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Índice Pág.

I. Memória Descritiva e Justificativa ...........................................................................................................2


1. Objetivos ................................................................................................................................................................ 2
2. Descrição do Edifício ............................................................................................................................................ 2
Classificação Ambiental ................................................................................................................................................................. 2
Redes a Instalar – Instalação Individual ......................................................................................................................................... 2
3. Ligação das ITED às Redes Públicas de Telecomunicações ............................................................................ 2
4. Dimensionamento da Tubagem de Acesso ........................................................................................................ 3
Condutas de Acesso em Zonas de Traçado Aéreo ........................................................................................................................ 3
Condutas de Acesso em Zonas de Traçado em Fachada ............................................................................................................. 3
5. Rede Individual de Tubagens e Caixas ............................................................................................................... 3
Armário de Telecomunicações Individual - ATI .................................................................................................................................. 4
6. Rede de Cabos....................................................................................................................................................... 5
Cabos de Pares de Cobre .................................................................................................................................................................. 5
Cabos Coaxiais ................................................................................................................................................................................... 5
Cabos de Fibra Ótica .......................................................................................................................................................................... 6
Condutores de terra H07V .................................................................................................................................................................. 6
7. Dispositivos Terminais – Tomadas de Cliente ................................................................................................... 6
Tomadas e Conectores de PC ............................................................................................................................................................ 6
Tomadas de cabos Coaxiais ............................................................................................................................................................... 7
8. Instalação ............................................................................................................................................................... 7
Rede de Tubagens ............................................................................................................................................................................. 7
Instalação do ATI ................................................................................................................................................................................ 8
Rede de Cabos ................................................................................................................................................................................... 8
Ligação de Tomadas .......................................................................................................................................................................... 8
9. Sistemas de Proteção ........................................................................................................................................... 9
Constituição ........................................................................................................................................................................................ 9
Barramento de Terras das ITED ......................................................................................................................................................... 9
10. Relatório de Ensaios e Funcionalidades ............................................................................................................. 9
11. Omissões ............................................................................................................................................................. 10
II. Tabelas de Tubagem ............................................................................................................................ 11

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I. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
1. Objetivos
O presente projeto visa o estabelecimento das instalações de infraestruturas de telecomunicações ITED de moradia unifamiliar.
Na elaboração deste projeto ITED foram consideradas as prescrições técnicas ITED publicadas no Manual ITED 4.ª Edição. De uma forma
abrangente deverão ser seguidas as indicações constantes das Normas Europeias aplicáveis, Regulamento dos Produtos de Construção e as
previstas nas Regra Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT).
Foram também consideradas as especificações técnicas e de qualidade de equipamentos e materiais, em vigor e aprovadas pelo ICP-
ANACOM.

2. Descrição do Edifício
O edifício em causa tem a seguinte constituição:

Tipo Edifício Nº Fogos


Edifício Habitação 1

Classificação Ambiental
A classificação ambiental relativamente ao sistema de cablagem segundo os parâmetros que caracterizam o grau de exigência ambiental
(EN50173-1) é M1I1C2E1 (BAIXO).

Redes a Instalar – Instalação Individual

As redes a instalar na rede individual, são as que constam da tabela abaixo, e com os níveis de qualidade indicados, de acordo com as
Prescrições e Especificações Técnicas do ITED 4.ª Edição:

Tipo de Rede Quantidade Categoria Classe de Ligação Classe de Reação ao Fogo


Pares de Cobre 1 Categoria 6 Classe E Eca
CATV e S/MATV 1 - TCD-C Eca
Fibra Ótica 1 OS1a - Eca

A classe mínima de reação ao fogo de toda a cablagem de telecomunicações será Eca.

3. Ligação das ITED às Redes Públicas de Telecomunicações


A ligação do ATI à caixa de acesso multioperador CAM deverá ser executada tendo em atenção as dimensões e o número de tubos indicados
nas peças desenhadas, toda a tubagem será enterrada a uma profundidade mínima de 60 cm e as curvas não deverão ter um ângulo inferior a 120º.
A CAM destina-se a ser instalada na parede exterior, e será constituída por um compartimento e por 2 tubos que prolongam a sua face inferior
até ao subsolo, terminados a uma profundidade máxima de 30 cm, abaixo do nível do solo. Estes tubos, com as dimensões mínimas de Ø63 mm,
destinam-se à ligação a redes de operador. As dimensões mínimas internas do compartimento da CAM são: 220 x 220 x 90 (L x A x P em mm). A
face exterior da tampa, ou porta, deve estar devidamente identificada com a inscrição “Telecomunicações” e deverá possuir dispositivo de fecho,
com segredo.
A ligação do ATI ao topo do edifício (PAT – Passagem aérea de topo) será executada com um tubo Ø40 de acordo com os desenhos anexos.
Esta tubagem será tamponada para evitar a entrada de água.
As antenas são parte integrante dos sistemas de S/MATV e apenas são de instalação obrigatória em edifícios de dois ou mais fogos.

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Será prevista uma antena de UHF que assegure a captação do sinal aberto dos emissores da TDT, nas zonas digitais A, sendo a sua instalação
opcional por parte do cliente;

4. Dimensionamento da Tubagem de Acesso


O projeto prevê a tubagem de acesso, que permite a passagem adequada das redes de operadores até ao local onde se inicia a rede de
cablagem das ITED. A tubagem de acesso inclui a CAM e a respetiva tubagem de ligação ao ATI. Adicionalmente, o projeto prevê o dimensionamento
de condutas de acesso, tal como adiante se descreve.

Condutas de Acesso em Zonas de Traçado Aéreo

Para o caso dos edifícios localizados em zonas onde os traçados das redes públicas são aéreos, nomeadamente através de postes, devem
existir condutas de acesso que permitam a ligação desde a CVM, ou da CAM, até ao poste que se situe numa zona contígua aos limites da
propriedade. Esta ligação deve ser executada através de um tubo com o mínimo de Ø40 mm. Recomenda-se, na ausência de postes contíguos à
propriedade, que a conduta de acesso seja prolongada até ao limite da mesma.

Condutas de Acesso em Zonas de Traçado em Fachada

Para o caso dos edifícios localizados em zonas onde existam traçados das redes públicas instaladas em fachada, devem existir ligações, em
conduta, desde a CVM, ou da CAM, até aos locais de transição para as redes de operador. A tubagem de acesso deve ser embebida na construção
e permitir a ligação desde a CAM, às redes de operador que servem o edifício. A tubagem de acesso, à exceção da CAM, deve permitir albergar os
cabos que utilizam a fachada do edifício, mesmo que não se destinem a fornecer serviços ao mesmo, de modo a que os operadores efetuem a
migração da sua rede de cabos. A CAM não pode ser usada para a referida passagem de cabos, sendo exclusiva da cablagem que serve o edifício.

5. Rede Individual de Tubagens e Caixas


A Rede Individual de Tubagens destina-se a servir uma só fração autónoma. É limitada, a montante, pela CAM, inclusive, e a jusante pelas
caixas de aparelhagem, inclusive. Toda a tubagem a instalar será do tipo VD de 750N / 2J.
Deve incluir um número mínimo de 1 tubagem para todos os tipos de cabos quer sejam em pares de cobre em coaxial ou em fibra ótica.
A tubagem deve ser montada de maneira que os cabos possam ser passados ou substituídos sem dificuldade, devendo ser respeitados os
raios de curvatura mínimos dos cabos e das tubagens, definidos pelo fabricante.
O comprimento máximo dos tubos entre duas caixas deve ser de 20 m, quando o percurso for retilíneo e horizontal. O número máximo de
curvas nos tubos, entre caixas, é de duas. O comprimento atrás referido será, neste caso, reduzido de 3 m por cada curva. O raio de curvatura dos
tubos deverá ser superior ou igual a 6 vezes o diâmetro nominal da tubagem.
As tubagens devem ser instaladas de modo a que se assegurem as distâncias mínimas em relação a canalizações metálicas, nomeadamente
de gás e água, indicadas nas prescrições técnicas.
A rede individual de tubagem terá a seguinte filosofia de base:
▪ Configuração em estrela centrada no ATI;
▪ Desde o ATI derivará um tubo de diâmetro Ø 25 mm para cada par de tomadas de telefones e de TV/Rádio;
▪ Todas as caixas de tomadas deverão ser de aparelhagem fundas, em particular as que alojem tomadas de TV/Rádio;
▪ As tomadas serão instaladas nas seguintes alturas:
▪ 0,30 m do pavimento para as tomadas de telefones e informáticas;
▪ 1,50 m do pavimento para as tomadas de TV/Rádio, salvo nas salas onde serão instaladas também acima dos 0,30 m;
▪ Ao lado das tomadas de TV/Rádio e em espelho triplo deverão ser instaladas pelo menos duas tomadas de corrente, para
alimentações aos equipamentos audiovisuais e.g. TV e Vídeo;

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Armário de Telecomunicações Individual - ATI

O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) faz parte da rede individual de tubagens, sendo normalmente constituído por uma caixa e
pelos equipamentos (ativos e passivos).
É no ATI que será instalado os repartidores gerais de cliente das varias tecnologias (RC-PC, RC-CC e RC.FO);

EQUIPAMENTO RECOMENDÁVEL
▪ Cada ATI deve disponibilizar espaço suficiente para outros dispositivos e equipamentos, nomeadamente os ativos. Deverá também
estar dimensionado e construído de forma a permitir a manobra e ligação de cabos e a entrada de novos serviços. Todas as
operações possíveis de serem realizadas num ATI, nomeadamente pelos clientes, devem estar suportadas em instruções. Deverão
também estar devidamente especificadas as perdas introduzidas pelo ATI na tecnologia coaxial.
▪ O ATI contém obrigatoriamente um barramento de terra, com capacidade mínima de 6 ligações, onde se vão efetuar as ligações de
terra que forem necessárias.
▪ O ATI deve disponibilizar 2 tomada de energia 230 V AC, com terra, para fazer face às necessidades de alimentação elétrica. O ATI
é interligado ao quadro de energia elétrica da fração autónoma, onde existirá o necessário disjuntor e um diferencial associado à
referida tomada.
▪ O ATI poderá possuir aberturas para ventilação por convecção, na porta ou em outro local adequado. Em qualquer caso, deverá
estar dimensionado de modo a garantir a correta ventilação dos equipamentos a instalar.
▪ Os requisitos técnicos mínimos destas caixas são apresentados em desenho de pormenor.
▪ Quando a ATI a instalar não garanta espaço suficiente para assegurar a instalação de equipamentos ativos, recomenda-se que seja
montado uma caixa de apoio designada neste projeto como sendo a caixa de apoio à ATI (CATI).
▪ Régua com um mínimo de 2 tomadas de corrente do tipo Schuko – alimentadas por um circuito específico reservado para ITED no
Quadro elétrico da habitação para assegurar a alimentação elétrica aos equipamentos ativos acima referidos e que caibam na caixa
ATI adotada;
▪ Quadro interior para alojamento dos dispositivos de derivação de cliente obrigatórios (DDC) da rede de pares de cobre –
identificados por tomadas P no esquema dos ATI apresentado nas peças desenhadas em anexo;
▪ Um Dispositivo de derivação para a rede de cabos coaxiais do sistema CATV, ou TAP de Cliente (TC);

Dispositivo de Derivação de Cliente – Pares de Cobre

Os Dispositivos de Derivação de Cliente ou RC-CC a utilizar deverão estar de acordo com a classe E ou superior assegurando no mínimo
comunicações dentro dos 250 MHz.
Este será constituído por um painel com tomadas tipo RJ45 de 8 contactos, que por sua vez, deverá ser instalado na parte inferior do ATI,
ficando os equipamentos ativo instalado a nível superior, evitando a sobreposição e confusão na interligação do painel de tomadas e da cablagem
que interliga o painel de tomadas ao equipamento ativo.
Os painéis de interligação com a rede de tomadas individual, são constituídos por tomadas de 8 contactos, do tipo RJ-45, de categoria 6 e
classe E de ligação devidamente identificadas.
O primário do repartidor de cliente (RC-PC) deverá ser constituído por 2 tomadas de 8 contactos, sendo a distribuição dos pares a que se
segue:
Operador 1 o par 1 (Azul – Branco/Azul) nos terminais 4 e 5 (da primeira tomada);
Operador 2 o par 4 (Castanho – Branco/Castanho) nos terminais 3 e 6 (da primeira tomada);
Segunda Tomada de Reserva.
No painel onde se inicia a rede individual de cabos (secundário do RC-PC), deve existir:
Um conjunto de 2 tomadas de 8 contactos ligadas em paralelo, por cada tomada de cliente.
Cada um dos referidos conjuntos está interligado a uma tomada de cliente através de um cabo de pares de cobre categoria 6 do tipo UTP de
4 pares distribuídos em estrela. Essa interligação estará apropriadamente identificada, de modo a reconhecer-se facilmente a tomada a que se
dirige.
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A ligação entre os dois referidos painéis, primário e secundário, é realizada por chicotes de interligação. A manobra dos chicotes deverá estar
acessível aos utilizadores da fração autónoma.
Em alternativa, os ATI’s poderão ser dotadas de interligações entre o primário e o secundário pré-fabricadas, sendo assim garantida a escolha
do operador por intermédio de um interruptor/Switch por área/tomada.
O respetivo Interruptor a OFF permite, o acesso frontal à tomada de telecomunicações em categoria 6, possibilitando a injeção de sinais de
equipamentos ativos (Router, ONT, Hub/Switch)
As tomadas dos painéis de interligação e os respetivos chicotes devem ser no mínimo de categoria 6 ou superior.
Os chicotes de interligação fazem parte do RC-CC, devendo ser providenciado o número mínimo de modo a fazer face às necessidades.

Dispositivo de Derivação de Cliente – Coaxial – RC-CC

RC-CC: é um dispositivo passivo (repartidor), utilizado nas redes de cabo coaxial, que faz a transição entre a rede individual de cabos e a rede
coletiva, a partir do qual se faz a distribuição dos sinais de radiodifusão sonora e televisiva dos sistemas dos tipos A, B e CATV. Os RC-CC fazem
parte dos elementos constituintes do ATI.
Cada um dos RC-CC é constituído por 1 entrada e várias saídas, com ligações por conectores do tipo “F” de compressão. Essas saídas
destinam-se a ser ligadas às tomadas coaxiais de cliente (distribuição em estrela)
Os cabos coaxiais da rede individual de cabos que se encontram junto ao RC-CC, são terminados em fichas "F" macho e estão obrigatoriamente
identificados com a indicação da tomada a que se dirigem.

Dispositivo de Derivação de Cliente – Fibra Ótica

O RC-FO a instalar, deverá ser um equipamento passivo, constituído por um suporte que permita alojar as fibras óticas e conectores do tipo
SC/APC que irão permitir interligar o cabo de duas fibras monomodo individual com os cabos dos operadores.
Todos os acessórios de interligação das fibras, deverão ser de Categoria OS1a.

6. Rede de Cabos
A Rede de Cabos do Edifício, ou simplesmente Cablagem, é constituída pelo conjunto de cabos de telecomunicações (pares de cobre, coaxiais
e fibra ótica), interligados por dispositivos de ligação e distribuição e tomadas de cliente. O tipo de cabos a utilizar, tendo em atenção as frequências
de trabalho dos mesmos, deverá ser o indicado nas peças desenhadas.

Cabos de Pares de Cobre

A instalação coletiva será executada utilizando um cabo por fração, com cabos de cobre de pares entrelaçados com do tipo UTP de categoria
6, devendo-se garantir o cumprimento dos requisitos da Classe E.
A instalação individual será executada a cabo de cobre de pares entrelaçados tipo UTP de categoria 6, no mínimo. Deverá garantir-se, a partir
desse ponto, o cumprimento dos requisitos da Classe E.

Cabos Coaxiais

Os cabos coaxiais, a utilizar no interior dos edifícios deverão ser flexíveis e com a impedância de 75 Ohm, adequados aos níveis de qualidade
pretendidos.
Salvo indicação em contrário nas peças desenhadas, o cabo a utilizar deverá ser o cabo tipo RG6 nas instalações individuais.
Os cabos coaxiais, deverão seguir a tipologia em estrela a partir do RC-CC instalado no ATI e as tomadas terminais “TT”. Estes, por sua vez,
deverão ter as seguintes características:
- Flexíveis;
- Impedância de 75 Ω;
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- Cobertura da malha de blindagem não inferior a 70% da superfície do dielétrico;
- Frequências de trabalho até 2150 MHz (cumprindo os requisitos da Classe TCD-C);

Os níveis de sinal na entrada do RC-CC deverão assegurar que no início das instalações particulares o sinal apresente valores de modo a
garantir os níveis de sinal calculados para as tomadas de cliente, Os operadores das redes públicas tomarão conhecimento do nível de sinal
adequado, a entregar ao edifício.
O nível das portadoras de sinal recomendado, nas tomadas de utilizador, deve estar compreendido entre 45 e 70 dBµV. Admite-se no entanto
a possibilidade de existir uma diferença máxima de 3 dB entre o valor medido e o valor projetado, não havendo necessidade de qualquer correção.
Na rede CATV, devem ser assinaladas no ATI as tomadas de acordo com o seguinte:
• Mais favorecida (+F);
• Menos favorecida (-F).
Entende-se por tomada coaxial mais favorecida aquela cuja ligação permanente possui menor atenuação.
Entende-se por tomada coaxial menos favorecida aquela cuja ligação permanente possui maior atenuação.
Deve ser indicado o resultado do somatório da atenuação ate ao primário do RC-CC, incluindo o próprio RC-CC, calculado tal como o referido
anteriormente, e a atenuação desde o secundário do RC-CC até a tomada -F.

Cabos de Fibra Ótica

Na instalação dos cabos nas redes coletivas, será executada a cabo de fibra ótica de categoria OS1a com duas fibras, cumprindo a norma EN
60793/4 com as características de transmissão dadas pela norma ITU-T com as seguintes características:

- Fibra monomodo: ITU-T G.657A ou B;


- Diâmetro do campo modal: 9,3 (8 a 10) µm (±3µm);
- Diâmetro da bainha: 125µm (±3µm).

Condutores de terra H07V

Os condutores a utilizar na ligação à terra de proteção (condutores de terra) deverão ser do tipo H07V, com o revestimento exterior de cor
verde/amarelo ou verde/vermelho.
A cor verde/vermelho será utilizada nos casos onde possa existir confusão entre os condutores de terra das ITED e outros condutores de terra.
A secção nominal mínima do condutor é de 2,5 mm². Poderão ser usados outros condutores com secções de 2.5, 4, 6, 10, 16, 25, 35 e 50
mm².
Os condutores de secção superior a 6 mm² serão multifilares.

7. Dispositivos Terminais – Tomadas de Cliente

Tomadas e Conectores de PC

Os dispositivos terminais da cablagem de cobre a usar, serão conectores especificados nas normas IEC 603, posteriormente adaptados pela
norma ISO 8877, vulgarmente conhecidos por RJ45 (Registrated Jack) embora incorretamente por corresponderem a um antigo e obsoleto conjunto
de normas americanas de cablagem em sistemas telefónicos (Normas USOC).
As tomadas deverão incluir espelho para instalação em caixas de material termoplástico do tipo PVC, e deverão dispor de espaço exterior para
identificação da tomada.
Nos locais indicados nas plantas, serão instaladas tomadas de pares de cobre, Categoria 6, simples ou duplas conforme representado, com
as seguintes características:
- Tomadas de 8 contactos RJ45 – CAT6

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De modo a garantir-se a classe E nos troços de ligação entre o DDC e as tomadas terminais RJ45, a ligação dos 4 pares de cobre a cada
tomada pode seguir 2 esquemas de cores diferentes, A (EIA/TIA 568A) e B (EIA/TIA 568B).
Poderá ser adotado qualquer um deles, devendo manter-se a coerência em toda a instalação.
Para frações autónomas residenciais considerar-se-á, no mínimo, o seguinte:
1 Tomadas por quarto;
2 Tomadas na sala (ZAP);
1 Tomadas na sala /cozinha.

A tomada na cozinha poderá estar sujeita a condições especiais. Deverá existir um cuidado especial na sua localização de modo a minorar
essa situação, nomeadamente o mais possível afastada de fontes de vapor e calor. Deverão ser utilizadas tomadas e cabos adaptados a essas
situações
A localização das tomadas está definida em peças desenhadas.

Tomadas de cabos Coaxiais

As tomadas para TV, rádio e satélite serão preparadas para a transmissão de sinais até 2400MHz o valor para as características de isolamento
entre saídas e perdas por retorno deverá ser no mínimo de 10dB;
As tomadas a instalar serão do tipo separadoras TV/FM – SAT (5-2400MHz).

Os níveis das portadoras de sinal de radiodifusão sonora e televisivos baseados, nomeadamente, na EN 50083-7, medidos na tomada de
cliente, devem ser os seguintes (em dBµV):

Para frações autónomas residenciais considerar-se-á, no mínimo, o seguinte:


1 Tomada por quarto;
2 Tomadas na sala (ZAP);
1 Tomada na cozinha

O presente projeto prevê a existência de uma Zona de Acesso Privilegiado (ZAP) nas frações residenciais que caracteriza-se pela existência,
no mesmo local, de 2 tomadas coaxiais a uma distância máxima de 30cm uma da outra (preferencialmente integradas no mesmo espelho), 2 RJ45
e 2 tomadas para FO.
Esta zona vai permitir a ligação simultânea, de um mesmo equipamento terminal de cliente, a dois sinais distintos provenientes de 2 redes
coaxiais. A ZAP (2PC, 2CC e 2FO) é de instalação obrigatória em todos os fogos residenciais ou comerciais.

8. Instalação

Rede de Tubagens
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Os tubos para a ligação das caixas, não podem ficar salientes no interior das mesmas, devem terminar sem arestas vivas, com bucins, boquilha
ou moldados e estar colocados por forma a que exista uma distância mínima de 1cm entre o tubo e cada face lateral.
Quando se utilizarem tubos em plástico, instalados à vista, os acessórios de ligação entre os tubos devem ser uniões ou encaixes, podendo
ser roscados nos casos em que se justifique. Deverá existir um cuidado especial no que se refere a garantir a estanquidade das ligações, de modo
a não permitir a entrada de água ou argamassa nos tubos. Devem ser fixados com braçadeiras com um espaçamento máximo de 50cm entre
fixações e duas fixações nas curvas (entrada e saída da curva).
A tubagem deve ser montada de maneira que os cabos possam ser passados ou substituídos sem dificuldade, devendo ser respeitados os
raios de curvatura mínimos dos cabos e das tubagens, definidos pelo fabricante.
As dimensões dos diâmetros das tubagens, referidos no projeto, são diâmetros comerciais, pelo que deverá ser instalado tubagens com esse
diâmetro ou superior.
Está previsto, de uma forma opcional, a interligação das ITED a outros serviços, nomeadamente aos de portaria e televigilância ou a instalação
de tubagem para efeitos de telecontagem.
As interligações previstas situam-se principalmente ao nível do ATI. É obrigatório, na interligação à zona de contadores, o tamponamento da
tubagem quer ela contenha, ou não, a cablagem, de modo a não existir a possibilidade de passagem de líquidos ou gases. Este tamponamento
poderá ser realizado com base na aplicação de silicone.

Instalação do ATI

O ATI faz parte da rede individual de tubagem e é instalado dentro da fração autónoma, normalmente junto do quadro elétrico da referida
fração, ao qual se encontra interligado.
O ATI deverá ser facilmente acessível, sendo normalmente instalado ao mesmo nível do quadro elétrico.
O ATI deve conter um barramento de terras de proteção.
Na disposição dos equipamentos no interior do ATI deve ser tomada em conta a ventilação dos equipamentos ativos, quando existam, bem
como a separação de tecnologias.
ATI vai permitir a manobra de chicotes de interligação por parte do cliente, pelo que essa zona deverá estar separada da zona mais sensível
do ATI, a de ligação às respetivas redes.

Rede de Cabos

Quando os cabos tiverem de descrever curvas, estas devem ter um raio de curvatura igual ou superior a 6 vezes o diâmetro do cabo, ou
conforme a especificação técnica do fabricante.
Todas as ligações de condutores devem ser feitas por forma a garantir uma boa resistência de contacto, inferior a 5 ohm.
Numa rede de cabo coaxial, as saídas não utilizadas terão de ser terminadas por uma carga de impedância característica igual a do cabo
coaxial utilizado na rede, sendo do tipo de carga simples no RC-CC.
Todos os cabos e condutores instalados numa rede individual de cabos têm obrigatoriamente de estar ligados a dispositivos de ligação e
distribuição, ou terminais.
Na instalação dos dispositivos e dos cabos de pares de cobre de categoria 6 ou superior, deverão ser rigorosamente seguidas as instruções
do fabricante, de modo a não se comprometer o cumprimento dos requisitos da Classe E, ou superior.
As unidades modulares do primário, onde se irão ligar os cabos de entrada da responsabilidade de cada operador, situam-se normalmente no
lado esquerdo do RC-PC, quando este é visto de frente.

Ligação de Tomadas

De modo a garantir-se a classe E nos troços de ligação entre o RC-PC e as tomadas terminais RJ45, a ligação dos 4 pares de cobre a cada
tomada segue normalmente 2 esquemas de cores diferentes, A e B. Poderá ser adotado qualquer um deles, devendo manter-se a coerência em
toda a instalação. O esquema seguido fará parte do relatório de ensaios de funcionalidade.
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9. Sistemas de Proteção
As ITED devem estar protegidas contra perturbações provocadas por descargas elétricas atmosféricas, assim como contra a influência
eletromagnética das linhas de transporte de energia de alta e baixa tensão, que poderão provocar nelas o aparecimento de potenciais estranhos,
quer por contacto direto quer por indução.
A proteção é conseguida com a colocação de órgãos que têm como objetivo interromper o circuito e escoar para a terra as correntes provocadas
pelas descargas elétricas. Será instalado DST na saída da antena, conforme peça desenhada anexa.

Constituição

As terras de proteção deverão ser consideradas um único sistema de proteção devendo ser interligadas entre si.
Existirão associadas às várias instalações de uma qualquer edificação várias terras, sendo as mais comuns:
▪ A terra do sistema de proteção contra contactos acidentais indiretos das instalações elétricas;
▪ A terra das massas das redes de gás e de outras canalizações metálicas de carácter não elétrico;
▪ As terras das proteções contra descargas atmosféricas, ou Para-raios;
▪ E também as de proteção às ITED, divididas entre a dos equipamentos e a do mastro de antenas.
Na situação mais comum de ausência de Para-raios o que normalmente se verifica é que a antena e o seu sistema de fixação constituem um
captor natural, pelo que o elétrodo de terra associado às antenas deve ser adequado ao rápido e eficaz escoamento de cargas para a terra sem
sobre elevar o potencial na envolvente e na instalação ou criar sobretensões diferenciais que danifiquem circuitos instalações ou equipamentos.
Assim recomenda-se que para a antena a terra tenha a seguinte constituição:
▪ Captor: Constituído pelo mastro de suporte das antenas (devendo estar sobrelevado face aos elementos das antenas) recomenda-
se o prolongamento do condutor de descida até ao topo do captor;
▪ Condutor de descida: H07V-R 1G6 mm², deve ser fixado ao captor com acessórios adequados assegurando uma boa conexão
elétrica e a não ocorrência de corrosão eletrolítica por conexões de materiais diferentes. O Condutor de descida também deve ser
fixado numa fachada exterior para que o seu percurso seja retilíneo e vertical evitando ângulos apertados e locais frequentados por
pessoas, recomenda-se que a sua fixação se processe sem recurso a braçadeiras ou a tubos de material condutor que o envolvam
de forma a evitar o aumento da impedância da onda de descida;
Para as equipotencializações com o BARRAMENTO GERAL DE TERRA (coincidente com o da instalação elétrica) nas ligações aos restantes
elétrodos (no medidor amovível de cada um) devem ser utilizados cabos de 6 mm² do tipo H07V-R 1G6, contudo dever-se-ão intercalar
descarregadores de sobretensão entre os elétrodos de terra do para-raios ou da antena nos troços de equipotencialização.
Consultar peça desenhada com o correspondente esquema de montagem.

Barramento de Terras das ITED

Define-se como Barramento de Terras das ITED (BT) uma superfície em material condutor, geralmente em cobre, localizado na ATI, onde se
ligam todos os circuitos de terra de proteção dessas infraestruturas.
Em cada caixa e desde o respetivo barramento de terra serão conectados todos os acessórios constituintes das ITED ou massas com
condutores isolados de secção nominal não inferior a 2,5 mm².

10. Relatório de Ensaios e Funcionalidades


O instalador deve medir e registar os ensaios realizados de acordo com os critérios definidos, de modo a garantir o correto funcionamento das
ITED.
O instalador deve preparar um relatório de ensaios de funcionalidade, onde regista os valores dos ensaios efetuados.

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Os ensaios a efetuar serão os indicado nas Prescrições e Especificações Técnicas da ANACOM, e estar de acordo com os níveis de qualidade
exigidos. Estes deverão ser efetuados durante e após a instalação das ITED, pelo instalador ou por uma entidade externa nomeada pelo próprio.
O instalador deverá entregar esse relatório ao dono de obra no final da obra e enviar o Termo de Responsabilidade de Execução (TR) e à
ANACOM.

11. Omissões
Omitimos, nesta memória, tudo o que possa depender do "gosto", ou de questões estéticas de escolha de materiais e equipamentos, devendo
no entanto as suas características técnicas obedecer ao disposto nesta memória descritiva.
As localizações dos equipamentos terminais deverão ser tomadas como sugestões do projetista devendo no entanto o instalador ao mudar a
localização das mesmas ter em atenção os condicionalismos previstos nas prescrições técnicas publicadas pela ANACOM.
Todos os materiais e aparelhagem a instalar deverão estar Normalizados e em bom estado de conservação, não apresentando defeitos
mecânicos e/ou elétricos.
O instalador deverá observar as "boas regras de arte" e seguir o disposto nos regulamentos e exigências específicas quer dos fabricantes quer
das entidades legisladoras nos casos de omissão. Tudo o demais deverá obedecer ao indicado nos esquemas unifilares apresentados nas plantas
em anexo.
No sentido de ser garantido o acompanhamento da execução dos trabalhos relativos ao presente projeto deverá o Dono de Obra notificar os
autores do projeto do início dos mesmos, e no final para efeitos de assinatura do livro de obra.

O PROJETISTA

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( EDUARDO ROCHA )

( ENG.º ELETROTÉCNICO - ICP N.º ILA7460PI)

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Eduardo Rocha – 91 9999748 - ejjrocha@gmail.com 10
II. TABELAS DE TUBAGEM
De seguida apresentam-se tabelas relativas às tubagens a instalar:
Tipos de tubos
Designação Esmagamento
Tipo Resistência Abrev.
corrente / Choque
Rígido Média 750 Newton / 2 Joule VD-M
VD
isolante
Forte 1250 Newton / 6 Joule VD-F
Média 750 Newton / 2 Joule ERM/ Isogris-M
ERM/Isogris
Forte 1250 Newton / 6 Joule ERM/ Isogris-F
Maleável
isolante Corrugado
Média 750 Newton / 2 Joule MC-M
ou
anelado (MC)
Forte 1250 Newton / 6 Joule MC-F
Observações:
- Todos os tubos referidos têm obrigatoriamente de possuir o interior liso,
tal como regulamentado no Manual ITED.
- Deverá considerar-se a utilização de tubos livres de halogéneo.

Locais de instalação
Local de instalação Descrição
Enterrado Abaixo da superfície do solo
Laje Lajes de betão armado, aligeiradas ou madeira
Instalação embebida em paredes de tijolo, Itong, alvenaria
Parede
ou gaiola
Saliente Instalação saliente, ou exterior às paredes ou tectos
Esteira Esteiras plásticas ou metálicas
Corete Ocos de construção, verticais ou horizontais

Adaptação ao local
Local de instalação Tipos de tubo a aplicar
Enterrado VD-F, ERM/Isogris-F, MC-F
Laje VD-F, ERM/Isogris-F, MC-F
Parede VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M
Saliente - zona de acesso privativo VD-M
Saliente - zona de acesso público VD-F
Esteira VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M
Corete VD-M, ERM/Isogris-M, MC-M

Diâmetros internos
e comerciais

Ø Interno ERM/Isogris
VD aplicável MC aplicável
requerido (mm) aplicável
20 25 25 25
25 32 32 32
32 40 40 40
40 50 50 50
50 63 - 63
63 75 - 75
75 90 - 90
90 110 - 110
110 - - 125
125 - - 160
160 - - 200
Observação: Os diâmetros dos tubos a aplicar são sempre
considerados mínimos.

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Eduardo Rocha – 91 9999748 - ejjrocha@gmail.com 11

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