Seminário de Discussão Sobre o Continente Perdido de Mu
Objetivos Gerais
1 - Desenvolver a curiosidade em torno do mito;
2 – Aumentar o interesse e a busca pelo Assunto; 3 – Promover um ambiente de discussão; 4 – Buscar um contexto similar dentro das histórias míticas do grupo; 5 – Analisar as possibilidades de associação entre os mitos, com a realidade e a necessidade simbólica do grupo no seu desenvolvimento místico.
Objetivo Específico
Discutir sobre a importância do mito no desenvolvimento místico-religioso (Alta
Magia) e na Magia Iniciática.
Temas abordados
1 – Introdução – desenvolvimento do mito lemuriano e a sua função;
2 – A Lemúria Mítica; 3 – A Lemúria Mística.
Metodologia
Através de texto introdutório levar a público o conhecimento enciclopédico sobre
o mito de Mu e abrir espaço para o grupo explanar outras afirmações e questões.
Introdução:
O continente de Mu esta para a Europa do século XIX como o continente
de Atlântida esta para a Grécia do Século IV a.C. Ou seja: trata-se de uma maneira de chamar a atenção da comunidade para os fatos políticos e sociais que dirigem a época em questão (apesar de Platão insistir na existência Atlântida e até apontar para documentos antigos que provam sua afirmação, esses documentos nunca foram encontrados). Dessa maneira, o continente Atlântico para a época do filósofo Platão, é tudo o que a Grécia antiga não é e tem tudo o que falta na Grécia antiga. Por isso são perceptíveis, na narração platônica sobre o continente atlântico, as idéias referentes a um alto grau de desenvolvimento humano, sendo inexistentes a pobreza e a fome. Já alto nível tecnológico seria resultado das condições sociais propiciadas por uma educação muito bem estruturada e uma seriedade política descomunal. Evidentemente que a Grécia foi um grande pólo cultural da antiguidade. Ainda assim, para Platão, ela possuía uma educação deficitária (a grande maioria era alfabetizada mas faltava uma escola filosófica), uma política inadequada (já que a democracia grega excluía grande parte da população das decisões políticas) e uma condição social no mínimo questionável (a Grécia tinha por cidadão velhos aristocratas donos das terras cultiváveis e um pequeno grupo de artesãos e comerciantes que possuíam condição de participar da democracia ateniense. O grande número de pessoas dependentes dos anteriores eram pobres e não possuíam direitos democráticos). Já, a Europa do século XIX, sofria o grande “bum” do desenvolvimento industrial que expandia o ideal capitalista para fora do velho continente. O povo europeu sofria pela exploração excessiva do trabalhador: primeiro, pela substituição da mão-de-obra humana pelo maquinário e conseqüente desvalorização dessa mão-de-obra. Segundo, pela evasão dos colonos que ia para a cidade buscar melhores condições de vida, mas acabava por engordar a fila de pobres e desempregados. Esse desenvolvimento industrial vem acompanhado de uma série de mudanças no comportamento social, perceptíveis principalmente no afastamento de Deus e pela busca de conhecimento mundano através da afirmação da ciência. Evidentemente que católicos ainda são católicos e protestantes ainda são protestantes e mantém suas tradições religiosas bem vivas. Mas, por outro lado, a Europa nunca, na história, se encontrou tão preocupada com invasões alienígenas. Da mesma maneira, os velhos espíritos, os mortos que voltam do além túmulo e que sempre despertaram grande pavor na população, agora ganham voz a partir do espiritismo Kaderdecista, do desenvolvimento da parapsicologia e da psicologia através de Freud e Jung, entre outros e buscam explicar a natureza desses fenômenos. Se nesse momento o mundo passa a questionar ainda mais a existência de seres extraterrestres, fantasmas, espíritos, anjos, etc. Com toda essa efervescência, a idéia de um continente perdido altamente desenvolvido cujo fim trágico é acarretado pelo próprio desenvolvimento tecnológico, traz para o europeu e para o mundo moderno um aviso importante a cerca dos perigos de uma evolução tecnológica desenfreada: O quanto é perigoso brincar de deus e manipular a natureza. O mito do continente de Mu responde perfeitamente a esse apelo ainda hoje. Se por um lado o mito sobre o continente de Mu se apresenta como um aviso trágico a cerca da força da natureza frente a insignificância do ser humano. Por outro lado, a necessidade dos povos antigos em explicar a própria descendência, sempre desencadearam a criação de um mito fundador. Não são poucas as sociedades antigas que afirmam que o homem é descendente de seres que vieram das estrelas e construíram as primeiras civilizações. Volto a destacar o Egito e os povos Pré-colombianos como exemplos mais próximos. No caso europeu sobre o continente de Mu é fácil associar o mito fundador Hebreu ou judaico-cristão, a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, ao mito lemuriano (por serem da primeira geração de humanos) e o mito de Noé aos atlântis (por estar incluído na segunda geração humana) (adão e Eva, depois de contradizerem as ordens de Deus de não comerem do fruto do conhecimento do bem e do mal, forma expulsos do paraíso e, para que não mais pudessem voltar, Deus selou a porta do paraíso com uma espada giratória). Simbolicamente se compreende nesse mito fundador o quanto a antiguidade estava próxima do desenvolvimento científico e por esse conhecimento, a população pagou caro. Evidentemente que os sobreviventes não possuíam o conhecimento completo da tecnologia, de modo que a geração seguinte de humanos (atlântis) teve que recomeçar sua tecnologia praticamente do zero. Noé, Descrito em algumas correntes filosóficas como descendente lemuriano e pertencente a segunda geração de humanos, por tanto um atlântis, atento as mudanças geológicas que estavam acontecendo, previu o desastre e se protegeu, segundo o mito, dentro de uma grande arca. Essa segunda geração não alcançou o nível tecnológico da primeira e o fator do desastre dessa civilização está mais ligada a mudança geológica brusca. Infelizmente a nossa cultura ainda esta presa à necessidade de provas materiais para julgar se um fato é ou não verdadeiro. Por isso, só é possível aceitar ou não a possibilidade. E aceitar ou não essa possibilidade fica a cargo da individualidade. Entretanto, a possibilidade da existência real de um continente perdido leva milhares de arqueólogos, caçadores de tesouros e buscadores do incrível a se dedicarem inteiramente a desvendarem esses mistérios antiqüíssimos. O que o mundo ganhou até então foi uma riqueza enorme de descobertas arqueológicas que ampliaram enormemente o conhecimento sobre a África, Egito, povos Pré-colombianos, Ásia, Grécia, etc.
O Continente de Mu ou Lemúria Mítica
Assim como o Eldorado dos europeus do século XV (época do
descobrimento da América) ou a Atlântida de Platão (+ ou – 300 a.C.) o continente de Mu é cercado por uma aura de magia que levam pessoas do mundo inteiro a associá-los com doutrinas espíritas, fenômenos extraterrestres, com dimensões paralelas a nossa, etc. No século XIX, a idéia da possibilidade de um continente perdido surgiu através da teoria geológica do catastrofismo. Ou seja: uma linha cientifica que acredita na existência de povos muito mais antigos (há 100.000 anos atrás) do que as que temos conhecimentos hoje e que tiveram seu fim através de uma mudança geográfica repentina. Essa afirmação ganhou corpo com os relatos dos povos orientais, principalmente o povo Tâmil, que relata uma sociedade que existiu na região onde hoje está o oceano pacífico (área situada entre Ásia, Austrália e América). Essa civilização teve seu fim por conta da separação dos continentes europeu e africano e a população, portanto, foi separada em vários grupos sobreviventes do cataclismo que rumaram para diferentes partes do globo (o que explicaria as semelhanças entre as diferentes civilizações antigas separadas pelos mares e oceanos (Ex.; as pirâmides dos povos pré-colombianos e egípcias. Os totens dos índios americanos e as estátuas da ilha de páscoa. Lembrando que estátuas como as da ilha de páscoa também existiram na América pré-colombiana, na índia, china, etc.). Em suma: dela deriva todo o conhecimento básico das civilizações posteriores. Uma das teorias apresenta os lemurianos como a 3ª raça humana a habitar a terra. Sendo a primeira raça totalmente etérea, a segunda semi-etérea, a quarta seria a Atlântida e, por fim, a + ou – 20.000 anos atrás, surgiu a nossa raça (observe o conceito de raça já em desuso pela nossa época). Outros preferem Lamuria como o berço da humanidade. Todos concordam que eles possuíam uma cultura muito adiantada na qual se destaca a religião monoteísta e a idéia da criação do mundo em sete dias que forneceu a base para as demais religiões conhecidas no mundo hoje. Tinham o domínio da matemática, física e química bem como um avançado grau de astronomia e medicina, muito além do que se reconhece hoje. E na engenharia destacam-se as construções em forma piramidal e cúpulas. Apesar de muito desenvolvidos, eram altamente belicosos. Por gerações direcionaram muito da sua ciência e da sua magia para a arte da guerra. O que permitiu que surgissem linhas de pensadores apoiadores da idéia de destruição de Mu a partir da ira divina. Ou seja: Deus, descontente com o caminho que o povo lemuriano tomou decidiu inundar o continente e eliminar essa civilização. Ou uma linha filosófica que acredita que os lemurianos, na sua sede por tecnologia e conhecimento, brincaram com energias naturais e perderam o controle sobre elas. O que acarretou uma separação brusca da terra na área e, em seguida, seu afundamento.
Lamúria Mística
Na alta magia, os lemurianos são seres de Alta luz e desenvolvem a
consciência na humanidade. Isso porque uma das características físicas deste povo é um terceiro olho encontrado no centro da testa. O que explica sua visão extrassensorial. Para a Magia Iniciática, os lemurianos são seres humanos habitantes do mundo astral com grande conhecimento das forças naturais ou fluidos (magnética puramente terrestre / vital puramente humana / e essencial puramente cósmica). Assim um mago dirigido por um mestre lemuriano terá grande conhecimento na transmutação do chumbo em ouro pelo conhecimento em química e física. Também levam o mago a compreender as essências que ajudam na longevidade e juventude pelo trabalho de medicina dominado por esses povos. Considera-se ainda a facilidade do mago instruído por esses povos a alcançar um alto grau de mediunidade, capacidade de comunicação mental e principalmente o desdobramento astral (saída do espírito consciente do corpo). No kardecismo, a prova da existência de almas tão velhas a vagarem pelo planeta terra, é traduzida através da formação espiritual, na cultura e educação dos povos, principalmente no que concerne a evolução tecnológica e científica. Na Alta Magia e no Espiritismo, esses seres são facilmente contatados a partir das seções mediúnicas, dos ritos que levam ao transe e abrem espaço para a manifestação espiritual. Eles se apresentam através do médium mas se concentram apenas em esclarecer e orientar os participantes do ritual dirigindo-os para a conscientização. Enquanto que na Magia Iniciática, esses seres dirigem o mago. Atuam como professores abrindo caminho para os altos segredos da ciência e tecnologia. Mas para isso, esse mago já deve ter alcançado um grau mais elevado de conscientização e estar disposto a aceitar o trabalho no campo do ocultismo.
A Influencia Europea na Africa perante a Civilisação e as Relações Internacionaes
Considerações ácerca do tratado de 30 de maio de 1879
denominado de «Lourenço Marques»