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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

CLARA MIRANDA MADEIRA


LAYNA LANAY SOUZA PEDROSO
LÍVIA CRISTINA FIGUEIREDO
MARIANA OLIVEIRA COSTA

TRABALHO ACADÊMICO DA DISCIPLINA DE


HISTÓRIA ANTIGA II:
GRÉCIA ANTIGA

ALFENAS
2023
CLARA MIRANDA MADEIRA
LAYNA LANAY SOUZA PEDROSO
LÍVIA CRISTINA FIGUEIREDO
MARIANA OLIVEIRA COSTA

TRABALHO ACADÊMICO DA DISCIPLINA DE


HISTÓRIA ANTIGA II:
GRÉCIA ANTIGA

Trabalho referente às questões da Grécia


Antiga apresentado à disciplina História Antiga
II do curso de História – Licenciatura –
Instituto de Ciências Humanas e Letras – da
Universidade Federal de Alfenas, como
requisito parcial para aprovação na disciplina.

Professor responsável: Cláudio Umpierre


Carlan

ALFENAS
2023
1- A polis, constituiu a História do pensamento grego. Explique como era a vida social, política
e econômica na pólis grega, exemplificando.

A Grécia Antiga é conhecida por ser o berço da civilização ocidental e por ter desenvolvido
uma das formas mais influentes de organização política e social da história, a pólis. A vida na
pólis grega era caracterizada por uma complexa interação entre os aspectos sociais, políticos e
econômicos, e exemplifica o modo como esses elementos se relacionavam na antiguidade.

Vida Social na Pólis Grega: Na Grécia Antiga, a vida social estava intimamente ligada à pólis,
que era uma cidade-estado autônoma. A sociedade grega estava estratificada, com cidadãos,
metecos (estrangeiros residentes) e escravos. A cidadania era limitada a um grupo restrito de
homens adultos nascidos na cidade e que possuíam direitos políticos. A vida social era
fortemente influenciada pela religião e pela participação nas atividades culturais, como
festivais e teatro. A ágora, uma praça pública, era o centro da vida social, onde as pessoas se
reuniam para discutir política, fazer negócios e socializar.

Vida Política na Pólis Grega: A política desempenhava um papel central na vida da pólis
grega. A forma mais famosa de governo era a democracia em Atenas, onde os cidadãos
participavam diretamente na tomada de decisões políticas. Por outro lado, Esparta tinha uma
constituição mista, com elementos monárquicos, aristocráticos e democráticos. A competição
entre as pólis frequentemente levava a conflitos, mas também estimulava o desenvolvimento
da filosofia e da retórica, com pensadores como Sócrates e Platão discutindo questões políticas.

Vida Econômica na Pólis Grega: A economia das pólis gregas era baseada principalmente na
agricultura, com a produção de azeite, vinho e cereais desempenhando um papel importante.
No entanto, o comércio também desempenhou um papel significativo. As cidades-estados eram
portos movimentados, facilitando a troca de bens e ideias com outras culturas do Mediterrâneo.
As moedas gregas, como o dracma, eram utilizadas no comércio.

Sendo assim, a vida na pólis grega era complexa, com uma sociedade estratificada, participação
política ativa e uma economia baseada na agricultura e no comércio. Essa interação entre
elementos sociais, políticos e econômicos desempenhou um papel crucial na história e na
cultura da Grécia antiga, moldando não apenas o seu destino, mas também influenciando o
desenvolvimento futuro da civilização ocidental.
2- Com surgimento da Pólis, depois sua decadência, os gregos iniciaram um processo de
expansão e colonização tanto no mar Egeu, quanto no mediterrâneo. Sicília (Itália), Marselha
(França), Istambul (Turquia), entre outras, foram colônias gregas. Quais os motivos que
levaram os gregos a realizarem esse processo de colonização?

O primeiro passo para compreender a expansão grega é analisar o surgimento das Pólis. As
Pólis eram centros urbanos autônomos, nos quais os gregos desenvolveram a política, a
filosofia, a arte e a cultura. No entanto, essas cidades -estado também competiam entre si e
frequentemente entravam em conflitos internos, enfraquecendo-se. Além disso, as disputas de
poder, a sobrecarga populacional e a escassez de recursos em suas terras natais tornaram a vida
nas Pólis cada vez mais desafiadora. Esses fatores desencadearam um processo de decadência
das Pólis, fazendo com que os gregos buscassem alternativas. Eles voltaram seus olhos para o
mar, explorando o vasto potencial do Mediterrâneo e do Mar Egeu. Esse movimento
expansionista resultou na colonização de áreas fora da Grécia continental, incluindo lugares
como a Sicília (Itália), Marselha (França) e Istambul (Turquia). Os motivos que levaram os
gregos a iniciarem esse processo de colonização são diversos. Primeiramente, a busca por terras
férteis e recursos naturais foi um fator determinante. Muitas Pólis gregas sofriam com a falta
de terras aráveis, o que dificultava a produção de alimentos suficientes para suas populações
crescentes. A colonização permitiu a expansão das fronteiras gregas e a exploração de novos
territórios agrícolas. Além disso, a busca por riqueza desempenhou um papel crucial. O
comércio marítimo floresceu à medida que os gregos estabeleciam colônias em todo o
Mediterrâneo. Eles exportavam azeite, vinho, cerâmica e outros produtos, fortalecendo a
economia e acumulando riqueza. A expansão também proporcionou uma válvula de escape
para as tensões internas nas Pólis. Conflitos políticos e sociais muitas vezes levaram ao exílio
de cidadãos gregos, que encontraram oportunidades nas colônias para recomeçar suas vidas.
Ademais, a disseminação da cultura grega desempenhou um papel vital na colonização. Os
gregos levaram consigo sua língua, religião, filosofia e tradições culturais para as novas terras.
Esse processo contribuiu para a disseminação da cultura grega por todo o Mediterrâneo e
influenciou as civilizações que encontraram em seu caminho.

3- Política e religião estavam unidos em uma única teoria no Mundo Antigo, Clássico e
Oriental. Esse modelo seguiu durante toda Idade Média e formação do Estado Moderno. Os
iluministas dos séculos XVII e XVIII, lutaram para separar Estado / Religião. Qual a sua
opinião sobre esse modelo?

No Mundo Antigo, Clássico e Oriental, a política e religião muitas vezes estavam interligadas,
e a autoridade religiosa desempenhava um papel significativo no governo e na vida cotidiana
das pessoas. Isso era evidente em sociedades como o Antigo Egito, onde os faraós eram
considerados líderes religiosos, e também na Roma Antiga, onde os imperadores muitas vezes
afirmavam ter uma ligação especial com os deuses. Durante a Idade Média na Europa, a Igreja
Católica desempenhou um papel central tanto na esfera espiritual quanto na política,
influenciando fortemente a organização social e política da época. A separação entre Igreja e
Estado não era uma característica proeminente nesse período. No entanto, nos séculos XVII e
XVIII, o Iluminismo trouxe um movimento intelectual que defendia a separação do Estado e
da religião, promovendo ideias de liberdade religiosa, liberdade de expressão e igualdade
perante a lei. Filósofos iluministas, como John Locke, Voltaire e Montesquieu, argumentavam
que a religião não deveria ser imposta pelo Estado e que as instituições governamentais
deveriam ser seculares, promovendo a tolerância religiosa e a razão. A separação entre Estado
e Religião tornou-se uma característica central das democracias liberais modernas, onde as
instituições governamentais são geralmente independentes de qualquer influência religiosa
direta, permitindo a liberdade de religião e crença para todos os cidadãos. Essa abordagem visa
garantir que as pessoas tenham a liberdade de praticar sua religião (ou não praticar nenhuma)
sem interferência do governo e, ao mesmo tempo, evitar que uma religião específica domine a
política e as decisões governamentais. Sendo assim, a separação entre Estado e Religião é
fundamental para garantir a liberdade individual e a igualdade de todos perante a lei, contudo,
essa é uma questão complexa e muitas vezes gera debates significativos em várias partes do
mundo.

4- Explique qual a relação entre a lenda do Minotauro e a Guerra de Troia, com o período
minoico e micênico.

A relação entre a lenda do Minotauro e a Guerra de Troia, com os períodos minoico e micênico,
é uma conexão intrigante que nos leva a explorar as complexas teias de mitologia e história da
civilização grega antiga. Embora esses eventos tenham ocorrido em diferentes épocas e lugares,
eles compartilham elementos mitológicos e históricos que lançam luz sobre as conexões entre
culturas e o desenvolvimento da narrativa épica. A conexão entre a lenda do Minotauro e a
Guerra de Troia é encontrada no mito do sacrifício anual dos jovens atenienses enviados a
Creta como tributo para alimentar o Minotauro. Segundo a lenda, Teseu, um herói ateniense,
voluntariamente se ofereceu para ser parte desse tributo e, eventualmente, matou o Minotauro
com a ajuda de Ariadne, filha do Rei Minos. A relação entre esses eventos e a Guerra de Troia
se dá através de sua influência mitológica comum. Ambos os mitos são componentes essenciais
da tradição oral grega e podem ter sido compartilhad os e transmitidos entre as civilizações
minoica e micênica, influenciando a mitologia e a cultura da época. Além disso, a conexão
pode ser estabelecida através da expansão micênica na ilha de Creta após a queda da civilização
minoica, por volta do século XII a.C. Com essa expansão, os micênicos podem ter absorvido
elementos da cultura minoica, incluindo suas lendas e mitos, que mais tarde se fundiriam com
a narrativa épica da Guerra de Troia, conforme registrada nas obras de Homero. Assim, a
relação entre a lenda do Minotauro, os períodos minoico e micênico, e a Guerra de Troia ilustra
a complexa interconexão entre mitologia e história na antiga Grécia. Essas narrativas míticas,
com suas origens em tempos diferentes, influenciaram-se mutuamente e contribuíram para a
riqueza da tradição grega, moldando o pensamento, a religião e a cultura da civilização grega
antiga. Elas também servem como testemunho da capacidade humana de criar narrativas
significativas que transcendem gerações e fronteiras culturais.

Referências Bibliográficas:

CARLAN, C. U. As Origens Históricas e a Configuração Sócio - Política da Grécia Arcaica.


História e História, v. 1, p. 33-134, 2010.

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