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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ-UNESPAR.

Colegiado de História

Disciplina: História Antiga II

Professor: Wanilton Dudek

Aluno(a): Daniele Aparecida Oliveira Soares

Grécia Antiga: Construção civilizatória, expansão e declínio na Península do


Peloponeso.

Os gregos, ou o povo heleno, estavam localizados na península balcânica, entre o


mar mediterrâneo e cadeias montanhosas com poucos vales férteis, o que os obrigou a
trocar de lugar várias vezes a procura de melhores solos, o que facilitou e fomentou o
comércio, característica importante do povo grego. Eles se formam a partir da junção de
vários grupos étnicos, aos quais conseguiram juntar suas culturas e adaptá-las no decorrer
da história grega. Os povos dessa região se desenvolviam dentro da chamada pólis, a
cidade grega, ao qual compreende uma cidade e um campo ao redor com alguns
aldeamentos mais distantes. Os indivíduos que ali vivem compartilham dos mesmos
costumes e são unidos a um culto às mesmas divindades protetoras. Essas cidades
chamadas de cidades-estados, são sistemas políticos independentes entre si, sua política
e economia eram exercidas com liberdade.

São várias as Polis gregas, mas duas se destacam, Esparta e Atenas, uma baseada
em questões militares e outra na democracia. Esparta, localizada na região sudeste do
Peloponeso, ao qual conseguiram conquistar um terço deste, porém, abriram mão de
algumas regiões por se sentirem ameaçados, fortificando assim a sua cidade. O governo
espartano estava concentrado nas mãos de poucos, e um pequeno grupo de dirigente
ocupavam a Gerúsia, o senado espartano, composto por dois reis, originais de famílias
rivais acompanhados de mais 28 anciãos, aos quais eram escolhidos entre nobres de
nascimento com mais de sessenta anos.

Os homens espartanos eram todos guerreiros e estes eram proibidos de exercer


alguma atividade que atrapalhasse seu desempenho militar. A educação militar era muito
rígida, desde muito pequenos os espartanos eram condicionados a situações e treinamento
de guerra, para que pudessem servir o estado, já que este era o seu papel. Conforme
cresciam iam adquirindo certos direitos políticos, como casar-se, porém, somente aos
sessenta anos de idade eram liberados de ser dever. Aprendiam a ler e escrever, porém de
forma muito superficial, pois o objetivo era formar soldados disciplinas e cidadãos
submissos, pois todos os seus esforços deveriam ser para o serviço militar.

Atenas, foi outra cidade grega muito importante, estava ao sudeste da península
grega central. Esta viveu um período ao qual os eupátridas concentravam o poder, porém
houve substituição de reis por magistrados, ao quais eram encarregados da guerra e de
outros assuntos, havia também um conselho que só aplicavam a justiça conforme seus
interesses. Atenas é conhecida por sua democracia, que em grego, significa “poder do
povo”. Ela funcionava de maneira que todos podiam participar da Assembleia, porem
esses “todos” eram somente pessoas consideradas cidadãos atenienses, ou seja apenas
homens adultos com mais de dezoito anos e nascidos de pai e mãe ateniense. Estes que
conseguiram participar tinham três direitos essenciais, que seriam, a liberdade individual,
igualdade com relação aos outros cidadãos perante a lei e direito a falar na assembleia. O
povo era submetido a leis, que se dividiam em duas, as divinas aos quais eram dadas pela
tradição e as dos homens e uma vez aprovadas deveriam ser aplicadas a todos.

Os estrangeiros, mulheres e crianças atenienses não tinham direitos políticos, os


estrangeiros eram obrigados a pagar além dos impostos uma taxa e ainda prestavam
serviço militar. Eles eram subjugados a atividades comerciais como o artesanato, e além
de tudo não poderiam desposar de mulher atenienses, sedo tratados como citado no texto
“Grécia e Roma”, de Pedro Paulo Funari, “pessoas de segunda classe”.

O cotidiano grego era marcado por uma distinção de gênero e classe, onde havia
serviços de mulheres e homens e da elite e do povo. Os afazeres da casa estavam nas
mãos das mulheres, já os homens de preocupavam com o aperfeiçoamento intelectual e
militar. O acesso à educação a população feminina era negado e se mulher pertencesse a
elite ela era privada de até aparecer em publico assim como também o estudo. Para os
gregos a morte ser honrosa ela seria pelo parto para as mulheres e pela guerra para os
homens, e todos iriam para o submundo, morada do deu Hades.

As classes socias na Grécia não são entendidas da mesma forma com conhecemos,
por este ser um termo marxista, ele pertence a contemporaneidade. Para o povo grego e
segundo Aristóteles, havia somente os bem nascidos ou não bem nascidos, ao qual pelo
nascimento era instituído seu lugar na pólis, já que esta não oferecia mobilidade social. O
homem grego não era um indivíduo privado, somente o que importa e a vida na polis, não
ansiavam pelo particular, sua identidade era conferida pela atividade que ele desenvolvia
na cidade. E ela era basicamente a Acrópole, um lugar alto, a Agora, local de reuniões e
assembleias, a Khora, o espaço rural e a Skholé, espaço de reflexão ( que tardiamente
derivaria a ESCOLA),

A sexualidade grega era muito diferente da vivida hoje postulado pela religião
cristã, ao qual é trata dada como culpa e pecado. A Grécia vivia uma sexualidade
desligada desta culpa, presavam pelo intelecto, por isso muitas das vezes suas relações
eram entre homens. Desdenhavam a paixão, esta era tratada como doença pois o indivíduo
se propõe a fazer coisas de forma irracional.

A religião na crescia era exercida e maneira politeísta, seus deuses eram pessoas
comuns o que os diferenciam era sua imutabilidade. Eles influenciavam de maneira direta
a vida humana e eram divididos em: deuses, titãs e semideuses. Eles não tinham uma
escritura sagrada seus cultos e praticas eram passadas de geração a geração, por isso
muitas das vezes eram diferentes uns dos outros. Em Olimpia, cidade grega, acontecia a
festa em homenagem aos deuses acontecia de quatro em quatro anos, com festas e
oferendas cotidianas.

A razão foi um conceito ao qual os gregos de aprofundaram, o Logos seria o


pensamento, a reflexão. Na Grécia há o surgimento da filosofia, onde puderam por ordem
nos fenômenos naturais, buscaram entender o porquê das coisas, como as chuvas, não se
delimitaram na noção de que os deuses queriam que chovesse, entenderam como
funcionava o ciclo da chuva pela observação de seu fenômeno.

Com a guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta começou-se o declínio dessas


cidades, ao qual Atenas saiu derrotada. Com Alexandre, O grande após a morte de seu
pai Felipe da Macedônia conquistando toda a Grécia, mas também os persas chegando
até a índia. O termo holismo foi criado para se referir aos povos que utilização da língua
grega como idioma oficial, a partir das conquistas de Alexandre O grande. A convivência
de vários povos juntos pode configurar um hibridismo cultural, e a língua grega era a
forma de comunicação oficial entre esses números povos. Apesar de haver conflitos entre
eles a conivência gerou trocas culturais muito interessantes e duradouras, uma delas e é o
Estoicismo, que terá uma grande difusão no mundo romano.
O mundo grego gerou influencias que permanecem até hoje e que vão muito além
dos jogos olímpicos. Desde a arquitetura, poesia, teatro conhecimentos matemáticos e a,
a democracia, cujo o berço é Atenas. Esse sistema impera até hoje, e dá ao povo voz.
direitos e oportunidades. Mesmo que ultimamente ela esteja sendo alvo de ataques é
incrível pensar que um modelo político formado na antiguidade veio de moldando até
chegar nos tempos modernos. A filosofia grega é outra herança importante, Sócrates,
Platão e Aristóteles foram pensadores essências para moldar alguns aspectos de nossas
vidas. A filosofia, o pensamento e ética cristã e o direito romano juntos são as bases da
sociedade ocidental.

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