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UNIVERSIDADE POLITECNICA-APOLITECNICA

Instituto Superior de Humanidade, Ciência e Tecnologia

Engenharia civil

Projecto de instalação telefónica

Quelimane

2022
Ilídio Sérgio Daniel Artur

Projecto de instalação telefónica

Trabalho a ser apresentado ao departamento de


engenharias, na cadeira de Instalação eléctrica, no
curso de engenharia civil, para fins avaliativos.

Docente: Zeferino Fostão

Quelimane
2022
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4

2. Projecto de instalação telefónica ......................................................................................... 5

2.1. Campo de Aplicação .................................................................................................... 5

2.2. Formação de projectos telefónicos .............................................................................. 6

2.3. Definições Para rede de telecomunicações .................................................................. 7

2.4. Simbologia para a instalação telefónica ...................................................................... 9

2.5. Projecto de tubulações telefónicas em edifícios ........................................................ 11

2.5.1. Tubulações primárias ......................................................................................... 13

2.5.2. Tubulações secundarias ...................................................................................... 14

2.5.3. Tubulações de entrada ........................................................................................ 14

2.5.4. Entrada subterrânea ............................................................................................ 15

2.5.5. Entrada aérea ...................................................................................................... 16

2.6. Projecto de redes em edifícios ................................................................................... 18

2.7. Edifícios comerciais .................................................................................................. 20

3. Conclusão .......................................................................................................................... 22

4. Referenciais Bibliográficas ............................................................................................... 23


1. Introdução

O presente trabalho debruça sobre o projecto de instalação telefónicas, este tem


objectivo de estabelecer os padrões e procedimentos que devem ser seguidos pelos
projectistas e construtores para elaborar e obter aprovação de projectos, executar serviços e
solicitar vistoria de tubulações para redes de telecomunicações em imóveis.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com alguns relatórios


e documentos do website.

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2. Projecto de instalação telefónica

Segundo (Creder, 1991), chama-se projecto rede telefónica de um edifício ao conjunto


de cabos telefónicos, blocos terminais, ferragens e materiais acessórios instalados no interior
daquele edifício com a finalidade de permitir a ligação de equipamento de telecomunicação a
rede telefónica urbana. Por tanto, as redes telefónicas em edifícios constituem em
complementos ou extensões da rede externa e, como tal, devem merecer um tratamento
semelhante ao que normalmente é dispensado aquela rede no que diz respeito a seu
dimensionamento e seu projecto.

Esta prática inclui ainda instruções relativas aos procedimentos que devem ser
seguidos para a aprovação de projectos de redes telefónicas em edifícios quando a elaboração
destes não tiver sido de responsabilidade das empresas pertencentes ao sistema telebras.

As redes telefónicas em edifícios devem ser destinadas, exclusivamente, ao uso da


filial, que nelas pode instalar os serviços de telecomunicações conectados à sua rede externa,
como por exemplo, telefonia, CPCT, música ambiente, transmissão de dados e outros serviços
correlatos.

As edificações ocupadas por um único cliente podem ser providas de uma só rede
telefónica para atender a todas as necessidades de comunicações descritas no parágrafo
anterior. Os serviços de comunicação interna dos edifícios, não pertencentes à filial, como
interfones, sinalizações internas, antenas colectivas, TV a cabo e outros sistemas de
telecomunicações não conectados à rede externa, devem ser instalados em rede de cabos e
tubulações independentes e exclusivas.

2.1. Campo de Aplicação

Esta pratica se aplica a todos os tipos de edificações. Em fase de projecto ou de


construção, que necessitem de rede telefónica interna, independentemente de seu porte,
finalidade, número de pavimentos, número de linhas e de pontos telefónicos, com excepção
de edificações destinadas a competições esportivas, como estádios, autódromos, hipódromos
ou ginásios de esportes, as quais serão objecto de uma prática específica. (Niskier &
Macintyre, 1992)

Esta pratica se aplica ainda a conjunto de edificações, projectados ou em construção,


situados dentro de um mesmo terreno. Estes conjuntos podem ser constituídos de edifícios
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compostos por vários blocos separados e isolados ou de loteamentos especiais com
características tais que permitam a aplicação dos critérios aqui estabelecidos.

Esta prática poderá ser aplicada, no seu todo ou em parte, a critérios das empresas de
sistemas Telebras.

a) Conjuntos habitacionais construídos por cooperativas ou construções de tipo


popular;
b) Edificações existentes que não possuam tubulações telefónicas ou em que as
tubulações telefónicas tenham sido executadas em desacordo com a última emissão
da norma Telebras.
c) Ampliações das redes telefónicas de edifícios existentes, com excepção das redes
particulares destinadas exclusivamente a comunicação interna dos edifícios.

A responsabilidade de elaboração de projectos de tubulação e de rede telefónica


interna de edificações é de engenheiros que possuem atribuições para tal, conforme
discriminado em seu Registro profissional expedido pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitectura e Agronomia.

Os projectos de tubulação e de rede telefónica devem ser elaborados em um mesmo


documento (projecto).

2.2. Formação de projectos telefónicos

De acordo com ( Gonçalves, 2012), um projecto telefónico é formado por:

 ART (Anotação de Responsabilidade Técnica);


 Carta de solicitação de aprovação à concessionária;
 Memorial descritivo;
 Planta;
 Localização e levantamento da quantidade de pontos telefónicos.
 Localização do distribuidor geral.
 Trajectos de eletrodutos e fios/cabos dentro da edificação.
 Dimensionamento das tubulações.
 Identificação dos fios/cabos telefónicos e condutos.
 Convenções.
 Esquemas verticais (Prumadas)

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 Tubulação;
 Redes internas.
 Tabelas de distribuição secundária;
 Especificações;
 Lista de materiais;
 Detalhes:
 Caixa subterrânea de entrada;
 Distribuidor geral;
 Caixas de distribuição
 Aterramentos
 Outros, conforme a necessidade
 Convenções.
2.3. Definições Para rede de telecomunicações

De acordo com (Creder, 1991), Para o projecto de instalação telefónica, é necessário


compreender alguns conceitos como:

i. Bloco terminal: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de


cabos e fios telefónico;
ii. Bloco de Protecção: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de
módulos de protecção;
iii. Módulo de Protecção: Cápsula de material isolante cujo interior possui
dispositivos de protecção contra sobretensão e curto-circuito;
iv. Caixa: Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar a
fixação dos blocos e a passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefónicos
v. Caixa de distribuição: Caixa pertencente à tubulação primária, destinada a dar
passagem aos cabos e fios telefónicos e abrigar os blocos terminais.
vi. Caixa geral de distribuição (dg): Caixa na qual são terminados e interligados os
cabos da rede externa da concessionária e os cabos internos do edifício.
vii. Caixa de entrada do edifício: Caixa subterrânea situada em frente ao edifício,
junto ao alinhamento predial, destinada a permitir a entrada do cabo subterrâneo da
rede externa da concessionária.
viii. Caixa de passagem: Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação,
eliminar curvas e facilitar o puxamento de cabos e fios telefónicos.

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ix. Caixa subterrânea: Caixa de alvenaria ou concreto, instalada sob o solo, com
dimensões suficientes para permitir a instalação e emenda de cabos e fios
telefónicos subterrâneos.
x. Caixa de saída: Caixa destinada a dar passagem ou permitir a saída de fios de
distribuição, conectados aos aparelhos telefónicos.
xi. Caixa de saída principal: É toda a caixa de saída ligada directamente a uma caixa
de distribuição.
xii. Canaleta: Conduto metálico, rígido, de seção rectangular, que substitui a
tubulação convencional em sistemas de distribuição no piso.
xiii. Cubículo: Tipo especial de caixa de grande porte que pode servir como caixa de
distribuição ou caixa de passagem.
xiv. Ducto: Tubulação para instalação subterrânea, de material incombustível,
impermeável, com superfície interna lisa e sem rebarbas.
xv. Eletroduto: Conduto rígido, de seção circular e com extremidades rosqueadas e
sem rebarbas.
xvi. Extensão de um ponto telefónico: É um ponto telefónico que existe em função de
um principal e que portanto ocupa o mesmo par físico deste principal.
xvii. Malha de piso: Sistema de distribuição em que os pontos telefónicos são
atendidos por um conjunto de tubulações ou canaletas interligadas a uma caixa de
distribuição.
xviii. Painel: São peças rectangulares de madeira, de dimensões variadas, instaladas em
caixas ou paredes para fixação dos blocos terminais.
xix. Poço de elevação: Tipo especial de prumada, de seção rectangular, que possibilita
a instalação de cabos de grande capacidade.
xx. Ponto telefónico: Previsão de demanda de um telefone principal ou qualquer
serviço que utilize pares físicos da concessionária dentro de um edifício.
xxi. Prumada: Tubulação vertical que se constitui na espinha dorsal da tubulação
telefónica e que corresponde, usualmente, à tubulação primária do mesmo.
xxii. Sala do distribuidor geral: Compartimento apropriado, reservado para uso
exclusivo da concessionária, que substitui a caixa de distribuição geral em alguns
casos.
xxiii. Tomada: São caixas situadas nas imediações dos aparelhos telefónicos, e de onde
provém as linhas de transmissão dos mesmos.

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xxiv. Tubulação telefónica: Termo genérico utilizado para designar o conjunto de
tubulações destinadas aos serviços de telecomunicações de um edifício.
xxv. Tubulação de entrada Parte da tubulação que permite a entrada do cabo da rede
externa da concessionária e que termina na caixa de distribuição geral. Quando
subterrânea, abrange também a caixa do edifício.
xxvi. Tubulação primária Parte da tubulação que abrange a caixa de distribuição
geral, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam.
xxvii. Tubulação secundária Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as
tubulações que as interligam às caixas de distribuição

2.4. Simbologia para a instalação telefónica

Segundo (Niskier & Macintyre, 1992), as simbologias padronizadas para os desenhos


de projectos de tubulação e rede de telecomunicações estão indicadas nas tabelas abaixo:

Tabela 1: Simbologia para a instalação telefónica.

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Tabela 2: Simbologia representativa para instalação eléctrica.

Os projectos de tubulação e rede de telecomunicações têm por finalidade dimensionar


e localizar o trajecto dentro do edifício das tubulações e redes de entrada, primária e
secundária. O critério básico utilizado para o dimensionamento dessas tubulações e redes é o
número de pontos telefónicos previstos para o edifício ou para qualquer uma de suas partes.

2.5. Projecto de tubulações telefónicas em edifícios

De acordo com (Filho, 2001), as tubulações em edifícios são classificadas em


Tubulação de entrada, tubulação primária e tubulação secundária, sendo que suas definições
estão apresentadas acima, A figura abaixo apresenta visualmente as tubulações de entrada,
primária e secundária de um edifício.

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Figura 1: tubulações telefónicas em edifícios.

O ponto telefónico equivale ao número de linhas externas disponíveis no apartamento


ou residência, atenção que esta não é igual ao número de tomadas (caixas de saída).

Para prevermos o número de pontos devemos usar a tabela 03 abaixo:

Tabela 3: previsão de números de pontos.

Tipo Base de cálculo Pontos


Residências Até 2 quartos 1,0
Ou De 3 quartos 1,5
Apartamentos Mais de 3 quartos 2,0
Lojas Até de 50 3
De 50 a 500 3,0 A 12
Acima de 500
Escritórios Cada 10 1,0

Deverão ser previstas caixas de saída nos seguintes locais:

 Quartos, h= 0,30 m, na provável cabeceira da cama;


 Salas, h= 0,30 m, recomendável a instalação de mais de uma;

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 Copas, h= 1,30 m ou v= 0,30 m;
 Cozinhas, h= 1,30 m.

Estas caixas deverão ser interligadas dentro do apartamento, de forma


sequencial pela tubulação secundaria até a caixa de distribuição.

A figura abaixo, mostra o detalhe de uma caixa de saída:

Figura 2: Caixa de saída com tomada padrão TELEBRAS.

2.5.1. Tubulações primárias

Para edifícios com um número total de pontos telefónicos menor ou igual a 430, a
prumada pode ser constituída de tubulação convencional. Caso contrário, a prumada deve ser
constituída de um poço. (Niskier & Macintyre, 1992)

Os quadros de distribuição geral (QDG) devem ser localizados preferencialmente no


andar térreo e na mesma direcção da prumada, em áreas internas e cobertas do edifício.

Para evitar o escoamento de água pluvial para a caixa de distribuição, esta deve ser
construída em nível superior à caixa subterrânea de entrada. Deve-se evitar a construção de
caixas de distribuição em salão de festas, cubículo de lixeira, locais húmidos.

A caixa de distribuição deve atender ao andar onde se localiza, um andar acima e um


andar abaixo; com excepção das últimas caixas da prumada, que podem atender dois andares
acima. Todas as caixas de distribuição, distribuição geral e passagem, deverão ser instaladas a
uma altura de 1,30 m do seu eixo ao piso acabado.

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2.5.2. Tubulações secundarias

O diâmetro da tubulação secundária deve ser de no mínimo 19mm. A quantidade e


localização das caixas de saída para cada tipo de apartamento estão mostradas na tabela 04
abaixo, e depois de posicionadas as caixas de saída do apartamento deve ser determinada a
localização da caixa de distribuição que atende ao andar.

Tabela 4: Quantidade mínima das caixas de tomadas.

Quantidade mínima das caixas de tomadas


Apartamentos No mínimo 1 caixa na sala, copa, cozinha e
nos quartos
Lojas Onde tiver previsão de balcões, caixas
2 Caixas/ ponto registadoras, empacotadeiras.

Escritórios Até 10 caixas, distribuir também no piso.


2 Caixas/ ponto Mais de 10 caixas, distribuir também no
piso
Industrias Estudos especiais com a CTBC.

2.5.3. Tubulações de entrada

Para definir se o cabo de entrada do edifício será subterrâneo ou aéreo, devem ser
observados os seguintes critérios.

Entrada será subterrânea quando:

a) O edifício possuir mais que 20 pontos telefónicos;


b) A rede da concessionária for subterrânea no local. Neste caso, a tubulação de
entrada poderá ser interligada a caixa mais próxima da CTBC;
c) O construtor preferir a entrada subterrânea no local.

A entrada poderá ser aérea quando:

a) O edifício possuir 20 pontos telefónicos ou menos;


b) As condições da rede da concessionária no local o permitirem.

NB: No caso de travessia de rua, a rede aérea esta mais susceptível de ser danificada
por acidentes com caminhões, etc.
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2.5.4. Entrada subterrânea

Deverá ser locada uma caixa subterrânea para o atendimento do edifício, de dimensões
determinadas conforme a tabela 05 a seguir. Esta caixa não deve ser localizada em pontos
onde transitam veículos (como entrada de garagens, por exemplo), pois o tampão especificado
para a mesma não é dimensionado para suportar o peso de veículos.

Tabela 5: Dimensionamento da caixa de entrada do edifício.

Dimensionamento da caixa de entrada do edifício


Numero total Tipo de Dimensões internas
de pontos do Caixa Compr. Largura Altura
edifício (cm) (cm) (cm)
Até 35 R1 60 35 50
De 36 a 140 R2 107 52 50
De 141 a 420 R3 120 120 130
De 420 a 1000 IM* 160 120 110
Acima de 1000 I 215 130 180

Determinar o trajecto da tubulação de entrada desde a caixa de entrada do edifício até


a caixa de distribuição geral, projectando-se caixas de passagem intermediárias, se estas
forem necessárias, para limitar o comprimento da tubulação e/ou o número de curvas,
conforme os critérios estabelecidos na tabela 06 abaixo;

Tabela 6: Comprimentos máximos das tubulações

Comprimentos máximos das tubulações


Comprimentos
Trechos máximos
Verticais 15m
Rectilíneos Horizontais 30m
Com uma Verticais 12m
Curva Horizontais 24m
Com duas Verticais 9m
Curvas Horizontais 18m
.
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As caixas subterrâneas intermediárias devem ser localizadas e dimensionadas
conforme os critérios estabelecidos na tabela de dimensionamento da caixa de entrada do
edifício.

Para finalizar, Dimensionar a tubulação de entrada, aplicando-se a tabela 07 abaixo:

Tabela 7: Dimensionamento da tubulação subterrânea de entrada.

Dimensionamento da tubulação subterrânea de entrada

N° de pontos do Diâmetro interno Quantidade


edifício mínimo dos mínima de
ductos (mm) ductos
Até 70 75 1
De 70 a 420 75 2
De 421 a 1800 100 3

Acima de 1800 Estudo conjunto com a CTBC

Podem ser utilizados, no máximo, duas curvas em cada trecho da tubulação, com uma
distância mínima de 2 metros entre cada curva. O ângulo máximo permitido para cada curva é
de 90º.

2.5.5. Entrada aérea


2.5.5.1. Entrada directa pela fachada

A entrada directa pela fachada é utilizada em prédios com cinco metros de distância do
alinhamento predial.

a) Localizar a posição exacta em que a tubulação de entrada sairá na fachada do


edifício;
b) A entrada deve ser localizada de forma que o cabo de entrada não cruze com
linhas de energia eléctrica e que mantenha os afastamentos mínimos com essas
linhas, consultar tabelas 08 e 09.

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Tabela 8: Afastamento mínimo da rede de energia eléctrica.

Afastamento mínimo da rede de energia eléctrica


Tensão da rede de energia eléctrica Afastamento mínimo
Até 600,00 v O,60 m
Acima de 600,00 v 2,00 m

Tabela 9: Alturas mínimas para a entrada de fios telefónico.

Alturas mínimas para a entrada de fios telefónico


Situações típicas de Altura mínima Altura mínima do
entradas aéreas da ferragem em eletroduto de entrada em
relação ao relação ao passeio (m)
passeio (m)
Posteação do mesmo 3.50 3.00
lado da edificação
Posteação do outro 6.0 3.00
lado da rua
Edificação em nível Utilizar poste de acesso
inferior ao da rua

Altura da roldana instalada na fachada do edifício deve ser igual a altura do cabo
telefónico padronizado instalado no poste da rede de telecomunicações externa, conforme
mostrado na figura abaixo

Figura 3: Esquematização da entrada directa pela fachada.

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No trajecto da tubulação de entrada (da roldana na fachada até a caixa de distribuição
geral), devem ser projectadas caixas de passagem, se estas forem necessárias, para limitar o
comprimento da tubulação e/ou número de curvas, conforme os critérios estabelecidos pela
tabela 06.

Por fim, o dimensionamento da tubulação de entrada deve ser feito aplicando-se a


tabela 07.

2.5.5.2. Entrada através de poste de acesso

A entrada através de poste de acesso, é utilizada em prédios construídos a uma


distância igual ou superior a 5 metros do alinhamento predial, ou em prédios construídos em
nível inferior ao da rua.

a) Locar, no limite do alinhamento predial, um poste de acesso de altura suficiente


para atender aos valores estabelecidos nas tabelas 08 e 09.
b) No trajecto da tubulação de entrada, devem ser projectadas caixas de passagem, se
estas forem necessárias, para limitar o comprimento da tubulação e/ou número de
curvas, conforme os critérios estabelecido pela tabela 06.
c) O dimensionamento da tubulação de entrada deve ser feito aplicando-se a tabela
09.

2.6. Projecto de redes em edifícios

De acordo com (Niskier & Macintyre, 1992), o número de pares de fios FI que
alimenta cada apartamento é igual ao número de pontos telefónicos prevista para cada
apartamento. Cada um dos pares de fios FI deve ter uma identificação (numeração) específica.
A identificação dos pares na rede interna consiste na identificação dos pinos do bloco terminal
que atenderão a cada um dos apartamentos. O bloco terminal é constituído de 20 pinos (10
pares) ou 40 pinos (20 pares) e é numerada conforme ilustra a figura 03.

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Figura 4: O número de pares de fios.

O critério para a ocupação dos pinos do bloco terminal é o seguinte: os apartamentos


mais afastado da caixa de distribuição geral ocuparão os primeiros pinos, enquanto o
apartamento mais próximo ocupará os últimos pinos do bloco terminal.

Toda caixa que atende até 6 pontos telefónicos é considerada parte da rede secundária
e nela devem ser projectadas somente fios FI.

A rede pode ter três tipos de configurações:

a) Um cabo partindo do distribuidor geral para atender exclusivamente a um


pavimento;
b) Um cabo partindo do distribuidor geral para atender a 3 pavimentos;
c) Um único cabo partindo do distribuidor geral para atender a todos os pavimentos.

Os pontos telefónicos previstos para um pavimento poderão estar distribuídos, dentro


do pavimento entre diversas caixas de distribuição. As quantidades de pares telefónicos
devem ser definidas.

Depois de determinada a quantidade de pontos que cada caixa de distribuição irá


atender, basta dividir este valor por 0,8 para obter-se a quantidade ideal de pares a serem
distribuídos na caixa. Depois de determinada a quantidade de pontos acumulados em cada
caixa de distribuição, basta dividir este valor por 0,8 para obter-se a quantidade ideal de pares
para alimentar a caixa. O valor 0,8 equivale a uma taxa de ocupação do cabo projectado de
80%, isto quer dizer que existirá uma reserva técnica de pares disponíveis de 20% para
futuros atendimentos.

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D = C/ 0,8 = quantidade ideal de pares para alimentar a caixa.

Conhecendo-se os valores de A, B, C e D, deverá ser desenhado no projecto de rede de


telecomunicações em cada caixa de distribuição o seguinte símbolo:

A B C D

2.7. Edifícios comerciais

Para edifícios comerciais, a tubulação secundária deve seguir alguns parâmetros. A


localização das caixas de saída é determinada de acordo com a área construída.

Em lojas, deverá ser projectada uma caixa de saída para cada 20m², verificar figura
abaixo:

Figura 5: Caixas de saída projectadas para edifícios comerciais.

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Em lojas com pé direito superior a 4,5 metros, também devem ser projectadas outras
caixas de saída nas paredes, a uma altura de 60% do pé direito.

Em áreas com até 100m², as caixas devem ser instaladas preferencialmente nas
paredes, com uma distância máxima entre elas de 3 metros.

Em áreas superior a 100m², as caixas devem ser projectadas preferencialmente no


piso, com um espaçamento de 3 metros entre elas. Poderão ser utilizadas tubulação
convencional ou duto regular.

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3. Conclusão

Por fim, sob a forma de análise conclusiva, se pode afirmar que as instalações
telefónicas são importantes, e que o projecto de instalação do mesmo, gira em torno de
principalmente o dimensionamento dos cabos, bem como das caixas de distribuição
associadas ao distribuidor geral.

Vale ressaltar que, esta também é baseada em normas onde são definidas as
quantidades de pontos de acordo com o fim a que destina: predial, comercial ou industrial.

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4. Referenciais Bibliográficas
Gonçalves, L. F. (2012). Instalacoes eletricas prediais. Porto Alegre: Luis fernando.

Creder, H. (1991). Instalacao eletrica. Rio de Janeiro: LivrosTécnicos e Científicos Editora


S.A.

Filho, D. L. (2001). Projecto de instalacoes eletricas prediais. Sao Paulo: Editora Erica Ltda.

Niskier, J., & Macintyre, A. J. (1992). Instalacao eletricas (4 ed.). Rio de Janeiro: LTC –
Livros Técnicos e Científicos.

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