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O INÍCIO DA CONJURA

" PAGA A INJÚRIA COM INDIFERENÇA,


E O BENEFÍCIO COM A GRATIDÃO E
SERÁS JUSTO ".
JOSÉ LAÉRCIO DO EGITO, FRC.
1976 - 3330
T E M A 0.2 2 1

A partir da Atlântida surgiram correntes migratórias em três direções distintas às quais, de certa
maneira, a nossa civilização atual está historicamente relacionada. Evidentemente num passado bem mais
distante aquele povo manteve relações com alguns núcleos sociais, como aquele que ocupava a região da Grécia,
porém numa época anterior àquela historicamente reconhecida. Reforça esta acertiva aquilo que o Sacerdote de
Saís disse a Solon, citado por Platão, que a Grécia era muito mais antiga do que se afirmava, pois que numa
época já esquecida houvera uma guerra entre ela e a Atlântida.
Ante a iminente catástrofe grupos de atlantas emigraram, e de um modo geral seguiram em três
direções: Norte da África, América do Norte e Sudeste da Europa. Ali estabeleceram três civilizações
historicamente reconhecidas: Egípcia (África), Maia (América) e Celta (Europa).
Historicamente pouco é sabido sobre as atividades daqueles emigrantes nos primeiros séculos após a
destruição da Atlântida, pois tudo o que restou de várias destruições de documentos foi apenas uma fração
mínima zelosamente guardada pelas Sociedades Iniciáticas. Praticamente quase nada restou dos documentos da
civilização de Yucatã e Celta. Para a satisfação nossa um pouco sobrou da egípcia. Praticamente todos os
registros dos Celtas e dos Maias foram destruídos.
Atualmente tudo o que oficialmente se sabe da história passada chegou até a nossa época porque todas
as religiões predominantes no ocidente procedem do Oriente Médio, exatamente onde conhecimentos básicos
foram oriundos das Escolas Iniciáticas do Egito que controlavam o conhecimento técnico e histórico.
Não se sabe bem o que aconteceu no seio dos Celtas, e dos Maias, com referência a existência ou não
de uma "conjura" contra o saber tal como existiu no Antigo Egito. Não se sabe oficialmente se, tal como
aconteceu no Egito, naqueles dois outros núcleos também ocorreu uma divisão dos sábios em dois grupos
distintos: Pró e Contra a generalização do conhecimento.
No Egito, já na Primeira Dinastia, havia uma nítida divisão política ligada ao saber. De um lado os que
permitiam o saber controlado pelas Escolas Iniciáticas, e por outro lado os obscurantistas que tentavam vetar
o conhecimento sejam de que natureza fosse. Desta forma desde o seu início a civilização histórica do Egito já
estava dividida em seu começo. Historicamente não se sabe se o mesmo ocorreu na civilização Maia e Celta.
Pela história sabe-se que estas últimas, se comparadas com os cinco mil anos de duração da egípcia, logo
degeneraram.
A civilização Maia ainda realizou algumas obras de grande vulto, porém a "conjura" que lá também foi
estabelecida conseguiu um sucesso total e as civilizações seguintes caminharam no sentido inverso do progresso
técnico.
A ação da "conjura" junto aos Celtas foi bem mais eficiente, pois nem as menores obras foram
realizadas.
Somente no Egito os imigrados da Atlântida, de certa forma, puderam dar continuidade ao sistema de
vida da primeira fase social daquele Continente desaparecido.
Durante uma fase muito longa da Atlântida houve uma estabilidade admirável graças a um sis tema
social baseado na experiência colhida de uma outra grande civilização ainda mais antiga existente num outro
continente também submerso, atualmente conhecido como MU (= Lemúria) situado no Oceano Pacífico.
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É possível chegar-se a conclusões sobre o sistema social e político da Atlântida sem que se tenha de
recorrer aos registros transcendentais, pois existem alguns documentos guardados por fraternidades secretas. Por
tais informações se pode concluir que durante muitos séculos houve uma harmonia de vida ideal na Atlântida.
Na Atlântida durante milênios houve um perfeito entrosamento entre o Saber, a Religião e o Es tado.
Um estadista, um sacerdote, e um sábio, constituíam um triângulo administrativo.
O poder político, o saber técnico, e o conhecimento religioso somente eram dados mediante um
controle tríplice. Ninguém galgava altos níveis de saber sem que estivesse ligado às organizações que
controladoras. Somente era dado ao buscador o conhecimento conjunto: Técnico, religioso, e político. O ensino
era controlado, e somente o recebiam aqueles que necessariamente havia se tornado sábios segundo a maneira de
pensar. Aqueles que demonstravam condições de usarem a ciência, a política, e o poder sacerdote com equilíbrio
e justeza. Ninguém galgava uma posição política sem que tivesse sido preparado e iniciado numa forma de
sabedoria arcana.
Enquanto esse sistema funcionou houve estabilidade no continente, porém, como o decorrer dos
séculos, lentamente esse sistema foi sendo modificado até que ocorreram dissenções e, vagarosa, mas
inexoravelmente foi surgindo uma dissecação completa entre a Religião, o Saber e o Estado. Por fim esfarelou-
se a base da estabilidade daquela civilização e disto nasceram hegemonias politico-administrativas, e o saber
saiu do controle dos sábios sacerdotes. Houve degenerado politico-religiosa, a ciência então cresceu como uma
excrescência de forma independente, e sob a proteção de grupos políticos riais.
Isso acarretou o fim daquela civilização. Há sistemas que afirmam que tudo terminou numa hecatombe
provocada por uma guerra cataclísmica. A ciência levou o povo a um nível capaz de provocar um holocausto, a
energia VRIL foi utilizada indevidamente.
Hoje a ciência está começando a estudar os cristais e isto é a porta que leva direto à des coberta do
VRIL.
Na realidade não houve uma guerra, apenas acanhadíssimas experiências técnicas de exploração do
VRIL ficou fora de controle e uma tremenda e incontrolável reação em cadeia ocasionou o maior acidente
artificial que se tem notícia na terra.
Na realidade havia entre os cientistas duas correntes, uma que pretendiam fazer experiências com
alguns aspectos da ENERGIA VRIL sem que se tivesse a certeza dos resultados que até mesmo poderiam ser
inconsoláveis. Era um campo experimental muito perigoso por isso grande parte dos cientistas se opunham a
que aquele tipo de conhecimento fosse realizado sem que antes houvesse uma boa margem de segurança. Mas
um outro grupo acabou por dar prosseguimento àquele tipo de experiência e num determinado momento tudo
saiu de controle e o resultado foi a hecatombe que submergiu o continente inteiro. Mas, mesmo que aquele
incidente não houvesse ocorrido o continente já estava condenado pela utilização irracional em muitos outros
campos, motivando desequilíbrios irreversíveis na natureza ambiente.
Tendo como certo que aquela situação da Atlântida não poderia continuar, sabendo da ameaça tremenda
que pairava sobre aquele continente, milhares de pessoas emigraram juntamente com grande número de sábios
nas mais diversas especialidades.
Os documentos sobre a Atlântida guardados pelas Fraternidades Iniciáticas seguidamente foram sendo
destruídos. Os que sobraram são vagos quanto às causas diretas da hecatombe. Apenas elas informam quanto ao
nível técnico atingido e ao abuso existente com relação a terríveis fontes de energia e cujos informes evidenciam
não se tratar da energia nuclear.
A catástrofe da Atlântida, destruindo um Continente inteiro, foi por demais chocante para todos aqueles
que haviam fugido de lá. Estes sofreram um terrível traumatismo moral, mas disto não resultou numa união,
pelo contrário, resultou numa divisão terrível, pois os próprios sábios, os líderes, logo se dividiram em duas
frações fundamentais com pensamentos opostos.

1o - Uma corrente que chamará obscurantista que propugnava para que a existência da Atlântida, e de
tudo aquilo que com ela se relacionasse fosse apagado e esquecido; que nenhum resquício sobre a sua existência
deveria jamais voltar a ser lembrado pelas gerações futuras para que outra hecatombe de tamanha magnitude e
crueza não viesse a ocorrer novamente. Dever-se-ia recomeçar tudo de novo de forma a evitar o sistema anterior,
pelo que consideravam vital o esquecimento do passado e uma proibição absoluta de tudo aquilo que
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significasse técnica, conhecimento das leis da natureza para que elas não viessem irresponsavelmente ser
manipuladas em prejuízo da vida. Analisaram as causas da tragédia e acharam que o motivo básico fora a tec -
nologia, o conhecimento, o saber, além de certo limite ocasionara a destruição do Continente mãe, portanto tudo
aquilo que dissesse respeito ao conhecimento fora do essencial à uma vida frugal deveria inexoravelmente ser
banido.
Segundo aquela linha de pensamento, as gerações futuras deveriam voltar à uma forma de vida mais
simples, menos tecnológica, tanto ou quanto primitiva. Uma forma de vida mais natural, mais harmoniosa com
a natureza, mais ligada aos preceitos religiosos. Para isto criaram um termo que se perpetuou através dos séculos
"Com temor a Deus". Todo e qualquer conhecimento além de certo nível indispensável ao essencial para a
sobresistência deveria ser proscrito.
Com esta ideia estabeleceram normas religiosas as quais deveriam reger a conduta das futuras gerações.
2o - Uma outra corrente, que chamaremos Conservadora, preconizando a conservação daquela mesma
orientação que durante milênios se mostrara eficiente na Atlântida, funcionando bem e que a quebra da diretriz
administrativa foi que permitiu a ciência enveredar por trilhas perigosas. O problema fora a quebra do controle
entre os poderes permitindo o funcionamento interdependente do Estado, Religião, e Ciência, mas desde que
esse triângulo fosse mantido tudo transcorreria sem problemas.
Essa linha alegava que as suas idéias eram viáveis, pois funcionara bem no início da Atlântida. Apenas
deveria ser modificado de forma a tornar uma associação mais rígida do que na Atlântida para que não viesse a
ocorrer um rompimento no futuro. Seria o mesmo sistema inicial da Atlântida, porém com controle bem mais
rígidos.
Os do primeiro grupo (os não conservadores) contestaram alegando a inviabilidade daquele tipo de
conduta porque a mente humana estava condicionada para descobrir coisas, para evoluir de forma egoísta e
independente, e que mais cedo ou mais tarde o controle seria mais uma vez quebrado e tudo voltaria ao ponto
anterior. A história se repetiria, portanto.
Os do segundo grupo, por sua vez, alegavam que esconder a verdade e coibir o saber também não
contornaria o problema porque a mente humana estava condicionada para descobrir coisas, para evoluir. Sendo
assim o fato de ser negado a verdade, de o conhecimento ser perseguido, não resolveria nada porque mais cedo u
mais tarde uma ciência nasceria independentemente de qualquer controle.
Os conservadores queriam manter o sistema que durou séculos na Atlântida, os não conservadores se
opunham a isso dizendo que o sistema se mostrara ineficiente desde que a ciência se libertara e o resultado fora
a catástrofe. Diziam que começar com um mesmo tipo de sociedade seria o mesmo que preparar o mundo para
uma nova catástrofe no futuro. Os conservadores diziam que se não fosse o sistema que eles propunham a
Atlântida nem sequer houvera sobresistido pela décima parte do tempo que existira. Achavam inviável conservar
o povo ignorante porque a espécie humana era dotada de um ímpeto tendente a levá-la ao progresso. Afirmavam
que uma ciência controlada e bem orientada levara o homem a um ponto capaz de corrigir as duas próprias
imperfeições biológicas, fariam a mente humana se tornar menos egoísta, mais rica de amor à vida.
Seriam fastidioso enumerar a enorme sucessão de pontos de vista das duas correntes. Basta-nos fixar a
idéia da existência de que as duas linhas de pensamento continuaram existindo de maneira ir reconciliáveis. Os
Conservadores estabeleceram as bases para o incremento da sua maneira de pensar, mas não conseguiram se
impor nos primeiros milênios no Egito.
Assim, a corrente não conservadora, que mais tarde se transformou na CONJURA DO SILÊNCIO (ou
OBSCURANTISMO) de início teve menos poder no Egito. Ali a corrente dominante foi a conservadora e com
certeza isso foi a razão pela qual aquela civilização existiu por cerca de cinco mil anos
Em Yucatã a corrente não conservadora teve vida efêmera, pois no período de maior esplendor do Egito
ela já havia dominado e conduzido a civilização ali estabelecida à ignorância quase completa. A corrente Celta
teve menor influência dos conservadores, por isto os altos conhecimentos Atlantas quase nem chegaram a
existir, o pouco que foram estabelecido lá teve duração ainda menor do que as duas outras.
A linha básica de pensamento dos conservadores era modelada de forma tal que os conhecimentos
deveriam ser oferecidos, não deveriam de forma alguma ser negados, mas mantidos sob forma secreta. Ao
homem deveria ser concedido o direito natural de saber, de ser obedecido a sua inclinação biológica de
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investigar, saber e usar as leis naturais. Contudo deveria haver um rigoroso controle por parte de uma cúpula
constituída por mentores dos três poderes citados. O conhecimento das ciências, bem como a militância política
só seria permissível quando fornecida através de um poder disciplinador. Foi exatamente essa idéia quem deu
origem aquilo que mais tarde veio a receber o nome de ESCOLA DE MISTÉRIO, sobre o que tratamos devi-
damente em outra palestra.
“As ESCOLAS DE MISTÉRIOS” constituíam uma forma de controle do conhecimento. Uma
maneira de tornar mais seguro o saber para evitar a repetição da história com outra destruição terrível.
Assim nasceu com as Escolas de Mistérios a idéia "O CONHECIMENTO MEDIANTE A
INICIAÇÃO” À cada um, segundo o seu nível mental, à sua capacidade de entendimento, à sua disciplina e
dedicação. De grau em grau as verdades deveriam ir sendo reveladas, os conhecimentos oferecidos, e a pesquisa
permitida.
Por outro lado os propugnadores da ignorância tentavam apagar todo o conhecimento do passado do
homem, negar toda a verdade, interditar a ciência e eliminar a história de outros ciclos de civilização. Negar
tudo à qualquer preço. Não podemos negar que o propósito dos não conservadores era válido e se baseava em
fatos merecedores de certa atenção. Fundamentalmente eles desejavam que outra hecatombe jamais viesse a
ocorrer, que a terra não mais servisse de palco para uma desgraça tão grande como aquela que ocorrera na
Atlântida provocada pelo conhecimento do homem sobre os princípios e leis do Criador. Que somente a ELE
fosse dado o direito de manipulá-las, que jamais o homem tivesse o direito de interferir inconscientemente com
em coisas ligadas à Criação e à Natureza.
Os obscurantistas tinham como certo que há leis e princípios que somente cabe a Deus manipular.
Tinham como meta um planeta em condições ideais à continuidade da vida, onde o homem pudesse se perpetuar
como espécie e manter intacto o corpo como um templo sagrado para a evolução da alma.
O mesmo desejavam os conservadores, somente que estes admitiam que negasse a verdade era o mesmo
que permitir que ela surgisse deturpada. Não permitir a ciência era o mesmo que estimular o seu progresso na
clandestinidade sem qualquer controle, portanto. Assim, a melhor maneira era ensinar mediante um rígido
controle. Os conservadores tinham o propósito de melhorarem o sistema existente na Atlântida onde existia o
tríplice controle, mas exercido de uma forma pouco rígida. Lá não existiam as Escolas de Mistérios,
organizações criadas no Egito visando tornar mais efetivo o controle do saber e a conservação da unidade
Política, Religião, Ciência.
Da discrepância de pontos de vista se originou uma luta de uma violência incrível no campo político
entre os dois grupos cujos reflexos condicionam totalmente a política mundial de hoje, e todas as lutas e
divisões existentes no passado e no presente da nossa civilização nada mais são do que desdobramentos daquela.
Durante três milênios a filosofia dos conservadores conseguiu se manter firme no Egito, porém os seus
oponentes nunca permaneceram inativos. Lutaram por um ideal, lutaram com todas as armas e com firme
propósito de destruir a filosofia conservadora à qualquer preço.
Mesmo que a história haja sido apagada, isto que estamos revelando é uma verdade que explica toda
problemática do mundo histórico e cujos registros fragmentários pertencem a algumas instituições mistico-
religiosos.
Na seqüência desta série de palestras veremos como evoluíram estas duas correntes até os nosso dias, e
como tudo aquilo que aparece ilógico na história desta atual civilização toma sentido. Também veremos o papel
exercido pelas forças do lado negativo, pelos seres kilipóticos, dificultando a ascensão do ser para o seu ponto
focal que é o PODER SUPERIOR.

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