cromossomos diferentes segregam-se


independentemente, como visto na segunda lei de Mendel.

- Se os genes estão completamente ligados, ocorre apenas dois tipos diferentes


de gametas, e não 4 como na segunda lei de Mendel.

- Imagine um genótipo duplamente heterozigoto, em linkage. Existem duas


possibilidades de arranjo:

CIC: genes posicionados simetricamente: os


alelos dominantes em um cromossomo, os
recessivos em outro.

TRANS: cada cromossomo com um alelo


recessivo e dominante para os dois genes.
PERMUTAÇÃO (CROSSING OVER)

- Estudos demonstraram que muitos genes não estavam completamente ligados,


mesmo eles estando no mesmo cromossomo! Doido isso!

- Veja o experimento feito por Morgan com moscas drosófilas:

- Cor do corpo: cinza (P) ou preta (p).

- Asas: normais (V) ou vestigiais (v).

- Cruzando uma fêmea diíbrida para essas características (PpVv) com um macho
duplo homozigoto recessivo (ppvv) originou a seguinte proporção:

Resultado:

- 41,5% cinza com asas normais. - 8,5% cinza com asas vestigiais.
- 41,5% preto com sãs vestigiais. - 8,5% preto com sãs normais.
- Esse processo é chamado permutação ou crossing over.

- Dois genes ligados podem ter a posição trocada durante a meiose I.

- Perceba que uma célula que sofre crossing over produz dois gametas sem
recombinação (parentais) e dois com recombinação (recombinantes).
TAXA DE RECOMBINAÇÃO

- É a porcentagem de gametas recombinantes formados em um cruzamento.

O cruzamento:

- Fêmea: PpVv produz gametas: PV, Pv, pV, pv, em proporções diferentes.

- Macho: ppvv, produz gametas pv.

Ao fazer o cruzamento

- 41,5% cinza com asas normais = PpVv


- 41,5% preto com sãs vestigiais = ppvv
- 8,5% cinza com asas vestigiais = Ppvv
- 8,5% preto com sãs normais – ppVv

- Te liga que os genótipos PpVv e ppvv são originados de gametas parentais, pois
estão em maior quantidade (41,5%), os genótipos Ppvv e ppVv foram originados
de gametas recombinantes.

- Sendo os gametas do macho sempre pv, a variação ocorreu nos gametas da


fêmea. Portanto basta eliminar os alelos pv de todos os descendentes para ter a
proporção de gametas da fêmea.

- PpVv – gametas = PV 41,5% - Ppvv – gametas Pv= 8,5%


- ppvv – gametas pv = 41,5% - ppVv – gametas pV = 8,5%
- Sendo assim, nas fêmeas os gametas recombinantes são Pv e pV (8,5%) e os
gametas parentais são PV e pv (41,5%).

MAPEAMENTO GENÉTICO

- É a representação da posição dos genes no cromossomo.

- A partir da taxa de gametas recombinantes é possível determinar a distância que


separa dois genes, pois quanto mais distante os genes ligados estão, maior a
possibilidade de permutação.
- A medida utilizada para essa distância é a unidade de recombinação (UR),
unidade de mapa (u.m.). Essa medida indica a distância necessária para que a
recombinação seja de 1% (para cada unidade), sendo assim a frequência (taxa)
de recombinação de 13% entre dois genes tem uma distância de 13 UR.

- Vamos entender com um simples exemplo: Suponha que precisamos mapear 3


genes: A, B e C. A taxa de recombinação entre eles é:

A e B = 30% C e B = 20% A e C = 10%

Qual a disposição deles no cromossomo?

10 UR 20 UR

30 UR

AULA 12 – HERANÇA QUANTITATIVA (POLIGÊNICA)

- Algumas características fenotípicas como a cor da pele, são determinadas por


uma grande quantidade de genes. Cada alelo contribui de forma quantitativa para
a característica, gerando uma grande variação.

- Veja o exemplo resumido de herança


quantitativa relacionada a cor da pele em
nossa espécie.

- Como o fenótipo intermediário possui maior número de genótipo ele é mais


comum em uma população e, portanto, mais freqüente, veja esse outro exemplo:

FENÓTIPOS EXTREMOS

CLASSES FENOTÍPICAS = NÚMERO DE ALELOS + 1


- Veja o exemplo que estudamos acima, existem 5 classes fenotípicas (cor da
pele) e portanto 4 alelos envolvidos.

- Agora veja esse gráfico novamente:

- São 7 classes fenotípicas.

- Vamos aplicar a fórmula e


descobrir quantos alelos estão
participando do processo.

CLASSES FENOTÍPICAS = NÚMERO DE ALELOS + 1

7 = NÚMERO DE ALELOS + 1

NÚMERO DE ALELOS =7–1

NÚMERO DE ALELOS = 6 (pode ser AABBCC, por exemplo)

- Podemos também prever a quantidade de fenótipos extremos em uma


população usando a seguinte fórmula:

FREQUÊNCIA DOS FENÓTIPOS EXTREMOS =1/4n

- n é o número de alelos envolvidos.


- Vamos usar o exemplo da cor da pele, visto acima:

FREQUÊNCIA DOS FENÓTIPOS EXTREMOS =1/44

FREQUÊNCIA DOS FENÓTIPOS EXTREMOS =1/16

- Lembre-se do cruzamento na segunda lei de Mendel, os genótipos VVRR e vvrr


(4 alelos) aparecem apenas uma vez a cada 16 (1/16).

Na aula vou dar uma dica de


como o triângulo de Pascal
pode nos ajudar a conhecer a
proporção fenotípica entre o
cruzamento de heterozigotos.
AULA 1 – TIPOS DE REPRODUÇÃO

Existem basicamente dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada.

Resumo:

Reprodução sexuada: ocorre mistura de material genético entre os


indivíduos (cuidado, reprodução sexuada não necessariamente
envolve o ato sexual).

Reprodução assexuada: não ocorre mistura de material genético e


seus “filhos” são geneticamente idênticos a quem os originou.

1 - Reprodução sexuada:

Vantagens: aumento da variabilidade genética para a população.


Desvantagens: grande gasto de energia e tempo. Além da possível
vulnerabilidade aos predadores.

Classificação da reprodução sexuada

Quanto ao sexo: o indivíduo pode ser monóico ou dióico;

Monóico são aqueles indivíduos que


possuem órgãos sexuais dos dois sexos.
Dióicos são aqueles indivíduos que
apresentam apenas um órgãos sexual, seja
masculino ou feminino.

Quanto ao desenvolvimento: direto ou indireto.

Direto: Não sofrem grande transformação em seu corpo.

Indireto: Ocorre a famosa


metamorfose.

Quanto a fecundação: pode ser interna ou externa;

Interna: quando a união dos gametas ocorre dentro do corpo dos


indivíduos (geralmente na fêmea).

Externa: a união dos gametas ocorre fora do corpo dos indivíduos.

Em animais, podemos classificar ainda a fecundação e


desenvolvimento do embrião com os seguintes termos:

- Ovulíparos: a fecundação ocorre em ambiente externo. Ex.: alguns


peixes, anfíbios e invertebrados aquáticos.

- Ovíparos: o animal se desenvolve dentro de um ovo em ambiente


externo, sem ligação com a mãe, portanto todo o seu nutriente está
no ovo. Exemplos: aves, répteis, ornitorrinco (único mamífero que
põe ovo).

- Ovovivíparos (ou ovovíparos): o embrião se desenvolve dentro


do ovo, que fica todo tempo dentro da fêmea durante o
desenvolvimento do embrião. Embrião não tem ligação nutritiva com
a mãe, todos os seus nutrientes estão no ovo. Ex.: alguns peixes
(tubarão) e répteis.
Vivíparos: o embrião se desenvolve na placenta, dentro da mãe e
necessita de nutrientes e oxigênio diretamente do sangue materno.
Ex.: ser humano, gato, cachorro, etc.

2 - Reprodução assexuada:

Não ocorre troca de material genético, o indivíduo que nasce é


geneticamente idêntico (clone) ao genitor.

Vantagens: pouco gasto de energia e tempo e é relativamente


rápida.

Desvantagens: pouca ou nenhuma variabilidade genética para a


população.

Tipos de reprodução assexuada:

Divisão binária (fissão binária,


cissiparidade ou bipartição): ocorre em
organismos unicelulares. A célula se
divide, dando origem a dois
organismos geneticamente idênticos ao
genitor. Ex. Bactérias.

Esporulação: células liberam esporos, que


voam pelo ambiente e germinam quando
encontram um local apropriado. Ex. Alguns
fungos e algas.

Brotamento (gemulação): o indivíduo


forma brotos, esses se separam do corpo
do genitor, caem no ambiente e passam a
ter vida independente. Ex. alguns fungos,
animais e algas.
Estaquia: A estaca é um pedaço de caule retirado de uma
planta adulta que pode ser plantado em terra ou na água
até a formação de raízes. Ex. plantas como a roseira.

Partenogênese: formação do indivíduo a partir de gametas não


fecundados, ou seja, o adulto é haplóide (n). Ex abelhas.

Partenogênese

Perceba que o macho (zangão) é


formado a partir de um óvulo não
fecundado da rainha

Outros tipos de reprodução assexuada (veremos quando estudarmos


os reinos):

Estrobilização Fragmentação

AULA 2 - TIPOS DE CICLO DE VIDA

Os ciclos de vida podem ser divididos em haplobiontes e diplobiontes.

Haplobionte: apenas UMA GERAÇÃO ADULTA, ou seja, há apenas


organismos haplóides (n) (chamado de haplobionte haplonte) ou
diplóides (2n) (chamados de haplobionte diplontes).
Diplobiontes: DUAS GERAÇÕES ADULTAS: uma haplóide (n) e outra
diplóide (2n). Nesse ciclo ocorre, portanto, alternância de gerações.

Ciclo haplobionte diplonte

Ciclo haplobionte haplonte

Ciclo diplobionte
AULA 3 - REPRODUÇÃO HUMANA –

SISTEMA GENITAL FEMININO

AULA 4 – OVULAÇÃO
É a formação dos óvulos (ovócitos de classe 2)
AULA 5 - SISTEMA GENITAL MASCULINO
É a formação dos espermatozóides

AULA 6 – ESPERMATOGÊNESE
- É o processo de formação dos gametas masculinos, os
espermatozóides.
- Ocorre no interior dos testículos, especificamente nos túbulos
seminíferos.
Espermatozóide:
É formado por duas porções: cabeça e cauda.

Processo de
espermiogênese,
quando as espermátides
se transformam em
espermatozóides
funcionais

AULA 7 – FECUNDAÇÃO:
- Processo em que o espermatozóide encontra e funde seu núcleo ao
de um óvulo.
- Forma o zigoto.
- Milhões de espermatozóides são expelidos na ejaculação.
- O encontro ocorre no terço inicial da tuba uterina.
Veja o resumo dos fatos:
1 – Contato.
2 – Reação acrossômica: ruptura do acrossomo, liberando as enzimas
que irão facilitar a penetração.
3 – Reconhecimento espécie-específica: moléculas na membrana
plasmática são reconhecidas.
4 – Fusionamento das membranas: ovócito dois passa a ser chamado
de óvulo, ocorre o impedimento de outros espermatozóides
penetrarem.
5 – Reação cortical: liberação de enzimas, óvulo não reconhece
outros espermatozóides.
6 – Cariogamia (anfimixia): fusão dos núcleos haplóides, formando
um núcleo diplóide (2n)
3 4
2

1 5
6

AULA 8 - MÉTODOS CONTRACEPTIVOS:


- São usados para prevenir a gravidez. Vamos falar dos principais.

Métodos não definitivos

Coito interrompido:
- É a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação.

Tabelinha:
- Acompanhamento do ciclo menstrual.
- Nos dias férteis usar camisinha ou não ter
relações sexuais.

Preservativo masculino
- Impede que o sêmen chegue à vagina.

Preservativo feminino
- Conhecido por camisinha feminina.
- funciona da mesma forma que o
masculino, pois impede o encontro dos
gametas.
Diafragma
- Dispositivo flexível que tampa a
entrada do colo do útero.
- Aplica-se junto uma substância
espermicida.

Pílula (anticoncepcional)
- Regulação hormonal.
- Impede a ovulação.

Anticoncepcional oral de emergência


- Conhecido por pílula do dia seguinte.
- Evita a ovulação ou a implantação do futuro zigoto na parede do
útero.

Anticoncepcional injetável
- É hormonal.
- Inibe a ovulação.
- Usado a cada 30 dias ( outros a cada 90 dias).

Dispositivo intrauterino
- Conhecido como DIU.
- Causa pequena resposta inflamatória.
- Evita a implantação do óvulo fecundado.
MÉTODOS DEFINITIVOS

Vasectomia
- Cortam-se os ductos deferentes impedindo que
os espermatozóides saiam na ejaculação.

Laqueadura tubária
- Cortam-se as tubas uterinas.
- Impede que os espermatozóides e óvulo se
encontrem.

AULA 9 - DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Doenças causadas por bactérias:


- Cancro mole (ou cancro venéreo)
Bactéria Haemophilus ducreyi
- Gonorréia
Bactéria Neisseria gonorrhaea
- Linfogranuloma venério
Bactéria Chlamydia trachomatis
- Sífilis
Bactéria Treponema pallidum

Doeças causadas por vírus:


- AIDS
Vírus HIV (Human Immunodeficience Virus). Esse vírus ataca
linfócitos CD4, causando uma fragilidade no sistema imunológico. A
pessoa pode morrer com uma gripe. Não tem cura, mas tratamento.
- Condiloma aculminado
Vírus HPV. Te liga que o HPV tamém pode ser responsável pelo
câncer de colo do útero. Tem vacina.

- Herpes genital
Vírus HSV-2 (Herpes simplex vírus type 2)

Doenças causadas por fungos:


- Tricomoníase
Protozoário Trichomonas Vaginalis

Existem outras doenças menos comuns ou graves, como é o caso do


chato (piolho pubiano), causada por um inseto.
Faaaala, pessoal! Tudo certinho?

AULA 1 – EMBRIOLOGIA ANIMAL – DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO:

1- Segmentação (clivagem): fase marcada pela intensa divisão celular


(mitose). Aumenta o número de células, mas não ocorre o aumento no
volume do embrião.

2- Gastrulação: continuam as divisões, ocorre diferenciação celular e


aumento de volume. Forma o blastóporo.

3- Organogênese: Células especializadas dos folhetos embrionários


começam a se diferenciar. Elas darão origem aos tecidos e órgãos. Em
nossa espécie, ao final dessa etapa (terceiro mês de vida) o embrião
passa a ser chamado de feto.

Distribuição de vitelo nos ovos


Vitelo é a substância nutritiva do ovo.

ISOLÉCITOS (OLIGOLÉCITO OU ALÉCITO)


Característica: pouco ou nenhum vitelo (nenhum
vitelo = alécitos). Quando presente está
uniformemente distribuído no citoplasma.
Representantes animais: Equinodermos (estrelas-
do-mar) e mamíferos.
HETEROLÉCITO
Característica: quantidade intermediária de vitelo
distribuída irregularmente entre o pólo animal
(região onde está o núcleo) e o pólo vegetativo
(onde está a maior concentração de vitelo).
Representantes animais: Anfíbios e peixes.

TELOLÉCITO
Característica: grandes ovos com muito vitelo
distribuído no poli vegetativo
Representantes animais: Répteis e aves.

CENTROLÉCITO
Característica: Vitelo localizado no centro do ovo,
o citoplasma é deslocado para a periferia da
célula.
Representantes animais: Insetos.

Tipos de segmentação: holoblástica ou meroblástica.

SEGMENTAÇÃO HOLOBLÁSTICA (OU TOTAL)


- O zigoto se divide por inteiro
- Ovos do tipo heterolécitos e isolécitos
Tipos de segmentação holoblástica

A- Holoblástica igual: blastômeros possuem o mesmo tamanho. Ocorre


em animais com ovos isolécitos.
B- Holoblástica desigual: blastômeros de tamanhos nitidamente
irregulares, sendo os maiores chamados de macrômeros, e os
menores de micrômeros. Ocorre nos ovos heterolécitos.

SEGMENTAÇÃO MEROBLASTICA
- Zigoto se divide parcialmente
- Ocorre nos ovos telolécitos e centrolécitos
Tipos de segmentação meroblástica

A – Meroblástica discoidal: as divisões ocorrem apenas no pólo animal


formando uma espécie de disco de células, o blastodisco. Ocorre em
ovos telolécitos.

B – Meroblástica superficial: Blastômeros resultantes são descolados


para a superfície. Ocorre nos ovos centrolécitos.
1 – SEGMENTAÇÃO
Durante a segmentação (clivagem) o embrião passa por duas etapas: mórula e
blástula.
Ocorre sucessivas mitoses. Cada célula resultante é chamada
de blastômeros. Será formada a mórula (semelhante a uma
amora).

- Blástula: depois de formada a mórula, suas


células continuam a se dividir e migram para a
periferia formando a blastoderme, seu interior
fica preenchido por um líquido e é chamado de
blastocele.

2 - GASTRULAÇÃO
A gastrulação inicia com a invaginação dos blastômeros para o interior da
blastocele (imagine um dedo empurrando uma bexiga cheia de ar). Na região
onde ocorre a invaginação surge um orifício chamado de blastóporo, a
blastocele desaparece e a cavidade interna agora é chamada de arquêntero
(esse será o futuro tubo digestivo).
Classificação quanto aos folhetos embrionários:
- Diblásticos: animais que possuem dois folhetos embrionários, a ectoderme e a
endoderme. Exemplo: Cnidários (águas-vivas, por exemplo).
- Triblásticos: animais que possuem três folhetos embrionários, a ectoderme, a
mesoderme e a endoderme. Exemplo: todos os outros animais, exceto os
poríferos.

Blastóporo

Outra classificação importante é quanto o que será originado a partir do


orifício do embrião chamado de blastóporo, veja a classificação:

- Protostômio: o blastóporo origina


primeiramente a boca (ou orifício
semelhante a boca). Exemplo: anelídeos,
artrópodes e moluscos.
- Deuterostômio: o blastóporo origina
primeiramente o ânus e depois a boca.
Exemplo: equinodermos e cordados.

3 - ORGANOGÊNESE
Neurulação (marca o inicio da organogênese): é a fase em que se formam os
primórdios do sistema nervoso, o inicio é marcado pelo achatamento da
gástrula na região dorsal, formando a placa neural ectodérmica. Aqui, as
células da ectoderme começam a se dividir envolvendo a placa neural que em
breve vai se fechar formando o tubo neural, que vai percorrer toda a região
dorsal do embrião (te liga, mano veio! É aqui que vai passar o sistema nervo
central).
Veja outro resumo dos folhetos embrionários, e o que eles formam:
ANEXOS EMBRIONÁRIOS

Saco vitelínico: é uma bolsa que armazena o vitelo, que nutre o embrião.

Âmnio: protege o embrião contra choques mecânicos e ressecamento.

Cório: participa das trocas gasosas.

Alantoide: remove as excretas do embrião e armazenar as que são ricas em


compostos nitrogenados.

Placenta: presente apenas em determinados mamíferos, por meio dela o filho


recebe os nutrientes, faz a troca gasosa e elimina suas excretas, tudo por
difusão. O cordão umbilical conecta o embrião à placenta.
Chamamos de nidação o processo em que o embrião se liga ao útero.

Nidação

No terceiro mês, o embrião passa a ser chamado de feto.


AULA 2 – TIPOS DE GÊMEOS E PARTO
Gêmeos são irmãos que nascem da mesma gestação, existem 3 tipos.

Univitelinos – um espermatozóide fecunda um óvulo e forma apenas um zigoto.


Esse passa a se dividir muito rápido e é separado em dois embriões, que vão
possuir o mesmo material genético (clones). Cada indivíduo terá seu próprio
cordão umbilical.

Bivitelinos – em um determinado mês a mãe libera dois (ou mais) ovócitos II e


cada um é fecundado com um espermatozóide. Portanto serão gêmeos, mas
não serão idênticos.

Siameses – alguns casos raros de gêmeos univitelinos não ocorre a separação


completa do embrião. Os bebês nascem ligados por uma parte do corpo.
Dependendo do caso é possível corrigir com cirurgia.

Gravidez ectópica: é quando a nidação do embrião ocorre fora do útero, por


exemplo, na tuba uterina. Neste caso é chamada gravidez tubária. Esta é uma
gravidez de risco.

PARTO
Existem dois tipos: normal e cesariana. No geral a cesariana é recomendada
apenas quando existe algum risco para a mãe ou para o bebê.
AULA 1 – INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA

Existem basicamente quatro tecidos nos animais: epitelial,


muscular, conjuntivo e nervoso. Cada um deles é subdividido.
Acompanhe a aula com essa apostila:

1 - Tecido epitelial: 3 - Tecido conjuntivo:

Tecido epitelial de revestimento Tecido conjuntivo propriamente


Tecido epitelial glandular dito (TCPD)
Tecido conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo cartilaginoso
2 - Tecido muscular: Tecido conjuntivo adiposo
Tecido muscular estriado Tecido conjuntivo sanguíneo
esquelético Tecido conjuntivo
Tecido muscular estriado hematopoiético
cardíaco
Tecido muscular liso
4 - Tecido nervoso

AULA 2 – TECIDO EPITELIAL

CARACTERÍSTICAS: - Avascular
FUNÇÕES:
- Células justapostas
- Proteção
- Pouca matriz extracelular
- Absorção - Secreção
O tecido epitelial é subdividido em dois tipos: revestimento e
glandular.

TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

A classificação é feita de acordo com o número de camadas e a forma


das células.

Quanto ao número de camadas ele pode ser:


- Simples: uma camada de células.
- Estratificado: muitas camadas de células.
- Pseudoestratificado: parece mais de uma
camada, mas como todas as células tocam
a lâmina basal, é falso estratificado.
Quanto a forma das células pode ser:
- Pavimentoso: células achatadas.
- Cúbico: células em formato cúbico.
- Prismático: células com formato de prisma.
- Transição: células de vários formatos.

TECIDO EPITELIAL GLANDULAR


É um tecido especializado em secreções, como hormônios, suor e
saliva.
A classificação é feita de acordo com o número de células, a forma de
secreção e maneira de secretar.
Quanto ao número de células, pode ser: Unicelular Multicelular
- Unicelular: formado por apenas uma célula.
- Multicelular: formado por mais de uma célula.
Quanto a forma de secretar, pode ser:
- Exócrina: possui ducto e secreta para
fora da corrente sanguínea.
- Endócrina: sem ducto e secreta na
corrente sanguínea.
- Mista: tem o papel das duas glândulas
anteriores.

Quanto a maneira de secretar, pode ser:


- Holócrina: a glândula é eliminada com a secreção.
- Merócrina: a glândula segue intacta.
- Apócrina: a glândula elimina parte de seu citoplasma.

AULA 3 – ESPECIALIZAÇÕES DE CÉLULAS EPITELIAIS


Dois tipos: bordas de células e junções celulares.
As junções celulares:
- Desmossomos: placas de
proteínas que geram forte união
entre células.
- Zona de adesão: une as células.
- Zona de oclusão: impede a
entrada de substâncias entre as
células.
- Junção GAP: permite a
comunicação direta entre as
células.
- Hemidesmossomos: mantém o
tecido epitelial ligado a lâmina
basal.

As especializações de borda de célula são:


- MIcrovilosidade: aumenta a superfície de absorção, ocorre nas
células epiteliais do intestino delgado (veja figura acima).
- Cílios: melhoram a
movimentação de partículas,
atuando também na proteção. Em
nosso corpo ocorre, por exemplo,
na traquéia.
- Invaginações da membrana plasmática: Melhoram a absorção,
ocorre em células do túbulo renal.

AULA 4 – A PELE HUMANA - ESTRUTURAS E FUNÇÃO


Funções
- Proteção: física, química ou biológica.
- Sensorial: sentir o ambiente (quente, frio, áspero, dor, choque
elétrico kkk etc)
- Controle de temperatura: a partir do suor ou arrepio dos pelos.

Divisões da pele
- Epiderme: veja na figura ao
lado as diferentes camadas.
Repara que a córnea é
constituída por células mortas.
Os Melanócitos estão na porção
basal, produzindo melanina.

- Derme: formada por tecido


conjuntivo, é ela que fornece
nutrientes para a epiderme, pois
é altamente irrigada e inervada

- Hipoderme: formado principalmente por células adiposas.


Anexos da pele
- Pelos.
- Unhas.
- Glândulas.

AULA 5 – TECIDOS CONJUNTIVOS: INTRODUÇÃO


Veja como ele é subdividido:

Funções
- Conectar tecidos - Armazenamento de energia
- Sustentação - Defesa
- Preenchimento - Coagulação sanguínea
- Absorção de impactos - Cicatrização
- Resistência a tração - Transporte de gases,
- Elasticidade nutrientes e catabólitos.
Lembre que tecido conjuntivo é caracterizado pela abundante matriz
extracelular e diversidade de células.

AULA 6 – TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD)


Funções
- Dar suporte ao tecido epitelial.
- Forma a derme (lembre-se, fica abaixo da epiderme).
- Forma os tendões.
- Forma os ligamentos.
- Outras.

O TCPD é subdividido em três tipos: frouxo, denso modelado e


denso não modelado:
Células
- Residentes – Fibroblastos, macrófagos, Mastócitos, Adipócitos*.
- Transitórias – Muitas, devido a localização.

Células
- Fibroblastos.
- Mastócitos.
- Macrófagos.

Células:
- Fibroblastos.
AULA 7 – TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO
Características
- É formado pela célula chamada de adipócito.
- Possui pouca matriz extracelular.
- Está localizado principalmente na hipoderme.
- É muito irrigado e inervado.

Função
- Reserva de energia. - Preenchimento.
- Isolante térmico. - Moldam a superfície do corpo.
- Absorção de impactos. - Produz calor.
- Forma os coxins.

Existem dois tipos de tecido adiposo: unilocular ou multilocular.


Vamos diferenciar cada um deles:
AULA 8 – TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO

Características
- É muito rígido.
- Flexível.
- Avascular.

Funções
- Sustentação.
- Revestimento.
- Amortecer impactos.
- Crescimento.
Vamos ver agora sua constituição, ou seja, sua matriz extracelular e
suas células:

Matriz extracelular
- Colágeno- gera resistência.
- Elastina – gera flexibilidade.
- Proteoglicanos.
- Ácido hialurônico.

Células
- Condroblastos (mais ativos) que se transformam em condrócitos
(menos ativos). Esses últimos ficam dentro de lacunas.

Pericôndrio é uma membrana de tecido


conjuntivo que reveste as cartilagens e tem
por função o crescimento, regeneração e
nutrição da cartilagem, uma vez que ela
não é irrigada.

Existem 3 tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. Vamos ver


cada uma delas:
Hialina
- É o mais comum.
- Presente na traquéia, laringe, brônquios e
extremidade dos ossos, por exemplo.
- Possui colágeno do tipo II.
Elástica
- Possui maior flexibilidade.
- Fibras elásticas e um pouco de
colágeno tipo II.
- Presente na orelha, nariz e epiglote,
por exemplo.

Fibrosa
- Muita resistência.
- Evita atrito e choques.
- Muito colágeno.
- Presente entre as vértebras.
- Única sem pericôndrio (nutrientes
vem de outros tecidos conjuntivos
visinhos).
- Condrócitos alinhados.
AULA 9 – TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

Características
- Rígido.
- Muito irrigado e inervado.
- Revestido pelo periósteo.

Funções
- Sustentação.
- Proteção.
- Reserva de cálcio.
- Apoio para a musculatura.
- Aloja a medula óssea.No tecido ósseo, dividimos sua matriz
extracelular em orgânica e inorgânica.
Matriz óssea
- Orgânica: colágeno.
Gera resistência ao tecido, sem colágeno o osso apesar de
duro, fica quebradiço.

- Inorgânica: Cálcio e Fósforo na forma de fosfato de cálcio. Além


desses possui magnésio, potássio e sódio.
Dá a dureza ao osso, sem eles o osso fica amolecido.
Agora vamos estudar as células que compõe o tecido ósseo.
Células
- Osteoblastos produzem a matriz óssea, quando maduros se
transformam em osteócitos e ficam menos ativos.
- Osteoclastos reabsorvem a matriz óssea permitindo a regeneração
do tecido.

Os ossos são envolvidos pelo periósteo. Neste tecido existem células


mesenquimatosas que podem se transformar em osteoblastos. Veja a
função do periósteo:
- Proteção.
- Fonte de células.
- Regeneração de lesões ou fraturas.

Quanto ao processo de ossificação, existem dois tipos: endocondral e


instramembranosa.
AULA 10 – TECIDO CONJUNTIVO HEMATOPOIÉTICO

Função: produzir células sanguíneas. É subdividido em dois tipos:


mielóide e linfóide.
O tecido mielóide está presente em ossos longos ou esponjosos, ele
pode ser classificado como medula óssea vermelha (ativa) ou
amarela (inativa). Neste tecido são produzidas células como
hemácias, basófilos, eosinófilos, monócitos e neutrófilos, além das
plaquetas.

Basicamente o tecido linfóide produz células que se deslocam até os


órgãos linfóides para se transformarem em diferentes tipos de
linfócitos. Exemplos de órgãos linfóides: baço, timo, tonsilas e
linfonodos.

AULA 11 – TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEO

Repara que esse tecido tem grande abundância de matriz


extracelular, sendo ela líquida.
Funções
- Transporte de substâncias como
- Gases.
- Células.
- Nutrientes.
- Excreções.
- Hormônios.

Composição do sangue

- Plasma (aproximadamente 56%).


- Células (aproximadamente 44%).

Plasma

- 90% é água
- 10% sais minerais e proteínas
Células (vamos numerá-las para ficar mais organizado).

1- hemácias (glóbulos vermelhos)


- Anucleadas.
- Transportam O 2.
- O 2 se liga ao grupo heme, onde tem um átomo de ferro
ferroso Fe++ .

2 – Glóbulos brancos

- Atuam na defesa do corpo.


- Divididos em agranulócitos e granulócitos.

Linfócitos - Realizam a defesa do organismo contra agentes


infecciosos. Produzem anticorpos. Monócitos – Atuam na defesa,
fazem fagocitose. Podem atravessar a parede de vasos sanguíneos
(diapedese) e se transformam em macrófagos.
Eosinófilos – Limitam processos inflamatórios, fazem fagocitose e são
abundantes contra as parasitoses.
Basófilos – Participam de processos alérgicos produzindo histamina.
Produzem também heparina, um poderoso anticoagulante.
Neutrófilos – Primeira linha de defesa do corpo, atuam também na
fagocitose

3 – Plaquetas (trombócitos)

Atuam na coagulação sanguínea, junto


com proteínas.

AULA 12 – TECIDO MUSCULAR

Este tecido é responsável pelos diversos movimentos de nosso corpo,


sejam eles voluntários ou involuntários. Veja suas características:
- Células alongadas.
- Pouca matriz extracelular.
- Origem embrionária: mesoderme.
Existem 3 tipos de tecido muscular:
1 – Estriado esquelético
- Voluntário.
- Possui estrias.
- Contração rápida.
2 – Estriado cardíaco
- Involuntário.
- Possui estrias.
- Contração vigorosa.
3 – Liso
- Involuntário.
- Sem estrias.
- Liso.

- A célula é chamada de miócito ou fibra muscular, e possui nomes


específicos:
- Membrana plasmática = Sarcolema.
- Reticulo endoplasmático = Retículo sarcoplasmático.
- Citoplasma = Sarcoplasma.
- Os miócitos são ricos em actina e miosina, são essas miofibrilas
que permitem a contração do músculo.

- O sarcômero é a unidade contrátil do músculo.


- A membrana plasmática sofre invaginações chamadas de túbulos
T.

AULA 13 – TECIDO NERVOSO


O tecido nervoso forma os diversos órgãos do sistema nervoso.
Vamos ver quais são eles no esquema abaixo.
Sistema nervoso central (SNC) Sistema Nervoso periférico (SNP)

Perceba a diferença entre nervos e gânglios nervosos:

Características do tecido nervoso


- Origem ectoderma.
- Pouca matriz extracelular.
- Muito especializado.
- Altamente vascularizado.
- Exclusivo dos animais .
Funções
- Receber estímulos, interpretar e transmitir a resposta.
- Armazenar informação.

Células que fazem parte do tecido


nervoso
São os neurônios e as células da glia.

Neurônios
- Especializados no impulso nervoso (próxima aula).
- São os neurônios que recebem, interpretam e respondem aos
estímulos.

Gliócitos (células glia)


- São todas as células do tecido nervoso que não são neurônios. Mas
existem principalmente para dar suporte para eles.

AULA 14 – IMPULSO NERVOSO


Impulso nervoso é um sinal elétrico que proporciona a comunicação
entre os neurônios.
Características
- É unidirecional.
- Ocorre nos neurônios.
- É muito rápido.
- É de natureza eletroquímica.

Vamos ver como é a carga parcial elétrica da membrana de um


neurônio em repouso:

Se o estímulo fizer com que a carga suba e ultrapasse o limiar de


ação ele sofre a onda de impulso elétrico: impulso nervoso.
AULA 15 – SINAPSES
A sinapse é a região de contato entre os neurônios. Existem dois
tipos: química e elétrica.
Sinapse química:

- Neurônios sem contato físico, separados pela fenda sináptica.


- A comunicação é unidirecional.
- Ocorre por neurotransmissores, exemplos:
- Acetilcolina.
- Adrenalina.
- Dopamina.
- Serotonina.
- Vesículas liberam os neurotransmissores que se ligam aos
receptores do neurônio pós-sináptico. Ocorre então a modificação da
permeabilidade desse neurônio gerando um novo impulso nervoso.

Sinapse elétrica:

- Sem neurotransmissores.
- Comunicação direta por junções comunicantes (GAP).
- Muito rápida.
- Íons passam direto.
- Pouco comuns em neurônios.
- Ocorre em outras células, como as do
coração ou musculatura lisa.
AULA 1 – INTRODUÇÃO À TAXONOMIA E SISTEMÁTICA

Conheça a ave de nome científico Guira guira. Essa mesma ave


possui muitos nomes populares como rabo-de-palha, alma-de-
gato, anu-do-campo, anum-do-campo, guirá-acangatara, pilo,
piriguá, piririta, quiriquiri e quiriru, pelincho.
Veja que o nome científico é apenas um: Guira guira, mas nomes populares
existem muitos. Se no Estado em que você mora as pessoas conhecem essa
ave como pilo e em meu Estado pelincho, falamos da mesma ave, mas com
nomes distintos: não vamos nos entender! Por isso a classificação biológica é
importante para a ciência, pois fazemos a padronização do nome e assim temos
uma linguagem universal.

- Taxonomia: classificar os seres vivos.


Sistemática
- Filogenia: parentesco evolutivo das espécies
(representada em árvore filogenética.

Aula 2 – TAXONOMIA - CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

A Taxonomia é uma ciência exclusiva para identificar, nomear e classificar os


seres vivos. Veja agora um pouco da história da classificação dos seres vivos.

Lineu é o pai da taxonomia moderna, ele publicou uma obra chamada Systema
Naturae, onde propôs um novo sistema de classificação dos seres vivos. Vale
ressaltar que Lineu era fixista, ele não acreditava que as espécies evoluíam.
Proposta de classificação de Lineu
- A classificação deve obedecer a um sistema de hierarquia.

- A classificação se baseia na semelhança anatômica dos seres vivos.

- Os níveis de organização são: REINO, FILO, CLASSE, ORDEM,


FAMÍLIA, GÊNERO E ESPÉCIE. – bizú: REFICOFAGE

REGRAS PROPOSTAS POR LINEU, USADAS ATÉ HOJE:

- Cada espécie deve ter um nome único;

- O nome da espécie deve ser em latim;

- Cada nome de espécie deve ser composto de duas


palavras. A primeira é o gênero e a segunda o epíteto
específico. Exemplo: Homo sapiens.

- O nome do gênero deve ter a primeira letra maiúscula


e as demais minúsculas, e o epíteto específico todas as
letras minúsculas.

- O nome da espécie e gênero deve ser escrito em itálico ou sublinhados,


Quando sublinhada, a linha não deve ser contínua.

- Existe a subespécie, nesse caso ela é formada por três nomes (trinomial).
Exemplo: a cascavel encontrada na Amazônia pertence a subespécie Crotalus
durissus terrificus.

- Toda FAMILIA ANIMAL deve ter a terminação “idae”.

- Toda FAMILIA VEGETAL deve ter a terminação por “aceae”


AULA 3 – SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA (CLADÍSTICA)

A cladística (ou sistemática filogenética) consiste em elaborar cladogramas


que são formas de esquematizar a representação evolutiva das espécies
(filogenia), com foco em grupos monofiléticos. Foi proposta por Willi Hennig.

CLADOGRAMA

Note que quanto mais abaixo no cladograma, mais antiga é uma espécie. A
base (ou os nós) indica o ancestral em comum, no qual descendem todas as
outras espécies acima.
Além disso, da para ver quais as espécies mais próximas: a espécie E é
parente mais próximo da espécie D, do que da espécie B, por exemplo.

Durante a evolução das espécies podem ocorrer dois eventos:

- Anagênese: modificações de uma população ao longo


do tempo, na qual aparecem novidades evolutivas,
representado pelos ramos do cladograma.

- Cladogênese: separação de uma população em duas,


que passarão a evoluir independentemente e, ao longo do RAMO

tempo, se tornarão espécies diferentes (você vai
estudar esse processo nas aulas de evolução),
representado pelos nós do cladograma.
Outros conceitos:

- Grupo monofilético: todos os descendentes


de um ancestral comum exclusivo.
- Grupo parafilético: um grupo que descende
de um ancestral comum, mas que não inclui
todos os descendentes.
- Grupo polifilético: agrupa partes de dois ou
mais grupos monofiléticos.

AULA 4 – OS CINCO REINOS DOS SERES VIVOS


AULA 5 – CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS NOS TRÊS DOMÍNIOS
O domínio é uma classificação acima do reino.

Perceba que a classificação


nos três domínios foi baseada
em relações filogenéticas.
AULA 1 – INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA: CONCEITOS IMPORTANTES

Importância dos microrganismos

- Saúde pública;
- Indústria de alimentos;
- Ecológica;
- Relação com outros seres vivos.

Abaixo temos alguns conceitos usados em microbiologia e seus significados:

Agente etiológico (ou patógeno): é o agente causador ou responsável por uma


doença. Pode ser vírus, bactéria, fungo, protozoário ou helminto.

Endemia: prevalência de uma doença em uma região (malária é endêmica da


Amazônia, por exemplo).

Epidemia: concentração elevada de uma doença sobre uma população, em um


período de tempo, pode ser em uma cidade, estado ou país.

Hospedeiro: é o organismo que hospeda em seu corpo outro organismo (quem


fica doente está hospedando um patógeno).

Hospedeiro definitivo: hospeda o parasito na sua fase adulta (fase reprodutiva).

Hospedeiro intermediário: hospeda o parasito em sua fase imatura (assexuada)

Letalidade: expressa o número de óbitos com relação a determinada doença ou


fato, tendo como referência uma população.

Pandemia: é uma epidemia amplamente distribuída, pode se estender a vários


países.
Parasitismo: é a associação entre seres vivos onde o parasita se beneficia
prejudicando o hospedeiro.

Período de incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente


etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos.

Portador: hospedeiro infectado que alberga o agente etiológico, pode ser


assintomático.

Prevalência: número total de casos de uma doença (casos antigos somados aos
casos novos).

Prevenção: conjunto de medidas ou preparação antecipada de que visa


prevenir.

Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou


controle de uma doença ou de um fato prejudicial aos seres vivos;

Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e


multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros
hospedeiros.

Sinantropia: é a capacidade de certos animais silvestres (mamíferos, aves,


insetos) de frequentar e se adaptar a habitações humanas;

Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito entre


dois hospedeiros.

Vetor biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no


vetor.

Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor,


esse simplesmente serve de transporte ao parasito.

Virulência: capacidade infecciosa de um micro-organismo.

Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre humanos e


animais vertebrados

Para referência e mais conceitos, acesse:


http://www.parasitologia.org.br/estudos_glossario_A.php
AULA 2 – VÍRUS

CARACTERÍSTICAS GERAIS
- Acelulares
- Não têm metabolismo próprio.
- Parasita intracelular obrigatório.
- São agentes infecciosos (viroses)
- Não sofrem ação de antibióticos.
- Evoluem.

ESTRUTURA DOS VÍRUS


- São constituídos de ácido nucléico (material genético) envolto por proteínas.

- As proteínas que envolvem o material genético formam o capsídeo, que é


formado por subunidades protéicas menores, os capsômeros.

- Ao considerar o capsídeo + ácido nucléico, chamamos de nucleocapsídeo.

- Alguns vírus possuem o envelope membranoso


externo, de constituição lipídica.

- Os vírus podem ser de DNA ou RNA (existe vírus que possui os dois –
citomegalovírus).

- Os vírus de RNA sofrem mais mutações que os de DNA, isso porque a enzima
DNA polimerase é mais eficiente. Está aí um dos motivos de ser mais difícil a
confecção de vacinas para vírus de RNA.

- Alguns vírus de RNA utilizam uma famosa enzima chamada transcriptase


reversa, ou seja, ele produz DNA a partir do RNA, evento contrário ao que é
“comum”. Esses vírus são classificados como retrovírus.

- Vírus que são transmitidos por artrópodes são chamados de arbovirus.


Tipos de vírus quanto ao formato do capsideo:

REPLICAÇÃO VIRAL (reprodução)


- Um vírus fora da célula hospedeira é chamado de vírion.

Estratégias virais para entrar em uma célula hospedeira:

a) INJEÇÃO:
Os bacteriófagos, vírus que atacam bactérias,
encaixam suas fibras da cauda na membrana da
bactéria e injetam seu material genético, que
entra “sozinho”. Cápsula fica fora da célula
hospedeira.

b) FUSÃO DO ENVELOPE
Os vírus envelopados, como o da AIDS,
geralmente se fundem a membrana
plasmática da célula hospedeira e assim
ocorre a liberação do material genético para
dentro da célula. Pode ocorrer a liberação do
nucleocapsídeo inteiro.
c) ENDOCITOSE
Alguns outros vírus, como o da gripe, entram por inteiro na célula
hospedeira, por endocitose.

Ciclo reprodutivo dos vírus: bacteriófagos (ou fagos).


Veja a imagem e acompanhe os eventos a seguir.

O ciclo dos bacteriófagos é o


mais importante para você
estudar. É o que mais tem
chances de cair, pois é o
mais conhecido.

Ciclo reprodutivo de um retrovírus: HIV (AIDS)


Veja a imagem e acompanhe os eventos a seguir.
PARTÍCULAS SUBVIRAIS: VIRÓIDES, VIRUSOIDES E PRÍONS
- Viróides: minúsculos segmentos de RNA que ficam alojados no núcleo da
célula hospedeira. Distinguem-se dos vírus por não formarem envoltórios
protéicos e não codificarem proteínas. No entanto o RNA do viróide é capaz de
se reproduzir. Foram encontrados até agora apenas em plantas, causam grande
prejuízo a agricultura. São transmitidos por meio das sementes passando para
plantas descendentes ou por lesões causadas por poda.

- Virusoides: mesmas características dos viroides, mas necessitam da ajuda de


um vírus para se propagar. Se multiplicam apenas quando a célula hospedeira
está infectada por um determinado vírus.

- Príons: moléculas de proteínas infectantes, eles alteram a forma de outras


proteínas, formando um exército infectante dentro do animal doente. Doenças
causadas por príons são conhecidas por encefalites espongiformes, exemplo:
“doença da vaca loca” ou em humanos a insônia familiar fatal (a pessoa morre
porque não consegue dormir).

AULA 3 – DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS:

Principais doenças em humanos:


Vamos falar do que é mais importante entre as principais viroses. Lembre-se de
acompanhar a apostila com a aula, faça anotações complementares.

a) Aids (sida) – síndrome da imunodeficiência adquirida.

b) Doenças virais que são transmitidas por Aedes aegypti.


- Dengue: existe vacina, mas a melhor forma de se prevenir é evitar o
mosquito.
- Febre Amarela: causa danos no fígado (por isso a cor amarelada), pode
matar. Tem vacina.
- Chikungunya: causa dores que podem durar meses. Não tem vacina.

- Zica: causa problemas no desenvolvimento do feto (microcefalia). Vacina


ainda em testes.

c) Gripe:

d) Poliomielite (paralisia infantil):

e) Hepatites infecciosas
f) Papiloma vírus humano HPV (candiloma acuminado ou crista de galo)

g) Outras viroses - Raiva, herpes, catapora, caxumba sarampo, rubéola,


varíola.
Dica: pesquise sobre a descoberta da vacina pelo médico Edward Jenner.

AULA 4 - OS PROCARIONTES: BACTÉRIAS, CIANOBACTÉRIAS E


ARQUEAS
Organismos de células procariontes pertencem a dois domínios: Archaea e
Bactéria (veja módulo anterior). Vamos estudar cada um deles.

DOMÍNIO BACTERIA
Lembre-se que esses organismos podem ser considerados como reino Monera.
São as bactérias e as cianobactérias.

BACTÉRIAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:

- Células muito simples (procarióticas).

- São unicelulares.

- Podem viver em colônias.

- Representantes: bactérias e cianobactérias.

- Autótrofos ou heterótrofos.

- Aeróbicas ou anaeróbicas.

Importância das bactérias:


- Saúde pública (doenças, produção de antibióticos, etc).

- Alimentos (iogurte, queijos, vinagre).

- Estética (toxina botulínica - botox).

- Microbiota.

- Fertilização do solo (ciclo do nitrogênio).


- Associação com outros seres vivos: fixação do nitrogênio direto para as
leguminosas – bactérias do gênero Rhizobium.

- Biotecnologia.

ESTRUTURA:
- Não possui organelas (ribossomos são considerados organela por alguns
autores).

- Como não possui organela, não possui núcleo.

- Mesossomo: dobramentos da membrana plasmática (estrutura ainda em


discussão).

- possuem ribossomos, que são responsáveis pela produção de proteínas na


célula.

- Material genético constituído por uma única molécula de DNA circular


(portanto tem apenas um cromossomo), encontrado na região conhecida por
nucleoide.

- Plasmídeo: pequena molécula circular de DNA extra com função relacionada a


resistência bacteriana.

- Possuem parede celular, que confere rigidez e proteção para a célula, essa
parede celular é constituída de peptídeoglicano.

- Muitas bactérias possuem flagelos.

- Algumas bactérias apresentam cápsula bacteriana.

- Pili (fímbrias): local por onde ocorre troca de material genético de bactérias.
Partes básicas de uma bactéria em duas perspectivas
CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS.

Quanto as formas mais frequentes:


- Coco: forma esférica – bactérias que causam pneumonia ou meningite.

- Bacilo: forma de bastão – bactérias causadoras da tuberculose e os


lactobacilos.

- Espirilo: forma espiralada – bactéria causadora da sífilis.

- Vibrião: forma de vírgula – bactéria causadora da cólera.


Alguns exemplos
de agrupamentos
Quanto aos agrupamentos mais frequentes: de bactérias.
- Diplococos: dois cocos unidos.

- Sarcina: oito cocos formando um cubo.

- Estreptococos: cocos alinhados formando


uma cadeia semelhante a colares.

- Estafilococos: cocos unidos como cacho de


uva.

- Diplobacilos: Bacilos reunidos dois a dois.

- Estreptobacilos: bacilos alinhados em


cadeia.
Quanto as características nutricionais

Quanto as bactérias quimio-heterotróficas, elas podem ser:


- Bactérias aeróbias: só sobrevivem na presença de O 2 .

- Bactérias anaeróbias: sobrevivem apenas na ausência de O 2 . É o caso das


famosas bactérias do gênero Clostridium, causadoras do tétano e do botulismo,

- Bactérias anaeróbias facultativas: utilizam O 2 , mas sobrevivem na falta dele,


fazendo fermentação.

REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS

ASSEXUADA
a) Divisão binária – conhecida também por fissão, bipartição ou
cissiparidade.
.
b) Esporulação (endósporos Bacterianos)
Em condições adversas, algumas bactérias produzem
endósporos, uma forma de vida latente.

SEXUADA - Recombinação genética em bactéria

a) Transformação: uma bactéria assimila DNA de outra. Essas bactérias


conseguem adquirir trechos de moléculas de DNA dispersos no meio e
incorporá-los ao seu DNA. Elas ficam, então, com constituição genética
modificada e são chamadas de transformadas.

b) Transdução: envolve o vírus bacteriófago, que transfere fragmentos de


DNA de uma bactéria para outra, duratan te a infecção.

c) Conjugação: pedaços de DNA são passados


diretamente de uma bactéria doadora
(“macho”), para uma receptora (“fêmea").
Isso acontece através do pili, que as
bactérias "macho" possuem em sua
superfície.
COLORAÇÃO DE GRAM

Baseia-se na coloração que as bactérias podem adquirir com a técnica Gram.


Bactérias podem ser gram-positivas ou gram-negativas.

1°- É realizada a coloração primária utilizando o Cristal Violeta, no qual o


corante púrpura irá impregnar todas as células;

2° - A lâmina é lavada e recoberta com Iodo (mordente);

3° - Na próxima etapa, o esfregaço receberá uma solução descolorante


de álcool-cetona, que irá remover a cor púrpura apenas de bactérias Gram
negativas;

4°- Por fim, após o enxágue da lâmina, a mesma será recoberta


com Safranina.

Ao final de todas as etapas, o esfregaço será lavado e seco, para posterior


análise em microscópio.

CIANOBACTÉRIAS

Cianobactérias são procariontes e possuem


clorofila, portanto são todas autotróficas
fotossintetizantes.

Seus fósseis mais antigos são conhecidos por estromatólitos.


Estromatólitos são rochas formadas pela
decomposição de substâncias como
carbonatos, produzido pelas
cianobactérias que viveram
aproximadamente a 2,7 bilhões de anos.

As cianobactérias se reproduzem por fissão binária (assim como as bactérias -


estudado anteriormente). Em situações extremas, elas também podem formar
esporos. Não se conhece nenhum tipo de reprodução sexuada (recombinação
genética) entre as cianobactérias.

DOMÍNIO ARCHAEA

ARQUEAS

As arqueas são procariontes e não possuem peptidoglicano


na parede celular. Elas são conhecidas por viverem em
ambientes extremos e, portanto, são chamadas de
extremófilos. Vivem em locais com alta temperatura como
em fendas vulcânicas submarinas.

Classificação quanto ao comportamento:

- Halófilas: vivem em ambientes com alta concentração de sal, como no Mar


Morto. A maioria das arqueas halófilas são aeróbias fotossintetizantes.

- Termófilas: vivem em ambientes com alta temperatura, como em gêiseres ou


fendas vulcânicas submarinas. Elas realizam quimiossíntese.

- Metanogênicas: vivem em regiões pantanosas, lodos, esgotos e interior de


tubos digestivos de animais herbívoros e cupins, onde produzem metano. São
anaeróbias estritas, utilizam CO 2 para oxidar o H 2 , produzindo metano.
AULA 5 - DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

TUBERCULOSE

HANSENÍASE (LEPRA)

TÉTANO

BOTULISMO

PNEUMONIA BACTERIANA

MENINGITE BACTERIANA

CÓLERA

PESTE BULBÔNICA

FEBRE MACULOSA

Sabia que o professor Samuel Cunha esteve no programa É de Casa da rede


globo falando sobre como evitar picadas de carrapato? Assista e se aprofunde
no assunto.

http://gshow.globo.com/tv/noticia/2016/10/biologo-explica-como-se-proteger-
dos-carrapatos-no-e-de-casa.html

LEPTOSPIROSE

SIFILIS

Outras doenças bacterianas para você estudar: Gonorreia e desenteria


bacteriana.
AULA 6 – PROTISTA (PROTOCTISTA) – PROTOZOÁRIOS

Características gerais

- O termo protozoário vem do grego protos (primitivo, primeiro) e zoon


(animal).
- Microscópicos.
- Unicelulares.
- Heterotróficos.
- Maioria de vida livre e aquática (água doce, água salgada, regiões lodosas e
terra úmida).
- Algumas espécies são parasitas.
- Alguns protozoários mantém relação de troca de benefícios com outros
organismos.
- Reprodução predominante: assexuada. Mas podem ter reprodução sexuada
(recombinação gênica).
- Digestão ocorre no interior de sua célula.

Classificação dos protozoários

1. RIZÓPODES (Rhizopoda - amebas): se locomovem por pseudópodes.


2. CILIADOS (Ciliophora – paramécio): se locomovem por cílios.
3. FLAGELADOS (Mastigophora – Trypanosoma): se locomovem por flagelos.
4. ESPOROZOÁRIOS (Apicomplexa – Plasmódium): não possuem estrutura
de locomoção.
5. FORAMINÍFERA (Foraminíferos)
6. ACTINOPODA (radiolários e heliozoários)
1. RIZÓPODES (Rhizopoda)

- Conhecidos também por Sarcodina.

- Composto pelas amebas.

- Se locomovem por pseudópodes.

- Podem ser de vida livre (mar ou água doce) ou parasitária, quando causam
doença (amebíase em humanos, por exemplo).

- Algumas espécies formam carapaças (testas), são


chamados então, genericamente de tecamebas,
considerados por uns como jóias microscópicas.

- Possuem uma importante estrutura chamada de


vacúolo pulsátil (vacúolo contrátil) que tem por
função regular a quantidade de água e eliminar
excretas.
2. CILIADOS (Ciliophora)

- Conhecidos também por Ciliata.

- Se locomovem por cílios.

- Possuem mais de um núcleo por


célula. Um deles é maior
(macronúcleo), e um ou mais
núcleos, os menores (micronúcleo).

Macronúcleo: expressão dos


genes, controle vital da célula.
Micronúcleo: processos sexuais
da célula (falarei mais no final da
aula).

- Maioria de vida livre.

- Poucas espécies parasitas


(exemplo. Balantidium coli, que
parasita o ser humano).
3. FLAGELADOS (Mastigophora ou Zoomastigophora)

- Também chamados de Flagellata.

- Sua locomoção se dá pela presença de flagelos.

- Geralmente possuem um ou dois flagelos (podem ter dezenas).

- Podem viver no mar ou em água doce (vida livre), onde nadam com o flagelo
para capturar alimento por fagocitose (exemplo, Boda ou Streblomastix).

- Diversas espécies causam doenças (falaremos delas na próxima aula).

4. ESPOROZOÁRIOS (Apicomplexa)

- Antigamente chamados de Sporozoa, pois muitos representantes do grupo


possuem estágio do ciclo de vida que ocorre a formação de esporos.

- Filo constituído de protozoários parasitas.

- Não possuem estrutura de locomoção.

- Te liga que em alguma fase do ciclo de vida,


Complexo Apical
esses protozoários possuem o complexo apical
(por isso o nome do grupo), estrutura importante
na penetração desse protozoário nos células
hospedeiras.

5. FORAMNÍFERA (foraminíferos)

- Possuem uma carapaça externa constituída de


carbonato de cálcio, quitina ou fragmentos calcários
ou silicosos que o protozoário seleciona da areia.

- Carapaça possui numerosas perfurações, pelas quais


são projetados os pseudópodes, que são finos e delicados
e servem para captura de alimento.

- Maioria marinho: muitas espécies fazem parte do plâncton, outras vivem no


fundo dos mares ou sobre algas e animais.
6. ACTINOPODA (radiolários e heliozoários)

- Conhecidos por actinópodes.

- Apresentam pseudópodes finos (axópodes) sustentados em um eixo central


que se projetam como raios de sol em torna da célula.

- Existem dois grupos de actinópodes: radiolários e heliozoários.

REPRODUÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS

Reprodução assexuada

Divisão binária
Divisão múltipla

Reprodução sexuada

Conjugação

- Ocorre no paramécio, protozoário ciliado.

- Não ocorre o aumento do número de indivíduos, mesmo assim é considerada


por muitos autores como reprodução sexuada, pois promove a recombinação
genética entre indivíduos.

AULA 7 - DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Principais doenças causadas por Rizópodes

Amebíase

- Infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolistica, é capaz de encistar


(forma cistos que suportam condições adversas).
- É uma das principais causas de mortes parasitária no mundo.

- Lave as mãos e os alimentos, beba água potável e é importante o saneamento


básico.

Principais doenças causadas por Flagelados

Giardíase

- Causada por um protozoário da espécie Giardia


lamblia, capaz de formar cistos.

- A infecção ocorre normalmente pela ingestão de


cistos presentes em água contaminada. A transmissão
também pode ocorrer pelo contato com animais
domésticos infectados.

- A prevenção se dá por hábitos de higiene, como lavar as mãos e os alimentos,


beber água potável, tratar os doentes e saneamento básico.

Tricomoníase

- É uma DST.

- Causada por um protozoário da espécie Trichomonas vaginalis.


- Para prevenir, usar preservativo.

Leishmaniose

- O parasita necessita de dois hospedeiros para completar o seu ciclo.

- Um deles é o mosquito do gênero Lutzomyia sp., popularmente conhecido por


mosquito-palha. O outro hospedeiro é um mamífero, geralmente roedores,
canídeos e primatas.

- Para prevenir essa doença devemos evitar o mosquito.

Doença de Chagas

- Causada pelo protozoário flagelado da espécie


Trypanossomoa cruzi.

- Doença ocorre apenas na América (por isso é


conhecida também por tripanossomíase americana).

- O barbeiro é hematófago, ou seja, se alimenta de sangue. Quando ingere


sangue contaminado de um vertebrado ele fica contaminado.

- Outros tipos de transmissão podem ocorrer, como por transfusão de sangue


contaminado, pela passagem do protozoário por via placentária, leite materno
ou ainda pela ingestão do parasita que ocorre geralmente junto ao suco de açaí
ou cana-de-açúcar, pois é um local onde pode estar presente o barbeiro
contaminado, que é dilacerado junto com a bebida.

- A prevenção se dá principalmente ao combater o vetor. Impedir que ele


chegue nas residências é a melhor maneira, para isso as casas devem ter
construções adequadas, evitando fendas nas paredes, que é onde o barbeiro se
esconde durante o dia. Analisar o sangue dos doadores também é importante.
Veja o ciclo resumido (a) e detalhado (b) da doença de chagas:

a. b.

Principais doenças causadas por Esporozoários

Malária

- Causada por protozoários apicomplexos do gênero Plasmodium.

- É a doença parasitária que mais mata no mundo.

- No Brasil a doença é praticamente restrita a região amazônica,

Dependendo da espécie o intervalo da febre é de 48h ou 72h.

Febre terçã

Toxoplasmose

- Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii.

- Hospedeiros: gatos e outros felinos.


- Ser humano contrai a doença ingerindo os cistos maduros no ambiente,
alimento (como carne) ou água. Pode ser transmitido de mãe para feto.

- Os gatos não são os vilões. Raramente uma pessoa contrai a doença pelos
cistos eliminados pelas fezes dos gatos. O principal meio de contágio é pela
ingestão de carne mal passada.

AULA 8 – PROTISTA (PROTOCTISTA) – ALGAS

- São eucariontes fotossintetizantes (possuem cloroplastos).

- Os maiores produtores de O 2 na Terra.

- Avascular (não possui vasos condutores).

- Grande diversidade: unicelulares ou pluricelulares.

- Diferem das plantas por não apresentarem embriões dependentes do


organismo materno para sua nutrição.

- São encontradas em rios, lagos, mares, regiões árticas, em associação com


diversos organismos e em ambientes terrestres, que possuem alguma umidade.
- Podem ser classificadas quanto ao habitat:

Planctônicas: livres e flutuantes na água (fazem parte do plâncton).

Bentônicas: aderidas a algum substrato.

Importância econômica das algas:

- Alimentação (sushi, por exemplo).

- Em indústria, fornecendo espessantes usados para alimentos, cosméticos e


tecidos.

- Ágar-ágar, usado na produção de cápsulas de medicamentos ou para cultura


de bactérias.

- Carragenina, usada em tintas, cosméticos e alguns laticínios.

- Algumas são utilizadas na produção de biodiesel.

Importância ecológica das algas:

- Cadeia alimentar: fitoplâncton, produtores!

- Produção de O 2 .

Principais grupos.

1. Euglenas (Euglenophyta)
- Se movimentam.

- Fazem fotossíntese.

- Unicelulares.

- De água doce.

- Possuem vacúolo pulsátil.

- Possui dois flagelos, mas apenas um é mais longo e atua na locomoção.

- Não possui parede celular o que confere maior agilidade.

- Na ausência de luz, capturam seu alimento e vive como heterótrofas.


2. Dinoflagelados (Dinophyta)

- Unicelulares.

- Se movimentam pelo batimento dos dois flagelos no interior de sulcos.

- São constituintes do plâncton.

- Existem aproximadamente 3 mil espécies.

- Cerca de 20% das espécies produzem toxinas.

- Causam a famosa maré vermelha.

- Nesse caso as toxinas liberadas podem matar peixes e animais.

- Algumas espécies de corais podem conter dinoflagelados vivendo em


endossimbiose, chamados de zooxantelas. As algas produzem nutrientes pela
fotossíntese, o que possibilita o crescimento dos corais em águas tropicais
pobres em nutrientes.

- Alguns dinoflagelados podem produzir bioluminescência.

3. DIATOMÁCEAS (Bacillariophyta)

- São unicelulares.

- Possuem parede celular ornamentosa (enfeitada)


composta por sílica.

- A parede celular é formada por duas metades que se encaixam, uma maior e
outra menor. Quando unidas, são chamadas de carapaças ou frústula.
CRIPTOFITAS E CRISÓFITAS

- Fazem parte do fitoplâncton.

- São pequenos e unicelulares.

- São flagelados.

- Crisófitas também são chamadas de algas douradas, são unicelulares e podem


viver em colônias.

ALGAS PARDAS (Phaeophyta ou feófitas)

- São todas marinhas e multicelulares.

- Além da clorofila, possuem pigmento


fucoxantina, que dá a cor marrom típica ao grupo.

- Podem ter 60 metros, como os kelps (formando “florestas de kelps”).


Lembre-se que elas não possuem caule, mas sim talos.

ALGAS VERMELHAS (Rodophyta ou rodófitas)

- Geralmente marinhas.

- Maioria multicelular.

- Além da clorofila, possuem pigmentos que dão a cor avermelhada.

- Algumas espécies depositam carbonato de cálcio em suas paredes, sendo


conhecidas por coralináceas, que fazem parte dos recifes.

ALGAS VERDES (Chlorophyta ou clorófitas)

- Unicelulares ou multicelulares.

- Quando unicelulares, podem vivem em colônias.

- Maioria de água doce, mas algumas são marinhas.

- Podem viver em mutualismo com outros


organismos. O mais famoso são os liquens, uma
associação entre algas e fungos.
REPRODUÇÃO

- Pode ser assexuada e sexuada.

1- Assexuada:

Nos unicelulares:

a) Divisão binária: uma célula se divide em duas.

Nos multicelular:

b) Fragmentação do talo: uma parte do talo se fragmenta, cai no substrato e da


origem a outra alga.

c) Zoosporia (esporulação): formação de células flageladas (zoósporos) que se


liberam da alga e nadam até chegarem a locais favoráveis, se fixam e ali
crescem. Ex. clorófitas.
2- Sexuada

a) Ciclo haplobionte haplonte (meiose zigótica): o organismo adulto é haplóide,


exemplo: Chlamydomonas sp.

Dois adultos n se fundem e formam uma célula


diplóide (2n), contidas no interior de um
envoltório, o zigósporo. A célula dentro do
zigósporo sofre meiose e origina quatro células
haplóides. O envoltório é liberado e cada uma das
4 células haplóides dão origem e um indivíduo
adulto, que pode repetir o processo ou se dividir
assexuadamente.
b) Conjugação

Ocorre em espécies de algas filamentosas (algumas).

c) Alternância de geração (diplobionte)


AULA 1 – FUNGOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

- Exemplos de fungos: cogumelos, bolores, orelhas-de-pau e as


leveduras.

- Podem viver no solo, na água ou no corpo de outros seres vivos


(inclusive em decomposição).

- São eucariontes.

- São heterotróficos (por absorção).

- Existem espécies sapróbias (nutrem-se do resto de outros


organismos) ou parasitas (quando se nutrem de um organismo ainda
vivo).

- Podem ser unicelulares ou multicelulares.

- Parede celular formada por quitina.

- Glicogênio como reserva de energia.

- Fazem reprodução por esporos.

- Aerobios, anaerobios ou anaeróbios facultativos (Saccharomyces


cerevisiae).

- Vive em locais úmidos.

- São mais aparentados com os animais do que com as plantas.

- Ciclo de vida em duas fases: sexuada e assexuada


- A meiose nos fungos é sempre zigótica (meiose zigótica).

IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

- Alimentos - Controle biológico.

- Produção de pão, bebidas e - Saúde pública.


queijos.
- Associação de benefício com
- Produção de antibióticos. outros seres vivos

- Pragas agrícolas.

ORGANIZAÇÃO CORPORAL DOS FUNGOS

Fungo multicelular:

- Corpo é formado por filamentos ramificados chamados de hifas. São


filamentos tubulares com muitos núcleos. O conjunto de hifas (emaranhadas) é
chamado de micélio e constituem o corpo do fungo.

As hifas podem ser de dois tipos:

Hifas septadas: pequenas separações (septos) que delimitam as células.

Hifas cenocíticas: não apresentam septos.

O micélio pode ser de dois tipos:

Micélio vegetativo: hifas geralmente penetram no substrato. São


responsáveis pela absorção dos nutrientes.

Micélio reprodutor: hifas para fora do substrato, responsáveis pela


produção de esporos (estrutura chamada de corpo de frutificação – ex.
cogumelo e orelha-de-pau).
NUTRIÇÃO DOS FUNGOS

- Como dito acima, eles tem nutrição heterotrófica e podem


ser decompositores (sapróbios) ou parasitas. Durante o
crescimento do fungo sobre a fonte de alimento o micélio
libera enzimas digestivas, que agem fora da célula

(digestão extracorpórea), degradando moléculas orgânicas. Então as hifas


absorvem os produtos da digestão para sua energia e fonte de matéria-prima
para seu crescimento e sobrevivência. É esse processo que apodrece diversas
coisas, como as frutas, por exemplo.

PRINCIPAIS GRUPOS DOS FUNGOS

Vamos adotar a classificação mais aceita, que


divide os fungos em quatro filos: Chytridiomycota,
Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota.

Veja ao lodo o cladograma mostrando o


parentesco evolutivo dos quatro filos dos
fungos e o que tem de novidade evolutiva
nos grupos.

FILO CHYTRIDIOMYCOTA (QUITRIDIOMICETOS)

- Podem ser chamados de quitrídias.

- Podem ser terrestres ou aquáticos (maioria).

- Unicelulares (sem micélio – sem hifas)


ou multicelulares (com micélio – hifas
cenocíticas).

- Possui em pelo menos um estágio do ciclo de vida células flageladas (esporos


e/ou gametas) – único grupo dos fungos com flagelo.

- Possui alternância de gerações (único nos fungos).

- Maioria sapróbia (decompositores), porém também podem ser parasitas de


plantas, algas, protozoários ou até mesmo de outros fungos (entre outros).
Alguns anfíbios tem desaparecido de vários
continentes, o responsável pode ser um fungo
(Batrachochytrium dendrobatidis) desse filo.

FILO ZYGOMYCOTA (ZIGOMICETOS)

- Não formam corpo de frutificação durante o processo sexuado.

- Alguns são sapróbios.

- Alguns são parasitas.

- Alguns formam associações mutualísticas com raízes de plantas (micorrizas).

- São predominantemente terrestres.

- Possuem hifas cenocíticas.

- Uma espécie importante desse filo é o


Rhizopus stolonifer, conhecido como o famoso
bolor preto dos pães.

- Lembre-se que esse bolor ocorre porque o pão (ou outro alimento) oferece um
substrato nutritivo, e, além disso, o fungo encontra umidade adequada.

FILO ASCOMYCOTA (ASCOMICETOS)

- O grupo mais diverso dos fungos.

- Podem ser unicelulares ou multicelulares.

- Se caracterizam por formar, no ciclo de reprodução sexuada, estruturas


especializadas em formas de saco (os ascos). No interior dos ascos formam-se
esporos sexuais denominados ascósporos. Em alguns ascomicetos os ascos
estão reunidos em corpos de frutificação carnosos, chamados de ascocarpos.
- Alguns são importantes economicamente, como a levedura Saccharomyces
cerevisiae, utilizada na fermentação de pães e cervejas.

- A maioria dos bolores que estragam os alimentos são desse grupo (verde-
azul, vermelho, marrom).

- Alguns como os do gênero Peniciilllium são usados na fabricação de


antibióticos.

- Alguns fungos desse grupo são utilizados para dar sabor, odor ou textura em
queijos.

- Existem espécies comestíveis e muito


apreciados, como as trufas (Tuber
melanosporium) e morchelas (Morchella sp.).

- Assim como os zigomicetos, os ascomicetos são predominantemente


terrestres.

- Suas hifas são septadas.

- Algumas espécies formam associações mutualísticas com algas ou


cianobactérias, formando os liquens. A maioria dos liquens é um ascomiceto
que está presente.

FILO BASIDIOMYCOTA (BASIDIOMICETOS)

- São os mais “familiares”, são representados pelos cogumelos e orelha-de-pau.

- Alguns são comestíveis, como o champignon.

- Muitas espécies são venenosas ou até mesmo alucinógenas.

- Esses fungos formam no ciclo de reprodução sexuada, estruturas especiais


chamadas de basídios, de onde se de onde são formados os esporos sexuais
(basidiósporos). Muitas espécies apresentam corpos de frutificação elaborados,
chamados de basidiocarpos (basidiomas ou corpo de frutificação) – conhecidos
popularmente por cogumelos.
LIQUENS

- É uma relação mutualistica entre fungos e algas ou fungos e cianobactérias.

- O fungo fornece nutrientes (sais minerais ou água) e proteção para a alga


(exemplo). As algas, autótrofas, fornecem para ao fungo o composto orgânico.

- Reprodução assexuada por meio de fragmentos chamados sorédios.

- Os liquens são bioindicadores ambientais.

MICORRIZAS

- Muitos cogumelos crescem perto de plantas. Muitas vezes suas hifas se


enrolam e penetram nas raízes dessas plantas (geralmente vasculares).
- As plantas com micorrizas são beneficiadas, pois aumentam sua capacidade
de absorção de água e minerais. Ainda o fungo protege a planta contra ataque
de microrganismos. O fungo é beneficiado também, pois recebe da planta
açúcares e vitaminas, importante para seu crescimento.

REPRODUÇÃO DOS FUNGOS

Reprodução assexuada dos fungos

1) Fragmentação: o micélio se fragmenta e origina novos micélios.


2) Brotamento (gemulação): ocorre nas leveduras, os brotos
(ou gêmulas) normalmente se separam da célula original,
mas podem também ficar unidas, formando uma cadeia
de células
3) Esporulação: muitos fungos (exemplo: o zigomiceto da espécie Rhizopus
stolonifer - bolor-preto-do-pão) se reproduzem assim, no processo são
formadas células haplóides dotadas de paredes resistentes, os esporos.
Para isso são formadas hifas especiais (esporangióforos) que possuem na
extremidade uma dilatação esférica: o esporângio, onde em seu interior
estão os esporos. Quando os esporângios estão maduros, se rompem e
liberam os esporos, que se dispersam com o ar e ao encontrarem um
local adequado, germinam. Então formam um novo micélio e dão origem
a um novo ciclo.
Reprodução sexuada nos fungos

Ciclo sexual de um zigomiceto

Ciclo sexual de um ascomiceto

Esporos = ascósporos (n)


Ciclo sexual de um basidiomiceto

MICOSES – DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS

- sapinho (candidíase oral) e candidíase vaginal.

- Alguns fungos podem causar pneumonia – Pneumocystis carinii.

- As doenças de pele causadas por fungos são chamadas genericamente de


micoses. As micoses podem atacar as unhas (onicomicose) também.
AULA 1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PLANTAS

- São eucariontes.

- São autótrofos fotossintetizantes (cloroplasto – possui outros plastos).

- São multicelulares.

- Possuem embrião e esse se desenvolve as custas do organismo


materno.

- Possui parede celular de celulose.

- Reserva de energia em forma de amido.

- Tecidos verdadeiros.

- Fecundação é interna.

- As plantas evoluíram de algas semelhantes às algas verdes atuais.

- Características como a parede celular composta principalmente por


celulose e a existência de clorofila b.

- As plantas ao conquistarem o ambiente terrestre tinham um grande


desafio: evitar a perda de água. A epiderme e a cutícula foram
importantes adaptações.

- As plantas completam o seu ciclo de vida em duas geração.


O zigoto se desenvolve em embrião dentro do gametófito feminino
(novidade nas plantas). Nesse local o embrião está protegido!

- O embrião nas plantas é multicelular e maciço.

- O desenvolvimento do embrião dentro do gametófito feminino é uma


novidade evolutiva nas plantas e por isso elas são chamadas de
embriófitas.

Ao longo do desenvolvimento das plantas outras novidades evolutivas


surgiram: vasos condutores, sementes, flores e frutos. Perceba que
existem 4 grupos de plantas: briófitas, pteridófitas, gimnosperma e
angiosperma. Classificamos as plantas de acordo com essas
características.

Veja o que surgiu em cada grupo:

A- O embrião maciço se desenvolve protegido no corpo do


gametófito feminino / Epiderme e cutícula / tecido verdadeiro /.
(Todas as plantas)
B- Vasos condutores / órgãos verdadeiros / fase dominante é o
esporófito. (Pteridófitas, gimnosperma e angiosperma)
C- Semente e grão de pólen. (Gimnosperma e angiosperma)
D- Flores e frutos. (Angiosperma)

Vantagens evolutivas das plantas:

Perceba que cada uma das novidades evolutivas das plantas trouxe
vantagens para o grupo. - Fecundação e desenvolvimento interno deram
proteção. Os vasos condutores permitiram o maior tamanho nas plantas,
o pólen a flor e o fruto aumentam a chance de dispersão da semente. A
semente protege, nutre e também auxilia na dispersão do embrião.

AULA 1 – BRIÓFITAS

CARACTERÍSTICAS

- Primeiras plantas no ambiente terrestre.

- Exemplos: musgos e hepáticas.

- São avasculares (sem vasos condutores).

- Gametas dependem da água para fecundação.

- Pequenas e delicadas (maioria não ultrapassa 5 cm de altura – raras


espécies atingem até 50 centímetros, na Nova Zelândia).

- Não possuem caule, folha nem raiz.

- Vivem geralmente em ambientes úmidos e sombreados.

ORGANIZAÇÃO CORPORAL DE UMA BRIÓFITA

- Exemplo de uma briófita.


- O corpo da briófita é chamado de talo. (2n)

- Esporos são haplóides (n)


- Rizoide, cauloide e filóide possuem
funções semelhantes as raízes, caules e (n)

folhas.
CICLO DE VIDA E REPRODUÇÃO DAS BRIÓFITAS

Reprodução assexuada:

- Fragmentação do corpo.

- Gemulação.

Reprodução sexuada:

IMPORTÂNCIA ECONOMICA DAS BRIÓFITAS

Vamos ver os principais exemplos:

- O musgo Sphagnum possui propriedades importantes exploradas em


diversas ocasiões, como na agricultura, onde utilizam sua capacidade de
retenção de água para aumentar a disponibilidade hídrica para as
plantas cultivadas. Esse mesmo musgo possui propriedade antisséptica,
muito utilizado para curativos, inclusive foi muito usado durante a
primeira guerra mundial.

- Musgos ajudam na conservação de encostas, mantendo o solo firme.

- Podem ser usados como indicadores ambientais.


- Importantes na cadeia alimentar.

- Formam as turfas, compostas de musgos e outros vegetais em


decomposição que retêm água e também podem ser usados como
combustível (possuem muito carbono). Quando queimados, liberam
grande quantidade de gás carbônico, influenciando também no
equilíbrio global da atmosfera.

AULA 3 - PTERIDÓFITAS

- Exemplo: samambaias e avencas.

CARACTERÍSTICAS

- São as primeiras plantas vasculares (grupo mais antigo).

- Não formam sementes.

- Gametas dependem da água.

- Ambientes úmidos e com sombra.

- Muitas são epífitas (vivem sobre outras plantas).

- Fase predominante no ciclo reprodutivo: esporófito.

- São criptógamas (assim como as briófitas).

- Novidades evolutivas importantes: tecidos (vasos) condutores,


independência da fase esporofítica e tecido de sustentação.

- Os vasos condutores são: xilema e floema. Eles possuem células que


se unem formando canais.

- A presença dos vasos condutores possibilitaram essas plantas


crescerem mais que as briófitas.
ORGANIZAÇÃO CORPORAL DAS PTERIDÓFITAS
ESPORÓFITO (2n)
- Raíz – fixa a planta a absorve água e
nutrientes.

- Caule – cresce geralmente em sentido


oposto das raízes.

- Folhas – células ricas em cloroplastos


(fotossíntese)

- Fase dominante é o esporófito diplóide.

- Gametófito é pouco desenvolvido (+ - 1


cm). PRÓTALO:
GAMETÓFITO (n)

REPRODUÇÃO DAS PTERIDÓFITAS

Assexuada: brotamento

Sexuada
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DAS PTERIDÓFITAS.

- Plantas ornamentais (decoração).

- Algumas são utilizadas com fins medicinais.

- Algumas são usadas na alimentação (brotos de samambaia-das-


roças).

- Algumas pteridofitas aquáticas fazem associação com cianobactérias


fixadoras de nitrogênio (por isso usada na fertilização de arroz).

AULA 4 - GIMNOSPERMAS

- Exemplo: araucárias, pinheiros, sequóias.

CARACTERÍSTICAS

- O grupo mais antigo de plantas com sementes.

- A grande novidade evolutiva nesse grupo foi a semente (óvulo


fecundado). Isso foi fundamental para o sucesso das fanerógamas.

- As sementes nas gimnospermas são nuas.

- A semente contém o embrião.

- Nesse grupo surgiu o grão de pólen.

- Não dependem da água para a reprodução sexuada.

- Conquistaram definitivamente o ambiente terrestre.

- São comuns em ambientes frios.

- Também apresentam vasos condutores de seiva.

- Possui órgãos verdadeiros (caule, folha raiz).


Semente

- A semente é a estrutura reprodutiva que se forma a partir do


desenvolvimento do óvulo, ou seja, é o óvulo fecundado e maduro.

- O endosperma é uma reserva


nutritiva para que o embrião utiliza na
germinação, enquanto ainda não faz
fotossíntese.

- Os óvulos (vários) são formados em cada estróbilo feminino (pinhas).

Grão de pólen

- O gameta masculino (carregados pelos grãos de pólen) se desenvolve


no interior do esporófito (árvore), nas estruturas reprodutivas
chamadas de estróbilo masculino (pinha).

- Ao encontrar o óvulo, o grão de pólen


forma uma projeção chamada de tubo
polínico, por onde o gameta masculino
alcança a oosfera sem o auxilio da água.
CICLO REPRODUTIVO DE UMA GIMNOSPERMA

Vamos ter como exemplo um pinheiro, o mais utilizado no grupo.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DAS GIMNOSPERMAS

- Plantas ornamentais (decoração).

- Produção de lenha, papel, móveis, casas, instrumentos musicais.

- Seus óleos e resinas são usados na fabricação de remédios e


perfumes.

- Alimentação, como o pinhão.


AULA 5 – ANGIOSPERMAS

- Surgem duas novidades evolutivas: flores e frutos.

- Flores: auxiliam na polinização.

- Frutos: auxiliam na dispersão de sementes.

FLOR

Veja as partes de uma flor hermafrodita.

PÓLEN

PEDÚNCULO FLORAL

RECEPTÁCULO
INFLORESCÊNCIA

- As flores estão tão organizadas que parecem, juntas, uma flor maior!
Quando na verdade é composto por várias flores pequenas dispostas
sobre um mesmo receptáculo. Para esse tipo de inflorescência, damos o
nome de capítulo.

ANDROCEU – ESTRUTURA REPRODUTIVA MASCULINA

ACOMPANHE O DESENHO NA AULA E FAÇA MAIS ANOTAÇÕES


GINECEU – ESTRUTURA REPRODUTIVA FEMININA

FECUNDAÇÃO

- O grão de pólen pousa no estigma.

POLINIZAÇÃO

- É o transporte dos grãos de pólen dos estames até os estigmas das


flores.

- Isso gera a recombinação gênica.

- Além do vento, a polinização pode ser feita pela água e,


principalmente, por animais.

- Existe uma forte coevolução entre os animais polinizadores e as


plantas. As plantas se especializaram em atraí-los.

- Entomofilia – polinização por


insetos. Eles pousam na flor, seu
corpo fica encoberto por pólen, e
quando vão até outra flor, fazem o
transporte do pólen.

- Ornitofilia – polinização por pássaros.


- Quiropterofilia – Polinização por morcegos.

- Pode ocorrer a autopolinização: o grão de pólen atinge o estigma da


mesma flor (ou da mesma planta).

VEJA O RESUMO:

Na próxima aula veremos a diferença entre fruto e pseudofruto.

DIVERSIDADE DE ANGIOSPERMAS

- As angiospermas possuem dois


grandes subgrupos:
monocotiledôneas e
dicotiledôneas

AULA 6 – FRUTO E PSEUDOFRUTO

Fruto

- O FRUTO, É O OVÁRIO MADURO DA FLOR.

O fruto é constituído de pericarpo e semente.


O pericarpo se desenvolve a partir das paredes do ovário e possui três
camadas: epicarpo, mesocarpo e endocarpo (veja a imagem acima).

Tipos de Fruto:

Quanto ao pericarpo, os frutos podem ser secos (pericarpo desidratado)


ou carnosos (pericarpo suculento).

Os frutos carnosos podem ser:

- Drupa: geralmente apenas uma semente,


como azeitona, ameixa, pêssego.

- Baga: geralmente grande número de


sementes, como o tomate, mamão e laranja.

Os frutos secos podem ser:

- Deiscentes: quando maduros, abrem e


liberam as sementes, como o feijão e a
ervilha.

- Indeiscentes: não abrem para liberar a


semente. A liberação vai ocorrer apenas por
animais ou após o pericarpo sofrer
decomposição. Exemplo: arroz.
Existem frutos partenocárpicos. Esses se desenvolvem sem fecundação,
como as bananas. Logo não possuem sementes.

Alguns frutos são desenvolvidos pela indústria de alimentos. Ao aplicar


hormônios o fruto se desenvolve sem fecundação.

Pseudofruto

- São os falsos frutos, pois se originam de outras partes da flor, que


não é o ovário.

- Vamos ver o exemplo da maça,


que é um pseudofruto. Nela o que
se torna carnoso é o
amadurecimento do receptáculo
floral.

- A parte carnosa do morango


também é pseudofruto (os frutos
verdadeiros são os pontinhos em
sua volta).

DISPERSÃO DE SEMENTES

- A dispersão de sementes se dá pelos frutos.

Pode ser:

- Anemocoria: pelo vento.

- Hidrocoria: pela água.

- Zoocoria: por animais.


GERMINAÇÃO DE SEMENTES

- Em condições adequadas, a semente irá germinar.

AULA 7 – RAIZ

Falaremos mais sobre essas estruturas na aula de histologia vegetal.

TIPOS DE RAIZ

- São basicamente divididas em 3 grupos: subterrâneas, aéreas e


aquáticas.
Raízes subterrâneas

São as mais comuns. Veja os principais tipos:

- Pivotantes (ou axiais): possuem


crescimento com um eixo principal
muito desenvolvido e eixos
secundários menos desenvolvidos.

- Fasciculadas (ou em cabeleira):


não apresentam raiz principal.

Ainda, as raízes subterrâneas podem ser


tuberosas, nesse caso são dilatadas em função
do acumulo de reserva energética, como o
amido.

Raízes aéreas

Estão acima do solo, podem ser:

- Sugadoras (haustórios): encontradas em


plantas parasitas (hemiparasitas).

Veja imagens da planta erva-de-passarinho.

- Tubulares: apresentam forma de tábuas


perpendiculares ao solo.

- Raízes respiratórias (pneumatóforos):


Especializadas em trocas gasosas (por orifícios
chamados pneumatódios), comum nas plantas
de manguezais, pois o solo é encharcado e
pobre em O 2 .

- Raízes estranguladoras: Presentes em


algumas plantas epífitas (que vivem sobre
árvores: inquilinismo). Essas raízes abraçam o
tronco e permitem que a planta permaneça
fixa. Em alguns casos as raízes estranguladoras
podem crescer tanto (exemplo: figueira-mata-
pau) que matam a árvore que está sendo
sustentada, pois interrompe a passagem de
seiva.
Raízes aquáticas

Ficam submersas, fazem absorção de água e


nutrientes. São ricas em aerênquima, que
auxiliam na flutuação.

AULA 8 – CAULE

TIPOS DE CAULES

- Podem ser aéreos, subterrâneos ou aquáticos.

Caules aéreos

São os mais comuns:

- Troncos: eretos, lenhosos e resistentes.

- Estipes: longos e eretos, geralmente sem


ramificações.

- Colmos: eretos e geralmente não


ramificados, muito resistentes.
- Hastes: Eretos e flexíveis.

- Caules rastejantes: não são eretos, são


pouco resistentes, finos e longos.

Esses caules rastejantes podem formar


raízes em diferentes pontos (no caso o caule
é chamado de estolho), o que possibilita
(caso seja cortado) a formação de novos
indivíduos. Exemplo: morango.

- Caules trepadores: crescem muito em


comprimento e pouco em espessura, são
capazes de se enrolar em espiral para fixar,
utilizando o auxilio de gavinhas.

- Cladódios: são fotossintetizantes. De seus


nós partem ramos, folhas e flores pouco
desenvolvidas.

Cactos são plantas classificadas como


xerófitas, pois possuem muitas adaptações
para suportar a falta de água. (existem
também plantas hidrófitas – precisam de
muita água e mesófilas – “um meio do
caminho”).

Caules subterrâneos

- Se desenvolvem abaixo da superfície do


solo.
- Rizomas: comuns em monocotiledôneas.
horizontalmente sob o solo, em pouca
profundidade.

- Tubérculo: possuem reserva na porção


terminal. Exemplo: batata-inglesa.

- Bulbos: caules subterrâneos envolvidos por


catafilos (folhas modificadas), que acumulam
substâncias nutritivas. Exemplo: cebola.

Caules aquáticos

Pouco desenvolvidos, geralmente são clorofilados e possuem


parênquima aerífero, que favorece sua flutuação e as trocas gasosas.

AULA 9 – FOLHAS

PARTES DA FOLHA:

- Limbo: maior porção da folha. Pode ser simples


(A), quando apresenta apenas uma lâmina, ou
composto (B) quando apresenta o limbo dividido em
pequenas lâminas chamadas de folíolos.

- Pecíolo: sustenta o limbo (encontrada em dicotiledôneas).

- Bainha: é uma expansão dilatada na base da folha (muito


desenvolvido em monocotiledôneas).

- Estípulas: duas projeções próximas a inserção das folhas.

- Nervuras: ramificações dos vasos


condutores de seiva.
ANATOMIA DA FOLHA

- Revestidas pela epiderme.

- Estômatos na face inferior da folha (abaxial). Os estômatos realizam a


troca gasosa entre a planta e o meio. Células-guarda abrem e fecham o
orifício controlando essas trocas.

Parênquima clorofiliano pode ser paliçádico (células retangulares bem


unidas) ou lacunoso (grandes espaços).

- Na face superior (adaxial), onde a folha recebe mais luz o parênquima


é paliçádico, favorecendo a fotossíntese e próximo a porção inferior o
parênquima é lacunoso, favorecendo a troca gasosa.

- Possui também feixes de xilema e floema (sistema vascular).

ADAPTAÇÕES DAS FOLHAS

- As folhas sofreram modificações ao longo da evolução, possibilitando


algumas adaptações.

- Plantas carnívoras possuem folhas modificadas


com função de capturar animais (geralmente
insetos) para complementar sua nutrição. Essas
plantas também fazem fotossíntese, mas por
viverem em ambientes pobre em nutrientes
(sobretudo nitrogênio) necessitam desse
complemento nutricional.

- Espinhos: folhas modificadas que atuam na


defesa da planta – é comum em cactos.

- Gavinhas: folhas modificadas que auxiliam a adesão das plantas


trepadeiras.

- Brácteas: folhas coloridas próximas de algumas flores, elas ajudam na


atração de polinizadores (reveja o girassol, no início da apostila).
AULA 10 – HISTOLOGIA VEGETAL

- Primário
Tecido meristemático (embrionário) - Secundário
Tecidos vegetais:
- Revestimento
Tecido permanente (adulto ) - Fundamental
- vascular

TECIDOS MERISTEMÁTICOS (EMBRIONÁRIOS)

- Composto por células indiferenciadas, com muita capacidade de divisão.

- Existem dois tipos de tecido meristemático

- Primário (meristema primário): presentes desde o nascimento da


planta. É responsável pelo aumento longitudinal da planta, como a raiz
e o caule.

- Secundário (meristema secundário): formados posteriormente,


com a planta adulta. É responsável pelo aumento de espessura da
planta (caule e raiz).

1. Tecido meristemático primário

- Localizados nas raízes, no ápice do


caule (gemas apicais – aumento em
altura) e logo acima de cada folha
(gema lateral ou axilar – forma os
ramos).
- A parte externa do meristema primário é chamado de protoderme, que
formará a epiderme (sistema de revestimento).

- A parte interna do meristema primário é chamada de procâmbio e dará


origem aos tecidos condutores (sistema vascular: xilema e floema
primários).

- Entre a protoderme e o procâmio está o meristema fundamental, que


vai se diferenciar em tecidos de preenchimento, reserva e sustentação.

2. Tecido meristemático secundário

- O tecido meristemático secundário é dividido basicamente em dois


tipos, câmbio vascular e felogêneo:

- Câmbio vascular: forma os vasos condutores (xilema e floema


secundários), assim aumentam a espessura da planta.

- Felogênio: forma o súber


e a feloderme (camadas de células
de revestimento, chamadas de
periderme). A periderme junto com
o floema formam a “casca”.

TECIDO PERMANENTE (ADULTO)

São basicamente três: revestimento, fundamental e vascular.

1. Sistema de revestimento

- Formado por uma ou mais camadas


de células que cobrem todo o corpo da
planta.

- Função principal: proteção contra


patógenos e contra a desidratação.

- Forma-se primeiro a epiderme como


tecido de revestimento. Mas por ser
muito delgado, é substituído pela
periderme (mais espessa) no caule e
na raiz da maioria das plantas.
Estômatos

- Estão presentes os estômatos que


são estruturas que se abrem e fecham
para que ocorram as trocas gasosas.

- Além do O 2 e CO 2 , pelo ostíolo passa água, processo chamado de


transpiração.

Acúleos: protegem contra herbivoria.

Tricomas: semelhantes pelos, que protegem


a planta contra a desidratação, além de
secretarem substâncias.

PERIDERME

- É formado basicamente pelo súber e pela feloderme.

Lenticela

- Em algumas regiões as células estão dispostas de maneira a permitir


trocas gasosas, essas estruturas chamamos de lenticelas.

2. Sistema fundamental

- Formado por diversos tecidos com função de preenchimento,


armazenamento ou sustentação.

A - Preenchimento

Parênquima clorofiliano: se as células estão bem unidas e cheia de


cloroplastos, é chamado de parênquima clorofiliano paliçádico. Quando
as células estão dispostas irregularmente, é chamado de parênquima
clorofiliano lacunoso (esses espaços permitem a circulação de gases da
fotossíntese).
B - Armazenamento

Parênquima de armazenamento: encontrado em raízes, caules ou


sementes.

- Amilífero: armazena amido.

- Aerífero: armazena ar.

- Aquífero: armazena água em grandes vacúolos.

C - Sustentação

Tecido de sustentação: existem basicamente dois tipos: colênquima e


esclerênquima.

3. Sistema vascular

- É formado pelo xilema e floema.

Xilema: transporte de água e sais minerais (seiva bruta) das raízes


até as folhas. As células do xilema possuem parede celular com
espessamento de lignina, o que o torna muito resistente.
Floema: transporte de matéria orgânica (seiva
elaborada ou seiva orgânica) das folhas para o resto da
planta. Essa seiva é produzida pela fotossíntese.

AULA 11 – FISIOLOGIA VEGETAL

ABSORÇÃO

A água e os sais minerais (seiva bruta, ou mineral) penetram na planta


pela raiz, principalmente pela zona pilífera. Seguindo até o cilindro central
onde está o xilema. A seiva pode seguir por dois caminhos distintos, a
via apoplásica ou por via simplástica.

- Via apoplástica: seiva passa


por espaços entre as células

- Via simplástica: seiva pssa


pelo interior das células.

Condução da seiva bruta (mineral)

A seiva bruta é transportada das


raízes até as folhas pelo xilema. Isso
só é possível devido as características
físicas e químicas da água: a
capilaridade (adesão e coesão -
lembre da aula sobre água) e a tensão
provocada pela transpiração.
Pressão da raiz: perceba que em muitas
plantas os sais entram para o xilema de forma
ativa (gasta energia) isso torna o xilema
hipertônico em relação ao ambiente,
favorecendo a entrada de água para o xilema,
por osmose. Em algumas plantas de pequeno
porte, essa pressão é tão grande que faz a
seiva bruta extravasar pelas folhas através
dos hidatódios, processo chamado de gutação
ou sudação.

TRANSPIRAÇÃO

- Transpiração estomática: pode ser


regulada. Mecanismo de abertura se dá pelo
bombeamento de potássio para o interior das
células-guarda, tornando elas hipertônicas,
assim elas recebem água por osmose, incham
e abrem o ostíolo.
Aberto Fechado
-E como ocorre o transporte dos compostos orgânicos, pela seiva
elaborada?

- Perceba que após a fotossíntese é formada a seiva elaborada, que é


distribuída pela planta a partir do floema.

- O fluxo é descendente, por ação da gravidade. Mas isso não é suficiente


para levar seiva elaborada para todas as estruturas da planta, incluindo
flores e frutos.

- Existe, portanto o mecanismo de transporte chamado de hipótese do


fluxo de massa. Nesse mecanismo, os órgãos fontes (produzem
compostos orgânicos em maior quantidade) transmitem esses compostos
para os órgãos dreno (geralmente não fazem fotossíntese, são
dependentes dos órgãos fonte).

- O fluxo do órgão fonte para o órgão dreno, segundo essa hipótese, se


dá por transporte ativo.
HORMONIOS VEGETAIS

- Os hormônios vegetais também são chamados de fitormônios.

AUXINAS

Onde é sintetizada? No ápice caulinar, nas sementes e nas folhas jovens.

Quais os efeitos?

- Estimular o alongamento das células meristemáticas, o que


promove o crescimento da planta (tem limite).

- Estimula o desenvolvimento dos frutos e das raízes.

- Inibe o desenvolvimento de ramos.

- Mantém as folhas presas ao caule.

CITOCININAS

Onde é sintetizado? No ápice radicular, sementes em germinação e folhas


jovens.

Quais os efeitos?

- Estimula a divisão celular e consequentemente o crescimento da


planta.

- Estimula o desenvolvimento dos ramos.

Esse hormônio é conhecido também por hormônio da juventude. Pois


retarda o envelhecimento da planta uma vez que estimular a produção
de proteínas e RNA.

GIBERELINAS

Onde é sintetizado? Meristemas e sementes.

Quais os efeitos?

- Estimula o crescimento por alongamento celular ou divisão


celular.

- Estimula o desenvolvimento de frutos.

- Estimula a germinação da semente.


ÁCIDO ABSCÍSICO (ABA)

Onde é sintetizado? No ápice radicular, caule e folhas.

Quais os efeitos?

- Inibidor de crescimento.

- Provoca a dormência de gemas e sementes.

ETILENO

Onde é sintetizado? Tecidos maduros da planta.

Quais os efeitos?

- Amadurecimento dos frutos.

- Abscisão (queda) de folhas, flores e frutos.

MOVIMENTOS DA PLANTA

TROPISMOS

- Fototropismo positivo: crescimento das folhas e caule em direção


à luz. Movimento estimulado pela produção de auxina do lado aposto da
fonte luminosa, o que estimula o alongamento celular apenas de um lado
da planta.

- Fototropismo negativo: crescimento das raízes para o lado oposto


da fonte luminosa, causado também pela produção de auxinas.

- Geotropismo positivo: a raiz cresce em direção a força


gravitacional, assim ela se enterra.

- Geotropismo negativo: o caule possui crescimento em direção


contrária a força da gravidade, assim cresce oposto ao solo.

NASTISMOS

- Nictinastismo (ou fechamento noturno): algumas plantas fecham


suas folhas durante a noite e abrem durante o dia. Ou apenas se movem
para baixo (a noite) e para a cima (no dia).
- Tigmonastismo: são movimentos estimulados pelo toque, como
exemplo: a planta dormideira, que fecha rapidamente suas folhas ao
serem tocadas. Isso ocorre também com plantas carnívoras.

COMO A LUZ INTEFERE NO DESENVOLVIMENTO VEGETAL?

Fotoblastia: influência da luz na germinação. Sementes podem ser


fotoblásticas positivas (germinam com luz) ou fotoblásticas negativas
(germinam sem luz).

Fotoperiodismo: a floração depende da duração de períodos de luz e


escuridão.

- Plantas de dia longo: florescem quando a noite é curta e o dia é


longo.

- Plantas de dia curto: florescem quando a noite é longa e o dia é


curto.

Existem plantas neutras, ou seja, independem do período luminoso para


florescer.
AULA 01 – REINO ANIMAL: INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA

São características dos animais:

- Eucariontes - Multicelulares - Heterotróficos.

- Aeróbicos (apesar de alguns realizarem anaerobiose).

- Possuem tecidos verdadeiros.

- Presença da blástula no desenvolvimento embrionário.

- Reprodução sexuada (mas alguns fazem também reprodução


assexuada).

- Podem apresentar celoma.

Os animais podem ser classificados de acordo com o número de


camadas germinativas (folhetos embrionários).

- Diblásticos: animais que possuem dois folhetos embrionários, a


ectoderme e a endoderme.
- Triblásticos: animais que possuem três folhetos embrionários, a
ectoderme, a mesoderme e a endoderme.

Blastóporo

Outra classificação importante é quanto o que será originado a partir do


orifício do embrião chamado de blastóporo (veja a aula de embriologia),
veja a classificação:
- Protostômio: o blastóporo origina
primeiramente a boca (ou orifício
semelhante a boca). Exemplo:
anelídeos, artrópodes e moluscos.
- Deuterostômio: o blastóporo origina primeiramente o ânus e depois a
boca. Exemplo: equinodermos e cordados, apenas.

De acordo com essa cavidade os animais podem ser classificados em


celomados, pseudocelomados ou acelomados.

Os animais podem ser classificados de acordo com a simetria corporal.


Podem ser assimétricos ou simétricos (radial ou bilateral).
Outras classificações:

Reprodução: todos os animais fazem reprodução sexuada, mas alguns


também fazem reprodução assexuada.

Fecundação: pode ser interna ou externa.

Quanto ao sexo dos animais: podem ser monóicos (hermafroditas) ou


dióicos, quando existe o macho e a fêmea.

Cefalização: é a tendência evolutiva de manter órgãos do sentido na


região anterior do corpo.

Segmentação ou metameria: o corpo é organizado em segmentos


iguais ou semelhantes, os chamados metâmeros. Para lembrar, imagine
uma minhoca.

Sistema esquelético: os animais podem ter esqueleto hidrostático


(sustentação pela água), exoesqueleto (esqueleto externo, como nos
artrópodes) e endoesqueleto (esqueleto interno), como nos cordados.

Quanto ao sistema digestório: pode ser completo (boca e ânus) ou


incompleto (apenas boca). Alguns animais não possuem sistema
digestório.

Sistema circulatório: pode ser fechado ou aberto.

Sistema respiratório: pode ser respiração cutânea (pela pele),


branquial (por brânquias) pulmonar (por pulmões), traqueal (por
traquéias) ou nenhum tipo.

Sistema excretor: pode ser por protonefrídeos (“rins” primitivos),


canais excretores, metanefrídeos, glândulas antenais e coxais,
túbulos de Malpighi ou rins.

Substâncias excretadas: pode ser amônia, uréia ou ácido úrico.


AULA 02 – PORÍFERA

Os poríferos são os animais mais primitivos, são representados pelas


esponjas.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

- Apresentam poros no corpo.

- São aquáticos (maioria marinha).

- Não possuem tecido verdadeiro.

- A célula mais importante no grupo é o coanócito.

- Grande capacidade de regeneração.

- Maioria é assimétrico.
- São filtradores.

ESTRUTURA CORPORAL

- Possuem uma cavidade central chamada de átrio ou espongiocele.

- Possuem uma abertura superior, chamada de ósculo.

- A espongiocele é revestida por células chamadas de coanócicos, que


possuem um flagelo. São essas células as responsáveis pela
movimentação constante da água pela esponja. A água entra pelo poro,
passa pela espongiocele e sai pelo ósculo.

Existem três tipos de esponjas, classificadas de acordo com a dispocisão


corporal de suas câmaras e canais internos, áscon, sícon e lêucon:

ÁSCON SÍCON LÊUCON


AS ESPONJAS SÃO REVESTIDAS POR TRÊS CAMADAS DE CÉLULAS:

- A mais externa (pinacoderme): formada basicamente por células


achatadas e muito unidas, os pinacócitos.

- A camada mais interna (coanoderme): formada pelos coanócitos, as


células que possuem flagelo envolvido por um colarinho, que permitem
a circulação da água. Essas células também absorvem os nutrientes e
fazem a digestão intracelular (dentro dos coanócitos).

- A camada central (meso-hilo): podem apresentar células móveis


chamadas de amebócitos, juntamente com um esqueleto de
sustentação formado por espículas (formada por carbonato de cálcio ou
sílica).

Espículas: não são células, atuam na sustentação da esponja


(esqueleto)

CLASSIFICAÇÃO DOS PORÍFEROS:

- Formados por três classes – Calcarea,


Demospongiae e Hexactinellida.
REPRODUÇÃO DAS ESPONJAS:

Assexuada:

- Brotamento.

- Regeneração.

- Algumas esponjas de água doce podem gerar uma forma de


resistência, chamada de gêmula.

Sexuada:
AULA 03: CNIDÁRIOS

Representantes: anêmonas-do-mar, corais, caravelas, águas-vivas e


hidras.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

- Possuem tentáculos.

- São diblásticos.

- Dois tecidos verdadeiros: gastroderme (deriva da endoderma) e a


epiderme (deriva da ectoderma). Entre esses dois tecidos existe a
mesogléia (derivada da ectoderma), composta por um material
gelatinoso.

- Acelomados.

- Sistema nervoso difuso.

- Maioria marinha.

- Sistema digestório incompleto.

- Digestão extra e intracelular.

- Sistema respiratório, excretor e circulatório ausentes.

- Simetria radial.

- Célula especializada: cnidócito, responsável


pela inoculação de veneno.

- Cnidócitos atuam na defesa ou na captura


de presas.
ESTRUTURA DO CORPO

- Podem ter basicamente duas


formas: pólipos e medusas

- Gastroderme vem do folheto endoderma.

- Epiderme vem da ectoderma.

- Mesogléia vem da ectoderma.

- Pólipo é séssil, medusa é livre.

- A cavidade gastrovascular (celêntero) é onde ocorre a digestão


extracelular.

- Boca é por onde entra o alimento.

- O esqueleto dos cnidários é hidrostático.

SUAS PRINCIPAIS CÉLULAS:


Células da epiderme:

- Mioepiteliais epidérmicas (epitélo-muscular) – revestem e


possibilitam a contração do corpo.

- Células intersticiais: pequenas células localizadas entre as


mioepiteliais. São totipotentes, participam do crescimento e
regeneração.

- Células sensoriais: captar estímulos e transmiti-los para células


nervosas presentes na mesogleia.

- Células glandulares (presentes na epiderme e na gastroderme):


secretam muco, que lubrifica o corpo do cnidário. O muco auxilia
também na fixação dos pólipos no substrato.

- Cnidoblastos: célula especializada em inocular veneno. Já


falamos dela anteriormente.

Células da gastroderme

- Células mioepiteliais digestórias (muscular-digestiva): Apresenta


dois flagelos, facilitando a mistura do alimento com as enzimas
digestivas, que são produzidas pelas células glandulares da
gastroderme.

- As células glandulares, sensoriais e intersticiais da gastroderme,


possuem função semelhante a da epiderme, estudado acima.

Mesogleia

- Possui células nervosas, que recebem estímulo e interpretam. A


mesogleia é formada por secreção de células da epiderme e da
gastroderme. A mesagleia da suporte ao corpo dos cnidários, senda ela
elástica e flexível.
REPRODUÇÃO:

- Pode ser assexuada: - Brotamento - Estrobilização.

- Pode ser sexuada.

DIVERSIDADE DE CNIDÁRIOS

Possuem quatro classes: Hydrozoa, Scyphozoa, Anthozoa e Cubozoa.

Hydrozoa (hydrozoários):

- Únicos com representantes de água


doce, mas a maioria é marinha.

- De maneira geral, possuem a forma de


pólipo, que se reproduzem
assexuadamente por brotamento. Mas
alguns brotos alargados se transformam
em pequenas medusas.

Scyphozoa (Cifozoários)

- São marinhos.

- Possuem alternância de geração, sendo a


medusa a forma predominante.
Anthozoa (antozoários)

- São marinhos.

- Exemplo: anêmonas do mar e corais.

- Apresentam apenas estágio de pólipo.

- Os corais produzem um esqueleto


formado por carbonato de cálcio, que é
rígido e durável. Além de sua sustentação,
esse composto produz uma formação
calcária que mesmo após a morte do coral
continua no ambiente. Essa é a base para a
formação dos recifes de corais.

Com a morte das zooxantelas os corais


perdem cor e ocorre o fenômeno
conhecido por branqueamento de corais.
Perceba que as zooxantelas fazem
fotossíntese, e o derramamento de
petróleo ou outra poluição pode impedir
que a luz alcance esses organismos, que
morrem por não fazerem fotossíntese.

Cubozoa (Cubozoários)

- Representados pelas medusas, que


possuem forma de cubo.

- Estão entre os animais mais tóxicos do mundo, como é o caso da


vespa-do-mar.
AULA 04 – PLATELMINTOS

Os platelmintos pertencem ao filo Platyhelminthes, que significa “verme


de corpo achatado”.

CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESTRUTURA

- Possuem o corpo achatado.

- Vida livre ou parasitária.

- Possuem simetria bilateral (novidade evolutiva).

- São Triblásticos (novidade evolutiva).

- São acelomados.

- Nesse grupo ocorre o processo de cefalização.

- Possuem dois cordões nervosos ventrais, conectados entre eles por


diversos pontos. Ainda possuem uma concentração de células nervosas
na extremidade anterior do corpo, formando os gânglios cerebrais.

- Sem sistema de circulação: trocas gasosas realizadas por difusão.


- Possuem protonefrídeos, estruturas de excreção e osmorregulação
constituídos por um sistema de túbulos que terminam em células
especializadas, chamadas de células-flama.

- As células-flama são excretoras.

- O sistema digestório é incompleto.

- As espécies parasitas não possuem trato digestório, pois absorvem os


nutrientes digeridos diretamente de seus hospedeiros.

- Possuem um trato digestório


(intestino) extremamente ramificado.

GRUPOS DE PLATELMINTOS

Turbelários

- São de vida livre.

- Principal exemplo: planária.

- Podem viver em ambientes aquáticos ou terrestres úmidos.

- Possuem uma cabeça com órgãos


quimiorreceptores (chamadas de aurícolas).

- Os ocelos percebem estímulos luminosos


(fotorreceptores).

- O gânglio cerebral interpreta informações


recebidas pelos órgãos sensoriais.

- A digestão é extra e intracelular.

- Fazem fertilização cruzada, com fecundação interna.

- O desenvolvimento é direto (sem fase larval).


- As planarias podem se reproduzir assexuadamente.

- A respiração é cutânea.

Cestódeos

- São exclusivamente parasitas (endoparasitas).

- Principal exemplo: tênias.

- Possuem mais de um hospedeiro: o definitivo, na sua fase adulta e o


intermediário, que abriga a fase larval.

- Não possuem sistema digestório. Absorvem os nutrientes direto de


seu hospedeiro.

Doenças causadas por cestódeos

TENÍASE E CISTICERCOSE

- A teníase é causada pela Taenia saginata ou Taenia solium.


- A cisticercose (em humanos) é causada apenas pela larva da espécie
Taenia solium.

- Para prevenir: não comer carne crua, inspeção de carnes, saneamento


básico entre outras.

Trematódeos

- Geralmente parasitas de vertebrados.

Nos trematódeos o mais importante é conhecer sobre a


esquistossomose, doença parasitária comum em algumas regiões do
Brasil.

ESQUISTOSSOMOSE

- Conhecida também por barriga-d’água.

- Causada pelo verme Schistosoma mansoni. Macho é


maior, abrigando a fêmea em uma abertura de seu
corpo, chamada canal ginecóforo.

Veja o ciclo e acompanhe com a aula do professor Samuel Cunha. Faça


anotações.
Prevenção: saneamento básico, tratamento dos doentes, educação
sanitária, não entrar em rios suspeitos, eliminar os caramujos, entre
outras.

AULA 5 – NEMATELMINTOS

- Pertencem ao filo Nematoda. Podem ser chamados de nematódeos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESTRUTURAS

- Possuem o corpo cilíndrico e alongado.

- São triblásticos.

- Possuem simetria bilateral.

- São pseudocelomados.

- Possuem cutícula que recobre seu corpo e dá resistência ao verme.

- Possui sistema digestório completo.

- Não apresentam sistema cardiovascular e respiratório.

- Geralmente excretam amônia por células especializadas, chamadas de


renetes.

- Sistema nervoso composto por um nervo na forma de anel.

- Geralmente são dióicos e com fecundação interna.

Vamos estudar as doenças causadas pelos namatódeos:

ASCARIDÍASE

- Doença parasitária causada pelo Ascaris lumbricoides (lombriga).


- Os vermes adultos vivem no intestino delgado do hospedeiro.

Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do prof. Samuel Cunha, faça


anotações na figura.

- Prevenção: lavar as mãos e os alimentos, saneamento básico,


educação sanitária, tratar os doentes, entre outras.

ANCILOSTOMOSE (AMARELÃO)

- Causada pelo verme Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

- Causam anemia

- Lembre-se sempre do Jeca Tatu, personagem de Monteiro Lobato que


vivia cansado: “Jeca não é assim, ele está assim”, dizia o autor. Jeca
tinha essa parasitose e por isso vivia cansado.

Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do professor Samuel Cunha,


faça anotações.
- A prevenção está relacionada ao saneamento básico, andar de sapatos
em ambientes com suspeitas de contaminação, tratar as pessoas
doentes e educação sanitária.

BICHO-GEOGRÁFICO (larva migrans)

- Causado pelo verme Ancylostoma braziliense.

- Mas quando esse verme tenta penetrar na pele


humana, não consegue. Fica migrando pela pele e
causa um rastro de inflamação.

- Pode causar coceira e inflamação localizada.

- Prevenção: não levar cães e gatos para a praia. Tratar periodicamente


animais de estimação com remédios vermífugos. Evitar o contato direto
da pele com locais de risco, como areia da praia.

FILARIOSE

- Conhecida também por elefantíase.

- Causada pelo verme Wuchereria bancrofti.

- Precisa de mais de um hospedeiro, nós somos o definitivo e o


mosquito do gênero Culex é o hospedeiro intermediário.
- A fêmea do mosquito é hematófaga e transmite a parasitose durante a
picada.

- Prevenção: evitar o contato com o mosquito com o uso de telas,


repelentes ou inseticidas.

ENTEROBIOSE

- Conhecida também por oxiurose.

- Causada pelo verme Enterobius vermicularis.

- Adultos ficam instalados no intestino grosso, onde acasalam.

- A fêmea repleta de ovos migra para a região perianal (ao redor do


anus), região onde os ovos são liberados.

- Causa muita coceira na região.

- Os ovos podem contaminar os alimentos e também podem ficar


suspensos no ar, ocorrendo a transmissão para outras pessoas que
vivem no mesmo ambiente.

- Prevenção: evitar sacudir roupas de cama, tratar os doentes, lavar as


mãos e os alimentos, entre outras.

Acompanhe o ciclo juntamente com a


aula do professor Samuel Cunha: faça
anotações.
AULA 05 – MOLUSCOS

CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURAS

- Os moluscos são triblásticos e celomados.

- Moluscos são invertebrados de corpo mole.

- São marinhos, dulcícolas ou terrestres.

- Geralmente apresentam conchas calcárias.

- Possuem simetria bilateral.

- O corpo não é segmentado, mas podemos identificar três regiões: cabeça, pé e massa
visceral.

- Cabeça é muito desenvolvida nos cefalópodes,


pouco em bivalves. Nessa estrutura podem ter
órgãos sensoriais.

- O pé está relacionado à locomoção.

- Na massa visceral estão os órgãos. Essa estrutura é revestida pelo manto, responsável
(em alguns moluscos) pela secreção do esqueleto calcário.

- O manto pode formar a cavidade do manto.

- Podem ser herbívoros, predadores ou filtradores.

- Possuem sistema digestório completo.

- Na cavidade oral possuem (na maioria das vezes)


uma estrutura chamada de rádula, que é usada
para raspar os alimentos.

- A digestão é intra e extracelular.


- Possuem sistema circulatório (primeiros animais a terem esse sistema) que pode ser
aberto (maioria) ou fechado (cefalópodes).

- Sistema respiratório: brânquias (moluscos aquáticos), pulmões (moluscos


terrestres) ou cutânea (alguns moluscos terrestres)

- Sistema excretor: metanefrídios.

- Moluscos aquáticos excretam amônia, os terrestre convertem a amônia em ácido úrico,


menos tóxico (bela estratégia adaptativa).

- Sistema nervoso: formado por gânglios


concentrados na cabeça, no pé e na massa
visceral.

- Moluscos podem apresentar estruturas sensoriais: tentáculos. Já os cefalópodes


possuem olhos muito desenvolvidos, semelhantes ao dos vertebrados.

GRUPOS DE MOLUSCOS

Aplacophora

- São pequenos e em forma de vermes.

- Não apresentam cabeça, tentáculos nem olhos.

Monoplacophora

- São os monoplacóforos.

- Possuem uma única concha.


Polyplacophora

- São os quítons.

- Possuem muitas conchas (daí o nome)

Bivalvia

- São os bilvalves: ostras, mariscos e mexilhões.

- Possuem uma concha com duas partes (valvas).

- Não apresentam rádula, obtém seu alimento por filtração, a partir de uma abertura
chamada sifão.

- Algumas espécies podem formar pérolas. Isso ocorre


se um grão de areia (ou outro objeto estranho) fica
entre o manto e a concha, no caso o molusco secreta
uma substância necarada (calcárea) ao redor desse
objeto, com intenção de isolá-lo.

Gastropoda

- Única classe com representantes terrestres: caramujos, caracóis e lesmas.

- Alguns possuem conchas em forma de espiral sobre o


corpo.

- Cabeça bem individualizada, podendo conter órgãos sensoriais.

- Ânus, estruturas excretoras e reprodutivas estão


localizadas na porção anterior do corpo, acima da
cabeça.

Cephalopoda

- São os cefalópodes: polvo, lula e náutilo.

- São marinhos.
- Fazem uma eficiente locomoção. Isso é importante, pois eles são predadores.

- Capturam as presas com seus tentáculos.

- Os olhos são complexos, semelhante ao dos vertebrados.

- Únicos entre os moluscos com sistema circulatório fechado.

Scaphopoda

- São os escafópodes: dentes-de-elefante.

- São marinhos.

IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS

- Gastronomia.

- Algumas espécies exóticas como o mexilhão dourado causam grandes impactos


ambientais.

- São hospedeiros intermediários para algumas doenças parasitárias.

- Comercio de pérolas.

- Indicadores ambientais.

- Pragas de jardins.

- Vetores de doenças.

- Conchas como objeto de decoração, artesanato ou coleção.

AULA 06 – ANELÍDEOS

- Principais exemplos: minhoca e sanguessuga.

CARACTERÍSTICAS

- São animais vermiformes, com corpo cilíndrico, alongado e segmentado: a grande


novidade evolutiva do grupo (os segmentos possuem forma de anel, o que dá nome ao
grupo).

- A segmentação é marcante nesse grupo, sendo chamada de metameria.

- Simetria bilateral.

- Triblásticos.

- Celomados.

- Protostômios.
- Sistema digestório completo.

- Sistema circulatório fechado.

- Sistema respiratório: podem ou não apresentar (se não apresentam, fazem as trocas
por difusão, pela pele – cutânea; se apresentam é por brânquias).

- Sistema excretor: metanefrídeos.

- Sistema nervoso: gânglios cerebrais e cordões


nervosos na parte ventral.

- Alguns possuem o clitelo.

- O clitelo produz muco e, ainda, é importante na formação do casulo, local onde ocorre a
fecundação.

CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS

Polychaeta (poliquetas)

- Anelideos com protuberâncias laterais: os parápodes.

- São predominantemente marinhos.

- Os parápodes são proeminências que se


estendem na lateral do corpo, com tufos de
cerdas rígidas. Função dos parápodes: trocas
gasosas, proteção, locomoção ou ancoragem.

Oligochaeta (Oligoquetas)

- Pertencem a classe Clitellata – possuem clitelo.

- Principal exemplo: minhocas.

- importância das minhocas: aeração do solo, produção do húmus que adubam e deixam
o solo mais rico.

- Minhocas possuem também a tiflossole, que são dobras na superfície do intestino e


cecos intestinais que aumentam a área de absorção de alimentos.

- Respiração é cutânea.
- Sistema circulatório apresenta um vaso dorsal contrátil.

- Outros vasos sanguíneos também participam do


bombeamento.

- São monóicos e fazem fertilização cruzada.

- Na copula as minhocas se dispõe para que ocorra o


alinhamento dos poros genitais com o receptáculo
seminal, ocorrendo assim a troca de
espermatozóides.

- O clitelo forma o casulo, onde são depositados os ovócitos pelo poro genital feminino. O
casulo é encaminhado por contrações musculares até o receptáculo seminal, onde estão
os espermatozoides do parceiro. Ocorre assim a fecundação e o casulo, já com os óvulos,
é liberado no ambiente.

Hirudinea (hirudíneos)

- Pertence a classe Clitellata – possuem clitelo.

- Principal exemplo: sanguessuga.

- Característica marcante: possuem ventosa nas extremidades


corporais, que são utilizados para locomoção.

- Clitelo pouco evidente.

- Muitas espécies são ectoparasitas (externos) de outros animais.

- O sanguessuga libera uma substância anticoagulante, favorecendo assim sua


alimentação.
AULA 07 – ARTRÓPODES: INTRODUÇÃO

- Exemplos: mosca, barata, escorpião, aranha, caranguejo, centopéia...

- Apresentam metameria (segmentação), mas seus segmentos não são todos iguais.
Alguns segmentos inclusive se unem para formar tagmas.

- Novidades evolutivas: exoesqueleto (esqueleto externo) formado de quitina


(polissacarídeo) e apêndices articulados, como pernas, asas e antenas.

O exoesqueleto é externo ao corpo, como se fosse uma armadura resistente.


Protege contra desidratação ou predadores. Para crescer o artrópode deve mudar esse
esqueleto e, por isso, o crescimento não é contínuo. Ele deixa o esqueleto menor, cresce
fora dele e secreta um novo exoesqueleto. Esse processo é chamado de muda, ou ecdise
regulado pelo hormônio ecdisona. O esqueleto velho recebe o nome de exuvia.

- Devido a rigidez do exoesqueleto, ele possuem os apêndices articulador, que são


movidos pela ação de músculos.

- São triblásticos.

- Celomados.

- Protostômios.

- Possuem simetria bilateral.

- Sistema digestório completo.

- Sistema circulatório aberto.

- Sistema respiratório: traqueal, filotraqueal ou branquial.

- Sistema excretor: túbulos de Malpighi.

- Sistema nervoso: ganglionar com cordões nervosos ventrais.

- Sistema sensorial: olhos compostos, ocelos, antenas, cerdas.


AULA 8: ARACNÍDEOS (ARACHINIDA)

- Exemplo de aracnídeos: aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros.

- Não possuem antena (característica que os difere dos demais artrópodes).

- Únicos que apresentam quelíceras e pedipalpos.

- Podem apresentar ocelos, que possuem função de percepção de claridade.

- Possuem 4 pares de pernas, sempre localizadas no cefalotórax.

- Apresentam o corpo dividido em cefalotórax (prossoma), e abdômen (opistossoma).

- Em ácaros o cefalotórax e abdômen estão


fundidos.

- Capturam seu alimento e fazem a digestão


externa, depois ingerem o produto.

- Os escorpiões possuem ao final do abdômen o


télson, estrutura que possui o aguilhão,
responsável pela inoculação do veneno.

- Nas aranhas, a estrutura responsável pela inoculação do veneno são as quelíceras, que
possuem glândulas de veneno.

- As aranhas também possuem glândulas localizadas no


abdômen que secretam teias por apêndices especializados,
chamados de fiandeiras.

- O sistema respiratório é do tipo filotraqueal (pulmões foliáceos) que se comunica com o


meio exterior por orifícios chamados de estigma.

- A excreção nos aracnídeos é feita nas glândulas coxais, presentes na base das pernas
ou por túbulos de Malpighi.
IMPORTÂNCIA DOS ARACNÍDEOS

- Muitas aranhas e escorpiões podem causar problemas devido ao veneno que possuem.

- Algumas espécies de aracnídeos são ectoparasitas, podendo veicular doenças como a


febre maculosa.

- Carrapatos causam prejuízo para pecuária.

- Possuem papel importante na cadeia alimentar.

AULA 9 - CRUSTÁCEOS (CRUSTACEA)

- Exemplos de crustáceos: camarões, caranguejos,


lagostas.

- As cracas são crustáceos sésseis, vivendo presas


a algum substrato.

- Os crustáceos possuem o corpo dividido em cefalotórax e abdômen.

- O número de pernas varia nos grupos, tendo no mínimo cinco pares.

- Possuem dois pares de antenas.

- Sistema respiratório formado por brânquias.

- Sistema excretor: nefrídios especializados, conhecidos por glândulas antenais e


glândulas maxilares.
AULA 10 - INSETOS (INSECTA)

- Exemplos: gafanhoto, mosquito, mosca,


barata, borboleta.

- O corpo dividido em: cabeça, tórax e abdômen.

- Do tórax partem 3 pares de pernas.

- A maioria possui dois pares de asas (alguns não apresentam asas).

- Possuem um par de antenas.

- Possuem um par de olhos compostos. Podem possuir ocelos.

- Possuem hábitos diversificados de alimentação: herbívoros, carnívoros, detritívoros,


parasitas...

- Perceba que o aparelho bucal dos insetos está relacionado a seu hábito de alimentação.
Um parasita que se alimenta de sangue (por exemplo o mosquito) tem que ter um aparelho
bucal que penetra na pele e suga o sangue, chamado então de picador (ou picador
sugador). Veja abaixo os tipos de aparelho bucal.

- Sistema respiratório constituído por traquéias (sistema traqueal) ao longo do corpo. O


O2 e o CO2 entram por orifícios chamados de espiráculos.

- Como nesse sistema o O2 entra diretamente para os tecidos do corpo do inseto, mantendo
seu alto metabolismo, mesmo eles possuindo o sistema circulatório aberto.

- Sistema excretor: formado por túbulos de Malpighi.

- O desenvolvimento pode ser direto (sem larva), ou indireto (com larva).


- Desenvolvimento direto:

Ametábolos: fases de ovo – imaturo – adulto

- Desenvolvimento indireto:

Hemimetábolo: fases de ovo – ninfa – adulto (não fazem metamorfose completa).

- Holometábolos: fases de ovo – larva – pupa – adulto (fazem a metamorfose completa).

- É na fase de pupa que ocorre a metamorfose.

IMPORTÂNCIA DOS INSETOS

- Cadeia alimentar.

- Vetores de doenças.

- Alimentação (muitas culturas usam os insetos na culinária).

- Polinização (lembre-se das abelhas).

- Produção de mel.

- Pragas agrícolas.

- Muitas espécies são parasitas: piolho, berne, pulga...

- Pragas urbanas.
- Indicadores ambiental.

AULA 11 - MIRIÁPODES (MYRIÁPODA)

- Exemplos: centopéias e piolhos-de-cobra.

- São todos terrestres.

- Apresentam cabeça anexada a um corpo muito segmentado e com muitas pernas.

- Assim como os insetos, possuem duas antenas, fazem respiração por traquéia e
possuem túbulos de Malpighi (excreção).

Diplopoda (diplópodes)

- São os piolhos-de-cobra.

- Possuem dois pares de pernas por segmento, isso porque durante o desenvolvimento
embrionário ocorre fusão aos pares dos segmentos.

- Podem possuir glândulas que produzem substâncias que repelem inimigos.

Chilopoda (quilópodes)

- São as centopéias.

- São caçadores muito eficientes..

- Apenas um par de pernas por segmento.

- Possuem 15 ou mais segmentos.

- O primeiro par de pernas é diferenciado em presas que podem inocular veneno!

- O último par de pernas pode estar modificado, com função sensorial.

AULA 12 – EQUINODERMOS

- Pertencem ao filo Echinodermata.

- Esses é o filo mais próximo ao nosso.

CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURAS

- Exclusivamente marinhos.
- São triblásticos

- Celomados.

- Deuterostômios.

- Possuem esqueleto interno (endoesqueleto) formado por calcário e revestido pela


epiderme.

- Geralmente apresentam simetria pentarradial (um tipo de simetria radial com cinco partes
iguais) quando adultos.

- Na fase larval apresentam simetria bilateral.

- Alguns equinodermos como as estrelas-do-mar possuem estruturas em forma de pinça


no corpo, chamadas de pedicelárias.

- A excreção e trocas gasosas são realizadas diretamente pela superfície do corpo.

- O sistema nervoso é formado apenas por nervos que partem de um anel nervoso na
região da boca.

- Sistema digestório completo.

- Apresentam grande capacidade de regeneração.

Sistema ambulacrário (sistema hidrovascular ou sistema vascular aquífero)

- Existe uma rede interna de canais por onde circula a água do mar.

- O sistema ambulacrário é responsável pelo transporte interno dos nutrientes, excretas,


gases e alimentação.

- Esses sistema forma os famosos pés ambulacrários, o que permite o deslocamento do


animal.

- A porção externa dos pés podem ter também as seguintes funções: sensorial, fixação,
trocas gasosas ou alimentação.

- O sistema ambulacrário é constituído de um canal circular, presente ao redor da boca do


animal.
- Esse sistema está ligado ao meio exterior pela placa de madrepórica, uma placa calcária
perfurada.

- Do canal central partem os canais radiais.

- O canal radial se ramifica fazendo


ligação com a ampola e os pés
ambulacrários.

DIVERSIDADE DE EQUINODERMOS

Classe Crinoidea (lírios-do-mar)

- São filtradores.

- Corpo em forma de taça ou cálice.

- Boca voltada para cima (os outros equinodermos tem boca para baixo).

Classe Asteroidea (estrelas-do-mar)

- Semelhantes a uma estrela, com número de braços


múltiplos de 5.

- Boca para baixo, ânus ao lado oposto.

- São predadores de moluscos bivalves.

Classe Ophiuroidea (serpentes-do-mar)

- A mais diversificada entre o filo.

- Possuem cinco braços delgados e articulados.

- Não possuem ânus.

- Se alimentam do plâncton ou de detritos orgânicos.

Classe Echinoidea (bolacha-do-mar ou ouriço-do-mar)

- Corpo em forma de globo (ouriço-do-mar) ou em forma de disco (bolacha-do-mar).

- Possui carapaça rígida e espinhos móveis.

- Não apresentam braços.

- Possui um aparelho mastigador complexo, com cinco


dentes calcários protáteis: a lanterna de Aristóteles.

- Essa estrutura tritura alimentos.


- Se alimentam de pequenas algas e fragmentos de
matéria orgânica.

Classe Holothuroidea (Pepino-do-mar)

- Possuem o corpo alongado e simetria bilateral.

- Boca e ânus nas extremidades opostas.

- Espinhos reduzidos (diferente das outras classes).

- Normalmente vivem no fundo dos oceanos.

Se alimentam de microrganismos planctônicos.


AULA 14 – INTRODUÇÃO AOS CORDADOS

Características principais (muitas vezes presente apenas na fase embrionária):

1- Notocorda

2 – Cauda pós-anal

3 – Tubo nervoso dorsal

4 – Fendas faríngeas (ou branquiais

Um filo muito próximo ao nosso (de menor


importância para vestibular) é o Hemichordata.

Dentro do filo dos cordados, estudaremos três subfilos: Urochordata,


Cephalochordata (ambos chamados de protocordados) e Vertebrata.

Copie o cladograma desenhado na aula do prof. Samuel Cunha:


AULA 15 – UROCORDADOS (FILO UROCHORDATA)

- Notocorda apenas na região caudal da larva.

- Não possuem coluna vertebral (invertebrado) nem crânio.

- Principal exemplo são os ascídios (a maior classe do grupo)

- Os ascídios ficam fixos no substrato (são sésseis).

- Eles são revestidos por uma túnica protetora (tunicina).

- São filtradores.

- A circulação é mantida pelo cílios presentes na faringe (que é perfurada).

AULA 16 – CEFALOCORDADOS (FILO CEPHALOCHORDATA)

- Notocorda da cabeça até a cauda (daí o nome do filo).

- O mais estudado é o famoso anfioxo.

- O corpo é semelhante ao de um peixe.

- A porção anterior do seu corpo possui


projeções com cílios, chamadas de cirrus.
Utilizado na captura de alimento por
filtração.

AULA 17 – VERTEBRADOS (FILO VERTEBRATA)

- Exclusividade do grupo: coluna vertebral (tem exceção) principal estrutura de


sustentação do corpo e protege o cordão nervoso dorsal.

- Na cabeça, eles possuem o crânio (proteção do encéfalo e órgãos sensoriais).


- Maioria com anexos embrionários.

- Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.

- Os grupos dos vertebrados são:

Peixes: Agnatha, Chondrichthyes, Osteichthyes,

Anfíbios: Amphibia

Répteis: Reptilia

Aves: Aves

Mamíferos: Mammalia.

- Os primeiros vertebrados foram os peixes (Agnatha, Chondrichthyes,


Osteichthyes).

PEIXES- Características gerais e Agnatha

- Os peixes fazem respiração branquial, excretam amônia e possuem linha


lateral (sensorial, detecta vibrações na água).

CRANIATA SEM MANDÍBULAS

São os peixes ágnatos ou ciclostamados.

- Peixes-bruxa (ou feiticeira) e lampreias.

- Não apresentam mandíbula.

- Corpo alongado e esqueleto cartilaginoso.

- Não apresentam nadadeiras laterais.


- São carnívoros, se alimentam de organismos mortos ou vivos, por sucção
criada pela sua faringe.

Peixes-bruxa - Exclusivamente marinhos.


- Vivem sobre assoalhos profundos.
- Olhos rudimentares ou degenerados.
- possuem duas placas córneas (semelhantes a dentes) utilizadas para
arrancar pedaços de presas.
- Possuem crânio, não possuem coluna vertebral.

Lampreias - São marinhos, mas colocam seus ovos em rios.


- São parasitas externos de outros peixes ou mamíferos aquáticos.
- Boca circular com espinhos córneos que se fixam no hospedeiro.
- Olhos grandes e desenvolvidos.
- Existe estágio larval.
- Possuem coluna vertebral.

Veja ao lado o
que já vimos
até agora e
entenda o que
surgiu em
cada grupo.

Eis que surgem os PEIXES COM MANDÍBULA (GNATOSTOMADOS). A


mandíbula foi muito importante na evolução, pois aperfeiçoou muito a
predação.
- O grupo mais antigo dos vertebrados com
mandíbula são os peixes gnatostomados,
também tiveram como novidade evolutiva as
nadadeiras laterais e ventrais aos pares, o
que deu muita agilidade no nado.

- As maxilas se originaram dos arcos


esqueléticos que sustentavam as brânquias
(arcos branquiais).

- Além desses peixes, todos os outros cordados mais modernos são


gnatostomados: anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

- Os peixes gnatostomados são divididos em duas classes: Chondrichthyes


(esqueleto de cartilagem) e Osteichthyes (esqueletos de ossos).

- É importante saber que o sistema circulatório dos peixes é do tipo simples e


fechado. Seu coração é bicavitário, ou seja, possui apenas duas cavidades. Seu
coração recebe apenas sangue venoso.

PEIXES CARTILAGINOSOS (Chondrichthyes)

- Esqueleto totalmente composto por cartilagens.

- Representantes: raias, tubarões e quimeras.

- A boca é na porção ventral.

- A mandíbula pode ser projetada durante a alimentação.

- Os dentes dos tubarões são constantemente repostos.


- Os tubarões, além disso, possuem: ampolas de
Lorenzini (ao redor da boca) e a linha lateral
(mecanorreceptores).

- O olfato dos tubarões também é muito


eficiente. Perceba que as narinas dos
tubarões não possuem função na
respiração (que é feita pelas brânquias).

- Os peixes cartilaginosos marinhos necessitam de um controle osmótico, pois


a água do mar é hipertônica em relação ao corpo do animal. A estratégia desses
peixes é reter compostos nitrogenados (uréia) provenientes de seu próprio
metabolismo. Assim seu corpo se torna aproximadamente isotônico em relação
a água do mar, evitando sua perda excessiva de água.

- Raias possuem o corpo achatado dorsoventralmente, uma adaptação à vida


bentônica. Além disso seus olhos são na porção dorsal da cabeça.

PEIXES ÓSSEOS (Osteichthyes)

- Esqueleto formado principalmente por ossos.

- Apresentam opérculo cobrindo as brânquias.

- Boca na região anterior do corpo.

- Nadadeiras mais flexíveis.

- Excretam amônia.

- Possuem bexiga natatória.

- Trocas gasosas também ocorrem por


brânquias.

- Existem dois grupos de peixes ósseos:

A - Actinopterígeos (Classe Actinopterygii): peixes com nadadeiras


raiadas (em forma de leque).
B - Sarcopterígeos (Sarcopterygii): peixes com nadadeiras lobadas
(carnosas e com ossos).

Como os peixes ósseos de água doce e


salgada fazem sua osmorregulação?

- Tetrápodes são: anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

AULA 18 – ANFÍBIOS

- São os tetrápodes mais antigos.

- Vivem no ambiente terrestre (próximo a água, importante para respiração


cutânea – pele úmida).

- Respiração pulmonar, cutânea e branquial (formas imaturas – girinos).

- Pulmões pouco eficientes.


- Tegumento (pele) fina e úmida para a troca gasosa. Por isso não suportam
ambientes muito secos.

- Para a reprodução, também dependem da água. A fecundação é externa, seus


gametas são liberados na água. Os ovos possuem um tegumento muito fino.

- Possuem duas fases, a larval (aquática, conhecida por girino) e a fase adulta,
terrestres de ambientes úmidos.

- Entre a fase larval e adulta ocorre metamorfose. Os girinos perdem a cauda,


desenvolve membros e passam a respirar por pulmão e brânquias.

- O girino excreta amônia, o adulto uréia.

- Podem possuir glândulas de veneno na


pele. Alguns anfíbios venenosos possuem
cores vibrantes (coloração de aviso), que
afastam predadores.

- O sistema circulatório é fechado e a


circulação é dupla (sangue passa duas vezes
pelo coração em cada ciclo) e incompleta
(ocorre mistura entre sangue venoso e
arterial). O coração possui três cavidades.
- Existe mistura entre sangue arterial e
venoso.

GRUPOS

- São divididos em três ordens principais: Urodela (salamandras) Anura


(anuros e Gymnophiona (cecílias).

Ordem Urodela

- São as salamandras.

Ordem Anura

-São os anuros (sem cauda).

- São os sapos, rãs e pererecas.

- Sapos geralmente possuem pele


rugosa. Possuem glândulas paratóides, que
produzem veneno.

- Pererecas possuem ventosas nas


pontas dos dedos (grudar em superfícies,
adaptação para viver em árvores).

- Rãs possuem membranas interdigitais


(para nadar).

- São adaptados ao salto (pernas posteriores longas e com musculatura forte).

- Também podem caminhas, escalar ou nadas.

- Anuros machos emitem vocalizações (sons) pelos sacos vocais, formados


pela faringe. Essa vocalização é relacionada com a procura de fêmeas e
proteção de seu território.

Ordem Gymnophiona (cecilias)

- São as cobras-cegas e as cecílias.

- São ápodes (sem pés) e escavadores.


AULA 19 – RÉPTEIS

- São os animais do grupo Amniota mais antigos.

- São mais adaptados ao ambiente terrestre por vários fatores:

- Tegumento queratinizado espesso.

- Pulmões eficientes.

- Excretam ácido úrico, que não é tóxico.

- A fecundação é interna.

- Seus ovos amnióticos possuem casca e anexos embrionários. A casca


retém a umidade, mas permite as trocas gasosas.

- São ectotermicos.

- A maioria dos répteis possuem dentes, algumas serpentes possuem dentes


que inoculam veneno.

- O sistema circulatório dos répteis é fechada, dupla


e incompleta (assim como nos anfíbios), porém seu
coração possui três cavidades (com um a divisão
parcial nos ventrículos) ou quatro cavidades (nos
crocodilianos).

CLASSIFICAÇÃO

Os principais grupos são: Testudines ou Chelonia (tartarugas, cágados e


jabutis), Squamata ou escamados (lagartos e serpentes), Sphenodontia
(tuatara) e Crocodilia (crocodilo, jacaré e gavial).

Testudines

- Não possuem dentes, mas apresentam lâmina córnea.

- São as tartarugas, cágados e jabutis.

- As tartarugas são predominantemente aquáticas, mas põe seus ovos em


terra.
- Os cágados são no geral de água doce.

- Os jabutis são terrestres (jamais coloque um jabuti na água). Perceba que


eles possuem pernas adaptadas para caminhar, e não nadar.

Squamata

- Geralmente fazem muda durante o crescimento.

- São divididos em três grupos:

1 - lacertílios: lagartos, lagartixas e os camaleões.

2 - Ofídios: serpentes. Todas elas são carnívoras, com adaptações, como


perdas de alguns ossos, mandíbulas articuladas e não soldadas e elasticidade
do estômago. Podem também apresentar glândulas que produzem veneno (as
peçonhentas), associada a estruturas que inoculam esse veneno durante a
mordida (dentes, a classificação está abaixo). De maneira geral as serpentes
que são peçonhentas possuem fosseta loreal, que é sensível ao calor, auxiliando
na captura das presas.

3 - Anfisbenídeos: cobras-de-duas-cabeças ou
anfisbenas. Não apresentam pernas, são escavadores,
vermiformes e olhos reduzidos.

Sphenodontia

- São as tuataras (com espinhos no dorso).

- Semelhantes a lagartos.

- Possui o olho pineal, que tem ligação com a glândula pineal. Percebe
variações de luz.
Crocodilia

- São os jacarés, crocodilos e gaviais.

- Corpo coberto por escamas e placas ósseas.

- Maior parte do tempo ficam dentro da água.

AULA 20 – AVES

- Possuem penas, são bípedes, possuem asas e bico, não possuem dentes, e
muitas espécies possuem adaptações ao vôo.

- São homeotérmicos: as penas (revestidas por queratina) e a gordura


subcutânea auxiliam no isolamento térmico.

- Quase todas as aves apresentam glândula uropigiana, impermeabilizando suas


penas.

- Seu corpo é adaptado ao vôo, a seguir serão listadas essas adaptações:

- Corpo aerodinâmico.

- Ossos pneumáticos.

- Penas e asas.

- O esterno (osso) possui uma projeção (chamada quilha ou carena) onde


se inserem músculos peitorais fortes.

- São endotérmicos (altas taxas metabólicas).

- Possuem sacos aéreos, conectados aos pulmões que conferem eficiência


respiratória.

- Não apresentam bexiga.

- Olhos protegidos com membrana


nictante (evita ressecamento durante o vôo).

- Existem aves que não voam (chamadas de ratitas, como avestruz e ema).

- A forma dos pés e dos bicos estão associadas a sua forma de alimentação.
- Possuem o sistema digestório completo com papo (armazenamento) moela
(estômago mecânico) e cloaca. Se alimentam de “quase tudo”.

- A circulação é fechada, completa e dupla. O


coração tem quatro cavidades (sangue venoso
não se mistura com o arterial). Suas hemácias
possuem núcleo.

- Não possuem diafragma.

- A excreção nitrogenada é de ácido úrico.

- Encéfalo mais desenvolvido que os répteis.

- Os ovos são chocados. Os filhotes dependem dos pais para buscar alimentos
até adquirirem suas penas para voar, e também são protegidos.

AULA 21 – MAMÍFEROS

- As novidades evolutivas são:

- Glândulas mamárias, sebáceas e sudoríparas.

- Presença de pelos e epiderme queratinizada.

- Glândulas mamárias.

- Arcada dentária.
- Possuem diafragma.

- Possui um arco aórico esquerdo.

- Hemácias anucleadas.

- Ouvido médio com 3 ossos (estribo, bigorna e martelo)

- São endotérmicos.

- Todos possuem bexiga urinária.

- Possuem um panículo adiposo sob a pele.

- Secretam principalmente uréia.

- Possuem heterodontia (dentes diferentes) cada grupo Possui dentes


especializados para o seu tipo de nutrição.

- O sistema circulatório é fechado, completo e duplo. O coração possui quatro


cavidades (será estudado em fisiologia).

- Alguns mamíferos fazem hibernação.

- Os ovos são fertilizados dentro da fêmea (fecundação interna). Embrião se


desenvolve dentro do útero materno (exceção dos monotremados, que botam
ovos).

São divididos em três grupos: Monotrêmata, Marsupialia e Eutheria.

MONOTREMATA (ou Prototheria)

- São os monotremados.

- Exemplo: ornitorrinco.

- Os ornitorrincos apesar de serem mamíferos possuem bico e são ovíparos.

- Não apresentam mamilos, mas possuem glândulas mamárias, o leite escorre


através dos pelos.

MARSUPIALIA (ou Metatheria)

- São os marsupiais.
- Exemplo: gambás e cangurus.

- Gestação é curta, os filhotes encerram


seu desenvolvimento dentro do marsúpio,
bolsa ventral nas fêmeas.

EUTHERIA

- Maior parte dos mamíferos são desse grupo (inclusive os seres humanos).

- São mamíferos com desenvolvimento embrionário dentro do útero materno,


com placenta e cordão umbilical (e os outros anexos embrionários: rever aula
de embriologia). O feto recebe os nutrientes e gases da mãe.

- São diversos, e algumas linhagem colonizaram ambiente aquático,


novamente.

Até o próximo módulo... vamos para fisiologia J


AULA 01 – SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO

O sistema digestório é responsável por quebrar (digerir) os alimentos ingeridos


até moléculas pequenas o suficiente para serem absorvidas e entregues ao
sangue.

Órgãos do sistema digestório humano em sequência:

BOCA – FARINGE – ESÔFAGO – ESTÔMAGO – INTESTINO DELGADO


(DIVIDIDO EM DUODENO, GEJUNO E ÍLEO) – INTESTINO GROSSO – RETO -
ÂNUS.

Existem glândulas anexas:

GLÂNDULAS SALIVARES - PÂNCREAS - FÍGADO.

A digestão pode ser dividida em dois tipos: digestão mecânica e digestão


química
Boca

- Ocorre digestão mecânica pela mastigação e química


pela insalivação.

- A língua é um órgão muscular.

- A saliva é produzida pelas glândulas salivares.

- A saliva possui PH 7,0. Ela é constituída por:

- Muco (glicoproteínas) – lubrifica o alimento.


- Amilase salivar (ptialina) – quebra o amido em maltose.
- A saliva também protege a boca contra bactérias patogênicas.

Faringe

- Comunica a boca com a laringe e com o esôfago, nessa


região existe uma válvula que impede que o alimento entre
na laringe (sistema respiratório). Essa válvula é chamada
de epiglote e é constituída por cartilagem.

Esôfago

- É um canal que liga a faringe até o estômago.

Estômago

- É um órgão oco, constituído por musculatura lisa e epitélio de revestimento


simples.

- Células parietais secretam o ácido


clorídrico (HCl).
- Células principais secretam enzimas
digestivas: a principal enzima digestiva nesse
órgão é a pepsina.

- Células mucosas secretam o muco: o muco protege o epitélio


estomacal.

Intestino Delgado

É dividido em duodeno (primeira porção) e jejuno e íleo (segunda parte).

DUODENO

- É aqui que ocorre a maior parte da digestão


química, pois é onde ocorre a liberação do suco
entérico (enzimas produzidas pelo intestino), do
suco pancreático (enzimas produzidas no
pâncreas) e a bile (sais produzidos no fígado).

No suco pancreático existem (principalmente) as seguintes enzimas:

- Amilase pancreática: digere amido.


- Tripsinogênio: é convertido em tripsina, que digere proteínas.
- Quimiotripsina: que digere proteínas.
- Lipase: digere lipídios.
- Nucleases: digere ácidos nucléicos.

Além dessas enzimas, o pâncreas libera bicarbonato de cálcio, que é básico e


neutraliza a acidez.

O pâncreas é uma glândula mista,

No suco entérico existem (principalmente) as seguintes enzimas:

- Maltase, sacarase e lactase: atuam na digestão de carboidratos.


- Peptidases: atuam na digestão de peptídeos (proteínas).
- Nucleases: atuam na digestão de ácidos nucléicos.
- Enteroquinase: ativa o tripsinogênio liberado pelo pâncreas,
transformando-o em tripsina que digere outras proteínas.

Na bile não existem enzimas, mas também existem substâncias importantes:

- Sais biliares: atuam como detergente. Ela fica


armazenada na vesícula biliar.

JEJUNO E ÍLEO

- É a maior parte do intestino delgado (até 6 metros).

- A parede intestinal é formada por uma camada de


células em contato com capilares.

- Essas células do epitélio possuem especializações do tipo microvilosidades,


que aumentam a superfície de contato, maximizando a absorção.

- Além das microvilosidades, o jejuno e íleo possuem vilosidades (vilos), que


são dobras (rugas) intestinais, que também aumentam a superfície de
contato.

Intestino Grosso

- Mede aproximadamente 1,5 metro.

- No intestino grosso existem muitas bactérias


importantes, que produzem substâncias como
vitaminas K e B12, riboflavina, tiamina entre outras.

- É no intestino grosso onde ocorre a absorção de água e sais minerais, de


modo que ao final desse intestino, serão formadas as fezes, que entram agora
no reto.
Reto

- É onde ocorre o armazenamento temporário das fezes.

Ânus

- Esfíncter que evita a saída indesejada das fezes.

- O sorete (bolo fecal, falando bonito) sai geralmente no vaso sanitário, esse
processo é chamado defecação.

AULA 02 – SISTEMA CIRCULATÓRIO (CARDIOVASCULAR) HUMANO

As funções do sistema circulatório estão associadas principalmente ao


transporte de substâncias: gases (O2 e CO2), nutrientes, células de defesas,
resíduos, hormônios, calor, etc.

Os órgãos presentes nesse sistema são, na ordem da circulação, a partir do


coração até o seu retorno a esse órgão:

CORAÇÃO – ARTÉRIAS – ARTERÍOLAS – CAPILARES - VÊNULAS – VEIAS

Coração

O coração é um órgão muscular que possui uma função principal: fazer o sangue
circular.

- Internamente possui quatro cavidades: dois


átrios e dois ventrículos.

- É importante você ficar atento a seguinte informação: a parede do ventrículo


esquerdo é a mais grossa, pois é dela que parte o sangue que vai para o corpo
inteiro, portanto deve ter mais força.
Vamos falar dos vasos sanguíneos

Artérias

- Recebem o sangue que sai do coração e levam aos pulmões ou ao resto do


corpo.

- As artérias se ramificam até vasos cada vez mais finos, chamados então de
arteríolas.

- As arteríolas entregam o sangue para os capilares.

Capilares

- São vasos muito finos constituídos apenas


por uma camada de células, pois é por eles
que ocorre a troca gasosa, de nutrientes,
excretas etc., com os tecidos do corpo.

Veias

- São os vasos sanguíneos que levam o sangue até o coração.


- Como elas recebem o sangue dos capilares após ter passado por todo corpo,
recebem ele com uma pressão muito pequena e, portanto, não precisam ter
uma resistência tão grande como as artérias.

- As veias que recebem sangue dos capilares são muito finas, chamadas de
vênulas.

- No interior das veias existem válvulas que


impedem o retorno do sangue. Defeitos
nessas válvulas podem gerar varizes (veias
varicosas).

- Na região das panturrilhas possuímos o


chamado coração auxiliar. Cada vez que
damos um passo a musculatura se contrai
empurrando o sangue das veias, que só
podem andar em uma direção. Isso facilita a
circulação.

Circulação sanguínea

- O sangue pobre em oxigênio chega ao coração pelas veias cavas (são duas,
a superior e a inferior), desembocando no átrio direito.

- Veja por onde o sangue passa: átrio direito -> ventrículo direito –> pulmões
–> átrio esquerdo –> ventrículo esquerdo –> artéria aorta –> corpo.

- No corpo o sangue continua a circulação: artérias –> arteríolas –> capilares


–> vênulas –> veias –> coração.
- O que permite a circulação do sangue é o batimento do coração: a contração
é chamada de sístole, o relaxamento de diástole.

- Cada batida e relaxamento é chamada de ciclo cardíaco ou batimento


cardíaco.

- A quantidade de batimentos por minuto é chamada de freqüência cardíaca. O


normal é em torno de 70 vezes por minuto para uma pessoa em repouso.

Pressão arterial

- É a pressão exercida pelo sangue nas artérias.

- Para uma pessoa saudável o normal é12mmHg/8mmHg. A maior é a pressão


sistólica, a menor diastólica.
Aterosclerose

- É o acumulo de placas de gorduras nas


artérias.

- Para evitar aterosclerose devemos manter hábitos saudáveis, como


exercícios e uma alimentação balanceada. Existe também o fator genético.

Sistema linfático

- Além do sistema circulatório que carrega o sangue, possuímos outro sistema


circulatório, que carrega a linfa. Ele retira o acumulo de líquidos nos tecidos a
leva para o sangue. Na linfa também existem células de defesa.

AULA 03 – SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

- A função do sistema respiratório é realizar essas trocas gasosas.

As vias respiratórias são, em ordem:

CAVIDADES NASAIS – BOCA – FARINGE – LARINGE – TRAQUÉIA – PULMÕES


(ONDE ESTÃO OS BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E ALVÉOLOS)

Cavidades nasais: o ar entra pelo nariz, é filtrado (pelos e muco) e aquecido.

Boca: o ar entra, mas não é filtrado nem aquecido.


Faringe: é comum ao sistema digestório. Leva o ar até a
laringe.

Laringe: É onde estão as cordas (pregas) vocais, que a


partir de movimentos geram sons. A laringe possui
cartilagem que impedem que ela feche.

Traqueia: é um tubo que carrega o ar até os brônquios.


Internamente possui um tecido epitelial com células
ciliadas e glândulas que produzem muco (células
caliciformes), o muco e os cílios empurram impurezas para
fora dos pulmões. Além disso, a traquéia possui anéis
cartilaginosos, que impede seu fechamento.

Brônquios: após a primeira ramificação da traquéia chamamos de brônquios.

Bronquíolos: surgem após a primeira ramificação dos brônquios.

Alvéolos pulmonares: são pequenos “sacos” com parede fina onde ocorrem as
trocas gasosas (hematose) por difusão.

Pulmões

- São dois pulmões, o direito possui 3 lóbulos, o esquerdo dois.

- Os pulmões são envolvidos por uma membrana chamada


pleura.

Como o ar entra nos pulmões?

- O movimento dos músculos diafragma e intercostais permitem a entrada e


saída do ar nos pulmões.
Trocas gasosas

- Ocorre nos alvéolos por difusão simples, os gases passam de onde tem mais
concentração de gás para onde tem menos, isso serve para o O2 ou CO2.

Regulação da respiração

- Embora a respiração seja parcialmente voluntária, é impossível trancar a


respiração por tempo muito longo (antes de morrer você vai respirar).
- A parte involuntária da respiração é controlada pelo bulbo.

- Quando o sangue se torna ácido pela elevação de


concentração de ácido carbônico no sangue, ocorre um
estímulo do bulbo para aumentar a frequência respiratória.

Efeito da altitude

- Quanto maior a altitude, menor a concentração de gás oxigênio. Por isso uma
pessoa exposta a grandes altitudes acabam produzindo mais hemácias para
suprir a falta de O2. Aumento na freqüência respiratória também ocorre,
principalmente no inicio da exposição.

AULA 04 – SISTEMA URINÁRIO HUMANO

- É responsável por retirar impurezas do sangue e eliminar juntamente com a


urina.

- Os órgãos do sistema urinário, em ordem, são:

DOIS RINS – DOIS URETERES – BEXIGA – URETRA


Rins

- Fazem a filtração do sangue, formando a urina.

- É a artéria renal que leva o sangue até os rins.

Com os capilares

- O néfron é um tubo envolto por capilares. Ele é dividido em cápsula renal


(glomerular), túbulo contorcido proximal, alça de Henle (ou néfrica), túbulo
contorcido distal e ducto coletor.

- O rim possui uma estrutura central chamada de pelve renal, que coleta a urina
e envia para os ureteres.

- Os ureteres são canais que conduzem a urina até a bexiga.

- A bexiga armazena a urina temporariamente. Após a bexiga tem a uretra.

- A uretra leva a urina para o meio externo.


Como ocorre a formação da urina?

- A urina é formada no néfron e pode ser dividida em três etapas: filtração


glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular.

Vamos entender, resumidamente:

Regulação da produção de urina

Alguns hormônios atuam nessa regulação.

- ADH (hormônio antidiurético): é liberado quando precisamos diminuir a


produção de urina, por exemplo quando bebemos pouca água, evitando assim
a desidratação. É liberado pela hipófise.

- O ADH atua no túbulo contorcido distal e no ducto coletor, aumentando


significativamente a reabsorção de água.
- Aldosterona: regula o equilíbrio osmótico no sangue, aumentando a
reabsorção de sódio. É produzido nas glândulas adrenais.

- Se a pessoa está com baixa pressão arterial, os rins liberam a renina, que é
uma enzima que catalisa a formação da angiotensina no sangue, que por sua
vez estimula a produção de aldosterona, que como dito acima, aumenta a
reabsorção de sódio e aumenta a pressão arterial, por aumentar a reabsorção
de água.

Hemodiálise

- É um método de filtração artificial do sangue. É para pacientes com


insuficiência renal.
AULA 05 – SISTEMA LOCOMOTOR: ESQUELÉTICO E MUSCULAR

- A locomoção em nossa espécie ocorre pela interação entre ossos e músculos.

- As funções do sistema locomotor são: locomoção, movimentos e proteção.

Músculos

- Possui função de contração

- As extremidades dos músculos estriados esqueléticos são geralmente afilados


e terminam em tendões, que se ligam aos ossos.

- Quando você relaxa um músculo ele não possui a


capacidade de empurrar novamente esse osso. Portanto
existe outro músculo atuando junto, com movimento
antagônico.

- A contração pode ser isotônica ou isométrica

- Contração isotônica: o músculo contraído encurta.

- Contração isométrica: embora o músculo esteja contraído, ele não


encurta (imagine você tentando levar algo pesado de mais, você não consegue
levantar, mas seu músculo está contraído. Manter a postura também envolve
músculos com contração isométrica.
Esqueleto

- É constituído por ossos e cartilagens.

- O esqueleto tem função de proteção e


locomoção..

- Os ossos se prendem aos músculos por


tendões, podem estar unidos a cartilagens ou
ligamentos.

- Uma articulação óssea é o local onde dois ossos fazem contato.

- Algumas articulações são móveis, outras são fixas como as do crânio.

- Perceba que entre articulações existe cartilagem.

- Quando a articulação é móvel existe ligamento fazendo a união dos ossos.

- O esqueleto pode ser dividido em dois grandes grupos: axial e apendicular


AULA 06 – SISTEMA NERVOSO

- O sistema nervoso é constituído por encéfalo (dentro do crânio) e medula


(dentro da coluna vertebral) além de nervos e gânglios periféricos.

- O sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema


nervoso periférico.

Sistema nervoso central:

- Encéfalo: integração dos estímulos sensoriais, emoções,


memória, pensamento etc.

- Medula espinal: condução dos impulsos nervosos entre


terminações nervosas e o encéfalo, além dos atos reflexos.

Sistema nervoso periférico:

- Nervos e gânglios: condução dos impulsos nervosos entre órgãos


receptores e o sistema nervoso central (ida e volta).

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

- O SNC é revestido por três membranas


(meninges):

- Dura-máter: mais externa, espessa e


resistente.

- Aracnoide: intermediária, delicada e


semelhante a uma teia de aranha.

- Pia-mater: é frágil, altamente vascularizada.


Faz contato direto com o SNC.
- O encéfalo é subdividido em cérebro (telencéfalo - hemisférios cerebrais e
diencéfalo - tálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco encefálico.

Cérebro: relacionado a interpretação dos estímulos sensoriais, memória,


pensamento, respostas motoras.
Cerebelo: relacionado ao equilíbrio e coordenação muscular (motora).

Tronco encefálico: conecta o encéfalo à


medula espinal. Participa de algumas funções
somáticas.

Medula espinal: longo tubo, contínuo ao


tronco encefálico.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)

- É formado por gânglios e nervos.

- Um nervo corresponde a um feixe de axônios envolvidos por tecido conjuntivo.

- Um gânglio é uma reunião de corpos celulares fora do sistema nervoso central


(formam pequenas dilatações).

- Um neurônio pode ser sensitivo (ou aferente) quando conduz o impulso do


órgão sensitivo até o SNC. Ou pode ser motor (eferente), quando conduzem do
SNC até os órgãos executores. Essa classificação serve para os nervos.

- Alguns nevos podem ter as duas funções, são chamados então de mistos.

- As divisões do sistema nervoso periférico são:

- Divisão somática e Divisão autônoma


DIVISÃO AUTÔNOMA

- O sistema periférico autônomo, pode enviar dois tipos de respostas: simpática


ou parassimpática.

- A resposta simpática é transmitida por nervos originários da região


torácica e lombar da medula espinal, com gânglios próximos a medula espinal
(neurotransmissor geralmente na junção neuromuscular é a noradrenalina). Na
resposta parassimpática o impulso chega aos nervos que se originam no tronco
encefálico e na região sacral da medula espinal, os gânglios estão dentro ou
muito perto dos órgãos inervados (na junção neuromuscular, o
neurotransmissor é a acetilcolina).

- Em resumo, as respostas simpáticas estão relacionadas a preparação do corpo


para alguma emergência, como o mecanismo de luta ou fuga. Ex. dilatação das
pupilas, inibição da digestão, aumento da glicose no sangue, aumento da
concentração, elevação da pressão arterial etc.

- Em resumo as respostas parassimpáticas


estão relacionadas ao relaxamento e digestão.
Isso inclui o sono após uma refeição. Contrai
as pupilas, ativa a digestão, reduz a glicose e
concentração, diminui a pressão arterial.
DIVISÃO SOMÁTICA

É responsável pela interpretação das informações sensoriais enviadas pelos


órgãos dos sentidos, e sua integração com memória e elaboração de respostas
para cada situação. Essas respostas podem ser por atos voluntários ou
involuntários (ato reflexo).

Resposta medular: ATO REFLEXO

- São respostas musculares involuntárias. É uma defesa para nosso corpo.

AULA 07 – SENTIDOS

TATO

Está presente em praticamente toda superfície do corpo apresentando


mecanorreceptores.

- Os corpúsculos de Meissner respondem a


pressões suaves.

- Os cospúsculos de Ruffini respondem a


fortes pressões.

- Os corpúsculos de Pacini são sensíveis a


vibrações e pressões profundas.

- Os discos de Merkel percebem toques leves.

- Além desses, outras terminações estão presentes como as terminações


nervosas livres que podem ser estimuladas e funcionam como receptores de
dor.
PALADAR (GUSTAÇÃO)

- Na língua existem pequenas saliências, chamadas de papilas linguais (ou


gustativas), onde estão presentes quimiorreceptores responsáveis por receber
o “gosto” e a partir de neurônios sensitivos enviarem ao SNC.

- Após chegar ao SNC essa informação é interpretada em gosto: doce, salgado,


amargo, azedo (ácido) e umami.

OLFATO

- São quimiorreceptores localizados no epitélio inferior das


cavidades nasais. Eles percebem substâncias voláteis
presentes no ar inalado.

AUDIÇÃO

- Formado pela orelhas externa,


média e interna.
VISÃO

- Os olhos são especializados em captar estímulos luminosos, eles ficam


alojados nas órbitas, estruturas ósseas, e protegidos pelas pálpebras (pele).
Existem glândulas lacrimais que possuem função de lubrificação e bactericida.

- O olho é formado por duas membranas: esclera e corioide (oi coróide). E pela
retina (onde estão as células fotorreceptoras).

- Os raios luminosos passam pela córnea,


pelo humor aquoso e pela lente, onde sofrem
refração. São então direcionados a retina.

- Na retina existem dois tipos de células


fotorreceptoras: os cones, que percebem as
diferentes cores e os bastonetes, que
percebem intensidade luminosa.

- Quando estimuladas essas células


fotorreceptores enviam o estímulo para o
cérebro a partir do nervo óptico.

AULA 08 – SISTEMA ENDÓCRINO

Além do sistema nervoso, nosso corpo pode se comunicar por mensageiros


químicos que viajam pelo sangue: são os hormônios.

- Os hormônios são específicos, atuando nas células-alvo, pois essas


possuem receptores hormonais em sua membrana plasmática ou citoplasma.

A seguir falaremos das principais glândulas endócrinas e sua principal função.


Hipófise (ou pituitária)

Localizada no centro da cabeça, na base do crânio. Possui o tamanho de uma


ervilha, está ligada ao hipotálamo. Apresenta dois lobos, o anterior
(adenoipófise) e o posterior (neuroipófise). Apenas a adenoipófise produz
hormônios.

Hormônios:

- Adrenocorticotrópico (ACTH) – atua sobre as adrenais no controle


hídrico do corpo.

- Tireoideotrópico (TSH) – atua sobre a glândula tireóidea, aumenta o


metabolismo.

- Folículo estimulante (FSH) – no homem contribui para a


espermatogênese. Na mulher estimula os folículos ovarianos.

- Luteinizante (LH) – atua sobre as gônadas, estimulando seu


desenvolvimento. No homem estimula a produção de andrógenos, sobretudo a
testosterona. Nas mulheres está relacionado à ovulação.

- Hormônio do crescimento (GSH) ou Somatotropina – Estimula o


crescimento.
- Prolactina – estimula a produção e secreção de leite. Promove a
secreção de progesterona.

Hipotálamo

É uma região do cérebro que produz hormônios, esses ou ficam armazenados


na neuroipofise ou atuam sobre a adenoipofise, estimulando ou inibindo sua
secreção. Perceba que ele faz uma interação entre sistema nervoso e endócrino.

Hormônios:

- Ocitocina – estimula a contração uterina durante o parto (inclusive


médicos aplicam esse hormônio para na mãe, durante o parto, como auxilio).
Esse hormônio também atua na amamentação.

- Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) – estimula a reabsorção


de água pelos ductos coletores dos rins, deixando a urina mais concentrada.

Glândula tireóidea

Está localizada na porção anterior do pescoço, é estimulada pelo hormônio


tireoideotrópico (TSH) produzido pela hipófise.

Hormônios

- Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) – para que ocorra a produção desses


hormônios é necessária a ingestão de iodo (rever a aula de sais minerais), a
carência de iodo pode causar um aumento dessas glândulas, condição conhecida
por bócio. A função desses hormônios é atuar no metabolismo.

- Calcitonina – estimulando a deposição de cálcio nos ossos.


Glândula paratireóideas

Dois pares de glândulas pequenas localizadas na face posterior da tireóide.

Hormônios

- Paratormônio (hormônio paratireoideano) – aumenta o teor de cálcio no


sangue. É antagônico a calcitonina.

Adrenais

São duas, uma sobre cada um dos rins. São formadas por duas regiões: cortical
(periférica) e medular (central).

Hormônios

No córtex

- Glicocorticoides – está relacionado ao metabolismo de carboidratos,


aumentando o nível de glicose no sangue, e atuam como anti-inflamatórios.

- Mineralocorticoides (principal é a aldosterona) – atuam na concentração


dos níveis de sódio e potássio no sangue, interferindo na retenção ou perda de
água no corpo.

Na medula

- Adrenalina – acelera os batimentos cardíacos, aumenta a taxa de glicose


no sangue. Aumenta a atenção, diminui atividades digestivas.

- Noradrenalina – causa a vasoconstrição generalizada do corpo.

Glândula pineal (epífise)

É uma pequena glândula situada na base do cérebro.

Hormônios

- Melatonina – regula o ciclo circadiano, regulando o sono. Interfere


também no sistema imunitário, hormonal e nervoso.
Testículos

Gônadas masculinas

Hormônios

- Testosterona – hormônio sexual masculino.

Ovários

Gônadas femininas. Interagem com hormônios gonadotrópicos dando origem ao


ciclo menstrual.

Hormônios

- Estrógeno – hormônio sexual feminino.

- Progesterona – hormônio sexual feminino. Mantém o endométrio


desenvolvido, quando em baixa ocorre a menstruação.

Placenta

Hormônios

- Gonadotropina coriônica (HCG) – estimula a produção de progesterona,


que mantém a gravidez. Ele começa a ser formado logo no inicio da formação
da placenta.
EVOLUÇÃO
AULA 01 – LAMARCKISMO

- Lamarck foi um grande naturalista.

- Ele propôs uma teoria evolutiva anterior ao Darwin.

- Ele acreditava que os seres vivos mudavam ao longo do


tempo. E isso explicava a diversidade dos seres vivos.

- Duas premissas resumem as teorias de Lamarck: lei do uso e desuso e lei da herança dos
caracteres adquiridos.

1 – Lei do uso e desuso

- As estruturas do corpo mais utilizadas ficavam maiores e mais fortes, as menos usadas
acabavam atrofiando.

- Portanto o ambiente teria influência sobre os seres vivos, se ocorre uma mudança ambiental
essa mudança influencia também as mudanças nos seres vivos.

- Segundo as ideias de Lamarck as girafas possuem pescoço


comprido porque ao longo do tempo foi muito usado para sua
alimentação, isso foi passado aos descendentes.

2 – Lei da herança dos caracteres adquiridos

- Voltamos ao exemplo do pescoço das girafas. Na vida elas usavam muito essa estrutura (uso
e desuso) para se alimentar, devido ao esforço do uso contínuo ele se desenvolveu e isso foi
passado aos seus filhos (lei da herança dos caracteres adquiridos), que continuaram usando o
pescoço, desenvolveram mais e passaram para seus filhos, e assim por diante.

Lembre-se das palavras-chave de Lamarck:

- Lei do uso e desuso.

- Lei da transmissão das características adquiridas.

AULA 02 – DARWINISMO

- Darwin fez uma das descobertas mais importantes para a


biologia, o correto mecanismo pelo qual surgem novas espécies:
a seleção natural.

- TODAS as espécies possuem um mesmo ancestral comum, que


ao longo do tempo sofreu modificações dando origem a novas
espécies, que seguiram se modificando (e seguem até hoje).

- Sendo assim, as espécies não são imutáveis (isso Lamarck já


tinha entendido).

- Três preposições resumem o pensamento e a lógica do Darwin:

1 – Dentro das populações, os indivíduos são diferentes.

2 – O ambiente confere limites para o crescimento das


populações, falta alimento, espaço e outros recursos.

3 – A natureza seleciona os indivíduos que são mais adaptados aos


recursos oferecidos, esse mecanismo é chamado de seleção natural.

- A seleção natural é a base para a evolução: indivíduos com


características vantajosas frente determinada condição ambiental
possui maior chance de reproduzir e gerar descendentes.

- OK! E como Darwin explicaria o pescoço das girafas?

- Perceba que em uma população de girafas, naturalmente nasciam


girafas com pescoço mais curto e outras com pescoço mais longo,
as que tinham pescoço mais longo conseguiam se alimentar melhor
e assim reproduzir mais, deixando mais descendentes... Ao longo
de milhares de anos as populações de girafas ficaram com pescoço
comprido.

- Outra informações importante para você entender o darwinismo é


que o ambiente não interfere nas modificações dos organismos (isso é Lamarckismo) mas
seleciona as mais vantajosas.
- Em resumo o termo EVOLUÇÃO é descendência com modificação. Essas modificações são
aleatórias e podem ou não levar a um maior sucesso na reprodução.

- É importante salientar que outro naturalista chegou a mesma conclusão de Darwin, na mesma
época: o britânico Alfre Russel Wallace.

Lembre-se das palavras-chave de DARWIN:

- Seleção Natural

- Adaptação

AULA 03 – NEODARWINISMO

- Conhecida também como teoria sintética da evolução.

- O neodarwinismo inclui conceitos complementares ao darwinismo, em resumo o


neodarwinismo é:

- Mutação
Variabilidade genética
- Recombinação Gênica

- Seleção Natural e Adaptação

- Percebam que o neodarwinismo preencheu lacunas deixadas por Darwin, mas em nenhum
momento disse que ele estaria errado, é um complemento.

AULA 04 – CONCEITOS IMPORTANTES NA EVOLUÇÃO

1 - TIPOS DE SELEÇÃO NATURAL

Seleção direcional: seleciona um dos fenótipos


extremos.

Seleção disruptiva: seleciona os dois fenótipos


extremos, diminuindo a
frequência do fenótipo intermediário.

Seleção estabilizadora: seleciona o fenótipo intermediário.

SELEÇÃO SEXUAL

- É um caso particular de seleção natural. Nesse caso o indivíduo do sexo oposto (geralmente
fêmea) seleciona seu parceiro de acordo com algumas características que sugerem que seu
parceiro é saudável.
SELEÇÃO ARTIFICIAL

- A tempo o ser humano seleciona espécies vegetais e animais de acordo com sua vontade ou
necessidade. Um ótimo exemplo são os cachorros. Todas as diferentes raças são provenientes
de seleção artificial aplicada em lobos a milhares de anos atrás.

2 – EVIDÊNCIAS DO PROCESSO EVOLUTIVO

- A evolução é um fato. Está mais do que comprovada, entre as principais evidências estão:

A - Registros fósseis

B - Anatomia comparada:

1 - Evolução convergente (convergência evolutiva):


organismos que embora sejam pouco aparentados sofrem uma
pressão evolutiva semelhante e possuem, então, estruturas
semelhantes – órgãos análogos.

2 – Evolução divergente (divergência evolutiva): espécies


mesmo aparentadas podem possuir estruturas de mesma origem
embrionária bastante diferente. É o caso do braço humano, a asa
do morcego e a nadadeira das baleias – órgãos homólogos.

C – Adaptação dos seres vivos ao seu ambiente:

- Camuflagem e mimetismo.

D – Evidências bioquímicas da evolução:

- Todos os seres vivos produzem suas proteínas com base nos 20 tipos de aminoácidos
possíveis.

3 – VARIABILIDADE GENÉTICA

GENÉTICA DE POPULAÇÕES

Frequência alélica:

- Para calcular a freqüência alélica temos a seguinte fórmula: p + q = 1 onde q e p são


os alelos (A, a) e 1 é 100%.

Equilíbrio de Hardy-Weinberg

- Para isso ocorrer as seguintes condições precisam estar presentes na população:

- População deve ser grande com o mesmo número entre machos e fêmeas.

- População deve ser panmítica, ou seja, os cruzamentos devem ocorrer de maneira


aleatória. O cruzamento deve gerar o mesmo número de descendentes.

- Não pode ocorrer sobreposição de gerações.


- Sem migração.

- Sem mutação ou seleção natural.

Sendo assim podemos calcular a freqüência dos genótipos da população, para um determinado
gene:

p²+2pq+q² = 1

Onde p² = AA, pq = Aa e q² = aa.

Vamos estudar dois conceitos que ainda não vimos: deriva genética e fluxo gênico.

Deriva genética

É quando um evento aleatório provoca alteração na freqüência alélica. Mesmo alelos raros
podem se tornar frequentes ou até desaparecerem em uma população por simples acaso. Não
é possível prever esses eventos. Dois exemplos de deriva genética são: efeito gargalo e
efeito fundador.

1 - Efeito Gargalo

2 - Efeito Fundador

4 – ESPECIAÇÃO, COMO SURGEM NOVAS ESPÉCIES

Conceito biológico de espécie: indivíduos que conseguem reproduzir e gerar descendentes


férteis

ISOLAMENTO REPRODUTIVO
- Os mecanismos de isolamento reprodutivo podem ser dois tipos:

1- Pré-zigóticos: quando não é possível a formação do zigoto por incompatibilidade ou


incapacidade do encontro para o acasalamento. Pode ser porque vivem em locais diferentes,
por possuirem comportamentos diferentes ou ainda por um isolamento mecânico (imagina um
pinscher tentando acasalar com um rottweiler).

2 – Pós-zigóticos: ocorre a fecundação, mas o zigoto se desenvolve em um adulto infértil


(não pode reproduzir). Ex. o cruzamento entre o cavalo e o jumento gera a mula, que é infértil.

A especiação pode ser por alopatria ou simpatria.

ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA

- Se dá a partir de um surgimento de uma barreira física (ou ecológica) que impede a


comunicação entre indivíduos de diferentes populações. Exemplo: montanhas, um lago, ou até
mesmo quando surgiu o Istimo do Panamá.

ESPECIAÇÃO SIMPÁTRICA

É quando ocorre especiação e formação de novas espécies sem o isolamento geográfico. É


explicado por barreiras reprodutivas dentro de uma mesma população, imaginem que alguns
indivíduos passam a ter preferência para viver em uma parte do ambiente diferente da maioria
dos outros organismos da população, naquele microambiente eles podem estar isolados
reprodutivamente e ao longo de muito tempo, gerarem nova espécie.
ECOLOGIA – PARTE 1

AULA 01 – INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

A ecologia é a parte da biologia que estuda os seres vivos, a relação entre eles e entre
eles e o ambiente.

Conceitos importantes

- Níveis de organização estudados em ecologia: aqui voltaremos a ver uma imagem que
estudamos no primeiro módulo de nosso curso.

A união entre indivíduos da mesma espécie, vivendo no mesmo local e no mesmo


período de tempo, forma as populações. Diferentes populações formam as
comunidades (biota ou biocenose). Quando consideramos as comunidades mais o
meio ambiente (biótopo), como a luz, a temperatura, o vento etc., nos referimos aos
ecossistemas e a união entre todos os ecossistemas é a biosfera (esfera de vida –
Terra).

- Biótopo: termo usado para designar os componentes abióticos do meio ambiente.

- Bioma: unidade ecológica onde características como vegetação, solo e fisionomia são
típicos, influenciado por um clima predominante.

- Fatores abióticos: tudo que não é vivo.


- Fatores bióticos: seres vivos.

- Habitat: é o local onde uma espécie vive.

- Nicho: é um termo mais amplo e complexo, representa todos os fatores relacionados


a uma espécie, como o seu habitat, sua alimentação e seu comportamento.

*Note que duas espécies podem ter o mesmo hábitat, mas não o mesmo nicho.

- Ecótono: é a região de transição entre duas


comunidades, elas se sobrepõe, e por isso é um
local geralmente com um elevado número de
espécies e nichos ecológicos.

AULA 02 – CADEIA E TEIA ALIMENTAR

- Existem 3 categorias: produtores, consumidores e decompositores.

CADEIA ALIMENTAR

- É uma forma esquemática e linear de representar o fluxo de energia entre os


organismos. A posição dos organismos é chamada de nível trófico. O primeiro nível
trófico será sempre dos produtores, o segundo nível trófico é dos consumidores
primários, o terceiro nível trófico, dos consumidores secundários, e assim segue.

Cadeia alimentar em ambiente terrestre

FLUXO DE ENERGIA
- Perceba que a cadeia alimentar é algo esquemático, na natureza as relações entre os
seres vivos são mais complexas, o que ocorre, portanto, é um conjunto de cadeias

alimentares, nesse caso chamamos de teia alimentar.

OBS: Mesmo não


representados na
imagem, os
decompositores
estão atuando
nessa teia
alimentar.

AULA 03 – PITRÂMIDES ECOLÓGICAS – FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA

- Podem ser de número, de biomassa ou de energia.


- O fluxo de energia é unidirecional.

AULA 04 – CICLO DA ÁGUA – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

AULA 05 – CICLO DO CARBONO– CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- Acompanhe o ciclo.
AULA 06 – CICLO DO OXIGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

AULA 07 – CICLO DO NITROGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS


AULA 08 – CICLO DO FÓSFORO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

AULA 09 – INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

- Quando a interação entre os seres vivos não tem prejuízo para nenhuma das espécies
envolvidas chamamos de interação harmônica, caso exista prejuízo para pelo menos
uma espécie, é desarmônica. As interações podem ser classificadas da seguinte forma:
(+) positiva, (0) indiferente ou (-) negativa.

- As interações (ou relações) podem ser entre indivíduos da mesma espécies


(intraespecíficas) ou entre espécies diferentes (interespecíficas).

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

HARMÔNICAS

Colônia: indivíduos de mesma espécie, fisicamente unidos. É positiva para todos os


organismos envolvidos (+/+). A colônia pode ser isomorfa, quando os indivíduos são
semelhantes e não existe divisão de trabalho. Ou heteromorfas quando os indivíduos
apresentam diferentes formas e funções.

Colônia isomorfa (corais) Colônia heteromorfa (caravela-


portuguesa)
Cnidários do gênero
Phisalia: alguns tem
função de flutuação,
outros alimentação e
outros defesa.
Sociedade: os indivíduos são beneficiados (+/+), porém não são fisicamente
dependentes entre si. Podem sair e retornar ao local de moradia (ninho). Exemplos:
cupins, formigas, abelhas.

Abelhas Cupins

DESARMÔNICA

Competição: indivíduos disputam recursos, a competição é sempre negativa para todos


os envolvidos (-/-).

Canibalismo: quando um organismo mata e se


alimenta de outro de mesma espécie.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

HARMÔNICA

Mutualismo: é uma relação positiva para os organismos envolvidos (+/+), pode ser
optativo (Protocooperação ou mutualismo facultativo) ou obrigatório (mutualismo
obrigatório).

Mutualismo facultativo Mutualismo obrigatório

Comensalismo: um indivíduo é beneficiado sem prejudicar o outro (+/o). A espécie


comensal se alimenta de restos alimentares da outra espécie, por exemplo, o peixe-
piloto e os tubarões.
Inquilinismo: uma espécie se beneficia de
outro buscando abrigo (espécie inquilina) sem
prejudicar a outra espécie que serve de
abrigo. Quando a espécie inquilina é uma
planta, chamamos de epifitismo, por exemplo,
as bromélias ou as orquídeas que vivem sobre
árvores.

DESARMÔNICA

Competição: duas espécies podem competir por um recurso limitado, isso é ruim para
todos (-/-). O biólogo russo Gause concluiu que espécies que competem pelo mesmo
recuso não podem coexistir indefinidamente no mesmo local. Ele concluiu isso ao fazer
um experimento com protozoários, essa conclusão ficou conhecida como princípio de
Gause ou princípio da exclusão competitiva.

Predação: uma espécie predadora mata e devora a outra espécie, chamada de presa,
portanto é uma interação (+/-).
Parasitismo: uma espécie (parasita) retira alimento de outra (hospedeiro) normalmente
sem levar a morte. É uma relação (+/-). Existe os ectoparasitas (externos, como o
piolho, pulga e carrapato) e os endoparasitas (internos, como a lombriga).

A herbivoria é um tipo de parasitismo, pois uma espécie se alimenta da outra. Caso o


herbívoro coma toda a planta, lavando a morte, será um tipo de predação.

Parasitoidismo: é um tipo especial de parasitismo, mas nesse caso após um tempo leva
obrigatoriamente o hospedeiro a morte. A espécie que causa o parasitoidismo é o
parasitóide (exemplo: vespas que se desenvolvem nos ovos de barata).

Amensalismo: uma espécie (inibidora) secreta substâncias


que impede o desenvolvimento de outra (amensal). Por
exemplo o fungo Penicillium que libera uma substância que
impede o desenvolvimento de bactérias.

AULA 10 – DINÂMICA DE POPULAÇÕES

- A densidade de uma população é o número de indivíduos dividido pela área ou


volume ocupado.

- O tamanho populacional corresponde ao número de indivíduos. Depende de taxa


de natalidade, mortalidade, imigração (entrada) e emigração (saída).

Crescimento populacional

Uma população pode crescer até certo limite


(curva de crescimento real), quando o
ambiente não suporta mais um número
elevado de organismos. Se não considerar a
resistência ambiental, uma espécie cresceria
exponencialmente (curva de potencial biótico
de uma espécie). Veja o gráfico.

Veja as relações ecológicas que regulam o


crescimento de uma população:
1 - Competição: na falta de recursos como espaço ou alimento, os indivíduos entram
em conflito e nem todos sobrevivem, ou sobrevivem com desgaste, o que impede um
crescimento maior da população.

2 – Predação:

- Parasitismo: se o hospedeiro morrer, o parasita também morre. Se existe uma grande


população de hospedeiros, poderá ter também uma grande população de parasitas.
ECOLOGIA – PARTE 2

AULA 11 – DINÂMICA DE COMUNIDADES: SUCESSÃO ECOLÓGICA

- A sucessão ecológica é o nome dado para as mudanças sucessivas das comunidades em um


local ao longo do tempo, desde o seu início (comunidade pioneira) até uma comunidade
estável final (clímax). Esse processo é gradual, ordenado e progressivo.

TIPOS DE SUCESSÃO ECOLÓGICA

- Uma sucessão pode ser primária ou secundária.

ESTÁGIOS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA

- É formado pela comunidade pioneira, intermediária e clímax.

Comunidade clímax

Comunidade intermediária

Comunidade primária

AULA 12 – BIOCICLOS: DINÂMICA DE ECOSSISTEMAS

Os seres vivos que compões a biosfera possuem diferentes ciclos, chamados de biociclos:
limnociclo (água doce), talassociclo (água salgada) e epinociclo (ambiente terrestre)
LIMNOCICLO

- Ambiente de água doce. Apresenta distribuição descontínua no ambiente. Pode ser lótico
(água corrente) ou lêntico (água parada).

TALASSOCICLO

- Ambiente de água salgada, é o maior dos ciclos! É limitado por fatores físicos: pressão,
temperatura, salinidade, oxigenação, luminosidade e correntezas.

EPINOCICLO

- Ambientes terrestres. É o biociclo com maior variação climática e de relevo.

- Possui grande diversidade de nichos ecológicos.

- Pode ser classificado como: epígea (superfície) ou hipógea (subterrâneo – cavernas,


grutas...).

- Possui pouca disponibilidade de água, organismos são adaptados aos diferentes


ecossistemas.

AULA 13 – BIOMAS MUNDIAIS

Biomas são conjuntos de ecossistemas que possuem clima semelhante, sendo assim possuem
e flora e fauna semelhantes também.
TUNDRA

- Fica no extremo norte da Terra.

- Pouca chuva (clima seco) e muito frio.

TAIGA

- Também conhecido por floresta boreal (ou de


coníferas).

- A precipitação é moderada.

- Temperatura baixa ao longo do ano.

- A vegetação é semelhante: coníferas na maioria (pinheiro, cipreste).

FLORESTA TEMPERADA

- Temperatura moderada.

- Precipitação regular.

- Solo congelado no inverno.

- Vegetação: árvores de grande e


pequeno porte.

- Quatro estações bem definidas.


- Árvores decíduas (folhas caem em estações frias), isso evita a perda de água.

CAMPO

- Temperatura varia muito entre o inverno frio e o verão


quente.

- Vegetação predominantemente formada por gramíneas


e plantas herbáceas, com raízes profundas.

- Solo muito fértil (por isso é ótimo para agricultura e


pastoreio).

FLORESTA TROPICAL

- Muita chuva.

- Altas temperaturas (média acima de 18°c).

- Solo infértil. Nutrientes são mantidos devido à queda


constante de folhas e outros materiais orgânicos.

- Nesse bioma é onde existe a maior diversidade


terrestre.

SAVANA

- No Brasil é chamado de cerrado (veremos na próxima aula).

- Duas estações bem definidas.

- Na estação de seca pode ocorrer incêndios naturais.

- Nas savanas, as plantas arbóreas possuem casca grossa,


são resistentes ao fogo e as folhas são coriáceas (isso diminui
a taxa de transpiração).

- Espécies vegetais de pequeno porte com raízes profundas e troncos retorcidos.

DESERTOS

- Precipitação muito baixa.

- Solo arenoso.
- Vegetação esparsa. Essas poucas plantas são
adaptadas a falta de água (xerófitas): raízes amplas,
folhas coriáceas ou transformadas em espinhos, tecidos
que armazenam água, e cutícula espessa.

AULA 14 – BIOMAS BRASILEIROS

- O Brasil é muito grande, possui 6 grandes biomas (existem biomas de transição):

AMAZÔNIA (FLORESTA AMAZÔNICA)

- Chove muito. Umidade elevada.

- Temperatura alta o ano inteiro.

- Solo pouco fértil. Fertilidade é mantida pela intensa queda de


folhas e outros materiais orgânicos (serrapilheira).

- Possuem muitas espécies de plantas e animais.

- A floresta é estratificada, ou seja, muitas camadas: árvores altas, médias e baixas. Por isso
existem muitas plantas epífitas (vivem sobre árvores).

MATA ATLÂNTICA

- Grande umidade devido aos ventos marinhos, que ficam


condensados na porção mais alta do bioma, resultando
em chuva frequente.

- Temperatura é variável, pois esse bioma se estende por


uma longa faixa latitudinal.

- Muitas espécies de plantas, incluindo epífitas.


- É o bioma brasileiro mais ameaçado.

MATA DE ARAUCÁRIA

- É considerada parte da Mata Atlântica, ocorre nos


estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

- Clima subtropical, com invernos frios (pode gear) e


verões quentes.

- Principal característica: presença de araucária, uma


conífera de tronco reto e galhos voltados para cima.
Essas árvores possuem casca grossa.

CERRADO

- Solo contém metais como o alumínio e ferro, o que dá a


coloração avermelhada.

- PH do solo é acido, possui baixas concentrações de matéria


orgânica.

- A vegetação é predominantemente perene (vida longa),


possuem órgãos subterrâneos – caules ou raízes -.

- Na época de seca, muitas espécies morrem, gerando


matéria orgânica seca.

CAATINGA

- Possui solo raso e pedregoso, rico em minerais, porém pobre em matéria orgânica.

- Possui secas prolongadas.

- A vegetação é formada por árvores baixas, arbustos, cactos,


bromélias e outras plantas xerófitas (adaptações contra secas
prolongadas): tecidos que armazenam água, raízes
superficiais para captar rapidamente a água da chuva e raízes
profundas para alcançar os lençóis freáticos. As folhas
possuem cutícula espessa ou transformadas em espinhos,
evitando assim a perda de água.

- As folhas caem nos períodos de seca (outra adaptação).


PAMPAS

- Chamado também de campos sulinos, está concentrado no Rio


Grande do Sul.

- Invernos frios e verões quentes.

- Temperatura pode ficar abaixo de 0°C.

- Vegetação predominante: gramíneas e herbáceas. Árvores ocorrem próximas a cursos de


água.

- Solos férteis e profundos.

- Muito explorado pela agropecuária e pastoreio.

PANTANAL

- 80% da sua cobertura ficam inundadas nas épocas


de chuvas.

- O verão é quente e úmido, o inverno frio e seco.

- O pantanal recebe muita água que escoa dos


planaltos adjacentes.

- É um importante refúgio para aves migratórias.

MATA DE COCAIS

- É uma região de transição entre a Amazônia e a


Caatinga.

- Vegetação característica formada por palmeiras


como o babaçu, carnaúba e buriti. Importantes para
a economia local.

MANGUEZAL

- Ocorre no litoral, no encontro entre água doce e salgada.

- As plantas dos manguezais apresentam raízes que saem do solo para realizar trocas
gasosas (pneumatóforos ou raízes respiratórias) e gerar sustentação. Além dos risóforos,
caules que crescem em direção ao solo e ajudam na sustentação.
AULA 15 – HUMANIDADE E AMBIENTE

- Os impactos ambientais gerados pela humanidade afetam diversos ecossistemas,


acelerando a extinção de espécies e ameaçando o equilíbrio da natureza.

- A extinção de espécies é algo normal, mas o ser humano vem acelerando esse processo.

- Um dos motivos é a perda de habitat.

- Outro mecanismo que gera impacto ambiental é a introdução de espécies exóticas.

- Um exemplo é o mexilhão dourado que chegou ao Brasil no lastro de embarcações e hoje


causa grande prejuízo como o entupimento de tubulações.

- A poluição é outro problema. A poluição atmosférica se dá principalmente pela queima de


combustíveis fósseis pelos veículos e usinas termelétricas.

- Essa poluição pode causar diversas doenças respiratórias na população.

- Alguns poluentes causam o “buraco” na camada de ozônio.


Principalmente os CFCs. Em 1987, a partir do Protocolo de
Montreal, foi feito um acordo para substituir os CFCs por uma
alternativa ecologicamente adequada.
- Quando existe grande concentração de óxidos de carbono, nitrogênio e enxofre na
atmosfera, pode ocorrer a chuva ácida.

- A inversão térmica é um fenômeno natural,


mas pode ser um grande problema.

- o Smog é outro problema, caracterizado pelo


acumulo de poluentes que forma uma espécie de
neblina.

- As ilhas de calor ocorrem em grandes centros urbanos.

- O aquecimento global é um fenômeno real causado


pela elevação do efeito estufa..

- Fontes de obtenção de energia:

- Biocombustíveis - Usinas hidrelétricas - Usinas termelétricas - Usinas nucleares -


Energia eólica - Energia solar.

- A poluição de água e de solos também é um problema.


- Descarte de produtos tóxicos; Resíduos de lixões (chorume); Descarte de esgoto.

- A BIOACUMULAÇÃO é um grande problema:

- Outro problema da poluição de rios é a


eutrofização.

- Outro ponto que temos que discutir é o destino do lixo urbano.

- Coleta seletiva, reciclagem, compostagem, sacolas biodegradáveis e a diminuição do uso de


plástico (ou outros poluentes) são maneiras de evitar o problema com o excesso de lixo nos
centros urbanos.

Você também pode gostar