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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidade, Ciências e Tecnologias - ISHCT

Engenharia Civil - VIIo Semestre

Instalações Elétricas em Edifícios

Dário Motani

Quelimane
2023
Dário Motani

 Tubulações telefónicas

Trabalho de pesquisa apresentado ao Instituto


Superior de Humanidades, Ciências e
Tecnologias, para obtenção da segunda
avaliação da cadeira de Instalação Elétrica em
Edifícios
Docente: Eng.Zeferino Fostão

Quelimane
2023

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Sumário
Capitulo I...........................................................................................................................4

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4

1.1.1.Geral......................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...........................................................................................................4

1.2. Metodologia................................................................................................................4

Capitulo II..........................................................................................................................5

Revisão de literatura..........................................................................................................5

2. Subdivisão e Componentes da Rede Externa................................................................5

2.1 Tipos de Redes Externas.............................................................................................7

2.2 Definições para rede de telecomunicações..................................................................8

2.3 Definições para redes ópticas internas....................................................................10

2.4 Simbologia para os desenhos de projetos de tubulação.............................................12

2.5 Redes telefônicas.......................................................................................................13

2.6 Classificação das redes telefônicas............................................................................14

2.6.1 Planta interna de central.........................................................................................14

2.6.2 Planta externa.........................................................................................................16

2.7 Rede interna...............................................................................................................17

2.8 Redes subterrâneas ou redes espinadas em mensageiro............................................19

2.9 Planeamento da rede..................................................................................................19

2.10 Benefício do planeamento da rede telefônica..........................................................21

Capitulo III......................................................................................................................22

4. CONCLUSÃO.............................................................................................................22

5. Referências Bibliográficas.......................................................................................23

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Capitulo I

1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho de pesquisa, a nossa preocupação será esclarecer por definição, as
tubulações telefónicas.

As tubulações telefônicas são dimensionadas em função do número de pontos


telefônicos previstos para o ambiente. Cada ponto telefônico corresponde à demanda de
um telefone principal ou qualquer outro serviço que utilize pares físicos e que deva ser
conectado à rede pública, não estando incluídas nessa previsão as extensões dos
telefones ou serviços principais.

As tomadas devem ser instaladas o mais próximo possível do local escolhido


para o telefone. Não devem ser instaladas próximas a refrigeradores, televisores,
equipamentos de som, em locais onde venham a sofrer danos causados por objetos de
uso do assinante, ou por partes móveis da edificação, nem sob pias, tanques, aparelhos
de ar-condicionado ou em locais expostos a gases corrosivos. Deve-se evitar a
instalação das tomadas próximo a motores, transformadores, máquinas em geral,
quadros de comando, ou quadros de proteção e cabos de distribuição ou alimentação de
energia elétrica.

1.1. Objectivos

1.1.1.Geral

 Compreender as tubulações telefónicas.

1.1.2. Específicos

 Descrever as simbologias de tubulações.


 Compreender o esquema geral de tubulações telefónicas.

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1.2. Metodologia

 Para a realização e conclusão do presente trabalho contamos com fontes


bibliográficas que abaixo vêm estruturadas, artigos reverenciados e alguns
conteúdos revisados durante a introdução do presente tema.

Capitulo II

Revisão de literatura

2. Subdivisão e Componentes da Rede Externa


A rede externa pode ser subdividida nas seguintes partes:

− Rede de Cabos Troncos: Trecho da rede que interliga centrais telefônicas.

− Distribuidor Geral (DG): Local onde os pares de fios que saem da central são

conectados nos pares dos cabos externos. É um armário metálico. De um lado são

fixados blocos dispostos em orientação vertical, onde são conectados os terminais dos

pares da rede com suas respectivas proteções. Do outro lado, dispostos em orientação

horizontal, existem terminais que interligam os pares de fios à central, ao equipamento

de comutação.

− Rede Primária: Trecho da rede de cabos entre o distribuidor geral e os armários de

distribuição (rede alimentadora).

− Armários de distribuição: Local onde é realizada a conexão entre os cabos da rede

primária com os cabos da rede secundária.

− Rede Secundária: Trecho de rede de cabos entre os armários de distribuição e as


caixas

terminais (rede de distribuição).

− Caixas Terminais: Ponto da rede que conecta os cabos da rede secundária com fios

externos (FE) dos assinantes.

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− PTR: Ponto de transição entre rede externa e rede interna.

Componentes e subdivisão da rede externa

Esquema mostrando alguns componentes de uma rede externa

Além desta subdivisão outros conceitos estão diretamente envolvidos com o estudo
de redes externas:

– Rede Interna - Instalações no interior de edifícios, com a finalidade de permitir a

ligação de equipamentos de telecomunicações à rede externa.

– Área Local - Espaço geográfico fixado em função de critérios técnicos,


independente da divisão político-geográfica, atendido pelo conjunto de áreas de centrais
e respectivas redes de cabos troncos e de assinantes.

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– Área da Central - Área geográfica atendida por uma central telefônica e sua
respectiva rede de cabos.

– Centro de Fios - Ponto ideal para localização de uma central telefônica ou de


outros

equipamentos (armários, concentradores, etc) que permitam a conexão dos


assinantes com os menores custos e distâncias.

– Seção de Serviço (SS) - É a "célula" básica, mínima, das áreas de atendimento e


corresponde a região geográfica atendida pela rede secundária de um armário ou ponto
de distribuição.

2.1 Tipos de Redes Externas


Existem dois tipos básicos de redes externas:

a) Rede Rígida - É aquela em que a cada par ligado a uma caixa terminal,
corresponde um único par nos cabos alimentadores e no distribuidor geral da
central. Isto é, este tipo de rede não apresenta armários, o cabo saí da central e
vai direto para as caixas terminais sendo conectado aos pares dos assinantes.
Este tipo de rede não permite mobilidade dos pares.

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Rede Rígida

b) Rede Flexível - É aquela em que, a todo par ligado a uma caixa terminal, pode
ser conectado, em um ponto de sub-repartição (armário de distribuição), um par
qualquer entre a sub-repartição e a central.

2.2 Definições para rede de telecomunicações


- Bloco Terminal: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de cabos e fios
telefônicos.

- Bloco de Proteção: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de módulos de


proteção.

- Módulo de Proteção: Cápsula de material isolante cujo interior possui dispositivos de proteção
contra sobretensão e curto circuito.

- Caixa: Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar afixação dos
blocos e a passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos.

- Caixa de Distribuição: Caixa pertencente à tubulação primária, destinada a distribuição de


cabos e fios telefônicos e abrigar os blocos terminais.

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- Quadro de Distribuição Geral (QDG): Caixa na qual são terminados e interligados o cabo de
entrada e os cabos internos do edifício.

- Caixa de Entrada de Edifício: Caixa subterrânea situada em frente ao edifício, junto ao


alinhamento predial, destinada a permitir a instalação do cabo ou fios telefônicos da rede
externa da concessionária.

- Caixa de Passagem: Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação, eliminar curvas e


facilitar o puxamento de cabos e fios telefônicos.

- Caixa Subterrânea: Caixa de alvenaria ou concreto, construída sob o solo com dimensões

suficientes para permitir a instalação e emenda de cabos e fios telefônicos.

- Caixa de Saída: Caixa destinada a dar passagem ou permitir a saída de fios de distribuição,
conectados aos aparelhos telefônicos.

- Caixa de Saída Principal: Caixa destinada a dar passagem ou permitir a saída de fios de
distribuição, esta caixa interliga a tubulação de entrada às outras caixas de saída.

- Pontalete: Poste particular pertencente ao proprietário do imóvel e fixado dentro dos limites da
propriedade.

- Roldana: Suporte composto de material isolante elétrico (porcelana), usado para fixar o cabo
telefônico no poste ou parede.

- Malha de Piso: Sistema de distribuição em que as caixas de saída são instaladas no piso. Estas
caixas de saída são interligadas entre si e a uma caixa de distribuição.

- Poço de Elevação: Consiste numa série de cubículos de alvenaria alinhados e dispostos


verticalmente, interligados através de abertura na laje, utilizado em edificações acima de 5
pontos.

- Prumada: Tubulação vertical que se constitui na espinha dorsal da tubulação de


telecomunicações do edifício e que corresponde, usualmente, à sua tubulação primária.

- Sala do distribuidor geral : Compartimento apropriado, reservado para uso exclusivo


da CTBC, que substitui a caixa de distribuição geral em alguns casos. Suas dimensões
deverão ser estabelecidas em conjunto com a CTBC de acordo com a tecnologia a ser
utilizada.

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- Tubulação de entrada : Parte da tubulação que permite a entrada de cabo da rede
externa desde a posteação da concessionária de energia elétrica ou caixa subterrânea da
CTBC até a caixa de distribuição geral da edificação.

-Tubulação Primária: Parte da tubulação que abrange a caixa de distribuição geral, as


caixas de passagem, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam.

- Cabo de Entrada: Cabo que interliga a rede externa da CTBC ao Quadro de


Distribuição Geral (QDG) do imóvel.

- Tubulação Secundária: Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as


tubulações que as interligam às caixas de distribuição.

- Cabo Interno (CI): Cabo que interliga a caixa de distribuição geral às caixas de
distribuição.

- Rede Secundária: Rede de fios telefônicos internos (FI) que se estendem desde os
blocos

terminais internos até as caixas de saída.

- Rede Primária: Rede principal do edifício, constituída de cabos telefônicos internos


que se estendem desde o distribuidor geral até as caixas de distribuição

- Rede De Telecomunicações Interna: Conjunto de meios físicos (cabos, blocos


terminais, fios, etc) necessários para prover a ligação de qualquer equipamento terminal
de telecomunicações dentro de um edifício à rede de telecomunicações externa.

- Fio Telefônico Interno (FI): Par de condutores que interligam as tomadas de


telecomunicações aos blocos terminais internos.

- Carga de uma Caixa de Distribuição: Somatório dos pontos telefônicos atendidos a


partir de uma caixa de distribuição.
- Número Efetivo de Pares Terminados: Número real de pares que são ligados aos
blocos terminais internos de uma caixa de distribuição ou caixa de distribuição geral.

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- Linha Individual: Linha de telecomunicações que atende a um assinante, conectada a
uma estação de telecomunicações pública, que pode ser classificada em residencial ou
não residencial.

- Linha Privativa (LP): Linha física, constituída de um ou mais pares de fios e de


equipamentos complementares, que interliga dois pontos distintos e não é conectada aos
equipamentos de comutação das estações de telecomunicações públicas.

2.3 Definições para redes ópticas internas


- Cabo de fibra óptica: Cabo composto por uma ou mais fibras ópticas internas.

– Distribuidor Geral Óptico (DGO) de parede: Armário de emendas e conexões ópticas,


para fixação em paredes, que permite interligar o cabo de fibra óptica da CTBC com os
cordões ópticos monofibras de manobra

- Distribuidor Geral Óptico para Rack: Armário de emendas e conexões ópticas, para
fixação em racks de 19 polegadas, que permite interligar o cabo de fibra óptica da
CTBC com os cordões ópticos monofibras de manobra do usuário.

-Conector óptico (plugue): Dispositivo que possibilita a conexão óptica, terminando


duas fibras ópticas e que encaixa em um adaptador óptico (soquete).

-Emenda óptica : Junção entre duas fibras ópticas podendo ser de dois tipos: emenda
mecânica e emenda por fusão.

-Emenda óptica por fusão: Processoo para emendar fibras ópticas onde as fibras ópticas
são fundidas uma na outra. Este tipo de emenda é conseguido através da utilização da
máquina de emenda óptica por fusão.

- Emenda óptica mecânica: Processo para emendar fibras ópticas onde as fibras ópticas
são apenas encostadas uma na outra sem serem fundidas. Este tipo de emenda é
conseguido através de dispositivos que são encaixados nas fibras ópticas e depois
encaixados entre si mecanicamente.

- Cordão óptico monofibra de manobra: Cabo óptico que contem apenas uma fibra
óptica interna, contendo as seguintes partes: capa ou revestimento plástico , elemento de
proteção mecânica e fibraóptica.

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2.4 Simbologia para os desenhos de projetos de tubulação

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2.5 Redes telefônicas
Podemos definir uma rede telefônica como sendo o conjunto de cabos e fios que
interligam uma central de telefones com um ponto telefônico qualquer.

A rede telefônica começa na sua casa. Um par de fios de cobre vai de uma caixa na
rua até uma caixa (normalmente chamada de ponte de entrada) na sua casa. De lá, o par
de fios é conectado a cada ponto telefônico da sua casa. Se sua casa tiver duas linhas
telefônicas, dois pares diferentes de fios de cobre vão ate ela.

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Podemos também definir a rede de telefonia como o por onde as conexões
telefônicas passam. Esta rede é comumente digital (utiliza cabos óticos) e emprega alta
tecnologia que possibilitam transportar milhares de ligações instantâneas.

2.6 Classificação das redes telefônicas


A rede telefônica pode ser classificada, segundo sua abrangência, em rede de
assinantes, rede local e rede interurbana.

Rede de Assinantes é a rede de acesso que liga os assinantes até a central de


comutação.

Rede Local é a rede de entroncamento entre centrais, no âmbito de uma cidade.

Rede Interurbana é a rede de entroncamento entre centrais de diferentes cidades.

A rede telefônica urbana pode também ser classificada em: planta externa

(I): rede de acesso e rede de distribuição de acesso; planta interna

(II): de central e de assinante; rede transporte

(III): transmissão e entroncamento.

2.6.1 Planta interna de central

Entre o equipamento da central telefônica e a saída dos cabos para a rua, existe a
planta interna de central. Os cabos saem da central telefônica, passam pelo distribuidor
geral, descem para a galeria de cabos e ganham a rua.

Cabe diferenciar rede interna de planta interna: planta interna envolve tudo o que
está dentro do prédio da central telefônica e rede interna é a interligação entre a central e
o distribuidor geral. A interligação entre o distribuidor geral e a galeria de cabos,
embora seja da planta interna, pertence a rede externa.

Os terminais telefônicos das centrais são disponibilizados no Distribuidor Geral


(DG). O cabo que interliga o DG e a central é a rede interna de central. Muitas vezes
existem várias centrais dentro do mesmo prédio. Todas têm seus terminais
terminados no DG. O DG é constituído de uma estrutura de metal que suporta

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blocos para a terminação de cabos, permitindo a interligação entre os cabos
provenientes da central e os cabos provenientes da rua.

Do lado da central, os blocos de conexão são organizados em uma seqüência


horizontal. Do lado da rua, os blocos são organizados na seqüência vertical.

Nos blocos terminais no lado da rede externa, existem as proteções de rede contra
descargas elétricas.

Os dispositivos responsáveis pela proteção são chamados de módulos de proteção.


Antigamente esta proteção era feita separadamente através de fusíveis associados com
centelhadores.

Os módulos de proteção atuais protegem a planta interna contra surtos de tensão


(descargas elétricas) e sobre correntes, através de um único dispositivo. Existem
módulos que operam por bobinas térmicas, por centelhadores a gás e por dispositivos de
estado sólido (PTC).

Normalmente está abaixo do nível do solo e imediatamente abaixo do DG. Os cabos


que chegam da rua são de elevada capacidade – da ordem de 2.400 pares – e as colunas
do DG onde são terminados, normalmente, têm capacidade para 800 pares.

Na galeria de cabos, o cabo que chega da rua é distribuído em outros cabos de


menor capacidade, que sobem diretamente para as colunas verticais do DG.

Na terminação do cabo, denominada de cabeçote, existe a pressurização do cabo e


os medidores de pressão interna.

A pressurização com ar seco evita infiltração de água no cabo, nos casos de defeito
na camada isolante externa do cabo ou de alguma emenda subterrânea. Existe uma
monitoração de bombeamento específica para cada cabo.

Se o bombeamento de ar para um determinado cabo começar a subir, significa que


há vazamento. Este vazamento precisa ser localizado e reparado antes que aumente e
produza consequências mais graves.

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2.6.2 Planta externa

Entende.se por planta externa como sendo toda a porção da rede entre o prédio da
central telefônica e a edificação do cliente.

Quanto a concepção, podemos identificar dois tipos de redes de distribuição


externa: redes rígidas e redes flexíveis.

As redes rígidas saem da central e chegam diretamente no cliente, sendo também


chamadas de redes dedicadas.

Esta rede é empregada para o atendimento de grandes edifícios que, em razão da


demanda de terminais telefônicos a serem instalados no mesmo endereço, justifica uma
grande quantidade de pares (facilidades de rede) dedicados a ele.

Algumas vezes, o cabo todo é dedicado a um único endereço. O cabo que sai do
centro telefônico é denominado cabo alimentador e suas ramificações são chamadas de
cabos laterais.

As redes rígidas têm seus pontos positivos e negativos. Entre os positivos está o fato
de dispensar qualquer trabalho na rua, por ocasião de instalação de um terminal no
endereço.

Em consequência, ganha.se na agilidade, na redução da mão de obra e na


segurança, pois a rede não é facilmente acessível externamente.

Mas esta vem também a ser a desvantagem. Quando existe falta de facilidades de
rede nas imediações do trajeto do cabo, para atendimento de outros assinantes, mas
existe abundância de facilidades vagas no cabo direto, elas não podem ser utilizadas. É
necessário o lançamento, ou ampliação, de outro cabo.

De cada caixa de distribuição saem os pares fios Externo (FE) para cada assinante e
termina no ponto telefônico. Neste ponto são conectados os fios interno (FI) que
conectam o telefone.

As redes flexíveis se caracterizam pela subdivisão em duas redes: rede de


distribuição de acesso e rede de acesso.

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A rede de distribuição de acesso é composta por cabos de alta capacidade,
conhecidos como cabo primário, que levam as facilidades do DG até pontos de
distribuição denominados de Armários de Distribuição.

Um cabo primário pode alimentar vários armários de distribuição. Em geral, deixa


uma contagem de 600 pares primários em cada armário. No armário de distribuição está
terminada a rede de acesso. Composta de cabos de menor capacidade, geralmente de
200 pares, conhecidos por cabos secundários.

A rede de acesso pulveriza o atendimento até os assinantes.

 Rede Flexível dividida em um ou mais segmentos entre a central da


concessionária e o assinante. Podem utilizar Armário de Rua ou Distribuidores
Gerais (DG).
 Rede Múltipla um único cabo onde derivam todos ou alguns de seus pares em
paralelos, podendo assim terminar em vários pontos.
 Rede Primária é a que vai da concessionária até o armário ou DG.
 Rede Secundária é a que vai do armário ou DG até o poste do assinante.

2.7 Rede interna


É a miniatura da rede externa, com os mesmos critérios, porém, resguardando as
proporções, que podem ser do poste diretamente a uma tomada de telefone ou
complexas instalações prediais.

Para fazer as ligações à concessionária de telefonia faz algumas exigências, que são
as normatizações. Ex.:

 Até cinco terminais ou linhas telefônicas: poste com 4” na entrada da residência;


preparação da rede interna.
 Mais de cinco terminais ou linhas: necessário projeto avaliado e aprovado pela
concessionária.

i. Planta interna do cliente

Existe um ponto definido como limite entre a rede externa e a rede interna do
cliente. Este ponto é chamado de Ponto de Terminação de Rede (PTR). Nas

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instalações residenciais caracteriza.se pelo XT2 instalado no poste ou parede externa
da edificação. Nas instalações de condomínios, existe um distribuidor geral ou caixa
interna, onde ocorre a junção entre a rede externa e a interna do cliente.

Nas instalações residenciais, a conexão à rede secundária dá.se através de Caixas de


Emenda Ventiladas (CEV) aéreas.

Nas instalações condominiais, o cabo de entrada é emendado diretamente no cabo


da rede externa e é terminado na caixa interna do condomínio. A partir da caixa interna
tem início a rede interna de distribuição.

No caso dos condomínios verticais, existe a prumada, que é a distribuição ao longo


dos andares. Nos andares existe a distribuição para as unidades.

Na figura, temos a representação da prumada de um edifício. Note a emenda


subterrânea entre o cabo da rede externa (que poderá ser secundário ou primário) e o
cabo de entrada. Observe ainda a prumada que sobe pelos andares, distribuindo
facilidades pelos andares através de caixas intermediárias.

As caixas atendem, normalmente, 3 andares: o de cima, o de baixo e o próprio


andar.

A rede primária vai da concessionária até o Armário de Rua ou DG e a rede


secundária vai do DG ou Armário de Rua até o poste do assinante. Quando tratar. se
prédio, condomínio ou situações adversas com várias assinaturas, o assinante não vai
existir um poste, mas, um pequeno DG.

ii. Tipos de rede interna

Aérea quando houver um recuo entre a facha do prédio e da calçada; Fachada


quando não houver um recuo entre a facha do prédio e da calçada, não sendo obrigatório
o uso do poste;

Embutida quando as instalações passam por dentro de uma tubulação, podendo ser
pela alvenaria ou pelo forro.

Aparente normalmente quando não houve previsão do sistema de rede seja de


telefonia para voz ou de rede de dados.

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Novas tecnologias de transmissão de dados utilizando pares trançados estão
exigindo cada vez mais dos cabos da rede atual, pois estes foram projetados
exclusivamente para o tráfego de voz.

Os cabos metálicos foram projetados de maneira a serem totalmente compatíveis


com os componentes de redes já existentes permitindo atender as atuais tecnologias de
sistemas e as do futuro.

2.8 Redes subterrâneas ou redes espinadas em mensageiro


Cabos telefônicos multipares de condutores de cobre isolados em termoplásticos,
protegidos contra as intempéries externas, indicados preferencialmente para instalação
subterrânea no interior de linhas de dutos ou sub. dutos, e em instalações aéreas,
espinados junto ao mensageiro. Recomendados para a infraestrutura de redes externas,
como redes de cabos troncos, redes.

 Redes Aéreas Auto Sustentadas

Cabos telefônicos multipares de condutores de cobre isolados em termoplásticos,


protegidos contra as intempéries externas, dotados de elementos de sustentação que
permitem a instalação diretamente nos postes da linha de distribuição da rede elétrica.
Recomendados para a infraestrutura de redes externas nas redes secundárias.

2.9 Planeamento da rede


As redes telefônicas são formadas pelos cabos telefônicos, linhas telefônicas, postes,
canalização subterrânea e demais acessórios necessários à sustentação, fixação e
proteção dos cabos e linhas.

Os cabos e linhas telefônicas são constituídos de condutores, sendo estes os


elementos básicos de sua formação possuindo características físicas e elétricas que
exercem influenciam importante na qualidade da transmissão dos sinais.

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Quando uma ligação telefônica é completada, a qualidade do sinal recebido pelo
assinante chamado (intensidade sonora) pode variar em função de certos parâmetros:

 o tipo do aparelho telefônico, a distancia entre os aparelhos chamador e


chamado, em relação às respectivas centrais locais, a quantidade de centrais
comutadoras no circuito de conversação, a classe dessa comunicação (local,
interurbana, internacional).

O trabalho destina.se a demonstrar os cálculos para alcançar os parâmetros mínimos


necessários a uma conversação telefônica, onde o enfoque dar-se-á entre a central local
e o assinante.

Os valores de referencia para o sistema de assinante e central local são padronizados


em 14,5dB para transmissão e 5,5 dB para recepção, independente da classe da central
de transito interurbana com a qual a central local esta interligada.

Nesses valores está incluído o valor adotado de 0,5 dB como perda nos elementos
comutadores.

Para determinar o valor equivalente de referencia de uma rede telefônica (cabos


telefônicos e linhas de assinante), dividimos em valores para transmissão e recepção.

Para transmissão:

 ERT (equivalente de referencia de transmissão, total) = 14,5 dB


 ERTfone (equivalente de referencia de transmissão, fone) = 5,4 dB ERC
(equivalente de referencia da estação local) = 0,5 dB
 ERTrede (equivalente de referencia de transmissão, rede) = 8,6 dB ERTrede =
ERT . ERTfone . ERC
 ERTrede = 14,5 dB . 5,4 dB . 0,5 dB = 8,6 dB

Para recepção:

 ERR (equivalente de referencia de recepção, total) = 5,5 dB


 ERRfone (equivalente de referencia de recepção, fone) = .3,0 dB ERC
(equivalente de referencia da estação local) = 0,5 dB
 ERRrede (equivalente de referencia de recepção, rede) = 8,0 dB ERRrede =
ERR ERRfone . ERC

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 ERRrede = 5,5 dB . (.3,0 dB) . 0,5 dB = 8,0 dB

O circuito elétrico estabelecido entre o DG (distribuidor geral), localizado na


estação telefônica local e o aparelho telefônico do assinante, é interligado através de
condutores dos pares de cabos telefônicos, instalados em redes subterrâneas e redes
aéreas, possui limites que são determinados pelos seguintes parâmetros:

Fonte de Alimentação: é o circuito do sistema de alimentação da central telefônica


local, destinado a transferir ao enlace do assinante a tensão elétrica necessária para
suprir a corrente que circula na cápsula transmissora do aparelho telefônico;

Limite de Supervisão: é a máxima resistência ôhmica admitida pelo equipamento


de comutação, para o enlace do assinante mais o aparelho telefônico;

Limite de Resistência de Enlace: é a máxima resistência ôhmica admitida para um


enlace de assinante, essa máxima resistência depende diretamente da ponte de
alimentação, do tipo de aparelho telefônico e do tratamento de enlace utilizado;

Corrente de Linha: é a mínima corrente admitida pela cápsula microfónica do


aparelho telefônico, com a finalidade de facilitar os cálculos de transmissão.

2.10 Benefício do planeamento da rede telefônica


O planeamento de uma rede de telecomunicações envolve equipamentos complexos
e consequentemente caros, normalmente dentro de uma tecnologia sofisticada e com um
determinado grau de atualização comum a área de TIC (Tecnologia da Informação e
Comunicação).

Pela ótica da engenharia é necessário prevê todos os equipamentos, cabos e


acessórios necessários dentro de um conhecimento teórico de padrões, para obter o
melhor projeto, utilizando o material correto com o menor custo possível.

Logo devemos também além de conhecer o material a ser empregado devemos


conhecer os limites das estações, localização e rotas dos cabos, números de dutos,
números de cabos que entram no DG.

O planejamento da rede aponta vantagens:

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 Administração das necessidades orçamentárias da rede, minimizando as
despesas;
 Facilitam a implantação de programas de manutenção e restabelecimento de
serviços;
 Reduz gastos com reengenharia devido a novas demandas;

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Capitulo III
4. CONCLUSÃO
O primeiro passo para dimensionamento das tubulações telefônicas é prever o
número de pontos da edificação. Eles correspondem à demanda de um telefone principal
ou qualquer outro serviço que utilize pares físicos e que deva ser conectado à rede
pública.
Não estando incluída nessa previsão as extensões de telefones ou serviços
principais, que são contabilizados com as caixas de distribuição. O critério para previsão
do número de pontos telefônicos é fixado em função do tipo de edificação, sendo de
interesse para esse projeto só edificações do tipo residencial. Assim, o número de
pontos em função do número de quartos.
As tubulações são divididas em secundárias, que interligam as caixas de saída entre si e
estas com as caixas de distribuição, e primárias, que interligam as caixas de distribuição
com a caixa de distribuição geral.
Os materiais usados nessas tubulações são eletrodutos rígidos metálico, de pvc
ou semi-rígidos. Seus diâmetros internos mínimos são definidos conforme o
número de pontos telefônicos.

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5. Referências Bibliográficas
ABNT NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão

NBR 5413:1992 Iluminação de interioresNorma 224-3115-01/02 (TELEBRÁS).

Norma 235-001-007-PR – Manual de tubulações em Edificações.

Norma 235-110-613-PR – Projeto de Rede Telefônica Interna (TELEPAR).

Apostila de TCC – Instalações Prediais Elétricas, Professora Cláudia Gurjão

NTD – 601 (CEB)

HAMMOND, J. L. e O‘REILLY J.P. “Performance Analysis of Local Computer


Networks”, MADRID, 1988. 411 p.

DIEPSTRATEN, W., BELANGER, P., “802.11 Tutorial”, Documento IEEE P802.11-


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GIROUX, N., GANTI, S., “Quality of Service in ATM Networks: State-of-Art Traffic
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ELWALID, A., MITRA, D., WENTWORTH, R., “A New Approach for Allocating
Buffers and Bandwidth to Heterogeneous, Regulated Traffic in an ATM Node”, IEEE
Journal on Selected Areas in Communications, 13(6):1115;1127, agosto de 1995.

25
KRISHNAN, S., CHOUDHURY, A. K., CHIUSSI, F., “Dynamic Partitioning: A
Mecanism for Shared Memory Management”, IEEE INFOCOM’99, 1999.

ALBERTI, A. M. “Desenvolvimento de Modelos de Simulação para a Análise de


Qualidade de Serviço em Redes ATM”, Tese de Doutorado, 2003. Disponível em
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000305133.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações


elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 3 ed. São Paulo: Makron Books, 1992.

FILHO, J. Mamede, Instalações Elétricas Industriais, 5 Ed., Livros Técnicos e


Científicos S.A., Rio de Janeiro, RJ, 1997.

MANUAL Elektro/Pirelli de instalações elétricas residenciais. São Paulo.

SENAI-RJ.Elementos de Instalações Elétricas Prediais. 2003. Rio de Janeiro.

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