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Elysium

Embora seja uma história que passeia por diversos dos problemas sociais mais
gritantes do mundo moderno, que vai desde o drama dos imigrantes ilegais, passando
pelas condições deploráveis de moradia de grande parte da população pobre dos países
desenvolvidos, a questão da precariedade da saúde pública para essas pessoas, até a
relação entre homens e máquinas, entre a humanização e a tecnologia. Retratando a
África do Sul que esteve mergulhada em um sistema social onde os direitos e deveres
dos cidadãos eram delimitados em razão de sua condição racial: de um lado, a minoria
branca detentora da hegemonia política e financeira; e do outro, a maioria negra e pobre,
inegavelmente o lado vitimizado pelas chagas sociais decorridas de anos de políticas
preconceituosas (continente africano/ nordeste brasileiro ?????).

A trama, situada em 2154, apresenta dois espectros sociais. No primeiro, temos


o planeta Terra, que se tornou uma monumental favela habitada por uma espécie de
proletariado miserável, que espreme-se em um ambiente de recursos naturais cada vez
mais escassos. Em uma realidade diametralmente oposta, temos o satélite artificial
Elysium, onde toda a classe abastada da Terra se refugiou após o colapso do planeta.
Essa espécie de “condomínio de luxo” (BRASIL ????).

A ideia de se levar pedras, argamassa, concreto e piscinas – e tudo de que você


precisaria para construir essas mansões numa estação espacial – é uma sátira. Ela apenas
reforça a ideia central do filme – os habitantes de Elysium possuem uma riqueza
inimaginável e usam esses recursos para construir um ambiente isolado, sintético, quase
hermético para eles. Desse modo, Elysium trata de seres humanos que tentam proteger
um estilo. Elysium propõe questões importantes como: aonde estamos? E para onde
estamos nos encaminhando?

É como espiar para além do muro dos condomínios de luxo que vemos hoje
em muitas das cidades do Brasil e que apresenta a gigantesca desigualdade
socioeconômica do nosso pais. Principalmente na saúde pública....

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